Revista Hebron Atualidades 48

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20 anos de saúde A Hebron® Farmacêutica completou 20 anos. É pela sua saúde, bem-estar e pelo seu sorriso que pesquisamos, desenvolvemos e produzimos medicamentos, cosméticos e alimentos funcionais, utilizando a matéria-prima da nossa biodiversidade aliada ao conhecimento científico de universidades e institutos de pesquisa nacionais e internacionais. Somos gratos aos médicos, profissionais de saúde, pesquisadores, gestores públicos e consumidores por depositarem em nós, nestes 20 anos, a confiança que nos fez chegar até aqui com muita saúde e energia para crescer mais e mais.


Pesquisar ĂŠ a nossa natureza.


CARTA DO PRESIDENTE //

Vinte anos de Brasil e de Hebron ®

Josimar Henrique da Silva

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inte anos atrás, aquele que fosse capaz de tentar antever qual seria o futuro do Brasil, não diria mais que um punhado de frases desconexas, otimistas ou pessimistas. Sob todos os aspectos, nenhum profeta acertou em cheio. Nem mesmo se pode dizer que a maioria conseguiu chegar perto do cenário que hoje é vivido. Para quem era criança ou nem mesmo nascera é difícil contar sobre aqueles dias de desesperança. Se alguém disser que os preços nos supermercados aumentavam todo dia, os pagamentos eram dolarizados, o Estado brasileiro mandava imprimir dinheiro além da conta, vivia as custas de empréstimos internacionais, posicionava-se como um Estado capitalista, produtor em quase todos os setores e a inflação estava fora de controle, mas mesmo assim, não se sabe como, havia uma ordem de prosperidade e empreendedorismo, é fácil acreditar que a história, no mínimo, está mal contada. Era assim. O processo foi lento e doloroso. Primeiro o país teve reveses políticos no percurso da redemocratização. Mas se manteve um equilíbrio movido por um progressivo contrato social. Pode ser que ele não fosse a menina dos olhos daqueles que veem a política com pressa, mas seguiu. Com alguma ordem política, pôde-se fazer uma reforma econômica. E reforma econômica, no Brasil, foi fazer o Estado diminuir seu modelo de gastar e depois cobrir os buracos com empréstimos e emissão extra de dinheiro. Foi fazer o Estado demover-se do lugar de capitalista e de produtor em dezenas de setores econômicos. Foi preciso acreditar que era necessário o Estado sair de setores de alto investimento, como siderurgia e telefonia, para poder ajudar na diversificação e expansão extensiva e intensiva que viria com a mobilidade e interatividade da Internet. Pelos padrões do antigo Estado brasileiro, a economia estaria morta. Não teria o país perdido apenas o bonde da História, mas estava fora de qualquer parada. Agora, imagine você que, vinte anos atrás, diante desse cenário pouco estimulante e nada

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animador, um homem comum, com um tempo de atuação na indústria farmacêutica nacional, determinação e vontade de trabalhar, resolveu abrir uma indústria farmacêutica. Não uma padaria, para fazer ótimos pães. Nem uma confecção, aproveitando a onda brasileira de criar roupas inovadoras. Quis construir ali não apenas, não simplesmente, não por construir ou por acaso uma indústria farmacêutica, não para ser mais uma indústria farmacêutica nacional. A Hebron® é exemplo de indústria que tem a inovação na base de seus alicerces. Das paredes que se ergueram do chão de pedras do agreste pernambucano já vieram com inovação e originalidade acrescidas na argamassa e no cimento que modelaram o resultado final. Fábrica erguida, foi correr o Brasil atrás de parceiros para compartilhar estudos, pesquisas, medicamentos. Chegar aos médicos, todo dia, para mostrar que havia uma indústria farmacêutica nacional comprometida com o Brasil, com as pesquisas brasileiras. Tudo era uma questão de tempo e de espera. E para tudo, está escrito, foi dito, é sabido, para tudo há um tempo. Hoje, há um Brasil com mais oportunidades. Hoje, a Hebron® é uma empresa com mais oportunidades. Não dava para adivinhar o que aconteceria com o Brasil. Mas, sejamos sinceros: quem não imaginaria que, ao final, em algum momento, as coisas seriam melhores? Da mesma forma, seguiu a Hebron®. Ciente de que para tudo há um tempo, foi construindo, ao longo de cada ano, um tempo melhor. Eis que agora se vive novo desafio: criar mais vinte anos. Como antes, não haverá fantasia ou profecia. Nossa massa de modelagem é mais simples e bem comum: usar a cabeça para pensar, as mãos para executar as tarefas e as pernas para continuar levando a Hebron® a todo o Brasil e mundo. Ah, sem esquecer o coração que, apesar da controvérsia, sempre move os entusiastas que fazem coisas boas com paixão. // Josimar Henrique da Silva é presidente da Hebron®.


CONTEÚDO //

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// CAPA 22

Ao 20 anos, a Hebron® se reinventa

Com um trabalho focado na pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos, cosméticos e alimentos funcionais, a Hebron® Farmacêutica comemora duas décadas de vida

SEÇÕES // 6 MATÉRIA //

Fitoterápicos, medicamentos eficazes

// MATÉRIA 10 Da fábrica à farmácia

Entenda como é o processo de fabricação de um medicamento e qual o seu caminho até as prateleiras das farmácias.

// PING PONG 16 Estresse ajuda na superação de desafios, mas cronicamente pode causar danos à saúde

Em entrevista exclusiva à Hebron® Atualidades, a psicóloga Lucia Novaes Malagris, falou sobre o assunto.

Diante da biodiversidade do Brasil, em conjunto com a necessidade da população por medicamentos com menos efeitos colaterais, fica evidente que o país deve investir na área de fitoterápicos

13 QUALIDADE DE VIDA // Vinte anos de avanços na medicina Nos últimos vinte anos, muitas descobertas foram feitas pela medicina. O Brasil também conseguiu obter grandes avanços na área. Porém, existem ainda desafios a serem vencidos.

19 BOA VIAGEM //

O Brasil se redescobre

// MATÉRIA 28 Santuário ecológico para a caatinga e o semiárido

Horto Florestal inaugurado pela Hebron® será dedicado ao plantio de 70 espécies ameaçadas de extinção

Nos últimos 20 anos, o brasileiro buscou descobrir novos encantos em seu país: Fortaleza, Costa do Sauípe, Bonito, Porto de Galinhas e Fernando de Noronha foram alguns “achados”.

30 MATÉRIA //

Duas décadas de inovações

As grandes transformações, marcadas pelo desenvolvimento tecnológico e pela inovação, ocorridas nas duas últimas décadas, vêm produzindo fenômenos importantes nas mais variadas áreas

33 MATÉRIA //

Compromisso social e com o meio ambiente

// TRABALHO CIENTÍFICO 38 ACONTECE // INSTITUCIONAL 43 // NOTAS 48 TUDO A VER // CLUBE GINO 50

EDITORIAL //

Ao longo de sua existência, a Hebron® tem promovido ações pautadas na ética e no compromisso com o bem-estar da sociedade e com a sustentabilidade do meio ambiente.

ossa revista está em festa, comemora os 20 anos da Hebron® Farmacêutica. Fundada em 1990, fruto da determinação e coragem de seu presidente, Josimar Henrique da Silva, a Hebron® é uma empresa 100% brasileira, focada na pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos, cosméticos e alimentos funcionais. Nesta edição, além de contar um pouco da trajetória de conquistas e realizações do laboratório, falamos sobre os projetos sociais e ambientais mantidos pela empresa, esclarecemos quais as diferenças entre medicamentos fitoterápicos, fitofármacos, alopáticos, homeopatia e fitoterapia popular e qual o caminho percorrido por um medicamento desde sua pesquisa até a chegada nas prateleiras das farmácias. Contamos, também, o que mudou no Brasil e no mundo, ao longo desses 20 anos, na medicina, na comunicação, na política, na economia e na tecnologia. Na seção Boa Viagem, falamos sobre alguns lugares no Brasil que despontaram como destinos turísticos nas últimas duas décadas, como Fortaleza, Costa do Sauípe, Porto de Galinhas, Fernando de Noronha e Palmas. Na seção Ping-pong, a psicóloga Lucia Novaes Malagris, presidente da Associação Brasileira de Stress e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fala sobre o estresse, mal que se intensificou nos últimos anos. A Hebron® Atualidades convida o leitor a comemorar conosco estes 20 anos de sucesso. O sucesso de um laboratório que se orgulha de ter como princípio o desenvolvimento da ciência e da tecnologia médicofarmacêutica do Brasil. Parabéns, Hebron®, e boa leitura!

44 HOMENAGEM // 20 ANOS 49 EVENTOS // Hebron Atualidades

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MATÉRIA // FITOTERÁPICOS

Fitoterápicos, medicamentos eficazes Diante da biodiversidade do Brasil, em conjunto com a necessidade da população por medicamentos com menos efeitos colaterais, fica evidente que o país deve investir na área de fitoterápicos // Por Fernanda Araruna

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MATÉRIA // FITOTERÁPICOS

Os

benefícios do uso de plantas medicinais são conhecidos, e comprovados, desde a antiguidade. Para se ter uma ideia, os nativos da Ilha Fiji, no Pacífico Sul, há mais de três mil anos, utilizam a planta kava kava (Piper methysticum) como calmante. A técnica do uso de plantas para tratar doenças e recuperar a saúde é conhecida como fitoterapia – termo de origem grega no qual fito (phyto) significa “vegetal” e terapia (therapeia) “tratamento”. Desde 1992, a fitoterapia passou a ser reconhecida como método terapêutico pelo Conselho Federal de Medicina, sendo tratada na área da medicina alopática, ao contrário da homeopatia, considerada terapia alternativa.

Fitoterapia popular e fitoterápicos Todo mundo já deve ter escutado de uma tia, avó ou mãe frases do tipo: “tome esse chazinho de camomila que vai lhe deixar calmo”, “a melhor coisa pra curar dor no estômago é um chá de erva doce”, ou “tome chá de eucalipto que vai curar essa tosse”. Misturas feitas em casa, sem indicação médica, são comuns não só entre pessoas leigas, mas também entre a camada mais esclarecida da população. Não devemos confundir esta forma popular de tratar males, conhecida como fitoterapia popular, com os fitoterápicos. A fitoterapia popular, feita de forma caseira, é associada a chás e garrafadas. Nela é utilizado o extrato homogêneo da planta, por isso não é isento de riscos. E, como não possui estudos científicos, sua eficácia e segurança não são comprovadas. Já os fitoterápicos, segundo a RDC n°48, de 16 de março de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são medicamentos obtidos empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. Sua eficácia e segurança são comprovadas da mesma forma que os medicamentos alopáticos, através de ensaios clínicos com animais, humanos saudáveis e doentes. Os fitoterápicos nunca devem ser encarados como um complemento aos medicamentos alopáticos, ou mesmo complementos alimentares, pois passam pelo mesmo crivo de um medicamento. Eduardo de Jesus Oliveira, pesquisador na área de controle de qualidade de produtos fitoterápicos, explica que a legislação Brasileira para registro de medicamentos fitoterápicos

“Os fitoterápicos, elaborados a partir de plantas medicinais por métodos extrativos que variam de planta para planta, só podem ser produzidos a partir da comprovação de sua ação farmacológica e ausência de toxicidade nas doses indicadas, as mesmas exigências dos medicamentos sintéticos. Portanto, todos eles têm trabalhos científicos que comprovam sua eficácia e segurança”. Fátima Maria Motter, professora pesquisadora de fitoterápicos da Universidade Mackenzie.

da Anvisa é uma das mais avançadas e rigorosas do mundo, tendo, inclusive, servido de modelo para outros países estruturarem suas leis. “A legislação atual para registro de medicamentos fitoterápicos é a RDC 14/2010, da Anvisa, que revogou a norma anteriormente vigente de 2004. A Anvisa nunca considerou os medicamentos fitoterápicos como complemento alimentar. Os medicamentos fitoterápicos registrados na Anvisa merecem a mesma credibilidade e as mesmas precauções de uso que qualquer outro medicamento registrado pela agência”. Fátima Maria Motter, professora pesquisadora de Fitoterápicos da Universidade Mackenzie, também confirma a seriedade dos estudos com os fitoterápicos. “Os fitoterápicos, elaborados a partir de plantas medicinais por métodos extrativos que variam de planta para planta, só podem ser produzidos a partir da comprovação de sua ação farmacológica e ausência de toxicidade nas doses indicadas, as mesmas exigências dos medicamentos sintéticos. Portanto, todos eles têm trabalhos científicos que comprovam sua eficácia e segurança”.

Fitomedicamentos e fitofármacos Outros dois termos podem causar confusão: “fitomedicamentos” e “fitofármacos”. Fitomedicamento

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MATÉRIA // FITOTERÁPICOS é a mesma coisa que fitoterápicos. O primeiro é um termo criado pela indústria farmacêutica e o segundo é o termo autorizado pela Anvisa para um tipo de medicamento. Já fitofármacos são medicamentos à base de plantas, ou seja, que contêm uma substância medicamentosa isolada a partir de extratos de plantas - nos fitoterápicos (fitomedicamentos) os extratos das plantas é que são isolados. A aceitação por tratamento com fitoterápicos é alta, por sua menor incidência de contra-indicações e efeitos colaterais. Porém, como todo medicamento, o conhecimento das indicações e contra-indicações de um fitoterápico deve ser respeitado. O médico poderá informar qual a terapia mais indicada para cada caso e que pessoa pode fazer uso, naquele momento, de determinado medicamento. Os fitoterápicos também podem apresentar efeitos colaterais, contudo, isto ocorre, comprovadamente, com menor intensidade e frequência. O importante é seu uso ocorrer com acompanhamento médico. “A utilização de plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos deve ser feita sempre dentro das indicações a que se prestam, com a posologia, modo de uso e duração de tratamento adequados”, explica Eduardo de Jesus Oliveira.

Alopatia A alopatia consiste em utilizar medicamentos que vão produzir no organismo do doente reação oposta aos sintomas, a fim de neutralizá-los. Refere-se à medicina atual, convencional, de bases científicas sólidas, e tem sua origem em Galeno (131-200), famoso médico particular do imperador romano Marco Aurélio (século II). Galeno desenvolveu um sistema médico que combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades. No caso de uma febre, por exemplo, utilizava-se um antitérmico; para dor, um analgésico; na diarreia, um antidiarréico. Os princípios ativos da alopatia possuem estudos científicos, eficácia e segurança comprovadas.

Homeopatia A palavra homeopatia deriva do grego Homoispathos (Homóis significa “semelhante” e pathos “sofrimento”). É uma terapia baseada na cura pelos semelhan-

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“A legislação brasileira para registro de medicamentos fitoterápicos da Anvisa é uma das mais avançadas e rigorosas do mundo, tendo, inclusive, servido de modelo para outros países estruturarem suas leis. A legislação atual para registro de medicamentos fitoterápicos é a RDC 14/2010, da Anvisa, que revogou a norma anteriormente vigente de 2004. A Anvisa nunca considerou os medicamentos fitoterápicos como complemento alimentar. Os medicamentos fitoterápicos registrados na Anvisa merecem a mesma credibilidade e as mesmas precauções de uso que qualquer outro medicamento registrado pela agência”. Eduardo de Jesus Oliveira, Professor da Universidade Federal da Paraíba e pesquisador na área de controle de qualidade de produtos fitoterápicos.

tes. O que significa dizer que uma mesma substância capaz de produzir determinado sintoma numa pessoa sã teria a capacidade de curar este mesmo sintoma em uma pessoa doente, quando dada em doses mínimas. Por exemplo, tratar uma pessoa com conjuntivite dando-lhe essência de cebola (que irrita o olho). Os medicamentos homeopáticos são preparados a partir de substâncias extraídas da natureza. Segundo os homeopatas, quanto mais os efeitos de uma substância se aproximam dos sintomas do paciente, mais suas virtudes terapêuticas são importantes na cura (lei da semelhança). Contudo, não há estudos científicos, logo sua eficácia e segurança não são comprovadas.

Fitoterápico nacional Em seu primeiro ano de existência, a Hebron® foi o primeiro laboratório nacional a colocar à disposição do mercado e da classe médica brasileira um fitomedicamento à base de matéria–prima nacional. Único giardicida e amebicida de origem fitoterápica, foi pro-


MATÉRIA // FITOTERÁPICOS

Fitoterápicos e Termos Semelhantes

duzido a base de Mentha crispa. O farmacêutico Edvaldo Santos, que junto com Clécio Santana, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o professor Cesário de Melo, criou a fórmula original do medicamento, explica que o fitoterápico foi criado a partir da crença de que se usava mel de abelha e hortelã para combater a ameba e a giárdia. Nos cinco anos de estudo para a produção do medicamento, foi feita uma plantação de Mentha crispa, a hortelã-de-folha-miúda, para fornecer a matéria-prima. A eficácia do extrato de Mentha crispa foi comprovada pelos estudos realizados no Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco. Também foram estudados pacientes portadores de Etamoeba histolytica e de Giardia lamblia. Todos foram submetidos a exame coproscópico pelo método de Hoffman. Além de exames hematológicos e bioquímicos realizados no sangue dos pacientes. Diante da biodiversidade do Brasil (das 250 mil plantas catalogadas no mundo, 55 mil estão aqui), em conjunto com a necessidade da população por medicamentos com menos efeitos colaterais, fica evidente que o país deve investir na área de fitoterápicos. É importante haver maior investimento tanto em pesquisas quanto no controle de uso dos medicamentos.

// Eduardo de Jesus Oliveira E-mail: eduardo@ltf.ufpb.br Pesquisador na área de controle de qualidade de produtos fitoterápicos. Atualmente é professor Adjunto III da Universidade Federal da Paraíba. // Fátima Maria Motter E-mail: fatimamotter@gmail.com Professora pesquisadora de fitoterápicos da Universidade Mackenzie.

