8a Edição - Agosto 2016
Sintra
Paraíso perdido do Romantismo
Alexandre Pellaes O futuro das organizações
Crônicas de um viajante Caminho para o Monte Everest
Turnaround
Marcos Tartuci CEO da Redzero e um dos principais membros do projeto Smart Fit, além de outros cases de sucesso, como o Almenat e Billabong, conta como inovar e transformar negócios
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editorial
Caro(a) leitor(a), A nova edição da Revista Flyers surge em um momento de grandes transformações sociais, econômicas e corporativas. Edição que prima pela valorização do humano nas organizações. Destaque para a matéria de capa, para a seção Negócios e, Vida Executiva, as quais intertextualizam e oferecem um insight para olhos atentos em momento oportuno para grande virada. Em 2008, ano de grande recessão, alavancada pela crise imobiliária norte-americana, o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou: na crise, surgem as grandes oportunidades. Essa foi a máxima sobre a qual alicerçamos a matéria de capa com Marcos Tartuci, CEO da Redzero, cujo sistema de gestão é colaborativo: “ouvimos todos, mesmo os que estão lá embaixo na organização e identificamos juntos onde estão os principais problemas da empresa, porque eles sabem o motivo da empresa não ir bem, mas, muitas vezes, não escutamos”. Convidamos Alexandre Pellaes, sócio da 99jobs e fundador da Exboss.com.br, para a seção Negócios, cuja expertise é o olhar perspicaz para um novo modelo de gestão nas organizações, no qual a hierarquia horizontal oferece interação e propicia reestruturação na maneira com a qual o colaborador é remunerado segundo a “filosofia de compensação. De modo que se identifica quem mais contribui baseado em três pilares: conhecimento técnico, vivência da cultura e foco em resultados. O futuro das organizações, assim, dependerá da maneira como tratamos nossos colaboradores. Na seção Vida Executiva, convidamos Darcy Galassafi para nos contar sua trajetória profissional, parte da qual no Grupo Tramontina, e para abordar seu novo nicho de negócios a frente da DyG Consultoria, Negócios e Investimentos. Destaque também para sua ótica a respeito da valorização dos colaboradores no mercado de trabalho. Atentem-se para o futuro a um passo de nós nas seções Desenvolvimento, em que a Suécia avança mais uma vez, ou ainda, em Viajar é Cultura, na qual o Amanhã está diante de nossos olhos. Não deixem de se perder por Sintra, o Paraíso do Romantismo e pelo maravilhoso Lion Sands na Savana da África do Sul. Boa viagem! Eloi Khouri de Oliveira CEO Agência EKO
EXPEDIENTE
Diretores Executivos Christiano Oliveira – CEO Grupo Flytour Renata Medeiros – Gerente de Marketing
Editora-chefe Michelly Vasconcellos
Projeto Editorial Agência EKO
Projeto Gráfico Evandro Vedovate
J ornalista Responsável Adriana Kowal
Revisão e Redação Juliana de Araujo
Fotografia CDN Comunicação, Evandro Vedovate Gi Flores, HarperCollins Brasil, Pixabay, Scania Giancarlo Zema Design Group
Colaboradoras Cristina de Barros, Gabriela Minguez e Lais Galdino
Atendimento ao Leitor contato@revistaflyers.com.br
Publicidade Rafael Prado Lopes comercial@revistaflyers.com.br anuncie@revistaflyers.com.br (11) 4208-5231
A Revista Flyers é uma publicação do Grupo Flytour. Tiragem de 10.000 exemplares. Todos os direitos reservados. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da revista ou do Grupo Flytour. A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se, previamente, autorizada por escrito com crédito da fonte. Não há responsabilidade sobre qualquer conteúdo publicitário anunciado nesta edição ou alteração nos preços dos produtos divulgados.
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08.
Viajar é Cultur a
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Imperdível
Auspícios do Amanhã
S intra - Paraíso perdido do Romantismo
24. cinco estrel as L ion Sands Reserve
30. pal adar Vinho Azul
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negócios
O futuro das organizações
40. capa
Marcos Tartuci
50. Cr ônicaS de um viajante Caminho para o Monte Everest
60. FICA A DICA Veni Vidi Vici
64. Publieditorial
Orlando - O mundo dos sonhos
68. vida executiva Alquimista de Sucesso
74. desenvolvimento Ordem e Progresso
78. VERDE E AMARELO
Commonwelth Britânico-Brasileira
82. publieditorial
Pequeno país. Grandes ideias
86. LAR doce l ar
A Quimera Eco-Friendly
90. em foco
Destinos Exóticos
94. Conectado
Novidades Tecnológicas
96. Biblioteca Dicas de Leitura
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VIAJAR É CULTURA
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auspícios
do amanhã
Por Juliana Araujo
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VIAJAR É CULTURA
Sob os vultos do passado, a estátua do Barão de Mauá vislumbra, em praça homônima, o Museu do Amanhã. Cujas bases foram palco da história colonial, literária e econômica da antiga capital do País. Erigido sobre as pegadas da era colonial da mercantilização humana, na zona portuária carioca (revitalizada consoante ao projeto Porto Maravilha), o Museu dialoga com a sociedade líquida, interativa, hiperconectada de modo que, ao primeiro contato, somos movidos às indagações existenciais: filosóficas, teofísicas, sociais e da efemeridade humana. Somos o mundo? Transformanos ou somos transformados à medida que progredimos, manipulamos, construímos? Para onde iremos? Ou ainda, de onde viemos? O Museu do Amanhã fora idealizado (por iniciativa público-privada) em processo criativo pelo premiado arquiteto espanhol Santiago Calatrava enquanto contemplava as belezas do jardim Botânico.
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As bromélias propiciaram o insight com sua forma longilínea e peculiar. Todo o projeto arquitetônico e paisagístico interage com os visitantes e os circunvizinhos. É provocativo, porquanto desconstrói conceitos e verdades, atinge-nos a ponto de mergulharmo-nos em uma rápida viagem transcendental. É instigador, quando aponta a cada olhadela sua ambiguidade: ainda que autossuficiente (possui placas fotovoltaicas para gerar energia sustentável e fora projetado para usufruir da água da Baía de Guanabara para resfriar o ambiente e abastecer a área de espelhos d’água e, por fim, devolver à Baía a água filtrada) põe em xeque a necessidade do nós, da interação, da dependência na conceição das transformações sobre as quais caminhamos.
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VIAJAR É CULTURA
As exposições abrigam o vir a ser desde o primeiro contato. Em um convidativo percurso de perguntas da exposição principal, o visitante percorre a narrativa estruturada em cinco áreas: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós, nas quais rememora a origem da vida, o contato do ser humano com a natureza e com o outro, a atividade humana, cujos passos transformam o curso do meio ambiente, aponta o destino da humanidade hiperconectada e, sobretudo, solitária, diversa, egocêntrica e que, em contrapartida, carece redescobrir um meio de conviver, ou ainda, é preciso lembrar: o Amanhã começa hoje, a cada escolha nossa. Abriga também a exposição O Poeta Voador, Santos Dumont, em que o pioneirismo e a inventividade tiveram sua gênese no lirismo do francês Júlio Verne e da arte.
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O intuito é destacar o empreendedorismo do pai da aviação, em seu desprendimento no quesito direitos autorais (a antecipar o termo creative commons), uma vez que disponibilizava seus projetos para que fossem replicados. No ano em que celebramos os 110 anos do voo do 14 bis, o cerne da exposição é provocar em nós (crianças, jovens, adultos, empreendedores, sonhadores...) o fazer ciência e acreditar na capacidade brasileira, humana.
CAPTE-ME: nenhuma presença será ignorada expõe outro viés humano: o ser cibernético, cujos passos são marcados por meio de dados. Deixamos nossas marcas na esfera virtual, sem que nos demos conta que somos rastreados, vigiados e expostos. Entendê-los e saber como usá-los mudará a forma como interagimos e vivemos. Quiçá, reaprendamos que a fraternidade é a força capaz de garantir o modus operandi para a reinvenção do mundo.
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VIAJAR É CULTURA
O Museu em númer os 5.592
placas voltaicas captam energia solar
9,6 milhões
de litros de água serão economizados por ano
9.200m 2 é a área do espelho d’água 30 mil
metros de pilares submersos suportam o peso do edifício
3.810 tonel adas pesa a cobertura metálica do teto
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Sintra IMPERDÍVEL
Paraíso perdido do Romantismo
Por Juliana Araujo
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Sintra, cujo epíteto Paraíso Perdido fora evocado por versos, ressoa, em voz inaudível, as belezas e as frescuras da capital portuguesa do Romantismo. Erigida sobre milênios, uma vez que abunda em monumentos e em vestígios arqueológicos, fora cingida como um mosaico entre o passado da Europa e do Mediterrâneo, no qual nos deparamos com a riqueza da arquitetura divina, etrusca, moura, egípcia, indiana, gótica, da Renascença e inglesa. Apropriamo-nos das palavras de Lord Byron para iniciarmos nossa viagem ao Paraíso Perdido, a amena estância de delícias profusas: “Devo apenas observar que a vila de Cintra, na Estremadura, é talvez a mais bela do mundo”, cuja visão é um culto às suas belezas imarcescíveis de seus jardins.
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IMPERDÍVEL
Destino propício para celebrar o amor, encontrar o lugar ideal para celebrar as núpcias, ou mesmo, passar a lua de mel. Sintra oferece um dos destinos mais românticos de Portugal, onde reis e rainhas se apaixonaram e escritores e poetas, como Eça de Queiroz e Lord Byron, eternizaramna em suas obras. Para um ambiente de romance a rigor, é imprescindível fazer um passeio de charrete. Existem vários circuitos a partir do centro pelos quais percorreremos cenários românticos ao estilo do século XIX, entre palácios e floresta, em que os aristocratas passeavam pela serra. Ali somos enternecidos pela magia do lugar. Deve-se ao rei Dom Fernando II, apreciador e amante das artes, a perpetuação das delícias aromáticas, olfativas, táteis e visuais de Sintra, cuja gastronomia fora selada como fornecedora 20
oficial do palácio: os travesseiros, os pastéis de Pena, as famigeradas queijadas de Sintra, os fofos de Belas, as nozes de Galamares... ou ainda, os pratos de carne: leitão de Negrais, a carne de porco às Mercês, o cabrito e a vitela assada. Ou o deleite com as especiarias da região litorânea de Sintra, a qual é abundante em peixe fino, mariscos e moluscos. De forma que é possível comer um apetitoso robalo ou sargo, maravilhar-se com um polvo, ou saborear mexilhões e percebes. É imprescindível sublimarse na fábrica de Queijadas Constância Piriquita. O austríaco rei português também propiciou a construção do principesco palácio de Pena alicerçado sobre as ruínas de um secular convento, circundado de indescritíveis parques e lagos, os quais nos seduzem como as ninfas do Tejo em canto sinestésico: farfalhado, sibilante, chilreado...
