Fit Mag - Número 29

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Primavera-Ver達o 15 |16








SPRINGSUMMER2015





Expediente F i t M a g n ú m ero 2 9

PUBLISHERS DIETER WOLFGANG BROCKHAUSEN HUMBERTO REBONATO DIRETORA DE REDAÇÃO DORIS BICUDO TRATAMENTO DE IMAGENS MANÉ

EDITOR-CHEFE ANTONIO TRIGO

IMPRESSÃO IPSIS GRÁFICA E EDITORA S/A. RUA VEREADOR JOSÉ NANCI, 151 PQ. JAÇATUBA – SANTO ANDRÉ – SP CEP 09290-415 TEL. 11 2172 0511 WWW.IPSIS.COM.BR

EDITORA DE MODA MATILDA AZEVEDO DESIGNER VINE ALMEIDA ASSISTENTE DE REDAÇÃO VALÉRIA OLIVEIRA

TIRAGEM 35 MIL EXEMPLARES

SITE CAIO KATO

DEPARTAMENTO COMERCIAL tel. 11 3966 3022 fabianotroiano@agadeeditora.com.br nubia@agadeeditora.com.br

COMERCIAL FABIANO TROIANO NÚBIA CONCEIÇÃO REVISÃO PAULO VINICIO DE BRITO COLABORADORES ALEXANDRA FARAH ANDERSON HONORATO ANDRÉIA OMENA CAMILE COMANDINI EDUARDO SVEZIA ISABELA CARVALHO KIKA PAGNOT PRISCILLA PORTUGAL

CAPA SOPHIA AGOSTINHO (AGÊNCIA 3 MARIAS CASTING) VESTE: CAMISA MANDI CALÇA LEVIS FOTO EDUARDO SVEZIA STYLING KIKA PAGNOT BELEZA ANDERSON HONORATO

Agadê Editora Ltda. Praça Dirceu de Lima, 656 - Casa Verde CEP 02515-050 - São Paulo - SP Tel. 11 3966 3022 www.fit016magazine.com.br

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FALE CONOSCO redação@fit016magazine.com.br ASSESSORIA DE IMPRENSA INDEX ASSESSORIA indexassessoria.com.br

A revista Fit Mag é uma publicação de Agadê Editora dirigida a lojistas e profissionais do setor de moda baby, kids e teen. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opnião da revista. Jornalista responsável: Antonio Trigo MTB 0056782SP


INFO + 55 11 2928 1711


Carta do editor F i t M a g n ú m ero 2 9

A hora

É AGORA E

sta edição da Fit Mag vem repleta de histórias de sucesso. Em todas elas encontramos não só bons gestores, como também muita criatividade na hora de tocar os negócios. Etiquetas internacionais que escolheram o Brasil para fincar seus pés disputam o mercado com nossos produtores que, aliás, vêm ganhando um novo movimento: marcas que até há pouco só fabricavam moda adulta investem com força na ampliação de seu leque. A escolha, sorte a nossa, é o segmento infantil. Guerra declarada? Nada disso. Cada um com sua expertise soma valores e faz com que o consumidor seja o grande vencedor desta batalha. São casos inspiradores e agregadores. E por falar em inspiração, nossos editoriais estão deliciosamente recheados com as principais tendências da primavera-verão 2015/16. Um trabalho árduo de pesquisa que temos o orgulho de ter cumprido da melhor maneira possível para que as compras sejam feitas de forma consciente. O momento não dá brecha para sequer erros mínimos. A alegria da nova estação já está traduzida nas araras das marcas e em breve vai aterrissar em suas prateleiras. Inspire-se no universo Fit Mag e aproveite a leitura. E tenha a certeza de que este número foi feito sob medida para o seu negócio. Vamos continuar caminhando juntos. Afinal, somos ou não somos grandes parceiros? Até já, Doris Bicudo

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Índice F i t M a g n ú m ero 2 9

20 Colaboradores 22 Negócios 26 Perfil 32 Entrevista 40 Case 46 Meu mundo baby 48 Hits baby 50 Meu mundo kids 52 Hits kids 54 Meu mundo teen 56 Hits teen

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Índice F i t M a g n ú m ero 2 9

60 Mood board kids 62 Ensaio kids 76 Still 90 Matéria-prima 94 Branding 96 Mundo afora 98 Fashion 100 Fica a dica 102 Feira FIT 0/16 104 Agenda 106 Onde encontrar

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Colaboradores F i t M a g n ú m ero 2 9

Nossa

TURMA PRISCILLA PORTUGAL Apaixonada por roupas, acessórios e carnaval, a paranaense estudou jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa e fez pós-graduação em Moda no Istituto Europeo di Design de Milão, onde se apaixonou também pelo poder das marcas e por arte. Escreve para revistas diversas e endereços eletrônicos, como Leia as Meninas e Glamour. Estreia por aqui com matérias em nosso caderno Info. Bem-vinda, Priscilla!

ANDERSON HONNORATO O beauty stylist é o principal nome quando o assunto é maquiagem infantil. Tanto que sua assinatura – ou melhor, seus pincéis – pode ser vista nas principais revistas do segmento. Além de Fit Mag, ele empresta seu talento para títulos como Bazaar Kids e Vogue Kids e para as principais campanhas publicitárias do País. Ele começou sua carreira em 1997 e nunca mais parou de brincar de esculpir. É responsável pela beleza de Sophia Agostinho, nossa estrela de capa.

ALEXANDRA FARAH A jornalista e colunista da revista Vogue tem também um programa de moda que é notícia no canal Band News. É ainda uma das mais irreverentes personalidades do País e nome frequente no expediente de Fit Mag. Entende tudo de negócios, tanto que revela em nossa matéria principal por que os grandes conglomerados estão investindo todo o seu arsenal em linha infantis.

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Negócios F i t M a g n ú m ero 2 9

COM CRIANÇAS CADA VEZ MAIS BEM INFORMADAS, O MERCADO DE MODA INFANTIL ENTRA EM SUA FASE ADULTA E MARCAS INTERNACIONAIS E NACIONAIS INVESTEM NO CRESCIMENTO ORGÂNICO OU NA EXPANSÃO DE SUAS LINHAS ALGUMAS MARCAS INFANTIS PRESENTES NO BRASIL NÃO PARAM DE CRESCER. E OUTRAS, QUE ATÉ ENTÃO SÓ PRODUZIAM MODA ADULTA, PASSAM A OFERECER ROUPAS PARA CRIANÇAS – E COM RETORNO ATÉ MAIOR DO QUE O DE SUAS LINHAS ORIGINAIS por Alexandra Farah

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Negócios F i t M a g n ú m ero 2 9

P

esquisas atuais apontam que as famílias vêm optando por ter cada vez menos filhos, o que faz com que sobre mais para gastar com seus pequenos individualmente. Esta, somada às redes sociais mais próximas das criançada, é uma das razões de roupas com mais informação de moda, joias, tecnológicos e brinquedos artesanais serem apontados como os itens mais quentes do mercado infantil. Com 1,5 milhão de peças vendidas ao ano, o setor infantil supera o masculino em volume de negócios. Hoje, já passou a febre da jovem mãe que abre uma loja fofa e fecha quando vê que o negócio não é para amadores. Um novo e mais profissional mercado finalmente surgiu. Crianças cada vez mais conscientes e inseridas no mundo da moda estão mudando a maneira como as coisas são planejadas e vendidas. Está longe o tempo em que as marcas seguiam o gosto dos pais. E não só as pequenas. Gigantes, como a paulistana Tyrol, faziam pesquisas entre os familiares para saber o que desenhar para os pequenos vestirem. Atualmente, as fontes são outras: os estilistas consultam Facebook, Instagram e personagens do momento no Youtube e na tevê para entender os interesses da galerinha. O novo mercado infantil é baseado no fato de que as crianças são as verdadeiras consumidoras, ainda que não paguem pelas compras. Grande parte das vendas se concentra nas classes B e C. Os pais deixam de trocar o carro para reformar o quarto e abrem mão de fazer uma viagem a dois para levar a família toda para o exterior. Já as marcas melhoram a qualidade de seus produtos para atender esse público superexigente. De olho neste novo mercado, grifes que até então atendiam o público adulto, começaram a enxergar que as crianças estão cada vez mais presentes na compra da casa, de um modo geral, e na moda, em particular. Entre tantos cases de sucesso podemos citar a experiência bem-sucedida de Cris Barros Mini, que faz roupas quase iguais para mães e filhos. O que significa que o setor infantil se expandiu tanto que até marcas

