Seção de Artes

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Guia de Artista Art Nexus: El nexo entre América Latina y el resto del mundo, 2017 Este livro compila uma seleção de propagandas de página inteira publicadas na revista Art Nexus especializada na produção artística da América Latina. Este grande livro pode ser apresentado ao público de pé e aberto em forma circular de modo que sua primeira e última páginas tornem-se subsequentes. Aludindo a uma engrenagem, Art Nexus: El nexo entre América Latina y el resto del mundo se apresenta em sua composição radial como um almanaque que justapõe o audacioso título da publicação original ao seu preponderante conteúdo publicitário de apelo midiático. A reedição aqui proposta atribui à lógica ensimesmada do mercado como sendo o nexo fundamental por meio do qual se percebe e se promove a arte.

Guia de Artista, 2017 Todo o conteúdo deste livro foi retirado das entrevistas publicadas no Guia da 28ª Bienal de São Paulo. Os textos foram retirados do seu contexto original porém não foram editadas as perguntas e respostas, exceto quando menciona-se a 28ª Bienal. Neste caso o termo foi substituído por pelo sinal “__”. Guia de Artista tem por objetivo discutir a aproximação textual vaga e abstrata que se tem frente à arte contemporânea a partir de seus próprios meios e discursos. Valendo-se da meta linguagem e da apropriação, pretende-se criticar o protocolo instituído no circuito da arte de forma a revelar a generalidade de seu discurso.

SEÇÃO DE ARTES

Realização:

Org. Fernando Piola


Seção de Artes O projeto apresenta ao público uma seleção de livros de artista de autoria do artista Fernando Piola na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin de 4 a 15 de setembro de 2017 das 17h às 18h30. Os livros realizados a partir de publicações típicas do sistema da arte tais como revistas especializadas e catálogos de exposições refletem sobre o papel da crítica e do mercado de arte. Enquanto que Autorretrato e Memorial da América Latina são dois exercícios que remetem ao procedimento escolar da repetição de textos e mapas com o propósito de memorizá-los. Repetição, memorização e introjeção de noções relativas à invenção da individualidade e de uma identidade coletiva latino americana são o mote destes livros que vem sendo preenchidos ao longo deste ano em sessões públicas realizadas em bibliotecas conforme programação: Biblioteca Walter Wey da Estação Pinacoteca No contexto da exposição Metrópole: Experiência Paulistana. 22 abr. - 16 set. 2017 (somente sábados) das 10h às 13h e das 14h às 17h30 Casa da Cultura da América Latina UNB, DF No contexto da exposição Quando as formas se tornam relatos. 24 ago - 29 ago. 2017 das 14 às 16h Sala de Leitura Fundação Lampadia-Vitae da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. 02 jan. - 13 jan. 2017 16 jun. - 07 jul. 2017 04 set. - 15 set. 2017, seg - sex., das 17h às 18h30

Autorretrato, 2015/17

Memorial da América Latina, 2017

Este autorretrato de caráter performativo funda-se na pesquisa em dicionários – tais como de Filosofia, Psicanálise e dicionário de sinônimos – acerca das definições do termo “eu”. Estes verbetes são memorizados pelo artista por meio de um exercício de leitura e transcrição em livros ata.

Memorial da América Latina consiste na realização de dois livros. O preenchimento deles remonta ao exercício escolar no qual o estudante copia um mapa por meio da sobreposição de papel vegetal a fim de memorizar/introjetar determinada forma geográfica.

Autorretrato opera de maneira avessa ao propósito do diário de documentar de forma confessional aquilo considerado relevante ao longo de um dia. Neste caso, não se trata do “eu” particular do artista mas sim das diversas aproximações de ordem científica deste conceito. Deste modo, a noção cara ao diário assim como à arte de extroversão da subjetividade dá lugar à introspecção e memorização de uma objetividade de ordem científica.

De modo análogo, o mapa da América Latina é copiado pelo artista diariamente sobre papel manteiga no volume intitulado de Livro de Exercício. Então o mapa é desenhado de memória também diariamente, sobre filme poliéster, ao longo de uma ano no volume intitulado de Livro de Memorização.

Esta hipótese irônica de atualização do gênero autorretrato pretende questionar a promoção da identidade por meio de uma coleção de cadernos que por fim assumirá de forma alegórica os referidos desarranjos acerca das noções do diário e do autorretrato: ao diário frustrado que repete praticamente a mesma informação se funde à ineficácia de uma enciclopédia dedicada a definir cientificamente a identidade do artista.


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