Fleet Magazine #46

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GESTÃO DE FROTA E MERCADO AUTOMÓVEL PROFISSIONAL

fleetmagazine.pt

N.º 46

SETEMBRO 2020 | TRIMESTRAL | ANO XI 3,50 EUROS

CARTÕES

S I S T E M A S D E G E S TÃ O

DE COMBUSTÍVEL

D E V I AT U R A S

Gerir plafonds e abastecimentos

Com ou sem telemetria, o que existe no mercado

R E P O R TA G E N S

Lidl na mobilidade elétrica

SOLUÇÕES DE ALUGUER FLEXÍVEL

Porque é incerta a evolução da economia

Locarent nos concursos públicos

Comando remoto da Frota

As contingências sanitárias e o regime de teletrabalho motivados pela COVID-19 geram a necessidade de encontrar soluções que possibilitem o controlo das viaturas à distância e de dar respostas a novas preocupações. Para isso, são necessárias ferramentas completas e integradas, com plataformas que funcionem remotamente e forneçam dados que garantam a evolução segura da mobilidade da empresa



Editorial Hugo Jorge DIRETOR

hj@fleetmagazine.pt

Voltar ao essencial

N

o início do confinamento, assisti a um webinar de uma importante escola de negócios, onde se pretendia apontar caminhos para a atividade das empresas neste

novo normal. A solução preconizada seria olhar para os ativos mais importantes da empresa, segurá-los e ver de que forma é que esses ativos podiam ser rentabilizados. Embora acabem sempre por aparecer nos documentos de contabilidade, estes ativos não tinham que ser puramente financeiros. Muitas vezes, serão a base de clientes que tem vivido com a empresa ou os seus próprios processos internos, diferentes e melhores que os da concorrência. Lembrei-me desta aula de há uns meses porque este pode ser um exercício interessante para se fazer numa frota. Os ativos mais importantes de uma frota são obviamente os carros. A sua rentabilidade é aferida não só pelos custos para a empresa, mas também pela operacionalidade que os colaboradores retiram dela. E deste modo, o gestor de frota tem que olhar não só para a composição de custos que impacta cada uma das viaturas, mas também para a sua utilização. Por exemplo, o tempo que um colaborador utiliza a sua viatura sempre foi uma questão premente dos gestores de frota. Se um utilizador

traz o seu carro de casa para o escritório e o deixa na garagem todo o dia, há aqui um conjunto de horas que não estão a ser utilizadas. E este tempo de “vazio” faz com que o custo de utilização da viatura suba astronomicamente. Ainda assim, a viatura de serviço tem um modelo de atribuição que ainda não foi ultrapassado e é uma importantíssima fatia das viaturas novas vendidas no país, mostrando como este “desperdício” é desconsiderado. Mas este é um problema das frotas que não são operacionais. As viaturas de trabalho, por seu lado, são utilizadas a toda a hora e, portanto, a questão não se coloca. No entanto, há outros custos que podem ser encarados em prazos diferentes (de curtos a longos) e que não estão diretamente ligados à gestão de frota em si, mas antes à própria operação da empresa e o seu nível de risco. Porque é que a minha aquisição de viaturas não é feita ao projeto, mas sim a longo prazo, correndo lado a lado com a volatilidade da empresa? O automóvel é uma parcela indispensável da mobilidade das empresas. Não só porque não há ainda qualquer substituto para as atividades operacionais, como continua a ser uma parte importante do pacote salarial dos colaboradores. Se a questão fosse apenas de mobilidade, modos suaves como as trotinetes ou bicicletas entravam no léxico das empresas. Só que não entram. A passagem da gestão de frota para a gestão da mo-

bilidade está a ser mais demorada do que se previu e, por aqui, não se vislumbram muitas alterações. A mobilidade de um colaborador é garantida por um automóvel. Por isso, a gestão de frota deve centrar-se cada vez mais nas soluções de rentabilização deste ativo, para voltar à linguagem do início do texto, antes de procurar soluções alternativas. Dito de outro modo, deve perguntar-se: já esgotei todas as minhas hipóteses de poupança nos automóveis?

O automóvel é uma parcela indispensável da mobilidade das empresas. Não só porque não há ainda qualquer substituto para as atividades operacionais, como continua a ser uma parte importante do pacote salarial dos colaboradores

DIRETOR Hugo Jorge (hj@fleetmagazine.pt) EDITOR Rogério Lopes (rl@fleetmagazine.pt) RE DAÇÃO David Santos (ds@fleetmagazine.pt) P U B LI CI DA D E Carina Dinis (cd@fleetmagazine.pt) ASSINATURAS E EVENTOS Mariana Sobral (ms@fleetmagazine.pt) EDITOR E PROPRIETÁRIO HDD Media, R. Alberto Oliveira, 2 1º Drt 1700-070 LISBOA N I P C 510669913 TE LE FO N E 915 912 909 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Hugo Jorge PA RTI CI PAÇÕ ES S O CI A I S ( +5%) Hugo Jorge SEDE DE REDAÇÃO R. Alberto Oliveira, 2, 1.º Drt 1700-070 Lisboa COLABORAM NESTA EDIÇÃO João Antunes, José Coelho, Luís Ventura Serrano, Miguel Vassalo, Renato Carreira, Ricardo Silva, LeasePlan Portugal FOTOS Augusto Brázio, Fleet Magazine PERIODICIDADE Trimestral

PAGI N AÇÃO Ricardo Santos

ASSI N ATU RA A N UA L 14 euros (4 números)

I MP RES SÃO DPS - Digital Priting Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214 337 000 N . º REGI STO E RC 125.585 D E P Ó S I TO LEGA L 306604/10 TI RAGE M 3500 EXEMPLARES ESTATUTO EDITORIAL DISPONÍV E L E M W W W. FLE ETMAGA ZI N E . PT/Q U E M-S O MO S © COPYRIGHT: NOS TERMOS LEGAIS EM VIGOR É TOTALMENTE INTERDITA A UTILIZAÇÃO OU A REPRODUÇÃO DESTA PUBLICAÇÃO, NO SEU TODO OU EM PARTE, SEM A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E POR ESCRITO DA “FLEET MAGAZINE”. SETEMBRO 2020

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Índice N.º 46 SETEMBRO 2020

fleetmagazine.pt

6 Notícias 8 Volvo quer menos acidentes e mais

responsabilidade ao volante

A tributação da utilização pessoal das viaturas

10 Opinião, Renato Carreira:

12 Balanço do mercado de novos e usados 22 Soluções de aquisição com mais

flexibilidade e menos compromisso

Regresso ao Futuro

26 Opinião, Ricardo Silva:

40 Opinião, João Antunes:

A tributação das viaturas

42 TCO: Ligeiros de mercadorias L1 46 Opinião, José Coelho:

18

Transição energética da frota

48 Cartões de Frota elétricos. Operadores

Frota LIDL

no mercado

A transformação digital do processo

de compra automóvel

50 Combustíveis sintéticos. O futuro? 52 Benefícios de um Cartão de Frota 54 Opinião, Miguel Vassalo:

A mobilidade elétrica faz parte da política de sustentabilidade

47 Dossier Cartões de Frota

56 Destaque Marca:

BMW: A vantagem da experiência

58 Destaque Modelo

Citroën C4: Revolução silenciosa

60 Apresentação:

Mazda MX-30

Jeep Compass 4xe e Renegade 4xe

Peugeot 3008

Renault Mégane E-TECH

Kia XCeed PHEV

66 Ensaios:

14 Locarent

Entrevista com os administradores Luís Guimarães de Carvalho e Paulo Viegas

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Fleet Magazine

Mini Cooper SE

Suzuki Vitara 1.4 GLX 4WD Hybrid 48V

BMW X1 sDrive 16d Corporate Edition

Peugeot 2008 1.5 BlueHDi 130 cv EAT8

Renault Clio e Dacia Duster GPL

Toyota Proace City 1.5D 100 cv L1 Comfort


NOVA GERAÇÃO PEUGEOT O FUTURO EM MOVIMENTO


792

Notícias

M I L H Õ ES D E E U R O S

VA LO R DA S E X P O R TAÇ Õ ES D E C O M P O N E N T ES A U TO M ÓV E I S FA B R I CA D O S E M P O R T U GA L E M J U L H O

SCHREIBER FOODS ADQUIRE FROTA DE SETE HYUNDAI TUCSON MHEV A Schreiber Foods renovou parte da sua frota. A empresa adquiriu sete Hyundai Tucson mild-hybrid 48V com caixa automática. Os veículos foram adquiridos em renting a 48 meses/120 mil quilómetros através das gestoras de frota ALD Automotive e LeasePlan. A chegada destes veículos à frota da Schreiber Foods destina-se a quadros médios das áreas operacionais da empresa. Fazendo parte de uma estratégia de eletrificação, os sete Tucson completam a frota de onze viaturas da empresa multinacional de laticínios que adquiriu as instalações da Danone em Castelo Branco no ano 2001. Até ao fim do ano a empresa espera renovar mais duas viaturas da sua frota.

— Zineb Ghout é a nova administradora-delegada da Renault Portugal, sucedendo a Fabrice Crevola, que transita para outras funções no Grupo Renault. Tendo iniciado a sua carreira na Renault em 2003, como chefe de produto júnior na sede da marca francesa, em Paris, mudou-se para a Argélia em 2007, onde desempenhou as funções de diretora de Marketing daquela filial entre 2011 e 2014. Entre 2015 e 2016 assume o cargo de diretora da Renault Retail Group para vários estabelecimentos da região da capital francesa e em 2017 é nomeada diretora de Marketing para a Península Ibérica, cargo que manteve até agora. — A ADENE – Agência para a Energia promove o Curso de Auditores e Gestores de Frota MOVE+ nos próximos dias 20, 21 e 27 de outubro. Em formato síncrono em modo e-learning, este curso tem o objetivo de qualificar auditores para atuação no âmbito do sistema de avaliação e classificação energética de frotas automóveis. O curso será constituído por duas componentes: teórica, orientada para a aplicação da metodologia de auditoria e classificação MOVE+ Frotas e prática, com acompanhamento de uma auditoria MOVE+ da qual deverá resultar, após validação da ADENE, a emissão de um certificado energético com relatório de auditoria. Aos formandos que completem com sucesso as componentes teórica e prática, incluindo a emissão de certificado válido, é atribuída a qualificação de Auditor de Frota MOVE+. — A Europ Assistance criou o iGO, uma nova solução de assistência em viagem para veículos elétricos. O iGO possui as seguintes coberturas: reboque do veículo até ao posto de carregamento mais próximo, em caso de falta de bateria, disponibilização de veículo a

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ALD AUTOMOTIVE PORTUGAL TEM NOVO DIRETOR-GERAL

combustão para deslocações urgentes, indemnização em caso de roubo de cabos de carregamento, proteção “home charger” e, adicionalmente, um serviço de consulta médica online. — A poucas semanas de terminar o período de transição do Brexit, as principais associações representantes da indústria automóvel europeia apelaram à União Europeia e ao Reino Unido para que possa ser garantido um Acordo de Comércio Livre (ACL). A falta de um acordo até ao final deste ano fará com que ambas as partes (União Europeia e Reino Unido) sejam obrigadas a manter relações comerciais sob as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), impondo uma tarifa de 10% sobre os ligeiros de passageiros e 22% sobre os comerciais ligeiros e camiões. Tarifas essas que são superiores às margens da maioria dos fabricantes. — O Continente Matosinhos inaugurou o Continente Plug&Charge, um hub com 18 carregadores de veículos elétricos que permite aos clientes que descarreguem as apps Continente Plug&Charge e Cartão Continente carregarem o seu veículo elétrico a partir de um cêntimo por minuto. A loja Continente da Amadora é a próxima a contar com este serviço de carregadores elétricos, que faz parte de um plano de expansão nacional que conta, até final de 2021, ter garantida uma distância máxima entre hubs de aproximadamente 100 km. — O ISQ vai instalar, numa parceria com o operador de mobilidade elétrica Helexia, dois postos de carregamento públicos no seu campus do Taguspark, em Oeiras. Numa fase inicial, um dos postos públicos terá duas tomadas de 22 kW (AC) e o outro posto uma tomada de 50 kW (DC) e outra de 43 kW (AC).

Será possível carregar quatro veículos em simultâneo nestes dois novos postos. No interior das instalações do ISQ haverá mais seis postos de carregamento. Recentemente, o ISQ investiu mais de meio milhão de euros num projeto de energias renováveis baseado em fotovoltaico, tendo instalado mais de dois mil painéis no campus do ISQ no Taguspark e em outras instalações do país.

Marek Malachowski é o novo responsável máximo pela gestora em Portugal. Marek Malachowski desempenhou anteriormente funções de diretor-regional para a zona Leste da Europa e de CEO da ALD Automotive na Polónia. O novo diretor-geral da ALD iniciou a sua carreira na Renault e ocupou diferentes cargos de gestão na área de vendas e marketing em vários países europeus. Passou ainda pela área de desenvolvimento e gestão de negócios da Scuderia Ferrari em Praga, na República Checa, e pelo conselho de Administração do RCI Banque Polónia. Marek Malachowski é mestrado em Geografia e Economia pela Universidade de Gdansk.

— A Brisa e a LeasePlan criaram o portal Via Verde Auto dedicado à oferta de viaturas com propostas de renting e ao apoio na transição para a mobilidade elétrica. Este incentivo materializa-se em vantagens exclusivas na compra ou renting de soluções eletrificadas. Além disso, o portal disponibiliza informações sobre o universo da mobilidade elétrica, por exemplo, quanto é possível poupar ou os locais de carregamento de veículos. O Via Verde Auto permite ainda a marcação de serviços rápidos ou de revisões oficiais de marca, bem como a consulta de orçamentos fechados e pagamento online. — A EDP Comercial estabeleceu uma parceria com a UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos e aderiu à Charge Up Europe. Da parceria com a UVE fazem parte o lançamento de campanhas e benefícios no que respeita a soluções de energia para os associados da UVE. A elétrica nacional diz querer, com esta iniciativa, facilitar o carregamento de veículos elétricos (VE) dentro e fora de casa e apoiar na transição energética. A EDP é a primeira empresa portuguesa a aderir à Charge Up Europe, uma aliança que tem como objetivo primeiro facilitar o acesso a infraestruturas de carregamento modernas e de qualidade que sirvam as necessidades dos utilizadores de VE. A Charge Up Europe foi fundada pela Allego, a ChargePoint e a EVBox. SETEMBRO 2020

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VOLVO + FLEET MAGAZINE

Volvo quer menos acidentes e mais responsabilidade ao volante É sabido que a identificação e promoção de boas práticas de condução é vital para a redução da sinistralidade rodoviária nas empresas. Os acidentes de viação são motivo de preocupação dos gestores de frota, que sempre que se deparam com um acidente têm de contar com o inerente absentismo daí resultante, além da imobilização da viatura, que representa uma quebra no volume de negócios da empresa

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Fleet Magazine

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omo tal, pensar a segurança numa organização começa muito antes de se formar um condutor: começa a partir do momento em que se escolhe uma viatura – que se quer segura. A Volvo, enquanto fabricante, trabalha nesse sentido: o de reduzir significativamente a sinistralidade rodoviária e, como consequência, aumentar o valor das empresas que a escolham para parceira de negócios. São 93 anos de existência com foco na segurança, robustez e inovação. Continua a ecoar na mente de muitos o mantra de que a Volvo faz “os carros mais seguros do mundo”. Em 1944, a Volvo introduz o Safety Cage (“gaiola de segurança”) nos seus automóveis e, mais tarde, os vidros laminados. Alguns anos depois, em 1959, a marca revela aquela que será considerada por muitos uma das mais importantes invenções da indústria automóvel: o cinto de segurança de três pontos. As estatísticas dizem que, graças a esta invenção, foram salvas mais de um milhão de vidas. A Volvo foi o primeiro fabricante do


mundo a equipar de série os seus automóveis com cintos de segurança de três pontos nos bancos da frente, tendo mais tarde partilhado essa tecnologia com os demais construtores. Agora, 61 anos depois do início dessa revolução ao nível da segurança, é preciso continuar a manter os condutores mais seguros com novas tecnologias. Tecnologias essas que também foram sendo aplicadas aos automóveis, tornando-os mais seguros, mas, ao mesmo tempo, mais rápidos. Mediante essa evolução, o fabricante sueco identificou a velocidade como uma das principais razões para a letalidade dos acidentes rodoviários. Por isso, é já a partir do próximo ano que todos os Volvo serão equipados com um limitador de velocidade a 180 km/h, limitador esse que faz parte do compromisso da marca sueca, que já no passado tinha manifestado a intenção de reduzir o número de ferimentos graves e de mortes no trânsito resultantes do excesso de velocidade. Para limitar essa mesma velocidade ao volante, a Volvo criou a Care Key, que em 2021 permitirá aos condutores definirem não só o seu próprio limite de velocidade mas também para outros condutores que venham a utilizar o veículo. É desta forma que a Volvo envia um sinal de

alerta à indústria automóvel: o construtor tem a responsabilidade de ajudar a melhorar a segurança rodoviária, diz Malin Ekholm, diretora do Safety Centre da Volvo Cars. Por outro lado, “o limitador de velocidade e o Volvo Care Key ajudam as pessoas a refletir e perceber que o excesso de velocidade é perigoso”, refere Ekholm. É nesta dicotomia que assenta a postura da Volvo: proporcionar ao condutor, por um lado, tranquilidade e, por outro, motivar melhores comportamentos ao volante. Duas bandeiras que a marca agita ao alto e que começaram a dar os seus frutos. Pouco depois da marca ter anunciado a limitação de velocidade máxima e o Care Key, a Comissão Europeia veio reforçar a posição da marca sueca e anunciou uma nova legislação que prevê que todos os automóveis vendidos a partir de maio de 2022, na União Europeia, terão de passar a oferecer um limitador de velocidade inteligente de série, bem como um sistema de monitorização do estado do condutor – se este se encontra distraído ou sob o efeito de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas. E embora sejam criadas cada vez mais medidas preventivas, continua a haver um problema: a partir de determinados valores, e em caso de acidente, muitas vezes a tecnologia de segurança e a estrutura do próprio veículo não conseguem

evitar ferimentos mais graves ou mesmo fatalidades. Torna-se, portanto, indispensável formar e educar os recursos humanos das empresas no sentido da prevenção e segurança rodoviária mais do que nunca. Os condutores têm uma compreensão muitas vezes insuficiente dos perigos da velocidade a que conduzem. A Volvo sabe que a tecnologia com que equipa os seus automóveis pode não ser, por si só, suficiente para atingir a redução de acidentes desejada, uma vez que há uma vertente humana envolvida. Por isso, a empresa amplia o âmbito do seu foco e destaca como fundamental o comportamento e o papel do condutor na prevenção rodoviária. Por isto, a Volvo procura parcerias com entidades públicas, como a ANSR - Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária, no intuito de apelar aos condutores que, na estrada, mantenham a responsabilidade. Mais recentemente, a marca abraçou a campanha de prevenção “E se a estrada falasse...” da ANSR. Num contexto de gradual regresso à normalidade após um período de confinamento, a Volvo e a ANSR apelaram aos cidadãos que mantivessem (ao volante) a responsabilidade que demonstraram quando lhes foi pedido que ficassem em casa para proteger os outros.

SETEMBRO 2020

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Opinião Renato Carreira PA R T N E R D E LO I T T E

A tributação da utilização pessoal das viaturas

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o atual contexto que enfrentamos, é evidente que as dificuldades por que passam as pessoas e as empresas são muito significativas. A dimensão da crise económica na grande maioria dos países do mundo é de tal modo expressiva, que a expectativa é que a recuperação possa demorar vários anos. Ao nível do sector automóvel, a crise é particularmente severa. As vendas de veículos novos sofreram acentuadas quebras, mas também a utilização das viaturas regrediu como consequência das medidas de confinamento, do teletrabalho e da diminuição da movimentação generalizadas de todos nós. Ora, sendo a aquisição e a utilização de automóveis um importante pilar das receitas fiscais, é possível antecipar que também, a este nível, possa haver um impacto adverso para o Estado, em especial no que se refere aos impostos especiais sobre o consumo, nos quais se incluem o Imposto Automóvel e o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos. No entanto, ao nível da tributação das empresas relativamente à detenção e utilização de viaturas, a legislação prevê um agravamento sempre que as empresas não registem resultados positivos. Falamos da tributação autónoma que incide sobre os encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, motos ou motociclos, excluindo os veículos elétricos, dado que o Código do IRC prevê um agravamento em 10 pontos percentuais das respetivas taxas de tributação, quando os sujeitos passivos apresentem prejuízo fiscal no período a que respeitam os encargos suportados. Ora, perante uma conjuntura especialmente

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adversa e em que muitas das empresas com atividades em Portugal enfrentam o risco efetivo de virem a apurar prejuízos fiscais, não só no corrente ano de 2020, mas também nos próximos anos, será muito penalizador para essas mesmas empresas terem de suportar um encargo acrescido com a tributação das viaturas ligeiras de passageiros que detêm e/ou utilizam. Esta matéria foi acolhida no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros n.º 41/2020, de 6 de junho, que aprovou o Programa de Estabilização Económica e Social, onde se previa, entre as medidas fiscais enunciadas, que deveria ser desconsiderado o agravamento das tributações autónomas devidas pelas empresas com lucros em anos anteriores e que viessem a apresentar prejuízo fiscal no ano de 2020 (ponto 4.3.2). Não obstante esta manifestação de intenção, a Lei que aprovou o Orçamento do Estado

A Lei que aprovou o Orçamento do Estado Suplementar para o ano de 2020, e que adotou várias das medidas fiscais elencadas no Programa de Estabilização Económica e Social, não veio ainda a contemplar a referida medida referente ao não agravamento da Tributação Autónoma

Suplementar para o ano de 2020, e que adotou várias das medidas fiscais elencadas no referido Programa de Estabilização Económica e Social, nada veio ainda a contemplar a referida medida referente ao não agravamento da Tributação Autónoma. Temos assim e que a referida medida venha efetivamente a ser adoptada que as empresas que apurem prejuízos fiscais, ainda que motivados conjunturalmente pela atual situação de pandemia e consequente crise económica, poderão vir a ter um agravamento fiscal associado aos encargos com viaturas ligeiras de passageiros. Neste contexto, ganha importância acrescida a possibilidade que as empresas têm de excluírem de Tributação Autónoma os encargos referentes a viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o acordo de utilização com o respetivo colaborador, nos termos previstos no Código do IRS. Esta possibilidade, que já em muitos casos, designadamente quando estão em causa viaturas sujeitas às taxas mais elevadas de tributação autónoma, se revelava fiscalmente menos onerosa na comparação entre a tributação autónoma de IRC devida sobre a totalidade dos encargos e o IRS devidos na esfera do colaborador sobre o rendimento que está associado à utilização da viatura, revela-se, desta forma, de particular relevância neste momento. Tomando como exemplo uma viatura com um custo de aquisição acima dos 35 mil Euros, a taxa de tributação autónoma de IRC agravada (pela existência de prejuízos fiscais) que incide sobre todos os seus encargos é de 45%. Havendo acordo escrito entre a empresa e o colaborador a quem a viatura se encontra adstrita para utilização pessoal, a tributação deixa de ocorrer em sede de IRC e passa a incidir na esfera do colaborador, à sua taxa marginal de IRS, sobre um rendimento máximo anual correspondente ao produto de 0,75% do valor de mercado da viatura, reportada a 1 de janeiro do ano em causa, pelo respetivo número de meses de utilização. Assim, em especial neste novo tempo em que muitas das empresas são chamadas a reinventar-se, poderá merecer ponderação, nos casos que se revele exequível, a referida opção pela tributação em IRS na esfera do colaborador pela utilização de viaturas ligeiras de passageiros.