Sintra enleva nossa alma a passeios pelos sarcófagos erigidos por etruscos, descobertos por Sir Francis Cook nos parques de Monserrate, local em que fora edificado palácio homônimo. A arquitetura gótica do Palácio Nacional e da Quinta da Regaleira, na qual somos enternecidos por cenários de contos de fadas, circundada de túneis, de jardins ocultos e de relíquias religiosas secretas. Próximo à entrada da Regaleira, fica Seteais, um palácio do século XVIII, atualmente, transformado em hotel. Vale a pena entrar nos jardins e ir até o miradouro, de onde se vê o Palácio da Pena, o Castelo dos Mouros e o mar ao longe. O trono da vicejante primavera é também local de eleição para se realizar congressos, reuniões, exposições e outras atividades ligadas ao setor do Turismo de Negócios. Está inserida na região metropolitana de Lisboa, próxima ao aeroporto, cerca de 30 minutos. Sintra reúne lugares únicos, palácios de sonhos, paisagens deslumbrantes, espaços ímpares e inimagináveis, cuja paisagem fora consagrada como Patrimônio Mundial pela UNESCO. É também promotora do MICE (Meetings, Incentives, Congresses and Events), cujo intuito é o de associar o turismo de trabalho com o turismo desportivo, cultural e de lazer. 21
IMPERDÍVEL
O microclima, sempre fresco, permite fazer atividades ao ar livre durante todo o ano, uma excelente forma de explorar essa paisagem Patrimônio da Humanidade. Vergílio Ferreira, em Louvar Amar, convida-nos: Sintra é o único lugar do país em que a História se fez jardim. Porque toda a sua legenda converge para aí e os seus próprios monumentos falam menos do passado do que de um eterno presente de verdura. E a memória do que foi mesmo em tragédia desvanece-se no ar ou reverdece numa hera de um muro antigo. Em Sintra não se morre, passa-se vivo para o outro lado. Porque a morte é impossível no vigor da beleza. E a memória do que passou fica nela para colaborar. Quanto a nós, descendentes da cultura lusitana, abrigamos, na capital brasileira econômica, no prédio da Bolsa de Valores, a tradicional e benquista doçaria portuguesa ligada à Fábrica das Queijadas Mathilde, fundada em 1850 por Mathilde Soares Ribeiro, em Ranholas do concelho de Sintra, paragem obrigatória para quem se deslocava à Vila.
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O próprio rei D. Fernando II, um apaixonado pela Vila, fazia uma pausa no seu trajeto para Sintra, cujas delícias eram fornecidas à Casa Real, concedendo-lhe um carimbo metálico com o qual deviam ser marcados os pacotes que lhe eram destinados. Junto com o carimbo, Mathilde recebeu um impresso no qual se pode ler: “Sua Magestade El-Rei D. Fernando II, por preferir as queijadas desta marca, houve por bem oferecer este marcador para que os fornecimentos a Sua Casa Real fossem devidamente marcados”.
CORPORATIVA POR VOCAÇÃO
Windsor Barra Windsor Oceanico
Centro de Convenções
Windsor Tower
Windsor Hoteis nasceu no centro financeiro do Rio de Janeiro e tem o Corporativo em seu DNA. Hoje possui 14 excelentes hotéis no Rio, do econômico ao luxo, e a maior estrutura para Eventos e Congressos da cidade. O Complexo Windsor Convention & Expo Center, na Barra da Tijuca, possui mais de 1500 apartamentos e 20.000 m² de salões para eventos. Conveniência para o gestor corporativo que, com apenas um telefonema, pode ter acesso a toda esta estrutura. Windsor também está presente em Brasília com 2 ótimos hotéis super bem localizados.
Conheça mais visitando: www.windsorhoteis.com
5 ESTRELAS
Lion Sands Reserve Só o luxo basta para fugir da rotina e esquecer dos problemas, ou tudo teria mais graça se sua sensibilidade e as suas emoções fossem afloradas? A resposta para essa pergunta capciosa está no Lion Sands Reserve, que nos leva a uma nova perspectiva sobre a verdadeira grandiosidade do luxo.
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5 ESTRELAS
Na tentativa de escaparmos da rotina, sem perceber, às vezes, nos limitamos ao luxo habitual. Mas, da mesma maneira que admiramos muito mais inebriados um céu estrelado, maior reconhecimento tem uma hospedagem com mais estrelas e, consequentemente, mais deve refletir em seus hóspedes as melhores sensações. É exatamente essa combinação perfeita que o Lion Sands Reserve proporciona a seus hóspedes. O cenário espetacular da Savana Africana, ambientes sofisticados, a privacidade e o principal, uma rara experiência sensorial para ser vivenciada. Algo que pouquíssimos lugares do mundo oferece. Entre o top 10 no World’s Best Awards 2016, da conceituada revista Americana de viagens e turismo Travel + Leisure,
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considerado o melhor safári na África, o Lion Sands é um imenso complexo construído às margens do Rio Sabie no Parque Nacional Kruger na África do Sul, dividido em luxuosos lodges e graciosas casas na árvore com um clima tranquilo e aconchegante. As suítes, com vista para o rio Sabie, ficam sob a sombra de árvores com mais de 800 anos. Espaçosas e elegantes, são estruturadas para a total reposição das energias físicas e mentais. Equipadas com arcondicionado, ventiladores de teto e banheiras, possuem decks e piscinas privativas. Nas opções mais completas, os hóspedes desfrutam de sala fitness, sala de estar com lareira exclusiva, duchas ao ar livre e até mesmo, um cais com uma cama, para apreciar as incontáveis estrelas cadentes, tudo de forma reservada.
Um lugar para assistir uma chuva de estrelas cadentes e adormecer com o ronronar de animais selvagens Se quiser sentir o coração bater mais forte e perceber que está mais vivo do que nunca, basta aproveitar a experiência única de pernoitar numa das belíssimas casas na árvore. Com acesso seguro por passarelas suspensas, as casas são feitas de madeira e vidro, impressionam pela decoração moderna e elegante. Ao entardecer, os hóspedes são levados para uma noite inesquecível. Enquanto degustam alguns drinks, assistem o pôr do sol num horizonte fascinante e, ao cair da noite, ceiam uma deliciosa refeição sob as estrelas ao som das águas do rio Sabie e do ronronar de animais noturnos que vagueiam logo abaixo no solo, conduzindo-os a um sono prazeroso.
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5 ESTRELAS
Um sonho de hospitalidade A equipe do Lion Sands é perita na tão priorizada excelência no atendimento. A recepção calorosa, a cortesia e os sorrisos distinguem-se de qualquer outro lugar do mundo. Possivelmente, resquícios de uma cultura fraterna e de paz do povo africano.
Na culinária, os chefs adaptam os pratos ao gosto do freguês, reformulando o menu para atender necessidades específicas. Preparam as refeições somente com ingredientes frescos e sazonais, construindo pratos tão atraentes quanto saborosos.
Encontro com os “Big Five” O Lion Sands oferece inúmeras atividades para uma estadia memorável. Além de aproveitar uma massagem relaxante no spa da hospedagem, a paisagem fabulosa do Blyde River Canyon vista de cima, em um passeio de helicóptero, certamente, o deslumbrará. O evento que mais explora a essência da reserva são os safáris, os quais acontecem de acordo com o objetivo de cada um.
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Para contemplar a natureza e a vida selvagem, tudo é válido. As expedições podem ser feitas em caminhadas, na mata, a pé, a cavalo ou com Land Rovers, sempre acompanhados de guias experientes e guardas florestais. Nesses passeios, os visitantes podem apreciar a grande diversidade da flora na região de Namaqualand, onde acontece um espetáculo de cores na primavera ou em
Cape Floral Region, considerada pelo comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO como uma das áreas mais ricas do mundo em biodiversidade. Podem observar a infinidade de pássaros, entre as mais de 800 espécies de aves da região, ou ainda, o mais procurado, realizar passeios de carro para fotografar os superstars “Big Five” (leão, leopardo, búfalo, rinoceronte e elefante) considerados os
mais difíceis de serem caçados e outras espécies tão importantes como os antílopes, o chacal de dorso negro, linces, girafas, hipopótamos, zebras, hienas e muitos outros em seu habitat natural. Se a ideia é fugir do cotidiano, em busca do equilíbrio perfeito entre o luxo e o verdadeiro sentido da vida, o Lion Sands é o lugar certo, onde uma única vez não será o bastante.
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PALADAR
Suave, Fresco e Vibrante Gik Live, ou Blue Wine, é um indiscreto vinho azul que acaba de chegar ao mercado, desenvolvido através do desejo de seus criadores de quebrar regras e fugir das tradições. Criado por seis espanhóis na casa dos vinte, que garantem ser “meros mortais”, o vinho azul é composto por uma variedade de uvas brancas e vermelhas, sem adição de açúcar, na qual foi adicionada o índigo e a antocianina, pigmentos naturais retirados da própria pele da uva, para chegar à misteriosa cor intensa. O resultado é uma obraprima à visão e ao paladar com características suaves, refrescantes e que equilibra o pH entre 3,2 e 3,7 e teor alcoólico de 11,5%.
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PALADAR
De acordo com os jovens empreendedores, a ideia irreverente foi lapidada quando se depararam com o livro A estratégia do oceano azul, dos autores W. Chan Kim e Renée Mauborgne, de onde extraíram a teoria dos oceanos, a qual diz que o oceano vermelho é repleto de tubarões que despedaçam os pequenos peixes, deixando uma mancha vermelha no mar, e que existem os oceanos azuis, onde não há concorrência, permitindo que os peixes nadem sem serem perturbados. Além da tese que impulsionou o desenvolvimento do projeto, o conceito psicológico da cor foi determinante para a escolha, em que o azul simboliza movimento, inovação e infinito. Após consolidar a ideia, não foi difícil estreitar parcerias com vinicultores, escolhidos a dedo, da Espanha e da França, além de institutos tecnológicos da indústria de alimentos e a Universidade do País Basco, com
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quem dedicaram dois anos de pesquisas e obtiveram o consentimento do rigoroso controle de qualidade para produtos alimentares da União Europeia. Segundo a preferência de seus inventores, a ingestão do Gik é melhor apreciada se for aos 13˚ C e, para isso, o ideal é que seja conservado em geladeira ou ambiente fresco e seco. Além disso, a bebida harmoniza bem com sushi, nachos com guacamole, molho tzatziki, massa carbonara e salmão. A criação, ainda não disponível para venda no Brasil, apenas para alguns países da Europa, pode ser encontrada na internet e comprada em embalagens de 3, 6 e 9 garrafas de 750 ml ao custo de 11 dólares, sendo vendida apenas no e-commerce da marca. Enquanto isso, só podemos desejar que a expectativa não seja longa e que o Gik seja tão prazeroso quanto instigante.
NEGÓCIOS
E se disserem que o sucesso da sua empresa
gestão mais humana, f lexível e sem hierarquia e que você deve confiar mais em sua equipe do que cobrar metas? depende de uma
Esse pode ser
O FUTURO DAS ORGANIZAÇÕES
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NEGÓCIOS
Imagine uma empresa onde não há cargos, todos são reconhecidos de forma transparente, baseado em palpites de quem trabalha com você, todas as opiniões são respeitadas e levadas em consideração nas tomadas de decisões, prevalece o senso comum e o consentimento, onde perfis inexoráveis não têm vez.
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Historicamente, estamos acostumados a ser subordinados a alguém, a cumprir ordens recebendo o salário compatível ao nosso cargo. De repente, as empresas começam a ter uma postura condescendente, equiparando todos na mesma linha de autonomia, envolvendo-os nas decisões da corporação e adotando opiniões de colegas de trabalho na determinação de salários.
A ideia pode ser ainda abstrata aos mais radicionais, mas talvez não por muito tempo. Desde que o mundo é mundo, o tempo passa e tudo evolui naturalmente nos impelindo a dançar conforme a música, a nos reinventar, e quando não nos submetemos às tendências, na maioria das vezes, as consequências são irreversíveis.