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MATÉRIA // COMO SE FAZ UM MEDICAMENTO

Da fábrica à farmácia Entenda como é o processo de fabricação de um medicamento e qual o seu caminho até as prateleiras das farmácias Processo de blistagem de medicamento

// Por Vivianne Santos

s

ejam em cápsulas, conta-gotas, xaropes ou injeções, os medicamentos convivem conosco diariamente. Estamos acostumados a, apenas, comprá-los nas farmácias e utilizá-los de acordo com a prescrição do médico. O que boa parte das pessoas desconhece é o longo caminho que estes remédios percorrem desde sua criação até a chegada às prateleiras das farmácias e drogarias. Um novo fármaco demora anos para chegar às mãos do consumidor. Isto ocorre porque seu desenvolvimento implica uma série de etapas que devem garantir sua segurança e eficácia.

Fabricação de um medicamento “O primeiro passo para se desenvolver um medicamento é a definição do seu princípio ativo e de sua finalidade”, afirma Avaniel Marinho, diretor de Pesqui-

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sa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Hebron® Farmacêutica. Passada esta etapa, a substância escolhida passará por testes pré-clínicos, ou seja, será aplicada em animais de laboratório. Normalmente, são escolhidas três espécies (roedores, caninos e primatas) para a realização de análises de toxicidade. Estes estudos avaliam o quão tóxica é a droga em curto e longo prazo e medem, ainda, o tipo de toxicidade, seja ele agudo ou crônico. Nesta etapa, ainda são realizados estudos de carcinogenicidade, que consiste na avaliação do potencial que esta nova molécula possui ou não de induzir o desenvolvimento de um câncer. Além disso, são feitos estudos de teratogenicidade, que implica saber o quanto e de que maneira a droga afeta a prole do animal. Com estes testes em mãos, o pesquisador parte para os testes clínicos, que são os estudos em seres humanos.


MATÉRIA // COMO SE FAZ UM MEDICAMENTO Os estudos em seres humanos estão divididos em quatro fases. A fase 1 consiste na escolha de voluntários adultos sadios para realização do perfil farmacocinético (a maneira como o organismo lida com o medicamento) e farmacodinâmico (ação e efeito) da droga. Esta fase é realizada com um número restrito de voluntários, em média, 30 pessoas. Tendo estipuladas a dosagem e a forma de administração (oral, venosa e outras) da droga na fase 1, o pesquisador terá suporte necessário para passar para os estudos da fase 2, cujos testes são realizados com um pequeno grupo de voluntários portadores da patologia à qual a droga será destinada, em média, 50 pessoas. O objetivo da fase 2 é verificar a eficácia neste perfil de pacientes. Na fase 3 é selecionado um número maior de pacientes (centenas/milhares) com a patologia a fim de realizar estudos controlados, como o simples-cego, quando o paciente não sabe o que está tomando, e o duplo-cego, aquele em que nem o paciente e nem o investigador sabem o que está sendo administrado. Neste caso, eles não sabem se estão tomando o medicamento, placebo, ou medicamento concorrente. Esta fase é utilizada para corroborar a eficácia comprovada na etapa anterior, como, ainda, verificar a segurança da droga. A partir destes testes é que será feita a coleta dos eventos adversos que irão compor a bula do remédio. Ainda na fase 3, estes estudos clínicos são submetidos para registro, de acordo com a Resolução-RDC nº 136, de 29 de maio de 2003. Quando o fármaco vai ser registrado, avalia-se a parte química da molécula em si, características físico-químicas, como dissolução, tem-

“O primeiro passo para se desenvolver um medicamento é a definição do seu princípio ativo e de sua finalidade”. Avaniel Marinho, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Hebron®.

peratura para armazenamento e testes de estabilidade. Tudo isso é parte dos estudos clínicos. Feita a análise e atestada a eficácia e segurança, o registro é concedido.

Legislação Farmacêutica A base da Legislação Farmacêutica á a Lei 6.360 de 23/09/1976 e o Decreto 79.094 de 05/01/77. São objeto de regulamentação destas legislações os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, perfumes e similares, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção estética e outros. Para que possam exercer as atividades de fabricar, produzir, transformar, sintetizar, purificar ou expedir um medicamento, as empresas deverão se adequar às legislações e dependerão de licença dos órgãos das Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Territórios e de Autorização de Funcionamento do Ministério da Saúde, expedida através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A lei é incisiva e não permite o trânsito de produtos sem a formalização do registro na Anvisa.

Processo de envase do Saccharomyces cerevisiae

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MATÉRIA // COMO SE FAZ UM MEDICAMENTO Após a etapa de pesquisa, a produção de um medicamento passa pelo Controle de Qualidade. De acordo com Rosa Lúcia Carneiro da Silva, diretora Técnica da Hebron® Farmacêutica, o Controle de Qualidade é a parte das Boas Práticas de Fabricação referente à amostragem, especificações, ensaios (testes), procedimentos de organização, documentação e procedimentos de liberação que asseguram que os ensaios necessários e relevantes sejam executados e que os materiais não sejam liberados para uso, nem os produtos liberados para venda ou fornecimento, até que a qualidade dos mesmos seja julgada satisfatória. Após o controle de qualidade, o medicamento segue para a linha de produção do laboratório, onde será produzido em larga escala, embalado e distribuído para os diversos pontos de venda. Setor de probióticos, onde são produzidos medicamentos como o Florax®

O registro de um produto é um procedimento legal e obrigatório. Necessitando, portanto, que a empresa obtenha Licença de Funcionamento Estadual, Autorização de Funcionamento Federal e seja regularmente inspecionada pelas autoridades competentes, segundo orientação do Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação, que institui o roteiro de referência para inspeção das Boas Práticas de Fabricação na produção e industrialização de medicamentos. No caso das Indústrias Farmacêuticas, a legislação de referência para as Boas Práticas é a Resolução - RDC nº 210, de 04 de agosto de 2003. Nenhum produto submetido ao regime de vigilância sanitária poderá ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo antes de registrado e/ou comunicado à Anvisa. O registro de um medicamento terá validade de cinco anos.

Fase 4 Com o registro, o fármaco passa para a fase 4, quando é possível impor critérios que fecham a visão do pesquisador sobre a droga. Quando esta é posta no mercado, pode haver outros efeitos adversos e dados de efetividade para aquela patologia. Há casos, porém, em que o medicamento se mostra até mesmo eficaz para outra patologia. Estudos da fase 4 podem dar ideia de uma nova indicação terapêutica. No Controle de Qualidade da Hebron®, todas as matérias-primas, material de embalagem, produto em processo e produto terminado (medicamento) são submetidos a uma série de testes físicos, físicoquímicos e microbiológicos, antes de serem liberados para o uso e para a venda, de acordo com rigorosas especificações.

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Marketing Para realizar a divulgação dos produtos, a área de marketing entra em cena. De acordo com Wedja Henrique Pires, diretora de Marketing da Hebron®, esta etapa está presente antes mesmo do surgimento do medicamento, identificando a necessidade de novas apresentações e, até mesmo, novos produtos. Esta identificação se dá através do estreito contato com os médicos e a equipe de vendas e conhecimento do consumidor e do mercado. “Participando de reuniões com propagandistas, gerentes, diretores e visitando médicos, antecipamos algumas necessidades. Acompanhamos o desenvolvimento dos produtos participando das reuniões, juntamente com os departamentos médico e de pesquisa e desenvolvimento. Os departamentos trabalham bem coesos neste período de criação, sugerindo e opinando. Sugerimos cor, textura, embalagem, nome e posicionamento. Desta forma, vemos surgir o medicamento, suas principais características e os benefícios que ele trará para nossos clientes”, afirma.

Distribuição A etapa final percorrida por um medicamento é a distribuição. Após a produção, e de acordo com a necessidade de vendas, os produtos são comercializados com a distribuidora. É dessa forma que o medicamento chega até as farmácias e, consequentemente, até o consumidor. Cumpridas todas as etapas, você pode desfrutar de toda a tecnologia e pesquisa desenvolvidas pelos laboratórios farmacêuticos, que visam sempre a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população.


QUALIDADE DE VIDA // VINTE ANOS DE AVANÇOS NA MEDICINA

Vinte anos de avanços na medicina // Por Vivianne Santos

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os últimos vinte anos, muitas descobertas foram feitas na medicina. Terapia gênica, clonagem de células e órgãos, descobertas sobre o câncer e o vírus da Aids, vacinas para a maioria das doenças infectocontagiosas etc. O Brasil também conseguiu obter grandes avanços na área. Porém, existem muitos desafios a serem vencidos. Doenças que foram erradicadas em países desenvolvidos, como malária, dengue e doenças parasitárias, ainda predominam na América Latina.

Mapeamento do genoma humano A medicina passou por muitas descobertas e novas técnicas foram implantadas. Uma das mais importantes e interessantes foi sobre o mapeamento do genoma humano.

Nos últimos vinte anos, muitas descobertas foram feitas pela medicina. O Brasil também conseguiu obter grandes avanços na área. Porém, existem ainda desafios a serem vencidos

O Projeto Genoma Humano surgiu de um consórcio formado pelos Estados Unidos, Japão e Europa. Em 1986, foi sugerido que a realização de um sequenciamento do genoma humano e a identificação dos genes estruturais poderiam acelerar a compreensão sobre os mecanismos responsáveis pelo câncer. Posteriormente, surgiu o conceito de um programa para estudar o genoma humano por meio de sequenciamento e construção de um mapa genético, dando a localização dos genes associados ou não a doenças hereditárias. Nos últimos anos, o Brasil investiu na área da genética molecular. Hoje, o País ocupa lugar de destaque ao lado dos Estados Unidos, França e Japão no trabalho de análise de mapeamento genético.

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QUALIDADE DE VIDA // VINTE ANOS DE AVANÇOS NA MEDICINA A primeira experiência bem-sucedida do país foi com o estudo da Xylella, que causa uma doença chamada “amarelinho” na plantação de cítricos. Este foi o primeiro sequenciamento de genoma concluído por cientistas brasileiros. O trabalho teve início em 1988 e foi realizado pela rede ONSA (sigla em inglês para Organização para Sequenciamento e Análise de Nucleotídeos). Depois desse trabalho, a pesquisa científica consolidou uma etapa importante e abriu caminho para novos projetos. Outro grande avanço no Brasil diz respeito ao câncer. Esta evolução se deu, também, a partir do estudo do genoma humano. O Projeto Genoma Câncer pretende identificar e sequenciar os genes responsáveis pelos tipos de câncer mais comuns no Brasil.

Terapia gênica Na década de 1980, avanços na biologia molecular já permitiam que os genes humanos fossem sequenciados e clonados. Cientistas que procuravam por um método para facilitar a produção de proteínas — tais como insulina — pesquisaram a introdução de genes humanos no DNA de bactérias. As bactérias geneticamente modificadas passaram, então, a produzir a proteína correspondente, que podia ser recolhida e injetada em pessoas que não a podiam produzir naturalmente. A biologia da terapia genética em humanos é muito complexa e há, ainda, muitas técnicas que precisam ser desenvolvidas e doenças que precisam ser entendidas de maneira mais completa antes que a terapia genética possa ser usada apropriadamente.

Vacinas gênicas A vacina gênica - ou vacina de DNA -, ainda em fase de experimentação e padronização, pode tornar-se a maior promessa de combate a doenças infecciosas para as quais, até hoje, não existe prevenção segura, como herpes, Aids, malária, tuberculose, hepatite, esquistossomose e dengue. Para a produção da vacina gênica, os cientistas retiram do agente causador da doença, que pode ser um vírus, bactéria, fungo ou parasita, um fragmento da molécula de DNA. Quando inoculado nos animais ou em humanos, este fragmento de DNA codifica uma proteína imunogênica ou um fator de virulência que tem a potencialidade de induzir o sistema imunológico a produzir anticorpos ou estimular a imunidade mediada por células, principalmente linfócitos T auxiliares ou citotóxicos (uma das principais células de defesa de nosso organismo), protegendo contra a infecção causada pelo agente patogênico de onde se originou o DNA. O método é considerado mais eficaz e seguro do que o de determinadas vacinas convencionais, que inoculam vírus ou bactérias vivas, atenuadas na pessoa, para obrigar o sistema imunológico a produzir anticorpos ou imunidade celular. Essas vacinas de organismos vivos e atenuados, embora funcionem muito bem, oferecem uma certa margem de risco de que a pessoa acabe contaminada pela doença que se pretende prevenir. Com a vacina de DNA isso não acontece.

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Clonagem A última década do milênio foi marcada pela clonagem da ovelha Dolly e a primeira tentativa de clonagem com embriões humanos. Em 2004, pesquisadores da Universidade Nacional de Seul, Coreia do Sul, anunciaram que tinham clonado com sucesso 30 embriões humanos. A primeira clonagem de material genético de nossa espécie teve fins terapêuticos. O objetivo foi gerar embriões que serviram de matéria-prima para a obtenção de células-tronco, um tipo de célula primordial que, se devidamente cultivada, pode, teoricamente, transformar-se em qualquer forma de tecido humano. São uma esperança para a medicina na busca de novos tratamentos para o câncer, por exemplo. Em relação à possibilidade de clones humanos, a equipe do veterinário Woo Suk Hwang garantiu não ter implantado nenhum dos embriões nas 16 mulheres que doaram óvulos para o experimento. Os cientistas têm muitas esperanças com relação à clonagem na cura de doenças, porém esbarram em parâmetros éticos. Mas acreditam que no futuro a clonagem possa produzir células de órgãos ou até órgãos inteiros, salvando a vida de muitas pessoas e diminuindo a fila dos transplantes.

Aids Ainda não se descobriu a cura da Aids, mas as pesquisas continuam intensas e até é possível falar em vacinas. No início da década de 1980, o conhecimento internacional sobre a infecção era muito incipiente e os estudos limitavamse a abordagens epidemiológicas e imunológicas. Quando franceses e norte-americanos isolaram o HIV-1, pela primeira vez no mundo, em 1983 e 1984, informações, como a alta variabilidade genética do vírus, foram reveladas e incitaram pesquisadores brasileiros a isolar o vírus circulante no país. A conclusão da tarefa era imprescindível à ampliação da pesquisa em Aids no Brasil: devido ao desconhecimento sobre o HIV-1 até o isolamento do vírus, os estudos sobre a infecção versavam, exclusivamente, sobre as alterações imunológicas que a síndrome provoca no organismo humano. A partir de 1987, o acesso de pesquisadores ao vírus isolado permitiu a geração de conhecimentos sobre as cepas circulantes no Brasil, o que deu início a uma série de estudos moleculares, bioquímicos, antigênicos e filogenéticos do patógeno. O isolamento do HIV-1 no Brasil ratificou a necessidade de estudar os vírus circulantes no país e impulsionou a pesquisa científica na área, promovendo os primeiros estudos de epidemiologia molecular do patógeno. Conhecer o perfil genético das diferentes cepas do HIV-1 encontradas no país é importante porque permite, por exemplo, relacionar estas informações às manifestações clínicas dos pacientes e identificar as formas mais agressivas do vírus.


QUALIDADE DE VIDA // VINTE ANOS DE AVANÇOS NA MEDICINA O isolamento do HIV-1 no Brasil foi o primeiro passo para que pudéssemos conhecer mais profundamente o vírus circulante no país, através de análises bioquímicas, moleculares, antigênicas e filogenéticas. Estas informações permitiram a realização de estudos de diversidade genética, epidemiologia molecular e comportamento biológico do HIV-1 circulante no Brasil, que forneceram as bases para a comparação com isolados virais de outros países. Avaliações como estas são fundamentais para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos, pois permitem analisar, por exemplo, se um produto desenvolvido com sucesso em outro continente será igualmente eficaz no Brasil.

Células-tronco Diabetes, paraplegia, infarto, mal de Parkinson, câncer e até estética. Os benefícios projetados para a terapia com célulastronco são tantos, que fizeram as pesquisas ganharem fôlego nos quatro cantos do País. Os estudos brasileiros começaram há 10 anos e a avaliação dos especialistas é de que chegou a hora de rever os limites éticos dos ensaios e traçar novas estratégias para que a medicina regenerativa saia do papel e vire realidade. Por enquanto, toda e qualquer utilização das células-tronco é experimental, não tem validade científica comprovada e não pode ser oferecida como primeira opção de tratamento. Pesquisas com células-tronco são apoiadas por vários países e o Brasil ratifica sua participação na pesquisa, autorizando estudos em embriões inviáveis ou congelados há mais de três anos. As células-tronco são consideradas a grande esperança da medicina terapêutica. Evidências científicas mostram que este tipo de célula tem a capacidade de regenerar órgãos vitais. A esperança é de que um dia seja possível usá-las com amplo sucesso em órgãos danificados, evitando a necessidade de transplante, e também para recuperar peles e tecidos de pessoas acidentadas ou com câncer, por exemplo.

Epidemias Duas epidemias ressurgiram nos últimos 20 anos. A primeira foi a tuberculose, que parecia erradicada nos países desenvolvidos e que reapareceu associada a debilidades decorrentes de outras doenças, como Aids, e da falta de higiene. A segunda foi ainda mais grave: o câncer do colo do útero, causado pelo vírus HPV. Estima-se que a maioria das mulheres do mundo, se não tem, terá HPV. O Brasil tem programa-referência no tratamento de tuberculose e o exporta para países mais pobres, até mesmo para os Estados Unidos. Também há, no país, pesquisas para solucionar a epidemia de HPV.

Envelhecimento O Brasil passou por mudanças acentuadas no padrão demográfico nestas duas últimas décadas. De acordo com as últi-

mas informações do Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira passa por um processo de envelhecimento que deverá durar 30 anos, levando à expectativa de que o país deixe de ser majoritariamente jovem, como hoje, e se torne um país maduro em 2040.

