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Aos Artistas e Profissionais de Desenho

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Ronaldo Duran

Ronaldo Duran

AOS ARTISTAS E PROFISSIONAIS DE DESENHO.

Prof. Carlos Eduardo Dias Borges

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Em um dado instante, algum instrumento marcante toca uma superfície mais maleável. Fere-a, deixando sua marca. Temos

pressão e iniciar um movimento em uma ou mais direções, surge uma linha. Esta pode ser resultante de diversas forças. Pode ter variadas durações, diferentes intensidades e velocidades. Através dela é possível preencher áreas, sugerir espaços, reproduzir formas simular sombras e variações de cores. Estas ações, geradoras de desenhos, podem ser realizadas em qualquer superfície. Em geral são limitados a suportes próprios para as interações com os materiais empregados, que se diluem gradativamente, entregando-se aos planos e permitindo o surgimento de formas.

Ao pensarmos em desenho, o papel é o primeiro suporte que nos ocorre. E o lápis é o objeto mais comumente selecionado como aparato para o sulcar, imprimindo as formas desejadas pelo desenhista. Há muitas variações deste instrumento que potencializam a exploração destas linhas e pontos, a diferenciação de áreas e superfícies, a criação de formas e a tradução de pensamentos, permitindo expressões das mais variadas. Os suportes também podem ser desde paredes, árvores, telas de computador, até mesmo o ar ou o mar.

Sob a égide desta palavra desenho, em diferentes escalas, diversos outros instrumentos e materiais são empregados

representações, abstrações, ilustrações ou outras

múltiplas, como produzir arte, complementar textos e auxiliar na compreensão de projetos e ideias (“Entendeu ou quer que eu desenhe?”). Atos intimamente ligados ao pensamento. E assim, como o próprio homem, o emprego do desenho também

propósitos mágicos e como parte de rituais dos nossos ancestrais, atualmente ele vem servir a diversas funções, desde a indústria à ciência ou ao propósito puramente artístico. Com tudo isso o desenho se manteve sempre indefectivelmente ligado à condição humana, como um meio que, independente dos materiais envolvidos ou do período histórico vigente, traduz o pensamento humano em forma.

Todas estas possibilidades são abarcadas pelo conceito de desenho na atualidade. A despeito deste histórico condicionante, é a sua prática que conduz ao aprimoramento. Neste sentido, propostas variadas são elaboradas por educadores com o objetivo de provocar os interessados a

que se fez e refazer, tentando aproximar ao máximo o resultado da intenção.

Nas propostas deste curso de desenho, diversas provocações criativas são apresentadas, visando preparar

vez mais acelerada. Sempre endossando o emprego da imaginação e da criatividade, para se coadunarem com a prática como únicos parâmetros seguros de possibilidades de atualização contínua.

Neste projeto notável, o artista Fernando Augusto sobrepõe sua experiência e criatividade como artista às tarefas do professor, agregando esforços e os canalizando para transformar uma avaliação em uma forma de exercício

transcenderem sua condição de estudantes e direcionarem seus esforços para suas áreas de interesse. No processo praticam o trabalho em grupo, pesquisam conceitos e assumem responsabilidades inerentes à condição indelével de uma publicação. Atividade que, por sua vez, ocupa uma posição central no rol das práticas comuns aos artistas e

Prof. Carlos Eduardo Dias Borges Carlos Borges é artista plástico, professor de artes do Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente é o chefe do Departamento.

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