Dois cases de sucesso no País: no alto, a americana Gap; acima, a brasileiríssima Tyrol

de luxo nacionais investem nele. “O perfil e o preço são de roupas descoladas e não para brincar no dia a dia. O valor médio fica entre R$250 e R$450 e, como na marca adulta, os tecidos são sofisticados”, explica Daniela Verdi Barros, irmã e sócia da estilista. A empresária completa: “Nos dias de lançamento, o faturamento é altíssimo, vendemos quase 70% das peças”. O grande filão deste negócio é a fidelização, as crianças crescem e continuam clientes. Este processo faz com que as grifes abram os olhos para o mercado teen, falando diretamente com a meninada. Sem perder tempo, a Tyrol criou uma marca exclusiva para meninas de oito a 12, a Tween.


Negócios F i t M a g n ú m ero 2 9

Grifes como Mixed Kids, Gap Kids, Zara Kids, Animê também se expandem por meio do mercado infantil. Algumas marcas, como a centenária Hering, têm atualmente porcentagem de crescimento maior na linha kids. Tanto que o aporte para o infantil só cresce. A Hering Kids, por exemplo, já tem mais de 60 lojas e a americana Calvin Klein cresceu no Brasil, somente no último ano, a taxas de 22% (ver reportagem na página 28). E outras tantas virão.

No alto, as criações de luxo de Cris Barros; à direita, as lúdicas peças da Animê; e, à esquerda, o universo infantil da Mixed

Oito fatos do mercado infantil*

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O Brasil conta com 7,3 mil unidades produtivas com porte industrial.

A produção nacional de roupas infantis alcançou 1,5 bilhão de peças em 2013.

A produção brasileira recuou menos de 1% em volume.

Pelo lado do consumo interno, o mercado chegou a 1,6 bilhão de peças em 2013.

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Deste total, 6% é suprido por artigos importados.

O principal canal de distribuição é o de grandes lojas especializadas em moda.

A principal região de consumo é o Sudeste, liderado pelo Estado de São Paulo. Mas a descentralização é uma tendência forte.

O grupo consumidor que mais gasta com o produto é a classe média (poder de compra B2/C). Mesmo eles querem roupas cada vez mais sofisticadas e com informação de moda. *Dados da Abit


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Perfil F i t M a g n ú m ero 2 9

A CALVIN KLEIN PODERIA SER APENAS MAIS UMA ETIQUETA AMERICANA FINCADA NO BRASIL. MAS, PRODUZINDO SUAS PEÇAS IN LOCO, VÊ SUAS LINHAS INFANTIS CRESCEREM 22%, COMO ANTECIPA PARA A GENTE O DIRETOR FÁBIO VASCONCELLOS A APENAS QUATRO ANOS DE SUA CHEGADA AO PAÍS, AS LINHAS INFANTIS DA CALVIN KLEIN JÁ REPRESENTAM 12% DO NEGÓCIO. ENTENDA AS RAZÕES DESTE SUCESSO COM SOTAQUE BRASILEIRO por Antonio Trigo

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Perfil F i t M a g n ú m ero 2 9

É

fato inconteste. A Calvin Klein é um dos maiores cases de expansão de uma marca internacional no País. Poucos se lembram, mas ela até tentou chegar antes, ainda nos anos 1980, por meio de Alexandre Brett. E foi pelas mãos do mesmo empresário que ocorreu sua reentrada cheia de fôlego neste milênio. De lá para cá a marca já mudou de controle três vezes – é subsidiária do grupo americano Philips Van Heusen (PHV) – e parece percorrer uma efervescente rota de sucesso. Fábio Vasconcellos, 42, diretor da marca no Brasil, que antes havia ficado por 13 anos na Forum, com Tufi Duek, soma um década na empresa, razão pela qual acompanhou de perto todas as etapas que a tornam um nome sólido. “Aprendi com o Tufi o respeito ao capricho e ao marketing, e com o Brett entendi o valor da estratégia”, diz Vasconcellos, hoje um dos mais celebrados diretores de marca brasileiro, em entrevista exclusiva à Fit Mag. A partir de sua experiência e de muito trabalho em equipe, Vasconcellos se recorda que o maior desafio da grife, sinônimo de underwear e jeans, foi definir, afinal, uma estratégia. Outro acerto foi admitir que a coleção americana pouco tinha a ver com o gosto do brasileiro. “A nossa proposta foi então adaptar e produzir localmente a coleção, com design nacional e a identidade irreverente da Calvin, que, naquele momento, estava envelhecendo e precisava de um produto mais jovem”, conta o executivo.

Hoje com um time de cerca de 30 pessoas dedicadas exclusivamente à criação das peças e com supervisão constante da sede americana, a Calvin Klein é um sucesso de preço competitivo e à venda em mais de dois mil pontos, incluindo multimarcas, franquias e lojas próprias. “É claro que parte dos itens tem matéria-prima importada, pois ainda falta maquinário e o Brasil precisa investir pesado em produção e em fornecedores. Isto sem citarmos a falta de capacidade produtiva imposta pelo custo trabalhista”, conta Vasconcellos, que, mesmo assim, pode se orgulhar de constatar que 90% do vestuário da Calvin Klein é confeccionado com tecido brasileiro.


Perfil F i t M a g n Ăş m ero 2 9

A mais recente campanha da Calvin Klein Infantil: feita por brasileiros para os quatro cantos do globo

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Perfil F i t M a g n ú m ero 2 9

“O BRASILEIRO AINDA É APEGADO EM TER A IDEIA E EXECUTÁ-LA. É PRECISO PENSAR MAIS E BUSCAR EQUAÇÕES PRÁTICAS. ANOS E ANOS PLANEJANDO NÃO É PERDA DE TEMPO, É GARANTIA DE RETORNO”

Depois do início com jeanswear, roupa íntima, acessórios e calçados, a última tacada do grupo foi trazer para cá suas linhas infantis, em movimento absolutamente planejado e realizado em etapas. Em 2010, as lojas começaram a receber a linha kids, que compreende a faixa etária de seis a 16 anos, depois, em 2012, aterrissou por aqui a toddler, para meninos e meninas de dois a quatro de idade, e, finalmente, no último ano, o movimento ficou completo com a baby, para crianças de zero a 24 meses. E os números são impressionantes para tão pouco tempo: as linhas infantis já representam 12% da operação brasileira – com crescimento de 22% apenas no último ano. “O cenário é de incertezas, mas não dá para ficar esperando a melhora da situação política. O maior desafio é resgatar a confiança do consumidor brasileiro. É um ano de criatividade”, assinala Vasconcellos. Por criatividade intenda-se investimento estratégico. A Calvin Klein só agora começa a ensaiar os planos de sua primeira flagship kids. No

momento, essas criações são encontradas em acachapantes 700 multimarcas, no ambiente virtual e nas poucas âncoras que têm espaço para abrigar o setor infantil: em São Paulo, no Shopping Morumbi, na capital fluminense, no Rio Sul, e, no Nordeste, duas cidades contam com a presença de corners para crianças: Recife e Fortaleza. “O termômetro das vendas para os pequenos ainda é feito em multimarcas especializadas e por meio das feiras. Observá-las é essencial”, pontua Vasconcellos. Pioneira entre as marcas internacionais que investiram nos consumidores mirins, a Calvin Klein ganhou sotaque verde-e-amarelo, mas jamais perdeu sua identidade, tanto que conserva em suas vendas a mesma proporção global para o infantil – cerca de 58% delas são para meninos, o restante se concentra no feminino. É um equilíbrio surpreendente para uma empresa de apelo mais masculino e um dado ainda mais interessante quando comparado às vendas do adulto, no qual o feminino representa 38% das vendas.


