AOS ARTISTAS E PROFISSIONAIS DE DESENHO. Prof. Carlos Eduardo Dias Borges
Em um dado instante, algum instrumento marcante toca uma superfície mais maleável. Fere-a, deixando sua marca. Temos pressão e iniciar um movimento em uma ou mais direções, surge uma linha. Esta pode ser resultante de diversas forças. Pode ter variadas durações, diferentes intensidades e velocidades. Através dela é possível preencher áreas, sugerir espaços, reproduzir formas simular sombras e variações de cores. Estas ações, geradoras de desenhos, podem ser realizadas em qualquer superfície. Em geral são limitados a suportes próprios para as interações com os materiais empregados, que se diluem gradativamente, entregando-se aos planos e permitindo o surgimento de formas. Ao pensarmos em desenho, o papel é o primeiro suporte que nos ocorre. E o lápis é o objeto mais comumente selecionado como aparato para o sulcar, imprimindo as formas desejadas pelo desenhista. Há muitas variações deste instrumento que potencializam a exploração destas linhas e pontos, a diferenciação de áreas e superfícies, a criação de formas e a tradução de pensamentos, permitindo expressões das mais variadas. Os suportes também podem ser desde paredes, árvores, telas de computador, até mesmo o ar ou o mar.