M E R CA D O

Radiografia mercado automóvel

TOP 10 MARCAS (LIGEIROS)* 1.º Renault (-46,2%) 2.º Peugeot (-39,7%) 3.º Mercedes-Benz (-20,4%) 4.º BMW (-32,6%) 5.º Citroën (-49,7%) 6.º Nissan (-31,4%) 7.º Seat (-43%) 8.º Volkswagen (-43,3%) 9.º Toyota (-37,8%) 10.º Ford (-36%)

(Janeiro/Agosto)

CARROS NOVOS UNIÃO EUROPEIA (EU28)

6.123.852

MOTORES TOP 10 MODELOS (PASSAGEIROS)*

(QUOTA DE MERCADO. LIGEIROS DE PASSAGEIROS E COMERCIAIS LIGEIROS)

Ligeiros de passageiros (-32,0%)

4

5 6

3

MERCADO CARROS NOVOS PORTUGAL

92.474

1

Ligeiros de passageiros (-42%)

16.111

Comerciais ligeiros (-36,7%)

2

1.º Renault Clio (-37,3%) 2.º Mercedes-Benz Classe A (-25,2%) 3.º Peugeot 208 (-43,6%) 4.º Peugeot 2008 (-35%) 5.º Renault Captur (-55,5%) 6.º Citroen C3 (-45,5%) 7.º BMW Série 1 (-9,6%) 8.º Ford Focus (-33,6%) 9.º Peugeot 308 (-40%) 10.º Renault Mégane (-56,2%)

1 Gasóleo 43,4% 2 Gasolina 40,5% 3 Híbridos (PHEV) 5,2% 4 Híbridos 5,8%

TOP 10 MARCAS (COMERCIAIS)*

5 Elétricos 4,3% 6 GPL 0,7%

DIMENSÃO DO MERCADO PORTUGUÊS FACE AO DOS CINCO PRINCIPAIS MERCADOS EUROPEUS (MATRÍCULAS NOVAS DE LIGEIROS DE PASSAGEIROS) MERCADO

VIATURAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS

QUOTA DE MERCADO EUROPEU

VARIAÇÃO ANUAL

União Europeia (EU27) 6.123.852 -32% Alemanha 1.776.604 29,01% -28,8% França 998.409 16,30% -32% Itália 809.655 13,22% -38,9% Espanha 524.706 8,56% -40,6% Portugal 92.474 1,51% -42% Restante mercado 1.922.004 31,38% -28%

PRODUÇÃO AUTOMÓVEL PORTUGAL unidades Ligeiros de Passageiros (-34,2%)

121.053 30.120

unidades Comerciais Ligeiros (-20% da produção total)

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MATRÍCULAS RENT A CAR Ligeiros de passageiros (-74%)

15.038 1.804

Comerciais (-55%)

1.º Peugeot (-31,5%) 2.º Renault (-57,3%) 3.º Citroen (-28,8%) 4.º Fiat Professional (-48%) 5.º Ford (-20,3%) 6.º Opel (-23,8%) 7.º Toyota (-1,61%) 8.º Volkswagen Comerciais (-15%) 9.º Mercedes-Benz (-48,2%) 10.º Mitsubishi (-35,5%)

TOP 10 MODELOS (COMERCIAIS)* 1.º Peugeot Partner (-37%) 2.º Citroën Berlingo (-26,1%) 3.º Renault Kangoo (-57,3%) 4.º Opel Combo (-30,3%) 5.º Peugeot Boxer (34,3%) 6.º Toyota Hilux (-1,5%) 7.º Renault Master (-36,2%) 8.º Fiat Doblo (-59,4%) 9.º Iveco Daily (-33,5%) 10.º Fiat Ducato (-15,8%)

*DESEMPENHO FACE AO MESMO PERIODO DE 2019


Recuperação do mercado automóvel de usados Historicamente o mercado de usados sempre tendeu a ser mais resiliente (a cair menos que os novos e a recuperar mais rápido). Desta vez não foi exceção e, de acordo com os dados do Observatório INDICATA, retomou logo em Maio. A crescente recuperação do lado da procura aliada ao facto de existir menos produto usado (por exemplo, menos retomas fruto de menos negócio de novos) condiciona fortemente o stock nacional de usados, com níveis globais a descerem 20% desde Junho, de acordo com os dados apresentados pelo Observatório INDICATA. Tendo em conta o atual desequilíbrio entre a oferta e a procura e o crescente aumento dos valores que se praticam no comércio (B2B), a mesma fonte prevê que possamos começar a ver correções em alta nos preços de retalho nos próximos meses.

Observatório de Frotas O Observatório de Frotas é uma iniciativa FLEET MAGAZINE destinada a analisar o comportamento e tendência das empresas com frotas automóveis. Gestores de frota e responsáveis de compra das empresas são convidados a responder a um conjunto de questões que, no seu todo, pretendem ajudar a traçar o panorama nacional no que se refere à composição, modelo de financiamento, recurso de ferramentas de gestão, preocupações e tendências de comportamento, nomeadamente: DIMENSÃO DA FROTA 30% 6

DIMENSÃO FROTA DE FUNÇÃO 10% 10%

7

8

6

12%

7 8% 9 1 5 26%

9 10%

16% 5

1 6%

2 8% 3

18% 1 1 a 10 viaturas

5 +100

1 - de 10%

2 11 a 20 3 21 a 50 4 51 a 100

6 +250

2 - de 20%

7 +500

3 - de 25% 4 - de 30% 5 - de 40%

8 +750 9 +1000

DIMENSÃO DA FROTA OPERACIONAL

3 6 - de 50% 7 + de 50% 8 + de 75% 9 100% ou próximo

MODELO DE FINANCIAMENTO 3

66% 7

2 10%

10%

16% 4

4

PREÇO DE RETALHO

> 72% das respostas indicam vontade de manter o mesmo modelo de aquisição; > 56% declara estar preocupado que a redução da atividade económica da empresa venha a gerar pressões sobre a frota, com o aumento dos custos de financiamento (40%) e atrasos na entrega das viaturas (34%); > Apesar disso, 60% declara estar a renovar o parque automóvel em 2020 conforme planeado e, se 22% diz ir adquirir veículos plug-in e 100% elétricos este ano, a mesma percentagem de respostas indica intenção de adiar a eletrificação da frota.

4

12% 2

5

18%

6

1

6

8% 5

1 - de 10%

3

14% 54% 1

2 1 Renting praticamente 100% frota

2 - de 20%

5 - de 40% 6 - de 50%

2 Leasing praticamente 100% frota

3 - de 25%

7 + de 50%

3 ALD, crédito bancário ou aquisição

4 - de 30%

praticamente 100% 4 Renting - de 50% da frota 5 Renting + de 50% da frota 6 Leasing - de 50% da frota 7 Leasing + de 50% da frota

FICHA TÉCNICA: A presente avaliação preliminar tem por base um universo de 50 respostas obtidas por um questionário online entre julho e setembro de 2020, com especial incidência de empresas da área dos serviços (32%), distribuição e logística (20%), tecnologia e comunicação (20%), indústria alimentar e bebidas (12%) e assistência técnica (12%). 28% das empresas com mais de 1000 colaboradores, 24% com mais de 500 colaboradores e 16% com mais de 100 colaboradores.

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M E R CA D O

ENTREVISTA A LUÍS GUIMARÃES DE CARVALHO E PAULO VIEGAS

Locarent: negócio e foco no cliente —— A Locarent encontra-se numa nova fase da sua vida, entrando nos grandes concursos, apostando no segmento de particulares e em novos canais, mantendo contudo a dinâmica no segmento empresarial. Novas campanhas, focadas em preços competitivos são também uma nova realidade. Em marcha está ainda a criação de um canal próprio para angariação direta de clientes

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Locarent é a única locadora do mercado com uma gestão diferenciada, feita complementar e sinergicamente a quatro mãos. Por ser detida por dois grandes operadores da banca nacional – Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco – a locadora tem este modelo desde a sua constituição. Há dois anos, Luís Guimarães de Carvalho e Paulo Viegas chegaram à Locarent e trouxeram mais foco no negócio e proximidade com os clientes. De uma gestora assente na rede das duas instituições bancárias, estão a construir o seu próprio canal de negócio, seja digital ou com força de vendas. Os objetivos são que este canal próprio traga tantos clientes como qualquer uma das redes bancárias. Por outro lado, querem estar mais próximos dos clientes. Depois de um ano de 2019 com bons resultados comerciais, a prova de fogo foi com a situação difícil que alguns clientes viveram durante o confinamento, que a Locarent tentou contornar não só com as suas soluções como pela ligação aos programas de apoio distribuídos pelos seus acionistas. De que forma é que a Locarent está a melhorar a relação com o cliente? Luís Guimarães de Carvalho (LGC): É um processo dinâmico com intervenções ao nível da organização comercial, agilização de

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processos que libertem tempo para a venda e novos canais de comunicação. Para isso, alterámos o modelo organizativo, muito centrado na organização comercial dos dois acionistas e muito estratificado por segmentos nos grandes centros urbanos e geográfico no resto do país. Os gestores de cliente começaram a ter uma organização geográfica, que permite dedicar mais tempo e estar mais perto de cada um desses clientes. No domínio dos processos, acabámos de desenvolver uma solução de CRM centrada no ciclo de vida do cliente, que nos garante contactos regulares, oportunos e permanentes com os clientes e conseguimos perceber quais são as suas necessidades e entregar então as melhores soluções. Por fim, nos canais, destacaria a nova versão do portal myLocarent que dá mais e melhor informação, conferindo assim maior autonomia e flexibilidade aos nossos clientes. Paulo Viegas (PV): Muitas vezes, quando abordamos os clientes é já com uma ligação decorrente daquela que têm com os acionistas e que pode ser potenciada para o renting. Este argumento relacional é um aspeto distintivo, comparativamente a outros players do mercado e que permite alavancar a relação com o cliente. Por outro lado, nós próprios fazemos regularmente visitas comerciais. Permite que esteja presente alguém que possa fechar negócio e dar algum empowerment à relação. Procuramos estar muito mais próximos dos clientes, não apenas quando


> Número de veículos: cerca de 640 unidades ligeiras de passageiros; > Modelo de financiamento: Aquisição direta por política central da empresa, manutenção e gestão oficinal contratualizada com a Leaseplan; > Marca predominante: BMW via acordo internacional do Grupo Schwarz, do que o Lidl faz parte; > Idade média da frota: 34 meses; > Prazo médio de utilização da viatura: 48 meses ou 180 mil kms; > Equipamento essencial: todos os itens de segurança que aumentem a proteção dos utilizadores; > Sistema de georreferenciação e ou de controlo/gestão de frota: não utilizado; > Decoração da frota. Razões: apenas viaturas elétricas de pool, para promover o compromisso do Lidl com a sustentabilidade

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ENTREVISTA A LUÍS GUIMARÃES DE CARVALHO E PAULO VIEGAS

têm uma necessidade, nos bons momentos e nas dificuldades, para que estejamos sempre na sua memória, buscando proativamente encontrar as soluções mais adequadas para a gestão da frota, tendo em vista que sejamos credores das suas preferências. A Locarent é uma gestora conhecida pela sua ligação às PME, mas tem vindo a aproximar-se das grandes contas. Quais são os seus objetivos? PV: Temos hoje claramente mais "grandes contas" do que aquelas que já tivemos. Embora o nosso posicionamento esteja de facto mais ligado às PME, não queremos deixar as grandes contas de parte. Já temos uma área interna ligada aos grandes concursos, com gestor dedicado, que anteriormente não tínhamos. LGC: Nas grandes contas, onde as margens são mais apertadas, o esforço de gestão é maior e as ferramentas de aferição da rentabilidade têm que ser muito finas. Foi o que fizemos, concluindo que os clientes maiores podem ser rentáveis e além disso dão volume, que é muito importante nesta área de negócio. A cultura da Locarent mudou; hoje não há quase nenhum concurso público em que não estejamos presentes. Temos capacidade de aferir rentabilidade e o que o mercado pode esperar é que a Locarent vai tentar ganhar todas as operações que gerem valor. O que esperam vir a oferecer em termos de mobilidade para os clientes? LGC: A nossa preocupação foi ver de que forma podíamos extrair valor para os stakeholders e ter uma visão de longo prazo, de acordo com o nosso modelo de negócio. Nesta visão de longo prazo, o objetivo é transformar a Locarent numa empresa de mobilidade intermodal. Sabemos que é o Santo Graal de todos os que andam neste setor, mas é a nossa ambição e acreditamos que há espaço para vários atores, atuando em parceria. Ver como pode ser feito é simples, fazê-lo com rentabilidade é mais difícil, porque são soluções que precisam de integração de sistemas e escala. Mas, para já, estamos focados em soluções de curto prazo e em afinar a casa, de forma a criar condições financeiras para fazer outro tipo de investimentos. A muito curto prazo vamos lançar o renting de usados e estamos a trabalhar numa parceria no domínio das soluções elétricas de carregamento.

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PV: A mobilidade é um chavão que se criou, sobre o qual já começam a existir algumas coisas em concreto. Não existe nenhum player que consiga oferecer essa solução de mobilidade de uma forma completa. É preciso escala, clientes e parcerias para que exista. Não conheço ainda nenhum business case rentável, capaz de oferecer a globalidade de soluções de mobilidade e que seja bem sucedido. Encontramos tendências - e algumas delas têm sido refreadas pelos tempos que vivemos, como se constata por exemplo relativamente ao carsharing. Temos a ambição de oferecer um conjunto complementar de serviços associados ao renting, mas isso vai essencialmente

depender da resposta e comportamento que os clientes vão dando às soluções de mobilidade que vão surgindo no mercado. Que sentido fará encaixar outros modelos de financiamento na Locarent? LGC: A Locarent nunca será uma instituição financeira; para isso tem os dois acionistas. Sendo detida por duas instituições financeiras o que faz sentido é ser uma empresa operacional. Não estamos a ver a Locarent a investir em empresas operacionais de mobilidade, mas antes numa conta de mobilidade que é um serviço e não financiamento. Para tudo o que sejam soluções


financeiras, ajudamos os clientes a encontrarem as soluções junto dos bancos acionistas. PV: Os bancos [acionistas] é que têm o estatuto e a capacidade de o fazer. A sinergia que existe com os bancos é uma sinergia nos dois sentidos. Por exemplo, neste momento uma das coisas que podemos fazer para ajudar os clientes, sem prejuízo das soluções que temos preconizadas na Locarent, são as moratórias legais e as linhas de apoio à economia que os nossos parceiros bancários têm disponíveis. Dentro da Locarent, que tipo de resposta têm preparada para ajudar as empresas a responder a esta situação atual? PV: As locadoras de AOV não são abrangidas pela concessão de moratória legal aos seus clientes. Mas temos o dever de ajudar esses clientes. Aumentámos a monitorização das ausências de pagamento e dissemos aos comerciais para começarem a acompanhar e gerir os clientes em vez de simplesmente “vender”. Além disso, aconselhamos estes clientes a socorrerem-se junto dos nossos acionistas com os dois instrumentos referidos que não existem noutros players e que os ajudam a melhorar a sua tesouraria. LGC: Esta crise não está a afetar os clientes da mesma forma. A nossa primeira preocupação foi identificar os sectores de atividade que iriam estar mais impactados com o estado de emergência. E cruzámos essa informação com a avaliação de risco, para perceber que capacidade esses clientes tinham de suportar alguns meses sem atividade significativa. As nossas equipas comerciais contactaram intensivamente. Em primeiro lugar, a dar conta da disponibilidade da Locarent para pagamentos parciais das rendas. Em segundo lugar, divulgando as linhas de crédito governamentais, agilizando a articulação com os bancos. E, mais importante, assessorando os clientes naquilo que são as virtudes e a flexibilidade do renting nestas situações, nomeadamente os recálculos, extensões ou vencimentos antecipados. Que produtos novos é que a Locarent lançou neste novo momento? LGC: Lançámos de imediato um programa de extensões de contratos, com condições vantajosas. Estamos a ultimar o lançamento de uma oferta de renting de usados, dado que há boas oportunidades e interesse em soluções ainda mais económicas. Alargámos também

as campanhas e o investimento em marketing digital para melhor servir a crescente procura dos particulares. Isso implica uma reformulação dos canais de negócio? LGC: Durante 15 anos, o modelo de negócio da Locarent estava assente nas redes bancárias da CGD e do Novo Banco. Concluímos que a nossa capacidade de crescimento estava confinada se nos limitássemos a esse modelo de distribuição. Temos agora dois canais de distribuição: o bancário e um canal Locarent, com múltiplos sub-canais. Um canal próprio, através de inbound, com o nosso novo site, e um canal autónomo, que tem vindo a trazer leads. PV: O nosso mercado é 90% de empresas. Os ENI e os particulares têm um grau de fidelização mais difícil, mas temos igualmente resposta para esse segmento. Também temos robustecido aquilo que é a nossa oferta. Temos as campanhas quadrimestrais onde temos as melhores condições do mercado e as ofertas limitadas no tempo, de curto prazo, com os carros do momento. Além da nossa oferta permanente dos 15 carros mais vendidos no país. Pensam vir a ter oferta integrada para a mobilidade elétrica? LGC: Para casos concretos, já temos oferta com postos de carregamento, através do financiamento bancário na instalação de postos. Estamos num processo avançado de negociação para escolher o parceiro que nos oferece mais garantias em termos de qualidade da oferta, nível de serviço e preço. Não só com as infraestruturas de carregamento, como as necessidades de carregamento dos clientes em espaços públicos, privados, no domicílio, em condomínios, etc...

Não estamos a ver a Locarent a investir em empresas operacionais de mobilidade, mas antes numa conta de mobilidade que é um serviço e não financiamento

Neste momento, as rendas médias dos operadores têm vindo a aumentar. Este é um tema de preocupação? PV: Tirando apenas um operador, todos os outros são um price taker dos valores residuais. A Locarent, por exemplo, não tem capacidade para influenciar os valores residuais. Durante a pandemia, houve mais cautela quanto àquilo que vai acontecer com os valores residuais. O que fazemos é esbater as outras componentes da renda, para que possamos trazer competitividade nas soluções apresentadas aos nossos clientes. LGC: Os operadores que têm este risco estão a geri-lo de diferentes formas. O programa de extensões tem tido um grande sucesso junto dos operadores e permite uma gestão prudente dos respetivos balanços. O renting de usados não é mais do que aumentar a fruição da viatura dentro do operador, podendo ir para o mercado no final com valores mais baixos. E há ainda os alugueres de média duração. Estes são três exemplos de soluções que os operadores encontraram para gerir os valores residuais, mitigando os seus impactos. Por outro lado, é importante referir que esta desvalorização não é igual para todo o tipo de modelos, pelo que há sempre soluções mais competitivas do que outras. Pretendem continuar com a vossa atividade operacional através de parcerias? PV: Estamos satisfeitos com as parcerias que temos e são elas que nos permitem dar respostas mais abrangentes aos clientes. E elas têm evoluído ao longo do tempo. Se pergunta se está nos horizontes da Locarent criar uma infraestrutura autónoma desse género a curto prazo, a resposta é não. Mas queremos ter um nível de parceria atento, dinâmico, responsável e crítico para termos uma capacidade de melhorar as condições de oferta que deixe os clientes confortáveis. LGC: O ADN da Locarent é parcerias. Tudo o que podemos fazer de forma externalizada, fazemos. A única área não externalizada é a comercial. É com grande satisfação que podemos dizer que todos os parceiros se mantêm desde a génese da Locarent. São parcerias silenciosas? Não, são atentas, vigilantes e construtivas. Os modelos do início já não são os de hoje, porque tem havido esta capacidade de fazer evoluir, ajustando aos desafios do presente e às ambições do futuro. SETEMBRO 2020

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F R OT I STA S

LIDL

Mobilidade elétrica faz parte da política de sustentabilidade —— A frota do Lidl Portugal é gerida pela área de mobilidade, que integra o departamento de aquisição. A BMW está muito presente na frota em resultado de um acordo internacional, abrangendo modelos elétricos e plug-in, que contribuem para a política de sustentabilidade ambiental transversal a todas as atividades da empresa. Incluindo no papel de parceiro da mobilidade elétrica, através de rede de postos de carregamento públicos que estão a ser instalados nas suas lojas

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m meados deste ano, o Lidl anunciou um investimento de um milhão de euros na mobilidade elétrica, destinados à instalação de mais 38 postos de carregamento de carros elétricos de norte a sul de Portugal, que se juntam aos que já existem em três lojas desde 2016. Até fevereiro de 2021 deve assim contar com um total de 41 pontos de carregamento, incluído de carga rápida, que se inserem na política de sustentabilidade do grupo e nos três princípios da estratégia de responsabilidade corporativa da marca: promoção de estilos de vida sustentáveis, proteção do planeta e apoio às comunidades locais, neste caso traduzido pela possibilidade de os clientes poderem deixar os seus veículos a carregar enquanto fazem compras nas lojas. “A sustentabilidade faz parte do nosso ADN e continuará a ser uma das nossas prioridades, pelo

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que a aposta na mobilidade elétrica está em linha com a nossa estratégia e o nosso compromisso para com o ambiente, que prevê, em várias frentes, a proteção do planeta, contribuindo para uma mobilidade mais amiga do ambiente”, explica Ricardo Pereira, diretor do departamento de aquisição do Lidl Portugal, que superentende a área de mobilidade da empresa. “A rede de mais de 40 postos de carregamento para carros elétricos nas nossas lojas vai permitir aos utilizadores viajarem de norte a sul do país com energia verde, já que os carregadores estarão localizados de forma a garantir a autonomia necessária entre todos os postos de carregamento”, prossegue. A frota do Lidl Portugal, gerida centralmente pela área de mobilidade que integra o departamento de aquisição – “embora o acesso às viaturas seja idêntico, independentemente da sua localização, uma vez que dispomos de


Ricardo Pereira é Diretor de Aquisição do Lidl Portugal desde janeiro de 2017. Trabalha na empresa desde meados de 2005

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LIDL

B.I.

> Número de veículos: cerca de 640 unidades ligeiras de passageiros; > Modelo de financiamento: Aquisição direta por política central da empresa, manutenção e gestão oficinal contratualizada com a LeasePlan; > Marca predominante: BMW via acordo internacional do Grupo Schwarz, do qual o Lidl faz parte; > Idade média da frota: 34 meses; > Prazo médio de utilização da viatura: 48 meses ou 180 mil km; > Equipamento essencial: todos os itens de segurança que aumentem a proteção dos utilizadores; > Sistema de georreferenciação e ou de controlo/gestão de frota: não utilizado; > Decoração da frota. Razões: apenas viaturas elétricas de pool, para promover o compromisso do Lidl com a sustentabilidade

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O Lidl investiu um milhão de euros na colocação de mais 38 postos de carregamento até fevereiro de 2021, incluindo carregadores rápidos que permitem uma recarga de 80% da bateria em apenas trinta minutos. A intenção é permitir abastecer um veículo elétrico durante uma ida regular às compras. quatro direções regionais (Famalicão, Torres Novas, Sintra e Palmela), para além da sede, operando de norte a sul do país”, frisa Ricardo Pereira, também já dispõe de modelos elétricos e híbridos “plug-in”. “Já disponibilizamos o BMW série 5 PHEV e o BMW i3 e prevemos alargar, adicionalmente, com o série 5 PHEV Touring, acreditando assim num aumento de uma frota ainda mais sustentável e reforçando o nosso compromisso diário de tornar as nossas atividades comerciais o mais sustentáveis possível e procurar alertar a sociedade para o tema. Facultando aos utilizadores das viaturas um documento com informação relevante sobre sinistralidade, avarias e quebra de vidros, o Lidl não possibilita formação de eco-condução ou de condução defensiva aos colaboradores. E sendo facto recente, os dados que resultam da utilização dos veículos eletrificados da sua frota estão ainda em período de análise.



S E RV I Ç O S

Mais flexibilidade, menos compromisso —— A realização de trabalhos a prazo, projetos sazonais e a colocação ou mobilidade temporária de colaboradores requerem muitas vezes a procura pontual de uma ou mais viaturas. Os tempos de incerteza económica vieram dar uma dinâmica nova aos alugueres de curta duração e, nas páginas que se seguem, concentramos alguma da oferta atual de locação flexível, tanto de gestoras de frota como de empresas de rent-a-car

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lém das necessidades temporárias de mobilidade, vários fatores podem levar à procura de soluções de locação de prazo mais curto: > Contratualização com maior flexibilidade de prazos, seja pela entrega antecipada da viatura ou antecipando a eventual necessidade de extensões sucessivas do contrato (algumas vezes com reajuste dos encargos, sendo que a dilatação do prazo inicialmente contratualizado pode até gerar uma redução do custo médio do aluguer); > Uma resposta mais rápida na elaboração de propostas, efetivação do contrato e, sobretudo, entrega da viatura, que geralmente já está disponível, matriculada e preparada; > Menos burocracia processual e financeira; > Em alguns segmentos, pode significar poupanças significativas ao nível da Tributação Autónoma. A COVID-19, a paralisação parcial da economia e as incertezas em relação ao desempenho da atividade da empresa acrescentaram, em 2020, outras razões com efeito positivo sobre a procura desta solução: > Atraso na entrega do modelo automóvel pretendido, por dificuldades de fornecimento das fábricas, devido aos atrasos da produção ou logísticos; > Dúvidas quanto à evolução da economia,

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quanto ao rumo dos negócios em curso ou previstos, com grande impacto nas atividades com necessidades de transporte de mercadoria e/ou pessoal (empresas de aprovisionamento ou limpeza de escritórios, de distribuição de refeições ou de prestação de serviços sociais, por exemplo); > Indefinição quanto à manutenção de postos de trabalho com viatura, como colaboradores da área comercial e quadros com direito a viatura de função; > Incerteza quanto à política de frota futura, nomeadamente no que se relaciona com decisões de downsizing de atribuição de viatura ou de transição para outras formas de mobilidade, nomeadamente veículos eletrificados. O contributo do novo “normal” “Ninguém obviamente estava preparado para este ‘volto já’ dentro de dois meses”, exclamava João Pedro Lopes, gestor de frota do Millenniumbcp, num depoimento a propósito da situação inesperada vivida este ano. Proferida em abril de 2020, a afirmação permanece em parte válida após o período de confinamento, com algumas empresas a vivenciarem um regime de lay-off e outras, cuja atividade o permite, a manterem os colaboradores em teletrabalho ou em regime misto, regressando em modo rotativo aos escritórios.