Futuro A visão do futuro, entretanto, ainda traz preocupações. Tem sido observado que a doença cardíaca ainda é a principal causa de morte no Brasil, em parte, devido ao aumento da população de idosos e, em parte, a complicações da própria doença, como a insuficiência cardíaca e as arritmias. Observa-se o aumento do tabagismo, do sedentarismo e da obesidade entre jovens. O número de diabéticos também está aumentando. As pessoas ainda não têm conhecimento suficiente sobre as doenças, havendo necessidade de se aprimorar a política de informação médica para leigos. Entre outros importantes problemas previstos, destaca-se a resistência dos micro-organismos aos antibióticos, como demonstra a expansão da tuberculose pulmonar. A medicina molecular, baseada na biologia, deverá orientar os avanços médicos, pois permitirá o conhecimento aprofundado das doenças. O melhor conhecimento do funcionamento das células permitirá combate eficaz à arteriosclerose e às células cancerígenas. O estudo da genética individual, através do genoma, dará a base para a grande revolução que deverá ocorrer neste século. A genética permitirá o conhecimento detalhado das alterações que ocorrem nas doenças. Desta maneira não se tratará, por exemplo, a hipertensão arterial, e sim um tipo específico de hipertensão, como aquele que se deve mais à retenção de sódio, quando então deve utilizar-se somente diurético. As doenças poderão ser alteradas através da transferência de genes. Será possível, brevemente, traçar com detalhes o perfil genético de cada um de nós ainda na vida intrauterina, permitindo um planejamento terapêutico com resultados muito mais eficientes. A população brasileira está recebendo os benefícios dos avanços da medicina, mas ainda convive com doenças comuns ao início do século passado, como as infecções e a diarreia. Todos os esforços feitos para que a medicina evolua só é válido desde que cheguem às mãos dos médicos e possam ser viabilizados por eles. É preciso, para isto, a disponibilização de recursos para que a humanidade, como um todo, venha a se beneficiar dessas descobertas.

Hebron Atualidades

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PING PONG // LUCIA NOVAES MALAGRIS

Estresse ajuda na superação de desafios, mas cronicamente pode causar danos à saúde Lucia Novaes Malagris, psicóloga, presidente da Associação Brasileira de Stress e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

// Por Dênia Sales

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ser humano, cada vez mais, se vê diante de situações as quais precisa se adaptar, como exigências de atualização, lidar com novas informações, conflitos internos, trânsito, sobrecarga de trabalho e pressões da família, do meio social ou da escola. Estas são algumas causas da tensão nervosa e da ansiedade, fatores que podem desencadear o estresse. Mas não são apenas situações ruins que levam ao problema. Todas as grandes mudanças que o ser humano passa na vida são situações estressantes, mesmo se forem boas. A palavra “Estresse” vem do inglês “Stress”. O conceito não é novo: foi usado inicialmente na física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão. Mas, só no início do século XX, as ciências biológicas e sociais iniciaram a investigação de seus efeitos na saúde física e mental das pessoas. Em nossos ancestrais, o mecanismo da ansiedade foi ligado à sobrevivência diante da luta pela vida, como, por exemplo, das ameaças de animais ferozes, das guerras tribais, da busca pelo alimento, pelo espaço geográfico etc. No ser humano moderno, as causas da “luta pela sobrevivência” mudaram, mas permaneceu a capacidade de reagir ansiosamente diante das ameaças e/ou adaptações. Vale ressaltar que o estresse é um aliado na superação de desafios, mas cronicamente pode causar danos à saúde física e mental. Em entrevista exclusiva à Hebron Atualidades, a psicóloga Lucia Novaes Malagris, presidente da Associação Brasileira de Stress e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, falou sobre o problema. Lucia, que é coautora de alguns livros sobre o assunto, explicou as causas, os sintomas, as consequências para o indivíduo e deu dicas de como evitar ou conviver melhor com as doses de estresse que recebemos diariamente. Hebron Atualidades – O que caracteriza o estresse??

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Lucia Novaes Malagris – O estresse é uma reação do organismo que envolve componentes físicos e emocionais e que ocorre frente a estímulos que signifiquem um desafio ou uma ameaça para a pessoa. Trata-se de uma reação que tem como objetivo uma adaptação do organismo após o equilíbrio quebrado pelo contato com o estímulo. Logo, a princípio é uma reação saudável e necessária, tornando-se, no entanto, prejudicial quando se torna crônico. O processo do estresse ocorre em quatro fases: alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão. A fase de alerta é o momento em que a pessoa se depara com o estressor e o organismo se mobiliza para lidar com ele. Nesse momento, a pessoa produz adrenalina, que a deixa energizada para lidar com o estressor. Se o estressor deixa de estar presente, o organismo volta ao seu equilíbrio. No entanto, se o estressor se mantém, a pessoa passa para a segunda fase, que é a resistência. Como o nome já diz, esta se constitui em um momento em que o organismo está buscando resistir, recuperar o equilíbrio quebrado. Caso não consiga se recuperar em função do estressor se manter, ela passa para a quase-exaustão e, finalmente, para a exaustão, fases comprometedoras. Nas duas últimas fases, a pessoa pode apresentar doenças (físicas ou emocionais) para as quais possui predisposição. H.A. – Qual a diferença entre o estresse crônico e o agudo? Lucia Novaes Malagris – O estresse crônico ocorre quando o(s) estímulo(s) estressor(es) se mantém por muito tempo. Na busca de adaptação e de lidar com o estressor, o organismo vai produzindo substâncias, visando a luta pela adaptação, e, com isso, vai se depauperando. O estresse agudo é decorrente de um evento de alto impacto que, devido a sua magnitude, causa uma reação aguda do organismo que traz uma


PING PONG // LUCIA NOVAES MALAGRIS série de alterações fisiológicas e emocionais. Logo, a diferença é que o estresse crônico vai aos poucos minando o organismo e o agudo é uma reação intensa, que gera reações exacerbadas imediatas frente a um estímulo com potente ação estressora. H.A. – Quais os fatores que desencadeiam o problema? Lucia Novaes Malagris – O estresse pode ser desencadeado por estímulos externos ou internos. São as chamadas fontes de estresse. As fontes externas se referem aos eventos, pessoas, conflitos sociais ou familiares e problemas no ambiente ocupacional, por exemplo. Já as fontes internas se referem a características do próprio indivíduo, ou seja, a própria pessoa produz seu estresse com seu modo de ver e lidar com o mundo. H.A. – Que principais sintomas levam ao diagnóstico do estresse? Lucia Novaes Malagris – Os sintomas de estresse variam de acordo com a fase em que se encontra. Na fase inicial, alerta, os sintomas mais comuns são: hiperatividade, taquicardia, sudorese, picos de pressão arterial e aumento súbito de motivação, por exemplo. Na segunda fase, resistência, os principais sintomas são cansaço excessivo, problemas de memória, diminuição da libido e sensibilidade emotiva. Na terceira, quase-exaustão, o cansaço aumenta ainda mais, a sensibilidade emotiva também, a pessoa pode começar a apresentar problemas de saúde, como gastrite ou aumento de pressão arterial continuada. Na quarta e última fase, exaustão, a pessoa pode ter pesadelos, dificuldade de trabalhar, ansiedade, angústia, depressão, além das doenças físicas que, agora, podem se estabelecer. Logo, o diagnóstico do estresse depende do tipo de sintoma e da intensidade dos mesmos. H.A. – Diagnosticado o problema, quais os tratamentos indicados? Lucia Novaes Malagris – O tratamento para o estresse excessivo envolve mudança no estilo de vida, pois, em geral, é o estilo de vida deficitário que favorece o estresse. É importante que a pessoa faça atividade física regular, tenha uma alimentação balanceada, pratique técnicas de relaxamento regularmente e preste atenção em suas características pessoais que podem estar contribuindo para o estresse excessivo, procurando manejá-las. A pessoa precisa estabelecer prioridades, refletir sobre seus objetivos de vida, procurando ser coerente com eles.

H.A. – Se não tratado, quais as consequências e os impactos negativos para o indivíduo, tanto em nível físico como mental? Lucia Novaes Malagris – O estresse excessivo não controlado pode contribuir para doenças físicas e emocionais. Dentre as doenças físicas são comuns hipertensão, gastrite e problemas dermatológicos. Quanto aos emocionais, a pessoa pode ter depressão e transtornos de ansiedade, como transtorno do pânico, por exemplo. Além disso, temos que pensar nos problemas de relacionamento interpessoal e problemas ocupacionais. Logo, o estresse excessivo pode comprometer toda a qualidade de vida da pessoa.

“É preciso ter um estilo de vida saudável, praticando atividade física regularmente, tendo uma alimentação saudável, utilizando técnicas de relaxamento e prestando atenção em suas fontes internas de estresse, de modo que possa controlá-las e não produzir estresse para si mesmo. Também é importante pensar em seus objetivos de vida, estabelecer prioridades e aprender a dizer não, deixar um tempo para o lazer, dentre outras atitudes que podem melhorar sua qualidade de vida”. H.A. – O estresse pode acometer qualquer pessoa, em diferentes idades. Há estatísticas no Brasil e no mundo sobre o perfil que lidera? Lucia Novaes Malagris – Sim, qualquer pessoa pode ter estresse, até porque o estresse é um processo que, a princípio, é útil e necessário, apenas sendo um problema quando atinge fases avançadas. De fato, algumas pessoas são mais vulneráveis em decorrência de suas características de personalidade, que podem atuar como fontes internas de estresse. Além disso, aspectos comportamentais, como pressa, afobação, sobrecarga de trabalho, agressividade, dificuldade de delegar, também podem favorecer o aparecimento do estresse excessivo. H.A. – Criança também se estressa, e o diagnóstico do estresse e da depressão infantil são cada vez mais comuns. Contudo, em alguns casos, é confundido com birra. Como saber se a criança realmente está sofrendo de estresse ou depressão? Lucia Novaes Malagris – O estresse pode afetar sim as crianças, o que não era reconhecido até bem pouHebron Atualidades

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PING PONG // LUCIA NOVAES MALAGRIS co tempo. Sabe-se, atualmente, que, como o adulto ou adolescente, a criança também pode ser vítima do estresse excessivo. Os sintomas na criança costumam ser terror noturno, pesadelos, dificuldade de relacionamento interpessoal, introversão súbita, apatia, choro em demasia, birra, medo excessivo, dentre outros. A depressão pode ser um dos sintomas do estresse, mas também pode se tratar de um transtorno em si, independente do estresse. Os sintomas de depressão variam de acordo com a idade. Na criança antes de falar, pode se observar distúrbios na expressão facial, inquietação, retraimento, recusa da alimentação e choro frequente, por exemplo. A criança que já sabe falar até os três anos, aproximadamente, pode manifestar através de hiperatividade, dificuldade de sono, dor de barriga, agressividade, movimentos repetitivos e regressão, podendo voltar a urinar na cama. Entre três e cinco anos, a criança pode apresentar dependência excessiva, ansiedade. Dos seis aos 12 anos, é comum manifestar a depressão através da tristeza, choro fácil, apatia, movimentos lentos, tom de voz monótono, desinteresse, queda no rendimento escolar, baixa autoestima e, até mesmo, pensamentos suicidas. Para um diagnóstico seguro e, consequentemente, um tratamento adequado é necessário que um profissional avalie o caso específico, considerando a criança e o contexto em que ela vive. H.A. – O estresse é estudado desde o início do século XX pelas ciências biológicas e sociais, significando esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações ameaçadoras ao equilíbrio interno. Neste caso, por que é considerado “o mal da vida moderna”? Lucia Novaes Malagris – O estresse sempre existiu, desde os homens das cavernas. A adrenalina produzida na situação de estresse era utilizada para lutar e fugir. No entanto, os estressores atuais são outros e exigem novas formas de reação. Nem sempre é possível lutar ou fugir, como no caso de um assalto, onde o melhor é ficar parado. Os estressores do mundo atual são a velocidade da informação, a violência urbana, a globalização, a competitividade, as demandas de cada vez se absorver mais informações e buscar sucesso. O estresse não é exatamente o mal da vida moderna, pois como citei acima, o estresse sempre existiu, o que mudou foram os estressores, o que demanda estratégias diferentes para o manejo do estresse. H.A. – Existe alguma relação entre estresse e depressão, ou seja, um pode desencadear o outro? Lucia Novaes Malagris – Sim, a depressão pode ser um sintoma de estresse. No entanto, às vezes, a depressão é um transtorno independente do estresse,

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um transtorno do humor que demanda tratamento especializado com psicólogo e psiquiatra. H.A. – Muitas vezes, o estresse é um aliado na superação de desafios. Você pode comentar a respeito? Lucia Novaes Malagris – O estresse na fase de alerta, a primeira fase, é muito útil para lidar com desafios. Nesta fase, a pessoa fica mais produtiva, mais ativa, vigilante, bastante entusiasmada, logo pode enfrentar com sucesso situações desafiadoras. O problema é se, após esse momento, a pessoa não consegue voltar ao seu equilíbrio e passa para fases mais avançadas. H.A. – Quais as dicas para evitar ou conviver melhor com as doses de estresse que recebemos diariamente? Lucia Novaes Malagris – É preciso ter um estilo de vida saudável, praticando atividade física regularmente, tendo uma alimentação saudável, utilizando técnicas de relaxamento e prestando atenção em suas fontes internas de estresse, de modo que possa controlá-las e não produzir estresse para si mesmo. Também é importante pensar em seus objetivos de vida, estabelecer prioridades e aprender a dizer não, deixar um tempo para o lazer, dentre outras atitudes que podem melhorar sua qualidade de vida. H.A. – E quando o estresse ou a depressão acontece com um parente ou com alguém próximo, qual a melhor forma de lidar com o problema? Lucia Novaes Malagris – É importante que a família ou os amigos apoiem a pessoa com estresse ou depressão. Em geral, é a família que percebe primeiro que a pessoa está sofrendo. Muitas vezes, o desabafo, ter alguém para contar sobre seu sofrimento, já ajuda. No entanto, isso nem sempre é suficiente, sendo necessária uma ajuda especializada que pode ser sugerida pelo familiar ou amigos.

// Lucia Novaes Malagris Email: lucianovaes@terra.com.br Lucia Novaes Malagris é psicóloga, presidente da Associação Brasileira de Stress e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem mestrado, doutorado e pós-doutorado na área do stress e da saúde. Coautora dos livros “Mitos e Verdades sobre o Stress”, “Stress ao longo da vida” e “O Treino Cognitivo de Controle da Raiva”. Autora de capítulos incluídos nos livros “Pesquisas sobre o Stress no Brasil”, “Relaxamento para Todos”, “O Stress está dentro de Você”, “Crianças Estressadas”, “O Stress do Professor”, “O Stress no Brasil: Pesquisas Avançadas”, “Sentimentos que causam stress” e “A Síndrome de Burnout em Professores do Ensino Regular”.


Mari Groth

BOA VIAGEM // VIAGENS PELO BRASIL

O Brasil se redescobre

Nos últimos 20 anos, o brasileiro buscou descobrir novos encantos em seu país: Fortaleza, Costa do Sauípe, Bonito, Porto de Galinhas e Fernando de Noronha foram alguns “achados” Pôr do sol em Porto de Galinhas - PE

// Por Fernanda Araruna

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ndependente de idade, sexo, condição financeira ou religião, todo mundo gosta de viajar. O brasileiro trabalha o ano inteiro sonhando com os merecidos dias de descanso, quando, enfim, poderá “pegar a estrada” (ou o avião) e fugir, pelo menos por alguns dias, da rotina. O problema aparece na hora de escolher o destino. Com tantos lugares interessantes, fica difícil chegar a um consenso com a família ou o grupo de amigos. Durante muitos anos, as principais opções estavam fora do país, como Paris, EUA ou Londres, ou eram aquelas cidades mais comuns: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, por exemplo. Mas nos últimos 20 anos, o brasileiro está mais ousado, ele quer fugir dos lugares comuns e descobrir novos encantos em seu país. Desta busca, despontam destinos como Fortaleza (CE), Costa do Sauípe (BA), Bonito (MS) e Porto de Galinhas e Fernando de Noronha (PE). Verdadeiros paraísos que valem a pena investir as tão sonhadas férias.

Terra da luz Belíssimas praias, o famoso Beach Park, animadas micaretas e um povo simpático e receptivo fazem com que Fortaleza receba, todos os anos, cerca de dois milhões de turistas. O sol, que parece brilhar o ano inteiro, é o maior trunfo turístico da cidade. A rede hoteleira se concentra nos bairros à beira-mar, a exemplo de Iracema, Meireles e Mucuripe. A oito quilômetros do centro, está localizada a melhor praia da cidade, a Praia do Futuro, com suas águas limpas e sequência infindável de barracas, onde se pode apreciar outra delícia de Fortaleza: a culinária. O caranguejo é o prato mais famoso. Nas falésias da praia do Morro Branco, distante 77 km de Fortaleza, são retiradas areias coloridas que, quando colocadas em garrafas e modeladas, formam paisagens encantadoras.

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BOA VIAGEM // VIAGENS PELO BRASIL náutico. Para que os turistas conheçam as belezas naturais, são organizados passeios ecológicos na mata, nos rios e nas praias. A área onde fica a Costa do Sauípe é uma das mais belas do litoral baiano. Sua fauna abriga tartarugas-marinhas, baleias e pássaros raros. Na Praia da Barra do Rio Sauípe, as piscinas naturais fazem a alegria dos banhistas. A praia também é ótima para a pesca e possui uma grande faixa de areia com barracas.

