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Entrevista a Adão da Fonseca: “O grande amor é muito focado no rio Douro

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O grande amor é muito focado no rio Douro

Entrevista: Raquel Pires Fotografia: D.R.

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O “Excellence Award for Civil Engineering” é um dos mais prestigiados prémios mundiais na área da engenharia civil e foi atribuído a Adão da Fonseca, professor aposentado da FEUP, como “reconhecimento pela relevância dos seus projetos para o bem-estar social e pela sua carreira de engenheiro civil em benefício da sociedade”. Apaixonado pela cidade invicta, é o projetista responsável por cinco travessias entre a cidade do Porto e Gaia. Esteve envolvido em todas as obras que marcaram a engenharia portuguesa do século XX: Pavilhão do Conhecimento na EXPO 98, Casa da Música, Oceanário... e também no estrangeiro, onde teve oportunidade de trabalhar com os melhores.

Li numa entrevista que o seu sonho era estudar engenharia naval. Como foi parar ao curso de engenharia civil? Será que a Engenharia Civil não é apenas a Engenharia Naval não flutuante? Ou melhor! Será que a Engenharia Naval não será a Engenharia Civil flutuante? De facto, nenhuma das dúvidas é correta, pois a Engenharia Naval inclui todo o equipamento e maquinaria de propulsão. Bem! A verdade é que não havia ensino de Engenharia Naval em Portugal quando entrei na Universidade, e a família não podia pagar- -me estudos no estrangeiro (seria em Glasgow).

Que memórias guarda dos anos que esteve no Imperial College, em 1980, a fazer o doutoramento? Era uma sociedade muito diferente? Quando em 1972 fui desafiado pelo Professor Correia de Araújo a aproveitar a abertura do concurso de bolsas de estudo de doutoramento no estrangeiro (uma iniciativa do então Ministro da Educação – Professor Veiga Simão – e do seu Secretário de Estado do Ensino Superior – Engenheiro Adelino Amaro da Costa), concorri às Universidades de Austin (Texas) e Urbana (Illinois), nos Estados Unidos, à Universidade de Estugarda (mais propriamente ao Professor e Grande Projetista de Pontes Fritz Leonhardt), na Alemanha, e ao Imperial College, em Londres. Fui aceite em todas elas e decidi pedir o conselho ao Engenheiro Júlio Ferry Borges, então Diretor do LNEC e que era um brilhante Investigador e homem de visão. Respondeu-me que, se era para aprender engenharia, devia vir para o LNEC, mas que me aconselhava a ir para Londres, onde, sendo uma cidade de grande cultura e vivência interna-

cional, a minha capacidade global, não só na engenharia, seria muito melhorada (em 1972, Portugal ainda permanecia muito fechado pela Ditadura). Do Imperial College e de Londres guardo as memórias de tudo quanto o Engenheiro Ferry Borges antecipara. Guardo a recordação de uma cidade efervescente mas calma, onde tinha tempo para pensar e meditar. Guardo a recordação de excelentes concertos, óperas e teatro. E ao casar entretanto, ainda houve tempo para lá nascerem dois maravilhosos rapazes.

Foi difícil conciliar a carreira de professor com a de projetista de pontes? Conte-nos o segredo. Sim, foi muito difícil e extremamente exigente. Mas recordo a compreensão de todos os meus colegas na Faculdade. O segredo foi garantir que a minha atividade de projetista de pontes estava em linha e potenciava a qualidade e competência da minha atividade de docente. E claro, vice-versa! Ao tentar fazer sempre melhor, procurava também envolver e valorizar os contributos dos meus colegas da FEUP, e até do LNEC.

Depois de ter projectado cinco pontes sobre o Douro, pode dizer-se que a sua relação com a cidade do Porto é já um caso de amor? Bem! O grande amor é muito focado no rio Douro. É que além das pontes (felizmente, para mim, são femininas na língua portuguesa), vale a pena perguntar quantas regiões DOC (Denominações de Origem Controlada) existem desde Rioja até à Região do Douro.