Mas como é possível tomar decisões sem conflitos quando todos participam de cada uma delas ou como extinguir a hierarquia quando é justamente o que se faz para definir salários e nivelar o reconhecimento dos colaboradores.
Para entender melhor esse novo modelo de gestão que entra em cena no universo corporativo, chamado Gestão Horizontal ou Compartilhada, conversamos com o especialista em gestão flexível Alexandre Pellaes, consultor e palestrante, além de sócio na 99jobs.com e fundador da Exboss.com.br.
Alexandre explica o que deixa de existir é a hierarquia de poder, a empresa pode não ter nenhum cargo como pode ser necessário uma estruturação através de líderes, para que sejam enxergadas as responsabilidades de cada um, porém, mesmo com esse novo organograma, a definição da remuneração é feita através da filosofia de compensação com a identificação de quem contribui mais.
“Uma pessoa não pode mandar a outra fazer alguma coisa, ela pode tentar influenciar, sugerir ou construir junto, mas ela não manda. Quanto ao salário, nós identificamos quem contribui mais para o sucesso do time e da organização. Pode ser que a gente identifique que não é o gerente. Quem tem que ganhar mais? Quem contribui mais”. O novo modelo de gestão possibilita voz ativa às pessoas que interagem com aquela que está sendo avaliada. Através desse processo, chamado de Levantamento de Percepção, é feito um ranking de performance, considerando o legítimo significado da contribuição e seus níveis dentro da empresa. Com as percepções apuradas, as informações são elencadas num sistema no qual se analisa, estatisticamente, o valor de cada um. De acordo com Alexandre, para a efetiva contribuição na
empresa, são necessários três pilares: conhecimento técnico, vivência da cultura e foco em resultados. “Se perguntar isso para uma pessoa que não tem parâmetros, teremos respostas do tipo - acho que é fulano porque é mais velho, então. A contribuição vai depender das ações observáveis que tenham impacto sobre pessoas e o sucesso, que englobam dados mensuráveis e imensuráveis, financeiros, de entrega, quantidade e qualidade de produção”. Pellaes esclarece ainda que para as decisões darem certo, é preciso estabelecer algumas regras e buscar o consentimento dos envolvidos. “Ouvimos as propostas, identificamos as seguras e implementáveis e argumentamos cada uma delas. É preciso desapegar da sua ideia. Ao final, não perguntamos se concordam, mas se há objeções. Se houver, deverá ser justificada com fundamento, algo que ainda não estávamos enxergando, de impacto. Ao aceitar a defesa, estou consentindo, contudo se não houver consentimento, partimos para a próxima ideia”. Segundo o consultor, um dos motivos para a mudança de gestão é a atual carência de talentos nas organizações, pois associa o sucesso da empresa a um time com genialidade, com iniciativa, autonomia e responsabilidade, entretanto essa escassez se deve, conforme justifica, ao aumento das Startups, para onde a nova geração de mentes brilhantes está indo.
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NEGÓCIOS
“Há 15 anos ser Trainee era um sonho, hoje há hunting dentro das faculdades para convencer os melhores alunos a se candidatarem a uma seleção. Eles querem empreender em seu próprio negócio, pois acreditam que dentro das organizações não serão valorizados. As Startups propõem que, independentemente de falhas, você será ouvido sempre e crescerão juntos. É isso o que o ser humano quer. Além da ideia de não ter cargo retira você de uma delimitação”. Uma das principais compreensões para o modelo horizontal é humanizar a companhia, entendendo as necessidades de cada um. Alexandre acredita que focar mais nas pessoas do que na pressão das métricas resulta em um clima mais pacífico e produtivo, aumentando a rentabilidade que os líderes esperam. “Pessoas felizes rendem entre 30 a 35% a mais e são três vezes mais criativas. Sem contar o benefício à humanidade. A empresa humanizada faz um serviço social, ajudando as pessoas a se desenvolverem, o que deveria ser a nossa função primordial”. Alexandre interpreta a linha rígida da cobrança por metas como boa a curto prazo, porque dá a sensação de missão cumprida hoje, mas pode ser um infortúnio, impedindo de enxergar o que não está criando para o amanhã. “Nesse clima, tendemos a obedecer, mas não a criar. Às vezes, a pressão por bater a meta pode ser um risco, porque leva a pessoa a fazer qualquer negócio ao ponto de ser antiético, por exemplo. É muito melhor ter uma relação de confiança e conexão entre líder e funcionário, para que entendam que a meta, na verdade, pode ser uma unidade de medida de sucesso onde o mais importante é garantir a negociação futura, fidelizando o cliente”. Alexandre admite que passou a ser solidário no trabalho ao atuar numa grande multinacional, quando
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compreendeu o real significado de uma importante reunião virtual ter sido interrompida, porque um cachorro precisava passear. Nesse quesito, perguntamos se o Brasil está atrasado quanto à forma de enxergar o universo corporativo e para ele estamos muito, mas porque fomos doutrinados a fingir que a pessoa, no trabalho, é uma máquina ou não tem problemas e quando evidenciam seus “problemas” nos espantamos. “Se o colaborador precisa levar o filho ao médico, o chefe torce o nariz. Quais são as alternativas para isso? Não tem o que fazer. O universo organizacional brasileiro ainda faz de conta que as pessoas não têm problemas e oportunidades relevantes. Isso realmente precisa mudar. A ‘nova organização’ tem que confiar que o funcionário tem responsabilidade, é maduro o suficiente para tomar decisões de quando ir e vir sem deixar a peteca cair”. Como há um limite para tudo, ao questionar até que ponto assuntos pessoais podem interferir no trabalho, Alexandre diz que é quando começa a atrapalhar os demais e, como controle, sugere que sejam feitos ciclos de feedback a cada trimestre, a fim de não pender para o que ele chama de “Clube de campo”. Sobre as possíveis dificuldades a serem encontradas ao longo da implantação, Alexandre revela quando existem estão relacionadas às pessoas, pois há certa pré-disposição dos líderes de pensarem que mudanças radicais não dão certo, posto que ainda não existem muitas referências e acreditam que dar autonomia ao empregado estimula suas subjetividades dentro do escritório, levando-os a produzir menos. “É como se a gente achasse que os trabalhadores não têm uma posição madura quando há liberdade e isso é mentira. Mas claro, existe um período de transição, a influência da formação dos três P’s, além do papel fundamental do líder de ajudar as pessoas com isso”.
Em contrapartida, para Alexandre, a maioria das pessoas tem o costume de reclamar do chefe, mas quando se veem sem ele ficam perdidos. Por isso, para ter independência no modelo compartilhado, é a iniciativa resgatada da formação psicossocial ou três P’s - pais, professores e patrões com o incentivo dos líderes para a responsabilidade. Notando as pessoas como impulsionadoras da “nova era organizacional”, questionamos como encontrar os perfis que agreguem a esse ambiente e ao mentor, os selecionadores devem assumir outra postura ao recrutar, abrindo portas àqueles que tem algo a ensinar. “Chamo de intervista. Uma seleção um pouco mais invasiva. Deve buscar determinada formação e conhecimentos, mas não posso esquecer que estou conversando com um ser humano. Por isso, é preciso ir a fundo, procurando iniciativa e responsabilidade que mostrem como lidarão com a autonomia. Sem pegadinhas, porque no dia a dia não é assim”. O modelo horizontal pode ser implantado em qualquer empresa e uma vez iniciado, mesmo que não se complete por qualquer motivo, a companhia só tem a ganhar, porque é uma evolução que não retrocede, garante Alexandre. Quanto ao tempo de transição, o especialista salienta que depende das necessidades de cada corporação, poderá levar dois anos ou será mais rápido, se os colaboradores estiverem preparados e assimilarem melhor as novas práticas. Enquanto alguns ainda absorvem a quebra de paradigmas do mundo dos negócios, Alexandre defende que as deficiências de hoje levam a essa reestruturação, por isso, para se adaptar, aconselha estar aberto às mudanças e a compreender que sempre haverá algo a aperfeiçoar na gestão da organização. Por fim, Alexandre cita uma frase que diz sustentar o contexto e a deixa como reflexão: “O que trouxe você até aqui, talvez não seja suficiente para levá-lo adiante”.
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MATÉRIA DA CAPA
MARCOS TARTUCI
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TURNAROUND Ter um insight para um novo negócio e saber se devemos investir nessa ideia parece simples, mas mesmo para empreendedores experientes, pairam dúvidas. Como saber se toda a dedicação e o investimento valem a pena, se o momento é oportuno, o lugar e o segmento propícios? Será que sua ideia é forte o bastante? E o seu feeling? Está, realmente, aguçado para apostar todas as fichas nesse desafio? Para desvendar as incertezas que permeiam mentes empreendedoras, conversamos com o executivo Marcos Tartuci, atual CEO da Redzero e responsável por fazer empresas imponentes darem a volta por cima com estratégias inovadoras. A carreira de 26 anos e a vivência em segmentos díspares agregaram a Marcos Tartuci competências singulares, as quais o transformaram em um influente visionário. Preparada, ou quase, para entrevistar uma personalidade congênere a figuras como Steve Jobs, Margaret Thatcher e Franklin Roosevelt, de acordo com testes de perfis e talentos e personificado como comandante, um líder natural e racional que usa sua motivação, determinação e mente astuta para atingir o que deseja, foi um alívio conhecer a singeleza e a grande simpatia de Marcos Tartuci.
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MATÉRIA DA CAPA
Flyers - Onde você busca inspirações para ter ideias inovadoras?
F - O estudo mencionado tem a ver com o plano de negócios?
Marcos Tartuci - Na necessidade específica de um cliente. Estudamos muito o que não existe. O que está na contramão. Com o Almenat, por exemplo, um dos projetos mais inovadores que participei, desde o primeiro minuto, pensamos em algo que estivesse alinhado à necessidade de alguém que não estava sendo atendido. O Almenat é uma extensão corporativa para eventos, foi o primeiro, e acho que é o único até hoje, totalmente exclusivo para convenções. Todo o projeto foi pensado, milimetricamente, com diversos benefícios que fazem a diferença.
M.T - Sim, tem a ver. Ter o destino é o primeiro passo para montar um negócio e o plano de negócios é o “como chegar”. Se você disser que vai à China a pé, nem precisa dizer que será bem difícil, por isso “como chegar” é tão importante quanto “onde chegar”. O plano define as vias e as ajusta no tempo. Por exemplo, você pode querer gastar menos para chegar “lá” e chegar, mas, talvez, sofrendo muito. Você pode ir à China de navio, certo? Se você não tem o dinheiro, mas tem 50 dias para chegar lá, não tem problema. A grande diferença do plano de negócios, e sou muito a favor, é que ele mostrará as manobras a serem realizadas e elas abrirão caminhos para sair de onde estiver. Isso é fundamental.
F - Como saber a viabilidade de uma ideia de negócio, tem que ter feeling? M.T - Feeling, estudo de mercado e das necessidades do cliente. Além disso, se acredita no seu negócio mais do que ninguém, entende que está fazendo algo inovador, diferente, mesmo que não tenha conseguido transmitir isso para as pessoas que deveriam acreditar em você, ou ainda, quando disserem para não fazer, mas você acredita, faça.