Perfil F i t M a g n ú m ero 2 9

MATÉRIA-PRIMA Abaixo, algumas das criações da Calvin Klein Kids. Com tecido nacional e para todos os gostos

“É claro que houve erros em nossa trajetória. O brasileiro ainda é apegado em ter a ideia e executá-la. É preciso pensar mais e buscar equações práticas. Anos e anos planejando não é perda de tempo, é garantia de retorno”, comenta o diretor, que vê com bons olhos os varejistas do infantil que aprenderam no grito a ter que atuar. E por que não colocar as peças para crianças, adolescentes e bebês em todas as lojas da Calvin Klein? Fábio explica que poderia confundir o adulto. E não é balela. É pesquisa. Avaliar o campo, a cidade e a loja exige critério – e contratar consultorias ou se debruçar em planilhas são atitudes facilmente ignoradas, porém de extrema valia. “O Brasil está descobrindo o kids, mas precisa encontrar o custo-benefício da produção com investimento”, resume Vasconcellos, que fornece vasto material de apoio para todos os seus pontos de venda – incluindo-se aí o fato de ser o Brasil o país que concebe as campanhas mundiais do infantil da marca. Verdadeiro orgulho nacional, desta vez somos nós que mostramos como é que se faz em shootings realizados ao redor do globo. Os americanos nem desconfiam.

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MISS CAKE


Entrevista F i t M a g n ú m ero 2 9

O RETORNO DA TNG À SEARA INFANTIL É UMA DAS RECENTES APOSTAS DO EMPRESÁRIO TITO BESSA JR. AQUI, ELE EXPLICA POR QUE FOI NECESSÁRIO OLHAR O PASSADO PARA ALCANÇAR O SUCESSO APÓS UMA DÉCADA, A TNG VOLTA A INVESTIR EM ROUPAS PARA CRIANÇAS. SEU FUNDADOR, TITO BESSA JR, REVELA PARA A FIT MAG OS SEGREDOS DESTA NOVA FASE E DÁ LIÇÕES IMPRESCINDÍVEIS DE VAREJO por Antonio Trigo

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Entrevista F i t M a g n ú m ero 2 9

E

m meados dos anos 1980, Tito Bessa Jr era um jovem de 26 anos que acabara de abandonar uma faculdade de economia e já ostentava em seu currículo metade de sua vida trabalhando na assistência de produtos eletrodomésticos que pertencia ao seu pai. Quase sem querer, numa briga quanto à localização de um dos pontos de venda da família num shopping paulistano, acabou comprando uma loja na qual cravou uma pequena vitrine de acessórios, a Via Lorenzo. O negócio surpreendeu tanto que a confecção e a paixão por resultados nunca mais saíram de seu sangue. Em 1984, ele fundou a TNG – hoje um império com 190 lojas próprias e comercializada em 800 multimarcas. Original e afiado – e de sinceridade rara, quando comparado a seus pares nacionais –, foram inúmeras suas glórias à frente da TNG. E também incontáveis as tentativas de fazer algo novo, por mais criticado que ele tenha sido em diversos momentos de sua trajetória. Depois de conquistar os homens e consolidar sua linha feminina – que hoje representa cerca de 30% das vendas –, ele volta a atacar na seara infantil. Um retorno, uma vez que o empresário já havia tentado consolidar a grife entre seus consumidores mirins uma década atrás. “Tínhamos problemas operacionais e a necessidade de resolver primeiro nossa marca adulta. Este é o momento certo para investir com mais segurança nas crianças”, confessa ele, que, desta vez, traçou operações paralelas e vê com

firmeza a expectativa de aumentar para 15% suas vendas totais de infanto-juvenil – atualmente representa cerca de metade disto. Os números não o deixam mentir: a TNG Jr pratica preços competitivos e já está em 25 lojas da rede e em cerca de uma centena de multimarcas. É um dos xodós do executivo, ao lado da tão sonhada expansão de seu conglomerado, que, em janeiro de 2016, fincará uma flagship com todas as linhas da TNG, em Orlando, nos Estados Unidos. Mais democrática, impossível, como atesta Tito, um empreendedor polêmico, que falou – sem papas na língua – com exclusividade a Fit Mag.


Entrevista F i t M a g n ú m ero 2 9

Fit Mag – A estreia da TNG Jr foi em 2002 e só durou dois anos. O que deu errado e o que lhe motivou a relançá-la no último ano? Tito Bessa Jr – Tudo no passado não foi coeso. Hoje entendo que precisávamos fazer uma operação separada e firmar o mix de desenvolvimento de produto. No passado eu coloquei a TNG Jr em todas as nossas unidades. E ainda montei cinco lojas em dois anos. Não compensa pela metragem, pelo custo. Agora eu reconheço que o mundo das multimarcas infantis é completamente diferente. FM – Diferente em que sentido? TB – É preciso respeitar os melhores nas vendas de infantil. Vendemos em mais de uma centena de multimarcas. Elas são a chave do sucesso. No quesito loja própria, só coloquei a linha júnior nas que temos espaço para mostrá-la sem parecer um cantinho jogado. Neste momento, apenas 25 de nossas 190 unidades a recebem – aquelas com mais de 300 metros quadrados. Nosso plano é aumentar o tamanho das unidades existentes, fazendo-as crescer organicamente para poder abrigar todas as nossas criações. FM – Então o sucesso de agora só é possível em consequência dos erros do passado? TB – Os erros devem ser observados e são essenciais para qualquer empresário. Temos que corrigir os rumos o tempo inteiro. Mesmo no ano passado, observei erros: tentei implantar a linha infanto-juvenil, colocando-a nas mesmas multimarcas que revendiam nossa roupa adulta. O infantil exige dedicação exclusiva e lojas que só vendam esse tipo de produto. Por isso, repito, o foco é total nas multimarcas. E, no início, os valores estavam acima do adulto. Foi preciso reconhecer isto para ter um preço agressivo.

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FM – Como você percebeu que o preço não era o praticado no mercado? TB – Como sabemos, o preço da produção infantil é praticamente o mesmo do adulto. E se há diferença não é possível que o consumidor a perceba. Eu observei os preços e aprendo muito nas feiras. Pois, além de visibilidade, elas te dão a possibilidade de comparação. O parâmetro que tive na Feira Fit 0/16, por exemplo, foi essencial para que eu pudesse competir. É uma chance única ter uma feira com um objetivo claro: a venda. FM – As causas de seu sucesso no infantil são somente racionais? TB – De modo algum, tenho quatro filhos (um casal de gêmeos de 12 anos, uma jovem de 19 e um rapaz de 21) e eles me fizeram refletir sobre os rumos da marca. Assim como na linha adulta, pretendo fazer desfiles com estrelas. Uma de minhas filhas, a Pietra, inclusive, aparece na campanha da TNG Jr. É uma celebridade! (risos) FM – Qual é a identidade da TNG Jr? TB – É preciso entender que, em uma marca que tem também o adulto, pequenas mudanças devem ser feitas, mas o DNA deve permanecer. Tento pensar diferente na hora de aplicar as cores. O infantil as permite. À parte isso, temos identidade muito forte no jeans e não conheço no mundo uma operação como a nossa, que explora tanto a alfaiataria, principalmente a masculina.