O Beach Park é a grande sensação de Fortaleza - CE

Para a criançada, a principal diversão fica em Porto das Dunas, descendo pelo litoral cerca de 15 quilômetros. É lá que está o Beach Park, complexo turístico com resort e o maior parque aquático da América Latina. Quando o sol se põe, a festa fica por conta das várias casas noturnas. A mais célebre delas é o Pirata Bar, onde até a segunda-feira é agitada. Outro programa clássico na cidade é assistir a um dos diversos shows de humor em cartaz, não é a toa que estes espetáculos garantem à cidade o merecido título de Capital do Riso. O Ceará é conhecido pela sua longa linhagem de humoristas, como Chico Anysio, Renato Aragão e Tom Cavalcante.

Para quem gosta de voltar para casa com lembranças da viagem, a Vila Nova da Praia é o local onde é possível encontrar produtos para todos os gostos: artesanatos, joias, camisetas, quitutes etc. Sua arquitetura reproduz os típicos vilarejos baianos nas fachadas das casas, lojas e restaurantes. Lá também acontecem, todos os dias, shows musicais, danças, mostras de artistas plásticos e oficinas. Um ótimo local para se conhecer mais sobre o folclore e as artes baianas.

Bonito por natureza Quem chega em Bonito (MS) tem que concordar com uma coisa: bonito é pouco para adjetivar as tantas maravilhas criadas pela natureza na região. Esta cidade do interior do Mato Grosso do Sul surpreende por seus rios de águas cristalinas repletos de peixes, suas grutas e cachoeiras.

Costa da diversão

Rogério Moretto

Imagine conforto, relax e lazer numa localização privilegiada, com muito verde e belas praias. Tudo isso aliado ao clima quente da Bahia e à sua rica cultura. A Costa do Sauípe, um dos mais bem estruturados complexos turísticos privados do Brasil, oferece a seus visitantes isso e muito mais. Conhecida pela natureza exuberante, localiza-se em Área de Proteção Ambiental (APA), a beira-mar, e conta com cinco grandes hotéis, de alto padrão, e seis agradáveis pousadas. Dispõe de estrutura para a prática de diversas atividades esportivas, como quadras de tênis profissional, campo de golfe e centro

As cavernas de águas claras são as principais atrações de Bonito - MS

Esse pequeno pedacinho do paraíso é considerado uma das maiores áreas de lazer aquático do mundo, atraindo turistas dos mais diversos pontos do Brasil e do mundo. Lugares como as Grutas do Lago Azul e do Mimoso, o Aquário Natural, os rios Sucuri, do Peixe, Formoso e da Prata, enchem de tranquilidade aqueles que procuram paz e proporcionam emoções inesquecíveis para quem está em busca de aventuras.

Costa do Sauípe - BA

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Para a felicidade dos aventureiros, Bonito oferece a possibilidade de interação com as belezas naturais. Por esse motivo, Bonito faz parte da lista dos “dez mais” de qualquer aventureiro. Há de tudo um pouco: trilhas, balneários, estâncias, fazendas, entre outros atrativos. São centenas de cachoeiras, lagos e rios de águas cristalinas, mais de 80 cavernas - secas e inundadas -, grutas, paredões rochosos e uma infinidade de peixes e outros animais selvagens.


BOA VIAGEM // VIAGENS PELO BRASIL

Cartão postal dos pernambucanos, a praia de Porto de Galinhas encanta nativos, moradores e turistas. Localizada a 60 km do Recife, é parte do município de Ipojuca e possui como “vizinhas” outras praias encantadoras, como Muro Alto, Cupe, Maracaípe, Enseadinha, Serrambi e Toquinho. Tanto pelas belezas naturais, entre elas suas famosas piscinas naturais, quanto pelos atrativos da vila, o balneário recebe um público bem diversificado, que vai de famílias com crianças, que buscam tranquilidade e descanso, a grupos de jovens, interessados em curtir as festas, durante o dia nas praias e a noite nos bares.

Luís Lucena

Vida simples

Morro Dois Irmãos em Fernando de Noronha - PE

águas que chegam a 50 metros de visibilidade e são um convite para o mergulho, um dos principais atrativos da ilha. Não é a toa que abaixo de suas águas estão seus maiores encantos: pelo menos 15 das 18 espécies de corais existentes e cerca de 230 espécies de peixes. Há tubarões, esponjas, tartarugas marinhas, lagostas, os famosos golfinhos rotadores etc.

Praia de Porto de Galinhas - PE

Para os praticantes do mergulho, do surf ou para aqueles que desejam apenas apreciar um maravilhoso visual, Fernando de Noronha oferece uma programação variada. A Baía do Sancho, para o mergulho livre, e Pedras Secas, para o autônomo, são os pontos preferidos dos mergulhadores. As altas ondas de algumas praias, como Boldró, Cacimba do Padre e Abras – principais praias para a prática do surf na ilha (apontada por muitos como o Havaí brasileiro) –, atraem surfistas e campeonatos internacionais.

O artesanato local é um dos mais famosos do Nordeste. Espalhadas pela vila, há charmosas galinhas esculpidas em troncos de coqueiros, fruto do trabalho do artista pernambucano Carcará. Não há turista que resista fazer uma foto ao lado delas. Há, também, um leque de opções para que o visitante não volte para casa de “mãos abanando”: bijouterias, redes, quadros e porcelana fina pintada à mão são objetos que podem ser encontrados nas várias galerias e lojas. Embora repleta de pousadas charmosas, hotéis de luxo e alta gastronomia, o que encanta mesmo em Porto de Galinhas é sua vida simples. Andar descalço na areia, caminhar pela vila olhando vitrines, comer tapioca feita na hora, apreciar o trabalho dos artistas hippies ou observar as rodas de capoeira que se formam na praça é o que realmente chama a atenção dos turistas. Tudo isso somado ao astral do seu povo e o carinho com que o turista é recebido faz do balneário um lugar simplesmente irresistível.

Paraíso ecológico Isolado no Oceano Atlântico, o Parque Nacional de Fernando de Noronha guarda uma riqueza natural e histórica que o transforma num verdadeiro paraíso ecológico. Anexado ao Estado de Pernambuco, o arquipélago é composto por 21 ilhas, rochedos e ilhotas. A principal ilha recebe o nome de Fernando de Noronha e tem 17 km². Suas 16 praias possuem

Golfinhos de de Fernando de Noronha - PE

Os interessados em conhecer um pouco da história de ilha têm como boa opção percorrer suas trilhas e estradas. Fortes, ruínas e antigas construções fazem o visitante viajar no tempo, até a época das grandes descobertas. O Forte e a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e o Palácio de São Miguel são bons locais para serem visitados. Em 2001, a Unesco considerou o arquipélago Sítio do Patrimônio Mundial Natural, o que possibilita preservar a natureza intocada e única. Não é a toa que o povo brasileiro não precisa ir muito longe para ter suas almejadas férias dos sonhos. Em sua própria terra, encontrará lugares encantadores e ainda contará com a alegria e a receptividade dos seus conterrâneos. Com tantos lugares bonitos, o Brasil se redescobre a cada dia.

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// CAPA

Aos 20 anos, a Hebron se reinventa ®

Com um trabalho focado na pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos, cosméticos e alimentos funcionais a Hebron® Farmacêutica comemora duas décadas de vida 22 // Hebron Atualidades

// Por Fernanda Araruna


// CAPA

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undada em 1990, a Hebron® Farmacêutica é uma empresa 100% brasileira, focada na pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos, cosméticos e alimentos funcionais. Através do aproveitamento da matéria-prima proveniente da biodiversidade do País, possui medicamentos inovadores nas áreas de ginecologia e obstetrícia, pediatria, clínica médica, otorrinolaringologia e gastroenterologia. Atua no mercado nacional e internacional com responsabilidade e transparência. Esta síntese traduz o que a Hebron® se tornou após 20 anos de trabalho. Fruto da determinação e coragem de seu fundador e presidente, Josimar Henrique da Silva, o laboratório faz parte de um seleto grupo que mantém uma frente constante de pesquisas no País. Josimar Henrique começou na indústria farmacêutica como propagandista do laboratório Aché, onde chegou a diretor. Saiu da empresa para montar seu próprio negócio, uma distribuidora de medicamentos no Nordeste. O lucro da pequena distribuidora foi usado para viabilizar a construção do laboratório Hebron®, que ocorreu entre os anos 1985 e 1989 e foi concretizado em 1990. Dois anos após seu surgimento, o laboratório desenvolveu o primeiro medicamento fitoterápico 100% brasileiro, a partir de uma planta nativa do país.

“Outra inovação foi a criação do “fim de semana de 60 horas”. Todos os funcionários da empresa têm uma carga horária de 38 horas semanais, saindo do trabalho às 14 horas da sexta-feira.“ Wedja Pires, Diretora de Marketing da Hebron®.

Como todo grande projeto, para conseguir ser consolidado, grandes dificuldades tiveram de ser enfrentadas. O principal, segundo Josimar Henrique, se referiu à busca de capital para pesquisa. “A indústria farmacêutica que se dedica à pesquisa, como é o nosso caso, carece de capital intensivo para pesquisa. Nesses vinte anos de atividade, somente agora, nos últimos dois, três anos, o crédito começou a fluir no País. Mesmo assim, a pesquisa farmacêutica é investimento de risco, haja vista que nem sempre aquilo que se está pesquisando transforma-se em produto”.

Outros desafios precisam ser enfrentados, mas a Hebron® prova, com suas ações diárias, que entrou no mercado para ter destaque. Esta postura se confirma através das seguintes iniciativas:

Com o programa 60 horas, os colaboradores têm mais tempo para se dedicar aquilo que gostam durante os finais de semana

Valores Inovar, melhorando a qualidade de vida de seus colaboradores, é uma preocupação constante da Hebron®. Pensando neles, a empresa busca participar de programas ou aderir a iniciativas que possam motivar sua equipe. Uma delas foi a implementação da licença-maternidade de seis meses. A Hebron® se antecipou à Lei 11.770, de 09 de setembro de 2008, que prevê a licença maternidade pelo período de 180 dias e, desde 2008, concede às suas colaboradoras o período de seis meses para que se dediquem exclusivamente a seu filho. Outra inovação foi a criação do “fim de semana de 60 horas”. Todos os funcionários da empresa têm uma carga horária de 38 horas semanais, saindo do trabalho às 14 horas da sexta-feira. “É uma mensagem para nossos colaboradores de que gostaríamos que tivessem, neste

As colaboradoras da Hebron® contam com 6 meses de licença maternidade

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// CAPA período livre, a oportunidade de se dedicarem a coisas que acham importante. Que possam passar com a família, fazerem uma atividade de lazer, alguma coisa benéfica para eles”, explica Wedja Pires, diretora de Marketing do laboratório. Preocupados com a saúde de seus funcionários, a Hebron® fechou uma parceria com o SESI – Serviço Social da Indústria. Através desta parceria, a saúde dos profissionais é incrementada com a prática de ginástica laboral, e é avaliada periodicamente através do programa Indústria Saudável. A empresa também promove a SIPAT – Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho, um programa de atividade física preventivo, sócioeducativo e lúdico, desenvolvido no tempo e local de trabalho, contribuindo para a mudança de comportamento, potencializando a adoção de estilo de vida ativo e saudável.

Modernização do parque fabril Devido ao grande aumento na produção, o parque fabril da Hebron®, em Caruaru, foi modernizado. De acordo com Bruno Henrique, Diretor Industrial, a planta estava começando a ter dificuldades de atender a demanda do mercado. Por conta deste quadro e da previsão de aumento da demanda, foi necessária a aquisição de novos equipamentos, modernos e rápidos. Praticamente todos os equipamentos da fábrica foram substituídos. O controle de qualidade Hebron® conta hoje com o que existe de mais avançado em equipamentos para a indústria farmacêutica. “Adquirimos mais um HPLC (High Performance Liquid Chromatography), além de dissolutor e outros equipamentos. Também foi feita uma reforma na área física do controle de qualidade, adequando-se às exigentes normas internacionais de qualidade”, explica Bruno Henrique. E complementa: “em outros setores de nossa planta, como o de sólidos, semisólidos e probióticos, foram também adquiridos novos equipamentos. A máquina de envase de probióticos, por exemplo, recebeu investimentos para atender à crescente demanda do mercado. A aquisição de encartuchadeiras aumentou a produtividade e qualidade da embalagem de nossos produtos”. Também foram feitos incrementos de reatores, misturadores, granuladores, dentre outros equipamentos, todos com especificações de qualidade internacional, o que ajudou a certificar a produção de medicamentos e cosméticos com a ISO 9001.

“Este ano, a Hebron® deu um importante passo no caminho do desenvolvimento. Inaugurou uma nova unidade dentro do seu complexo industrial, a UNIBIO – Unidade de Produção de Insumos Biotecnológicos. A construção da nova unidade decorreu da necessidade da empresa produzir a matériaprima de seus produtos da linha de probióticos e imunomoduladores”. Joás Henrique da Silva, Diretor Superintendente da Hebron®.

do com Joás Henrique da Silva, diretor Superintendente da Hebron®, a construção da nova unidade decorreu da “necessidade da empresa produzir a matéria-prima de seus produtos da linha de probióticos e imunomoduladores”. Com modernas técnicas de fermentação, a UNIBIO produz insumos farmacêuticos de origem biológica, além do isolamento de metabólitos resultantes da produção de fermentados, como as B-glucanas, usadas em produtos do laboratório.

UNIBIO Este ano, a Hebron® deu um importante passo no caminho do desenvolvimento. Inaugurou uma nova unidade dentro do seu complexo industrial, a UNIBIO – Unidade de Produção de Insumos Biotecnológicos. De acor-

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A UNIBIO trouxe segurança para atender à crescente demanda da Hebron®


// CAPA A inauguração da UNIBIO é uma grande conquista dos quadros internos da empresa, formados por técnicos, engenheiros, farmacêuticos, químicos, biólogos, pesquisadores e todos os que compõem a Hebron®. Além de ser uma grande contribuição para o país. “Ter o domínio completo da tecnologia do ciclo de produção dos produtos é um sonho de qualquer empresa. É algo estratégico que a Hebron® conquista e que nos dará segurança para atender à crescente demanda de nossos produtos”, complementa Bruno Henrique.

Divisão de Reprodução Humana Este ano, a Hebron® Farmacêutica criou a Divisão de Reprodução Humana. De acordo com Israel Vasconcellos, Gerente Nacional da Divisão, “a finalidade é atender toda necessidade da Obstetrícia no que tange ao uso do Prostokos®, bem como apoiar o médico obstetra no segmento da Humanização do Parto e nos Programas do Ministério da Saúde direcionados à Saúde da Mulher. O Prostokos® (Misoprostol) é o agente maturador do colo uterino e indutor do trabalho de parto da Hebron®”. Também foi lançado, no início deste ano, o Informativo Hebron® de Reprodução Humana, distribuído bimestralmente com exclusividade à classe médica, com a finalidade de levar ao médico artigos, matérias e entrevistas com especialistas em reprodução humana, dando um panorama do que está acontecendo de novo e de importante no setor.

Medicamentos Entre os produtos pesquisados e desenvolvidos pela Hebron®, destacamos o Prostokos®, Florax® e Imunoglucan®. O Prostokos® surgiu a partir de pesquisas com a utilização do Misoprostol. É aplicado para indução de partos normais, nos casos em que seja necessária a interrupção da gravidez em gestação a termo ou próxima ao termo, ou na indução de parto com feto morto, antes das 30 semanas, ou em casos de aborto legal. O produto tem se destacado perante a classe médica, fazendo parte da lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde (OMS) e constando no manual de conduta obstétrica do Ministério da Saúde.

Foram desenvolvidos estudos clínicos do Prostokos® em semicampo – UNICAMP. Com a função de restaurar a microbiota intestinal, a Hebron® criou o Florax®, desenvolvido a partir da aplicação medicamentosa do Saccharomyces cerevisiae. O Florax® oferece maior rapidez nos tratamentos de distúrbios intestinais, sejam eles causados por patógenos ou desequilíbrios provenientes do uso de antibióticos. A partir de uma série de pesquisas relacionadas à Glucana, foi desenvolvido o Imunoglucan®. O medicamento é indicado como imunomodulador nas infecções pelo vírus HPV. Estudos clínicos do imunoglucan® foram desenvolvidos na UNIFESP. Outros produtos desenvolvidos pelo laboratório são: Gamax®, para tratar os sintomas somáticos e psíquicos da Tensão Pré-Menstrual (TPM) e os sintomas das Alterações Funcionais Benignas da Mama (AFBM) e mastalgias; Kronel Gel®, antimicrobiano com ação cicatrizante e anti-inflamatória; Boldine®, indicado para o tratamento das dispepsias funcionais; Bromelin®, com ação mucolítica e anti-inflamatória, indicado como tratamento coadjuvante nas traqueobronquites e suas manifestações; Hinox®, com a função de retardar o envelhecimento celular; Hizofito®, que alivia os sintomas do climatério; Endorus®, que busca aliviar as cólicas e flatulências; Ginoflorax®, que combate a vaginose bacteriana, restaurando a microbiota vaginal; e Ginconazol®, para o tratamento da candidíase vulvovaginal.

“A Hebron® Farmacêutica criou a Divisão de Reprodução Humana. A finalidade é atender toda necessidade da Obstetrícia no que tange ao uso do Prostokos®, bem como apoiar o médico obstetra no segmento da Humanização do Parto e nos Programas do Ministério da Saúde direcionados à Saúde da Mulher. Israel Vasconcelos, Gerente nacional da Divisão de Reprodução Humana da Hebron®.

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// CAPA “Ter o domínio completo da tecnologia do ciclo de produção dos produtos é um sonho de qualquer empresa. É algo estratégico que a Hebron® conquista e que nos dará segurança para atender à crescente demanda de nossos produtos”. Bruno Henrique, Diretor Industrial da Hebron®.

A Hebron® possui certificados que valorizam seus processos e garantem a qualidade dos seus produtos, como o ISO 9001:2008, que certifica a obediência aos padrões internacionais, e pelo GMP (Good Manufacture Practices – Boas Práticas de Fabricação).

