Arte e Corpo no Espaço Educativo - Prancha Resumo

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arte e corpo no ESPAÇO EDUCATIVO Trabalho de Conclusão de Curso | Arquitetura e Urbanismo | UFSC | 2015.1 | Acadêmica: Flávia M. Ramos | Orientador: Rodrigo A. Bastos

Cobertura e praça que recebem o uxo do Morro do 25

Acesso principal desde a rua Frei Caneca

N

N

do or ro

Vento Nordeste

N

Terreno

Rua Frei Caneca

Casas preexistentes no terreno

10 18.

3.9

0

.10 14

00 22.

15 8.30

52.60

4.05

10

5.60

Circulações, praças e estares

17.00

3.20

5.30

7.00

5.00

4.50

3.50

20

2.70

6.00

4

30

0%

i=1

6.00

detalhe 1

1.20

Praça sob a grande cobertura; Circulações horizontais demarcadas em amarelo; Circulações verticais (elevadores, rampas e escadas com patamares de encontro)

3.00

5

0.50

6

0.00

0.50

3.50

Forro com propriedades acústicas e anti-chamas

detalhe 2

13.95

Escala 1:500

primeiro pavimento

Escala 1:500

segundo pavimento

0.1 52.60

Quadra poliesportiva

11.50

0 6.7

i=2%

3.00

i=1

0\

3.70

10.00

15

B' 13.00

0.03

0.10

Sala de dança Banheiros 0.225

0.10

Terraço acessível Encontro da estrutura metálica da passarela com a estrutura de concreto do prédio

detalhe 7

Brises de madeira

Segundo Pavimento

i=2

\

13.00

00

i=2%

i=

10.00

2%

60

Banheiros e vestiários

0.08

34.

13.00

B'

%

12 10.00

2

C'

2.40

10.00

35.60

7.00

7.00

7.00

10.00

4.50 12.60

1

Ateliês individuais de música

7.00

10.00

10.00

10.00

C'

i=2%

Escala 1:1000

19

Sala de música

Acesso e expansão das salas

13.00 3

detalhe 8

i=2% 3.50

Cobertura verde com substrato especial para minimizar a espessura da laje

Biblioteca

Expansão da Ocina

Banheiro 0\

0\

i=1

7.50

C

\ i=10

0\

i=1

i=1

0\

i=1

\

10

6.00

5.00

6.00

5.00

i=1

3.00 1.50

0.00

Sala de Ocinas

0.15 5.00

i=10\

1.50

0.50

1.40

5.00

0.50

0.00

G'

0.00

6.00

1.20

5.00

3.00

0\

3.00

Banheiro

i=1 0\

i=10\

1.50

6.00

1.20

1.20 5.00

i=10\

10

i=

Acesso 6HFXQGiULR

6.00

0.50

2.50

Escala 1:50

terceiro pavimento

Corte 1-1' (Situação proposta)

Escala 1:500

quarto pavimento

Escala 1:500

Cozinha Banheiro Refeitório

0.20

F'

4.00

E'

0.50

D'

Corte 1-1' (Situação existente)

2.00

E'

2.00

Escala 1:50

0.00

D'

2.50

0.00

-0.10

F'

6.50

0.00

E'

0.80

0.00

D'

1.20

-0.10

0.15

0.31

0.20

-0.10

Ocina

Centro Comunitário

i=2%

\

i=

Primeiro Pavimento

0.15

0\

7.00

7.00

7.00

C

\

2.70

7.50

G'

7.50 i=10

Acesso

i=1

2.70

2.70

6.00

Sala de apoio à educação física

Sala de dança

0.20

i=2

0.12

B'

9

Sala de dança

21.00

10.00

Banheiros e vestiários

0.15

0.2

12.10

8

6

8.60 14.00

Sala de educação física

Terceiro Pavimento

detalhe 6

i=2%

16.00 10

11

10.00

Sala de artes plásticas

10.00

7

21

B'

Recepção e administração

13.00

13.00

1.55

5

13.00

Amarração de tijolos em fachada com ventilação permanente

Quarto Pavimento

i=2%

18.