Entrevista F i t M a g n Ăş m ero 2 9

A nova campanha da TNG traz Pietra, filha de Tito Bessa Jr, como uma de suas estrelas


Entrevista F i t M a g n ú m ero 2 9

“O PARÂMETRO QUE TIVE NA FEIRA FIT 0/16 FOI ESSENCIAL PARA QUE EU PUDESSE COMPETIR E SABER SE ESTOU PRATICANDO O PREÇO CORRETO. É UMA CHANCE ÚNICA TER UMA FEIRA COM UM OBJETIVO CLARO: A VENDA”

FM – Há alfaiataria para pequenos rapazes? TB – Claro. E é um sucesso. O cliente da TNG vai para comprar um jeans e acaba levando um costume. Essa tradição tem se repetido na linha infantil e os costumes masculinos para garotos devem em breve chegar a 70 lojas. São de festa e garanto que mais baratos do que alugar um em casas especializadas. FM – Você faz muita questão de falar dos preços. Por quê? TB – É uma lição que aprendi no adulto. Nosso sucesso reside na diversificação. Costumo dizer que trabalho com todas as classes, da A2 até a C1, C2. Temos preços intermediários e podemos agradar quem procura diferencial e qualidade. Isto não muda no infantil. FM – Como garantir o desempenho com consumidores de poderes aquisitivos diferentes? TB – Falta de foco pode comprometer uma empresa. E muitas marcas não têm um alvo. Multimarcas não focam também. Oferecem um festival de etiquetas. Escolher em quem apostar melhora o desempenho de qualquer negócio. E de qualquer empresário. Eu seleciono multimarcas que acreditam em poucos. E elas apostam em seleção e podem se destacar perante o consumidor.

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FM – E como vocês miram o consumidor e ajudam as multimarcas? TB – É um trabalho que não cansamos de fazer. Para ter foco e ocupar um espaço maior, fazemos a lição de casa. É um laboratório eterno mapear os erros e identificá-los logo no princípio. Investimos e damos apoio com visual merchandising, algo essencial para um varejista. Quem quer entrar num lugar feio? Com criança, então, é necessário passar magia, encantamento. E sei que preciso ouvir o lojista e o consumidor. FM – Quando você ouve o lojista? TB – É preciso colocar as orelhas à disposição da força de venda. E não é toda semana. É diariamente. Conheço muito ex-lojista que diz que não gosta de shopping. Tá explicado porque é ex. Se não gosta de multidão, de ver o seu negócio, não há futuro. Comercializar roupas infantis ou adultas exige um mínimo de paixão. E isto, que bom, acredito que tenho de sobra. E devo dizer outro item básico: eu posso direcionar, mas o trabalho em equipe é essencial. Aprendi moda sem nunca ter feito escola de moda. Portanto, já falhei, mas escutei e soube corrigir rotas. Foi assim no passado e assim será meu futuro.


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Case F i t M a g n ú m ero 2 9

Richards

PARA PEQUENOS ESSENCIALMENTE MASCULINA, A MARCA CARIOCA DEU UM SALTO NOS ÚLTIMOS TEMPOS. ALÉM DE CONSOLIDAR SUA LINHA FEMININA, TEM FEITO SUCESSO COM A RICHARDS KIDS, PARA MENINOS E MENINAS DE DOIS A 16 ANOS

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ormado em design, o diretor de criação Marcello Gomes está há 20 anos na Richards – empresa fundada em 1974, de origem carioca, mas que conseguiu algo raro: cravou espaços Brasil afora com identidade marcante e visual merchandising caprichado, além de ter superado incontáveis desafios. Em 2003, quase três décadas após sua fundação, a Richards entrou com tudo na moda feminina, em 2009, lançou a sofisticada – e elogiada – Selaria e, em 2012, voltou a fabricar vestuário infantil, após uma tímida tentativa anterior. “De pouco em pouco estamos estendendo a participação do kids em nossas lojas e respeitando a filosofia de não sermos presos à moda e vendermos lifestyle”, explica Marcello, que pretende fazer, nos próximos anos, a linha que oferece produtos para bebês de dois anos até adolescentes de 16 anos se consolidar e, quem sabe, ocupar 20% das vendas – atualmente representa 3%.

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Acima, produtos da mais recente coleção da Richards; abaixo, o diretor criativo Marcello Gomes



Case F i t M a g n ú m ero 2 9

Pode parecer uma cifra pequena, mas é um número esperado e comemorado: atualmente são cerca de 300 peças por coleção, vendidas em quase todas as 50 vitrines próprias e em 40 franquiadas, e também presente em cerca de duas centenas de multimarcas. Assim como a marca-mãe, a proporção de caixa segue os planos cautelosos, ambiciosos e bem cuidados: 65% da vendas são feitas para os meninos e 35% para as garotas. E qual a identidade dessas linhas? “O kids é lúdico, charmoso, mas o menino veste quase o mesmo que seus pais, excetuando-se t-shirts exclusivas. Já as meninas ostentam materiais mais fofos, como o tule. Uma verdadeira bonequinha”, resume Marcello, que se recorda de ter relutado em criar para adolescentes. “Acreditamos que a partir dos 12 anos é o garoto que escolhe, e não mais os pais. Mas entendi rapidamente que era um pedido de mercado que não podíamos ignorar”, diz o diretor, que concorda haver um movimento sem precedentes no setor – e quem perder o bonde do infanto-juvenil pode deixar de cativar novos consumidores, além da chance de rejuvenescer a marca.

Nesta página, algumas das lúdicas imagens que integram as peças publicitárias da marca carioca

Não que a Richards esteja tentando atirar para todos os lados – ela tampouco faz campanhas para todas as faixas etárias a que atende. “Gostamos de pensar em histórias e nossas manifestações focam os pequenos de quatro a oito anos”, conta Marcello. No caso do infantil, não há nada em que ele acredite mais do que as multimarcas exclusivas porque “elas têm o poder de cristalizar uma ideia”. Na outra ponta, ele relata que atende às franquias como uma de suas unidades próprias. “Erra a empresa que as diferencia. Se a franquia quer Richards Kids, vai tê-la com todo o apoio possível. Branding não tem idade, nem seleção de carinho”, aconselha Gomes, que comemora um círculo virtuoso sem fim: a empresa deve crescer neste ano em torno de 10% e acaba de abrir seis lojas – todas elas com o devido espaço para o infantil. “Já presenciei o dólar a quatro reais e não me assusto com a situação atual. Este é o momento em que temos que acreditar e passar pujança. Não é hora de arrefecer investimentos. Muito pelo contrário”, indica Gomes, cheio de certezas. Em 2015, com a consolidação da Richards Kids, o império para o qual trabalha deve faturar impressionantes R$400 milhões. Uma previsão na contramão da tão falada crise. Aliás, que crise?

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Meu mundo baby F i t M a g n ú m ero 2 9

Criação

AFETIVA FERNANDA BIGNOTTO, DO ESTILO DA VERIVÊ, CONTA PARA FIT MAG COMO A MARCA ALCANÇA O CONFORTO TÃO ESSENCIAL AOS BEBÊS

S

omos especializados em saídas de maternidade. E por isso idealizamos a emoção. É algo especial porque essa é a roupa usada para apresentar o bebê à família e, em geral, é guardada com carinho. Ainda desenvolvemos os pezinhos dos macacões totalmente sem costuras. Pode parecer algo simples, mas, para um bebê que fica o tempo todo deitado, uma costura a menos no pé significa menor irritação. Não sacrificamos o design, apenas estudamos uma maneira de adaptá-lo com conforto. É notório que o custo Brasil, especialmente o tributário, é elevado e burocrático. Temos conseguido superar com o aumento de eficiência, decorrente de investimentos em equipamentos de alta tecnologia, que nos permitem ganhos de produtividade. Também, ao optarmos por não terceirizar nenhuma etapa de nossa produção, obtemos um controle de qualidade maior e custos menores. Temos um grupo de representantes qualificado e treinado para atender o lojista e dar todo o suporte

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necessário. A Feira FIT 0/16 também é um grande facilitador desse processo, pois podemos estar em contato direto com os lojistas, principalmente aqueles que não possuem representantes em sua região. Este feedback é fantástico e nos ajudou a focar no conhecimento. Internet é fundamental, pois gera o desejo da compra. No caso de roupas para bebês, o envolvimento é de toda a família. Elas também nos colocam mais perto das mães, que nos mandam, orgulhosas, fotos dos seus filhos. Isso acaba aproximando a marca dos clientes e gerando um relacionamento afetivo, não apenas comercial. O visual merchandising pode determinar uma venda. Se um produto está mal exposto, o cliente pode não comprar. Como vendemos para multimarcas, e cada loja tem o seu layout, procuramos facilitar a entrega do produto para que chegue à loja pronto para a venda, graças a nossa equipe responsável pelo despacho de mercadorias, que arruma todos os itens do conjunto de forma que fiquem visíveis na embalagem e não amassem.