Hebron® em São Paulo Desde 2006, a Hebron® atua no interior de São Paulo, quando começou a comercializar seus produtos farmacêuticos na região de São José do Rio Preto. Contudo, só em outubro de 2008, teve início a entrada do laboratório no Estado, no formato atual, de acordo com o planejamento estratégico elaborado pela presidência e diretoria. A equipe, então, foi implementada em São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Em dezembro de 2009, passou a atuar em Campinas e Guarulhos e, em maio de 2010, em São Bernardo do Campo e Osasco. Agora chegou a vez de conquistar a capital. E a expectativa é grande. Em três anos, Josimar Henrique, presidente da companhia, espera obter uma receita anual no estado de R$ 35 milhões. E, para cumprir esta expectativa, muito trabalho está sendo desenvolvido. A empresa está atuando no Estado com força de vendas própria, onde todos os propagandistas e gerentes são registrados através de CLT, com todos os direitos trabalhistas preservados. “Trabalhamos com uma estrutura moderna, flexível, onde não necessitamos de escritórios. Os gerentes realizam o seu trabalho no campo, acompanhando, treinando e motivando os propagandistas no momento da ação, exercitando um coaching personalizado. Os controles e mensuração são realizados em home office, utilizando modernas ferramentas de gestão através do Hebronline e Universidade

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Hebron”, explica Antônio José Galli, Gerente Regional da Hebron® Farmacêutica em São Paulo. De acordo com Galli, as classes médica e farmacêutica estão recebendo muito bem a empresa, valorizando seus diferencias, que é a pesquisa e a inovação. Os produtos trabalhados em São Paulo foram definidos pelo marketing da empresa, baseando-se em informações relativas ao mercado farmacêutico brasileiro e paulista. “O foco principal são os produtos de pesquisa: Prostokos®, Florax®, Boldine®, Bromelin®, Endorus®, Ginoflorax®, Imunoglucan® e Gamax®. Além destes, promoveremos, também, os lançamentos que estamos realizando em 2010, como Nasolac® e Energiclin®”. “Entrar no Estado de São Paulo com sucesso é fundamental para que a empresa atinja a meta de faturar, a partir de 2012, R$ 200 milhões e investir 10% deste valor em pesquisa”, conclui Galli.

Mercado internacional Desde 2004, a Hebron® atua na exportação de medicamentos. A empresa possui filial no Peru e tem entre seus alvos, para os próximos dois anos, México e Colômbia. Desde 2009, o laboratório mantém um escritório nos Estados Unidos, para prospectar um parceiro local. “O mercado americano de compras em farmácias é de US$

“A indústria farmacêutica que se dedica à pesquisa, como é o nosso caso, carece de capital intensivo para pesquisa. Nesses vinte anos de atividade, somente agora, nos últimos dois, três anos, o crédito começou a fluir no País. Mesmo assim, a pesquisa farmacêutica é investimento de risco, haja vista que nem sempre aquilo que se está pesquisando transforma-se em produto”. Josimar Henrique, Presidente da Hebron®.


// CAPA “Entrar no Estado de São Paulo com sucesso é fundamental para que a empresa atinja a meta de faturar, a partir de 2012, R$ 200 milhões”.

mercado o primeiro antibiótico ‘verde e amarelo’ de via biotecnológica. Nos planos de curto prazo ainda estão produtos na área de neurologia e oncologia. Estamos no contexto de pesquisar produtos para doenças negligenciadas, aquelas que as grandes indústrias farmacêuticas não investem na pesquisa. Atualmente, pesquisamos uma droga para tratar o calazar, ou Leishmaniose, e há um programa sendo montado para outra enfermidade negligenciada”.

Antônio José Galli, Gerente regional da Hebron® em São Paulo.

250 bilhões. O brasileiro é de US$ 15 bilhões. Teremos um potencial gigantesco de crescimento se formos bem sucedidos em nossa estratégia naquele país”, diz Josimar Henrique. Em julho deste ano, a Hebron® firmou parceria com a Aspen Pharma, maior indústria farmacêutica da África do Sul, com operação em mais de 100 países. A interação entre as empresas ocorre em via de mão dupla. A Hebron® trará para o Brasil alguns produtos desenvolvidos pela Aspen, ao mesmo tempo que exportará para o continente africano suas pesquisas. Nessa parceria, a Hebron® repassou para a Aspen quatro produtos de sua linha. Fachada da fábrica da Hebron® em Caruaru - PE

Acordo firmado com um distribuidor na Colômbia, que também representará os produtos brasileiros em países da América Central, deve dar impulso às exportações. No momento, os medicamentos da Hebron® estão em fase de aprovação junto às autoridades sanitárias colombianas. “Nossa expectativa é que os países latinos respondam por 3% de nosso faturamento até 2014”, afirma o presidente da companhia.

O olhar do Presidente Após duas décadas atuando no setor farmacêutico, a Hebron® prova que é possível pesquisar no país. “Nosso embate, nesses vinte anos, em todos os foros, fez ver, de forma consistente, que a biodiversidade nacional pode ser aproveitada de forma inteligente e com produto de valor agregado significativo. Nosso discurso despertou o próprio Ministério da Saúde, que incorporou aos seus programas de assistência farmacêutica vários produtos oriundos de nossa biodiversidade. Nesses vinte anos, conseguimos consolidar o conceito elevado de nossa empresa junto ao mercado, ao setor farmacêutico e aos gestores públicos”, comemora Josimar Henrique. Com relação aos futuros produtos, o presidente da Hebron® revela que há diversas frentes em atividades. “Deveremos ser a primeira indústria nacional a trazer ao

Em relação à infraestrutura de produção, a meta é triplicar a área industrial nos próximos seis meses. Será concluído, até o final de 2010, um novo e moderno Centro de Controle de Qualidade, além de uma área de armazenagem de insumos com os padrões Anvisa/FDA. Para 2011, está previsto o início da construção do Centro de Medicina Experimental, que será pioneiro entre as empresas farmacêuticas no país. “Nossa unidade de Biotecnologia estará sendo triplicada até março de 2011, incluindo, agora, a produção de quatro matérias primas de origem biotecnológica e produção de produtos injetáveis. Até maio de 2011, será concluída a mais moderna unidade industrial de processo de matéria vegetal, dentro do padrão Anvisa/Insumos Farmacêuticos”. Ao longo de suas duas décadas de vida, a Hebron® coleciona vitórias. Além dos medicamentos inovadores, vê sua fábrica, em Caruaru (PE), ser modernizada e ganhar novas unidades; sua equipe de pesquisas fechar parcerias com renomadas universidades e hospitais do mundo; seus produtos conquistarem não só o Brasil, mas o mercado internacional. Tudo isso com a perspectiva de crescimento continuado. A Hebron® hoje é uma empresa jovem, no auge dos seus 20 anos, mas promete chegar à maturidade e viver por muitos e muitos anos.

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MATÉRIA // HORTO FLORESTAL HEBRON®

Santuário ecológico para a caatinga e o semiárido Horto Florestal inaugurado pela Hebron® será dedicado ao plantio de 70 espécies ameaçadas de extinção

O

Dia da Árvore, comemorado no dia 21 de setembro, teve um gostinho especial para a Hebron® Farmacêutica, em 2010. Nesta data, o laboratório inaugurou um horto florestal na sua unidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O espaço tem uma área de 30 hectares e será ocupado com o plantio de 70 espécies nativas da caatinga e do semiárido. O horto será aberto a visitas de universidades, escolas e pesquisadores, e tem como objetivos a preservação das espécies nativas e o desenvolvimento de pesquisas científicas. Segundo dados do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, nos últimos cinco anos, cerca de 40% da cobertura vegetal do bioma desapareceram. O Horto Florestal, implantado no quilômetro 136 da BR-232, vai servir de abrigo para espécies ameaçadas de extinção. O local também servi-

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rá para a realização de pesquisas de material genético visando o combate à desertificação. “Somos pioneiros na produção de medicamentos fitoterápicos. Temos um bioma único no mundo em vias de sumir. Vamos preservar e também pesquisar essas espécies”, salienta o diretor presidente da Hebron®, Josimar Henrique da Silva. Além de servir para a realização de pesquisas científicas, o espaço servirá para a troca de material genético com países africanos, para o aprimoramento dos estudos com as espécies do semiárido.

Parcerias A iniciativa foi uma parceria entre o Instituto Agronômico de Pernambuco (Ipa) e a Univasf. As 70 espécies foram selecionadas pelo Ipa, obedecendo critérios de importância no combate à degradação do solo e do uso


MATÉRIA // HORTO FLORESTAL HEBRON®

Josimar Henrique, presidente da Hebron® e Júlio Zoé, presidente do IPA

Hildeberto Rodrigues, Pr. Eufrázio, Josimar Henrique, Prefeito José Queiroz e Júlio Zoé

medicinal. “O Ipa tem o maior herbário da América Latina. Todas as espécies selecionadas para o horto serão alvos de preservação e estudo. Estamos inaugurando um centro de referência”, afirma o gerente de planejamento do Ipa, Hildeberto Rodrigues da Silva. A Univasf foi a responsável pelo desenvolvimento das mudas que serão plantadas. Universitários e pesquisadores de todo o mundo poderão utilizar o cinturão verde para estudos do código genético de espécies, como a baraúna, o umbuzeiro, a catingueira e a aroeira. “Vamos utilizar o material genético para desenvolver pesquisas clínicas e pré-clínicas. Já trabalhamos na produção de medicamentos e queremos continuar com o trabalho, aproveitando a diversidade oferecida na região”, comenta Josimar Henrique.

Placa de inauguração do Horto

No Ano Internacional da Biodiversidade, a preservação é objetivo maior dos pesquisadores. “As estatísticas relacionadas à caatinga são alarmantes. Estamos desenvolvendo tecnologia para a produção das sementes. Vamos transformar uma área completamente degradada em área verde”, diz o professor doutor José Alves de Siqueira, diretor do Crad. O vice-coordenador do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga, Guaraci Cardoso, acredita que iniciativas como esta são essenciais para a manutenção da vida, para o desenvolvimento sustentável e para o combate ao aquecimento global. Dos 30 hectares, quatro foram plantados na inauguração. O restante será assentado ao longo de dois anos. Estudos também estão sendo realizados para a criação de um zoológico da caatinga no horto.

Josimar Henrique da Silva, presidente da Hebron®, plantando a primeira muda do Horto

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MATÉRIA // INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Duas décadas de inovações As grandes transformações, marcadas pelo desenvolvimento tecnológico e pela inovação, ocorridas nas duas últimas décadas, vêm produzindo fenômenos importantes nas mais variadas áreas

// Por Dênia Sales

A

sociedade vive em constante transformação. No passado, os períodos de transformações mais marcantes estavam relacionados com as grandes descobertas ou com as revoluções nos paradigmas vigentes. Hoje, as mudanças ocorrem mais rapidamente, marcadas, além das descobertas, pelo desenvolvimento tecnológico e pela inovação. Tudo muda ou se reinventa a uma velocidade inimaginável há 20 anos. Nas últimas duas décadas, a sociedade, que se transformou na sociedade do conhecimento, onde a informação é o principal ativo, foi “bombardeada” por novos equipamentos tecnológicos. A lista desses instrumentos modernos vai dos clássicos aparelhos de televisão ao contemporâneo celular, que fica menor e com maior funcionalidade a cada lançamento. Nos anos 1990, o computador pessoal e a internet aumentaram a produtividade econômica, o que se acelerou nos últimos 10 anos com a popularização destes instrumentos. Politicamente, houve o advento do terrorismo. No ramo da economia, nações com menor representatividade tiveram aperfeiçoamentos significativos, com a criação de alguns grupos econômicos, como o Bric (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China). Apesar da prosperidade em algumas áreas, outras não contabilizaram um saldo positivo nos últimos 20 anos. Na África, o aumento nos casos de Aids e inúmeras guerras levaram à di-

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minuição da expectativa de vida e a pouco crescimento econômico. Crises financeiras nos países em desenvolvimento foram comuns depois de 1994, apoiadas pela globalização. E eventos trágicos, como as guerras nos Balcãs, a primeira Guerra do Golfo e o acirramento do conflito entre Israel e Palestina levaram à idealização do choque de civilizações. E é dentro deste contexto que a revista Hebron Atualidades traz as principais tranformações ocorridas em diversas áreas nos últimos 20 anos.

Política A década de 1990 começou com o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, sendo estes seguidos pela consolidação da democracia, globalização e capitalismo global. Em 1990, numa tentativa de controlar o petróleo do Kuwait, o Iraque invadiu o país e foi rechaçado por várias nações do mundo inteiro, o que ficou conhecido como a Guerra do Golfo. No Brasil, os anos 1990 começaram com instabilidade, com o confisco de poupanças pelo presidente Fernando Collor. Outras atitudes impopulares do então presidente, mais tarde, levaram milhares de jovens, mobilizados por uma forte campanha de mídia, a criarem o movimento “Caras Pintadas” e pedirem seu impeachment. No governo seguinte, de Itamar Franco, o país experimentou


MATÉRIA // INOVAÇÃO E TECNOLOGIA estabilidade econômica e crescimento com o Plano Real (1994), que igualava a moeda brasileira ao dólar por meio de uma banda cambial. O então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que implementou o Real, se elegeria presidente por duas vezes seguidas naquela década, sendo reeleito após mudar a Constituição.

Steve Ludlum

Já nos anos 2000, a política e a economia mundial foram abaladas após os ataques terroristas ao World Trade Center, nos Estados Unidos (2001), chegando alguns a afirmar que se tratava de um choque entre as civilizações ocidentais e orientais. Este período é marcado, especificamente, pelos conflitos militares entre os Estados Unidos e o Oriente Médio, a chamada Guerra ao Terrorismo, representados pela Guerra do Afeganistão e Guerra do Iraque e pelo apoio dos Estados Unidos a Israel, na Segunda Guerra do Líbano e no conflito israelo-palestino. Chegaram ao fim as ditaduras de Saddam Hussein, no Iraque, e dos Talibans, no Afeganistão. A região também foi marcada por conflitos internos, como a disputa entre Hamas e Fatah, na Palestina, sunitas e xiitas, no Iraque, e Taliban e líderes tribais, no Afeganistão.

Já o sistema de bandas cambiais mostrou fragilidades ao fim da década, tendo impacto no aumento da pobreza. Países subdesenvolvidos, como o Brasil, sentiram mais fortemente os reflexos, devido à volatilidade de suas economias, cujos fluxos cambiais eram mantidos artificialmente através da entrada de capitais de curto prazo, atraídos pelas altas taxas de juros. Com as reservas cambiais comprometidas, a moeda tornou-se flutuante em janeiro de 1999, após não suportar as pressões especulativas junto à crise russa de 1998. Passada a fase de turbulências, já nos anos 2000, a economia mundial inicia uma fase de crescimento acelerado, com foco principal nos chamados “países emergentes”. Alguns deles, como Brasil, China, Índia e Rússia ganharam projeção mundial. A citação frequente dos quatro países entre os grandes investidores logo levou ao surgimento da sigla Bric. Esta formação ajudou a quebrar o monopólio das decisões da economia mundial, antes concentradas no G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido). Vale lembrar que o G7 foi extinto em 2009, em virtude da ascensão do G20, cujos países-membros representam 85% da economia mundial. Nesta década, também ocorreu a retomada das estatais nos setores estratégicos de infraestrutura. A fase de rápido crescimento, a partir de 2003, foi interrompida no final de 2008, com a crise financeira originada nos Estados Unidos, considerada a maior turbulência dos últimos 80 anos. Desta vez, o Brasil não sentiu tanto como em crises das décadas de 1980 e 1990, apesar de, em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) ter registrado queda de 0,2%, o primeiro recuo desde 1992. A baixa foi bem menor que a observada em outros países: nos Estados Unidos, a queda foi de 2,4%, a maior desde 1946, e a União Europeia teve baixa de 4,1%. Mas, com a crise do subprime, a economia brasileira ganhou holofotes pela rápida recuperação.

O atentado terrorista ao World Trade Center, em 2001, foi o acontecimento internacional mais marcante desta década

Ainda neste período, a União Europeia adotou o Euro como moeda comum entre os países membros do bloco. Fato também marcante foi o abalo sofrido pelo regime socialista de Cuba, devido à misteriosa doença de Fidel Castro. Na América Latina, iniciou-se uma onda de esquerda e antiamericanismo, representadas, especialmente, pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. E mais políticos de esquerda, como Lula, no Brasil, Evo Morales, na Bolívia, e Michelle Bachelet, no Chile, chegaram ao poder. Dentre as autoridades políticas, ganham destaque Lula, o brasileiro que mais vezes se candidatou à presidência da República do Brasil, e Barack Obama, o primeiro negro a governar os Estados Unidos.

Economia A década de 1990 foi marcada pelo início do processo de globalização e pelas privatizações. As grandes economias mundiais entraram em um processo de desaceleração de crescimento devido ao excesso de produção em descompasso com o crescimento do seu mercado consumidor. A partir dos sinais de estagnação, o foco dos investimentos das multinacionais foi deslocado para os países em desenvolvimento.

Meio ambiente Nos últimos 20 anos, no que se refere ao meio ambiente, surgiu a cultura ambientalista e a reciclagem. Os materiais biodegradáveis se tornaram populares e a preocupação por parte das autoridades aumentou. Desde o início do século XX, dedica-se certa preocupação com o meio ambiente. Mas, nas duas últimas décadas, os cuidados foram mais intensos, com divulgação de estudos e alertas sobre aquecimento global. O destaque da década de 1990 foi a Cúpula da Terra, também conhecida como ECO 92, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e realizada no Rio de Janeiro, que contou com a participação de inúmeros países. Durante a conferência, foi proposta a Agenda 21, que tem como base um novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. Vale observar que as décadas de 1970, 1980 e 1990 foram o despertar das nações para a preocupação com o meio ambiente. No entanto, a problemática com os recursos naturais, nestes períodos, foi caracterizada pela participação quase que somente de países ricos. A participação dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos aconteceu no século

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MATÉRIA // INOVAÇÃO E TECNOLOGIA XXI, momento em que já não se pode ignorar a conservação do meio ambiente para o desenvolvimento e a sobrevivência das futuras gerações. Com isso, nos anos 2000, perecebe-se maior envolvimento da mídia, da população e dos governos, bem como o aumento do número de eventos voltados para a temática.