Fale-nos da EXPO 98 e de ter trabalhado no projeto do Oceanário e do Pavilhão de Conhecimento. Foi a oportunidade do Portugal moderno se abrir ao mundo... Tal como contei na minha Última Aula, quando no início dos anos 80 projetei a “minha” primeira ponte (sobre o rio Ouro) e no concurso da empreitada apareceu uma variante mais barata e completamente desinteressante, ouvi o Presidente da Freguesia Rural de Pedraça, onde a ponte ia ser construída, dizer: “A minha freguesia é de gente pobre, mas também tem direito a uma ponte bonita”. Isto marcou a minha vida profissional pois o espaço urbano, sendo para todos, é tantas vezes o único espaço de qualidade de que os menos favorecidos podem usufruir. Ora a EXPO 98 constituiu um passo fundamental para Portugal (não só para Lisboa) recuperar e afirmar a importância da qualidade do ambiente construído. Foi também a oportunidade de trabalhar com as grandes arquitetura e engenharia internacionais de edifícios. No caso do Oceanário, cheguei a deslocar-me a Boston para as reuniões com o Arquiteto Peter Chermayeff, integrando a equipa internacional da ARUP de Londres. Seguiram-se vários projetos de alta valia arquitetónica e estrutural na EXPO, alguns vencedores e construídos e outros perdedores, mas o Pavilhão do Conhecimento dos Mares, com o Arquiteto Carrilho da Graça, terá sido o mais desafiador e inovador (o betão branco tem diversas exigências e foi a primeira vez que se utilizou em Portugal num grande edifício).

Na sua opinião, qual é a obra mais representativa do seu trabalho? E porquê? Representativo será um percurso, começando nessa pequena e afinal simples ponte sobre o rio Ouro, no Concelho de Cabeceiras de Basto. Depois veio a ponte sobre o rio Cávado, em Amares, muito perto da ponte medieval denominada Ponte do Porto (inicialmente ponte romana, mais tarde reconstruída como ponte medieval, mas sempre a ponte para ir... para o Porto). Tivemos preocupações de vivência paisagística, respeito pelo ambiente e pela ponte já existentes, e pela presença de pescadores, que foram apoiadas pela então Junta Autónoma das Estradas. Já nos anos 90, muito importante foi ter o apoio dos responsáveis na Brisa para que as passagens superiores no troço da autoestrada A4, na aproximação mais montanhosa a Amarante, fossem especiais e não meras cópias “ampliadas” do que se construía em terrenos planos. Uma delas é até tecnicamente muito especial e original. Muito gratificante foi ouvir um aluno dizer-me que tinha optado pela Engenharia Civil ao ver construir uma dessas obras de arte. Mas é bem claro, que é com a Ponte do Infante, sobre o rio

Douro, e com a Ponte Pedro e Inês, sobre o rio Mondego, que, com a colaboração de jovens engenheiros brilhantes, materializo o meu ideal de “bem-fazer e avançar”. Porquê? Porque são obras da mais elevada arte da enge- nharia estrutural. São pontes otimizadas no seu compor- tamento estrutural, concebidas com cuidados imensos de análise e atrevimento, sempre fundados em estudos que exploraram todos os parâmetros que pudessem influenciar a sua segurança e funcionalidade.

Qual é o projetista que mais admira e porquê? Todos os por todos reconhecidos: Eugene Freyssinet, Fritz Leonhardt, Jorg Slaich... e, certamente, Edgar Cardoso. Todos foram sonhadores, inovadores, e cientificamente muito profundos.

E se lhe pedir para me identificar uma obra-prima da engenharia, à escala mundial? Difícil escolher entre as obras “incríveis” que são as grandes barragens, as obras “de impacto social” que são as redes de saneamento das cidades, as obras dos grandes edifí- cios que “se elevam na atmosfera”, e as grandes pontes que “voam” sobre os grandes rios e vales. Seguramente, a Ponte do Infante é uma obra-prima impressionante que não temos sabido valorizar e reconhecer!

Como foi a reação quando soube que ia receber o “Excellence Award for Civil Engineering”, considerado o Prémio Mundial de Engenharia Civil? Os prémios que não resultam de uma competição, e certa- mente se não incluírem nada material, são mais que tudo um apontar do dedo a quem, pelo seu esforço e vontade de vida, constitui um estímulo para se viver e atuar com ideais e “pés na terra”. No caso deste prémio, é muito valorizado o contributo dado à excelência da Profissão de Engenheiro Civil, no meu caso materializado também na função de Presidente do “European Council of Civil Engineers” onde, entre outras iniciativas conhecidas pelos subscritores da proposta do meu nome, salientarei a autoria do Código de Conduta Ética dos Engenheiros Civis Europeus, aprovado por unanimidade na reunião de Roma, em 2000.

Considera que Portugal é um bom exemplo no que diz respeito à engenharia civil? Temos novos talentos com qualidade? Sem a menor dúvida, e assim é internacionalmente reconhe- cido. Pelo menos na engenharia de estruturas, que conheço por experiência direta, há talentos de qualidade elevadíssima.