Piso da passarela metálica com placas cimentícias

0.25

8.25

20.00

12.00

14.00

10.50

20.00

13

18

6.70

13 .2

0 13.

B'

9.1

7.00

10.00

0

25.00

7.00

.00 18

3.0

16

0.00

6

detalhe 4

G

11

22.30

Terraço para projeções

Terraço acessível

A'

i=2%

F

10.00

10

i=2% 15.00

E

12

17 9

0

15

0

8

4.7

22

10.00

6.8

A'

D

20

14

7

20.20

1.5

E

6

12

D

5

8.20

10

13

5 A'

Sala de teatro 0.05

detalhe 5

10.00

G

D

6.30

10.50

i=2%

E

4

10

12.00

8.30

10.00

B'

0.00

Paineis personalizáveis que permitem a exibilização dos espaços;

Banheiros

F

i=1 0%

3.00

1'

4

5

3.00

96.75

3

11.00

11.00

A'

8.00

13.25

12.00

8.00

8.95 6.20

24.50

19.00

2

7.75

6.90

1

Projeção da cobertura da quadra

25.95

2'

30.00

1.90

2

1

Uma vez que os grandes edifícios localizados na porção frontal do terreno possuem grandes embasamentos com poucas aberturas, a sensação que se tem na Rua Frei Caneca é de insegurança e enclausuramento. Sugere-se que seja incorporado ao plano diretor um parâmetro que estabeleça 50% de permeabilidade visual nos embasamentos destes edifícios.

6.70

3.90

1

aumento da permeablidade visual

3.45

8.15

2

8.50

0.00

20.60

3

2.55

4

4 0.00

Terraços; Quadra poliesportiva; Pista de skate

Jardim vertical xado sobre muro de arrimo de pedras

0.2

N

20.00

14.80

5

30.00

5.25

7.00

13.40

0.00

0

64. 68

Horta

14 .1

9 8 7 6

N

0%

7.00

N

i=1

10.00

Via de uxo intenso de veículos mas de pequena largura, a Rua Frei Caneca atualmente apresenta duas faixas de rolagem, uma ciclovia pouco segura e bastante estreita, bem como calçadas pouco confortáveis. Em função disto, sugere-se a implantação de cruzamentos elevados (corte 1-1'), a redução para uma faixa de rolagem, o aumento da largura das calçadas e das ciclovias (corte 2-2').

.00

35.60

10

15.00

10.00

105

10.00

reestruturação da Rua Frei Caneca

20

13.00

AS

.49

14.00

21.00

00

34.3 5

34.

Hortas; Casa preexistente menor: sala de ocinas, sala do centro comunitário, salas de aluguel para ONGs

Uso especíco Ocinas; Cozinha; Refeitório; Biblioteca; Administração

Banheiros e vestiários

0

.20 36

11

Denidores espaciais

Escala 1:500 0.1

36 .2

12

13.00

detalhe 3

Uso livre Salas de dança, teatro, música, e artes plásticas

14

29.5 5

9.1

5

13.00

Áreas de contato

a materialização

13

16.00

Áreas de uso comunitário

Sala de música, com módulos de madeira embutidos no piso

1.50

27

térreo

Salas

5.00

3.50

23

6.20

4. AS JANELAS 5. AS PAREDES

Paineis pivotantes e de correr de madeira que dividem os ambientes

0.15

3

1.50

26

3. O CLUBE

1

3.00

0.00

2. AS CAIXAS

C'

20

1.40

8.00

1. A RUA

0.00

8.95

Uma vez que a praça é carente de tratamento paisagístico e está inserida em uma área residencial de densa ocupação, sugere-se sua revitalização, dando suporte ao ponto de ônibus nela instalado, e à população que a circunda, favorecendo sua apropriação e gerando sensação de maior segurança na área.