Tecnologia Os anos 1990 trouxeram o desenvolvimento tecnológico mais rápido da história, tornando popular e aperfeiçoando tecnologias inventadas na década de 1980, como o processador Pentium, da Intel, a popularização do Microsoft Windows, o crescimento da internet, a explosão do comércio eletrônico, a popularidade do telefone celular, o surgimento do DVD, o desenvolvimento do sistema Linux, a tecnologia do CD aperfeiçoada no DVD e a dimunuição no preço dos computadores, que, aliás, se tornaram necessidade na educação. Nos anos 2000, os avanços ficaram por conta das inovações nos aparelhos e nas tecnologias. Um fato marcante, nesta área, é a convergência tecnológica, tendência de unificar vários produtos/serviços de tecnologia numa só plataforma ou produto de modo a simplificar a vida do usuário.

“O fato dos celulares, ou dispositivos móveis, terem acesso a redes sem fio, com possibilidade de transmissão de dados, como a 3G e 4G (na Europa), aliado ao seu baixo custo de entrada, fizeram com que eles fossem o equipamento básico de iniciação no mundo da convergência e da internet”. Eduardo Morgado, Professor do Departamento de Computação da Unesp-Bauru.

De acordo com Eduardo Morgado, professor visitante no INSEAD/França, uma das principais escolas de negócios da Europa, as grandes transformações ocorridas no campo da tecnologia, nos últimos 20 anos, foram o desenvolvimento das tecnologias convergentes, que fizeram estagnar o desenolvimento das tradicionais, como as linhas telefônicas fixas, e provocaram um aumento no número de assinantes da telefonia movel. “Somente o Brasil passou de 35.7 assinantes por grupo de 100 habitantes, em 2004, para 89.8/100hab, em 2009, um aumento de 151,5%. Os dados são baseados no relatório ‘Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Infomação e Comunicação no Brasil - 2009’, do Comitê Gestor da Informática - CETIC.Br. Aumento semelhante foi detectado em países como Rússia, Índia e China”. “Outras tecnologias poderiam ser citadas, como o aumento do número de transações e-Gov e financeiras, muitas delas já adaptadas para acesso via telefones móveis; o enorme avanço da comunicação via SMS, que substituiu, em parte, a

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comunicação por voz; e o desenvolvimento das redes sociais, também baseadas na telefonia móvel. As tecnologias diretamente dependentes da internet caminham um pouco mais lentamente, devido ao elevado investimento necessário para a montagem de uma rede nacional de banda larga, questão que o Brasil tenta resolver através do Prograna Nacional de Banda Larga, por exemplo”, diz Morgado. Os holofotes, no entanto, estão voltados para a “febre do século XXI”, como é chamado por psicólogos e pedagogos o telefone celular. O aparelho fica menor a cada lançamento, enquanto suas funções aumentam, como internet, rádio, máquina fotográfica, filmadora, televisão e mensagens de texto SMS e multimídias MMS. Para Eduardo Morgado, o celular é o protagonista da área de tecnologia nestes últimos 20 anos. “O fato dos celulares, ou dispositivos móveis, terem acesso a redes sem fio, com possibilidade de transmissão de dados, como a 3G e 4G (na Europa), aliado ao seu baixo custo de entrada, fizeram com que eles fossem o equipamento básico de iniciação no mundo da convergência e da internet”. Morgado ressalta, também, que o advento dos dispositivos móveis pré-pagos permitiu o uso desses equipamentos por uma faixa da população, de renda mais baixa, que pode administrar seu uso, em termos financeiros, com investimentos prévios.

Comunicação O processo de comunicação conheceu sucessivas transformações decorrentes do aparecimento de novos aparelhos tecnológicos que, por sua vez, possibilitou o surgimento dos meios de comunicação de massa, como a televisão, o rádio, o jornal, revistas e, mais recentemente, a internet e o e-mail. Os dois últimos, popularizados nas décadas de 1990 e 2000, criaram os processos de colaboração, conhecidos como redes sociais. Orkut, Twitter, Facebook, Myspace, MSN, Skype e blogs são alguns exemplos. O sucesso é tanto que, atualmente, já se fala em “overdose de redes sociais”, isso porque, cada vez mais, despertam a curiosidade e o interesse de agências e investidores. As grandes transformações, ocorridas nas duas últimas décadas, vêm produzindo fenômenos importantes nas mais variadas dimensões - econômica, política, ambiental e tecnológica. Alguns desses fenômenos consistem em transformações ainda em curso, que não produziram todos os seus efeitos potenciais, com destaque para as novas formas de comunicação, desencadeadas pelo desenvolvimento tecnológico, e para o estabelecimento de um novo processo decisório mundial, desencadeado pela ascensão dos países emergentes (formação do G20). A partir de agora, isso indica que crises globais (econômicas, ambientais, políticas etc.), por exemplo, demandarão soluções globais, onde as decisões estarão calcadas em um sistema descentralizado. / / Eduardo Morgado E-mail: emorgado@travelnet.com.br Professor do Departamento de Computação da Unesp-Bauru e Coordenador do LTIA (Laboratório de Tecnologia da Informação Aplicada da Unesp). Atualmente, é professor visitante no INSEAD/França, uma das principais escolas de negócios da Europa.


RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL //

Compromisso social e com o meio ambiente Ao longo de sua existência, a Hebron® tem promovido ações pautadas na ética e no compromisso com o bem-estar da sociedade e com a sustentabilidade do meio ambiente.

// Por Vivianne Santos

A

responsabilidade social e ambiental se apresenta como um tema cada vez mais importante no comportamento das organizações, exercendo impactos nos objetivos, estratégias e no próprio significado da empresa. Atualmente, a intervenção dos diversos atores sociais exige das organizações uma nova postura, calcada em valores éticos que promovam o desenvolvimento sustentado da sociedade como um todo. A questão da responsabilidade social e ambiental vai além da postura legal da empresa, da prática filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa mudança de atitude, numa perspectiva de gestão empresarial com foco na

qualidade das relações e na geração de valor para todos. Ao longo de sua existência, a Hebron® tem promovido ações pautadas na ética e no compromisso com o bem-estar da sociedade e com a sustentabilidade do meio ambiente. Um dos pilares estratégicos de suas ações é o investimento humano e financeiro em iniciativas que promovam mudanças e melhorias na qualidade de vida de comunidades e grupos sociais. Veja a seguir as ações e instituições que a Hebron® contribui e apoia. Todas elas estão alinhadas com os princípios humanitários que norteiam a cultura da empresa.

Hebron Atualidades

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL //

ASEEC®

serviço. A entidade trabalha, também, no desenvolvimento de programas de valorização da cultura indígena com fomentação de artesanato e outras atividades.

Projeto Ramá

A ASEEC® - Assistência Social, Educacional, Evangélica e Científica é uma empresa do grupo Hebron®, fundada em 20 de julho de 1999, com o objetivo de ajudar instituições não governamentais que desenvolvem projetos sociais e educacionais, destinando parte do faturamento do grupo para doação de recursos.

Projeto Amanajé

A Hebron® é uma das mantenedoras do Projeto Amanajé, que presta auxílio aos índios da Amazônia, atuando em projetos de educação na língua materna em várias etnias. Um barco hospitalar e odontológico disponibiliza atendimento médico à população local que não tem acesso a este tipo de

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No Projeto Ramá, crianças e famílias em situação de alta vulnerabilidade social recebem apoio para reestruturar seu ambiente familiar. Com base nos princípios cristãos, jovens e mulheres recebem qualificação profissional, tornando-se capacitados para desenvolver atividades econômicas. Tais ações têm resultado na melhoria da autoestima e na recuperação da qualidade de vida dessas pessoas.

Dignidart

A Hebron® está diretamente envolvida na coordenação e manutenção da Dignidart, projeto que capacita mulheres egressas do sistema penal para melhor se reintegrarem à sociedade, através de qualificação profissional, educação, noções de higiene e valorização da autoestima. As integrantes do projeto participam de cursos de artesanato e, no decorrer do aprendizado, produzem mercadorias que são posteriormente vendidas, e o lucro é reinvestido no projeto e repartido entre as participantes. A iniciativa estimula atitudes positivas diante da vida, refletindo ações favoráveis de sociabilidade.


RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL //

Projeto Lóide

Projeto Reação em Cadeia

O Projeto Lóide atua na perspectiva de amparar pessoas que não possuem capacidade de se sustentar economicamente. Sua principal disposição é contribuir com recursos financeiros para ajudar no sustento de órfãos, viúvas e pessoas carentes que não têm recursos para suprir suas necessidades.

Doação de Medicamentos O Projeto Reação em Cadeia trabalha para a transformação pessoal e o desenvolvimento das potencialidades positivas de presidiárias. Através de visitas semanais a presídios femininos, a ação visa ressocializar, através da elevação da autoestima das mulheres, utilizando-se da educação musical, palestras educativas, noções de higiene e entrega de kits de higiene pessoal. A reintegração social é trabalhada, principalmente, através do fortalecimento da noção comunitária, que se estabelece com a formação de um grupo musical.

Certo

A Hebron® mantém um programa de doação de produtos para instituições parceiras que possuem ambulatório e para pessoas físicas, com prescrição médica, como forma de melhorar a saúde e o bem-estar da população em geral.

Missão Vida

A Hebron® é uma das mantenedoras do centro educacional Certo. A instituição direciona seus esforços para o auxílio de pessoas com deficiência física congênita ou decorrente de acidentes, para que possam levar uma vida normal na sociedade, com autonomia e dignidade.

Junior Achievement Missão Vida é uma organização que objetiva ajudar instituições que desenvolvam trabalhos de assistência emocional, psicológica e espiritual, captando e distribuindo recursos para suas parceiras.

A Hebron® contribui com o trabalho voluntário de seus funcionários através da apresentação de cursos a jovens de escolas públicas. A iniciativa visa despertar o espírito empreendedor, promovendo o desenvolvimento e o crescimento pessoal dos estudantes, trazendo oportunidades para novos

Hebron Atualidades

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL // Tem como principal objetivo contribuir para a humanização do parto. As ações incluem a doação de medicamentos que favorecem a indução do parto normal e medicamentos que suprem as carências vitamínicas e minerais em gestantes, contribuindo para a diminuição de partos cesáreos nos hospitais, favorecendo a melhoria da saúde da gestante. Também realiza a doação de enxoval para mulheres carentes grávidas.

Projeto Odessac

aprendizados e informações que servirão como base para sua futura vida profissional.

Bolsas de Estudo

Entre os valores da Hebron® destaca-se a “Valorização do Colaborador” e o “Profissionalismo”. Baseado nesses valores, a empresa mantém um programa de bolsas de estudos para funcionários. O projeto incentiva cursos curriculares, além de incluir os de língua estrangeira, graduação e pósgraduação, investindo na qualificação e melhoria da capacitação do colaborador.

Ação da ASEEC® de captação de recursos destinados ao auxílio financeiro de diferentes instituições do Terceiro Setor. Trabalha ativamente através de instrumentos administrativos para suprir as necessidades ou investir em projetos de ONGs que precisam de apoio.

Projeto Interação

Projeto Luz da Vida

Através de trabalho voluntário, a Hebron® promove a inserção de 60 alunos da Escola Pública São Francisco de Assis em práticas esportivas, no espaço da escola, transformando o caráter dos alunos através do esporte, com carinho e dedicação.

36 // Hebron Atualidades


RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL //

Projeto Tratamento de Afluentes

Sidon Agropecuária

Promover, através de seu processo fabril, a devolução de água limpa ao meio ambiente sem causar qualquer dano aos rios e lençóis freáticos. As Estações de Tratamento recebem o material no estado líquido e realizam processo químico, que tem como objetivo retirar as impurezas da água através do sistema de floculação e, posteriormente, decantação do material indesejado. Depois que a impureza é separada, o material passa por um filtro de areia, onde fica retido todo e qualquer material que não seja água. Após esse processo, a água está pronta para ser devolvida ao meio ambiente.

A Sidon é uma empresa jovem e preocupada com o bemestar e a melhoria da qualidade d vida. Seu foco está na produção agrícolo-científica, sem agrotóxicos, de insumos qualificados para indústrias químicas, farmacêuticas e cosméticas, tais como: - Mentha piperita, utilizada como princípio ativo de um importante medicamento fitoterápico, carminativo e antiflatulento. - Borago officinalis, utilizado como princípio ativo de um medicamento fitoterápico, indicado nos casos de tensão prémenstrual, nas mastalgias e alterações funcionais benignas da mama.

Ao longo de sua existência, a Hebron® tem promovido ações pautadas na ética e no compromisso com o bem-estar da sociedade e com a sustentabilidade do meio ambiente.

AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente

NACC – Núcleo de Apoio à Criança com Câncer

A parceria com esta instituição inclui desde contribuições em medicamentos para auxiliar no bem-estar até a participação na Corrente do Bem, para colaborar para a felicidade de milhares de crianças deficientes atendidas pela AACD.

A Hebron® apoia o NACC através de doações de produtos (alimentos, medicamentos e cosméticos), ações especiais com a participação dos seus funcionários e aquisição de produtos e tickets em eventos desta instituição.

Hebron Atualidades

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TRABALHO CIENTÍFICO //

Único produto de uso intravaginal disponível no Brasil contendo a prostaglandina sintética misoprostol, para maturação do colo e indução do trabalho de parto Introdução O parto no Brasil ocorre, em todos os casos de modo natural, apenas nas comunidades isoladas e sem condições de acesso a centros com estrutura de saúde adequada. Nessas comunidades as complicações periparto podem trazer danos, sequelas e mesmo morte para a parturiente ou o concepto. Já na outra ponta do sistema, nos centros mais avançados, os índices de cesárias são alarmantes chegando a atingir 80% em hospitais privados. Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil o percentual global de cesárias varia de 32 a 36%. A volta ao parto normal tem sido gradativa e estimulada pelos resultados científicos mostrando ao meio médico e às pacientes os benefícios deste tipo de parto para a mulher e o concepto. Assim, tem-se procurado utilizar drogas que ajam na mulher de modo mais próximo à normalidade. A ocitocina vem sendo usada com esta finalidade, porém a paciente necessita de internamento, venóclise, acompanhamento constante de enfermagem, médico e de apresentar certo grau de maturidade do colo. A busca por um indutor do trabalho de parto, mesmo com colo desfavorável, que apresentasse praticidade, eficácia, redução dos cuidados hospitalares e baixo custo chamou a atenção dos pesquisadores médicos para as prostaglandinas. Destas o misoprostol, derivado sintético da PGE1 (Hofmeyer e cols., 1999), apresenta as características que se buscava.

Histórico Desde a década de 1960, sabe-se da participação das prosta-glandinas (PG) (figura 1) no fenômeno de apagamento e maturação do colo. Diversas prostaglandinas sintéticas têm sido usadas no mundo para a interrupção da gravidez. Sua disponibilidade tem permitido melhorar sobremedida a taxa de sucesso da indução do parto com colo imaturo, pela sua capacidade de provocar o apagamento e maturação da cérvice uterina. A partir de 1987, foi introduzido e comercializado no país o misoprostol, derivado da prostaglandina E1, aprovado pelo Ministério da Saúde para tratamento da úlcera péptica. Até recentemente não existia no Brasil a disponibilidade de qualquer prostaglandina sintética para uso específico na maturação do colo. A literatura mundial e brasileira tem demonstrado, entretanto, que o misoprostol, é muito eficiente na maturação do colo e indução do parto (Macedo RM e cols., 1998; Mariani-Neto e cols., 1987; 1988; Hofmeyer e cols., 1999).

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Estudos comparativos com prostaglandinas evidenciam que o misoprostol tem-se mostrado tanto ou mais eficaz que outras prostaglandinas (largamente utilizadas em países do hemisfério norte) e que a ocitocina na indução do parto com colo imaturo (Danielian e cols., 1999; Buser e cols., 1997; Kolderup e cols., 1999; Nunes e cols., 1999). Além do que, apresenta facilidade de uso (aplicação no fórnice vaginal posterior), é estável à temperatura ambiente e de custo excepcionalmente baixo, enquanto que a dinoprostona (aplicação intra-cervical) tem custo 200 vezes maior que o misoprostol (Belfagre e cols, 2000). O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (American College of Obstetricians and Gynecologists: ACOG) recomenda o uso do misoprostol para a indução do parto, particularmente nas pacientes com colo imaturo (ACOG, 2000). Os primeiros estudos de indução do parto com misoprostol foram realizados em pacientes com óbito fetal intra-uterino, em qualquer idade gestacional (Mariani Neto e cols., 1987; Bugalho e cols., 1994), obtendo-se até 100% de sucesso na evacuação do útero sem necessidade de cirurgias e sem surgimento de complicações significativas para as mulheres. Desde então, inúmeros estudos têm sido publicados na literatura mundial e nacional, o que tem permitido entender melhor como utilizar este método com maior segurança para o feto e para a mãe, mantendo, ao mesmo tempo, sua alta eficácia como método de maturação do colo e de indução do parto. Seguindo a experiência mundial, foi lançado no mercado nacional o novo produto Prostokos®, aprovado pelo Ministério da Saúde do Brasil sob número 1.1557.0044 MS, o qual está regido pela portaria 344 de12/05/98 da ANVISA para maturação do colo e indução do trabalho de parto, contendo 25 microgramas de misoprostol (figura 1).