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F - Qual barreira de mercado precisou enfrentar ao montar um novo negócio? M.T - Todo o negócio traz barreiras e inovar significa enfrentar a resistência das pessoas, porque ainda que atenda à expectativa do cliente, de uma forma única, totalmente dentro do que o cliente precisa, eles estão acostumados a criticar. Com o Almenat,
um hotel específico para convenções, tivemos, no início, inúmeros eventos cancelados, pois os diretores das empresas não podiam levar a mulher e os filhos, só entravam aqueles que estivessem participando de algum evento. F - Quão impactante foi isso? M.T - Muito pouco, porque tínhamos plena consciência que o espaço era mesmo dedicado às pessoas que valorizassem aquele lugar único. Outro exemplo, é a Smart Fit, deixávamos a pessoa livre para conhecer a unidade sozinha, ao dar essa liberdade, questionavam, incrédulas, se ninguém as acompanharia, e não aceitavam, julgando a Smart sem compreender o real conceito de uma academia Low Cost. Na Redzero, alguns pais se queixaram que seus filhos passavam o final de semana “brincando” no computador ou videogame. Então, explicamos como essa pode ser a carreira do filho deles como desenvolvedores de videogame, um mercado que fatura mais que a música e o cinema juntos, uma carreira tão promissora quanto outras que já ouviram falar, talvez mais. Por esses motivos, tivemos reclamações, mas a cada negócio que criamos, enfrentamos barreiras com os paradigmas que aquele mercado traz.
F - Qual a melhor maneira de lidar com essas barreiras? M.T - Acreditar no seu foco. Se a ideia é inovadora e fez pensando na necessidade específica de um cliente, acredite que ele existe e há um propósito por trás desse negócio. Nós, minha equipe e eu, acreditamos e tivemos pessoas para valorizar o Almenat. Na Redzero, temos a confiança no jovem com outro tipo de vontade e talento. Mesmo pioneiro, mas se acreditar que existirão as pessoas para o seu negócio, vá em frente. F - Com relação ao sistema Joint Venture, inclusive, utilizado para a Smart Fit no México, quando investir nessa relação e como escolher a parceria? M.T - As parcerias acontecem, primeiramente, pela afinidade. Não dá para ser parceiro se não gostamos dos envolvidos, tem que ter química. Você não consegue ser parceiro de alguém que dúvida dos posicionamentos dele. Em todas as parcerias da minha vida, em primeiro lugar, tentei estabelecer um vínculo. Acho que são nas conversas informais que descobrimos se há conexão. Parece uma conversa despropositada, mas estou, nesse momento, checando as atitudes. Todas as Joint Ventures que fiz, foram com pessoas que gostava. Goste de quem você for fazer a parceria. 43
MATÉRIA DA CAPA
F - Você ficou pouco mais de um ano na Wall Street English e, nesse período, reverteu a situação da empresa, com um crescimento de 107%, pouco tempo depois que saiu, a empresa fechou as portas aqui no Brasil. Na sua opinião, o que pode ter desencadeado uma mudança tão drástica? M.T - Primeiramente, nós, minha equipe e eu, fizemos mais que crescer. Tínhamos uma escola totalmente desconectada da oficial Wall Street Internacional. Ela não era parecida em nada com o que tínhamos lá fora. Nem logo, nem visual, nada. Era uma franqueada no Brasil e sem capacidade monetária para se atualizar com os conceitos internacionais. Tinham um produto inovador, porém sem expressão ainda no Brasil. A Pearson, líder em educação no mundo, comprou a operação dessa franqueada e me contratou para repetir o que foi feito na China, sua unidade mais lucrativa. Em um ano, não só crescemos as vendas como refizemos todo o parque, foi uma reconstrução completa dentro do custo previsto. Fomos todos muito competentes em fazer a Wall Street se transformar. Quanto ao fechamento, não tenho informações oficiais, mas na minha visão, por ter participado de uma parte da história, é possível que tenha faltado foco na Wall Street, ela poderia ter sido integrada como mais uma marca do grupo Multi, também comprado pela Pearson, e ter sido vendida como mais uma marca franqueada. Talvez tenham tentado essa manobra, mas como o grupo Multi é voltado para o B2B, talvez o foco maior tenha sido nos franqueados que já tinham, deixando o B2B da Wall Street um pouco desprovido. Essa é só minha impressão. É uma pena ter fechado.
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F - Como é assumir a Redzero e quais as expectativas para a empresa? M.T - Aceitei assumir a Redzero com a condição de que minha proposta de reestruturação fosse aprovada, que é a construção em conjunto com o time. Já estamos conquistando os principais mercados para esse segmento, abrindo unidades novas e, em algum momento, teremos um projeto de franquias. Somos patrocinadores da arena Max Five, a maior arena de e-sports do mundo, é um baita empreendimento da X5 computadores, uma das marcas mais reconhecidas em computadores potentes para games e design no Brasil e patrocinaremos a liga brasileira de esportes. Estou muito feliz. F - O que seria essa construção? M.T - É uma construção do destino da empresa com as pessoas que trabalham com você. Ouvimos todos, mesmo os que estão lá embaixo na organização e identificamos juntos onde estão os principais problemas da empresa, porque eles sabem o motivo da empresa não ir bem, mas, muitas vezes, não escutamos. Na Redzero, levamos 80 talentos da empresa, de todas as áreas, do faxineiro ao diretor, para trabalharem no mesmo grupo em três dias de evento e, juntos, montamos um plano para a companhia. O plano de virada da Redzero não foi um plano do Marcos Tartuci, foi feito por todos nós, é um plano da empresa.
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MATÉRIA DA CAPA
F - Com relação à recessão, aqueles que têm interesse em abrir um novo negócio devem aguardar o melhor momento? M.T - Depende muito da capacidade financeira e do plano de negócio. Temos um mercado consumidor monstruoso e mesmo que a nossa macroeconomia tenha sido desconsertada, vamos consertá-la, o povo brasileiro é, naturalmente, criativo, flexível e capaz. Se você estiver preparado financeiramente, com uma ideia inovadora, mesmo que seja um pouco mais difícil sobreviver nesse período, não pense na recessão, vá em frente, porque lançando agora
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será diferente de todo mundo que não lançar e será pioneiro, com isso suas chances de sucesso, ao passar a crise, serão muito maiores. Se não for o caso, espere um pouco mais. A recessão vai passar e o brasileiro dará a volta por cima. F - Independentemente da força do produto e do setor? M.T - Terão segmentos mais difíceis que outros no momento, mas se atender a urgência de um cliente, tiver capacidade financeira e administrativa para lançar o produto ou o serviço, invista.
F - De acordo com dados do IBGE de 2015, metade das empresas, no Brasil, abriram falência após 3 ou 4 anos de vida. Na sua opinião, quais seriam os motivos dessas empresas fecharem tão prematuramente? M.T - Há uma dificuldade de entender o que fazer, para quem fazer e como fazer. Empreender significa querer fazer algo diferente, mais adequado, com o custo mais baixo e a relação custo benefício melhor. Não dá para ser mais um, então, se você estiver pensando em ter um negócio para ser mais um, nem comece, porque a sua dificuldade será muito grande. Provavelmente, esses índices abrangem todas as indústrias, são aqueles que querem abrir mais um café, mais um restaurante de comida por quilo na região industrial da cidade. F - Quais seriam os sinais de que um negócio não vai bem? M.T - O primeiro, por incrível que pareça, não é o resultado de dinheiro negativo. É o cliente reclamar. A queixa do cliente de hoje será a falta de dinheiro amanhã, depois que o cliente abandona você. O que você recomendaria? Essa é a pergunta para ser feita ao cliente. Com ela, você descobre quem são seus promotores e os seus detratores. Assim, você está olhando para o cliente, além de ser uma forma de olhar para seus colaboradores, tão importantes quanto os clientes, pois com um time desmotivado a consequência é a mesma. A equação do lucro é cliente encantado mais colaborador engajado, satisfeito.
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MATÉRIA DA CAPA
F - Como encantar o cliente? M.T - Conectando pelo coração. Você não encanta ninguém se você não se conecta a um propósito. Na Redzero, por exemplo, quero dar uma luz no fim do túnel para os alunos, trabalhamos para eles sentirem que fazemos o que sempre sonharam. Conectar por um propósito é o oposto de conectar
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por um procedimento. Dar bom dia para os clientes que entram numa loja precisa ser natural, por exemplo, não porque é uma regra da empresa. O procedimento desencanta, vide conversar com um call center despreparado, você se sente mais um. O que encanta é a vontade de fazer pelo próximo.
F - Os cuidados são os mesmos para uma empresa tradicional e uma Startup?
F - O que você diria àqueles que já fracassaram em algum empreendimento?
M.T - Se olhar para as fases de uma empresa, começo, crescimento e manutenção, já madura, em algum momento, ambas precisarão de um realinhamento para mudar seu produto ou serviço, então, os dois modelos de organização têm em comum a busca pelo novo nicho, quando for a hora certa e a velocidade para isso acontecer.
M.T - Quem já fracassou, aprendeu o que não fazer e isso é muito bom. Se você fracassou alguma vez, está mais forte que outros. Levanta a cabeça e continue. Se tiver algo novo e diferente, está preparado para não executar os mesmos erros que cometeu no passado. F - Como você faz para virar o jogo, tem um ingrediente principal na receita?
F - Buscar apoio financeiro é favorável? M.T - Ninguém começa nada sem recursos, mas caso tenha uma ideia fantástica, muita vontade de fazer e não tiver dinheiro, a estratégia é buscar apoio financeiro num sócio ou, até mesmo, ajuda de um parente que acredite na sua ideia, ou se valer a pena, a venda de um bem.
M.T - Através das pessoas. Esse é o maior segredo. Isso vale um milhão de dólares. Sem elas, não vamos a lugar algum. Quando temos uma ideia ou uma empresa para mudar o rumo, a primeira coisa a fazer é construir em conjunto. Além disso, você deve ser apaixonado por sua ideia ou pelo negócio. Precisa te consumir, amar, ter orgulho e contribuir, ou melhor, conhecer aquilo em que está se metendo.
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CRÔNICA DE UM VIAJANTE
Caminho para o
MONTE EVEREST
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Conhecer o Monte Everest, o Sagarmatha em nepalês, que significa Testa do Céu, era um sonho do meu pai há 15 anos. Ele queria a companhia da minha mãe para a peripécia mas não era tão tentadora para ela. Afinal de contas, estamos falando de um lugar que abriga nada menos que as maiores montanhas do mundo, nas Cordilheiras do Himalaia, entre a China e o Tibet, com cumes que ultrapassam 8 mil metros e levam alpinistas a autossuperação em expedições e, também há tristes casos malsucedidos, como a tragédia de 1996 agora contada no filme “Everest”. Com a recusa da minha mãe, acabei “caindo de paraquedas” no caminho para o Monte Everest com o meu pai e, como um fiel escoteiro, não dispensei o convite para a aventura radical. Encarnei um montanhista que desafia seus limites e essa foi uma das melhores decisões que já tomei em minha vida.
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CRÔNICA DE UM VIAJANTE
Preparativos Começamos a nos preparar 10 meses antes para a trilha íngreme. Compramos as botas de escalada para serem amaciadas no treinamento e realizamos viagens para Minas Gerais e para o Chile, onde caminhávamos por 8 horas seguidas, em diferentes níveis de subidas, situações de clima, relevo e altitude. Quando embarcamos, foram 20 horas de voo no total com escala em Doha no Qatar – Emirados Árabes, até o aeroporto internacional de Kathmandu.
