Elle Brasil 309

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beleza nÉcessaire

DOS 60’S AOS 90’S: qual a sua vibe?

be yourself

FEVEREIRO 2014

R$ 15,00 EDIçÃO 309 ANO 26 FEVEREIRO 2014

especial diversidade

20 Produtos que você tem que ter na vida

estilo, idade, peso, raça. na democracia da moda, os tabus começam a cair e tudo é possível

amor & sexo

da romântica renda ao sexy píton, looks para usar já! buzz: alex turner e lena dunham são as vozes do momento lifestyle: carolina herrera, francisco costa, donna karan...

ELLE FASHION TENDÊNCIA

Óculos de acetato, Dior (na Safilo), R$ 6 150.

na passarela Canarinho em versão moderna e ultracool.

Vestido de algodão, Carina Duek, R$ 1,6 mil.

Saia de algodão, Fendi, R$ 2 890.

Colar de metal, madeira e resina, Louis Vuitton, R$ 6 150.

verão solar

colcci

monocromáticos que deram pinta no desfle de verão 2014 da grife, o amarelo se consagra como a cor-chave, protagonizando os looks mais charmosos de toda a coleção. como usar Vestir a cor da cabeça aos pés é a maneira mais moderna e atual de aderir à tendência. Mas, se você não quer chamar muito a atenção, vale apostar numa peça ou acessório amarelo para criar um ponto de cor numa produção mais básica. o melhor da trend Do mais vibrante ao apagadinho, o amarelo esbanja energia e é a cara de nosso verão, que clama por bossa e tropicalismo durante os dias quentes. E ainda é possível combiná-lo de várias maneiras – até nas unhas. Go yellow!

Blazer de algodão, Zara, R$ 350.

Top de couro, Talie NK, R$ 1 990.

na rua

O casaco alegra o look preto e branco.

Calça de algodão, Tufi Duek, R$ 1,2 mil.

Sandália de cetim, Sarah Chofakian, R$ 790.

Bolsa de couro, Proenza Schouler (na Farfetch), R$ 8 880.

fotos rafael evangelista/edição larissa lucchese e marcell maia/produção de moda marília bertolucci/ assistente de fotografia renato zimmermann

apareceu no desfile de Colcci. Entre os diversos looks

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ELLE Gourmet

Back! she’s

she’s

Depois DepoisDe Defechar fecharseu o restaurante restaurante ee passar passar um um tempo tempo como como apresentaDora apresentaDoraDe Detevê, tevê,a achef chefBel Belcoelho coelhovolta voltaàs àspanelas panelasee inaugura inauguranovo novoespaço, espaço,oclanDestino, clanDestino,DeDicaDo DeDicaDoexclusivamente exclusivamente a um celeBraDo ao seu celeBraDo menu autoral. menu autoral.

Daniel tavares Daniel fotos tavares rogerio voltan

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izem que as boas ideias surgem quando a gente menos espera. Com a chef Bel Coelho, foi assim. Em 2009, ela começou a intercalar a rotina de seu restaurante, o Dui, com jantares especiais para os amigos e a família. “Às vezes, eu os recebia em minha casa e em outras eles me emprestavam sua cozinha”, conta a paulistana, de 34 anos e 17 de carreira. Nessas ocasiões, o clima era sempre de mistério e curiosidade, com convidados ansiosos para descobrir quais surpresas gastronômicas estariam no menu criado pela chef, conhecida por seus pratos de ingredientes brasileiros e técnicas de alta gastronomia. Depois de algum tempo, esses eventos, bem exclusivos, foram batizados informalmente de “clandestinos”. “Os encontros sempre foram tão prazerosos e inspiradores que naturalmente fquei com vontade de criar algo semelhante em meu restaurante”, conta Bel, que lançou dois anos depois o projeto Clandestino dentro do próprio Dui. O formato era próximo ao das refeições de sua casa: jantar com menu-degustação para 20 pessoas, às quintas-feiras, no primeiro andar da casa, que comandou de 2009 a maio de 2013, em São Paulo, e teve que fechar por diversas razões, entre elas o aumento astronômico do valor do aluguel. Foram cinco temporadas de jantares clandestinos, cada uma com um menu mais criativo que o outro. Alguns tiveram um tema, como o inspirado na comida dos orixás. Já outros seguiam um caminho mais solto, trazendo algumas das diversas referências da criadora, que estudou gastronomia em Nova York (Culinary Institute of America, CIA), trabalhou em países como Inglaterra, França e Portugal e fez estágio no El Celler de Can Roca, restaurante na Catalunha, que foi eleito o número um do mundo no ano passado pela revista britânica Te Restaurant. No Brasil, ela

A chef Bel Coelho, sua cozinha e a fachada do Clandestino, seu novo espaço.