E o facto de continuarem a pairar algumas incertezas laborais referidas anteriormente – indefinição quanto ao modelo futuro de trabalho ou até em relação à manutenção do número de trabalhadores –, justifica o interesse de muitas empresas por soluções de aluguer até 12 meses, sem penalizações, caso seja necessária a devolução antecipada da viatura. “O período atual que vivemos tem trazido enormes transformações ao tecido empresarial na aceleração da transformação digital, na alteração forçada dos hábitos de trabalho e das constantes adaptações necessárias perante a falta de visibilidade do ritmo da retoma para muitos dos sectores”, refere Duarte Guedes, CEO da Hertz Portugal. Mas, se este “novo normal”, incerto ainda na sua extensão e forma, levanta dificuldades com novas exigências, gera também oportunidades inesperadas tanto para as empresas com frota como para os agentes prestadores de serviços de locação. “A partir do final de março o mercado automóvel fechou e tornou-se extremamente difícil obter cotações de viaturas para mobilidade temporária. Quando nos apresentaram o FlexiPlan percebemos que tínhamos o melhor dos dois mundos: mobilidade imediata, com quilometragem ilimitada e franquia zero; e um preço muito económico, quando comparado com outras opções de mercado”, explica Bruno Marçal, gestor da frota automóvel, a aposta da Claranet Portugal neste produto. Assim, um tipo de oferta muito dominada pelas empresas de rent-a-car, viu crescer neste mercado algumas gestoras de frota: ALD, Arval, Finlog e LeasePlan estão a promover soluções de aluguer flexível de curto prazo (alguns destes serviços já existiam mas ganharam maior expressão), com a vantagem de algumas locadoras incluírem


GESTORAS DE FROTA

ALD > ALD Flex, alugueres superior a 30 dias, com alguns serviços incluídos e possibilidade de devolução, sem penalizações, após esse período; > Viaturas novas e seminovas.

"Vivemos um momento de grande incerteza. O aumento de preços, o processo de transição energética, as novas formas de trabalho e o contexto económico, originaram a necessidade de soluções rápidas, eficientes e flexíveis, garantindo a mobilidade dos utilizadores e a atividade das empresas.” Nuno Jacinto, diretor comercial da ALD

ARVAL > Mid Term Rental (MTR): períodos de 1 a 24 meses, vários serviços incluídos e duração do contrato livre de alterar a qualquer momento; > Viaturas novas ou no máximo até três anos.

“As PME’s optam pelo Mid Term Rental porque

precisam de uma solução totalmente flexível até terem a certeza de como irá evoluir o seu negócio ou porque ele é mais sazonal. As grandes empresas recorrem a este serviço, seja porque têm colaboradores que se encontram em projetos temporários, seja para expatriados ou para colaboradores que estão à espera de uma viatura nova.” João Soromenho, diretor comercial da Arval FINLOG > A gestora disponibiliza várias soluções de renting flexíveis, com mais do que um tipo de viatura ou associadas a outras formas de mobilidade, incluindo partilhada, nenhum dos quais de curta duração. Porém, o grupo do qual faz parte disponibiliza o Xtracars através da marca Guerin (ver coluna referente a empresas de “rent-a-car”)

Tributação autónoma Alugar uma viatura por períodos bastante curtos não é uma novidade em muitas empresas; é até uma fórmula utilizada para reduzir o impacto da Tributação Autónoma nas viaturas com valor mais elevado. E fazem-no recorrendo geralmente a produtos específicos de empresas de rent-a-car, que dispõem de ofertas que cobrem todas as categorias e segmentos, de veículos comerciais a automóveis de passageiros premium. De facto, para as locações de prazo até três meses e não renováveis, é aplicada uma taxa de tributação autónoma de 10%, igual à que atualmente é praticada para os encargos com viaturas ligeiras de passageiras com custo de aquisição até 27.500 euros.

“A pensar neste novo panorama e no dia-a-dia

cada vez mais exigente, tal como os negócios, seguimos de perto as necessidades dos nossos clientes para garantir soluções que lhes dão a melhor resposta, seja para otimização de custos, desenvolvimento sustentável e/ou proteção do ambiente. Nos próximos tempos teremos mais novidades que permitirão aos clientes ainda mais flexibilidade”. Pedro Saraiva, administrador da Finlog LEASEPLAN > FlexiPlan: alugueres superiores a 30 dias, diversos serviços incluídos e devolução sem penalização; > Viaturas novas e semi-novas.

“O FlexiPlan responde às necessidades do

contexto em que vivemos, um período de incerteza a que as empresas mais uma vez têm de se adaptar. O sucesso fez com que o produto fosse tendo evoluções e melhorias e que agora apostássemos em torná-lo ainda mais simples e flexível, com a possibilidade de devolução do veículo sem custos, se os planos ou a duração dos projetos dos nossos clientes se alterarem.” Pedro Pessoa, diretor comercial da Leaseplan

RENT-A-CAR

AVIS > Flex, alugueres superiores a um mês, renováveis mensalmente; > Free Move, flexível na duração do contrato, tipo de viatura e alteração de condutores > Viaturas ligeiras de passageiros e comerciais EUROPCAR > Long Term, de 1 a 24 meses, com flexibilidade de devolução antes do final do contrato; > Três níveis de oferta: Super Flex (mínimo de 30 dias), Flex (mínimo de três meses) e Flex+ (mínimo de 12 meses); > Viaturas ligeiras de passageiros e comerciais novas ou com até um ano.

“Este tipo de resposta permite às empresas ter sempre uma viatura recente e atualizada, quer em design quer em tecnologia e, ao mesmo tempo, ter um orçamento estável nos custos mensais. Neste período de recuperação da economia este último ponto é fulcral na vida das empresas.” Nuno Barjona, Head of Marketing & Urban Mobility

FREE2MOVE > Free2Move RENT, alugueres até 28 dias, renováveis até um ano; > Viaturas ligeiras de passageiros e comerciais com quilometragem até aproximadamente 20 mil quilómetros. FIRST RENT > Alugueres de curta duração; > Viaturas novas e semi-novas até 1 ano;

“Oferece tudo aquilo que hoje os gestores de frota mais procuram: descompromisso. A não obrigatoriedade de um contrato com um prazo definido, no momento em que a pandemia obriga a flexibilizar compromissos e a reduzir equipas” Tiago Barros, general manager da First Rent SETEMBRO 2020

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S E RV I Ç O S

GUERIN > Ofertas Corporate com alugueres mensais; > Gere a marca Xtracars, que se destaca por um processo inteiramente digital de aluguer diário ou mensal até um ano e com possibilidade de entrega no mesmo dia; > Viaturas ligeiras de passageiros e comerciais em média com menos de 2 anos e até 50 mil quilómetros; > Ausência de custos de cancelamento do serviço ou penalizações em alugueres superiores a um mês.

“Na Xtracars, a nova marca de mobilidade

do Grupo Salvador Caetano, acreditamos que a vida é uma evolução constante e que a sua dinâmica é cada vez maior, mais digital e mais acelerada. Por isso, oferecemos uma solução de mobilidade rápida e flexível, com um processo 100% digital, ideal para quem procura flexibilidade e mobilidade sem compromissos.” Sérgio Ribeiro, administrador da Salvador Caetano Auto HERTZ > Minilease, para prazos superiores a um mês, renováveis mensalmente; > Frota de viaturas ligeiras de passageiros e comerciais com idade média de seis meses.

“A flexibilidade do aluguer é procurada por

quem tem necessidades pontuais (project driven ou de natureza sazonal) ou incertezas quanto ao desenvolvimento do negócio futuro. Um exemplo de uma utilização project driven é a adaptação de algumas empresas à mobilidade elétrica. Na Hertz temos desenvolvido parcerias para propor soluções completas de mobilidade elétrica que inclui tanto a componente carro como a de carregamento”. Duarte Guedes, CEO da Hertz Portugal SADORENT > Tarifas corporate até 12 meses, com variações de preços entre os seguintes intervalos: 1 a 2 meses, 3 a 6 meses, 9 a 12 meses; > Flexibilidade total: se o cliente inicialmente optar por 2 meses e prolongar até aos 12 meses beneficia da tarifa mais baixa do aluguer, que será a dos 12 meses, desde o início; > Total flexibilidade para adaptar as necessidades ao tipo de oferta, nomeadamente a possibilidade de interrupção do aluguer para troca pontual por outro tipo de viaturas (por exemplo uma viatura comercial), sem

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que sejam alteradas as condições iniciais; > Viaturas com idade bastante variável dependendo da sua disponibilidade em frota.

“O renting contratual longo em tempos de

incerteza aumenta o risco operacional das empresas, pelo que soluções com durações maiores ou menores, pontuais, cíclicas ou intermitentes, afiguram-se como mais adequadas. Transforma um custo fixo num custo variável (só existe se se consome), com um produto que pode moldar-se às necessidades do cliente” Nuno Cerqueira, administrador executivo da Sadorent SIXT > Flex, alugueres de três meses a um ano, renováveis mensalmente e sem penalização a partir do período mínimo; > Viaturas ligeiras de passageiros e comerciais de 2019 e 2020, com uma média de 15 mil quilómetros.

“Neste momento as ENI/PME são, segu-

ramente, o mercado que mais nos procura e também para quem a Sixt direcionou alguns produtos, como o Flex. Sentimos claramente que esse é o grande dínamo da economia e que sofreu particularmente com esta pandemia”. Raquel Fins, diretora de comunicação e marketing da Sixt VALPIRENT > Tarifas corporate para uma solução 2 a 6 meses e superior a 6 meses; > Exceto em contratos superiores a 12 meses, viaturas ligeiras de passageiros e comerciais com até dois anos e 75 mil quilómetros.

“O aluguer de média/longa duração através

de RAC tem sido a solução para uma gestão de frota menos burocratizada e mais flexível que o renting tradicional. Este tipo de cliente procura-nos para um serviço de frota que não está necessariamente associado a uma matrícula, mas sim a uma necessidade, que pode ser volátil de mês para mês”. Ricardo Ramos, diretor-geral da Valpirent.

mais do que uma viatura, ou tipo de viatura, no produto. Uma oportunidade que satisfaz as gestoras que rodam o parque existente reduzindo as necessidades de novos investimentos, ou que aproveitam para fazer crescer a presença de viaturas eletrificadas na sua frota de aluguer. Assim é porque este momento tão particular está igualmente a ser uma oportunidade aproveitada por algumas empresas para testarem ou implementarem a transição elétrica da sua frota, justificada por razões de redução dos custos da frota, maior sustentabilidade ambiental ou pelo aumento das restrições à circulação urbana de veículos com emissões de CO2. Até porque a redução das necessidades de deslocação de muitos colaboradores, teve como consequência imediata a diminuição das necessidades de autonomia e a quilometragem média dos contratos das viaturas. E, através de uma oferta cada vez mais ampla de soluções de mobilidade, mais empresas de rent-a-car concorrem com sistemas flexíveis de aluguer de viatura para particulares e empresas, procurando compensar, desta forma, a redução das receitas do sector do Turismo. Contudo, a procura de fórmulas de aluguer de curto e médio prazo não provém apenas das empresas, sendo interessante constatar que, alguns factores que estimulam os clientes particulares, são partilhados pelas empresas: > Indecisão relativamente ao tipo de viatura a adquirir (e esta pode ser uma oportunidade para “testar” as capacidades e o potencial operacional de um automóvel eletrificado); > Dificuldades de obtenção de crédito ou incerteza quanto à forma de canalizar o investimento; > Necessidade imediata de mobilidade para fins académicos ou profissionais, que não faça uso de transporte público devido a receios de contágio. Daí que algumas propostas incluídas nestas páginas dirijam a oferta aos dois canais de negócio.


Para grandes males, pequenas soluções.

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Opinião Ricardo Silva D I R EC TO R C O M E R C I A L A D J U N TO D E B U S I N ES S D E V E LO P M E N T N A L E A S E P L A N P O R T U GA L

Regresso ao Futuro

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ara quem não se recorda deste título cinematográfico, trata-se da história de um jovem que viaja ao passado num automóvel muito especial e cujas ações criam um novo presente. Evoco este êxito de bilheteira porque a situação extraordinária que vivemos também nos fez viajar no tempo. Olhando especificamente para o negócio em que operamos, o da mobilidade automóvel, avançámos ao adotarmos massivamente o trabalho remoto, recuámos na economia de partilha com o transporte individual a reconquistar terreno e vimos os efeitos ambientais da redução drástica da poluição rodoviária. Nesta edição, perante estas tendências, exploramos caminhos que a sua empresa pode adotar para capitalizar novas oportunidades de poupança, satisfação dos colaboradores e contributo para a causa ambiental. Começando pelo transporte individual, por razões óbvias, reconquistou terreno aos transportes em massa, com destaque para o carro, acompanhado em menor medida pela utilização dos chamados modos suaves (bicicleta, trotinetes e andar a pé). Estas últimas conquistam território não apenas naqueles sem condições financeiras para usufruir de um carro, mas também junto de quem tem carro, pois a maior consciência do impacto no próximo que a COVID nos trouxe, transportou-se para a causa ambiental, induzindo-nos a adotar modos de deslocação mais sustentáveis, sempre que possível. O trabalho remoto e a frota Simultaneamente, a maioria dos observadores indicam que a adoção do trabalho remoto veio para ficar, ou seja, não regressaremos ao passado em que a prática corrente era estar (quase) sempre

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nas instalações do empregador. Embora a sua adoção não permaneça nos níveis atuais, irá ocupar um espaço relevante por todos os benefícios que daí advêm. Isto fará com que a distância anual percorrida por pessoa desacelere, efeito que será majorado pelo crescimento, por exemplo, do e-commerce e consequentes entregas “à porta”. Há, portanto, uma oportunidade da sua empresa reduzir custos. Num cenário hipotético em que um colaborador, com carro da empresa, trabalhe 50% do seu tempo remotamente e, consequentemente, percorra metade dos quilómetros, há um potencial de poupança financeira bastante material. Se tomarmos como exemplo um automóvel SUV do segmento pequeno familiar (e.g. Nissan Qashqai), a redução de 30.000 km anuais para 15.000 km, permite uma poupança direta

Olhando especificamente para o negócio da mobilidade automóvel, avançámos ao adotarmos massivamente o trabalho remoto, recuámos na economia de partilha com o transporte individual a reconquistar terreno e vimos os efeitos ambientais da redução drástica da poluição rodoviária

aproximada de ~1.900€ anuais (650€ em rendas de renting, 1.100€ em combustível e 175€ em tributação autónoma). Pode ainda ter poupanças relacionadas com o seguro automóvel, por via da menor exposição ao risco e consequente redução da sinistralidade. Oportunidade para uma transição energética? Com isto, dá-se também uma grande poupança ambiental. Neste exemplo, de 2 toneladas de CO2 por cada carro, e que pode ainda ser majorada significativamente pois, ao reduzir a quilometragem percorrida, aumenta o potencial de adoção de soluções eletrificadas porque a autonomia perde relevância. Se um automóvel 100% elétrico (BEV) pode não satisfazer as necessidades e preocupações de todos os utilizadores, note que 15.000 km anuais representam, em média, 41 km diários e os automóveis plug-in (PHEV) de última geração, percorrem 50 ou mais km com uma carga. Deste modo, junta o útil ao agradável e dá um grande passo na transição energética e ganha experiência na gestão dos desafios envolvidos. Tudo, sem correr qualquer risco porque tem sempre o motor a combustão como suporte. E, com isto, se fizer 75% da utilização de um híbrido plug-in em modo elétrico, poupa mais 1,6 toneladas de CO2. Assim, a mudança combinada da redução de quilometragem acompanhada da adoção de um PHEV, permite-lhe reduzir 85% da sua pegada ecológica e 23% dos seus custos. Um outro efeito relevante a considerar é a alteração do mix de mobilidade utilizado por cada pessoa. Embora o carro seja indispensável, note por exemplo, que nos espaços com elevada densidade populacional e atendendo aos visíveis esforços envidados pelas autarquias na criação de corredores verdes (peões e ciclistas), haverá maior apetência para a utilização de modos suaves


de deslocação, em detrimento dos corredores rodoviários. Isto conduzirá à rentabilização da utilização do carro, para deslocações maiores ou que requeiram espaço/conforto. Este efeito, combinado com o crescimento do trabalho remoto, do e-commerce, da consciência ambiental e saúde individual, farão com que, embora a distância anual percorrida por cada pessoa decresça, as deslocações sejam mais curtas e em maior número. Mobilidade flexível Por exemplo, ao fazer maior uso dos serviços que estão nas imediações da minha habitação, posso fazê-lo sem recorrer ao carro; caminhando, indo de bicicleta ou trotinete. Esta mutação, abre espaço para soluções com esse propósito, nomeadamente bicicletas e trotinetes elétricas. Assim, se quiser ser ainda mais audaz na sua missão, pode utilizar parte da poupança do exemplo acima, para investir em soluções para estas necessidades, disponibilizando aos seus colaboradores trotinetes elétricas (~300€) ou bicicletas elétricas (~1.000€). Num de cenário de constante mutação e cada vez mais acelerada, precisamos de soluções que acompanhem esta dinâmica incrível e que nos confiram a flexibilidade necessária de adaptação à mudança de circunstâncias, sejam elas de ordem económica ou pessoal. Necessidade essa que é extensível aos seus colaboradores que não têm carro da empresa e vivem os mesmos desafios, particularmente agora num contexto de extrema necessidade de transporte individual. O renting acaba por ser a solução ideal pela sua flexibilidade, sendo que a sua empresa pode dar uma ajuda importante, facilitando o acesso a condições atrativas, beneficiando da sua capacidade negocial, alavancada na sua frota atual. Embora nem todos os fabricantes de automóveis estejam disponíveis a fazer condições excecionais para um particular pelo simples facto de ser colaborador de uma empresa frotista, existem vários exemplos

que o fazem. Por outro lado, com o apoio da sua gestora de frota, pode construir uma oferta personalizada para estes colaboradores, sendo possível criar soluções sem qualquer risco e vínculo contratual da sua empresa, ou seja, o contrato é celebrado diretamente entre a gestora de frota e o seu colaborador. Reorganização urbana Em suma, tudo indica que, num mundo pós COVID, iremos viver uma nova realidade a que muitos chamam de “novo normal”. Apesar de desafiadas, algumas tendências de longo prazo manter-se-ão, como é o caso da mobilidade partilhada e a eletrificação dos automóveis. O desenvolvimento de um sistema multimodal integrado de mobilidade, designado MaaS (Mobility as a

Há uma oportunidade da sua empresa reduzir custos. Num cenário hipotético em que um colaborador, com carro da empresa, trabalhe 50% do seu tempo remotamente e, consequentemente, percorra metade dos quilómetros, há um potencial de poupança financeira bastante material

Service) vê a sua dificuldade de implementação muito agravada pelo frágil modelo económico e complexidade tecnológica de integração das várias partes interessadas. Por outro lado, embora a deslocalização de zonas rurais para as cidades se mantenha, o crescimento do trabalho remoto e do e-commerce acelerarão a polarização das cidades e a adoção de novos padrões de mobilidade (mais viagens e mais curtas mas menos distância percorrida). Numa sociedade altamente stressada, a velocidade e eficiência continuam a ser importantes, mas a qualidade de vida, a saúde e a conveniência ganharam relevo, o que poderá conduzir à revisão da topologia dos grandes centros urbanos, mais orientados para a qualidade de vida e com mais espaços para modos suaves de mobilidade. Acelerará, também, o crescimento de modelos de mobilidade mais flexíveis, que se adaptem melhor à mudança, mas que não comprometam a segurança e a individualidade, como é o caso do renting, que, por sua vez, terá de continuar o seu caminho de adaptação com o desenvolvimento de serviços que se adaptem ao novo normal, por exemplo, no que diz respeito à incorporação de soluções que respondam às deslocações muito curtas através de modos suaves. Da parte da LeasePlan, queremos ajudá-lo a agarrar estas oportunidades. Se, por um lado, já temos uma solução integrada e chave na mão para a eletrificação da sua frota - #StartEletric - fique a saber que temos, também, uma área dedicada à implementação de parcerias que apoiam empresas a facilitarem o acesso aos colaboradores sem carro da empresa a uma solução economicamente viável, com condições excecionais, e com a flexibilidade necessária para os tempos que vivemos. Iremos também lançar, muito em breve, uma solução para as muito curtas deslocações. Fique atento. Esperamos que o artigo seja útil e que contribua ativamente para conduzir a sua frota no next normal. SETEMBRO 2020

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Plataformas de Gestão de Frotas

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—— Querem-se interativas, moldáveis à atividade da empresa, ao destino de cada viatura e ao nível de informação obtida de cada utilizador. Com 'dashboard' de métricas configuráveis, acessível a partir de qualquer lugar, seja por suporte fixo ou móvel. Num tempo em que o trabalho remoto ganha força, ditando o controlo à distância dos meios da empresa, a tecnologia de gestão de frota adquire importância acrescida para impedir derrapagens de custos e desenhar o futuro da mobilidade

ara que qualquer modelo de trabalho remoto ou até mesmo semipresencial tenha sucesso, a digitalização das empresas é essencial. A comunicação telefónica ou a troca de mensagens (incluindo emails) podem ser suficientes até determinado ponto. Porém, perante um projeto que envolve várias pessoas em lugares distintos, torna-se essencial encontrar soluções de comunicação mais eficientes. Enquanto algumas ferramentas digitais (software) de gestão de projetos permitem atualizar e acompanhar a progressão dos trabalhos, outras possibilitam a realização de reuniões através de videoconferência, o que facilita a partilha de ideias, a troca de informação e até de documentos, contribuindo para uma noção de proximidade relativa. Mas no que diz respeito às equipas móveis, as soluções de localização e gestão de frotas por GPS são a ferramenta mais eficaz para monitorizar a atividade e performance das viaturas e dos seus utilizadores à distância. Não sendo uma novidade, esta tecnologia, desde que devidamente enquadrada pelo regime legal de proteção de dados (RGPD), é um importante contributo

OBSERVATÓRIO FROTAS FLEET MAGAZINE(*) RECURSO A SOLUÇÕES DE GESTÃO DE FROTA 9% 5 1 25%

19% 4

17% 3

2 30%

1 Não utiliza nenhum sistema 2 Utiliza um sistema desenvolvido internamente 3 Utiliza uma solução externa comcomponente

de desenvolvimento interno 4 Possui tecnologia de localização emonitorização

em parte da frota

5 Trabalha com um fornecedor externo (*) O OBSERVATÓRIO FROTAS É UMA INICIATIVA FLEET MAGAZINE. SAIBA MAIS NA PÁGINA 13

para o acompanhamento eficaz das viaturas, dos utilizadores ou das equipas, nomeadamente em áreas como: > Gestão dos custos operacionais (incluindo gastos com o combustível); > Organização logística e eventual delegação de tarefas; > Medição da produtividade das equipas; > Maior controlo da manutenção das viaturas, essencial para precaver os tempos de imobilização do veículo; > Modelo de condução e reflexos sobre a sinistralidade; > Segurança anti-furto. Menos contacto pessoal Numa fase em que que a COVID-19 impôs acertos na forma de trabalhar e de viver, a tecnologia permitiu também que muitas empresas mantivessem a continuidade segura de alguns serviços, sobretudo quando se tornou necessário reduzir ou eliminar o contacto presencial com os motoristas. Assim é com as equipas móveis ou de distribuição, tanto na organização das visitas aos clientes, com os técnicos a acederem aos serviços atribuídos a partir de aplicações móveis, como SETEMBRO 2020

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Uma gestão integrada antecipa a mobilidade de amanhã

a obter, pela mesma via, os comprovativos da sua realização, incluindo a assinatura do cliente. Por outro lado, a integração de soluções de gestão de cartões de combustível ou de sistemas automáticos de pagamento de portagens, além de permitirem um controlo mais assertivo destes encargos, facilitam o trabalho burocrático de conferência de faturas. Alertas permitem antecipar ações A forma como cada um dos colaboradores conduz e faz uso do automóvel é um dos temas mais difíceis de lidar por qualquer gestor de frota. O ideal seria que cada um dos motoristas estivesse consciente de quais as áreas a melhorar – e daí a necessidade de formação, quer quanto ao modelo mais correto de condução, como no que respeita à consciencialização individual dos custos e dos riscos de determinadas posturas ao volante – sem necessidade da intervenção assídua do gestor de frotas. Logo, também numa perspetiva da segurança rodoviária, a tecnologia desempenha um papel essencial, dado que é capaz de monitorizar e alertar para situações como excesso de velocidade, acelerações e travagens bruscas, dando indicações para os responsáveis de frota poderem sensibilizar os motoristas, de forma mais assertiva, para a importância de adotar hábitos de condução seguros. Também é possível equipar o veículo com sistemas que podem contribuir para antecipar riscos, como um alerta sonoro para alertar o motorista sempre que excede a velocidade, por exemplo, ou até instalar aplicações que iden-

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tificam e caracterizam o estilo de condução e fornecem indicações quanto à forma de a tornar mais eficiente e segura. Ou ainda com tecnologia geofence, que emite alertas ou desencadeia alguma ação sempre que o veículo entra ou sai de uma determinada área ou ultrapassa pontos pré-determinados. Planeamento A implementação de planos de manutenção eficazes e a gestão dos custos associados às viaturas são exigências de um responsável de frotas. Mas, fazê-lo com equipas móveis que se deslocam com frequência e sem estacionamento certo em instalações da empresa, torna esta tarefa ainda mais complicada. E quando o próprio gestor de frotas se encontra em trabalho remoto, imagine-se a dificuldade de conjugar horários e disponibilidades. Neste aspeto, a possibilidade de interação entre o utilizador da viatura e o seu responsável ajuda a garantir que tarefas rotineiras possam ser planeadas sem a presença física do gestor, nomeadamente a partilha de informações sobre o estado da viatura e posterior encaminhamento para ações relevantes como a troca de pneus ou deslocações à oficina. Já alertas automáticos para revisões preditivas, obrigações fiscais, renovações de equipamento de segurança a bordo (extintores, por exemplo), pagamento de seguros e inspeções periódicas obrigatórias podem ser estabelecidos com base na data de registo individual e no número de quilómetros da viatura.