Conhecendo Kathmandu Desembarcamos em Kathmandu, capital do Nepal, para o hotel reservado. No caminho, o guia dava as recomendações, uma delas era a de não escovarmos os dentes com a água da torneira, pois como não estávamos acostumados com as bactérias, podíamos ser contaminados. Mesmo confortável, o hotel tinha quedas de energia. Com isso, descobrimos que Kathmandu literalmente apaga à noite e mesmo assim, as pessoas perambulam pelas ruas no escuro. A cidade possui 14 horas de blackout diário a partir das 20 horas e apenas alguns hotéis e restaurantes têm gerador. Já que era para nos aventurarmos, começamos logo. Arriscamos um passeio no breu da cidade com lanternas e essa experiência foi bastante curiosa, porque não sentimos medo algum. Bem diferente do nosso universo Ocidental, a população transmite tanta serenidade que você não imagina a maldade ali. Eu, simplesmente, sabia que nada aconteceria com a gente.
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Foram quatro dias em Kathmandu para adaptar o relógio biológico e para alugar os caríssimos trajes e equipamentos adequados à caminhada que nos levariam aos 5.500 metros de altitude do Base Camp nos pés do Monte Everest. Com clima entre 20˚ e 25˚ e o ar “empoeirado”, as ruas de Kathmandu são estreitas com construções antigas que parecem estar caindo aos pedaços. Conforme andávamos pelas ruas, os fios e cabos emaranhados sobre nossas cabeças nos postes, faziam-me questionar como aquilo era possível e como não pegavam fogo. Além dos fios, vimos construções demolidas em que o entulho era jogado ali mesmo em frente ou ao lado do local, dando uma aparência bagunçada e de sujeira. Em cada esquina, havia templos Hindus com uma estatueta representando algum deus. O mais visto era o Ganesh - o Deus do intelecto, da sabedoria e da fortuna - esse último atributo, controverso com a realidade do país. Um fato que despertou bastante nossa atenção foi ver homens nepaleses de mãos dadas ou abraçados ou ainda sentados no colo um do outro. Depois de estranharmos um pouco, descobrimos que não eram homossexuais, e sim que é costume quando há uma amizade entre homens. Mas, já um casal, formado por um
homem e uma mulher, jamais poderia ter esse comportamento em público, nem mesmo sentam juntos à mesa de um restaurante. Inclusive, o nosso tapinha nas costas Ocidental, como forma de cumprimento, para os nepaleses era uma surpreendente “passadinha de mão na bunda” e, nesse contexto, eu tive a “honra” de ser cumprimentado, ao mesmo tempo que soltei um “Opa, amigão!”. Ainda em Kathmandu, assistimos uma cremação tradicional que acontecia ao ar livre. Uma pira enfeitada com flores suportava o corpo de alguém que devia ser importante. Quanto maior a pira ou quanto mais flores tiver, mais rica a pessoa é. Passamos pelo “retiro espiritual Hindu”, onde conhecemos os Sadhus verdadeiros. Os Sadhus são homens que se isolam renunciando todos os seus bens materiais para se entregar à vida espiritual e, por isso, às vezes, não cortam as unhas ou os cabelos. Já os Sadhus falsos têm aparência exótica, pintam-se e vestemse com muitas cores e fazem isso como sustento. O mais marcante, foi acompanhar uma cerimônia num mosteiro. Após a oração, quando os monges tocaram o instrumento tradicional do Tibet, o Dungchen, seu som que é inigualável e ecoa em regiões montanhosas, foi realmente de arrepiar! 53
CRÔNICA DE UM VIAJANTE
A Trilha Começamos a trilha aos 3 mil metros com a meta de atingir os 5.500 metros no Base Camp. Acima, seria a Zona da Morte, o início da escalada do Monte Everest até o ponto mais alto da terra aos 8.848 metros de altitude. Não dessa vez, quem sabe na próxima! Levamos toda a comida para os quinze dias de caminhada e a água, pegávamos nas nascentes e colocávamos pastilhas de cloro e iodo para descontaminá-la e ingeri-la. Junto com a gente, foram os carregadores, chamados de Xerpas, que “voavam” por nós, descalços com camiseta fininha e com inacreditáveis 50 quilos nas costas das bagagens e, para isso, recebiam apenas 1 único dólar por dia. Nessa situação, comentei que ao final da jornada, doaria minhas botas ao Xerpa, mas ao me ouvir, o guia garantiu que ele as venderia para conseguir comida. Percebi, então, que por mais compaixão que eu sentisse não mudaria, nem de longe, o cenário dos nepaleses. Momentos como esse e o sentimento de impotência perduram até hoje em meus pensamentos. 54
A trilha do Base Camp possui lodges - cabanas de pedras com revestimento interno de madeiras - já estavam reservadas. Neles fazíamos as pausas para nos alimentar e pernoitar com bolsas de água quente dentro do saco de dormir. Detalhe para o saco de dormir, próprio para suportar até -30˚. À noite, caía muito a temperatura. Lembro que a garrafa de água sempre congelava. Mas mesmo com o frio, dormíamos bem, pois sempre estávamos cansados de todo esforço físico da subida. A única coisa que, às vezes, nos acordava durante a noite era os sons de longe de algumas avalanches. Por mais que eu queira, não esqueço de quando os nativos cozinhavam para nós. Era desconfortável lembrar que para eles a mão direita é a mão considerada limpa e, por isso, usada para cozinhar e comer, já a mão esquerda, é a suja, usada, exclusivamente, para se limpar, uma vez que lá não existe papel higiênico. Aí eu pensava, vai que, literalmente, “erram a mão” no tempero.
A temperatura na trilha variava entre 15˚ e 20˚ e conforme subíamos caía ainda mais. Mesmo preparados, o frio, os raios UV e a claridade intensa judiavam nossa pele e os lábios. Para hidratar e não queimar, passávamos cremes e pomadas, para respirar melhor, usávamos o soro fisiológico. Um destino assim exige preparação. Uma moça da equipe, que inclusive já conhecia as artimanhas da aventura, enfrentou o entardecer gelado para assistir a magnificência do pôr do sol. Sem dúvida, ver o sol se pôr da Cordilheira do Himalaia não é a mesma coisa do que ver da pracinha de casa, mas como consequência da ousadia, arriscou a vida com uma hipotermia. Trazida inconsciente para o lodge, foi preciso que o marido entrasse com ela no saco de dormir com bolsas de água quente para esquentar o corpo e por sorte recuperou os sentidos dela. Um homem do grupo, mesmo com óculos escuros apropriados para se proteger dos raios UV, teve cegueira e precisou usar um tampão até se recuperar. Também conhecida por snowblindness, é uma queimadura na córnea causada pela neve a qual potencializa os efeitos dos raios solares. Tanto é possível recuperar a visão como, em alguns casos, nunca mais enxergar.
Caminhávamos em média seis horas por dia, desde às 7 da manhã com pausas para o almoço e às 19 horas já estávamos prontos para dormir. O frio era mesmo de doer. Tirar a roupa estava fora de cogitação e por isso, fiquei seis dias sem tomar banho, ainda mais que os banheiros dos lodges eram a céu aberto. Nas trilhas, não havia latrinas, fazíamos as necessidades fisiológicas ao modo natural na moita mais agradável. Ao subir, sentíamos os efeitos da altitude, o coração batia mais forte, dores de cabeça e a falta de ar eram os mais comuns, exigindo que diminuíssemos as passadas. Fui bem até os 4 mil metros. A partir desse ponto, passei a sentir dores fortíssimas no joelho, obrigando-me a seguir a cavalo. Era isso ou, conforme as opções que o guia me deu, voltava a trilha. Jamais! O grupo não chegou junto, respeitando o ritmo de caminhada de cada um. Ao atingirmos nosso objetivo, com o sentimento de missão cumprida, meu pai gravou um vídeo emocionado com sua conquista. 55
CRÔNICA DE UM VIAJANTE
O Resgate A dor no joelho não passava, o guia informou que eu seria transportado para um hospital Canadense em Kathmandu de helicóptero. De toda a viagem, esse foi o momento mais preocupante, porque já conhecia histórias de acidentes nessa região, devido a altitude, a capacidade da aeronave, entre outros fatores. No dia, nevava muito e a visibilidade estava péssima, mas graças Deus tudo deu certo. Anos depois, me deparei com uma triste notícia: o piloto que me socorreu havia falecido em outro resgate, acidentado em um fio de alta tensão. Descobri mais tarde que as dores no joelho eram uma tal de condromalacia patelar (só o nome já dói) ou amolecimento da cartilagem, desencadeada pelo esforço físico em subidas e descidas. Ou seja, bem apropriado para as condições em que me encontrava.
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Lembranças e impressões Uma delas é a vista privilegiada. A cada curva, víamos uma paisagem diferente. É muito difícil descrever o cenário desse roteiro, porque não só vê quando está lá, você sente e muito. Enquanto se depara com o contraste das rochas escuras com a brancura da neve, com rios em meio ao relevo montanhoso e com a vegetação diversificada, você tenta absorver a extraordinariedade da natureza e só consegue se deslumbrar. Outra recordação é o contraste cultural. É quase inexplicável a discrepância da miséria
impetuosa com a simplicidade e a brandura das pessoas, a paz e a tranquilidade do lugar. Uma energia rara. Mesmo com toda a miséria, a impressão que se tem é a de que preferem morrer de fome a cometer um crime. Você verá muitos pedintes, mas não verá a malícia ou a marginalidade. Sem demagogia, era possível sentir tanta pureza, que mais parecia ser um lugar surreal, feito para treinar ou despertar o seu altruísmo e o seu senso de solidariedade. Com toda certeza, esse é um lugar para passar em sua vida.
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FICA A DICA
Veni Vidi Vici O epíteto da matéria remete-nos a um adágio alemão recorrente entre olhares inquisidores: “se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia”. Aquele que o oferece, empresta parte de sua experiência, as pedras as quais colecionou durante a jornada da vida para que, numa mimese, amadureçamos. Ainda assim, é possível evitá-las? Perspicaz leitor, depois de apreciar as matérias as quais escrevemos ao longo desta revista, notará uma peculiaridade na maneira de a autora selecionar as palavras, a opção pelo mergulho na história, as citações... ainda assim, não ignoremos a temática proposta nesta seção. Arrisquemos, uma vez mais, saborear as descobertas concernentes à historicidade humana. A matéria de capa da Flyers trouxe, como personagem, a figura a qual inspirou o boom da academia. Momento em que todos nos esforçamos para cultivar atitudes saudáveis e uma conexão entre corpo e mente... um convite para retornarmos à completude de nossa existência semelhante à proposta do homem vitruviano.
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FICA A DICA
Quando nos propomos a abraçar a seção, surgiu-me a história de uma amiga fênix, cuja trajetória perpassa vida saudável, fé, diagnóstico destruidor e superação. Cristina de Barros ofertou as pedras colecionadas para que não acreditemos na ideia de que se alimentar bem, correr, ir à academia sejam tão-somente os únicos sinônimos de vida saudável. Uma vez que, ela é professora de educação física, cultiva hábito alimentar saudável, exercita a fé e pratica esportes. Diferente da maratona de Fidípides, a de nossa amiga iniciou com um diagnóstico médico depois de exames preventivos de rotina, cujo resultado surgiu como uma bomba relógio: câncer!