5.30

7.00

C

quadro resumo

1

22

25

6.20

1.73

23.35 30

15 17 0.50 18

Educação Física

0.09

0%

15 16

Artes Plásticas

0.1

13.40

14

2

Teatro

5.00

0.00

1

Dança

F'

20 .00

21

0.50

Música

3

6

E'

16

3.15

Projeção da cobertura do pavimento superior

13

12

0.00

3.50

1.53

18.42

1.20

20

18.30

.89 148

6.30

2

7

F'

10.50

12.00

18 17

\

10

i=

19

3.00

3.5

C

18

E'

19

3

2.70

F'

20

6.85

E'

36.70

20.00

4

17

21

20

10

2

revitalização da Praça Seixas Neto 29.10

3.00

3.50

16

5 7.00

C'

15

19

0.00

33.90

6

0.00

24

35

0.00

14.00

3

65.70

15.00

5

i=1

.09 238

C

Áreas públicas x áreas privadas

N

G'

Esta sugestão é feita em função da topograa bastante acentuada da região. Como o terreno aqui tratado é uma das poucas áreas sem densa ocupação urbana e está situado na base do grande morro que se desenvolve atrás de si, ele acaba recebendo grande quantidade de águas pluviais, o que provoca pequenos deslizamentos de terra e prejudica sua cobertura vegetal. Aliado a isso, uma zona de wetlands instalada no meio do terreno e organizada em níveis (segundo o corte D-D’) também ajuda a diminuir a velocidade da água que escoa pelo terreno.

-2.00

3.50

0.00

20.00

19.

20

C'

instalação de piso drenante

36.75

13 14

Preservação

A ambiência de rua visa responder a uma carência da comunidade local, que a utiliza mais em sua dimensão física, como elemento de ligação e circulação, do que em sua dimensão metafórica, como lugar de encontro e construção de relações; As caixas, por sua vez, são outros elementos bastante marcantes na paisagem do bairro, uma vez que predomina o uso residencial, bem como as residencias unifamiliares de baixo gabarito. A ideia de caixa evoca a possibilidade de regular os níveis de privacidade e de abrigar tanto pequenos, quanto grandes grupos; O Clube do 25, única instituição comunitária existente no bairro, extinto em 2005, abrigava reuniões, bailes e projetos sociais. Atualmente, um espaço com este caráter é uma grande carência da comunidade, que não possui alternativas para reuniões e lazer. A ambiência de Clube visa resgatar as relações da comunidade e dar a ela um local de encontro; As janelas, por sua vez, são entendidas como ponto de contato entre o interiror e o exterior das residências, ou seja, entre o público e o privado. Elas são importantes na criação de pontos de interesse, e espaços inspirados nelas tem a função de auxiliar a aproximação do edifício com o seu entorno. As paredes, por sua vez, são elementos que denem a maioria dos trajetos. Especialmente na face anterior do terreno, o embasamento dos grandes edifícios gera muros altos e com poucas aberturas. Ao longo do trajeto em direção ao morro, são percebidos outras paredes e muros, mas sua apropriação é muito frequente por artistas, assim como ocorre na fachada das edicações preexistentes no terreno de interesse. Desta maneira, busca-se fazer uso das paredes como elementos exíveis e apropriáveis de denição espacial.