Que obra/projeto lhe falta fazer? Tem algum sonho ainda por realizar? Com cinco filhos que servem com desvelo à sociedade e com 18 netos que exibem felicidade, não tenho qualquer obra, projeto ou sonho que sinta necessidade de realizar, mas entendo ter a obrigação de responder aos desafios que continuam a chegar. FEUP À CONQUISTA

Os contributos da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável

Texto: Raquel Pires Fotografia: direitos reservados

Tornou-se um dos pilares das agendas políticas e passou a nortear a estratégia de importantes conselhos de administração de empresas e instituições públicas respeitadas por todo o mundo. O conceito globalizou-se em 2015, altura em que a ONU aprovou por unanimidade os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e definiu a Agenda 2030 como uma prioridade. O compromisso assumido pelos líderes mundiais assenta na criação de um novo modelo global para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o ambiente e combater as alterações climáticas. Como pode a engenharia contribuir para que ninguém seja deixada para trás?

Oanúncio oficial da União Europeia, em junho de 2019, não surpreendeu os responsáveis que durante meses se dedicaram à candidatura para a criação de um campus interuniversitário na Europa. Com este projeto-piloto aprovado, a U.Porto é uma das primeiras 17 alianças de Universidades Europeias a integrar esta iniciativa comunitária que pretende dar resposta aos atuais desafios globais de saúde pública, do ambiente e da segurança alimentar.

O consórcio chama-se European University Alliance for Global Health (EUGLOH) e reúne – além da U.Porto – a Universidade Paris-Saclay (França), a Ludwig-Maximilians-University (Alemanha), a Universidade de Lund (Suécia) e a Universidade de Szeged (Hungria). Num universo de 54 candidaturas, a U.Porto garantiu um programa de financiamento que pode ir até aos 5 milhões de euros. O principal objetivo passa por trabalhar na criação de programas de ensino conjuntos, mas também na partilha de recursos, ferramentas e infraestruturas entre as cinco universidades, que, em conjunto, albergam mais de 200 mil estudantes. E nos próximos 10 anos afirmar-se como uma referência internacional do ensino superior, através da ligação sólida entre o conhecimento teórico e as competências profissionais necessárias à Europa do futuro. E que papel têm as escolas neste ambicioso objetivo comunitário? De que forma pode a Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) contribuir para o reforço deste programa? Depois de uma pesquisa pormenorizada concluímos que há 226 projetos de I&D com intervenção direta da engenharia da FEUP desenvolvidos nos últimos anos na área da saúde e bem-estar. Metade destes projetos estão ainda em curso e vale a pena conhecê-los. E na impossibilidade de mencionar todos, aqui fica uma pequena amostra do potencial que a Faculdade de Engenharia tem vindo a acumular nestas áreas nos últimos anos.

SAÚDE Na área da saúde a FEUP tem sobretudo produzido investigação em projetos ligados à bioengenharia, num espetro vasto que vai desde os novos fármacos, aos dispositivos médicos passando pela biomecânica. Um dos mais recentes está a ser desenvolvido no Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE) e tem por objetivo desenvolver uma nova linha de investigação para inibir a resistência de bactérias a antibióticos. Com um financiamento de 1 milhão de euros do H2020, o projeto DelNAM reúne valências multidisciplinares e pretende reforçar competências de forma a desenvolver uma solução inovadora para combater este grave problema de saúde pública da resistência aos antibióticos. Liderado por Nuno ADN FEUP

Azevedo (FEUP), a equipa de investigadores conta ainda com dois reconhecidos parceiros europeus: o Nucleid Acid Centre of Contact - University of Southern Denmark e o General Biochemestry and Physical Pharmacy da Ghent University, ambos na Dinamarca.

Nos dispositivos médicos também se têm conseguido importantes parcerias, como a que deu origem ao Waveguard™touch, um sistema de monitorização de sinais eletroencefalográficos (EEG) com base em elétrodos secos. O projeto desenvolvido por Carlos Fonseca, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais, em parceria com a Universidade Técnica de Ilmenau, Alemanha, deu origem a uma touca agora comercializada por uma empresa alemã e que é uma alternativa aos tradicionais elétrodos com gel, essenciais para o diagnóstico clínico de várias patologias cerebrais, bem como a estudos de neuropsicologia. Ainda no sentido de encontrar alternativas aos géis tradicionais para eletroencefalografia, foi desenvolvido um hidrogel que, para além de permitir um contacto mais estável com o escalpe, não suja a cabeça. Este produto foi objeto de uma patente e prosseguem esforços no sentido de vender a tecnologia, com a ajuda da UPIN.

BEM-ESTAR Do conjunto de projetos analisados do universo da FEUP é possível estabelecer algumas considerações. Desde logo importa realçar que o conceito de “bem-estar” é bastante abrangente e poderá aplicar-se à mobilidade sustentável, à eficiência energética aos projetos desenvolvidos no âmbito da qualidade do ambiente construído, à monitorização ambiental, sem esquecer a engenharia de segurança e higiene ocupacionais que habitualmente se dedicam às questões da acessibilidade e inclusão.