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Hits baby F i t M a g n ú m ero 2 9

Conforto

À PROVA

ESTE TRIO DE PRODUTOS REVELADO PELA PRIMEIRA VEZ NA FEIRA FIT 0/16 É IDEAL PARA BEBÊS FELIZES – DO PESCOÇO AOS PÉS

PISANDO NAS NUVENS Nos corredores da 44ª edição da Feira Fit 0/16 as pantufas da Zip foram um sucesso. Divertidas, estampadas e atoalhadas em diversas cores e alusões a bichos fofos, garantem uma pegada suave para meninos e meninas recém-nascidos. zip.ind.br

FUTURO PROMISSOR O macacão da foto acima é apenas um dos divertidos exemplares propostos pela Olha Quem Está Falando. Com manga estampada e a irresistível frase “Vai me imaginando daqui a 18 anos”, é dessas peças que as mães corujas guardarão pela eternidade. olhaquemestafalando.com.br

ACESSÓRIO FUNCIONAL Com design dinamarquês, a bandana da Gumii é multiúso: seu forro permite que o produto funcione como babador, já suas várias estampas e cores o tornam um acessório perfeito para bebês de personalidade. hightrade.com.br

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www.ellus.com


Meu mundo kids F i t M a g n ú m ero 2 9

Mania

NACIONAL O PRESIDENTE CHEBLI NABHAN FILHO REVELA ALGUNS DOS SEGREDOS DA PURAMANIA, MARCA QUE CRESCEU TRABALHANDO ASSIDUAMENTE SEUS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

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Puramania conquistou o coração e o guarda-roupa das meninas e meninos porque tem a proposta de aliar conforto e qualidade às últimas tendências de moda, sempre adaptadas aos universos infantil e teen. O desafio, e também um dos segredos, é estarmos sempre atualizados, trazendo todas as novidades que envolvem nosso público, especialmente em tempos de internet, quando essas mudanças acontecem muito rápido. As redes sociais são fundamentais para divulgar o trabalho realizado pela marca e nos aproximar do público alvo. Além do conteúdo institucional e voltado às coleções, também realizamos um trabalho bacana de inserção nas mídias, sempre presentes em produções televisivas e outros veículos que fazem parte do imaginário e o cotidiano dos que estão em fase de crescimento. Sem dúvidas, as crianças, cada vez mais cedo, possuem poder de decisão nas compras. Mas, ainda assim, dependem da aprovação dos pais, que desempenham o papel de decidir. Nossos produtos possuem o pensamento fixo em ambos, já que as peças são fabricadas para agregar linguagem de

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moda ao universo infantil/teen e suprir as necessidades ergonômicas necessárias, criando envolvimento emocional com as crianças e conquistando a confiança dos pais. Contamos com um time afinado de representantes, que passa por treinamentos regulares e tem assistência de todos os departamentos da empresa. São desenvolvidos materiais de apoio para eles e para os lojistas, sempre com a intenção de oferecer um serviço completo e aumentar o destaque da marca nos pontos de venda. Os universos infantil e adolescente são tão vastos quanto o adulto. E, na moda, percebemos que é muito gratificante atender nossos clientes de forma mais ampla e criar um elo que os acompanha em todas as fases da vida. As roupas femininas são bem diferentes das masculinas, já que os materiais são mais delicados e a confecção das peças é mais detalhada. Como o dólar e os juros estão altos, há uma queda no consumo de bens duráveis de alto valor agregado e aumenta o consumo interno, especialmente de itens como os de confecção. Crises são recorrentes, mas as perspectivas são boas para o setor.


Maiores informaçþes entre em contato e-mail: showroom.vrkids@inbrands.com.br showroom: (11) 2189-9000 Ramal: 9369

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Hits kids F i t M a g n ú m ero 2 9

JEANS NO ENTRA E SAI DAS ESTAÇÕES, O DENIM NUNCA CAI DE MODA. ELEGEMOS ALGUNS DOS PRODUTOS PARA CRIANÇAS QUE CONFIRMAM A ATEMPORALIDADE DO TECIDO

NA CINTURA

POP ETERNO Se a camisa jeans é item obrigatório para os pais, nada mais natural que seus filhos a usem em versão moderninha. Na Milon, ela ganha forro quadriculado – um detalhe que proporciona charme à produção dos garotos em fase de crescimento. milon.com.br

O jeans Hering Kids combina a resistência do tecido com detalhes pra lá de femininos, como a barra dobrada, no melhor estilo pescador, e um cinto floral incluído para deixar as garotas ainda mais delicadas. heringkids.com.br

PEGADINHA Os sleepers de Sergio K Bambini – a linha para crianças do estilista onipresente para jovens e pais antenados – são clássicos e confeccionados com resistente lona. Certeiros para meninos que não têm tempo a perder dando um passo para trás. sergiok.com.br

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Meu mundo teen F i t M a g n ú m ero 2 9

De olho NELAS

LILIANE DE BORBA RELATA COM EXCLUSIVIDADE À FIT MAG OS SEGREDOS POR TRÁS DO SUCESSO DE SUA MARCAS FRUTO DA IMAGINAÇÃO

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uscamos sempre trabalhar com muita criatividade. Nossa principal diretriz sempre foi a moda como uma forma de arte, assim como a arte pode virar moda. Em cada estação tendências vêm e vão, mas a arte é atemporal. Nosso desafio, portanto, tem sido aliar arte e moda, transformando isso em um produto de desejo. Nós pensamos sempre nas meninas que vestirão nossa marca. Acreditamos que a roupa transmite muito da personalidade de uma pessoa e, em nossas coleções, sempre buscamos passar muita energia positiva e alegria, características que queremos ver diariamente em nossas clientes. A Fruto entende que o contato e a troca de ideias entre os departamentos comercial e de marketing com os lojistas é de extrema importância para se alinharem as melhores formas de atrair a atenção para as nossas coleções. Entender a necessidade do cliente e buscar soluções inteligentes para cada caso é um desafio diário. Seja por meio do trabalho de personalização sob medida, com adesivos, banners e expositores, por exemplo,

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e também apoiando eventos e desfiles. Além disto, procuramos efetivar parcerias com atrizes, blogueiras de moda e itgirls das cidades das multimarcas, possibilitando uma troca constante de experiências e a conquista de mídia interativa e espontânea, tanto para as marcas do grupo, quanto para os lojistas. Vivemos a geração hashtag. E nada mais justo que acompanhar esta tendência e estar presente de todas as formas, em todos os meios possíveis, aproximando esta geração do que envolve o nosso cotidiano. As redes sociais permitem uma troca de experiência simultânea com o nosso público-alvo, os feedbacks acontecem de forma espontânea e tudo isso é levado em consideração para aprimorar tanto o conteúdo utilizado nessas mídias, quanto o desenvolvimento das próximas coleções. Acreditamos que o visual merchandising seja o fator decisivo para a compra. É no ponto de venda que tudo acontece, desde a exposição das peças para despertar o interesse até a compra finalizada.