.

Química As prostaglandinas são produzidas por quase todas as células do organismo humano, com exceção das hemácias. Portanto, não têm sítio específico de produção nem tampouco são armazenadas, ao contrário, são produzidas e liberadas. Derivam dos ácidos graxos poliinsaturados contendo 20 átomos de carbono e de 3 a 5 duplas ligações em sua cadeia sendo o ácido di-homo-g-linolênico (3 duplas ligações) o precursor da prostaglandina E1. (figura 1) (Glew RH, 1998). O análogo sintético da prostaglandina E1, misoprostol (C22H38O5), é o [éster do ácido metil (11a, 13E)-11,16dihidroxi-16-metil-9-oxo-13-en-1-oic] (figura1) (Budavari S e cols., 1996).


TRABALHO CIENTÍFICO // (figura 1)

Mecanismo de ação As prostaglandinas sintetizadas localmente, asim como seu derivado sintético o misoprostol, agem a nível do colágeno cervical provocando alterações na sua estrutura físico-química promovendo, como consequência, amolecimento, apagamento e maturação do colo, mudanças essas que precedem o parto (Faúndes A e cols, 2001). Estimulam ademais, a contração uterina suave como efeito direto sobre os receptores miometriais (Santos LC e cols., 1998) (figura 2). (figura 2)

Farmacodinâmica Farmacocinética Estudos farmacocinéticos têm demonstrado que a absorção e eliminação do misoprostol pelo organismo difere muito quando a droga é administrada por via oral ou vaginal (Zieman e cols.,1997). Observam-se níveis séricos máximos 20 a 30 minutos, após a adminis-tração oral de misoprostol , descendo rapidamente a cerca de 20% desse valor aos 80 minutos, restando níveis apenas detectáveis até 4 horas da ingestão (Wing DA e cols., 1999). Seguindo-se a administração vaginal, com a mesma dosagem desta prostaglandina, o pico máximo no soro detecta-se 40 a 60 minutos mais tarde, mantendo-se estável, com pequeno declínio até 2 horas da aplicação (Zieman e cols., 1997). A diminuição dos níveis séricos é lenta, pelo menos até 4 horas após a administração, quando se detectam níveis em torno de 60 a 70% do pico máximo. Desta forma, a área abaixo da curva dos níveis séricos de prostaglandina é cerca de 3 vezes maior quando a droga é administrada por via oral que por via vaginal, o que justifica a observação clínica de que são necessárias doses 2 a 4 vezes maiores, por via oral que por via vaginal, para se conseguir o mesmo efeito (Toppozada e cols., 1997, Wing e cols., 1999, 2000). Além disso, este estudo farmacocinético demonstra que os níveis obtidos após administração vaginal são mais estáveis, enquanto a administração da prostaglandina por via oral exige doses repetidas a intervalos mais curtos, levando a grandes variações entre os níveis, apresentando picos máximos de curta duração e níveis com baixa concentração nos intervalos. Devido a estudo como este, a maioria dos autores dá preferência à via vaginal, que é justamente a adotada para uso com o Prostokos®.

Bioequivalência Antes de aprovar o Prostokos®, foi demonstrada sua bioequivalência junto ao Ministério da Saúde do Brasil. Visto que a grande maioria dos estudos internacionais sobre esta prostaglandina tinham sido realizados com o produto comercializado para tratamento de úlcera gástrica ou duodenal, com um estudo realizado no Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, em colaboração com o CEMICAMP, que comparou ambos os produtos (Prostokos® e o misoprostol importado para tratamento da úlcera péptica). Foram incluídas mulheres com indicação de indução de parto, com membranas íntegras, colo imaturo (Bishop < 6), com feto vivo e idade gestacional de 32 semanas ou mais, pela amenorréia, que aceitaram voluntariamente participar da pesquisa. Os resultados dessa pesquisa demostram que o Prostokos® é tão eficaz quanto o misoprostol importado na

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TRABALHO CIENTÍFICO // maturação do colo e indução do parto, e não leva a uma maior proporção de complicações ou efeitos secundários maternos, fetais ou neonatais (Faúndes e cols., 2001). (gráfico 1)

para a indução do parto com feto morto (Santos Lc e cols., 1998; Mariani-neto e cols., 1987), e doses de 200 mcg no caso de aborto retido do segundo trimestre (Herabutya Y e cols., 1997).

(gráfico 1)

Intervalo de doses

Tempo desde início da indução até o parto segundo a via de administração do misoprostol - somente partos vaginais.

- Prostokos® mesma eficácia do misoprostol importado - Na maturação do colo - Na indução do parto

Terapêutica Posologia Alguns dos primeiros estudos foram realizados utilizando doses de 50 a 100 mcg (Bugalho et cols., 1995; Adair e cols., 1998; Danielian e cols, 1999 ; Fletcherecols , 1993; Toppozada e cols., 1997; Rodrigues e cols, 1998; Nunes e cols., 1999). Entretanto, a possibilidade de taquissistolia, hipertonia uterina e a síndrome de hiperestimulação uterina com sofrimento fetal, são claramente maiores com doses mais elevadas, enquanto são mínimas com a dosagem de 25mcg. (Araújo CAC e Cols, 1999; Farah LA e cols., 1997; Hofmeyer e cols., 1999; Wing e cols.,1999). Isto motivou que a ACOG recomendasse a dose de 25 microgramas para indução do parto com feto vivo (ACOG, 2000). O uso do misoprostol, por via vaginal para interrupção da gravidez em distintas idades gestacionais, tem mostrado que a sensibilidade do útero a essa droga aumenta progressivamente à medida que progride a idade da gestação. Portanto, no caso de indução do parto antes das 36 semanas, caso não se tenha obtido uma boa resposta com uma dose inicial de Prostokos® d e 2 5 m c g , é recomendável utilizar 50 mcg (ou seja, dois comprimidos vaginais de 25 mcg) em cada aplicação. Em caso de rotura prematura de membranas, após as 36 semanas de gestação, o misoprostol pode ser empregado para indução do trabalho de parto na dose de 25 mcg (Wing DA; Paul HR, 1998). Por outro lado, doses ainda maiores, de 100 mcg devem ser utilizadas

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De acordo com o estudo farmacocinético descrito acima, quando o misoprostol é administrado por via vaginal os níveis sanguíneos mantém-se elevados até pelo menos 4 horas após a aplicação do medicamento. Assim sendo, ao administrar-se uma nova dose dentro desse prazo, haverá necessariamente uma superposição de doses e acumulação da medicação, fazendo com que os níveis alcançados possam ser perigosamente elevados e equivalentes a ter-se administrado de uma só vez, uma dose quase duas vezes maior. Desta forma, para não haver risco de hiperestimulação, é necessário que o intervalo entre as doses não seja inferior a 6 horas. No caso do uso de Prostokos® para a maturação do colo em gestante com colo francamente imaturo, em que não há uma urgência imediata para a terminação do parto, o melhor esquema de tratamento é a administração de uma primeira dose pela manhã (8 horas, por exemplo), seguida de uma segunda dose seis horas mais tarde (14 horas) e uma terceira dose após 12 horas do inicio (20 horas). Caso a mulher não tenha iniciado o trabalho de parto, o melhor é interromper a administração do Prostokos® até às 8 horas da manhã seguinte, se a mulher não tiver ainda uma contractilidade de parto. As doses seguintes, nesse segundo dia, devem ser administradas novamente a cada 6 horas. No caso raro, em que completadas 48 horas desde o início do tratamento, não se tenha iniciado o trabalho de parto, a paciente deve ser reavaliada. O mais frequente é que tenha havido uma mudança de colo que torna-se favorável à indução do parto com ocitocina (Aquino e Cols., 2000; Birlan M, 2001; Ngai sw e cols., 2000). Limite de Dosagem Uma precaução importante para evitar a hiper contractilidade e possível sofrimento fetal é a de não administrar Prostokos® se a paciente já estiver em trabalho de parto, isto é, apresente 2 ou mais contrações uterinas num período de 10 minutos . Nesta s circunstâncias, o Prostokos® não deve ser utilizado para aceleração do parto devendose recorrer à infusão contínua de ocitocina. Posologia FETO VIVO - Rotura prematura de membranas 1 comprimido vaginal (25 mcg) - Colo Imaturo 1 comprimido vaginal (25 mcg) - Antes das 36 semanas Até 2 comprimidos (50 mcg) Intervalo entre doses: 6 horas


TRABALHO CIENTÍFICO // FETO MORTO 4 comprimidos (100 mcg) ABORTO RETIDO 8 comprimidos (200 mcg)

Contraindicações A principal contraindicação formal do Prostokos® é a presença de cicatriz de cesariana. Apesar de alguns autores não concordarem (Sanchez-Ramos e Kaunitz, 2000; Choy-Hee e cols., 2001), existem fortes suspeitas de que a administração de misoprostol em mulheres com cicatriz de cesariana anterior, tem um risco elevado de rotura uterina, atribuída a um efeito direto da prostaglandina sobre o tecido fibroso da cicatriz (Wing e cols., 1998; Plaut e cols., 1999). Para a ACOG, a presença de cicatriz uterina é contraindicação formal ao uso do misoprostol, o que, associado às evidências existentes, faz com que o PROSTOKOS® NÃO SEJA UTILIZADO QUANDO DA EXISTÊNCIA DE CICATRIZ NO ÚTERO GRAVÍDICO. O Prostokos® também não deve ser usado em caso de sofrimento fetal que contra-indique o trabalho de parto, assim como, em outras condições nas quais a indução do parto não é recomendada. Além das contraindicações obstétricas, o Prostokos® não deve ser usado em casos de alergia reconhecida à prostaglandina, nem em mulheres com doença vas cular cerebral ou coronariopatia grave. Contraindicações: Cicatriz uterina Sofrimento fetal grave Gestante com doença vascular cerebral Gestante com doença coronariana grave

Efeitos Colaterais Prostokos®, como todas as outras prostaglandinas, pode causar, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e cefaleia. Entretanto, na dose de 25 microgramas e administrado por via vaginal, estes efeitos indesejáveis são raros (Bugalho A, e cols., 1995).

Conclusão A disponibilidade de uma prostaglandina para favorecer a indução do trabalho de parto em gestantes com colo imaturo (índice de Bishop <6) é uma necessidade sentida nas últimas décadas no Brasil. A falta de uma prostaglandina no mercado nacional, colocava em desvantagem a Obstetrícia Brasileira e de outros países Latino Americanos, Asiáticos e Africanos, frente aos países mais avançados que dispõem deste tipo de formulação desde a década de 70.

A fabricação do Prostokos® pelo laboratório Hebron® e sua comercialização no Brasil, na dosagem recomendada (25 mcg) para a indução do parto com feto vivo, aumentará grandemente as possibilidades de sucesso em casos com colo imaturo. Sua disponibilidade traz o grande benefício de conter a dosagem exata recomendada para a indução do parto, num produto preparado especifi-camente para uso por via vaginal.

// Bibliografia

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ACONTECE // INSTITUCIONAL

Negócios em Bogotá (COL) Guillermo Lopez, Presidente do Laboratório Metlen Pharma, Josimar Henrique, Presidente da Hebron Farmacêutica, Filipe Guerra, Negócios Internacionais Hebron , em Bogotá, Colômbia. ®

®

Encontro na Embaixada Brasileira em Washington (EUA) Da esquerda para a direita: Carlos Gadelha, Diretor de Inovação da Fiocruz; José Gomes Temporão, Ministro da Saúde; Josimar Henrique, Diretor Presidente da Hebron Farmacêutica; e José Tadeu Alves, Presidente da Merck Sharp & Dohme. ®

Negócios na Argentina (ARG) Josias Henrique, Diretor Comercial, Filipe Guerra, Negócios Internacionais Hebron , René Velasquez e Roberto Coppolla, Executivos da Resco da Guatemala, em Buenos Aires, Argentina. ®

Hebron® protocola consulta prévia no FUMDEC e INVESTE RIO para implantação de uma planta industrial na cidade de Macaé (RJ) Daniel Setani, Chefe do Departamento de Enquadramento do INVESTE RIO; Edmilson dos Santos, Subsecretário de Indústria e Comércio/Prefeitura Municipal de Macaé; Jorge Freitas, Consultor Hebron para novos negócios Industriais; Maria Martha Gameiro, Chefe do Departamento de Operações IV do INVESTE RIO; e Antônio Ferreira, Analista da Área de Crédito e Risco/Departamento de Enquadramento do INVESTE RIO. ®

Cleveland, Ohio (EUA) Filipe Guerra, Negócios Internacionais Hebron , Victor Peroni e Joseph Gallucci, executivos americanos, Josimar Henrique, Presidente da Hebron Farmacêutica, Josimar Henrique Júnior, Diretor Financeiro da Hebron . ®

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®

Hebron® na Feira Farmacêutica em Buenos Aires (ARG) Enrique Insausti, Gerente de Marketing da Gramón Bagó de Uruguay, Filipe Guerra, Negócios Internacionais Hebron , e Pedro Natero, Presidente da Gramón Bagó de Uruguay, no stand da Hebron na Feira Farmacêutica CPhI South America. ®

®

Em Washington (EUA) Viúva do cientista Albert Sabin ao lado de Josimar Henrique, Diretor Presidente da Hebron Farmacêutica, em recente encontro na Embaixada dos EUA, em Washington. ®

Hebron Atualidades

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HOMENAGEM //

Dante Alario Junior, presidente da Biolab Sanus Farmacêutica

“Neste 20º aniversário do laboratório Hebron®, foi-me solicitado algumas palavras sobre meu caro amigo Josimar, fundador, presidente e inspirador da empresa. Penso que não expresso só minha opinião, mas de todos aqueles que o conhecem. Batalhador, como bom nordestino que é, somado à perseverança, obstinação focada, competência, sensibilidade comercial e política, honestidade e visão do futuro, não poderia ser outro o resultado obtido após estes anos de trabalho incessante: sucesso. É o que todos lhe desejamos. Vida longa a Hebron®”.

Armando Monteiro, senador eleito de Pernambuco

“No momento em que Pernambuco recebe um dos maiores investimentos do setor farmoquímico do país, com a instalação da Hemobras e de outras empresas da área de medicamentos, cumpre celebrar, por dever de justiça, o pioneirismo e a importância do Laboratório Hebron® para o fortalecimento desse importante segmento econômico do Estado. Visão empresarial, arrojo comercial, busca constante de inovação na gestão, nos processos e nos produtos. Tudo isso justifica o sucesso dessa marcante trajetória. É por isso que, em nome do presidente Josimar Henrique, quero parabenizar a todos os que tornam a Hebron® um dos símbolos do Pernambuco que queremos”.

44 // Hebron Atualidades

Edvaldo Santos, professor-pesquisador do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

“No início do funcionamento do Laboratório Hebron®, começamos uma parceria com o Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tínhamos uma equipe que trabalhava com produtos naturais e concluímos um trabalho com a Menta crispa. Como a Hebron®, empresa nacional e de nossa região, acabava de surgir, entramos em contato com seu diretor presidente e nosso amigo, Josimar Henrique. Começamos uma parceria, surgindo o primeiro fitomedicamento no Brasil à base de Menta crispa, sucesso no tratamento de giardia e ameba. Daí por diante, vieram outros trabalhos, como o Florax, utilizado no tratamento de combate ao agente agressor da diarreia, comprovando a parceria Hebron®/UFPE. O Laboratório Hebron® sempre foi uma empresa séria, respeitada e voltada para os interesses da nossa população. Sempre preocupado com a saúde das pessoas, é merecedor destas conquistas que vem realizando pelo Brasil e pelo mundo, investindo em pesquisas e cuidando do meio ambiente, contribuindo assim com o crescimento da Região Nordeste. Parabéns a toda família Hebron®, que continue sempre preocupada com nossa população. Com Fé em Deus vamos comemorar não só 20, mas 50, 100 anos de existência!”


HOMENAGEM // Josias Henrique da Silva, diretor Comercial da Hebron® Farmacêutica

“A Hebron® nasceu quebrando paradigmas: - De ser uma empresa vocacionada à pesquisa - De estar fora do eixo Rio-São Paulo, sendo a primeira indústria farmacêutica ética e com tecnologia de ponta a se instalar no Nordeste do Brasil. A Hebron®, hoje, tem a importância e a cara do Brasil futuro”.

Avaniel Marinho, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Hebron® Farmacêutica

“À medida que o projeto Hebron® vai se confirmando no tempo, observamos a força de um ideal voltado para o bem comum. Dentro desse contexto, o exercício empresarial do grupo Hebron®, fundamentado na pesquisa, no desenvolvimento e na inovação dá demonstrações inequívocas de que nosso povo e nosso país podem realizar coisas grandes. Vinte anos se passaram rapidamente. Ao analisarmos nossa história, permanece latente o desejo de produzir e de enfrentar outros desafios, como substrato para um crescimento sustentável. Vamos adiante, portanto”.

Joás Henrique da Silva, diretor Superintendente da Hebron® Farmacêutica

“A Hebron® é uma história de coragem, ousadia, persistência e determinação”.

Wedja Pires, diretora de Marketing da Hebron® Farmacêutica

“Ao longo de seus 20 anos, a Hebron levou à classe médica novos produtos e conceitos, abalizando seu pioneirismo como empresa de pesquisa nas áreas de fitomedicamentos, biotecnológicos e químicos. Parabenizo toda a equipe que hoje dá continuidade ao sonho realizado de ser uma empresa de pesquisa promovendo saúde com saúde”.

