A pandemia acelerou o colapso do transporte público rodoviário e a necessidade do modelo metroferroviário estatal • Colapso da demanda e socorro estatal ao transporte privado O modelo rodoviário, baseado nos Estados Unidos e a industrialização subordinada à vontade das empresas multinacionais do transporte rodoviário levou as grandes cidades do Brasil a um beco sem saída. O transporte público é financiado pelas tarifas pagas pela população trabalhadora, que deve gerar altos lucros para empresários privados. Quando os empresários não conseguem estes altos lucros via tarifa, exigem vultosos subsídios para compensar sua “perda”. Caso não recebam os subsídios preferem encerrar suas atividades, sem nem ligar para as consequências. Segundo o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) desde 10 de dezembro de 2020 a 14 de maio de 2021, ocorreram 38 greves, paralisações e protestos, ademais de 13 rompimentos contratuais e 5 intervenções em empresas de ônibus por parte do poder concedente. Em Teresina, Piauí, foram 20 dias de greve. Em Salvador, a Prefeitura interveio na empresa de ônibus. Da mesma forma, a Prefeitura do Rio interveio no sistema BRT. Com a pandemia e a diminuição drástica dos usuários do ônibus, as empresas atrasaram salários, cortaram o décimo terceiro salário e cortaram os benefícios dos trabalhadores. Resultado: greves para defender os direitos atacados pela patronal. Em 2020 forma demitidos mais de 66 mil trabalhadores do setor de transporte rodoviário. Conflitos ocorreram em Aracajú, Belém, BH, Brasília, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, São Luís e São Paulo. 94