Hits teen F i t M a g n ú m ero 2 9

Grandes

DETALHES

ADOLESCENTES GOSTAM DE INFORMAÇÃO DE MODA. NOSSAS ESCOLHAS COMBINAM TECNOLOGIA, IRREVERÊNCIA E ATÉ INSPIRAÇÃO EM FILME CULT

PAPO CABEÇA

SILHUETA LÚDICA

As tiaras da Riachuelo são os acessórios que as meninas pediam para complementar produções nem tão marcantes. Com paetês e aplicações diversas, foram feitas para o uso sem moderação. riachuelo.com.br

A graça do vestido da Vide Bula Junior está na estamparia requintada, que parece deixar o look ainda mais fluido. Confortável e com decotes na medida para meninas quase adultas, é uma aula de bom gosto. videbula.com.br

ESTRELA CADENTE O tênis Top Ten Hi Yoda Junior, como o nome aponta, é inspirado na clássica série Star Wars.. Além das três listras esportivas mais famosas de que se tem notícia, sua sola de borracha brilha no escuro. adidas.com.br

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emos uma volta no mundo e apresentamos os principais caminhos para trilhar neste verão 2015/16. As estampas navy, assim como as tropicais, não podem ficar de fora. As texturas étnicas também ganham lugar de destaque. Outra tendência que vem com força é o universo pop que chega devidamente registrado em prints divertidos. Frutas, doces e desenhos de animais são essenciais. Tudo muito colorido, como pede a estação. Por Matilda Azevedo

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Volta ao mundo 3

FOTOS: EDUARDO SVEZIA EDIÇÃO: KIKA PAGNOT PRODUÇÃO EXECUTIVA: ISABELA CARVALHO SET DESIGNER: CAMILE COMANDINI PRODUÇÃO DE MODA: ANDRÉIA OMENA


1 - Camiseta Acervo 2 - Macacão Green 3 - Alpargatas Menina Rio 4 - Vestido Camu Camu 5 - Alpargatas Acervo 6 - Chapéu Acervo 7 - Vestido Camu Camu 8 - Camiseta Richards Kids 9 - Calça Levi’s Kids 10 - Tênis Adidas

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1 - Tênis Tiger 2 - Vestido PUC 3 - Calça Levi’s Kids

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1 - ChapĂŠu Kingster 2 - Regata Pakita 3 - Camiseta Charpey 4 - Bermuda Green 5 - SandĂĄlias Kea

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1 - Chapéu Casa do Chapéu 2 - Blusa Fio Encantado 3 - Shorts Mandi 4 - Lenço Acervo 5 - Regata Arcobaleno 6 - Calça Mini me 7 - Camiseta Richards Kids 8 - Bermuda Crawling 9 - Chinelo VRKids

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1 - Blusa e colete Arcobaleno 2 - Saia Richards Kids


1 - Camisa Green 2 - Macaquinho Camu Camu

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1 - Camiseta Green 2 - Calça Richards Kids 3 - Tênis Kea 4 - Blusa Foi Encantado 5 - Shorts A Fábula

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1 - Camiseta A Fábula 2 - Bermuda Mini me 3 - Tênis A Fábula 4 - Macaquinho Green

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1 - Camiseta Fitá 2 - Minissaia Bobstore Kids 3 - Alpargatas Molekinha 4 - Tênis Kea 5 - Lenço Acervo 6 - Camisa Levi’s Kids 7 - Camiseta Ellus Kids 8 - Bermuda Green 9 - Camiseta Richards Kids 10 - Macacão Animê

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1 - Bolsa Fitá 2 - Camiseta BB Básico 3 - Tênis Tiger

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Assistente de Foto: Gustavo Menasce e Samuel Teles. Agradecimentos: Marcenaria Evandro Lima, Acervo Marina Prado

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3 1 - Top Daya 2 - Calรงa Mini Me 3 - Alpargatas Larinha para Passarela 4 - Camiseta Fitรก 5 - Saia Daya

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A PALETA PARA OS DIAS QUENTES DE VERÃO FOI BUSCAR INSPIRAÇÃO NA POP ART. EMBORA O BRANCO TENHA SEMPRE SEU LUGAR GARANTIDO NO PODIUM, OS TONS VIBRANTES ESTÃO EM ALTA.

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FOTOS: EDUARDO SVEZIA EDIÇÃO: KIKA PAGNOT PRODUÇÃO EXECUTIVA: ISABELA CARVALHO PRODUÇÃO DE MODA: ANDRÉIA OMENA


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Azul: 1 - Calça Crawling 2 - Camisa Levi’s Kids 3 - Blusa Richards Kids 4 - Camiseta Mandi 5 - Tênis Richards Kids 6 - Bermuda Calvin Klein Kids 7 - Gravata-borboleta Kingster 78



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Verde: 1 - Bermuda Mandi 2 - Camiseta Fitá 3 - Tênis Kea 4 - Sunga VR kids 5 - Blusa Daya 6 - Vestido Green 80



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Rosa: 1 - Camisa polo VR Kids 2 - Bermuda Mandi 3 - Vestido Green 4 - Minissaia Crawling 5 - テ田ulos Pampili 6 - Alpargatas Molekinha 7 - Babador Chicletaria 82


igualar parte de baixo e mangas


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Laranja: 1 - Camisa Ok & Friends 2 - Shorts Bobstore Kids 3 - Camiseta Ellus Kids 4 - Casaco Noruega Baby 5 - Sapatilhas Xick Baby por Arcobaleno 6 - Camiseta Charpey 84


gabrielaaquarela.com.br

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Amarelo: 1 - Vestido Nini & Bambini 2 - Camiseta FitĂĄ 3 - Shorts Mandi 4 - Cinto Amora 5 - Bermuda Ok & Friends 6 - Sapatos Mini Melissa 7 - Body Oliva 86


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www.meninario.com.br


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Branco: 1 - Blusa Bobstore Kids 2 - Boné Charpey 3 - Camiseta Ellus Kids 4 - Tênis VR Kids 5 - Calcinha Nini & Bambini 6 - Meias Puket 7 - Calça Crawling 88

Assistente de foto: Gustavo Menasce e Samuel Teles

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Matéria-prima F i t M a g n ú m ero 2 9

Natural e NA MODA

O ALGODÃO ORGÂNICO CUSTA, SIM, MAIS CARO, MAS É SUSTENTÁVEL E TEM UM VALOR AGREGADO MAIS ALTO por Priscilla Portugal

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cultura convencional do algodão consome hoje em torno de 25% dos agrotóxicos fabricados no mundo. O dado alarmante vem de Melchior Batista, pesquisador da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –, e a preocupação em evitar pesticidas já chegou ao consumidor. Não existem números concretos sobre o consumo de roupas orgânicas no Brasil, mas o mercado de alimentos orgânicos movimentou cerca de R$2,5 bilhões em 2014. Era natural, então, que essa questão se estendesse a outras áreas, como o vestuário. “Nosso cotidiano está ‘contaminado’ de produtos quí-

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micos. Quanto mais conseguirmos reduzir o uso destes, mais saúde poderemos ter. Ao escolher enxoval orgânico para os bebês, proporcionamos aos pequenos um ambiente mais natural, sem componentes químicos que podem causar alergias”, diz Luísa Berlitz, criadora do site Mamãe Sustentável. Não só alergias. De acordo com o Greenpeace, dependendo da toxidade do tecido, ele pode até afetar os hormônios, o sistema reprodutor e imunológico dos bebês. Sem contar os danos causados ao meio ambiente: intoxicação de agricultores e animais, além de poluírem o ar, o solo, os lençóis freáticos, segundo eles.


pimpolho.com.br

Da casinha dele direto para a sua.

Uma nova turma chegou à Pimpolho para encher o seu bebê de fofura e carinho. Conheça os produtos da linha Peanuts, inspirados no personagem Snoopy. São sapatinhos, body, bonés, meias, meias com sola e puericultura feitos para a primeira infância dos pequenos, que vai de 0 a 3 anos. Escolha Pimpolho e leve mais conforto para seu bebê.

Visite o stand da Pimpolho na Feira Fit (Rua D) e conheça de perto esse mundo de carinho.