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A maratona de seus dias vislumbrava a derradeira curva! Havia dois caminhos. Optou pela vita bella. Acolheu em seus braços o Cicloturismo como estilo de vida e, sobre duas rodas, correu algumas capitais brasileiras para apregoar e promover os exames preventivos e a sua escolha pela vida. Cristina relembrou as histórias e o curto período famigerado sobre a magrela também no caminho de Santiago de Compostela: “Você é a tal Cristina, brasileira, que quebrou a costela e teve câncer? A pergunta clássica era: está pagando promessa? Não, acho que você não barganha com o Céu. Não barganhei, mas agradeço sempre, da hora em que acordo a que vou dormir”.
Esta edição do Fica a Dica deseja reiterar dois conselhos absorvidos da amiga fênix: embora seja um jargão, prevenir ainda é, certamente, o melhor remédio e adotar o Cicloturismo de maneira que contribua para reconectar corpo, mente e espírito à natureza, ao outro e à redescoberta do sentido da vida, afinal, “É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve” (Victor Hugo). Visto que, segundo Olinto, o Cicloturismo é a mudança da concepção do exercício físico. O cicloturista não procura recordes ou grandes velocidades, busca desafio, recreação e conhecimento.
Abrace a sua magrela, escolha o destino, pedale e reconecte-se ao mundo! Fica a dica: atualmente, segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), o Brasil é o 3º maior fabricante de bicicletas do mundo, com 5,5 milhões de unidades produzidas em 2007, atrás apenas da China e da Índia, países que concentram 76% da produção mundial. Além disso, o Brasil foi, em 2007, o 5º maior mercado consumidor de bicicletas do mundo e possuía, nesse mesmo ano, uma frota de 65 milhões de bicicletas nas ruas.
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PUBLIEDITORIAL
Orlando O mundo dos sonhos ‘‘To all who come this happy place, welcome’’ (Walt Disney)
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Quando pensamos em férias, diversão, momentos em família, certamente, muitos de nós somos levados ao mundo dos sonhos construído em Orlando. A antiga capital da emergente indústria de frutas cítricas abriga sete dos melhores parques reunidos em um local ensolarado e feliz, sinônimo de alegria e de férias memoráveis. Em 2015, recebeu mais de 66 milhões de visitantes. É destino turístico mais visitado nos Estados Unidos. Embora o apelo dos parques temáticos, uma das principais atividades para os visitantes são as compras. Dentro de um raio de 20 minutos, no cerne da área de atrações de Orlando, os visitantes encontrarão 12 shoppings versáteis e centros de outlet. Ainda a sudoeste de Orlando, o distrito de turismo, lar do shopping mais sofisticado, o maior da Flórida Central, e três centros comerciais. Quanto à hospedagem, congrega cerca de 450 hotéis e mais de 117.000 quartos, incluindo 35 AAA Four Diamond, premiados pelo Forbes Travel Guide Four-Star, Orlando oferece mais opções de hospedagem que qualquer destino no mundo. Orlando é o lar de centenas de museus, galerias, teatros, jardins e casas históricas. Um novo destaque no centro de Orlando é o Dr. Phillips Center for the Performing Arts, o qual abriga os melhores artistas internacionais, nacionais e
locais, incluindo Broadway, ballet, orquestra, jazz, rock, pop e dança. O Well’s Built Museum of African American History preserva a história e o patrimônio afro-americano da Flórida Central através do museu e do South Street Casino, lar de artistas famosos como BB King, Louis Armstrong, Ray Charles, Duke Ellington e Ella Fitzgerald. O Orange County Regional History Center narra a vida em Orlando quando a área era conhecida primeiro por suas fazendas de gado e, mais tarde, pelos laranjais. A capital dos parques temáticos é também local para relaxar e ser mimado. Reúne mais de 20 spas, como o Waldorf Astoria Spa, Mandara Spa, The Ritz-Carlton Spa e o spa da Disney Grand Floridian Resort. Aos fãs de esportes, Orlando oferece a grande formação de eventos esportivos universitários e profissionais da área. Desde a Associação Nacional de Basquete Orlando Magic e do futebol da University of Central Florida Knights à arena de futebol Orlando Predators e o treinamento de primavera com a Atlanta Braves, o cenário esportivo de Orlando concede aos fãs muitas razões para torcer, sobretudo, a nós, brasileiros, porque abriga a equipe de futebol Orlando City do ex-melhor jogador do mundo, eleito pela FIFA, o Kaká. Aprecie as temperaturas amenas e o céu azul ensolarado ao longo de todo o ano para atividades ao ar livre. 65
PUBLIEDITORIAL
Walt Disney World Resort Parques de Orlando
Disney - Hollywood Studios
Disney - Magic Kingdom
Diversão, sonhos e alegria para todas as idades traduzidos em castelos encantados, parques aquáticos, interação com diversos animais, montanhasrussas eletrizantes, espetáculos de teatro e musicais, shows de fogos de artifício e tudo o que imaginou apenas nas histórias dos contos de fadas e em desenhos animados.
“O mundo em que você entrou foi criado pela Walt Disney Company, é dedicado a Hollywood, não é um lugar em um mapa, mas um estado mental, onde existe aquilo que as pessoas sonham e imaginam, um lugar onde a ilusão e realidade são fundidas pela magia tecnológica. Nós damos as boas-vindas para Hollywood” (Discurso de abertura quando a Disney-MGM abriu suas portas). O parque oferece muita adrenalina em diferentes atrações: o elevador The Twilight Zone Tower of Terror (despenca de uma altura de 13 andares), a montanha-russa Rock’n Roller Coaster (transporta-o ao som do Aerosmith), ou ainda, o Fantasmic! um show espetacular de fogos de artifício e água com duração de 25 minutos estrelado por Mickey Mouse e uma série de personagens da Disney, que divertem os visitantes ao som de músicas clássicas da Disney e canções, luzes de laser e surpreendentes efeitos hydrotechnic. Aproveite para tirar foto junto do chapéu gingante do Mickey Feiticeiro, símbolo do parque.
Encantamento no reino da magia de Walt Disney World. Crianças experimentam a sensação de viver um dia de princesa nos castelos da Cinderela, da Bela e da Ariel, ou de ser um pirata. Aventuras em montanhas-russas como a Space Mountain, Big Thunder Mountain Railroad e The Seven Dwarf Mine Train. E o encerramento com o inesquecível espetáculo de fogos de artifício Wishes, em que a personagem Sininho voa ao redor do Castelo da Cinderela.
Disney - Animal Kingdom Um parque inteiro baseado na vida animal com shows e áreas de interação com os bichos, filmes, expedições e montanhas-russas. No Kilimanjaro Safaris Expedition, observe leões, rinocerontes, girafas e outras espécies a bordo de um veículo todo aberto. Emocione-se com o Festival do Rei Leão, espetáculo inspirado no clássico desenho animado, ao estilo musical da Broadway. Não deixe de tirar foto no símbolo do Animal Kingdom – a árvore The Tree of Life.
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Epcot Center Epcot Center sigla que significa “protótipo de comunidade experimental do futuro”. Prepare-se para uma viagem no tempo ao entrar na Spaceship Earth, o grande símbolo desse parque. No World Showcase, é possível conhecer o mundo todo como o personagem de Júlio Verne entre a cultura de diferentes países em 11 pavilhões exclusivos. No fim do dia, assista ao espetáculo IllumiNations: Reflections of Earth, que representa a história do planeta Terra.
SeaWorld Parks & Entertainment
Universal Orlando Resort
Aquatica
Busch Gardens
Universal Studios
Venha se refrescar durante o verão da Flórida e aproveitar toboáguas fantásticos como o Dolphin Plunge (percorra tubos transparentes atravessando uma piscina com golfinhos de Commerson). Aos que preferem atrações com muita adrenalina, o Taumata Racer é ideal. Você será lançado em alta velocidade em escorregadores de 91 metros de comprimento entre túneis e dará uma volta de 360º antes da linha de chegada.
Interaja com a fauna diversificada desse parque, o qual abriga mais de dois mil animais entre orangotangos, tigres de bengala, crocodilos, pássaros exóticos, hipopótamos, girafas, lêmures, cangurus e muitos outros. O parque também diverte os apaixonados por montanhas-russas, a Cheetah Hunt, atinge 100km/h em poucos instantes. Cobra’s Curse é uma montanha-russa única no mundo com giros e rodopios, apresenta uma subida vertical e um turbilhão de emoções em uma empolgante exploração.
As atrações mais tradicionais do parque são Disaster! e E.T. Adventure. Também fazem sucesso a Revenge of the Mummy, uma montanha-russa no escuro e o simulador Men in Black Alien Attack, em que os participantes caçam alienígenas. Destaque fica para o mundo de Harry Potter. Divirta-se na Escape from Gringotts, uma mistura de simulador 3D com montanharussa os detalhes dos cenários idênticos aos dos livros e dos filmes.
SeaWorld Inaugurado em dezembro de 1973, segundo parque mais antigo da cidade, atrás apenas do Magic Kingdom da Disney. Encontre aqui a famosa baleia orca Shamu, a estrela do SeaWorld! No SeaWorld, os shows dos golfinhos (Blue Horizons), das orcas (One Ocean) e da foca (Clyde and Seamore Take Pirate Island) são os queridinhos no parque. Teste sua adrenalina no Mako, montanha-russa que atinge 118 km/h.
Discovery Cove Paraíso tropical com cachoeiras, lagoas e praias de areia branca. Lugar em que se experimenta nadar com golfinhos, praticar mergulhos mais profundos e snorkeling em águas rasas, observar cardumes de peixes coloridos, relaxar nas redes sob a sombra de palmeiras, alimentar aves exóticas e divirta-se na trilha submarina SeaVenture.
Islands of Adventure Divertir-se e refrescar-se nos passeios aquáticos do Jurassic Park River Adventure, Dudley Do-Right’s Ripsaw Falls e Popeye & Bluto’s BilgeRat Barges. Os efeitos especiais do simulador do Homem Aranha proporcionam a sensação de adentrar o filme e de confundir a realidade com a ficção. A área de Harry Potter arrebata a todos, os cenários do Castelo de Hogwarts e lojas do vilarejo de Hogsmeade encantam e divertem como se estivessem dentro da história.
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VIDA EXECUTIVA
Alquimista do sucesso
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O título da seção remete-nos às figuras em destaque no universo corporativo. Desejamos saber o que pensam, como agem, as peripécias pelas quais passaram ao longo da carreira, os sonhos que nutriram... Abrir a caixa de Pandora!
O que nos difere dos seres do “Olimpo”? Experiência? Sabedoria? Poder de decisão? O segredo está na maneira como interagimos com o mundo, com as pessoas, sobretudo, as quais pertencem ao seio familiar. Família? Sim!
Qual será o segredo do sucesso? Há segredo?
Atento leitor, observe os segredos os quais absorvemos de um dos seres do Olimpo: é preciso que acreditemos em nosso talento, estejamos atentos ao vocare e saibamos “ir”, sintamonos impelidos a prosseguir, mesmo que haja as intempéries, ouvir a sabedoria ancestral dos mais velhos, trabalhar arduamente e acreditar nos frutos do trabalho (imagine um agricultor impaciente, um ourives apressado, ou ainda, um investidor desejoso por resultados imediatos por colher os louros de seu investimento), embora a paciência seja um período amargo, os frutos virão dulcíssimos.
Poderíamos enumerar um sem-número de fatores, receitas, obras acerca do tema e biografias, figuras peculiares e cases de sucesso. Imagine, leitor, uma figura de terno, cujos braços gesticulantes denunciam a origem italiana, sorriso entreaberto, olhar confiante a encará-lo, cuja fotografia, categoricamente, afirma: vencedor! Medite um instante nessa imagem. Em seguida, mergulhe para dentro de si. Nenhum insight? Siga, peripateticamente, a linha do tempo imaginária dessa figura há pouco mencionada para que descubramos o segredo.