B'

2.5

7

3.50

4

3.40

11

12

Semi-Público

A concepção de uma pedagogia poética pede por espaços que absorvam novas relações e atividades, o que um programa meramente funcional não é capaz de abarcar sozinho. Assim, o interesse em comportar as diversas extensões corporais se reete mais na criação de ambiências do que na obediência a parâmetros de metragem quadrada e programas-padrão. Desta forma, com base nas experiência de Hélio Oiticica, iniciadas nos anos 1960 no morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, que culminaram em projetos como o Penetrável Tropicália e o Projeto Cães de Caça - instalações artísticas criadas a partir da leitura que Oiticica fazia da comunidade e que exploravam a experiência sensorial dos espectadores -, o programa do edifício aqui proposto visa relacionar-se com características das comunidades circundantes, a m de criar ambientes reconhecíveis e apropriáveis a partir da noção de pertencimento e fomentar a consciência crítica a respeito da atual situação do local. As análises feitas durante as visitas exploratórias, permitiram o reconhecimento de quatro traços principais na conguração do bairro: a rua, as caixas, o Clube do 25, as janelas e as paredes. Por sua denição física, ou pelo apelo afetivo, estes elementos ressaltam carências e potencialidades que junto com as discussões pedagógicas atuais, auxiliam na denição de um programa ambiental, exposto a seguir. O texto ao lado explica o valor reconhecido em cada elemento, e o quadro abaixo resume os espaços nos quais estas ambiências são traduzidas.

N

12.60

0.00

11

A m de gerar grandes vãos livres, favorecendo as atividades artísticas, e em função das características ambientais do local -bastante úmido-, e da arquitetura semi-enterrada proposta, o edifício se estrutura a partir de paredes estruturais, pilares e vigas de concreto e lajes nervuradas. A estrutura metálica também foi empregada, mas se restringe à passarela que conecta o edifício às antigas edicações, com o intuito de obter um conjunto de peças mais esbeltas com menos pontos de apoio e consequente menor interferência visual no entorno.

detalhes

2

3

B'

10

Privado

o programa

3.70

5.10

10

Projeção da passarela

.85

10

As intervenções sugeridas no entorno do local de intervenção a m de complementar a inserção do edifício proposto e dar suporte ao uso educacional, são: a instalação de piso drenante nas vias adjacentes ao terreno, a revitalização da Praça Seixas Neto, a reestruturação da Rua Frei Caneca e a adoção de estratégias de permeabilidade visual nos edifícios localizados na porção anterior do terreno.

74

6.30

7.00

0.00

9

8

Sala de artes plásticas com paineis personalizáveis

Zoneamento do edifício segundo as principais disciplinas que envolvem o corpo

B'

N

B'

9 15.00

N

10

45

6.20

24 23 22 21

Projeção do pavimento superior

28 27 26 25

15.85

31 30 29

2.00

7

Quadra poliesportiva coberta (pública(

Zona de Wetlands

G

32

Área de preservação

F

33

Subtrações realizadas para a implantação

E

34

Eixo a ser explorado

Praça Secudária

Praça Principal

F

8

B'

Vista desde os fundos do edifício, com destaque à piscina, ao terraço para projeções audiiovisuais e ao eixo gerador do projeto

Público

F

1 N

10

Sala de teatro

N

Esquema ilustrativo com as principais diretrizes de implantação

6.20

B'

35

Acessos

Análise do entorno do terreno

E

plantas

E

implantação e tratamento de entorno

Pista de skate (pública) com quadra poliesportiva coberta ao fundo

a estrutura

Partindo dos alinhamentos sugeridos pelas edicações preexistentes, criou-se um eixo central de acesso e de permeabilidade visual e estabeleceu-se um gabarito de 7m na área de implantação mais próxima à Rua Frei Caneca. Tendo em vista a grande cobertura vegetal do terreno, estabeleceu-se uma zona de wetlands na porção posterior como oportunidade de aliar o aproveitamento das águas das chuvas com a criação de uma barreira pouco agressiva entre o edifício e uma área de preservação. A m de favorecer a apropriação do edifício pelas comunidades do entorno, uma grande cobertura foi criada para receber o uxo oriundo do Morro do 25, e às edicações preexistentes, localizadas na borda do terreno, foram atribuídos usos semi-públicos, de centro comunitário e de biblioteca. Ao redor do edifício, um perímetro público com hortas, estares, áreas livres e áreas de suporte favorece a apropriação do terreno, bem como o exercício de novas relações das comunidades entre si e com o local.