Matéria-prima F i t M a g n ú m ero 2 9

Isto porque o processo de produção do algodão orgânico respeita o meio ambiente em todas as etapas, desde a plantação até a fabricação do tecido. Na plantação, não se usam adubos, sementes geneticamente modificadas nem fertilizantes químicos tóxicos – são empregados métodos biológicos para o controle de pragas. Além disso, faz-se uso racional da água. Sem contar que os trabalhadores envolvidos em todo o processo têm seus direitos respeitados, sob o acordo do Comércio Justo. Mas para ser considerado orgânico, não basta que o algodão seja produzido dessa forma. É preciso também que a tecelagem substitua a graxa de parafina usada nos teares pela cera de abelha. E também que dispense qualquer tipo de agente químico no processo – como o tingimento, que pode ser feito naturalmente, com urucum, jenipapo, açafrão-da-terra, murici, açaí, erva-mate, romã ou argilas coloridas, por exemplo. Isto sem contar os algodões que são naturalmente coloridos, produzidos no Brasil, principalmente na Paraíba e em Santa Catarina.

A CULTURA CONVENCIONAL DO ALGODÃO CONSOME HOJE EM TORNO DE 25% DOS AGROTÓXICOS FABRICADOS NO MUNDO. O INVESTIMENTO NESTA MATÉRIA-PRIMA ORGÂNICA É UM CAMINHO DEFINITIVO

Antes de comprar a matéria-prima orgânica, vale se certificar de sua procedência, e o Selo Now, criado pelo Programa Orgânico Coexis, é uma dessas garantias, que ainda assegura que a industrialização da peça foi inspecionada pelo Instituto Biodinâmico. É claro que tudo torna o custo mais alto. Por isso o produto final chega a valer pelo menos 30% a mais que o feito com algodão convencional. De valor agregado alto, as peças atraem cada vez mais mamães e papais e tendem a conquistar fatias progressivamente maiores de mercado. O Greenpeace, por exemplo, fez uma campanha fortíssima, o Compromisso Detox, para convencer marcas como Mango, Zara, Victoria’s Secret, H&M e Valentino a pararem de usar químicos prejudiciais à saúde. Elas se comprometeram a respeitar um descarte zero de produtos nocivos ao ambiente até 2020. Sinal de que as roupas ecofriendly não serão uma moda passageira.

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Branding F i t M a g n ú m ero 2 9

Outros

CAMINHOS A NINTENDO NÃO COMEÇOU FABRICANDO VIDEOGAMES, MAS O TEMPO A FEZ MUDAR OS RUMOS. A NOVA TACADA DE SOBREVIVÊNCIA É ENTRAR NO MERCADO DE CELULARES por Priscilla Portugal

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e existe uma marca que soube corrigir seus rumos ao longo da história, esta é a japonesa Nintendo. “Ah, a Nintendo, de videogames...”, você deve estar pensando. E a gente esclarece: depende de quando você nasceu. Porque a Nintendo, na verdade, surgiu em 1889 como uma fábrica de cartas de um baralho chamado Hanafuda, tradicional no Japão. Quando, em 1950, Hiroshi Yamauchi, bisneto do fundador da empresa, assumiu sua presidência, tratou de globalizar a Nintendo, fazendo uma parceria com a Disney para estampar as cartas com seus personagens. Depois de um período de altos e baixos, na década de 70 a empresa percebeu que jogos eletrônicos, como o Atari, vieram para ficar e entra definitivamente nesse ramo com a fabricação de pequenos aparelhos eletrônicos equipados com uma tela de cristal líquido, chamados de Game & Watch. Era o começo da era digital da empresa. Ela se reforçaria nos anos 1980 com a fabricação de fliperamas e a criação do game Donkey Kong e, depois, de um console, o

NES, lançado em 1983. Seis anos depois, veio o portátil Game Boy, mas também sofreu um grande golpe: o lançamento do Mega Drive, seu principal concorrente, pela Sega. A situação piorou em 1995, quando a Sony lançou o PlayStation, que usava CDs, ao contrário da maioria das marcas, que ainda apostavam em cartuchos. Os anos 2000 também começaram mal: o Nintendo Game Cube sofreu a dura concorrência do PlayStation 2 e do Xbox. E eis que, em 2005, a companhia anunciou a sua entrada na nova geração, lançando o console Wii. Em 2011, a nova versão, o Wii U, traz controles com telas de 6.2 polegadas, com touchscreen, giroscópio e acelerômetro. Agora, conversas de bastidores revelam que a marca quer lançar um aparelho focado em qualidade de vida e saúde – além de investir no fantástico mundo de celulares. A Nintendo quase parou no tempo. Quase, pois, quando o assunto é teconologia, tudo pode mudar. E a Nintendo só sobrevive porque escuta críticas que a impediram de se tornar um dinossauro.

O Wii U é o mais recente console da marca. O desafio é reconquistar o público

Algumas das cartas de baralho que deram origem à Nintendo

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Crawling

Photo Gilberto Haider

PremiumJeans

Rua Dr. Ricardo Gonรงalves, 65 Brรกs - Sรฃo Paulo/SP - Tel.: (11) 2694.9944

www.crawling.com.br


Mundo afora F i t M a g n ú m ero 2 9

Ambiente ATUAL

A LOJA PARISIENSE CENTRE COMMERCIAL KIDS TEM UMA ESCULTURA DE MADEIRA RECICLADA ENORME. MAS ESTA É SÓ A ENTRADA DE SEU DIVERTIDO UNIVERSO

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por Priscilla Portugal

á da rua se avista um elefante enorme feito de matéria-prima reciclada no centro da loja de 90 metros quadrados. Trata-se do Centre Commercial Kids, que fica ao Norte do Marais, uma região jovem e descolada de Paris. Na porta ao lado fica a loja-mãe, a Centre Commercial para adultos, foi inaugurada em 2011 e já se tornou um dos destinos de compra favoritos dos estilosos parisienses. Na butique Kids – que foi aberta em dezembro de 2013 – são comercializadas roupas de marcas como Oeuf, Bobo Choses, Clotaire, Saint James, Kidscase e Dis une Couleur. Mas também acessórios e brinquedos que combinam artesanato local e materiais sustentáveis, além de móveis e objetos retrô de decoração. O foco, é claro, são crianças, mais especificamente de 0 a 14 anos. No décor, a ideia foi dar a graça de uma obra propositadamente inacabada: as pare-

No alto, o elefante de madeira reciclada que dá o tom da loja; à direita, um dos ambientes que determinam com eficiência o espaço que cada etiqueta ocupa na multimarcas

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des descascadas e o piso sem revestimento, além de estrutura metálica aparente que suporta os lustres, servem de pano de fundo para móveis vintage de pé-palito, prateleiras brancas, bandeirinhas coloridas de papel e estofados azul-royal. Ah, sim, e o elefante? Ele é uma obra do estúdio parisiense LAPS, da arquiteta Amélie Lengrand e da artista plástica Sophie Paumelle, feita de ripas de caixas de madeira – estas, usadas em feiras de rua. E, recentemente, ganhou a companhia de um peixe gigante, que fica pendurado no teto, no centro da loja. Lúdico e também sustentável, exatamente como prega a butique.

ANOTA AÍ... Paris: 2 Rue de Marseille CENTRECOMMERCIAL.CC



Fashion F i t M a g n ú m ero 2 9

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NOSTRA A PROPOSTA DA GRIFE ITALIANA DOLCE&GABBANA PARA SUA LINHA JUNIOR TEM A ALMA DA SICÍLIA E A MENTALIDADE DE GENTE GRANDE. TUDO TRADUZIDO PARA O UNIVERSO INFANTIL por Priscilla Portugal

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om um dos desfiles mais emocionantes da temporada de inverno 2015 prêt-à-porter, a Dolce&Gabbana trouxe à passarela nada menos que 11 mammas: modelos grávidas ou que são mães – estas entraram com seus filhos nos braços ou de mãos dadas. Todos vestidos, dos pés à cabeça, no estilo mediterrâneo com sotaque siciliano que consagrou a marca dos estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana. Na linha feminina, fica fácil entender o que isso significa: um contraste entre a austeridade religiosa do Sul da Itália e a sensualidade inata das mulheres voluptuosas daquela região, com direito a rendas e transparências. Mas como este conceito se reflete na D&G Junior, linha infantil da marca, lançada em 1999? No caso da coleção verão 2015, em estam-

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pas florais modernas, como enormes rosas vermelhas, em detalhes de renda e brocado, em poás e tweeds e na riqueza da alfaiataria italiana. Para os meninos, por exemplo, tem até blazer de veludo, gravata-borboleta e o clássico costume risca de giz – associado quase que imediatamente no nosso imaginário aos mafiosos sicilianos e ao Poderoso Chefão. Uma das características da D&G Junior, aliás, é ser Mini Me, expressão inglesa usada para dizer que muitos dos looks infantis são versões levemente adaptadas dos adultos. É o caso do xale de franjas, para as meninas, e do terno de seda vermelho-rubi, para os garotos. Peças, definitivamente, menos comerciais, mas que traduzem muito bem o espírito da marca que, por sinal, acaba de abrir uma loja no Shopping JK Iguatemi, a primeira na América Latina.



