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COLUNAS
from Flash Vip #94
by Flash Vip
COP26: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O MERCADO DE CARBONO
A edição de 2021 da Conferência Anual sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas está sendo organizada pelo Reino Unido e acontecerá no mês de novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia.
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COP significa Conferência das Partes e 26 significa que esta é a 26ª reunião do grupo. As Partes são os signatários da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), um tratado de 1992, no qual 197 partes (196 países e a
União Europeia) acordaram que precisam promover ações para que a temperatura global não aumente a níveis perigosos para a vida no planeta Terra. As COPs são responsáveis por significativos avanços na discussão sobre mudanças climáticas, foi, por exemplo, na COP21 em 2015 que ocorreu a pactuação do Acordo de Paris, onde pela primeira vez na história, quase todos os países firmaram um compromisso legalmente vinculante para reduzir as emissões de carbono com o objetivo de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus, mas de preferência abaixo de 1,5 grau. Como temos acompanhado no noticiário, eventos climáticos extremos (tempestades, inundações e incêndios florestais) estão cada vez mais frequentes no mundo e são reflexo do aumento da temperatura do planeta provocado, principalmente, pela emissão de gases causadores de efeito estufa (CO2, metano e óxido nitroso, entre outros) e pelo desmatamento. Assim sendo, a diminuição da emissão destes gases é essencial e urgente. Com vistas nesta necessidade passou-se a discutir a possibilidade de precificação da emissão do carbono, transformando-o em instrumento econômico, gerando, desta forma, mercados nacionais e internacionais. Em linhas bem gerais, o mercado de carbono funciona com o Estado limitando a emissão de gases de efeito estufa de acordo com cada área industrial em determinado período, por exemplo. A partir deste limite, as empresas podem diminuir suas emissões e negociar entre si ou com o próprio Estado permissões de emissões excedentes (créditos de carbono), se esta negociação ocorrer fora do país, opera-se a esfera internacional. É exatamente o avanço na regulação do mercado global de carbono o que se espera como resultado da COP26.
No Brasil, o mercado de carbono ainda não foi regulamentado, já existem projetos de lei no Congresso Nacional, porém o legislativo aguarda justamente o resultado da COP26 para dar andamento à demanda. Seguramente as ações humanas coletivas e individuais, coordenadas pelos Estados e pela iniciativa privada para controle climático, são o maior desafio que enfrentaremos neste século (e lembre-se que foi o século da odiosa pandemia). Ainda ouviremos muito sobre este assunto, portanto estejamos atentos e informados.
Dica! Saiba mais em: YouTube: Canal Gabriela Prioli - Precisamos falar sobre mercado de carbono! Instagram: @oq_vc_faria
18 ANOS DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
A FV está completando 18 anos. E aproveitando o aniversário da revista, quero também olhar para algumas das grandes mudanças tecnológicas que impactaram a sociedade nesses últimos 18 anos.
Vamos viajar ao passado não tão distante e relembrar três datas que marcaram a nossa vida, e quais foram as tecnologias por trás destas revoluções.
2003 – A NOVA ERA DAS REDES SOCIAIS Apesar de já flertarmos com o conceito de rede social desde 1997, foi em 1º de agosto de 2003 que Tom Anderson criou o MySpace. Esse novo site permitia que os usuários criassem suas próprias páginas pessoais. Com suas músicas preferidas tocando ao fundo, galerias de fotos e layouts personalizados, foi o MySpace que definiu as bases para as redes sociais de hoje. Depois vieram Orkut, Facebook, Twitter, Instagram, TikTok e mais uma infinidade de outras que foram ficando pelo caminho. É curioso observar como o propósito de algo tão recente evoluiu tanto ao longo desses anos, e como a influência das redes hoje domina nossas vidas, negócios e relações.
2007 – A ASCENSÃO DOS SMARTPHONES Antes de 9 de janeiro de 2007, poucas pessoas imaginavam ter acesso à internet longe de um computador. Foi durante o famoso keynote anual da Apple que Steve Jobs nos apresentou ao iPhone, um aparelho celular que era muito mais que um telefone. Outros smartphones já existiam no mercado, mas foi a facilidade de uso do aparelho de Jobs que tirou a categoria das mãos dos power users e moveu para o público geral. No ano seguinte, a Google também entrou na corrida pela dominação desse mercado que nascia. Com os aparelhos Android e uma gama de preços mais acessíveis, cimentou a popularidade desses computadores portáteis e a importância deles no nosso dia a dia.
2010 – A REINVENÇÃO DA GIG ECONOMY Foi em 5 de julho de 2010 que a primeira viagem de Uber foi realizada, em San Francisco, Califórnia. O costume antes impensável de pegar carona no carro de um desconhecido – e ainda pagar por isso – dava o primeiro passo para se tornar algo comum em nossa rotina. Após os aplicativos de carona, vieram os de entregas (iFood), aluguel de imóveis (AirBnB) e outros diversos setores. E assim, em menos de uma década, toda uma categoria econômica – a chamada gig economy – revolucionou o mercado. Há discussões se esse modelo de negócio trouxe mais benefícios ou danos ao mercado de trabalho, mas é indiscutível que hoje não nos vemos sem esses serviços. Olhando para trás, percebemos como alguns serviços que surgiram há quase duas décadas mudaram completamente o nosso cotidiano. E os últimos 10 anos, além de validarem a utilidade dessas invenções, trouxeram várias outras que ainda têm a tarefa de se provar. Criptomoedas, realidade virtual, impressão 3D e carros elétricos são apenas algumas das inovações mais recentes que têm potencial para causar tanta disrupção quanto as comentadas acima. Quais delas você acha que sobreviverão ao teste do tempo e serão responsáveis pelas próximas revoluções?