N

8.00

Mapa de densidade de crianças de 6 a 14 anos

Água

5.13

Mapa de distribuição de renda (nº de salários mínimos)

4 linhas de ônibus

5.19

Cruzamento de dados: concentração de escolas x densidade populacional

Beira Mar Norte

10.2

Mapeamento das escolas públicas que oferecem Ensino Fundamental em Florianópolis

0 a 70 71 a 150 151 a 441

0a6 6 a 20 Acima 0 ade 6 20 Acima de 20

30 linhas de ônibus

4.8

Escala de Densidade Populacional Menor Maior

24 linhas de ônibus

O terreno escolhido situa-se às margens da Rua Frei Caneca, em um ponto estratégico de conexão entre o Morro do 25 (na parte posterior) e a Avenida Beira Mar Norte (na parte anterior). A diversidade entre estas duas realidades é uma característica importante no projeto por permitir explorar o ensino personalizado e a exibilização, em coerência com as atuais discussões pedagógicas . Além disso, o terreno ainda apresenta densa cobertura vegetal, topograa bastante acentuada e duas edicações preexistentes: as casas construídas por Vidal Ramos entre 1912 e 1920 para sua residência, que, em estado de arruinamento, permanecem "contra todo o otimismo civilizatório".

Escolas Públicas de Ensino Fundamental

Estaduais Municipais Escolas que passaram de Estaduais para Municipais

Eixo visual

Contextualização

(conexão com a água)

43 linhas de ônibus

20.30

N

10

N

Av. Beira Mar

(Luis Kahn)

60

Vento Sul

7.95

N

"O que há de mais maravilhoso é o fato de reconhecer a singularidade de cada homem".

18.

Respeitando as preexistências físicas e sociais do local de implantação e tendo por base as discussões pedagógicas que exploram o importante papel do corpo na aprendizagem, as diretrizes de implantação do edifício são: Respeitar a insolação e a ventilação naturais; Minimizar o impacto visual no pano de fundo das edicações preexistentes, bem com evitar a remoção da cobertura vegetal; Respeitar um programa não só funcional, mas especialmente ambiental, pautado nas necessidades locais; Possibilitar a personalização do ensino a partir da regulação dos níveis de privacidade e da exibilização dos espaços; Explorar o desenvolvimento de habilidades não cognitivas a partir do contato entre o conhecimento empírico e o cientíco e as quatro modalidades artísticas - artes plásticas, teatro, música e dança - regulamentadas nos documentos ociais; Integrar as edicações preexistentes e as comunidades circundantes;

Morro do 25

12.00

N

25

N

Acesso pela passarela que conecta as edicações preexistentes com o bloco da música

o edifício

45

Na análise desta porção, identicou-se que a maior concentração de crianças com idades entre 6 e 14 anos faixa atendida pelo Ensino Fundamental -, está localizada em uma mancha que se estende de nordeste a sudoeste da parte central do mapa. A partir disto, foi possível identicar um terreno de porte coerente nesta área.

M

(2) KOWALTOWSKI, Doris C.C.K.A. A Arquitetura Escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Ocina de Textos, 2011, p. 170.

A denição do local de implantação teve início na elaboração e análise de um mapeamento das escolas públicas que oferecem o Ensino Fundamental em Florianópolis. Após este levantamento, foi possível fazer o cruzamento de dados entre o número de escolas e a densidade populacional, o que revelou uma carência na região central da porção insular de Florianópolis.

do

(1)PESSOA, Fernando. Cancioneiro. Porto Alegre:L&PM, 2007, p.3.

