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Educação, Investigação e Inovação em Engenharia para a Sustentabilidade

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Fotografia: Egídio Santos

Em 2015 as Nações Unidas acordaram nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a agenda de muito positiva. Veja-se por exemplo a evolução que tem existido na produção de energia de fontes renováveis, no tratamento de efluentes industriais e na qualidade da água dos rios e do mar. Entre as iniciativas da FEUP que já se enquadram nestas perspetivas devo referir a atuação do Comissariado de Responsabilidade Social com diversas ações de apoio aos grupos com esta

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ação global até 2030. Estes objetivos são sobejamente conhecidos incluindo a erradicação da pobreza, a proteção do meio ambiente e o combate às alterações climáticas. Embora os desafios sejam globais requer-se execução e ações a vários níveis de responsabilidade, incluindo o nacional, organizacional e individual.

As sociedades têm hoje a responsabilidade de pugnar por um mundo mais sustentável, mais inclusivo e mais solidário, em que cada cidadão, começando no seio da família e continuando na educação escolar, seja sensibilizado e motivado para a importância que tem na construção desse mundo. As instituições de ensino superior têm uma particular responsabilidade.

A FEUP tem por missão desenvolver atividades de educação, investigação e inovação em todas as áreas de engenharia, ao serviço das pessoas e da sociedade. Para cumprir esta missão é também necessário um maior desenvolvimento de competências transversais (“soft skills”) por todos mas muito em particular pelos novos estudantes. No presente as nossas atividades estão já a ser alinhadas com os ODS sendo muito importante melhorar a avaliação dos impactos daquilo que fazemos. A FEUP tem de correr o risco de se envolver em mais projetos que considere relevantes para os ODS.

Não há dúvidas que em muitos casos a definição de políticas públicas e a contribuição da engenharia tem sido Sabemos que em 2018 Portugal tinha 21,6% da população em risco de pobreza, uma pequena evolução positiva dos 27,5% em 2004 (Pordata www.pordata.pt).

Sabemos por exemplo da quantidade de resíduos que são lançados nos mares: “Cada ano, aproximadamente 10 milhões de toneladas de lixo acabam nos mares e oceanos do planeta. Os plásticos, e muito em especial os resíduos de embalagens de plástico, como garrafas de bebidas e sacos não reutilizáveis, são de longe o principal tipo de detrito encontrado no ambiente marinho. E a lista continua: redes de pesca estragadas, cordas, pensos higiénicos, tampões, cotonetes, preservativos, pontas de cigarro, isqueiros descartáveis, etc.” (Agência Europeia do Ambiente www.eea.europa.eu).

Sabemos que Portugal se comprometeu internacionalmente com a “neutralidade carbónica” até 2050, objetivo de redução das emissões de gases com efeito de estufa para que o balanço entre as emissões e as remoções da atmosfera (p. ex.: plantas e árvores) seja nulo (Agência Portuguesa do Ambiente www.apambiente.pt). missão, alguns que aqui existem e outros que nos procuram.

Também o Comissariado de Sustentabilidade desenvolve ações de sensibilização que se têm refletido em alterações de políticas que permitiram por exemplo a redução ou eliminação de recipientes de uso único, em particular de plástico. Este comissariado acolheu na FEUP a 1ª Conferência Campus Sustentável (CCS 2019), sob o tema «Desenvolvimento Sustentável: Instituições de Ensino Superior como Agentes de Mudança». Esta iniciativa surge na sequência da criação da Rede Campus Sustentável, que reúne membros da comunidade do ensino superior nacional.

Considerando o presente contexto cada vez mais exigente em relação ao futuro, as nossas prioridades em educação, investigação e inovação têm de ser mais orientadas para os ODS. Temos uma preocupação intelectual e moral de trabalhar neste sentido. Os nossos projetos de investigação devem criar conhecimento que possa vir a ter impacto na sociedade através da educação e da inovação. Sem esquecer «Eu sou porque Tu és», uma inspiração para Nelson Mandela.

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