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VIDA EXECUTIVA
Voltemos à figura mencionada há pouco: terno, braços gesticulantes, troquem o sorriso entreaberto por um sincero, amigo, não nos esqueçamos do olhar penetrante, ei-lo:
Darcy Galafassi, cujos passos confiantes e assertivos transformaram-no em líder, empreendedor e relacionável, aquele em que as palavras inspiram à ação e à persistência.
Corramos ao dicionário para elencar o significado de líder: “do inglês leader, pessoa que exerce influência sobre o comportamento, pensamento ou opinião dos outros”. Diríamos ainda: complexo,
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abrangente, absorve para si os atributos de seus colaboradores, enquanto estes obtêm como espelho a postura, a maneira de pensar e de relacionar-se com o outro.
Consoante ao testemunho do Darcy Galafassi: “líder é aquele que não deixa sucessor, não obstante uma equipe capaz de perenizar suas aptidões, a maneira de compreender o trabalho, as relações corporativas, o cliente, uma cadeia produtiva”. O modo inspirador que suscita nas pessoas a sede pela excelência, pelo ser humano complexo, peculiar e relacionável. Líder é quem aponta o caminho a seguir, afinal crescemos à medida que aprendemos, trocamos, interagimos e transformamos o mundo. Imaginemos a voz do Galafassi (natural de Farroupilha, Rio Grande do Sul, o sotaque italianado não o abandonou, mesmo depois de 30 anos longe de sua terra natal), enquanto abrimos sua “caixa de Pandora” profissional durante um bate-papo em dois encontro na companhia de cafés e cappuccinos. A autora (desta matéria) e testemunha ocular e auricular retrocede à gênese de sua carreira profissional na Tramontina, quando Darcy Galafassi, na época, era o gerente geral (dois anos depois, diretor comercial - 2004) e um dos líderes influentes da maior empresa em volume de negócios do grupo empresarial Tramontina – o Centro de Distribuição e Vendas da região Sudeste com o maior volume de negócios e grande influência nacional. Enquanto conversávamos, rememorei as bases sobre as quais erigi a carreira e a postura profissional aprendida com ele como tantos outros os quais trabalharam, direta ou indiretamente, com e para ele e retornaram para agradecer pelo crescimento, aprendizado e gratidão de sentir que não eram comandados, mas inspirados a prosseguir. Relembramos o trecho de uma mensagem de agradecimento de um de seus colaboradores (e meu antigo colega de trabalho): “Muitas vezes te vi como chefe, preocupado apenas com resultados financeiros. Hoje conheço o tamanho do teu coração e quanto o sr. pode colaborar com o crescimento pessoal e profissional das pessoas que te rodeiam. Estou muito feliz por ter participado da evolução do Centro de Distribuição e por ter crescido aqui”. A figura de líder, destacada há pouco, inspirou tantos outros de seus colaboradores a enxergar o mercado, a empresa e o cliente como uma extensão de si.
Instante em que Darcy Galafassi relembrou artigo publicado, em agosto de 2015, quando o questiono acerca das transformações sociais e econômicas de nosso País. Consoante à sua visão de mercado, analisa que vislumbramos uma nova geração de pessoas no mercado de trabalho, digo a ele que se refere à geração Z (hiperconectada). Razão pela qual, possuem maior tendência ao improviso e à personalização de serviço, além de apresentarem mais liberdade de ação. E orienta: “Se existem funcionários atendentes com esse perfil na sua empresa, apoie essa iniciativa! O sujeito interessado no cliente, na companhia e nos produtos é sinônimo de conversão em vendas. Por isso, atenção no recrutamento e seleção de pessoas. Enxergue os treinamentos como investimento. Retenção de talentos impacta, diretamente, as receitas das empresas. Funcionários mais experientes podem ser estimulados a treinar os mais novatos. Conte também com as empresas da cadeia produtiva que apoiam treinamentos no nível mais técnico e com foco nos esclarecimentos sobre os benefícios do serviço. No pós-venda, o zelo não precisa ser diferente. Por meio de sutilezas, é possível mostrar que o cliente é importante. Ao comprar da sua empresa, o cliente acredita que escolheu o fornecedor adequado para entregar com perfeição aquilo que deseja. Prepare sua equipe para desenvolver um interesse sincero pelo cliente e, dessa forma, manter esse canal sempre aberto e disponível”. Relembrou ainda os números e feitos ao longo da história profissional iniciada, ainda bastante jovem, na empresa da família, no moinho, atendendo produtores de trigo, de milho e de arroz da região Sul do País, Farroupilha, RS, com muito afinco e dedicação. E com satisfação, relembra um conselho de seu saudoso pai, o qual o inspirou por toda a trajetória profissional: “Tu não precisas prometer nada a ninguém, mas cumprir tudo o que prometes”. Posteriormente, na empresa dos irmãos Cesca & Galafassi, revenda de produtos e equipamentos agrícolas, em que se tornou sócio e, em 1979, no grupo empresarial Tramontina, hoje, líder em seu segmento na América Latina. Rememorou ainda os primeiros passos, as conquistas e a expansão da marca, cujo nome carregou por 35 anos.
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VIDA EXECUTIVA
Sua história constitui e testifica o prólogo e o título desta matéria. Tão-somente para elucidar, apontaremos algumas de suas conquistas: foco em ações estratégicas, as quais culminaram em um projeto do qual participou como um dos líderes, em que fora agregada toda a cadeia produtiva para maior competitividade em relação à invasão dos produtos asiáticos inseridos no mercado nacional. A marca atingiu, na época, um nicho de mercado antes ignorado. Feito que rendeu matéria na Exame (número 852); entre o período de 1995 e 2014, em São Paulo, o faturamento do Centro de Distribuição cresceu 12 vezes (feito publicado na revista Logística, número 184); desenvolvimento de acordos comerciais de grandes varejistas; mais de 300 acordos firmados/ negociados ou renegociados/renovações, sem ter perdido nenhum acordo ou contrato, afinal fora construída uma relação mercadológica em que ambos os lados cedem e ganham; formação e desenvolvimento de mais de 1.200 representantes comerciais e desenvolvimento de funcionários comerciais e administrativos, mais de 1.000 pessoas/profissionais. Ao longo da carreira, os cursos (FGV, IBGC, HSM, Fundação Dom Cabral), as viagens (mais de 40 países entre América do Norte, Central e do Sul, Europa, Ásia e Oriente Médio) e as experiências humanas (negociações, mais de 370 feiras regionais, nacionais e internacionais) proporcionaram a complementação da carreira profissional para, atualmente, oferecer expertise como consigliere, a frente da DyG Consultoria, Negócios e Investimentos com foco na prestação de serviços de aconselhamento, Consultoria & Negócios em 72
empresas, apoiando o desenvolvimento de projetos de empreendedorismo. Dentre as quais: utilidades domésticas (segunda maior empresa no segmento) como vice-presidente de estratégia comercial, feiras e eventos, agronegócios e sócio-empreendedor de empresas de prestação de serviços. As relações comerciais propiciam uma visão acurada do mercado e da relação B2B e B2C. Foi membro do Abinox – Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal e do Grupo UD de Debate de Segmento. Destaque para sua expertise: impulsionar o desenvolvimento e o crescimento de empresas, repercutindo na economia e no crescimento do país; impulsionar a distribuição de riquezas e de conhecimento; fomentar a rede de relacionamento e o uso de ferramentas e soluções disponíveis no mercado; orientar para visão mais ampla do negócio; sugerir melhores práticas de gestão; oferecer expertise em temas estratégicos; oferecer perspectivas diferentes do negócio; permitir compartilhar maior tranquilidade para tomadas de decisão; eliminar entropia/desordem/ ambiente caórdico; planejamento sistêmico/apoio, otimizar, planejar e ampliar a capacidade produtiva da empresa. O bate-papo encerrou ao sabor de café e de histórias de conquistas e novos sonhos. Para Galafassi, a crise significa oportunidade e aconselha que procuremos soluções: não devemos focar nos aspectos negativos da crise do País, mas sustentar e manter a cadeia produtiva e reitera o conselho de Michael Jordan: “Algumas pessoas querem que algo aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem acontecer”.
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DESENVOLVIMENTO
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ORDEM & Progresso “Boas estradas, canais e rios navegáveis, diminuindo a despesa de transporte, colocam as regiões remotas de um país em um nível mais próximo do daquelas nas vizinhas das cidades. Por causa disso, representam as maiores de todas as melhorias” (Adam Smith) Parafraseando Shakespeare, diria: duvide do brilho das estrelas/ Duvide do perfume de uma flor/ Duvide de todas as verdades/ Mas nunca duvide dos ideais de um povo! Longe de seguir o antigo jargão futebolístico, não se mexe em time que está ganhando, a Suécia empreendeu mais uma vez. Calcada sobre os longínquos ideais do Iluminismo, caminha na velocidade da luz para ser o primeiro país a idealizar, implantar e incutir (no povo) um plano de extinguir a utilização de combustível fóssil do país até 2030. Devaneio? As últimas notícias desmentem tal indagação! A nórdica Suécia, em projeto de incentivo público-privado, inaugurou em Gävle, em junho passado, a primeira rodovia elétrica do mundo. O princípio motor da iniciativa está fundamentado nos padrões da Norma Euro 6, cujo objetivo é o de diminuir, significativamente, as emissões de poluentes na Europa. A alemã Siemens fora a responsável pelo projeto e por instaurar a tecnologia eHighway, um sistema de catenária, cujo núcleo é um pantógrafo inteligente combinado com um de acionamento híbrido. 75
DESENVOLVIMENTO
Um sistema de sensores permite que o pantógrafo seja conectado e desconectado da catenária a velocidade de até 90km por hora. Caminhões equipados com o sistema são alimentados pela fiação de catenárias aéreas à medida que se movimentam. Permitem, dessa forma, uma viagem eficiente e sem emissões locais. Graças ao sistema híbrido, são possíveis operações fora da linha de contato, a manter, assim, a flexibilidade dos caminhões convencionais. A tecnologia da rodovia elétrica apresenta uma configuração aberta. Como resultado, soluções de baterias ou gás natural, por exemplo, podem ser implementadas como uma alternativa para o sistema de acionamento híbrido a diesel usado na Suécia. Isso permite que o sistema seja adaptado com flexibilidade para a aplicação específica. À sueca Scania, pioneira e líder na produção de veículos sustentáveis, coube a missão de pesquisar e de desenvolver caminhões capazes de trafegar na rodovia do futuro, cujo motor fora projetado consoante às normas da Euro 6. “Para a Scania, integrar sustentabilidade às suas soluções representa uma oportunidade de explorar novos negócios. Mas o caminho que estamos seguindo é desafiador e requer transformações em toda a cadeia de valor”, afirmou Svedlund.