Fica a dica F i t M a g n ú m ero 2 9

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POWER!

O MUNDO SÓ FALA NISSO: DÊ PODERES ÀS MENINAS. APRENDA COMO FAZER ISSO POR ELAS E ASSUMA UMA IMAGEM ATUAL PERANTE AS CONSUMIDORAS DE QUALQUER IDADE por Priscilla Portugal

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Brasil é tradicionalmente um país de cultura masculina. Isso todos nós já sabemos. Mas recentemente um estudo reforçou em números esta realidade. A pesquisa Por ser menina no Brasil: crescendo entre direitos e violências, realizada pela organização Plan International Brasil com 1771 garotas entre seis e 14 anos de idade, revelou que, enquanto 81,4% das meninas arrumam sua própria cama, 76,8% lavam louça e 65,6% limpam a casa, apenas 11,6% dos seus irmãos homens arrumam a sua própria cama, 12,5% lavam a louça e 11,4% limpam a casa.

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Aprenda – primeiro, informe-se sobre o que está acontecendo de bacana no mundo para promover a igualdade de gêneros.

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Sensibilize e advogue – divulgue as ideias mais importantes para seus clientes. E defenda a causa.

Seja criativo – este feminismo do século 21 é bem-humorado, e não careta.

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O tema empower women (traduzido por aqui como dê poder às mulheres) já está na agenda das principais organizações não governamentais, cooperativas e instituições públicas e também na moda. Mas como fazer isso? Pense em ações que remetam ao assunto, seja em anúncios publicitários, em estampas, seja no ponto de venda. Para dar uma luz nesse sentido, vamos pegar uma carona na campanha “10 ações, 10 dias para empoderar garotas e mulheres”, do site australiano MICI Girls. Elas propõem algumas atitudes nessa direção:

Assine uma petição – ações políticas também são válidas.

Faça uma doação – o que sempre agrega valor a uma marca.

Buy for good – se o consumidor envolvido na causa percebe que você faz algo por ela, vai se sentir mais confortável comprando sua marca.

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Voluntarie-se – colocar a mão na massa também pode fazer milagres por sua imagem.

Use mídias sociais – este é autoexplicativo.

Celebre – o conceito girl power pode ser usado em nome da celebração. Garotas super-heroínas, de repente, por que não?



Feira Fit 0/16 F i t M a g n ú m ero 2 9

Estilista

REVELAÇÃO COM FOCO NO LÚDICO E MUITA CRIATIVIDADE, NOVOS DESIGNERS APRESENTARAM SUAS CRIAÇÕES EM CONCURSO REALIZADO NA 44ª EDIÇÃO DA FEIRA FIT 0/16. CONFIRA QUEM LEVOU A MELHOR

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om o tema “Nainfância” , Paula Canterini, recém-formada em moda no Istituto Europeo di Design (IED) foi a campeã da premiação. A proposta de Paula trouxe uma combinação de estilo infantil somado à diversão que, segundo ela, é essencial à infância. A jovem designer apresentou look todo inspirado no universo lúdico do “ser criança”. A jaqueta, por exemplo, tinha peças de lego encaixadas numa base, dando cor e interatividade à peça. Seguindo a concepção,

1ª colocada: Paula Canterini

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uma versátil mochila se transformava em uma pista de carrinho costurada na parte interna. Partindo da mesma inspiração do mundo do faz de conta, as candidatas Marina Alencar Perrenoud, com o tema “Dia de Preguiça”, e Tarsila de Freitas Basilio, com “Silabaz”, conquistaram respectivamente a segunda e a terceira colocações. Não só a criatividade como também a excelente execução dos trabalhos mostraram que as candidatas estão aptas para enfrentar o disputado mercado infantil.

2ª colocada: Marina Alencar Perrenoud

3ª colocada: Tarsila de Freitas Basilio



Agenda F i t M a g n ú m ero 2 9

30 DE MAIO A 3 DE JUNHO

25 A 27 DE JUNHO

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DE JULHO

FEIRA FIT 0/16 – SÃO PAULO, BRASIL A 45ª edição da maior feira do setor infanto-juvenil da América Latina acontece no Pavilhão vermelho da Expo Center Norte, na capital paulista. fit016.com.br

PITTI IMMAGINE BIMBO – FLORENÇA, ITÁLIA Evento internacional que serve como plataforma para apresentar as novas tendências relacionadas à moda infantil. pittimmagine.com

PLAYTIME PARIS – PARIS, FRANÇA Mais de 400 expositores de roupas, calçados, brinquedos e outros produtos voltados para o universo mamãe e bebê. playtimeparis.com

KLEINE FABRIEK – AMSTERDÃ, PAÍSES BAIXOS

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DE JULHO

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DE AGOSTO

17 A 19

DE AGOSTO

Com pequenas, médias e grandes marcas, a feira possui uma seleção internacional, com foco em new labels e em tecnologia para o mercado infantil. kleinefabriek.nl

PLAYTIME NOVA YORK – NOVA YORK, ESTADOS UNIDOS Uma das principais feiras de negócios com foco no mercado infanto-juvenil. Atualmente, com cerca de 150 expositores. playtimenewyork.com

KIDSHOW – LAS VEGAS, ESTADOS UNIDOS Cama, mesa, banho e vestuário infanto-juvenil inspirado no melhor do lifestyle e com importantes players da indústria têxtil. kidshow.cc

PLAYTIME TÓQUIO – TÓQUIO, JAPÃO

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DE AGOSTO

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Versão japonesa da feira de negócios, que também acontece em NY e Paris, voltada para o mercado infanto-juvenil. Atualmente, com cerca de 220 expositores. playtimetokyo.com



Onde encontrar F i t M a g n ú m ero 2 9

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A FÁBULA afabula.com.br

DAYA dayabrasil.com.br

MOLEKINHA molekinha.com.br

ADIDAS adidas.com.br

ELLUS KIDS ellus.com.br

NINI & BAMBINI niniebambini.com.br

ALCAÇUZ alcacuz.com.br

ESPAÇO ARCOBALENO earcobaleno.com.br

NORUEGA BABY lojanoruega.com.br

AMORA loja.maisamora.com.br

FIO ENCANTADO fioencantado.com.br

OK AND FRIENDS okandfriends.com.br

ANIMÊ euamoanime.com.br

FITÁ lojafita.com.br

BB BÁSICO bebebasico.com.br

GREEN greenbymissako.com.br

OLIVA kit-oliva.com.br PAKITA pakita.com.br

BOBSTORE KIDS bobstore.com.br

KEA kea.com.br

PAMPILI pampili.com.br

CALVIN KLEIN KIDS calvinklein.com.br

PUC puc.com.br

CAMU CAMU camucamu.com.br

KINGSTER kingster.com.br LEVI’S KIDS vendas@drastosa.com.br

PUKET puket.com.br

CASA DO CHAPÉU elo7.com.br/casadochapeu

MANDI mandi.net

RICHARDS KIDS richards.com.br

CHARPEY charpey.com.br

MENINA RIO meninario.com.br

TIGER onitsukatiger.com

CHICLETARIA chicletaria.com.br

MINI ME minime.com.br

VR KIDS vrkids.com.br

CRAWLING crawling.com.br

MINI MELISSA melissa.com.br

XICK BABY xickbaby.com.br




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