Na página ao lado, a salada brasileira, que leva pupunha, pepino e beterraba.

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O tacacá da chef, com pérolas de tapioca, camarão e tucupi picante, e o ambiente do novo endereço: bem-vinda informalidade.

trabalhou no D.O.M., de Alex Atala, e comandou a cozinha de casas como Madelleine e Sabuji, pelo qual ganhou o prêmio de chef revelação da revista VEJA SP em 2004.

Mas por que toda essa introdução se o Dui fechou as portas? A novidade é que ele vai voltar. Não mais dentro de um restaurante, mas como um projeto solo. O novo espaço, que também se chamará Clandestino, vai funcionar duas vezes por mês para abrigar jantares nos quais será servido apenas o menu-degustação. Em outros momentos, ele sediará eventos e funcionará como uma cozinha experimental de criação. ELLE teve acesso em primeira mão ao imóvel, na Vila Madalena, no beco do Batman, perto do apartamento onde Bel mora (nada de perder tempo no trânsito!). Ainda faltavam algumas coisas, mas deu para ver que o décor (assinado por ela) vai ser bem menos formal que o Dui e bem mais a cara da Bel. Nessa nova casa, há dois ambientes: a cozinha e o pequeno salão, com as mesas. Não existe divisão entre eles, para que as pessoas vejam os pratos serem preparados. Bel vai cozinhar, ajudar a servir o jantar e explicar as criações. A feminilidade dá o tom nos detalhes (como a coifa e as mesas) cor de cereja, azulejos estampados (que ela mesmo garimpa) e graftes da artista Magrela do lado de fora, representando sereias urbanas.

Para a inauguração, este mês, a chef prepara um menu de 12 tempos. Entre os pratos, salada brasileira (pupunha cozida em baixa temperatura, gelatina de pepino, creme de milho, vinagrete de beterraba, espuma de cenoura e água de tomate), tacacá (pérolas de tapioca com bisque de camarão e tucupi picante) e ovos moles (com sorvete de cumaru, queijo de ovelha e baru crocante com gengibre). A principal inspiração são as viagens que fez entre junho e dezembro de 2013 pelo Brasil

para gravar os 20 episódios da série televisiva sobre a cultura brasileira relatada pelo ponto de vista da nossa gastronomia.

O programa Assiette Brésilienne, apresentado por ela, é uma coprodução entre o canal Arte (França e Alemanha) e o canal TLC, do grupo Discovery (Brasil). Na Europa, passará em horário nobre um mês antes da Copa como um aquecimento para o evento. Por aqui, está confrmado para a grade de 2015.

Nesse período, a chef mergulhou na culinária regional do país, descobrindo personagens, receitas e ingredientes. “Passei por 35 cidades em 12 estados, e cada lugar que conheci ou visitei novamente me proporcionou uma experiência muito rica, que se transformou em referência para as minhas novas criações”, diz ela, que vai continuar aliando suas receitas bem brasileiras com técnicas vanguardistas, como esferifcação, espumas, gelatinas e cozimentos a baixa temperatura e a vácuo. “Foi uma temporada maravilhosa. Tive uma experiência de caráter quase antropológico com os índios ianomâmis e um reencontro com a rica cultura gaúcha, que me trouxe lembranças do meu avô e do meu bisavô, que eram do sul. Também amei a viagem para Belém por me colocar em contato com ingredientes tão incríveis.

Eu brinco que lá é a verdadeira despensa do Brasil”, diz ela, que espera seu primeiro flho, com o produtor musical Rica Amabis.

Bel conta que essas viagens vão deixar saudade, mas que por outro lado já estava na hora de dar atenção total ao novo Clandestino e, claro, a Francisco, que nasce em abril.

Quando as coisas começarem a caminhar, a chef já tem mais alguns planos. “Quero desenvolver algum projeto que envolva a democratização da comida, com preços mais acessíveis.

Uma das ideias é colocar uma barraca na frente do meu novo espaço para vender pratos bons e baratos”.

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