Soluções completas produzem relatórios robustos e pormenorizados. As informações recolhidas podem fornecer uma visão global ou segmentada por departamento, tipo de viatura, serviço ou rota, por exemplo. Sendo essenciais ao bom funcionamento do veículo, o tratamento destes dados pode também facultar pistas importantes sobre a competência do veículo para a função que lhe é exigida, conseguindo assim ajudar a decidir sobre o tipo de modelo mais indicado no momento da renovação da frota. Por exemplo, esta análise ao modelo de utilização de determinado veículo, nomeadamente rotas, tempos de condução e de imobilização, torna-se essencial quando se equaciona a transição para a mobilidade elétrica, para evitar colocar em causa a sua própria operacionalidade.

O que alguns sistemas TAMBÉM permitem: > Gestão de contratos de financiamento da viatura; > Gestão de encargos fiscais, nomeadamente relacionados com Tributação Autónoma; > Planeamento de rotas em função do tráfego previsto ou do historial de rotinas de serviços; > Imobilização remota da viatura; > Tratamento de processos por infração rodoviária; > Inserção de danos e ocorrências na viatura para aferição, das condições de segurança, operacionalidade e desvalorização do veículo; > Leitura remota das condições da viatura, nomeadamente níveis de combustível/carga da bateria, AdBlue, líquido lubrificante, etc., e leitura de avisos de danos/avarias espelhados no painel de bordo do veículo; > Alerta remoto para excesso de horas de condução, acondicionamento deficiente da carga (por exemplo, excesso de peso ou temperatura imprópria); > Gestão do uso de veículos partilhados.


Há uma versão otimizada do seu negócio à sua espera Utilize a informação recolhida através de GPS para tomar decisões mais rápidas e informadas sobre o seu negócio, ver onde estão veículos e motoristas e agendar e verificar o estado dos serviços. O Reveal da Verizon Connect pode ajudar a sua empresa a melhorar a produtividade, monitorizar métricas de segurança e entregar um melhor serviço ao cliente.

Para saber mais sobre o Reveal contacte 808 200 882 ou visite www.verizonconnect.com/pt ©2020 Verizon. All rights reserved.


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Soluções para supervisão da frota

—— A manutenção de uma frota acarreta inúmeros desafios, o mais exigente dos quais está na gestão de custos. Administrar o parque de veículos de uma empresa é de tal forma abrangente, com encargos de operacionalidade e obrigações tributárias de tal modo variados e complexos que, fazê-lo sem o auxílio de ferramentas próprias, pode ter um impacto negativo na atividade e nas contas finais da empresa. As páginas que seguem contêm informações relevantes sobre várias soluções existentes no mercado nacional (1), fornecida por empresas que responderam ao inquérito enviado pela FLEET MAGAZINE

(1) Não abrange soluções disponibilizadas por algumas marcas automóveis, integradas ou não no veículo, nem por Gestoras de Frota

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Verizon

Sistema Connect Reveal Funcionalidade > Mapas de alta resolução com tecnologia Clustering inteligente e em grande detalhe, incluindo informações de trânsito à disposição e funcionalidades avançadas de repetição de rotas; > Painéis personalizáveis que facilitam a análise do progresso dos clientes, no que respeita os KPIs; > Locais inteligentes e gestão geofence (aciona determinadas ações mediante a localização); > Funcionalidades de alerta avançadas que permitem que o gestor de frota controle as atividades do veículo; > Prática de condução segura e métricas de pontuação de segurança; > Conjunto de aplicações móveis que permitem a gestão de frotas a partir de qualquer lugar. Adicionalmente > Reveal Engine Connect: insights sobre dados do veículo, combustível e códigos de diagnóstico de potenciais problemas; > Reveal Immobilisation: possibilidade de imobilização remota de veículos a partir de um desktop ou aplicações móveis; > Reveal Tachograph: soluções em conformidade com a regulamentação da UE relativa a tacógrafos para veículos pesados de mercadorias, com foco em dados do tacógrafo em tempo real; possibilidade de planeamento do condutor e download remoto do tacógrafo;

> Reveal Field: módulo que permite o envio e gestão de trabalhadores no terreno, de horários e interação com o cliente final Grau de integração da solução com outros sistemas Integra-se com um número de parceiros de toda a região EMEA, de vários setores, como combustíveis, sistemas de gestão de transportes (exemplo da TimoCom) e outros; Adicionalmente, mantém um conjunto de APIs e RESTfull que permite que clientes e fornecedores terceiros criem as suas próprias integrações personalizadas com a Reveal. Possibilidades de personalização/ajustamento > Funcionalidades personalizáveis como, por exemplo, a possibilidade de gerir diferentes tipos de utilizadores, oferecendo privilégios de acesso ajustados às características do produto e segmentos de frota; > Como já foi referido, determinados modelos do produto podem ser adquiridos opcionalmente para atender as necessidades específicas de cada cliente. Exemplo: o Reveal Tachograph, feito à medida das necessidades dos operadores de veículos de mercadorias pesadas. Uso de telemetria Propõe pacote de hardware telemático orientado para uso em veículos comerciais ligeiros (VCL), veículos de mercadorias pesadas (VCP) e automóveis de passageiros. Existem ainda soluções de hardware especiais ao

dispor para ativos móveis ou fixos (por exemplo, camiões a reboque e maquinaria de construção). Tratamento de dados no âmbito do RGPD A Verizon Connect assegura que o tratamento de dados é compatível com as obrigações previstas. Funcionalidades sem uso de equipamento telemático A instalação de um dispositivo telemático é necessária, em termos técnicos, para transmitir os dados relevantes do veículo para a plataforma. Sistema de gestão de pool/partilha de veículos ou outros de mobilidade Atualmente não permite. Sistema de gestão de obrigações fiscais e/ou enquadramento contabilístico das despesas com as viaturas enquadradas por regime de Tributação Autónoma Atualmente não inclui. Acesso remoto à plataforma e dados, nomeadamente através de dispositivos móveis ou por App A Verizon Connect Reveal fornece uma série de aplicações móveis que permitem aos gestores de frota a gestão dos seus veículos, condutores e técnicos, tanto a partir de desktops como de dispositivos móveis. O Reveal é uma plataforma SaaS totalmente baseada na cloud. Toda a informação e dados são armazenados remotamente e os gestores de frota podem aceder ao sistema a qualquer momento. Acesso do utilizador da viatura a algumas funções Funcionalidades como a deteção de informações relativas à marcha do veículo e outras métricas de estilo de condução que visam a redução de consumo de combustível. Além de otimizar o veículo, novos módulos do produto, como o Reveal Field, ajudam os gestores de frota a otimizar também o trabalho do seu staff e técnicos. Formação e serviço de apoio ao cliente A Verizon Connect Portugal dispõe de uma equipa de técnicos sediada em Lisboa e presente em toda a Europa. Esta equipa inclui especialistas dedicados ao apoio ao cliente e também à sua formação. A equipa de formação de clientes dispõe de um mix de recursos online de formação self-service ou sessões ao vivo, via vídeo chat, dependendo das preferências e necessidades do cliente.

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Escrita Digital Sistema XRP | Frotas

Funcionalidade > XRP |Gestão de frota - vocacionado para a gestão administrativa, manutenção preventiva e corretiva, conhecimento de custos e contabilização automática, gestão de contratos, cumprimento das normas legais ligadas a automóveis e máquinas, gestão documental, multas e acidentes; > XRP |Pool – aplicação para implantar a partilha de veículos e de viagens; > XRP |Oficina – para gestão de oficinas internas. Grau de integração da solução com outros sistemas > Com os fornecedores da frota (ex: locadoras, gasolineiras, via verde, oficinas) para recolha automática e processamento da faturação); > Com os ERP's das organizações, para alimentar os dados base da aplicação: colaboradores, estrutura, centros de custo e para assegurar a contabilização automática. Integrações ativas com SAP; Navision/ Dynamics; Primavera; > Com equipamentos de telemetria, para incorporar na gestão os dados telemétricos. Além de um sistema integrado com os principais fornecedores no mercado nacional, está a desenvolver aplicações para tratar dados fornecidos pelos fabricantes de automóveis. Possibilidades de personalização/ajustamento As aplicações XRP estão instaladas em clientes com necessidades ligadas a gestão de frota muito distintas, quer pelas características da sua atividade, quer pela sua localização/dispersão geográfica, quer pela tipologia de veículos/máquinas. Tipicamente: > Veículos afetos a equipas/colaborador com personalização/transformação do veículo e que apenas podem ser usados com finalidades específicas (ex: veículos para manutenção/instalação); > Veículos afetos a equipas usados indiferenciadamente pelos colaboradores (partilha dentro de um grupo restrito de pessoas); > Veículos afetos a um colaborador; > Veículos utilizados por múltiplos colaboradores sem personalização (partilha dentro de um grupo alargado de colaboradores). Uso de telemetria A instalação da telemetria está relacionada com o modo como cada organização entende a gestão de frota e as necessidades do serviço, nomeadamente: > Na gestão em frotas ligadas a manutenção e operações, dado que perante um evento permite

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saber quem está mais perto; > Na sensibilização dos condutores para o cumprimento das regras do código da estrada (menos custos de combustível, manutenção, sinistros, multas, cumprimento de horários); > Na gestão de viaturas para permitir reagir rapidamente perante factos inesperados como avarias, acidentes, engarrafamentos... Tratamento de dados no âmbito do RGPD Cumprem todos os requisitos do RGPD, incluindo o direito ao esquecimento. Com sistemas de telemetria assegura que é possível ao condutor inibir o fornecimento de dados em tempo real durante um período de tempo, mantendo funções essenciais (ex: aviso de acidente). Funcionalidades sem uso de equipamento telemático A plataforma XRP assegura todas as funcionalidades referidas sem necessidade de equipamentos de telemetria. Propõe a instalação de dispositivo nos casos de necessidade de localização, estilo de condução e cumprimento de rotas. Sistema de gestão de pool/partilha de veículos ou outros de mobilidade XRP |Pool assegura a gestão de veículos em pool, quer a partilha, quer as deslocações. Inclui gestão de autorizações, imputação de custos, gestão de danos, gestão de atrasos, entre outras. Sistema de gestão de obrigações fiscais e/ou enquadramento contabilístico das despesas com as viaturas enquadradas por regime de Tributação Autónoma Contabilização automática de toda a faturação de fornecedores, cumprindo a legislação e efetuando o tratamento fiscal, considerando as regras de tributação autónoma e a finalidade do veículo. Acesso remoto à plataforma e dados, nomeadamente através de dispositivos móveis ou por App A plataforma XRP está disponível em cloud e em app, que assegura todas as funcionalidades que, pela sua natureza, devem ser feitas junto do veículo (ex: tomar posse quando em utilização partilhada; registar os quilómetros quando do abastecimento). Nos clientes em cloud assegura a interligação com os sistemas internos dos clientes, bem como contra ataques cibernéticos. Acesso do utilizador da viatura a algumas funções Cada responsável/condutor do veículo tem acesso individualizado aos dados, de acordo com as regras

da sua organização, porque as aplicações funcionam como um portal. Tipicamente os utilizadores acedem a consumos, sinistros, multas e nalguns casos mesmo a partilha de informação dos custos e contratos. Formação e serviço de apoio ao cliente Formação no uso da plataforma Extranet com os clientes onde partilham informação quer do uso da plataforma, quer com troca de experiências. Asseguram serviço de suporte por telefone e e-mail.

Orbcom

Sistema JAT Fleet Management Funcionalidade > Assente em cloud e flexível, na criação de um número ilimitado de utilizadores, definição de permissões e alertas; > Dashboard: com contadores e gráficos com métricas relevantes. Estes dados podem ser exportados em vários formatos; > Eventos: registo e análise de eventos que se considere relevante monitorizar. É permitido definir campos de preenchimento obrigatório e criar um fluxo de aprovação associado; > Fluxo de Aprovação: associar a cada tipo de evento um fluxo de aprovação com até dois níveis; > Controlo de custos: podem ser adicionados à plataforma através de upload de um ficheiro excel, ou manualmente. A informação pode ser exportada; > Viaturas: área destinada à adição e consulta de informação geral sobre cada viatura/histórico de contratos e seguros, custos, eventos e documentos. O utilizador pode ainda conhecer algum desvio do budget mensal associado ao combustível e portagens; > Alertas: permite criar planos de alertas específicos, com destinatários específicos; > Indicadores: ferramentas de tomada de decisão; > Calculador de TCO: para saber o custo real da viatura, com base na aplicação da taxa de tributação autónoma; > Analisador de Km: para prever a quilometragem final de cada viatura no final do contrato vigente; > Reporting de custos: permite analisar todos os custos da frota, por determinado centro de custo ou por tipo de viatura; > Backoffice: para ajustar todas as configurações disponíveis à realidade de cada frota. Grau de integração da solução com outros sistemas > Permite adicionar custos de portagens, através do upload do ficheiro excel disponibilizado pela Via Verde;


> Permite visualizar os custos de combustível associados a um determinado cartão de frota; > A integração com sistemas externos é possível através do desenvolvimento de mecanismos específicos na plataforma. Possibilidades de personalização/ajustamento > Por utilizador, é possível definir a empresa, a delegação/filial (caso exista), o departamento, o centro de custo e as respetivas permissões, consoante o tipo de função que desempenha; > Podem adicionar-se várias delegações da empresa, bem como empresas externas; > É possível definir os tipos de viaturas existentes em cada organização e, para auxiliar a monitorização de custos, podem segmentar-se as viaturas por centro de custo; > Facilita a adição de diferentes tipos de eventos que o utilizador pretende monitorizar e se estão sujeitos a algum tipo de aprovação. Uso de telemetria Quando se pretende tirar partido dos mecanismos de controlo automático, nomeadamente quilometragem, médias de consumo ou estado da viatura, através de alertas emitidos (estado dos travões, nível do óleo, líquido do para brisas, entre outros). Mesmo sem a sua utilização, a solução permite adicionar dados específicos que vão alimentar certas áreas da plataforma, disponibilizando indicadores relevantes. Tratamento de dados no âmbito do RGPD Os dados podem ser extraídos através de métodos controlados, incluindo relatórios e exportação de dados mestre. Todos os dados sensíveis, como nomes, emails, entre outros, inseridos na plataforma, são automáticamente encriptados, garantido a anonimização dos dados. Os dados de utilizador podem ser completamente removidos. É possível definir permissões de acesso à informação para cada utilizador ou grupo de utilizadores, limitando e monitorizando a atividade de cada utilizador nos últimos seis meses. Toda a informação é protegida, através do próprio alojamento da informação, da replicação, backup de dados e planeamento de recuperação de desastres, da criptografia dos dados, deteção de ameaças, permissoes de identidade, autenticação de utilizador e de passwords. Sistema de gestão de pool/partilha de veículos ou outros de mobilidade No tipo de utilização da viatura está contemplada a opção “pool”, que permite o agendamento da utilização da viatura por determinados utilizadores.

Sistema de gestão de obrigações fiscais e/ou enquadramento contabilístico das despesas com as viaturas enquadradas por regime de Tributação Autónoma O Calculador de TCO disponibiliza um gráfico, que permite verificar todas as despesas incluídas na análise, e qual a percentagem que representam em relação ao valor total. Inclui cálculo do TCO com base no valor da taxa de TA. Acesso do utilizador da viatura a algumas funções É possível definir o que cada utilizador vê, edita e elimina em relação a: > Detalhes da viatura: pode ver e/ou inserir informação relacionada com a viatura, seguradora, contratos, visualizar e adicionar documentos; > Ver e/ou adicionar custos de combustível e portagens; > Eventos: consultar e/ou editar os eventos associados a viaturas e o seu fluxo de aprovação; > Ver possíveis desvios de budgets de portagens e combustível; > Criar alertas. Por exemplo, caso pretenda informar o condutor de um serviço de manutenção, o gestor de frota pode criar um alerta que o notifica através de uma mensagem na plataforma e email. Formação e serviço de apoio ao cliente A Orbcom disponibiliza uma formação inicial a todos os novos clientes, de forma a facilitar a integração da plataforma na organização e uma equipa de suporte disponível.

Altice Empresas Sistema de Gestão de Frota

Funcionalidades > Localização das viaturas em tempo real; > Planeamento e otimização de rotas; > Gestão operacional da frota, com relatórios completos que permitem identificar e gerir custos; > Informação sobre a mecânica; > Alertas em tempo real; > Nos veículos elétricos, além das funcionalidades anteriores, fornece informação sobre o consumo da bateria do veículo e dados de carregamento; > Pacotes de serviço permitem obter mais equipamentos periféricos ou softwares adicionais, como relatórios de medição de temperatura e aberturas de porta em galeras de frio, botões de pânico espalhados pela viatura, ou até carregadores de veículos elétricos.

Grau de integração da solução com outros sistemas Pode integrar-se ou receber informações de outros sistemas, de modo a complementar os dados. Estas integrações podem ser efetuadas pela Altice Empresas ou pelo próprio cliente: > Funcionalidade denominada gestão de custos, que possibilita a integração automática da grande maioria das plataformas de cartões de combustível e portagens; > Na adesão ao carregador de veículos elétricos (equipamento opcional) é possível ter acesso aos consumos da bateria das viaturas, bem como à energia e custo de carregamentos; > Para as empresas que têm postos de carregamento próprios, é possível definir autorizações para diferentes utilizadores; > Capacidade de obter informação no seu ERP sobre a atividade do dia-a-dia, por exemplo, número de quilómetros percorridos, horas de trabalho e percursos efetuados por cada motorista, para efeitos de pagamento de salários, ou faturação de trabalhos; > A situação inversa é igualmente possível, ou seja, receber na plataforma de gestão de frotas informação do ERP, tal como nomes e matrículas de motoristas, informação referente a seguros, garantias, manutenções e leasing, entre outros; > Em alternativa, é possível complementar manualmente esta informação; > Compatível com as várias funcionalidades dos ERP do mercado, sendo este envio de informação bilateral entre softwares. Possibilidades de personalização/ajustamento > Diferentes tipos de personalização, segmentação, agrupamento e ajustamento; > Personalização do acesso à informação, atribuindo diferentes níveis consoante o tipo de utilizador; > No caso de veículos elétricos e adesão à solução de carregadores elétricos é possível definir que utilizadores podem utilizar determinados postos de carregamento da empresa; > Vasta gama de periféricos disponíveis para complementar as funcionalidades base da solução e extrair e controlar os dados da mesma; > Sensores podem ser acoplados na solução base, sempre que seja necessário obter dados adicionais; > Sensores relacionados com a segurança das pessoas e bens, através de botões de pânico/SOS; > Botões de estado que permitem aos utilizadores indicarem o estado do momento, conforme definido pela organização (período de almoço, disponíveis ou ocupados numa viagem de trabalho). Em viaturas empresariais, este botão permite distinguir a utilização em modo profissional da de modo privado.

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Uso da telemetria Todos os pacotes da solução são disponibilizados com equipamentos de telemetria (alguns com instalação feita pelo cliente e outros com instalação profissional), recolhendo informação direta da centralina dos veículos. Os pacotes base implicam sempre a instalação de um equipamento telemático na viatura. Adicionalmente podem ser acrescentadas várias camadas de serviço que se focam apenas em tratamento de dados rececionados na plataforma ou noutros sistemas. Exemplo disto são as funcionalidades de Gestão de Custos e Gestão Operacional da Frota. Complementarmente ao serviço de Gestão de frotas, podem ser disponibilizados os módulos de software de gestão de pool, gestão de roteiros ou gestão de tarefas/missões. Tratamento de dados no âmbito do RGPD Cumpre escrupulosamente todas as obrigações impostas pelo RGPD. Funcionalidades sem uso de equipamento telemático Uma solução sem instalação e dados de telemetria da viatura é a de Localização de Ativos. Neste caso deve haver uma preocupação por parte do cliente na recarga da bateria do equipamento utilizado. Existem vários tipos de equipamentos para utiliza-

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ções distintas e com durabilidade que pode variar entre uma semana e seis meses, sendo que a duração da bateria depende da frequência de receção de informação que se pretenda obter por dia. Sistema de gestão de pool/partilha de veículos ou outros de mobilidade Um dos módulos opcionais permite a criação e gestão de pool, da criação de pedidos de viaturas pelos utilizadores à visualização dos pedidos aprovados, reprovados e pendentes ou à gestão das permissões, entre outros. Existe também a possibilidade de atribuir a cada condutor uma chave ou cartão RFID que permite identificar o condutor como sendo uma pessoa autorizada a conduzir o veículo. Em alguns casos, só com a apresentação desta chave/cartão é possível desbloquear o sistema de arranque. Sistema de gestão de obrigações fiscais e/ou enquadramento contabilístico das despesas com as viaturas enquadradas por regime de Tributação Autónoma Permite a separação de todos os encargos e utilizações do modo privado para modo profissional, bem como apuramento de custos e débitos relativos a utilização das viaturas.

Acesso remoto à plataforma e dados, nomeadamente através de dispositivos móveis ou por App Enquanto serviço cloud (SAAS), os seus servidores contam com a segurança providenciada pelo Data Center da Altice Empresas. O acesso à informação pelos clientes pode ser efetuado através de qualquer tipo de dispositivo com acesso à internet. Disponibiliza ainda uma app móvel. Acesso do utilizador da viatura a algumas funções O gestor de dados da organização/empresa pode definir acessos diretos à plataforma para diferentes utilizadores ou pode partilhar relatórios, enviados diretamente pela plataforma para cada um dos utilizadores previamente selecionados. Cada utilizador poderá, se assim estiver definido, ter acesso ao relatório das travagens e acelerações bruscas que faz durante a condução, assim como aos tempos em que a viatura está ao ralenti. Formação e serviço de apoio ao cliente A solução é comercializada em pacotes chave-na-mão, permitindo que o cliente obtenha formação através de um interlocutor único. A formação para os utilizadores da plataforma pode realizar-se de forma presencial ou remota, sendo


que, além da formação inicial gratuita, o cliente tem a possibilidade de contratar horas adicionais de formação suplementares à formação já fornecida. É disponibilizado um manual de utilizador na própria plataforma.

4ITFUTURE

Sistema 4Biz - Gestão de Frota Caracterização Software desenvolvido desde 2004. Tem um layout parecido com uma folha de Excel, permitindo aos gestores de frota a atualização rápida da informação, com foco a gestão administrativa e operacional da frota, importando a informação de inúmeros fornecedores. Possui mais de 40 alertas automáticos e relatórios personalizáveis pelo próprio utilizador. Grau de integração da solução com outros sistemas > Gasolineiras > Seguradoras > Via Verde > Operadores de GPS, com ERP como SAP, etc.. Possibilidades de personalização/ajustamento As customizações são poucas porque a aplicação já é muito completa. Mas é sempre possível individualizar à medida de determinado cliente. Os outros clientes com contrato beneficiam da atualização gratuita. Uso de telemetria O objetivo não é a telemetria mas sim a Gestão Administrativa e Operacional da Frota, tratando todos os dados que uma frota precisa, com a vantagem de, se o cliente tiver localizadores GPS, poder integrar essa informação sem limite temporal, porque a base de dados é local. Tratamento de dados no âmbito do RGPD A base de dados fica instalada nos servidores do cliente, mesmo tendo o módulo web de requisições eletrónicas. O RGPD é garantido pelas normas internas de cada empresa. Funcionalidades sem uso de equipamento telemático Dispõe do módulo de agendamento para gerir viaturas de pool e, se o cliente quiser mobilidade, pode adquirir o módulo de requisições eletrónicas. Sistema de gestão de obrigações fiscais Conjunto de alarmes que permitem a gestão proativa das obrigações fiscais.

Acesso remoto à plataforma e dados, nomeadamente através de dispositivos móveis ou por App Apesar de a aplicação ser cliente/servidor, é totalmente compatível com soluções de virtualização como Citrix e/ou, com a instalação do módulo web das requisições eletrónicas, dar a possibilidade de os utilizadores das viaturas e gestores terem acesso a um conjunto de funcionalidades remotamente.

de acordo com as necessidades. Possibilidades de personalização/ajustamento Pode realizar-se tendo em conta o tipo de veículo, contando com equipamentos e conexões apropriados para cada um deles, (pesados, ligeiros, GNV ou elétricos), mas também ao nível da plataforma do sistema central, de forma a permitir gerir de forma integrada a atividade da empresa e os seus diferentes departamentos.

Acesso do utilizador da viatura a algumas funções Com o módulo web das requisições eletrónicas podem pedir serviços de manutenção, requisições de viaturas, atualização de km, introdução/validação de despesas.

Uso da telemetria As plataformas podem assegurar funcionalidades de gestão sem uso de equipamento telemático. No entanto, o registo dos dados da frota/atividade, por exemplo, das despesas reais da frota, e o controlo das atividades realizadas é mais moroso e limitado do que quando são usados em conjunto com os equipamentos telemáticos. Sempre que se pretenda uma análise detalhada e automática do desempenho da viatura/custos que lhe estão associados e sempre que se pretenda uma redução efetiva dos custos operacionais, devem ser utilizados equipamentos de telemetria nas viaturas.

Formação e serviço de apoio ao cliente Está garantida formação e suporte pelo departamento de entrega e o departamento técnico.