a proposta Flu x

Apesar da consistência do novos discursos pedagógicos que vem reformando o ensino tradicional, "ainda predominam as edicações com salas de aula tradicionais, que não tiveram seu conceito espacial alterado em função das mudanças das metodologias pedagógicas e demandas sociais dos últimos anos" (2). Desta forma, este trabalho assume por objetivo a proposição de uma Escola de Ensino Fundamental em Florianópolis que favoreça a reinvenção das relações educativas, em coerência com as reestruturações curriculares da pedagogia atual, as demandas locais e as heranças históricas de seu local de implantação. Cabe ainda destacar a ênfase que o trabalho dá a uma visão poética da pedagogia, que abrange a singularidade de cada processo de aprendizagem. Esta visão exalta a necessidade de experimentação na construção do saber, e abrange, assim, outras extensões corporais que extrapolam as habilidades intelectuais. Esta é a base para a proposição de um espaço onde o corpo possa caber não só em suas dimensões físicas, obedecendo aos critérios de ergonomia, mas também em sua dimensão experimental, unindo o físico, o sentimental e o intelectual.

Vista desde o primeiro patamar da rampa de acesso

o terreno

análise

Os espaços educativos inuenciam o ser humano desde suas primeiras experiências, ainda que, por vezes, de modo inconsciente. Além disso, deixando as divergências qualitativas a parte, a educação é um exercício bastante democrático, que atinge a maioria das pessoas em diferentes fases da vida. Considerando que cada pessoa é um mundo em si, que cada experiência de vida é única, e que "cada estado de alma é (...) uma paisagem" (1), é importante contemplá-las com respeito, permitir sua expansão espontânea, entender suas necessidades e intervir de forma responsável e harmoniosa, visando motivá-las na busca de aperfeiçoar-se e evoluir. No plano utópico, acredito que este pode ser o papel da educação. No plano prático, por outro lado, a educação formal, massicada em um contexto de revolução e modernização, deparase, hoje, com inúmeras diculdades em função da diversidade de seus atores. Após a adoção de estratégias de intervenções-padrão, vive-se um momento de ressiginicação curricular, no qual se introduz a noção de personalização de ensino e da necessidade de reinvenção das relações que o espaço educativo abriga em nome de novas construções coletivas e democráticas.

Acesso secundário desde a rua Frei Caneca

o

objetivo

apresentação

Vista lateral do conjunto; em primeiro plano, o bloco da música

15

vista do bloco de teatro e artes plásticas a partir do terraço acessível do bloco de música

Vista frontal do conjunto

cobertura

Escala 1:500

detalhe 9

detalhe 10

Wetlands para tratamento das águas cinzas

Térreo Piscina

20.00

0.50

1.40

0.50

0.00 -2.00

10.00

8.20 1.00

1.10

0.00

10.00 1.50

3.50

12.00

0.40

-2.00

3.50 1.20

0.00

7.00

1.20

3.50

1.20

7.00

1.20

7.00

12.00

1.20

10.00

1.40

10.00 1.80

1.20

1.80

13.00

1.00

1.80

i=10\

20.00 10.00

1.20

1.20 2.50

15.00

12.00

2.00

3.50

12.00

10.00

Sala de dança 2

2.70

0.00

12.00

5.00

2.70

15.00

7.00

7.00 6.00

4.70

-0.30

5.00

-0.30

1.20

0.00

10.00

10.00

2.50

1.20

20.00

2.00

10.00 10.00

1.20

0.10

1.20

13.00

13.00

5.00

16.00

13.00

5.00

5.00

20.00

16.00

0.50

20.00 16.00

3.50

Corte 2-2' (Situação proposta)

1.00

Escala 1:50

Corte A-A'

0.00 1.00

5.50

0.50

1.00

1.10

10.50

Escala 1:500

Corte B-B'

CORTE\ B-B Escala 1:500

Corte C-C'

CORTE\ C-C Escala 1:500

Corte D-D'

CORTE\ D-D Escala 1:500

Corte E-E'

CORTE\ F-F

Escala 1:500

Corte F-F'

Escala 1:500

Corte G-G'

Escala 1:500 Sala de dança


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