Um dos projetos incontornáveis e mais bem sucedidos da história da Faculdade de Engenharia em matéria de eficiência energética valeu ao investigador Adélio Mendes o lugar no pódio das patentes mais caras em Portugal: 5 milhões de euros foi quanto a empresa australiana Dyesol pagou em 2015 pela tecnologia de selagem de células solares de perovskita (PSC), capazes de possibilitar a conversão direta da luz solar em energia elétrica de forma renovável e sustentável. A tecnologia desenvolvida em colaboração com a EFACEC apresenta ainda um baixo custo de fabrico, uma eficiência energética elevada e uma durabilidade de 25 anos.

Na área da biomecânica e da imagem médica um dos projetos diferenciadores da FEUP mobilizou equipas multidisciplinares do Departamento de Engenharia Mecânica com o propósito de solucionar disfunções do pavimento pélvico da mulher em idade adulta. De acordo com estudos médicos, estima-se que o problema do prolapso dos órgãos pélvicos afete 40% da população feminina mundial com a idade compreendida entre os 45 e os 85 anos. Encabeçado por Renato Natal, o BIOPELVIC desenvolveu um modelo anatómico com as respetivas características cinemáticas e dinâmicas da cavidade pélvica recorrendo a ultrassons, processamento de imagem e reconstrução 3D, que possa servir a comunidade médica no sentido de a ajudar a ponderar nas decisões relacionadas com o diagnóstico e tratamento traumático de pacientes e das respetivas famílias. Os grupos de investigação do Departamento de Engenharia Civil são dos que mais têm contribuído para a mobilidade sustentável e a qualidade do ambiente construído na FEUP. O projeto Liquefact é um bom exemplo. Juntamente com outros parceiros europeus, a equipa liderada por António Viana da Fonseca dedicou-se ao estudo detalhado dos desastres por liquefação induzida por terramoto, responsáveis por perdas económicas diretas de aproximadamente 29 bilhões de euros, só na última década. Os números continuam trágicos no que toca à perda de vidas humanas: quase 19 mil mortes provocadas por terramotos. A liquefação é um fenómeno que se caracteriza pela perda de rigidez e resistência dos solos provocados pela atividade sísmica. Para os investigadores tornou-se evidente a necessidade de uma abordagem sistemática para avaliar a possibilidade de liquefação de um local, ainda antes da construção e depois implementar as

técnicas de mitigação mais apropriadas. O projeto lida não apenas com a resistência das estruturas aos eventos de liquefação mas também com a resiliência da comunidade urbana coletiva em relação à rápida recuperação de uma ocorrência.

Outra área onde se tem produzido investigação de elevada qualidade na FEUP envolve a robótica submarina e o Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática (LSTS) e o grupo liderado por João Tasso que garantiu um financiamento de 5 milhões de euros com o projeto EURMarineRobots. O consórcio reúne 15 parceiros europeus e pretende lançar uma infraestrutura para utilização de rede de sistemas autónomos marinhos, que integra veículos aéreos, de superfície e também subaquáticos. O principal objetivo é contribuir para a proteção e monitorização ambiental e o desenvolvimento sustentável dos oceanos, a região menos explorada do planeta Terra num futuro próximo, tirando partido das valências e potencialidades de cada parceiro europeu envolvido neste consórcio.

Os próximos tempos vão ser desafiantes em várias áreas e a engenharia não é exceção. Muito pelo contrário. Como ficou provado neste artigo, a FEUP faz jus ao estatuto de primeira escola de engenharia em Portugal e continua a estar na vanguarda da investigação, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da nossa sociedade.

+ de 200 projetos de I&D com intervenção direta da engenharia da FEUP na área da saúde e bem-estar

AGENDA 2030: O DESAFIO DA INCLUSÃO Com o aumento da esperança média de vida, o envelhecimento da população e a preocupação da sociedade em cada vez mais contribuir para a inclusão dos cidadãos, abriu-se todo um leque de possibilidades em matéria de inovação tecnológica. Ciente dessa realidade o Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores (LIACC) da FEUP desenvolveu uma cadeira de rodas inteligente que evita obstáculos e é comandada de modo flexível e multimodal. O projecto IntellWheels partiu da necessidade de se transformar uma cadeira de rodas comercial num equipamento inteligente, de custos reduzidos e com poucas alterações do ponto de vista ergonómico, permitindo uma maior autonomia aos seus utilizadores. Coordenado por Luís Paulo Reis o projeto na área da inteligência artificial garantiu 1 milhão de euros de financiamento do Portugal 2020 para um consórcio composto pela FEUP, Universidade de Aveiro e 3 empresas para a criação de um protótipo que possa vir a ser comercializado num futuro próximo.

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