TECMIC

Sistema XTraN Caracterização: A Tecmic desenvolve o software, hardware e firmware dos seus sistemas, dominando as vertentes da solução e garantindo a manutenção a longo prazo. Capacidade de desenvolvimento à medida, com experiência acumulada de mais de 30 anos em soluções inteligentes de mobilidade e gestão de frotas, ativos e equipas. As soluções na área de mobilidade, gestão de ativos e equipas são flexíveis e modulares, permitindo a sua escalabilidade e adaptação em função das necessidades do cliente. Os sistemas contam equipamento embarcado nos veículos, que usam técnicas de localização e comunicação, bem como software de gestão. Este conta com sistemas de localização de veículos, gestão da frota, sistemas de controlo da atividade energética e de comportamento de utilização da frota, otimização de rotas, otimização e planeamento de serviços, despacho de serviços, monitorização do planeamento dos serviços, descarga remota do tacógrafo digital, gestão dos tempos de condução, controlo analítico de custos e gestão da manutenção, gestão de ocorrências, orçamentação de serviços, gestão da pool de veículos, gestão de transportes e mobilidade e gestão de equipas, entre outros. Grau de integração da solução com outros sistemas O sistema permite integrar outros sistemas ou plataformas através do XTraN Talk. Essas integrações são normalizadas ou realizadas de forma personalizada,

Tratamento de dados no âmbito do RGPD Permite às empresas clientes demonstrar o seguimento das várias obrigações legislativas e recomendações da CNPD. Incluiu, entre outros, a anonimização dos dados pessoais, a encriptação da informação e o registo para posterior análise, dos acessos à plataforma e das operações realizadas sobre esses dados. Sistema de gestão de pool/partilha de veículos ou outros de mobilidade A funcionar em muitos clientes com grandes frotas de tipologias variadas. Solução completa, com vários subsistemas de autorização e comunicação interna, alertas, relatórios e parametrizações. Sistema de gestão de obrigações fiscais e/ou enquadramento contabilístico das despesas com as viaturas enquadradas por regime de Tributação Autónoma Conta opcionalmente com um módulo de controlo analítico de custos e gestão da manutenção, que é também um programa online que permite gerir todos os custos e obrigações fiscais ou outras de cada um dos veículos da frota, em qualquer local, de forma fácil. A introdução de lembretes de pagamento de impostos, inspeções, manutenções, renting, etc. e a criação por parte do utilizador dos departamentos e centros de custos permitem análises de performance mais detalhadas. Além disso, o cumprimento das obrigações fiscais

SETEMBRO 2020

37


S E RV I Ç O S

Os dados recolhidos são não apenas dados provenientes dos veículos, mas também sobre serviços e entregas, pessoal, horas de trabalho, condução/ descanso, chegada, quilometragem, estado das mercadorias, sensores de temperatura, pressão dos pneus, relatórios de qualidade, etc.. Permite integrações com sistemas empresariais para a gestão de salários, faturação de serviços, quer do próprio negócio, quer dos custos de combustível por veículo. Adição periódica de funcionalidades, como otimização de encomendas, integração de câmaras, pressão de pneus, etc... Possibilidades de personalização/ajustamento Enquanto plataforma aberta permite personalizar os processos de modo a adaptarem-se ao negócio de uma forma interfuncional. Através do App Center pode utilizar as integrações existentes oferecidas através do ecossistema parceiro. Também é possível desenvolver qualquer tipo de integração personalizada, que responda às necessidades personalizadas de cada cliente. Uso de telemetria A WEBFLEET baseia-se em sistemas telemáticos e analisa os dados recolhidos pelos dispositivos de localização e monitorização de veículos, bem como os estilos individuais de condução. Adequada para todos os tipos de frotas, dependendo do tipo de veículo, a instalação dos dispositivos pode ser plug & play ou requerer uma instalação mínima e simples. e o cálculo da tributação dos veículos enquadrados no regime de Tributação Autónoma são facilitados com a integração dos dados do sistema no ERP das empresas. Acesso remoto à plataforma e dados, nomeadamente através de dispositivos móveis ou por App As aplicações funcionam em regime ASP com acesso remoto aos nossos servidores através de um browser. Possuem soluções instaladas nos clientes que são acedidas pelos colaboradores através de uma rede privada interna. Para facilitar o acesso à informação através de equipamentos móveis, dispõem de várias apps como o FleetMobile, destinado aos gestores de frota ou o DriverMobile, destinado aos condutores. Acesso do utilizador da viatura a algumas funções Através das diferentes interfaces (consolas, tablets, terminais PDA, apps no telemóvel) os condutores podem receber os serviços a executar e informar acerca da execução dos mesmos, enviar e receber mensagens de texto livre ou predefinidas, conhecer o atraso na execução das suas tarefas e enviar a justificação correspondente, conhecer o tipo de

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Fleet Magazine

condução que estão a realizar e como podem melhorar, conhecer incidentes e receber avisos acerca de pontos a evitar, navegar até os locais, etc.. Formação e departamento de apoio ao cliente Formação por intermédio do gestor de conta dedicado, sendo dada uma ação de formação inicial ao gestor de frota e formações aos restantes utilizadores do sistema, com o intuito que estes possam ser totalmente autónomos. Através do departamento de suporte podem ser esclarecidas dúvidas ou agendadas novas sessões de formação, presenciais ou remotas.

Webfleet Solutions Sistema Webfleet

Caracterização Sistema de gestão de frota número 1 na Europa. Mais de 60 mil clientes em todo o Mundo.

Grau de integração da solução com outros sistemas Software aberto, oferecendo muitas opções de integração com outros sistemas da empresa.

Tratamento de dados no âmbito do RGPD Certificados pelo ISO 27001:2013, garantem o cumprimento dos mais altos padrões da indústria em termos de segurança, qualidade e disponibilidade de dados. Sistema de gestão de pool/partilha de veículos ou outros de mobilidade Sim. Acesso remoto à plataforma e dados, nomeadamente através de dispositivos móveis ou por App Os dados estão alojados na nuvem pelo que podem ser analisados em tempo real a partir de qualquer dispositivo, ao nível da operação, comunicação e interação com clientes e terceiros. Existe uma aplicação, WEBFLEET Mobile, para aceder a partir do telemóvel ou tablet. Acesso do utilizador da viatura a algumas funções Sim, para facilitar as operações diárias, melhorar a comunicação entre o escritório - motorista - cliente, otimizar a produtividade sem esquecer a segurança rodoviária.


SEAT FOR BUSINESS Acima das expectativas. Abaixo da tributação autónoma.

Leon Novo SEAT

2.0 TDI 115 Cv

Campanha válida para ENI e frotas para o novo SEAT Leon 5P 2.0 TDI FR 115CV com um valor final da viatura de 27.417,92€ e para o novo SEAT Leon 5P 2.0TDI Style 115CV com um valor final da viatura de 24.990€. Não é válida para cliente Rent-a-Car. Imagem não contratual. Consumo (l/100km): 4,1 - 4,7; Emissões de CO2 (g/km): 107 - 124.

seat.pt/NovoLeon


Opinião João Antunes C O N S U LTO R DA O R D E M D O S C O N TA B I L I S TA S C E R T I F I CA D O S

A

A tributação das viaturas

fiscalidade em torno das viaturas ligeiras de passageiros ou viaturas de turismo sempre foi objeto de muita controvérsia e sempre foi um setor de atividade económica muito apetecível para arrecadar receita fiscal. Para além do imposto sobre veículos (ISV) que tributa o fabrico, montagem, importação e do imposto único de circulação (IUC) que tributa a propriedade/utilização, temos a tributação autónoma em sede de IRC e o direito à dedução do IVA. Em matéria de tributação autónoma, o Código do IRC estabelece uma tributação autónoma sobre os encargos efetuados ou suportados por sujeitos passivos que não beneficiem de isenções subjetivas e que exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas ligeiras de mercadorias referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º do Código do Imposto sobre Veículos (CISV), motos ou motociclos, excluindo os veículos movidos exclusivamente a energia elétrica, às seguintes taxas: > 10% no caso de viaturas com um custo de aquisição inferior a 27.500 euros; > 27,5% no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a 27.500 euros e inferior a 35 mil euros; > 35% no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a 35 mil euros. São considerados encargos as depreciações, rendas ou alugueres, seguros, manutenção e conservação, combustíveis e impostos incidentes sobre a sua posse ou utilização. Esta matéria foi objeto de muita controvérsia

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Fleet Magazine

quando foi acrescentada à tributação autónoma com o OE/2015 as viaturas ligeiras de mercadorias e a confusão foi instalada à data. Considera-se que as viaturas ligeiras de mercadorias que são objeto de tributação autónoma são as que são tributadas pela alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º do CISV – Tabela A do CISV. São viaturas com mais de três lugares e caixa fechada similares aos ligeiros de passageiros, mas são classificados como de mercadorias. Na grande maioria, os ligeiros de mercadorias são tributados pela tabela B do CISV, que tem em conta apenas a cilindrada, pelo que os mesmos não se inserem na alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º do CISV. Estes são os ligeiros de mercadorias que, pelas suas características, são tributados pela tabela B e, residualmente, pela tabela A: > Ligeiros de mercadorias até três lugares, são tributados pela tabela B, pelo que não estão sujeitos a tributação autónoma; > Ligeiros de mercadorias com mais de três lugares, de caixa aberta ou sem caixa (incluem-se as pickups) são também tributados pela tabela B e não estão igualmente sujeitos a tributação autónoma; > Para os ligeiros de mercadorias com mais de três lugares, com caixa fechada, há a distinguir as seguintes situações: se tiverem dois eixos motores (4x4), são tributados a 100% das taxas da tabela A (taxa normal), ficando assim sujeitos à tributação autónoma; Se tiverem um eixo motor (4x2), só são tributados à taxa normal da tabela A se não reunirem os requisitos definidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 8.º, ou na alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º, ou ainda na alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º, todos do CISV; > Ligeiros de mercadorias com o peso bruto igual a 3.500 kg, um eixo motor (4x2) com caixa aberta ou sem caixa (ou quadro) ou, se de caixa fechada, não tenham a cabina do condutor e

passageiro(s) integrada na carroçaria, estão fora da incidência do ISV, nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do CISV, pelo que não estão sujeitas a tributação autónoma. Esta distinção muito técnica causa dúvidas sobre a sujeição ou não a tributação autónoma, no caso de veículos adquiridos em estado de uso, ou perante a frota de veículos existentes no ativo da empresa. Como forma de dissipar as incertezas, pode ser consultado o simulador de cálculo do imposto sobre veículos que consta no Portal das Finanças. Parecer da Autoridade Tributária A Autoridade Tributária pronunciou-se sobre esta matéria numa informação vinculativa de 2015 (Processo n.º 750/2015), que vem dizer que veículos que, embora sejam homologados tecnicamente pela entidade competente (Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.) como “ligeiros de mercadorias” (considerados da categoria N1 - veículos concebidos e construídos para o transporte de mercadorias com massa máxima não superior a 3,5 t), assemelham-se pelas características específicas com que se apresentam (de que se destaca desde logo a carroçaria e a lotação de 4 ou 5 lugares) como ligeiros de passageiros, razão pela qual são tributados em sede de ISV pela taxa normal da tabela A, sendo-lhes aplicável idêntico tratamento ao previsto para os automóveis de passageiros - vide artigo 7.º, n.º 1, alínea a) do CISV. A Autoridade Tributária (AT) considera também que, caso o veículo seja tributado pela taxa intermédia prevista no artigo 8.º, n.º 3 ou por uma das taxas reduzidas a que se refere o artigo 9.º, n.º 1, alínea b) e n.º 2 (ambos do CISV), estará desde logo afastado da tributação autónoma prevista no artigo 88.º, n.º 3 do CIRC. Conclui a AT que estão sujeitas à tribu-


tação autónoma prevista as viaturas ligeiras de mercadorias que para efeitos de ISV sejam tributadas às taxas normais deste imposto, ou seja, as previstas na tabela A constante do n.º 1 do artigo 7.º do respetivo código. Os operadores económicos, e sobretudo os contabilistas certificados, devem analisar o certificado de matrícula e junto da AT verificar qual a classificação das viaturas no âmbito do CISV. Ainda no que respeita à tributação autónoma, o CIRC não exclui explicitamente as viaturas que se encontram classificadas como mercadorias, ou seja, viaturas destinadas a venda, apenas excluindo as que se destinam no âmbito da atividade normal a serem alugadas ou afetas ao serviço público de transportes e ainda quando sejam tributadas na esfera da categoria A (como rendimento em espécie). Esta ambiguidade ou lacuna na redação da Lei causa mau estar no sector de venda e revenda de viaturas, pois, pese embora não sejam depreciadas, têm outros encargos que são objeto de tributação autónoma. Ora, o espírito do legislador ao tributar autonomamente as viaturas ligeiras de passageiras era onerar viaturas registados no imobilizado e não em mercadorias. IVA dedutível O direito à dedução do IVA parece-nos menos objeto de controvérsia e é estabelecido nos seguintes termos: > Não é possível o direito à dedução do IVA da aquisição, fabrico ou importação de viaturas ligeiras que não tenham mais de 9 lugares, incluindo o condutor, excluindo quando as viaturas são para venda ou constituam o objeto de atividade do operador económico; > Viaturas até 3 lugares, chamadas “comerciais”, o IVA é dedutível; > Viaturas elétricas ou híbridas plug-in, de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas elétri-

A Autoridade Tributária conclui que estão sujeitas à tributação autónoma as viaturas ligeiras de mercadorias que, para efeitos de ISV, sejam tributadas às taxas normais deste imposto, ou seja, as previstas na tabela A constante do n.º 1 do artigo 7.º do respetivo código

cas ou híbridas plug-in, quando consideradas viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda o definido na portaria a que se refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do CIRC, o IVA é dedutível; > Viaturas movidas a GPL ou a GNV, de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas movidas a GPL ou a GNV, quando consideradas viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda o definido na portaria a que se refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do CIRC, o IVA é dedutível em 50%; > Despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-in. A Portaria referida é a Portaria n.º 467 de 2010 que estabelece os seguintes limites: > Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de tributação iniciado em 1 de janeiro de 2010 ou após essa data, o montante é fixado em 40 mil euros; Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de tributação que se inicie em 1 de janeiro de 2011 ou após essa data, o montante é: > 45 mil euros relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia elétrica; > 30 mil euros relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea a).

Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos de tributação que se iniciem entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2014, o montante é: > 50 mil euros relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia elétrica; > 25 mil euros relativamente às restantes viaturas não abrangidas no ponto anterior; Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos de tributação que se iniciem em 1 de janeiro de 2015 ou após essa data, o montante é: > 62.500 euros relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia elétrica; > 50.000 euros relativamente a veículos híbridos plug-in; > 37.500 euros relativamente a veículos movidos a gases de petróleo liquefeito ou gás natural veicular; > 25 mil euros relativamente às restantes viaturas não abrangidas nos pontos anteriores. A fiscalidade automóvel é complexa, sendo o sector automóvel sempre muito “castigado” quando é necessário arrecadar mais receita fiscal, devendo, em nosso entender, ser necessário clarificar algumas ambiguidades como a tributação autónoma de viaturas classificadas como de mercadorias. SETEMBRO 2020

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ANÁLISE

LIGEIROS DE MERCADORIAS L1

Multifacetados —— A oferta de furgões compactos é cada vez maior, com a entrada de novas marcas nesta classe de veículo. Porém, os onze comerciais ligeiros deste painel partilham cinco plataformas e respetivos motores. O que os distingue afinal? E qual o mais competitivo?

S

e por força do confinamento e do teletrabalho algumas empresas viram reduzir a quilometragem da sua frota de ligeiros de passageiros, de um modo geral, aquelas que atuam na área dos serviços de distribuição e de assistência técnica sofreram menos interrupções na atividade dos veículos de mercadorias. Admira portanto que as vendas de comerciais ligeiros tenham recuado quase 40% entre janeiro a agosto deste ano, de acordo com as tabelas de novas matrículas elaboradas pela ACAP. A contabilidade geral revela sensivelmente menos 1.400 unidades face a idêntico período de 2019, com a particularidade de todos os modelos que constam neste estudo, com exceção do Toyota Proace City e do Nissan NV250, lançados em 2020, verem reduzida significativamente a sua expressão de vendas, em alguns casos para menos de metade.

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Fleet Magazine

Entre os vários motivos que podem explicar a fraca renovação deste segmento destaca-se o facto de, perante a indefinição quanto ao futuro de alguns negócios, algumas empresas com frotas subcontratadas estenderam o prazo de vida útil das viaturas, aproveitando, nos casos em que isso foi possível, as condições excecionais criadas pelo regime de moratória para reduzir os encargos com os financiamentos em curso. E ainda porque, nas situações pontuais de acréscimo de volume de trabalho, a prática habitual é o recurso a alugueres temporários de viatura junto de um operador de rent-a-car. Fiscalidade Como é sabido, as alterações efetuadas nas tabelas do ISV em 2012, ao retirarem competitividade aos comerciais ligeiros derivados de viaturas de turismo, fizeram dos furgões ligeiros verdadeiros “paus para toda a obra”. Utilizados para a distribuição ou para serviços de assistên-

cia técnica variada, estes veículos servem ainda as equipas comerciais de algumas empresas e muitos ENI com contabilidade organizada conduzem-nos na sua atividade diária normal, sem fazer uso da caixa de carga. E a explicação surge ao analisar os preços praticados para profissionais (fornecidos por cada uma das marcas automóveis presentes no estudo), explanado no quadro sem IVA, uma vez que este imposto é dedutível para este tipo de viatura. Uma vez que são tributados pela tabela B do Código do ISV, os encargos com a aquisição, uso e depreciação da viatura não são também sujeitos a Tributação Autónoma. Produção partilhada O cabaz de viaturas analisado inclui toda a oferta de furgões L1 disponível em Portugal. Os custos de desenvolvimento deste produto e a sua reduzida rentabilidade levam muitos construtores a estabelecer parcerias, podendo assim


Estudo realizado pela TIPS 4Y, empresa especializada na oferta de ferramentas que permitem dotar as empresas com informação estratégica de análise e de apoio à decisão. www.tips4y.pt

Citroën Berlingo

Dacia Dokker

Fiat Doblò

Ford Transit Connect

Mercedes-Benz Citan

Nissan NV250

Detalhes dos custos diretos a 48 meses/120 000 km EM EUROS

P.V.FRT % VR

DEPRECIAÇÃO

MANUTENÇÃO

PNEUS

COMBUSTÍVEL

IUC

TCO

CUSTO POR 100 KM

CITROËN BERLINGO 1.5 BLUEHDI 75

11 400

45%

6 270

2 156

583

8 072

130

17 211

14,34

DACIA DOKKER ESSENTIAL BLUE DCI 75

9 351

44%

5 240

2 370

635

7 632

130

16 006

13,34

FIAT DOBLÒ 1.3 MULTIJET 95 EASY

10 600

45%

5 830

2 431

635

7 338

130

16 364

13,64

FORD TRANSIT CONNECT 1.5 TDCI ECOBLUE AMBIENTE 75

12 565

45%

6 910

2 742

767

8 806

130

19 355

16,13

MERCEDES-BENZ CITAN 108 CDI STANDARD

13 537

49%

6 900

2 503

583

7 338

130

17 454

14,55

NISSAN NV250 1.5 DCI 80 PROFESSIONAL

13 299

45%

7 310

2 665

583

8 952

130

19 641

16,37

OPEL COMBO L1 1.5D 75 ESSENTIA

11 272

45%

6 200

2 204

583

8 072

130

17 189

14,32

PEUGEOT PARTNER 1.5 BLUEHDI 75 PRO STANDARD

12 919

47%

6 850

2 298

583

8 072

130

17 933

14,94

RENAULT KANGOO 1.5 DCI 80 CONFORT

12 079

45%

6 640

2 042

583

8 219

130

17 614

14,68

TOYOTA PROACE 1.5D 75 COMFORT

12 351

47%

6 550

2 114

583

8 072

130

17 449

14,54

VOLKSWAGEN CADDY 2.0 TDI FLEET EDITION

12 290

46%

6 640

3 397

583

6 898

130

17 648

14,71

MÉDIA

11 969

46%

6 485

2 447

609

7 952

130

17 624

14,69

SETEMBRO 2020

43


ANÁLISE

LIGEIROS DE MERCADORIAS L1

Opel Combo

Peugeot Partner

Renault Kangoo

Até ao final do mês de agosto, o segmento dos furgões compactos representou metade das matrículas de viaturas comerciais ligeiras em Portugal. Peugeot Partner, Citroën Berlingo e Renault Kangoo Express são, por esta ordem, os três primeiros modelos do pódio. Toyota ProAce

Volkswagen Caddy

dispor de um produto com a sua marca, ainda que tenha como ponto de partida um modelo da concorrência. Assim acontece com o Nissan NV250 e Mercedes-Benz Citan que partilham a plataforma e mecânica do Renault Kangoo e, fora do universo de marcas do grupo PSA (Peugeot, Citroën e Opel), com o Toyota Proace City, que tem como ponto de partida o Berlingo Van. Entre os modelos mais antigos presentes neste estudo da Tips4Y elaborado para a FLEET MAGAZINE contam-se a VW Caddy (um novo modelo surge no final deste ano) e o Fiat Doblò, recentemente atualizado, mas com futuro garantido na nova geração de comerciais do grupo PSA. O Dacia Dokker tem também mecânica partilhada do grupo Renault.

do banco ou bancos da direita, para criar uma plataforma de trabalho no encosto, um espaço adicional para pequenos objetos sob o assento ou para, através da abertura na caixa de carga, permitir o transporte de objetos com comprimento superior ao que a caixa de carga permite. As novas normas de segurança, nomeadamente as de proteção dos peões em caso de embate, elevou também a parte frontal de alguns veículos mais recentes, fazendo com que só possam ser classificados como Classe 1 nas portagens nacionais, se associados a um dispositivo de cobrança automática das passagens.

Dois ou três lugares e classe de portagem Entre as funcionalidades apreciadas neste tipo de veículos (opcional em algumas marcas) contam-se a faculdade de poderem transportar até três ocupantes, embora as condições em que o consigam fazer sejam, regra geral, bastante limitadas e pouco confortáveis. Outra é a possibilidade de rebatimento ou modularidade

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Fleet Magazine

Veredicto O estudo a 48 meses/120 mil quilómetros elaborado pela Tips4Y expõe algumas incoerências, como o facto de alguns modelos similares, com o mesmo motor, apresentarem consumos distintos. Isto pode ter a ver com o facto das normas WLTP levarem em linha de consideração aspetos como o equipamento envolvido, por exemplo. Quanto aos valores de manutenção preditiva, estes devem-se, em grande medida, à política individual das marcas, podendo ser mais competitivos do que os aqui referidos, através

da contratualização de planos prévios de manutenção, seja com o fabricante, ou com uma gestora de frota. É também interessante verificar a importância da sigla presente na grelha, quando se constata a retenção de valor enquanto usado de modelos similares como o Mercedes-Benz Citan (com 49% de valor residual) e Renault Kangoo (45%) ou do Toyota Proace City e Peugeot Partner (ambos com 47% de VR), em contraponto com o Citroën Berlingo (45%). Ainda assim, sem grande surpresa, os dois modelos com custo por quilómetro mais reduzido são aqueles que apresentam preço de aquisição mais baixo: Dacia Dokker e Fiat Doblò, o último com a oferta de quatro anos de garantia que vigora em toda a gama Fiat Professional. A garantia pode ser outro fator importante de decisão na escolha do produto, sobretudo quando a previsão de uso intensivo da viatura e consequente desgaste antecipa custos elevados de recondicionamento, fazendo optar pela sua aquisição para propriedade. Neste campeonato, a mais extensa é a da Toyota, que alarga à gama de comerciais a garantia de sete anos proposta para todos os novos modelos da marca.