Márcio Gueiros, diretor Médico/Científico da Hebron® Farmacêutica

“Empreendedorismo, visão e determinação se mantêm nestes 20 anos na conquista de espaço no mundo da tecnologia farmacêutica, usando a diversidade, advinda dos nossos biomas, no bem servir a pacientes no Brasil e no exterior. A credibilidade dos medicamentos, referendada pela expansão da pesquisa científica perante a classe médica e consumidores, é fator preponderante na ampliação do portfólio. Parabéns, Hebron®! O voo será mais longo com o olhar no infinito. Continue ousando”. Hebron Atualidades

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HOMENAGEM // Guilherme Pires, diretor de Recursos Humanos e Treinamento da Hebron® Farmacêutica

“A Hebron®, em seus 20 anos, viveu na prática os valores que pregou. Respeito ao ser humano e valorização do colaborador tornaram-se realidade através de ações, como fim de semana de 60 horas, licença maternidade de 6 meses, entre outras. Prezamos pela qualidade de vida de nossos colaboradores e desenvolvimento contínuo. Acreditamos que o investimento no ser humano é a base sustentável para o crescimento da empresa”.

Josimar Henrique Jr., diretor Financeiro da Hebron® Farmacêutica

“Trabalho na Hebron® desde outubro de 1996. Sou testemunha do crescimento da empresa, baseado na seriedade, trabalho e inovação. Desde o início da Hebron®, a empresa sempre esteve preocupada em pesquisar e inovar. Enquanto muitas empresas estavam focadas em similares e genéricos, nossa empresa fazia parcerias com universidades brasileiras e estrangeiras e investia pesado em pesquisa. O resultado é visível, mais de 80% de nossa receita vêm de produtos de pesquisa, produtos inovadores, que contribuíram e contribuem com a melhora da saúde da população brasileira. A Hebron® completa 20 anos com uma estrutura invejável. Seus colaboradores são altamente qualificados e trabalham com dedicação e satisfação. São pessoas que cresceram junto com a Hebron® no mercado brasileiro, e trazem orgulho à Hebron® no mercado de trabalho. Sua planta industrial, que passa por uma reforma e ampliação, será uma planta moderna, de padrões internacionais. Seu portfólio de pesquisa cresce a cada momento e, com a equipe de pesquisadores e parcerias com centros de pesquisa, promete um grande avanço científico nos próximos anos. Parabéns Hebron® pelos seus 20 anos. Com esse mesmo espírito e valores cristãos, nos próximos 10, 20 anos, seremos uma grande empresa farmacêutica, não só no Brasil, mas em toda América Latina”. Bruno de Matos Henrique, diretor Industrial da Hebron® Farmacêutica

“Hebron® 20 anos é um marco. Acompanhei de perto a empresa desde sua construção, nos anos 80. Apesar de muito novo, ficava impressionado com a magnitude do empreendimento, no meio do agreste pernambucano. Em toda trajetória, vi meu pai, o diretor presidente Josimar, trabalhar duro e com paixão, apesar de todas as dificuldades. Ele acreditava que a ideia Hebron® era inovadora, e ele estava certo. Hoje, 20 anos depois, a Hebron® é realidade. Estamos reinventando a empresa, atuando em todo o Brasil e também em outros países. Está em construção o mais moderno almoxarifado farmacêutico do país. Também está em construção a 2ª etapa da unidade de biológicos, além de uma planta de tratamento de fitomedicamento. Toda a fábrica passa por reforma. Nos 20 anos da Hebron® ela se reinventa, eu também me reinvento, e você?”.

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HOMENAGEM // Fernanda Monteiro Henrique, diretora Administrativa da Hebron® Farmacêutica

“Quando penso nos 20 anos da Hebron®, uma palavra vem a minha mente: intrepidez. Intrepidez é ter coragem, é ser arrojado, ousado, atrevido e até afoito! A história da Hebron® se mistura com a figura de seu fundador, Josimar Henrique, e com o trabalho de centenas de pessoas que contribuíram para que este espírito aguerrido nunca tivesse fim. De auxiliares de produção a médicos parceiros, de propagandistas a pesquisadores, passando por todos os demais ‘ousados’ que deixaram sua marca nesta empresa. Parabéns Hebron® e todos os que fazem parte desta história! Uma história de compromisso com a pesquisa, de ética, de respeito ao ser humano e de tantos outros valores que, certamente, levarão esta empresa intrépida a completar muitos outros anos de existência!”

Giseli Henrique, esposa de Josimar Henrique, presidente da Hebron® Farmacêutica

“Parabenizo a Hebron pelos seus 20 anos. Certamente é uma data muito importante para todos os que participam direta ou indiretamente. Tivemos muitas dificuldades e muitas vitórias também. Mas sentimos como Deus nos sustentou e orientou até aqui. Parabéns a toda a diretoria e a todos os funcionários que estiveram conosco durante esse período. Que Deus possa abençoar e dar, cada vez mais, capacidade a cada um que pertence à Hebron®”.

Homenagem da Hebron® aos sempre presentes Luís Siqueira (em memória), então presidente da AD/Diper, que nos primeiros passos dados pela Hebron® Farmacêutica foi um grande incentivador. Vislumbrando o futuro do Nordeste em 30 anos, deu forças para Josimar Henrique não desistir de seu sonho.

Moisés Kerstman (em memória), proprietário do jornal INFORME, distribuído para todos os executivos de Pernambuco. Sempre citava a Hebron® Farmacêutica em suas edições, seja com uma matéria ou nota.

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NOTAS //

Células de gordura regeneram músculo

Célula-tronco de dente repara córnea

Um grupo de pesquisadores brasileiros conseguiu obter células musculares a partir de células-tronco adultas retiradas do tecido adiposo (gordura), num avanço que pode levar à criação de tratamentos contra distúrbios, como a distrofia muscular, doença genética que causa fraqueza progressiva e degeneração dos músculos. Em conferência no XXIV Congresso Brasileiro de Neurologia, que aconteceu entre os dias 24 e 27 de agosto, no Rio de Janeiro, Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano e do Instituto Nacional de Células-Tronco em Doenças Genéticas da USP, apresentou a descoberta, que será publicada em breve na revista Stem Cell Reviews and Reports. Na pesquisa, Mayana colheu células-tronco adultas do tecido adiposo e de cordões umbilicais. Após serem cultivadas em laboratório, ambas as linhagens aparentavam ser iguais. Mas, após injetadas em camundongos afetados pela doença, os resultados foram bem diferentes. Enquanto as célulastronco do tecido adiposo aderiram às áreas afetadas e se diferenciaram em células musculares humanas, melhorando as condições das cobaias, as vindas do cordão umbilical não conseguiram realizar a diferenciação, permanecendo inertes. “Mostramos que as células-tronco adultas têm vocações diferentes para formar tecidos dependendo de onde elas foram colhidas. No caso da distrofia, as vindas do tecido adiposo se mostraram melhores”, explica. Por outro lado, ambas linhagens não foram rejeitadas, mesmo sem o uso de imunossupressão, o que as tornam uma alternativa viável para futuros tratamentos. Nesse sentido, o estudo trouxe mais revelações. As células humanas continuaram a ser encontradas nos ratos até seis meses depois das injeções, mas desapareceram após um ano. Além disso, a aplicação direta nas áreas mais afetadas não foi eficaz. “Isso quer dizer que eventuais tratamentos deverão demandar múltiplas injeções e ser sistêmicos, isto é, por via sanguínea, para chegar em todos os músculos”, diz Mayana. A pesquisadora lembra, no entanto, que os estudos ainda estão em estágio inicial e não há prazo para que um tratamento ou cura da doença chegue aos consultórios e hospitais.

Pesquisadores do Instituto Butantã desenvolveram uma técnica para recuperar a visão de pacientes com lesão na córnea utilizando células-tronco extraídas da polpa do dente de leite. Os testes em seres humanos devem começar em breve, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “O tecido da córnea precisa ser constantemente renovado, pois as células se desgastam como as da pele”, explica a biomédica Babyla Monteiro, responsável pela pesquisa. Essa manutenção, diz ela, é feita por uma região do olho chamada limbo, que fica em volta da córnea. “Mas quando a região límbica é afetada por um trauma ou uma doença, a córnea perde a capacidade de regeneração e se torna opaca, comprometendo a visão”. Quando o problema afeta apenas um dos olhos, é possível retirar células límbicas do olho saudável do próprio paciente para transplante, explica o oftalmologista da Unifesp José Álvaro Pereira Gomes, coautor do estudo. “Mas quando os dois olhos são afetados, a opção hoje é recorrer a um doador. Contudo sempre há risco de rejeição. Com as células-tronco do dente de leite, esse risco é muito menor.” As células da polpa do dente são incorporadas ao tecido ocular do paciente e recobertas por uma espécie de membrana feita de material semelhante à placenta. Elas, então, se adaptam ao tecido ocular e passam a atuar como células límbicas, reconstruindo a córnea degradada. A técnica vem sendo testada em animais desde 2006. Em março, os resultados foram publicados na revista Investigative Ophthalmology & Visual Science. “Agora vamos testá-la em voluntários que foram submetidos à cirurgia convencional, com células de um doador, mas não obtiveram sucesso, seja por rejeição ou por outro problema”, diz Gomes.

48 // Hebron Atualidades


Cola para os nervos

da sua pesquisa já foram publicados na revista Neurobiology of Disease. Usando células-tronco da medula de ratos, os cientistas conseguiram dobrar a sobrevida dos neurônios afetados pela lesão. Na segunda etapa da pesquisa, que ainda está em andamento, os cientistas fizeram o reimplante com a cola. “Nós colocamos células-tronco no gel e usamos para colar as raízes nervosas à medula”, explica o pesquisador. Nos testes feitos na Unicamp, os ratos que receberam o reimplante voltaram a andar depois de três meses. “É necessário um período longo para que ocorra a recuperação”, explica Oliveira. A cola usada pelos cientistas da Unicamp é feita a partir da fibrina, que é uma proteína produzida a partir de uma fração do veneno de jararaca. O selante é feito pelo Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. O próximo passo é aperfeiçoar a técnica.

Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, professor do Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica da Unicamp

Cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão utilizando uma proteína encontrada no veneno da jararaca para colar nervos em reimplantes de raízes nervosas com a medula espinhal. Os pesquisadores usam células-tronco da medula óssea e um gel desenvolvido a partir do veneno da cobra para restabelecer a conexão entre o sistema nervoso periférico e o central e, assim, restabelecer o movimento em membros afetados. O projeto é coordenado por Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, professor do Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica. Ele explica que a pesquisa é específica para um tipo de lesão que ocorre na interface do sistema nervoso, comum em quedas e acidentes de moto, quando o ombro é deslocado e os nervos se desprendem do pescoço. “A maioria dessas lesões não pode ser revertida e o paciente fica com sequelas”, explica o biólogo. Isso ocorre porque muitos neurônios motores, responsáveis pelo movimento, não sobrevivem ao impacto da lesão, o que inviabiliza o reimplante. O objetivo da pesquisa da Unicamp é criar mecanismos que viabilizem a sobrevivência dos neurônios motores. “Por isso, é muito importante entender a biologia da lesão. A sobrevivência neuronal melhora as chances de recuperação do paciente e do reimplante ser bem sucedido”, explica o cientista. Os neurônios motores são indispensáveis para o movimento dos membros. Nessa lesão específica, eles se ligam às raízes dos nervos, que se unem à medula espinhal. Num primeiro momento, eles apenas usaram as células-tronco para impedir a morte neuronal. “Essas células não agem para se transformar em neurônios motores. Elas fornecem substâncias importantes para que o neurônio fique mais resistente e sobreviva”, explica o biólogo. Oliveira conta que, com o tempo, essas células-tronco são absorvidas pelo organismo. Resultados preliminares

EVENTOS // PERINATOLOGIA XX Congresso Brasileiro de Perinatologia Data: 21 a 24 de Novembro de 2010 Local: Windsor Barra Hotel Rio de Janeiro - RJ Informações: www.perinato2010.com.br

OTORRINOLARINGOLOGIA 40º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial Data: 22 a 26 de Novembro de 2010 Local: Centro de Convenções de Natal Natal - RN Informações: www.aborlccf.org.br/40cbo

CLÍNICA GERAL International Symposium on Progress in Clinical Pacing Data: 30 de Novembro a 03 de Dezembro de 2010 Local: Roma -Itália Informações: www.aimgroup.eu/2010/pacing/

ENDOCRINOLOGIA 14th Asia-Oceania Congress of Endocrinology Data: 02 a 05 de Dezembro de 2010 Local: Kuala Lumpur - Malásia Informações: www.aoce2010.com

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TUDO A VER // CLUBE GINO

Avaniel Marinho é poeta, médico veterinário e diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Hebron®.

10 anos de Clube Gino

Editores // Deborah Echeverria e Wedja Henrique Pires Diretora Responsável // Vivianne Santos Editora Executiva // Fernanda Araruna Redação // Dênia Sales

// Por Avaniel Marinho

Projeto Gráfico e Diagramação// Meios Comunicação Editor de Arte // Fellipe Câmara

A

lguns especialistas da Administração moderna dizem que o relacionamento é a ferramenta de Marketing mais valiosa do mundo corporativo. Isto nos parece razoável, ao percebermos que, apesar de todo aparato tecnológico que dispomos, na atualidade, o ser humano continua sendo o fator preponderante nas tomadas de decisões, nas variadas escalas de nossa vida social e profissional. Na Indústria Farmacêutica – é óbvio, e até numa proporção mais elevada, dado o tratamento direto com a saúde –, isso não poderia ser diferente, posto que a relação com o médico deva ser a mais transparente possível, observando-se os direitos da livre análise do conteúdo científico e de propaganda, na direção do receituário, numa relação desenvolvida a partir do conhecimento mútuo, o que vai balizar, ao final, os resultados de uma parceria profícua e produtiva. Foi pensando nesse cenário que criamos, há dez anos, o Clube Gino, que nasceu no Recife, da necessidade de termos um canal de relacionamento com os Ginecologistas e Obstetras; um fórum competente para discutirmos assuntos relacionados a essa atividade. Mas o que é o Clube Gino, na sua essência? Na realidade, trata-se de um grupo de Ginecologistas e Obstetras, como o próprio nome sugere (Gino), que se reúnem periodicamente para discutir assuntos da área médica e, não raro, temas multidisciplinares os mais diversos, o que tem sido muito bem recebido pelos membros do Clube. Assim, já tivemos, nesse tempo, palestras sobre Honorários Médicos, Processos Médicos, Marketing no Consultório, Gastronomia, Propriedade Intelectual, Oratória, Educação, Poesia/Literatura, Relação Médico-Paciente, entre outros tantos. Depois do Recife, criamos outras células do

50 // Hebron Atualidades

Revisão Técnica // Márcio Gueiros Fotografia // Stock Exchange

Clube Gino nas seguintes cidades: Maceió, Caruaru, João Pessoa, Aracaju, Natal, Belém do Pará, Rio de Janeiro e Brasília. Nossas reuniões são padronizadas e ocorrem com uma pauta descontraída e quase informal, com uma palestra, um debate, um momento cultural e um jantar de confraternização, oportunidade que temos para estreitar, ainda mais, nossa amizade. Temos conseguido, ao longo desse tempo, desenvolver um relacionamento primoroso. Uma demonstração disto é o baixo turn over dos membros. No Clube Gino Recife, por exemplo, em dez anos de existência, só trocamos 5 componentes. Vale dizer que o Clube é formado por 25 membros em cada cidade. Também fazemos, de quando em vez, viagens do Clube, ora para participar de algum evento de reciclagem, ora para alguma reunião de fim de semana, de confraternização. Enfim, o projeto Clube Gino nasceu e se consolida, no tempo, como um caso bemsucedido de nosso marketing, o que nos aparece muito salutar e prazeroso. Estamos, todos, de parabéns. E fica, aqui, registrado o meu agradecimento a todos os componentes de cada grupo, representados pelos médicos presidentes de cada Clube, a saber: Célia Parahyba – Clube Gino Recife, Kátia Laranjeira – Clube Gino Maceió, Wellington Florêncio – Clube Gino Caruaru, Ildete Caldas – Clube Gino Aracaju, Wanicleide Leite – Clube Gino João Pessoa, Kleber Morais – Clube Gino Natal, Sílvia Lima – Clube Gino Belém, Cláudia Jacyntho – Clube Gino Rio de Janeiro e Cristina de Jesus – Clube Gino Brasília. Vamos adiante, imbuídos do propósito de crescermos juntos. O meu abraço, portanto. Avaniel Marinho

Arquivos Fotográficos // Odisseu, Hebron Impressão // Gráfica Santa Marta Circulação // Quesalon Tiragem // 42.000 exemplares Cartas à Redação // cartas@hebron.com.br Revisão Final // Manuela Freyre e Joana Simplício

Presidente // Josimar Henrique da Silva Diretor Superintendente // Joás Henrique da Silva Diretora Administrativa // Fernanda Monteiro Henrique Diretor Comercial // Josias Henrique da Silva Diretor Financeiro // Josimar Henrique Júnior Diretor Industrial // Bruno de Matos Henrique Diretora de Marketing // Wedja Henrique Pires Diretor Médico-Científico // Márcio Gueiros Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica // Avaniel Marinho Diretor de Recursos Humanos e Treinamento // Guilherme Pires

Rua das Pernambucanas, nº 282 Sala 601, Empresarial Pernambucanas Center Graças | Recife-PE | 52011-010 81 3224.7571 www.odisseu.com.br odisseu@odisseu.com.br Hebron Atualidades é uma revista bimestral da Hebron Farmacêutica em parceria com a Editora Odisseu com distribuição para médicos residentes no Brasil. Esta publicação não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista Hebron Atualidades, da Hebron Farmacêutica e da Editora Odisseu. A distribuição com exclusividade dos produtos Hebron®, assim como a sua divulgação e promoção em todo o território nacional estão sob a responsabilidade da: QUESALON - DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA Rua Manoel César de Melo, s/n, Galpão II, 5 - Distrito Industrial, Alhandra - PB CEP 58320-000 CNPJ/MF: 04.792.134/0001-43 INSCR. ESTADUAL: 16.133.690-6.




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