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Opinião José Coelho G ESTO R D E F R OTA D O S C T T

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Transição energética da frota

a totalidade da informação da sua frota e não de forma parcelar e dispersa. Este tema é relevante, dado que vai conviver-se durante algum tempo entre veículos movidos a combustíveis fósseis e energias alternativas, num modelo de vasos comunicantes em que, paulatinamente e mediante os desenvolvimentos tecnológicos e os custos associados a cada solução de frota, a transição de veículos a combustão vai ser feita para os veículos movidos a energias alternativas.

utilização de combustíveis fósseis nas frotas representa, há bastante tempo, uma preocupação das empresas genericamente e dos CTT em particular. Estando os CTT acima do consumo de 500 TEP anuais (toneladas equivalentes de petróleo), representando um consumidor intensivo de energia, a preocupação com a utilização energética eficiente e a sua redução tem sido um desafio contínuo ao longo dos tempos, conjugando a inovação de mercado com a sustentabilidade económica e operacional inerente ao equilíbrio da empresa. A preocupação energética, a par com a segurança rodoviária, por estarem intimamente ligadas - fazendo parte da estratégia global da empresa e vertida nas auditorias energéticas e plano de racionalização -, desempenha um dos pilares de atuação da Gestão de Frota dos CTT, visível através do grau de penetração de veículos elétricos na sua frota própria de velocípedes, triciclos, quadriciclos e ligeiros de mercadorias, acima dos 10% numa frota que ultrapassa os 2.500 veículos.

dependente da capilaridade da rede), os custos inerentes à integração de estações próprias de carga, a monitorização de informação sobre as estações e os consumos dos veículos, mantendo a eficiência operacional da empresa sem impactos, bem como a informação necessária para gerir de forma eficiente a frota (custos e km), conjugando todos os vetores de forma global e avaliando a sua implementação a par com as tendências tecnológicas de mercado que permitirão a maior ou menor evolução de cada uma e garantindo custos de gestão global controlados. Para que a integração dos veículos alternativos - nomeadamente elétricos - ocorra da melhor forma nas empresas com médias e grandes frotas, a não-disrupção na informação é crítica e existe a necessidade das empresas fornecedoras dos veículos (mas também de todos os serviços conexos como os carregadores e as plataformas tecnológicas associadas aos mesmos ou até dos fornecedores de combustíveis fósseis que começam a olhar para este mercado de forma integrada) entenderem os vários negócios de forma global e assumir que os clientes necessitam de soluções que permitam

Ecossistema global A adoção de veículos alternativos face aos veículos de combustão na frota CTT implica não só a análise aos primeiros, ao seu desempenho e redes de assistência técnica per si (elétricos ou outros) mas também a todo o ecossistema necessário à sua existência, como sendo a forma de promover a recarga ou abastecimento (estações próprias ou públicas, nesta última

Para que a integração dos veículos alternativos ocorra da melhor forma nas empresas, a não-disrupção na informação é crítica e existe a necessidade das empresas fornecedoras dos veículos, mas também de todos os serviços conexos, assumirem que os clientes necessitam de soluções que permitam a totalidade da informação da sua frota e não de forma parcelar e dispersa

Fleet Magazine

Cliente e sustentabilidade A opinião vital e instantânea do cliente, numa sociedade digital cada vez mais consciente da necessidade urgente de ações efetivas que garantam a sustentabilidade do planeta, implica por parte das empresas que a sua awareness sobre o papel ao nível das emissões poluentes e eficiência energética deixe de estar unicamente nos media, mas assuma relevância efetiva implementada. Os CTT, através da “CTT Expresso”, aumentaram recentemente a integração de circuitos de distribuição last-mile totalmente isentos de emissões poluentes, permitindo aos seus clientes garantir ao cliente final que as suas entregas minimizam a pegada carbónica associada e contribuindo para a sustentabilidade do planeta. A integração destes veículos, que será reforçada em breve, demonstra o caminho que está a ser efetuado pelos CTT em que a as preocupações ambientais estão no seu ADN, desde sempre e associadas ao seu modelo de negócio.


DOSSIER

CARTÕES DE FROTA

FERRAMENTAS DE GESTÃO —— As despesas com combustível representam uma fatia importante dos custos totais de utilização de uma frota automóvel. Os cartões de frota, com descontos associados e relatórios que ajudam à gestão dos abastecimentos e consumos, são um aliado imprescindível para melhor controlo e redução deste encargo, além de facilitarem a tarefa de atribuir "plafonds" mensais aos utilizadores das viaturas

Observatório Frotas Fleet Magazine* Uso de Cartões de Combustível 4,2% 10,4% Utiliza apenas em parte da frota

Não utiliza

27,1% Utiliza para atribuir plafonds mensais a cada utilizador

14,6% Utiliza para controlar custos/ evitar desvios

16,7% Utiliza cartões de mais do que uma empresa fornecedora do serviço

27,1% Possui para combustíveis e carregamentos das viaturas elétricas

* O OBSERVATÓRIO FROTAS É UMA INICIATIVA FLEET MAGAZINE. SAIBA MAIS NA PÁGINA 13

SETEMBRO 2020

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DOSSIER

CARTÕES DE FROTA

MOBILIDADE ELÉTRICA NAS EMPRESAS. VAI PAGAR COM CARTÃO? —— A mobilidade elétrica é uma tendência em constante crescimento no sector das frotas, ou não fizessem palavras como “sustentabilidade” ou “zero emissões” já parte dos cadernos de encargos de muitas das empresas

A

s necessidades com as quais os gestores de frota se deparam na transição energética atualmente em curso são conhecidas. Transitar para uma frota elétrica acrescenta desafios na gestão, quer seja na utilização e otimização de ativos ou na instalação de soluções de carregamento. Integrar a vertente de carregamento de veículos elétricos bem como a monitorização avançada de frotas faz parte da nova realidade da gestão de frotas. É por isso que os principais operadores a atuar no mercado têm de adaptar os seus produtos de forma a criarem soluções integradas que permitam uma gestão fácil e conveniente dos abastecimentos. Abastecimentos esses que, com a transição energética que observamos, ganham, em algumas empresas, nova nomenclatura, agora denominada de “carregamento”. Os cartões de frota dispensam fidelização, não têm custos de anuidade associados e permitem integração em apps, que simplificam processos como métodos de pagamento seguros, identificação de postos de abastecimento ou carregamento mais próximos e monitorização de todas as compras. Damos a conhecer algumas das ofertas dos principais operadores no contexto da mobilidade elétrica:

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Fleet Magazine

CEPSA Oferecer mobilidade elétrica rápida aos seus clientes até 2022. A CEPSA está a trabalhar para disponibilizar um produto que se adeque à nova realidade de mobilidade, avançando desde já a garantia de que incluirá não só a mobilidade elétrica mas também outras opções sustentáveis. Nas autoestradas há oito pontos de carregamento rápidos e, em parceira com a IONITY, a CEPSA prevê a instalação de carregadores super-rápidos ainda em 2020. “Viajar de e para os quatro cantos da Península Ibérica” é declaração de interesses. PRIO Lançado em 2017 e destinado a um segmento de mercado com diferentes necessidades. Com mais de 6.000 clientes, o cartão PRIO Electric permite o acesso a uma rede de pontos de carregamento que está em evolução e crescimento desde 2011, disponibilizada em locais onde mais necessidades há, indo ao encontro das solicitações dos clientes, diz a empresa. Com pontos de carregamento testados, certificados e integrados na rede de carregamento nacional Mobi.E, é permitida a autonomização de consumos, separando as contas dos diversos

condutores do veículo e gestão dos custos através do sistema Mobi.E. Através da app PRIO GO, é possível filtrar a pesquisa por tipo de combustível ou disponibilidade de carregadores elétricos e fazer o pagamento sem sair do veículo. Repsol Como empresa multienergia, a Repsol diz estar comprometida com a transição energética, tendo assumido recentemente o desígnio de zero emissões líquidas de CO2 em 2050. É nesse sentido que diz estar a preparar-se para reforçar a aposta na mobilidade elétrica. Ter um cartão de frota para veículos elétricos é uma solução que estará disponível consoante o aumento da mobilidade elétrica. Quanto aos pontos de carregamento elétrico, em Portugal há sete pontos de carregamento rápido e, na Península Ibérica, o número sobe para os 1.200, sendo que há a considerar os pontos de carregamento ultrarrápido. “Um automobilista pode deslocar-se em território ibérico, apenas com recurso aos pontos de carregamento elétricos da Repsol” diz a empresa. GALP O cartão GalpElectric é um cartão que permite utilizar os pontos de carregamento rápidos da rede Galp e os restantes pontos de carregamento da rede de mobilidade elétrica. Através deste cartão, e caso possua energia Galp na sua empresa, o cliente possui um desconto de 16% em qualquer ponto de carregamento rápido. Permite, além disso, um desconto de seis cêntimos por litro em combustível Evologic para veículos híbridos plug-in. Atualmente presente nas principais vias do país com 28 pontos de carregamento rápido (que integram 89 tomadas). No que respeita a pontos de carregamento normais, a operadora conta com 16 pontos (32 tomadas) integradas na rede de mobilidade elétrica Mobi.E. bp

A bp está a desenvolver, em parceria com a EDP, um cartão destinado às frotas empresariais que possuam soluções híbridas ou elétricas. É um cartão que vai permitir o abastecimento de eletricidade em toda a infraestrutura nacional. Atualmente a bp conta com 15 pontos de carregamento rápido instalados em parceria com a EDP e espera duplicar o número de estações de carga ainda no decorrer deste ano. Desenvolver a mobilidade elétrica em Portugal continua a ser uma aposta da bp, que com a parceria com a EDP, conta já com 50 mil aderentes. O carregamento de veículos elétricos nos postos de carregamento EDP instalados na bp, onde cada kWh carregado acumula 3 pontos no cartão Poupa Mais.


Para descontos e crédito em combustível, é já ali.

Para alcançarem o sucesso, as empresas podem contar com os cartões Galp Frota e as suas vantagens: descontos em combustível, pagamentos a crédito, oferta flexível de produtos e serviços, gestão de frota online, a maior rede de postos em Portugal e mais de 1400 postos de abastecimento na Península Ibérica. Quando quer ir mais longe, é bom saber que estamos lá. Conheça todas as energias que temos para a sua empresa em empresas.galp.pt


DOSSIER

CARTÕES DE FROTA

Opinião Luís Ventura Serrano P R O F ES S O R D E E N G E N H A R I A A U TO M ÓV E L D O I N S T I T U TO P O L I T ÉC N I C O D E L E I R I A

BIOCOMBUSTÍVEIS: ENERGIA DE ORIGEM BIOLÓGICA, NÃO FÓSSIL, REDUZ EMISSÕES DE CO2 —— A complexidade, os custos, o peso e a autonomia podem tornar inviável a eletrificação de alguns meios de transportes. Biocombustíveis vegetais com reciclagem de óleos alimentares para produzir novos combustíveis, numa espécie de fotossíntese artificial, pode ser uma das várias soluções tecnológicas, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental do uso de recursos com origem fóssil

O

aumento da eficiência energética é um aspeto essencial que permite, apenas com o recurso à inovação e ao desenvolvimento, fazer mais com menos. São várias as atividades onde este aumento se torna evidente, podendo destacar-se a iluminação LED em vez de lâmpadas incandescentes e, no caso dos veículos, a possibilidade de, com a mesma quantidade de combustível, um automóvel poder percorrer distâncias cada vez maiores. Se o recurso a fontes renováveis de energia tem vindo a ser feito de modo muito gradual e com bastante sucesso em vários sectores de atividade, a transição da utilização de combustíveis fósseis no campo dos transportes tem sido mais difícil. A descarbonização da produção de eletricidade está a progredir e muitos modos de transporte podem ser eletrificados, mas é mais complexa, e

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por isso mais difícil, a eletrificação total de meios que precisam de cumprir grandes distâncias, sejam veículos ligeiros ou pesados de mercadorias, aviões e navios, ou, por exemplo, utilizados na produção agrícola. Estes veículos deverão exigir diferentes opções tecnológicas, possivelmente até a combinação de algumas já existentes ou em fase adiantada de desenvolvimento. Biocombustíveis Uma das opções que surge como mais viável e, de resto, já utilizada em pequenas quantidades, são os biocombustíveis incorporados nos combustíveis comerciais, em Portugal 7% de biodiesel no gasóleo e 5% de bioetanol na gasolina. O objetivo definido é aumentar para 10% nos próximos anos, tal como já acontece em França. Na verdade, a utilização de biocombustíveis oferece uma opção renovável, com custo, volume,

rede de distribuição e densidade energética similar à oferecida pelos combustíveis fósseis. No entanto, a utilização de matérias-primas que são as mesmas empregues na alimentação humana e animal, como o milho, a cana-de-açúcar, a colza, a soja e a palma, estabelecem um limite na sua utilização e podem traduzir-se num impacto ambiental, a outro nível, que não pode ser desprezado. Deste modo, mais opções terão de ser encontradas para o sector dos transportes, desde que contribuam para uma efetiva diminuição do impacto ambiental na produção da energia necessária para o fazer movimentar. Reciclagem de óleos alimentares para um diesel “renovável” Uma quantidade significativa do biodiesel incorporado no gasóleo é obtida a partir de resíduos


de óleos alimentares usados, que são recolhidos em restaurantes ou em oleões espalhados na via pública. A reutilização de resíduos de produtos com elevado valor energético permite dar valor a uma matéria que é, afinal, um resíduo com impacto muito negativo no ambiente, caso seja depositado numa rede de esgotos sem o devido tratamento. Além da vantagem óbvia da diminuição da dependência de combustíveis de origem fóssil, esta solução evita também a utilização de matérias-primas utilizadas na cadeia de alimentação. Um produto que tem sido desenvolvido com base nos mesmos resíduos de óleos mas com outros processos de produção é o chamado HVO, Hidrotreated Vegetable Oil, ou Óleo Vegetal Hidrogenado ou Hidrotratado. Diferente do biodiesel “tradicional” no seu processo de produção e depuração, este composto apresenta propriedades muito próximas do gasóleo convencional, podendo, por isso, ser utilizado em motores diesel convencionais, após alguns ajustes. Ensaios já realizados demonstram uma elevada eficiência energética e uma queima mais “limpa”, mesmo a baixa temperatura, menos poluente e

livre de NOx. Ao contrário do biodiesel de origem vegetal, este produto mostra ainda menos risco de conter impurezas, prejudicial ao funcionamento dos motores atuais, e também menos capacidade para absorver água do depósito, substância adversa à longevidade de alguns componentes da mecânica. O CO2 e o hidrogénio na génese deste combustível Mas em que difere o HVO do biodiesel que já é incorporado nos combustíveis em comercialização? Tendo como ponto de partida resíduos de óleo alimentar (gordura vegetal ou animal) ou biomassa vegetal, o HVO tem um processo de produção distinto do biodiesel, reagindo com hidrogénio e carbono em condições controladas de temperatura e pressão. Numa espécie de fotossíntese artificial ambientalmente sustentável, projetos em curso de

produção deste “e-fuel” evoluem a biomassa para um processo de hidrogenação que faz uso de hidrogénio obtido a partir de eletrólise com recurso a eletricidade renovável (1) e de CO2 capturado da indústria e posteriormente decomposto em C (carbono) e O2 (oxigénio). A grande vantagem da substância liquida e carburante que resulta desta cadeia química é a possibilidade de poder fazer funcionar tanto motores novos como mais antigos, com valores de CO2 emitidos pelo escape significativamente baixos. A utilização direta do HVO já é experimentada em veículos, como a Ford que, na Transit, o tem testado no motor EcoBlue 2.0, podendo assim contribuir para uma descarbonização mais rápida e mais abrangente dos transportes, do que aquela que é assegurada pelos veículos elétricos, mas que implica uma alteração mais ampla do parque automóvel, para ter efeitos mais impactantes na redução das emissões dos transportes.

(1) A utilização do hidrogénio nesta cadeia é um processo completamente distinto da tecnologia “fuel-cell”, na qual o hidrogénio é utilizado para a produção de eletricidade, destinada a alimentar a bateria de um carro com motor elétrico.

Evolução do consumo de energia a nível mundial (1971/2018)

Para saber mais

Unidade: Mton (Megatonelada, equivalente a 1.000 kg) Fonte: IEA (2020), Key World Energy Statistics 2020, IEA, Paris

Bosch Renewable synthetic fuels for less CO₂ https://qrgo.page.link/LkTnx

NGVA CO2 emissions and carbon neutrality https://qrgo.page.link/aKNTZ

iea Estatísticas mundiais de energia https://qrgo.page.link/MrxHF

SETEMBRO 2020

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DOSSIER

CARTÕES DE FROTA

PORQUE DEVO TER UM CARTÃO DE FROTA? —— O cartão de frota é uma ferramenta de pagamento segura que facilita o trabalho de quem gere as viaturas da empresa e também de quem passa o dia ao volante

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cartão de frota assumiu uma importância fundamental na gestão e otimização dos custos das empresas, quer se trate de grandes empresas ou de pequenos empresários e profissionais em nome individual (ENI). Por poderem adotar um modelo centralizado de custo, com relatórios detalhados das despesas

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Fleet Magazine

associadas a veículos ou motoristas, os cartões de frota permitem uma simplificação do controlo das médias de consumo e do limite dos plafonds mensais a gastar. Assumem, por isto, o papel de aliado do responsável pela frota de qualquer empresa. Dependendo do número de viaturas do cliente e da modalidade contratada, a maioria dos prestadores deste tipo de serviço acrescentam à

flexibilidade de pagamento e aos descontos uma panóplia de ferramentas de gestão que permitem um maior controlo do seu parque automóvel. Com que vantagens contar? As vantagens em matéria de faturação são diversas: o pagamento pode ser feito de forma segura e em diferido, o que representa mais-valias em termos de tesouraria, faturação e mobilidade dos motoristas. O cartão de frota dispensa o uso de fundos de maneio e a contínua (em desuso) apresentação de documentos comprovativos de despesa, facilitando o tratamento burocrático e mais demorado dos recibos. A associação do cartão a uma só matrícula contribui também para a redução de fraude devido a uso indevido. E com sistemas de telemetria instalados nas viaturas, torna-se possível controlar, de uma forma bastante mais apurada, a gestão do custo por quilómetro da viatura É possível centralizar numa única fatura um período pré-estabelecido de gastos. E através dos relatórios detalhados que são exportados para os softwares de gestão de frotas, o gestor tem à sua disposição dados suficientes para analisar padrões de consumo para cada veículo de forma individual, por exemplo. Estes relatórios constituem uma ferramenta fundamental para efeitos de orçamentação, sempre que se desenvolvem atividades sujeitas a subcontratação de serviços ou necessidades temporárias de ampliação da frota. Porque dispensam fidelização, os cartões de frota não têm custos de anuidade associados e permitem integração em apps, que simplificam processos como métodos de pagamento (mais seguros), identificação de postos de abastecimento ou carregamento mais próximos e monitorização de todas as compras, além de servirem de motivador para estímulo do auto-controlo das despesas. Cabe ao gestor, contando com todas estas vantagens ao seu dispor, garantir que opta por uma rede de abastecimento geograficamente ampla, evitando a todo o custo o desvio de rotas para abastecimento, o que pode fazer cair drasticamente os benefícios de possíveis descontos ou garantias de preço acordadas com os operadores. Nunca esquecer também que os cartões de frota podem incluir, além do combustível ou da faculdade de carregamento de veículos elétricos, o pagamento de lavagens, estacionamento, portagens e até serviços de cafetaria.



Opinião Miguel Vassalo C O U N T RY M A N AG E R A U TO R O L A

A transformação digital do processo de compra automóvel

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inda antes da pandemia a Indústria Automóvel já enfrentava forças potencialmente disruptivas de monta. A pressão nas margens vinha a intensificar-se. Novos modelos de negócio desafiavam os incumbentes. E a incerteza económica provocada pelo Brexit e pela guerra económica entre os Estados Unidos e a China eram fatores desestabilizadores. Na Europa, a consultora Deloitte estimava, num estudo sobre o futuro das vendas e pós-venda, uma quebra nas vendas e perda de receita de 2% até 2035, nos segmentos de negócio tradicionais. Quando a tudo isto juntávamos a evolução rápida e crescente da exigência dos consumidores, as novas tendências de mobilidade e a forte regulação, nomeadamente no que diz respeito ao cumprimento das metas ambientais, podíamos verdadeiramente compreender o espectro e dimensão dos enormes desafios (e oportunidades) que se lhe apresentavam. Agora, os efeitos da COVID-19 podem bem ser um catalisador para a enorme mudança que já vinha a fazer sorrateiramente o seu caminho. Se por um lado podemos observar uma travagem a fundo, embora circunstancial e passageira, em tudo o que diz respeito à mobilidade partilhada, por outro, todos os aspetos relacionados com a digitalização do processo de compra serão agora objeto de uma atenção redobrada e aceleração por parte de fabricantes, concessionários e fornecedores de tecnologia.

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Fleet Magazine

A alteração dos padrões de compra dos consumidores, a exigência em recentrar o foco no cliente em detrimento do foco no produto são inegavelmente problemáticas e já há muito tinham sido diagnosticadas e amplamente discutidas, mas, na verdade, nunca seriamente endereçadas pela indústria, apesar das variadas aproximações e tentativas. Este ponto desempenha agora um papel central, depois do choque provocado pelo Coronavírus, o qual deixou as redes de distribuição de joelhos, com as portas fechadas e muitíssimo limitadas na sua capacidade de contacto com os consumidores, enquanto a humanidade fazia uma transição em massa sem precedentes para o digital. O exemplo dos EUA Há alguns anos, a Tesla abriu a caixa de pandora: a venda direta. Sem uma rede de concessionários, números crescentes de vendas e uma legião de fãs, vem ilustrar que um processo de

Os compradores de automóveis do futuro estarão online, offline e multicanal. Se por um lado, esta multiplicidade levanta uma complexidade tremenda, tanto mais que exige obrigatória integração com entidades, por outro, gera uma quantidade incalculável e preciosa de dados que permite conduzir a um nível acrescido de personalização e de relação com marcas e retalhistas


legado. Devemos também admitir que não existirá certamente um arquétipo único de cliente e um único caminho para lhe entregar uma grande experiência de compra. A jornada totalmente online não será mais que um dos caminhos possíveis disponíveis. Mas ainda que possamos dizer que apenas uma pequena parte (hoje) pode preferir este modelo, eu ousaria dizer que deverá conter aproximadamente o mesmo número de consumidores que prefere que tudo se desenrole no ambiente físico. E o que temos no meio? Uma quantidade avassaladora de múltiplos caminhos imprevisíveis que o comprador poderá desejar percorrer e inúmeras formas de os servir.

retalho eminentemente digital é perfeitamente exequível e até financeiramente benéfico quando comparamos com os custos associados ao atual modelo físico. Poder-se-á ainda acrescentar que o mercado de usados tem sido aquele que mais tem inovado nesta área. Veja-se o exemplo da americana Carvana, que oferece a possibilidade de comprar um automóvel usado através de uma app e uma miríade de serviços digitais associados, incluindo financiamento, colocação da retoma e entrega em casa. O ano passado era número 8 na lista Top 100 da Automotive News (com

mais de 94 mil usados vendidos em 2018) e na mais recente já era número 4 (com mais de 175 mil em 2019). A questão que se coloca é como estes exemplos podem lançar pistas sobre o futuro da digitalização do processo de compra. Sabendo, claro está, que mais do que uma questão acima de tudo tecnológica, o que se trata nestes casos é da criação de um processo de compra completamente novo, construído de raiz e que, muito provavelmente, uma das razões do seu atual sucesso é não estar ancorado em nenhum

No digital, os dados ajudam à personalização do negócio Os compradores de automóveis do futuro estarão online, offline e multicanal. O seu conhecido desconforto com o atual processo de compra dá sinais crescentes de que cada um deles ambiciona definir a sua própria jornada e não seguir as que até agora (poucas) lhe têm sido impostas. Se por um lado, esta multiplicidade de possíveis caminhos e pontos de contacto online/offline levanta uma complexidade tremenda, tanto mais que exige obrigatória integração com entidades externas (financeiras e não só), por outro, a geração por essa via de uma quantidade incalculável e preciosa de dados permite conduzir a todo um outro nível acrescido de personalização e de relação com marcas e retalhistas. Brevemente vamos assistir a uma verdadeira revolução na transformação digital do processo de compra automóvel. Uma melhoria significativa da experiência do cliente e a construção de processos mais resilientes a choques. E não pode ser de outra maneira, sob pena de mais uma vez podermos ver as Amazons, Ubers e Airbnbs da vida virem a ocupar esse vazio. SETEMBRO 2020

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D ESTAQ U E M A R CA

BMW

Um futuro com mais poder de escolha

—— O plano de renovação das gamas ao longo dos próximos anos inclui uma estratégia de realinhamento da gama,a oferta devários tipos de motorização por modelo e a ampliação de serviços e soluções relacionadas com a mobilidade elétrica 56

Fleet Magazine

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eletrificação não é estranha à marca de Munique. Foi até um dos primeiros construtores automóveis europeus a compreender a sua importância, com uma entrada bem-sucedida neste universo, quando se avalia um sucesso chamado BMW i3. De facto, os mais de 165 mil exemplares produzidos desde 2013, incluindo unidades Rex (“Range Extender”, com um pequeno motor a gasolina para produzir energia para a bateria), colocam-no entre os carros elétricos mais vendidos em todo o mundo. Além do primeiro conjunto híbrido produzido em série no início da década anterior para equipar uma versão da série 7 (ActiveHybrid 7), a mecânica “plug-in” mais acessível chegaria com o primeiro modelo da marca a dispor de tração dianteira: o BMW Série 2 Active Tourer, com um motor elétrico auxiliar que, dando força ao eixo traseiro, o tornava num carro de tração integral. Para completar a história do arranque da


eletrificação nos carros da construtora alemã, cujo primeiro ensaio remonta ao BMW 1602e apresentado nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, falta mencionar o BMW i8, modelo descontinuado em 2020. Com mais de 20 mil unidades é hoje o desportivo elétrico “plug-in” mais vendido do mundo. Foco na sustentabilidade O conceito BMW i do fabricante automóvel ganha agora novo impulso e entra numa nova fase que pode incluir também o uso do hidrogénio como fonte de energia. A eletrificação passa a ser transversal a toda a gama, alargando a disponibilidade de versões híbridas e híbridas “plug-in” a todos os futuros modelos que, para o efeito, passam a contar com plataformas modulares e ajustáveis a linhas únicas de produção, independentemente da solução mecânica utilizada. Este modo racional de construção permitirá conter os custos de fabrico – ao evitar cadeias de trabalho e logísticas diferenciadas, além de uma partilha maior de componentes –, forma de aumentar a competitividade num momento crucial para a indústria automóvel, pressionada que está para a redução média de emissões e para o aumento dos padrões de sustentabilidade ambiental. O que significa a utilização de mais energia renovável na produção, o emprego de mais materiais reciclados e mais capacidade de reciclagem dos veículos em fim de vida, algo que a BMW desde o início procurou fazer com o i3. Oferta integrada Designada “Power of choice”, a nova abordagem visa dar maior poder de escolha aos clientes, como o próprio nome indica. Para tal, acrescenta a oferta de serviços digitais e de carregamento essenciais para o maior conforto e eficiência do uso dos modelos 100% elétricos e “plug-in”, tornando mais prática e fácil a operação de recarga da bateria no domicílio do cliente ou em viagem. Isso envolve diferentes tipos de wallbox com serviço de instalação e aquisição de eletricidade verde, bem como formas de acesso privilegiado à maior rede mundial de estações de carregamento públicas (rede Ionity, com pontos de carga de até 350 kW), que já possui mais de 155 mil pontos de carregamento na Europa. Contempla também soluções de financiamento e de aquisição especificamente desenhadas para clientes particulares e para empresas.

O BMW iX3 promete uma autonomia elétrica até 460 km (WLTP) graças à bateria de 80 kWh, bastando 34 minutos para atestar até 80% de energia num posto de 50 kW (mas permite carregar até 150 kW). Com as primeiras unidades a chegarem a Portugal no início de 2021, já pode ser encomenda-

do e, naturalmente, as empresas vão poder contar com ofertas abaixo dos 62.500 euros + IVA. A gama X3 é a primeira a dispor de motores a gasolina e a gasóleo, além de tecnologia mild-hybrid de 48 volts, sistema híbrido plug-in e mecânica totalmente elétrica com 286 cv.

Com sete anos de carreira, o BMW i3 mantém o estatuto de porta-estandarte da mobilidade elétrica na marca bávara. Apesar dos custos elevados de produção condicionarem-lhe a competitividade face a propostas mais recentes, as vendas continuam a bom ritmo e contribuem para equilibrar as emissões totais do construtor. Para a eficiência contribuem o reduzido peso do chassis em alumínio e parte significativa da carroçaria em plástico reforçado com fibra de carbono,

mas a autonomia combinada do i3 tem vindo a crescer com o aumento da densidade (e capacidade) da bateria e ronda atualmente os 350 km, dependendo da versão de motor.

Antes da chegada dos novos série 5 e série 7 a partir de 2021 a quinta geração da tecnologia BMW eDrive vai ser implantada nos modelos BMW i4 e BMW iNEXT. Mas quando se olha para a gama atual, a oferta “plug-in” já inclui os SUV X1 xDrive25e, X2 xDrive25e, X3 xDrive30e, X5 xDrive45e, o monovolume 225xe Active Tourer, as carroçarias Berlina ou Touring do 330e e do 530e e a berlina BMW 745e. Por razões de enquadramento fiscal, já que possuem versões “Corporate Edition” com valores até 35 mil euros (mais o valor do IVA possível de deduzir na totalidade) que beneficiam de redução da taxa de tributação autó-

noma de 27,5% para 10%, importa destacar os BMW 330e Berlina e Touring e o BMW X1 xDrive25e. Este SUV com 220 cv e uma autonomia puramente elétrica anunciada para 57 km, traduzida em emissões e consumos combinados de 43 g/km e 1,9 litros/100 km, respetivamente. Quanto ao BMW 330e, com um pico máximo de potência combinada de 292 cv (XtraBoost no modo SPORT), a bateria de 12 kWh permite-lhe autonomia elétrica para mais de 50 quilómetros, enquanto os consumos e emissões médias se cifram entre os 1,8 e 2,0 litros/100 km e os 42 e 46 g/km, consoante a forma da carroçaria.

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D ESTAQ U E M O D E LO

CITROËN C4

Revolução silenciosa —— Tem postura de gladiador e ar de quem vem para lutar. Gradualmente a Citroën reinventa-se, regressando à essência de marca renovadora, à luz das exigências atuais de conetividade, segurança e eletrificação. E num mundo que deseja, mas que também tantas vezes estranha a ousadia de querer ser diferente, o novo C4 tem o mérito de desafiar os sentidos

N

ão se pode dizer que lhe falte personalidade. Como refere Marília Santos, diretora de marca da Citroën Portugal (ler caixa), o novo C4 alia os detalhes de um SUV à dinâmica de uma berlina. Isto significa querer ir ao encontro dos desejos de cada vez mais consumidores europeus que procuram o primeiro formato de carro, porém não estão dispostos a sacrificar as capacidades de desempenho e de conforto que oferecem os modelos

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Fleet Magazine

mais familiares. No que toca ao conforto, a Citroën pode puxar dos seus galões. Fazendo agora uso da suspensão de batentes hidráulicos progressivos que tão boa conta dá de si no SUV C5 Aircross, repete a fórmula no novo C4, garantindo ser capaz de amortecer as irregularidades com o auxílio de bancos bem acolchoados, para melhor apoio e conforto de quem neles se instala. Mesmo nos lugares traseiros, enquanto os dianteiros podem acrescentar, em opção, a função de massagem.


Motores, incluindo “ë”, de elétrico

As duas opções a gasóleo de gasolina assentam no motor 1.5 BlueHDi e oferecem 110 ou 130 cv. A gasolina, a oferta inclui o motor 1.2 PureTech de três cilindros com 100, 130 ou 155 cv, com caixa de manual de seis velocidades, a mais potente exclusivamente com transmissão automática de oito velocidades, tal como acontece com o motor a gasóleo de 130 cv. A tração é sempre dianteira, mesmo no ë-C4 100% elétrico. Com o equivalente a 135 cv, a autonomia combinada aferida em WLTP é de 350 km, permitidos pela bateria de 50 kWh. Porque é possível o carregamento rápido a 100 kW, 80% da carga são repostos em 30 minutos. Já numa wallbox de 7 kW necessita de cerca de 7,5 horas para abastecer. O PVP com IVA do ë-C4 entende-se dos 37.607 aos 41.407 euros.

Ambiente tecnológico

Com 4,36 metros de comprimento, 1,8 de largura e 1,53 de altura, o exterior é visivelmente maior do que o de muitos concorrentes. Mas isso não parece refletir-se em mais espaço interior à frente – a avaliar pelas imagens –, talvez porque em parte os assentos largos preenchem o espaço. Já atrás, os valores anunciados revelam ganhos significativos para as pernas e, talvez por isso, a mala não tenha crescido além dos 380 litros. Mas há 39 litros de armazenamento adicional em 16 compartimentos espalhados no habitáculo. Com múltiplas possibilidades de personalização, a tecnologia domina o interior do C4. Além do novo sistema de infoentretenimento ao centro, ou das funcionalidades permitidas pelo painel digital atrás do volante, a aparência arrojada do tablier completa-se num sistema de suporte retrátil e diretamente integrado, que permite fixar um tablet da Apple ou da Samsung através de capas próprias, ou outros modelos com uma capa universal.

Design musculado

O ADN genético deste carro assinala cromossomas de SUV (do lado prático) e de coupé (da parentalidade dinâmica), num cocktail de estilos identitários que o tornam diferente no panorama clássico dos familiares do segmento C. Se isso jogará a seu favor, o tempo o dirá. Mas é inegável que pretende agradar aos que não têm receio de mostrar que apreciam a diferença, ainda que, no fundo, continuem a privilegiar e dar valor ao lado prático e cómodo da condução. Lateralmente a noção dinâmica ergue-se vincado na forma fastback da traseira e nas imponentes jantes que podem ir às 18 polegadas, enquanto as proteções da carroçaria e a altura ao solo (quase 16 cm) parecem prometer alguma versatilidade e confiança fora do alcatrão.

Marília Machado Santos, Brand Manager da Citroën Portugal, refere quatro pontos fundamentais da estratégia da marca francesa e do novo C4 para o mercado português:

Posicionamento para empresas O novo C4 é fundamental para a Citroën continuar a cimentar a sua posição no mercado B2B. É uma vantagem poder competir com uma oferta mais recente e com um produto que se destaca do ponto de vista tecnológico (além da conetividade, vinte tecnologias de ajuda à condução, incluindo o Highway Driver Assist, um dispositivo de condução semi-autónoma de nível 2). A diferenciação da silhueta (com detalhes de SUV mas com o dinamismo de uma berlina), associada ao habitáculo acolhedor e tecnológico, farão do modelo uma escolha natural para a shopping list das empresas. Paralelamente, estamos a trabalhar para construir um posicionamento global (considerando todos os custos associados ao automóvel, não só o preço) muito competitivo e que permitam a qualquer gestor de frotas poder ter no Citroën C4 um valor seguro.

Ambição para o ë-C4: liderar Estamos 100% focados em atingir a liderança do segmento C em motorizações elétricas. Com a plena consciência de que esta será, a cada dia, uma solução mais procurada pelas empresas, que têm na sua “pegada ambiental” uma preocupação cada vez maior.

Serviço de uso temporário de viatura térmica Seguindo a estratégia do grupo que permite oferecer um conjunto de produtos e serviços alargados, estarmos a trabalhar para o lançamento comercial do ë-C4 com uma oferta global que permitirá aos clientes do modelo usufruírem de uma viatura térmica por um determinado número de dias, que permitirá, em caso de necessidades pontuais de deslocações mais longas, ter acesso a um veículo sem encargos.

Comercialização arranca ainda em 2020 A comercialização das primeiras unidades a gasóleo, 100% elétricas e também a gasolina está prevista ainda antes do final do ano, não estando de momento prevista uma versão plug-in. Com essa solução temos o C5 Aircross Hybrid já a partir de outubro.

SETEMBRO 2020

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A P R ES E N TAÇÃO

MAZDA MX-30

Sustentabilidade premium —— O desafio a que a Mazda se propõe é simples: em dez anos, eletrificar a maioria da sua gama e focar-se no segmento premium. O MX-30 dá o mote rumo a um futuro cada vez mais verde

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MAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS E IMAGENS

adoção de portas freestyle. Ao eliminar o pilar central, a Mazda permitiu uma abertura dianteira a um ângulo máximo de 82 graus. O acesso e saída tanto na dianteira como traseira do carro fica assim facilitado, bem como as operações de carga e descarga. Tecnologia e-Skyactiv

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or altura do centésimo aniversário da marca japonesa, o MX-30 chega ao mercado nacional e apresenta-se como um SUV concebido de forma sustentável e com um preço convidativo para as empresas: 29.268 euros (sem IVA). O primeiro veículo elétrico a bateria (BEV) de produção em série da Mazda partilha a insígnia MX com o roadster MX-5. Uma insígnia que representa a diferenciação da marca num mercado que oferece outras propostas 100% elétricas neste segmento. A Mazda diz ter apostado na utilização de materiais que demonstram maior respeito pela conservação ambiental, mantendo um

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Fleet Magazine

equilíbrio simultâneo entre sustentabilidade, utilização de materiais selecionados, conforto, montagem e acabamentos. É por isso que o novo MX-30 apresenta algumas inovações do ponto de vista ecológico, como é o caso da adoção de materiais como a cortiça na consola central ou de um tecido feito de garrafas recicladas, exclusivamente desenhado para a zona superior das portas. A cortiça utilizada no MX-30 é de origem portuguesa e constitui uma referência à tradição da Mazda que, na sua fundação em 1920, operava no sector da cortiça sob a denominação Toyo Cork Kogyo Corporation. No MX-30 salta à vista, de imediato, a

A bateria de iões de lítio e o motor elétrico com tecnologias Mazda nascem da filosofia de desenvolvimento da marca centrada no ser humano, que procura, segundo a marca, proporcionar uma experiência de condução “totalmente suave, silenciosa e perfeita”, na qual o veículo responda diretamente às intenções de quem o conduz. Os componentes de alta tensão do sistema e-Skyactiv compõem o motor, a bateria, o inversor e conversor DC-DC. O inversor converte a corrente contínua da bateria em corrente alternada para alimentar o motor, enquanto o conversor DC-DC faz descer a tensão para fornecer energia aos equipamentos auxiliares de 12V do MX-30. Com um motor capaz de debitar 107 kw (145 cv) e um binário máximo de 270 Nm, o MX-30 regista consumos de 19 kWh/100 km. Equipado com uma bateria de 35,5 kWh de capacidade, na carga máxima, o MX-30 é capaz de rodar até 265 km em circuito urbano, sendo que esse número desce para 200 km no caso de ser utilizado em circuito misto. O compartimento das baterias está rigidamente integrado na carroçaria, contribuindo assim para aumentar a rigidez do MX-30. Tanto as entradas para carregamento normal ou rápido estão colocadas em conjunto, sendo possível aceder-lhes a partir do pára-choques traseiro direito. O SUV contém de série um cabo de carregamento AC, com espaaço próprio na bagageira com 366 litros de capacidade.


A P R E S E N TAÇÃO

JEEP RENEGADE 4XE E COMPASS 4XE

Eletrificados e aventureiros —— Os novos híbridos plug-in Renegade 4xe e Compass 4xe são os precursores da mobilidade “verde” da marca do grupo FCA no velho continente. Em Portugal, o Renegade 4xe tem um preço para empresas abaixo dos 27.500 euros, o que o coloca no primeiro nível de Tributação Autónoma para este tipo de veículos i

MAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS, IMAGENS E OPÇÕES DE FINANCIAMENTO

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Jeep diz que o Renegade 4xe e o Compass 4xe são a representação do seu empenho em ligar-se à eletrificação. Além disso, a marca não esconde o desejo de se tornar líder em tecnologias amigas do ambiente, mantendo sempre os seus “valores de aventura, autenticidade, liberdade e paixão”. Simultaneamente, pretende oferecer uma versatilidade para a condução do dia-a-dia em cidade, graças à tecnologia híbrida plug-in que permite uma condução ‘100% limpa’ nos centros urbanos – autonomia de 50 km em modo exclusivamente elétrico. Os modos de condução “Electric”, “Hybrid” e “E-Save” permitem uma condução adaptável a todos os tipos de situação, sendo o modo Electric ideal para o centro da cidade. A bordo, os novos 4xe incluem um novo ecrã a cores TFT de 7’’ que disponibiliza ao condutor informações específicas sobre a condução elétrica (o nível de carga da bateria, a autonomia disponível com o motor elétrico, com o motor de combustão ou com ambos combinados, além da percentagem de potência e níveis de carregamento). Já o ecrã a cores do sistema Uconnect de 8,4’’ revela informações sobre o fluxo de energia e o histórico de condução. Permite, ainda, definir tempos de carregamento e gerir o modo E-Save. “Go Anywhere, Do Anything”

Disponíveis em três níveis de equipamento (Limited, S e Trailhawk), os 4xe da Jeep propõem potências combinadas de 190 ou 240 cv. Tanto o Renegade 4xe como o Compass

4xe estão equipados com um motor a gasolina turbo de 1.3 litros, que está acoplado a um motor elétrico colocado entre as rodas traseiras alimentado por uma bateria de 11,4 kWh de capacidade. Por si só, o motor 1.3 debita potências de 130 cv ou 180 cv, aos quais se juntam os 60 cv produzidos pelo motor elétrico. No que respeita a binário, o motor elétrico produz

250 Nm, enquanto que o de combustão garante 270 Nm. Combinados, o motor de combustão interna e a unidade elétrica garantem 200 km/h de velocidade máxima e uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos. Utilizando exclusivamente o motor elétrico, os modelos 4xe alcançam os 130 km/h de velocidade máxima. SETEMBRO 2020

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A P R ES E N TAÇÃO

PEUGEOT 3008

O poder da escolha chega ao 3008 —— Desde o seu lançamento, em 2016, já foram produzidas mais de 800 mil unidades; números que espelham bem a importância do 3008 no segmento dos SUV compactos. Assente na filosofia “power of choice” da Peugeot, o novo 3008 chega no final do ano com duas motorizações híbridas plug-in (além das tradicionais a gasolina e diesel)

A

Peugeot é clara na aposta que faz no segmento dos SUV compactos e no compromisso que assumiu com a eletrificação. O 2008, por exemplo, chegou ao mercado nacional com uma versão 100% elétrica. Agora é a vez do 3008 apresentar-se com duas versões híbridas plug-in, numa categoria de veículo onde as empresas procuram este género de solução. À conveniência de cada tipo de utilizador (e carteira), há duas motorizações híbridas plug-in: 62

Fleet Magazine

uma de quatro rodas motrizes, com 300 cv de potência combinada, emissões de CO2 de 29 g/km e uma autonomia elétrica anunciada de 59 km; outra de duas rodas motrizes, com 225 cv de potência combinada, emissões de CO2 a partir de 30 g/km e autonomia elétrica de 56 km. Construídas com base na plataforma EMP2 do grupo PSA, a Peugeot assegura que a utilização de um trem traseiro multibraços confere um equilíbrio otimizado entre conforto e o prazer de condução.

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MAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS, IMAGENS E PREÇOS

Por outro lado, a marca francesa não deixou de parte as motorizações térmicas, com emissões de CO2 “contidas”, a partir dos 129 g/km. Homologados de acordo com o protocolo WLTP e respeitando a mais recente regulamentação Euro6, os dois motores de 3 cilindros PureTech a gasolina e os dois motores diesel de 4 cilindros BlueHDi cumprem com a promessa da marca, que quer ir ao encontro das necessidades dos clientes com o maior número de alternativas motrizes. A marca disponibilizou, em todas as motorizações térmicas equipadas com caixa de velocidades automática, um seletor de modo de condução, podendo agora optar-se entre os modos Normal, Sport e Eco. Para as versões híbridas plug-in, o seletor de modo de condução alterna entre os modos Eletric (ativo por defeito no arranque), Hybrid, Sport e 4WD (disponível apenas na variante HYBRID4 300 cv). Nas variantes híbridas plug-in, a Peugeot deixa claro o seu manifesto de intenções: proporcionar ao cliente uma tranquila transição para a mobilidade elétrica, com uma gama de serviços assente nos pilares Easy-Charge, que oferece soluções de carregamento em casa, Easy-Move, que permite o planeamento e organização de viagens mais longas através da app Free2Move Services e, por fim, Easy-Care, que oferece, por exemplo, um certificado de capacidade de bateria aquando da revisão e uma garantia de oito anos ou 160 mil km para 70% da capacidade de carga da bateria. A "nova era de modernidade", assim classificada pela Peugeot expressa-se na zona frontal e na iluminação traseira em LED e num suplemento de equipamento intermédio, denominado “Pack”, que é somado aos três níveis Active, Allure e GT. O propósito é alcançar os clientes que procuram maior nível de conforto, estética ou até mesmo mais assistência à condução.


Uma iniciativa


A P R ES E N TAÇÃO

RENAULT MÉGANE E-TECH (PHEV)

Para as empresas que já não querem diesel —— Chegaram a Portugal as primeiras soluções “plug-in” da marca francesa, partilhando a mesma solução mecânica em dois formatos distintas. Destacamos o Mégane por ser aquele que mais poderá interessar ao canal frotas

O

egmento C é muito importante para as aspirações de qualquer construtor no mercado europeu e o seu sucesso depende muito da penetração que conseguir alcançar nas empresas. Eis uma das razões que explica em grande medida a carreira bem-sucedida na Europa do principal concorrente do Mégane – o VW Golf –, principalmente através da versão carrinha, que resiste, apesar da progressão dos SUV. No Mégane é também esta forma mais familiar a concentrar a maior fatia das vendas do modelo em Portugal, não sendo certamente alheio o facto de manter linhas sedutoras, uma habitabilidade atual e, principalmente, um desempenho dinâmico capaz de satisfazer qualquer modelo de condução. Por isso, apesar de o Captur ter recebido a mesma estrutura eletrificada de motor e bateria recarregável por

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Fleet Magazine

tomada externa, é sobre o Mégane e muito particularmente a Sportstourer (ST), que recaí o nosso olhar. Disponível em carroçaria carrinha ou berlina de cinco portas, importa desde logo referir que ambos são comercializados com preço para frota abaixo dos 27.500 euros (sem IVA, dedutível por se tratar de um “plug-in”), pelo que a taxa de Tributação Autónoma aplicável aos encargos com a viatura é de apenas 5%. Mas nas contas da Renault Portugal, caso seja feito o aproveitamento da autonomia anunciada para até 65 km em modo elétrico, os custos de utilização equiparam-se aos da correspondente versão diesel de 115 cv, uma vez que o consumo médio de gasolina homologado é de somente 1,3 litros. Não menos importante para as contas da sustentabilidade corporativa, a homologação

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MAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O SISTEMA E-TECH

Tecnologia híbrida “plug-in” da Renault

> Motor a gasolina 1.6, atmosférico e com 91 cv, adaptado para receber em paralelo um motor elétrico com capacidade motriz. Coadjuvados por um segundo motor elétrico, para regeneração de energia e arranque do motor de combustão; > Potência total combinada de 160 cv; > Bateria Hitachi de iões de lítio com 9.8 kWh (400V); > Bateria recarregável pelo motor e por ligação externa a tomada doméstica, industrial ou wallbox. Velocidade máxima de carregamento de 3,7 kWh, mas pode ligar-se a postos até 22 kWh; > Caixa automática multimodo sem embraiagem, com até 15 combinações possíveis de transmissão; > Arranque sempre em modo elétrico e controlo do poder de regeneração de energia em travagem a partir manípulo da caixa; > Sistema ”E- Save”, que assegura uma reserva de pelo menos 40% de bateria para condução em modo 100% elétrico.

WLTP indica emissões CO2 de 28 g/km. O que o “E-TECH” alterou

Visualmente não existem diferenças significativas: exteriormente passaram a existir dois “bocais de abastecimento” em cada uma das partes laterais na traseira do veículo, dísticos identificativos “E-TECH” na carroçaria e pouco mais. O mais importante é que a introdução desta tecnologia não interferiu na habitabilidade da carrinha, dado o carácter compacto da mecânica híbrida e da instalação das baterias sob o banco traseiro. Porém, apesar do espaço ou da forma de rebatimento deste banco não terem sofrido alteração, mantendo também a capacidade “normal” da bagageira nos 447 litros, deixou de existir lugar para pneu suplente e o tanque de combustível ficou reduzido a 39 litros.


A P R E S E N TAÇÃO

KIA XCEED PLUG-IN HYBRID

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construtor aplica ao SUV da linha Ceed a fórmula utilizada na carroçaria SW: a mecânica PHEV que alia um motor atmosférico 1.6 a gasolina a uma unidade elétrica, capazes de gerarem uma potência combinada de 141 cv. E promete uns magníficos consumos médios de 1,4 litros e emissões de CO2 de 32 g/km, ligeiramente superiores à carrinha, isto, claro, se for aproveitada a autonomia elétrica (combinada de 48 km para um máximo de 59 km em cidade, WLTP) garantida pela bateria de 8,9 kWh alojada sob o assento traseiro. Porém, o mais interessante está no preço: a Kia Portugal assume que espera que a mesma intenção que levou os portugueses ao gasóleo há uns anos – um custo inicial de aquisição mais elevado, esbatido posteriormente ao longo das poupanças geradas com a utilização do veículo –, os faça olhar agora para os PHEV. Para isso introduz um desconto inicial de 8.500 euros para particulares, aproximando o PVP para cerca de 35 mil euros, valor próximo do pedido para a unidade 1.6 a gasóleo com o mesmo requinte tecnológico da versão “First Edition”. Porém, naquilo que interessa aos profissionais, o desconto aplicado, sem IVA, uma vez que ele é dedutível nos plug-in, situa-se nos 27.490 euros. Logo, escalão 1 da Tributação Autónoma e encargos com a viatura sujeitos à taxa de 5%. Talvez por isto, 90% das aquisições da Kia Ceed Sportswagon PHEV tenham tido como destino as empresas... Em relação às versões com motor térmico, as diferenças exteriores estão na porta de entrada do carregamento elétrico situada no guarda-lamas dianteiro esquerdo e na grelha dianteira fechada, para aumentar a eficiência aerodinâmica. Quanto à bateria, que praticamente não retira espaço normal de bagageira (queda-se nos 291 litros, mas deixa de existir pneu suplente), pode ser carregada a partir de uma tomada doméstica de 220 V, utilizando o equipamento fornecido, ou num posto público com Ficha AC Tipo 2. Uma vez que a potência máxima do carregador interno é de 3.3 kW, precisa de cerca de cinco horas para carregar numa ficha doméstica e sensivelmente três horas se ligada a um posto público, através do cabo com ficha Mennekes fornecido com a viatura. O equipamento interior conta com mais

Democratizar a eletrificação —— A Kia quer tornar a eletrificação acessível a todos e propõe o novo SUV com um desconto de 8.500 euros para particulares. Mas, no que toca a empresas, o interesse reside nos 5% de Tributação Autónoma que incidem sobre os gastos deste modelo

Enquanto modelo, o XCeed é a afirmação de uma marca que quer impor-se em todos os espaços, incluindo nas empresas. A versão plug-in hybrid é mais um passo nessa caminhada

novidades, principalmente a nível tecnológico, incluindo a possibilidade de definir perfis de condução diferenciados. Os painéis informativos estão orientados para a funcionalidade elétrica e correspondente telemática, fornecendo informação adicional neste sentido. Esta versão inicial, limitada a somente 100 unidades contém também de série muitas e importantes ajudas à condução. SETEMBRO 2020

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ENSAIO

MINI COOPER SE

O pónei elétrico —— Tão ou mais divertido de conduzir do que um MINI “normal”, o elétrico só peca pela fraca autonomia. Porém, há razões para que assim seja

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MINI ganhou uma versão sem emissões que tenta preservar ao máximo as características que fazem dele um sucesso no universo BMW: formas e linhas compactas e desportivas, um interior único, no limbo entre o retro e o tecnológico, além de um estilo de condução marcado pela agilidade com que se esgueira entre o trânsito mais denso ou enfrenta as estradas mais sinuosas.

Preços/Rendas

À Lupa

26.437€

MOTOR ELÉCTRICO

BINÁRIO

629,44€

184 CV 135 KW

270 NM 32,6 (28,9) KWH

(SEM IVA)

(36M, SEM IVA)

601,12€ (48M, SEM IVA)

FONTE: LEASEPLAN

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Para manter este ADN nesta versão, a marca foi obrigada a fazer concessões; não sendo um modelo desenvolvido de raiz para ser 100% elétrico, a posição de condução é ligeiramente mais elevada, porque os vários módulos que compõem a bateria distribuem-se pela plataforma, entre os eixos. Mas nem o centro de gravidade, nem o equilíbrio do conjunto saem prejudicados, antes pelo contrário, apesar de, em média, ser 145 kg mais pesado do que versões com motor de com-

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bustão e transmissão automática. De “Cooper S”, o MINI Electric (E) herda, além do nome, o poder de aceleração e parte do comportamento, tão divertido quanto aquela que oferece a condução de um kart; ou seja, o que a marca sempre prometeu. Mas sendo elétrico o Cooper SE possui algumas funcionalidades típicas deste género de viatura, caso da função regeneradora de energia quando se alivia o pedal do acelerador (que pode servir como “travão” na abordagem de curvas), a disponibilidade imediata do binário de um motor com o equivalente a 184 cv ou a velocidade limitada nos 150 km/h, para controlo do consumo e do aquecimento do sistema.

BATERIA

IÕES DE LÍTIO, REFRIGERADA

AUTONOMIA

EFICIÊNCIA

234 KM 15,2-15,9 WLTP

KWH/100KM WLTP

0G

CO2/KM


Com quatro modos de condução, do mais ecológico (Green+), que lhe limita os impulsos e a própria climatização, ao modo Sport, mais “Cooper”, mais dinâmico, mais desportivo e não necessariamente muito mais gastador de energia, a dimensão da bateria está dimensionada e equilibrada para não acrescentar peso e ocupar espaço, o que lhe limitaria a desenvoltura e sacrificaria a já de si limitada capacidade de mala. Além da fraca autonomia, que pode ou não ser uma contrariedade dependendo da forma como é utilizado, o peso obriga a uma suspensão mais firme, capaz de gerar algum desconforto sobre piso irregular. Mas a capacidade de receber carga rápida, através de tomada CCS, é uma vantagem ao encher de energia elétrica 80% da bateria em pouco mais de meia hora. Com uma potência interna de carregamento de 11 kW, ligado a uma MINI Wallbox consegue reabastecer-se de energia em duas horas e meia. Já ligado a uma tomada doméstica através do carregador fornecido com a viatura, precisa de cerca de 15 horas para fazê-lo por completo.

Impressões O MINI Cooper SE mantém-se fiel ao espírito da marca e aos princípios dinâmicos de um coupé (é um três portas), jovem e individualista, com doses de tecnologia de conectividade e entretenimento atuais. O consumo é uma agradável surpresa. O que afinal lhe limita a autonomia é capacidade da bateria de lítio de 32,6 kWh (na realidade só disponibiliza 29 kWh), uma vez que, quando não se exagera na condução, é possível obter consumos médios abaixo dos 13 kWh/100 km, inferior ao homologado. Porém, é preciso algum engenho, arte e não ser tentado a conduzilo da forma como muitas vezes apetece fazê-lo, para cumprir mais de 200 km sem precisar de o levar à tomada. A média combinada homologada em WLTP são 234 km. E isto, nos dias que correm, faz ainda confusão a muita gente.

Jovem e dinâmico Poucos carros de série podem igualar a forma precisa, confiante e divertida como qualquer MINI devora curvas e isso não difere no Cooper SE, apesar de ser um pouco mais alto e mais pesado. Na combinação entre a desaceleração regenerativa e a pronta resposta do acelerador reside o segredo que torna envolvente e quase viciante o ato de conduzi-lo. Com 184 cv, o motor é o mesmo utilizado pelo BMW i3s mas, neste caso, tracionando as rodas da frente. Comparativamente ao i3, o MINI tem um interior mais acanhado, sobretudo traseiro, e posiciona-se de uma forma distinta, orientada para espíritos mais jovens. O custo de aquisição indicado para empresas é também muito mais acessível.

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ENSAIO

SUZUKI VITARA 1.4 GLX 4WD HYBRID 48V

Questão de património

Impressões > O atual Suzuki Vitara está disponível em Portugal apenas com motor a gasolina 1.4, com tecnologia mild hybrid, destinada a reduzir consumos e emissões. O facto de só existirem versões a gasolina pode ser um obstáculo por agora; ou não, atendendo à tecnologia hoje necessária (e de manutenção mais exigente e delicada) para manter um diesel dentro das regras do WLTP. A pouca altura ao solo – 18,5 cm – não colabora para melhores ângulos que permitam transpor obstáculos mais complicados. Porém, contribui para a aerodinâmica e para a vontade de manter os consumos em valores moderados. No final do ensaio, o computador de bordo marcava uma média combinada de 6,5 litros. Curiosamente, não era muito longe do valor anunciado para esta versão, igualmente mais penalizada no CO2 face à de duas rodas motrizes.

—— Há coisas que não mudam: o atual Vitara continua despretensioso, mas também um dos mais eficazes quando chamado para aquilo que foi concebido: andar fora do alcatrão

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ntes do nome SUV existir, a Suzuki apresentou um capaz de se encaixar nessa terminologia: o Vitara, nascido em 1988 e aburguesado na geração seguinte, que surgiria uma década depois. Pomposamente designada Grand Vitara, oferecia mais espaço e versatilidade para uso familiar. O modelo atual é uma renovação da quarta geração lançada em 2015. Renovação ligeira no exterior e diferenciada na iluminação LED, mais incisiva no interior, na melhoria de alguns revestimentos e decorrente da necessidade de introduzir equipamento de segurança e ajudas à condução, em resultado das novas normas europeias. Pelo preço, entre os seus concorrentes mais

Preços/Rendas

28.952 € 790,22 € MÊS (36 MESES)

FONTE: LEASEPLAN

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Fleet Magazine

próximos estão SUV do segmento B como o Peugeot 2008, o Renault Captur ou o Seat Arona, apesar de as dimensões e habitabilidade levarem-no muitas vezes a ser comparado com modelos de escalão acima. Ora se face aos primeiros perde em glamour interior ou até em termos da tecnologia digital, facilmente os supera quando a vontade do condutor é a de levá-lo por maus caminhos. A Suzuki parece ter mantido o lado prático e menos exigente do Vitara, mais funcional e, provavelmente também, mais resistente quando submetido a condições mais exigentes: não existem muitos revestimentos suaves ou costuras que impeçam a limpeza rápida do interior sem alterar o seu aspecto, nem abuso de tecnologia que faça correr o risco de alguma deixar de funcionar

ao transpor algum obstáculo mais difícil. O conforto também não é referencial em estrada, mas o facto da versão ensaiada dispor de tração integral obriga-a a ter uma suspensão mais firme, para conter movimentos mais bruscos da carroçaria e, dessa forma, protegê-la dos embates quando circular em trilhos mais acidentados. Somente dois mil euros de diferença entre o preço da versão com tração dianteira e a de tração total, justificam plenamente a opção pela segunda. O que é que se ganha com isso? Em primeiro lugar, o Vitara adquire a versatilidade que lhe deu nome e que ainda hoje reúne uma legião de fãs, naturalmente com menos rusticidade do que a inicial, que precisava de dois manípulos para controlo dos modos de tração. No atual, o sistema “4WD Allgrip” possui comando rotativo para controlar quatro tipos de andamento - incluindo o bloqueio do diferencial central - para ajudar a ultrapassar percursos com menos aderência, ao distribuir a tração pelos dois eixos. E ajudou sempre nas condições em que o testámos.

À Lupa

723,08€ MÊS (48 MESES)

1.373 CC 129 CV 235 NM 4 CIL. /GASOLINA

5500 RPM

2000-3000 RPM

6,2 L /100KM

141 G

CO2/KM


ENSAIO

BMW X1 SDRIVE 1.6D CORPORATE EDITION

“ X”

corresponde na marca alemã a uma linhagem de modelos com características SUV, o segmento com maior expansão no mercado europeu. É também aquele que tem recebido mais versões elétricas e “plug-in”, uma vez que se torna mais fácil alojar baterias e reduzir o preço, sobretudo para empresas, por força das vantagens fiscais em vigor. É o que atualmente acontece com o X1, colocando tanto a versão ensaiada como a xDrive 25e (PHEV) baixo dos 35 mil euros. Agora, como se diz, é fazer as contas. Ao IVA do gasóleo da versão ensaiada, com garantia de consumos mais “controláveis”, ou aos 10% de Tributação Autónoma do plug-in, onde o não aproveitamento da bateria e consequente descontrolo dos consumos (de gasolina), podem deitar por terra o esforço de contenção do TCO. A versão a ensaio é, digamos, mais “convencional”. Dotado de um pequeno motor a gasóleo com três cilindros e 116 cv, o mesmo que serve nas gamas inferiores da BMW e ainda na MINI, este é o X1 com o preço mais acessível e também o mais económico em matéria de consumos. Sem que a fraca potência do motor retire imponência à nova grelha que passou a ostentar. Este X1 116d dirige-se aos que valorizam a imagem e apreciam o lado prático de um modelo mais multifacetado do que uma berlina, sem comprometer o lado racional das contas. Ora se esta versão não promete uma dinâmica capaz de elevar a adrenalina de quem a conduz, por outro, mostra-se capaz de assegurar uma condução suficientemente descontraída e nada indolente, com consumos bastante controlados. No mais é um BMW, com a qualidade e funcionalidade melhoradas face à geração anterior, sobretudo na perceção da primeira, apesar de, aqui e ali, soarem revestimentos plásticos de qualidade menos boa. Sem perder muito o interior conservador ou evidenciar em demasia a tecnologia disponível, os que privilegiam o lado prático e descomplicado dos comandos e funções reconheerão nisso uma vantagem. O que importa realmente é que a nova plataforma e a tração dianteira vieram dar

Preços/Rendas

—— O X1 é a resposta aos que procuram um BMW acessível e mais familiar, mas com características e uma imagem diferentes do monovolume 216d Active Tourer. Actualizado este ano, alinhou o visual e melhorou nos domínios da qualidade e da eficiência

Impressões

mais espaço ao interior, que se complementa com assentos dianteiros com bom apoio e visibilidade, espaço traseiro suficiente e uma bagageira de bom acesso, com 505 litros de capacidade e piso duplo.

> A tração às rodas dianteiras dá ao X1 a condução de uma berlina. Para quem gosta é mesmo possível conduzi-lo em posição mais rebaixada do que é habitual neste género de carro, apesar de os 18 cm a que a plataforma fica do solo impedirem maiores sensações dinâmicas. Porém, o maior prazer da sua condução advém do modo descomprometido e eficiente com que se deixa dirigir em cidade ou em estrada. Em qualquer dos casos revela um interior bem insonorizado e, sobretudo, uma eficiência que merece realçar, já que, ao longo do ensaio, o computador de bordo foi registando médias entre os 4,7 litros em estrada e os 5,8 litros em cidade.

À Lupa

34.999 € 769,08 € 696,62 € MÊS (36 MESES)

Prático e familiar

MÊS (48 MESES)

1.496 CC 116 CV 270 NM 3 CIL. /DIESEL

4000 RPM

1750-2250 RPM

4,9 L /100KM

130 G CO2/KM

FONTE: LEASEPLAN SETEMBRO 2020

69


ENSAIO

PEUGEOT 2008 GT LINE 1.5 BLUEHDI 130CV EAT8

A maioridade

—— Há cada vez mais SUV compactos e começa a ser difícil encontrar algo que os distinga. Ao perceber isso, em 2020 a Peugeot fez nascer um novo 2008 com garras de se afirmar

Impressões > O estilo visual do 2008 é mais impressionante do que o anterior e, em matéria de conforto, regista-se também uma evolução. Parte dela sensitiva, já que a melhoria dos materiais contribuiu para melhorar o ambiente em matéria de insonorização. Outra, mais real, deve-se à carroçaria ligeiramente rebaixada e aos 14 cm a mais de comprimento (metade dos quais usados para alargar a distância entre os eixos), que permitiram ao 2008 ganhar estabilidade e uma suspensão mais competente. Tudo isto completado com um bom banco traseiro face às dimensões do exterior, porém fixo, ou seja, não desliza sobre calhas. Por isso, a capacidade da bagageira é sempre de 434 litros, mas inclui pneu suplente, apesar de temporário.

H

á muitos motivos para gostar deste carro: os que valorizam a estética vão apreciar o facto de se destacar na multidão de SUV compactos que todos os dias chegam ao mercado, os que apreciam a condução vão encontrar uma posição facilmente adaptável ao seu gosto e os que pretendem conciliar o uso diário com uma utilização mais familiar vão descobrir espaço. Já quem faz contas aos custos, vai encontrar uma versão com preço para empresas ajustado ao 1.º escalão da Tributação Autónoma, com uma mecânica que satisfaz nos consumos. Este carácter camaleónico é o ADN do 2008. Já o era na primeira geração, enquanto SUV capaz de surpreender para lá do alcatrão,

Preços/Rendas

27.483 € 637,36 € (36 MESES)

FONTE: LEASEPLAN

70

Fleet Magazine

agora reforça esse aspeto ao propor quase todo o tipo de motorizações, incluindo uma 100% elétrica. E a meio caminho entre a versão de acesso, com motor a gasolina 1.2 de 100 cv, ou do exclusivo GT, movido unicamente a energia elétrica, encontra-se o motor a gasóleo 1.5 com 100 ou 130 cv. E este último, somente equipado com transmissão automática de oito velocidades, é a versão ideal para quem procura o lado prático que oferece a condução de um carro com este tipo de caixa de velocidades. Do conforto com que se deixa conduzir à agilidade, que pode ser tanto maior quanto o modo de condução selecionado, o novo 2008 perdeu, porém, parte da ingenuidade e encantamento do anterior, ao crescer para se

aproximar de um tipo de consumidor mais exigente e sofisticado. E abonado. Isso nota-se não apenas na subida de forma dos materiais e dos acabamentos, como na própria tecnologia que transparece assim que é ligada a ignição. A linguagem do i-Cockpit, com o seu pequeno e peculiar volante, passou a contemplarar uma instrumentação digital adaptativa e com visão tridimensional, enquanto parte dos comandos digitais adquiriram um elegante controlo por teclas na zona central do tablier, logo abaixo do ecrã táctil que opera o sistema multimédia. O que, definitivamente, veio descomplicar e tornar mais funcional a operação de algum equipamento durante a condução.

À Lupa

589,60€ (48 MESES)

1.499 CC 130 CV 300 NM 4 CIL. /DIESEL

3750 RPM

1750 RPM

4,8 L

/100KM

138 G

CO2/KM


Todas as rendas para empresas www.fleetmarket.pt


ENSAIO

RENAULT CLIO E DACIA DUSTER BI-FUEL

A GPL? E porque não? —— Numa altura em que se procuram soluções mais económicas, as versões GPL continuam alternativas viáveis ao gasóleo, em termos de custos de utilização, disponibilidade e sem a por vezes problemática questão dos reabastecimentos, uma vez que a rede está suficientemente expandida em Portugal

A

pouca procura de modelos com solução GPL faz com que de momento apenas exista esta oferta no grupo Renault, mais concretamente da parte da Dacia – que a estende a praticamente toda a gama – e da própria Renault, que a tem disponível nos novos Clio e Captur. Além de ajudarem a reduzir as emissões médias de cada marca, a intenção do construtor francês é disponibilizar uma alternativa ao gasóleo, com um valor de aquisição bastante mais reduzido do que qualquer solução eletrificada, e com custos de utilização que conseguem ser inferiores aos de qualquer outra versão. Isto desde que se faça uso do GPL, cujo preço por litro é, em média, cerca de metade do pedido para a gasolina. Estas contas estão explicadas e são fáceis de fazer na página de cada uma das marcas. Pegámos em duas soluções distintas para entender a sua condução e o valor desta oferta. Com

posicionamento e de marcas diferentes, porém equiparadas em preço e fazendo uso da mesma mecânica: o novo Renault Clio, mais indicado para a condução urbana, e o sempre surpreendente Dacia Duster, um SUV com imagem e equipamentos renovados, versatilidade e capacidade fora de estrada intocáveis no que se refere ao desempenho. Renault Clio: a fórmula de sucesso Pouco há para dizer de novo sobre a gama mais vendida em Portugal nos últimos anos – continuando a ser, em 2020, já só com uma carroçaria de 5 portas – e presença habitual no pódio dos mais procurados ao nível europeu. A nova geração, lançada no final do ano passado em Portugal, aumentou a qualidade e reforçou a segurança. Não apenas a passiva, como aquela que garante uma condução mais segura a quem o dirige; falamos naturalmente das ajudas à condução. Sem conhecer grandes alterações no que toca ao espaço, o interior recebeu um tablier

Preços/Rendas DACIA DUSTER CONFORT ECO-G 100 BIFUEL

6,4 L 144 G /100KM

CO2/KM

À Lupa

MOTOR

L 122 G 423,43€ 5,4 /100KM CO2/KM

16.483€ 425,28€

3 CIL. / BI-FUEL

770,26€

401,90€

15.820€ (36 MESES)

(48 MESES) FONTE: LEASEPLAN

72

Fleet Magazine

mais moderno e mais funcional, com potencial para albergar mais tecnologia, nomeadamente de conectividade. Porque só está disponível no nível Intens, a versão bi-fuel do Clio é frugal neste aspeto, embora, opcionalmente, seja possível acrescentar mais equipamento. A diferença de preço para a versão equivalente com motor somente a gasolina é de 800 euros. A utilização do GPL implicou a colocação do depósito para este combustível no lugar do pneu suplente. Se não interfere na capacidade normal da bagageira, significa, portanto, que passou a contar com um kit anti-furo. Há ainda três outras alterações visíveis, partilhadas com o Dacia Duster. À esquerda do volante situa-se o botão que permuta os dois combustíveis e permite aferir a capacidade do depósito GPL através de indicadores luminosos (no painel permanece o da gasolina), o computador de bordo não indica médias de consumo e, no exterior, junto ao bocal habitual, existe um segundo para atestar o GPL.

RENAULT CLIO INTENS TCE 100 BI-FUEL

(36 MESES)

(48 MESES)

999 CC 100 CV 160 NM 5000 RPM

2000 RPM


Impressões

Dacia Duster: a fórmula que se reinventa Provavelmente faria mais sentido trazer para estas páginas o Renault Captur. Porém, o Duster continua a ser um fenómeno de popularidade e de reconhecimento quase consensual por parte de qualquer tipo de consumidor: é um modelo descomprometido, acessível, que não traja de gala nos materiais interiores, porém capaz de justificar cada euro que custa. E, no género e nas capacidades, não há com preço de aquisição mais baixo. Em alguns aspetos, certas versões do Duster são até capazes de ir mais longe e superar a concorrência; isso acontece quando deixa o alcatrão para trás e entra em território onde o reduzido peso, a capacidade de manobra, a resistência e maleabilidade do chassis lhe permitem ultrapassar obstáculos mais complicados, explicando a legião de fãs que o aprecia exatamente por causa desta aptidão. Porém, não é o caso da versão bi-fuel. Apesar de manter alguma competência fora de estrada, ela é praticamente só possível graças à altura da plataforma. Falta-lhe sobretudo binário, força no motor para apuros maiores, ainda que a câmara 360º, com visão lateral, instalada no Duster bi-fuel testado, tenha ajudado a percorrer vias estreitas com mais segurança. O depósito de GPL fica também colocado no lugar da roda suplente, neste caso com a estrutura reforçado porque se situa sob o piso. No interior, o mesmo botão para comutação entre os dois combustíveis.

> Porque não vingou o GPL em Portugal, além da fase inicial? E principalmente nas empresas? Variadas são as razões apontadas: pelas limitações ao estacionamento (que já não vigoram para as instalações novas a partir de 2013), pela noção errada de insegurança e porque subsiste ainda a ideia de ausência de força do motor e de que a operação de reabastecimento é complexa e perigosa. Estes e outros fatores fazem também com que sejam penalizados os valores residuais de veículos GPL, encarecendo, por esta razão, as rendas de alguns financiamentos renting. Por outro lado, ao contrário do que já acontece com alguns modelos do grupo VW, que são consideradas viaturas GNC, não existe em Portugal nenhum modelo ligeiro de passageiros homologado exclusivamente como viatura GPL. O que se traduz na impossibilidade de acederem aos benefícios consagrados na Fiscalidade Verde – dedução do IVA e redução da taxa da Tributação Autónoma –, desde 2020 já não permitido para empresas, mas ainda válido para empresários em nome individual com contabilidade organizada. A operação de reabastecimento não é tão complicada quanto pode parecer, ao obrigar à colocação de um adaptador. E tanto no Duster como principalmente no Clio, a permuta entre os dois combustíveis é praticamente impercetível (no limite sente-se numa velocidade mais elevada) e, quando o depósito de GPL fica vazio em andamento, alterna automaticamente para gasolina. O facto de dispor de dois combustíveis aumenta também consideravelmente a autonomia de ambos. Por fim o desempenho. Os dois partilham, como o Captur, o motor TCE de três cilindros a gasolina, com 999 cc, 100 cv e binário de 160 Nm. Os valores podem parecer escassos para o Duster, mas a verdade é que o escalonamento da caixa de cinco velocidades sabe retirar partido da força disponível e embalá-lo, em estrada ou em cidade, o suficiente para o condutor não desesperar. Já no Clio é mais do que suficiente para uma condução normal e económica como convém.

SETEMBRO 2020

73


ENSAIO

TOYOTA PROACE CITY 1.5D 100CV L1 COMFORT

Um parceiro garantido

Impressões > A Proace City garante à Toyota a 7.ª posição em número de novas matrículas na categoria dos comerciais ligeiros e, até ao final de agosto, o facto de ser a que menos desce entre as sete primeiras, as únicas que já ultrapassaram o milhar de registos desde o início do ano. É um modelo em ascensão e importante para robustecer a gama de comerciais da marca e complementar a oferta da Toyota Professional, composta atualmente por um derivado de turismo, um furgão médio e uma pick-up. Com os dois últimos e a Proace City, a Toyota Portugal ganha também o modelo que lhe faltava para o seu mercado de eleição, as PME, as IPSS e as frotas institucionais, incluindo militares. O “pequeno” obstáculo da Proace City em Portugal reside na frente curta e elevada. Se este facto lhe facilita a visibilidade e a capacidade de manobra (além de causar menos danos aos peões em caso de acidente), conferelhe também a Classe 2 nas portagens, a menos que esteja associado a um dispositivo de cobrança automática de portagem. Nesse caso passa a ser considerada Classe 1.

—— A Proace City é a estrela da gama de comerciais da Toyota em Portugal, assegurando à marca um lugar de destaque no segmento dos comerciais mais vendidos em Portugal

N

ascida da necessidade da Toyota preencher a sua gama de veículos comerciais, a Proace City surge da parceria do construtor com o grupo PSA. A sua base é semelhante ao modelo produzido em Mangualde - Citroën Berlingo, Peugeot Partner e Opel Combo -, distinguindo-se pelos pormenores que identificam a marca japonesa. Com esta solução, a Toyota marca presença no segmento que vale mais de metade das vendas de comerciais em Portugal, robustecendo em valor e oferta a nova sigla Toyota Professional. Curiosamente, ganha ainda uma versão com motor a gasóleo dirigida para clientes particulares, a Proace City Verso. Com diversas variantes de carroçaria dirigidas para profissionais, incluindo uma versão Combi de passageiros, o modelo é disponibili-

zado com dois comprimentos de carroçaria: L1 ou curto, com 4,40 metros de comprimento, e L2 ou longo, com mais 35 cm de corpo. Nos dois casos com portas laterais traseiras deslizantes, uma ampla e versátil zona de carga, e ainda motores reconhecidamente eficientes e com reputação de fiabilidade. A isto junta-lhe a garantia de sete anos da marca, válida tanto para a gama de passageiros como para a de comerciais. Com 100 cv e um binário generoso, a Proace City mexe-se lesta e silenciosa, o que contribui para o conforto de quem a dirige. Ensaiada na versão de três lugares, não se pode dizer o mesmo para quem ocupa os dois mais à direita. A forma dos bancos e a escassez de ajustes fazem destes assentos soluções temporárias, até porque o objetivo foi dotá-los de alguma modularidade:

Preços/Rendas

À Lupa

13.945 € 417 € + IVA 390,36€ + IVA

+ IVA

FONTE: LEASEPLAN

74

Fleet Magazine

MÊS (36 MESES)

o central rebate o encosto para servir de mesa e levanta o assento para oferecer um espaço útil para o motorista guardar objetos pessoais, enquanto uma abertura na caixa de carga permite ampliar os 1,82 metros de comprimento disponíveis, para transportar objetos mais longos, aproveitando o espaço por debaixo do banco lateral do passageiro. Com três níveis de potência – 75, 100 cv ou 130 cv – o moderno motor 1.5 a gasóleo prima pela suavidade e eficiência. Contudo, sente-se a ausência de uma sexta velocidade na versão intermédia de 100 cv, cuja pouca diferença de preço para a de 75 cv justifica plenamente que seja considerada a melhor aposta. Afinal, conta com mais binário e, no papel, estão praticamente equiparadas em matéria de consumos e emissões.

MÊS (48 MESES)

1.499 CC 100 CV 250 NM 4 CIL. /DIESEL

3500 RPM

1750 RPM

5,4 L /100KM

142 G

CO2/KM




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