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Enquanto isso... No Florão da América, cujos ideais fulguram os do Iluminismo tão-somente na inscrição de nosso lábaro estrelado, ainda caminhamos a passos curtos no que tange à liberdade, ao bem comum, à fraternidade e à igualdade ou, ainda, à Ordem e ao Progresso... Certamente, imaginaríamos jazer nas trevas de nossos próprios interesses, não fosse a esperança
a se avizinhar pelos vultos do passado e do sonho de idealistas (e construtores) como os suecos. Nosso futuro urge! Carecemos de seguir o pensamento do pai da Economia Moderna, Adam Smith: “É injusto que toda a sociedade contribua para custear uma despesa cujo benefício vai a apenas uma parte dessa sociedade”, eis a revolução. 77
VERDE E AMARELO
Commonwealth Britânico-Brasileira
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VERDE E AMARELO
Enquanto este artigo é lido, certamente, relembraremos os vencedores dos louros olímpicos, as vicissitudes pelas quais a terra abençoada por Deus passou, os acordos e desacordos e as sendas brumosas da crise econômico-social-financeira mundial... Ainda assim, a bandeira de paz e de amizade erigida pelos jogos olímpicos perpassou as fronteiras do impossível. Impossível? Nunca antes no Brasil, diria o antigo presidente, fez-se tantos acordos multilaterais mesmo em tempos de crise... Para se vislumbrar a folhinha da oliveira, é preciso edificar, tijolo a tijolo, as relações “afetivas” entre os povos de nossa terra e nossos amigos investidores. Fora constituída dessa maneira a política comercial entre o Brasil e a Inglaterra. Parafraseando Santo Agostinho a cada acordo que nasce é um novo começo no mundo, de maneira que com o Brasil o primeiro acordo assinado, oficialmente,
data de 1936 – ano em que caminhávamos para uma crise humana cujos resquícios ainda colhemos em nossa sociedade – no qual o representante de “sua Majestade do Reino Unido” e do governo brasileiro ajustaram um acordo bilateral para o comércio e taxas alfandegárias para ambos. A relação econômico-comercial com o antonomástico país do futebol contemplou áreas antes ignoradas. O ano de 2010 demarcou novo acordo quando os dois países abrigariam, em 2012 e 2016, o evento símbolo da paz e da harmonia entre os povos: as Olimpíadas. Engendrou a vinda da automobilística Land Rover, a prestação de serviços de engenharia e de construção de estrutura temporária. Coube a uma empresa britânica erigir o maior restaurante temporário do mundo, o refeitório na Vila dos atletas, espaço o qual corresponde a seis campos de futebol (equivalente a 9 mil metros quadrados).
A historiografia dos acordos e tratados comerciais entre Brasil, Inglaterra (e Portugal)
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1147
1308
1387
1818
Os ingleses ajudaram o jovem D. Afonso Henriques de Borgonha a expulsar os mouros e reconquistar território.
Primeiro tratado de comércio assinado por Inglaterra e Portugal.
A aliança se estreitou com o ingleses, o filho bastardo de D. Pedro I, conseguiu impor-se como rei da nova dinastia (de Aviz) e arrancar da Espanha, em 1414, o reconhecimento da independência de Portugal.
Assinado tratado comercial para concessão de tarifas de importação inferiores para a Inglaterra em relação aos concorrentes nos portos brasileiros.
1890 Reino Unido reconhece, em 3 de dezembro, a República do Brasil.
1919 Elevada à categoria de Embaixada a Legação do Brasil em Londres. Reciprocamente, o Reino Unido eleva à Embaixada a Legação no Rio de Janeiro.
Negociou em áreas como a indústria naval (a Inglaterra fornecera o primeiro navio a vapor do Brasil), óleo e gás, educação com o Programa Ciência Sem Fronteiras, além de 45 contratos de 100 milhões de libras em investimentos em nosso país. Data de 2014, documento publicado para explanar as diretrizes para o desenvolvimento da cooperação técnica internacional multilateral e bilateral, em que foram alicerçados o acordo: experiências, conhecimentos e tecnologias aplicadas ao desenvolvimento podem ser acessados no exterior como no próprio país. O papel da cooperação técnica internacional não se esgota, portanto somente na vinda de peritos estrangeiros ao país ou em visitas técnicas de brasileiros ao exterior. Ao contrário, a visão contemporânea da cooperação internacional explora a transversalidade de temas, atores e experiências no intercâmbio de conhecimentos e tecnologias, sejam estes nacionais ou internacionais, os quais atuam de forma articulada em direção a objetivos comuns, previamente, determinados.
1936 Firmado acordo comercial consoante a importação e exportação de produtos manufaturados ou naturais entre Reino Unido e Brasil.
1969
2001
Rainha Elizabeth II realiza Primeiro-Ministro Tony Blair primeira visita oficial de realiza a primeira visita membro da realeza ao Brasil. oficial de Chefe de Governo britânico ao Brasil.
A cooperação técnica internacional pode incluir, portanto as seguintes atividades: dar suporte a projetos de caráter inovador, voltados à geração, absorção e disseminação de conhecimento e de “boas práticas”; mesclar conhecimentos e experiências disponíveis no exterior e no próprio país, gerando um produto novo; promover intercâmbio de conhecimentos, experiências e de boas práticas via mecanismos regionais ou multilaterais integrados por instituições especializadas; capacitar instituições nacionais públicas e da sociedade civil para o planejamento, execução e avaliação de iniciativas de promoção de desenvolvimento, sob diferentes formatos e abordagens. De certo, é preciso seguir a máxima de Churchill: “Sucesso consiste em ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo” para que consigamos, na crise humana, manter-nos, como seres sociais, a tríade do estandarte olímpico: “Citius, altuis, fortius”!
2003 Reino Unido anuncia apoio a um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
2009 Quarta visita do Príncipe Charles após 1978, 1991 e 2002.
2012 Primeiro-Ministro David Cameron visita o Brasil e Presidente Dilma Rousseff visita Londres para a abertura das Olimpíadas.
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PUBLIEDITORIAL
Pequeno país Grandes ideias A Suíça tem uma grande tradição em reunir pessoas,
As possibilidades são inúmeras. Da tecnologia que
compartilhar conhecimento, celebrar metas alcançadas,
transforma um auditório em salão de festas em apenas 15
desenvolver estratégias e sonhar novas ideias.
minutos oferecida pelo Swiss Tech Convention Center em
Sua estabilidade político-econômica e neutralidade
Lausanne, até pitorescas olimpíadas da fazenda em uma
proporcionam um ambiente único para fazer contatos e
queijaria na região do Vale do Emental, a Suíça oferece as
negócios, encontrar parceiros de projeto, adquirir e trocar
melhores opções para seus eventos.
know-how e ganhar acesso a novos mercados. A experiência com a qualidade suíça começa a bordo das
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Investimentos contínuos em renovações e construção
aeronaves que levam até Zurique. As companhias aéreas SWISS
de novos espaços garantem a oferta de infraestrutura
e Edelweiss oferecem o máximo de conforto e de praticidade em
de última geração e a promessa de qualidade. Todas as
voos diretos, partindo de São Paulo e Rio de Janeiro. A SWISS
principais estruturas estão próximas à exuberante natureza,
inaugurou sua nova Business Lounge no terminal E do aeroporto
trazendo o destino ao centro das principais tendências
de Zurique, com áreas amplas e iluminadas, além das “quiet
mundiais no setor.
zones” que oferecem conforto e relaxamento antes da viagem.
The Red Arrow Churchill, Rheinfallbrücke
Schwende, Seealpsee
Acessibilidade. Pequenas distâncias e uma variedade de paisagens e culturas.
Diversidade. A Suíça é a Europa em uma caixinha o ano todo.
Saanenmoeser, Bikehotel Le Petit Relais
Sustentabilidade. Um estilo de vida. A Suíça é, particularmente, sustentável.
Imagine um lugar onde pela manhã
Reciclagem consistente, padrões
A Suíça, simplesmente, funciona.
é possível esquiar em uma montanha e à
rígidos de controle, excelente gestão
Confiabilidade e pontualidade são
tarde, desfrutar de um almoço à sombra
de resíduos e planejamento urbano,
palavras que definem esse país. Uma
de uma palmeira em um dia quente
cuidadosamente, controlados são
pequena ilha no coração da Europa.
de verão. A Suíça é um país cheio de
apenas parte da rotina diária. Pioneira
Seu sistema de transporte é referência
contrastes – 8 milhões de habitantes
em políticas de proteção ambiental,
no mundo: além de sua qualidade, é
dividindo quatro idiomas e culturas, uma
a Suíça é líder no desenvolvimento e
possível chegar a qualquer ponto no
variedade de gastronomia e cenários em
marketing de produtos e serviços de
país sempre em grande estilo. Nenhum
cada estação.
tecnologia sustentável.
outro país, no mundo, usa tanto seus trens quanto a Suíça, não somente para
O clima fresco e o ar puro da primavera,
transporte, mas também para eventos e
cores únicas no outono, águas puras
soluções sustentáveis de mobilidade.
e cristalinas para desfrutar do verão, cidades sem poluição ou tráfego que se transformam no paraíso da neve no inverno. Não importa qual seja o período de sua viagem, a Suíça tem o destaque ideal.
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PUBLIEDITORIAL
SEU PRÓXIMO DESTINO
Queijaria, Vale do Emental
Veleiro Neptune, Lago de Genebra
Berna
Genebra
O charme único da cidade antiga,
Idealmente, localizada no coração da
listada entre os patrimônios mundiais da
Europa, um hub financeiro e tecnológico
A região é perfeita para qualquer época
UNESCO, a mistura sem paralelos do
com reputação internacional, Genebra é
do ano. Lar da famosa Jungfraujoch,
tradicional e do moderno, sua localização
uma cidade cosmopolita que surpreende
a estação de trem mais alta da Europa
às portas dos Alpes, a proximidade com
seus visitantes. Entre as experiências
localizada a 3.454 metros. É possível ter
o Vale do Emental e a atmosfera tranquila
exclusivas que a cidade oferece, é
uma experiência com neve de qualidade
contribuem para fazer da capital suíça o
possível montar seu próprio canivete
mesmo durante o mais quente verão.
destino ideal para eventos e incentivos.
suíço na loja exclusiva da Victorinox
Também conhecida pela prática de
Interlaken e Região de Jungfrau
e depois levá-lo para casa com seu
esportes radicais, é possível fazer a
Já pensou em como são feitos os
nome gravado, ou então, jantar a
descida da montanha em atividades
furinhos do queijo suíço? É possível
bordo do Neptune, o maior veleiro
como tirolesa, triciclo e patinetes,
descobrir durante a visita a uma
do Lago de Genebra, antigamente,
tornando os eventos muito mais divertidos.
pequena vila no Vale do Emental. Uma
utilizado para transporte de produtos
mistura de passado e de presente,
e, completamente, renovado em 2004,
técnicas modernas e tradicionais, em
hoje é protegido pelo patrimônio
que os visitantes podem, inclusive,
histórico da cidade.
produzir seu próprio queijo fresco.
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First Mountain Cart, Jungfrau
Lucerna, KKL
Fifa Museum, Zurique
Equipe Switzerland Convention & Incentive Bureau
Lucerna
Zurique
Com sua combinação de cidade, lago
A maior cidade da Suíça é também a
e montanha, é conhecida como “a
mais vibrante. Um mix de tradição e de
Em 1964, a Suíça fundou o primeiro
Suíça dentro da Suíça”. Abriga a maior
elegância urbana, perfeito para compras
convention bureau nacional do mundo,
frota de barcos a vapor da Europa,
ou atividades culturais, em meio a um
que evoluiu da “Association of Swiss
seus cinco barcos históricos ligam as
belíssimo cenário natural. Com inúmeras
Conference Cities” para o que é hoje o
diversas cidades da região navegando
possibilidades, uma tem destaque
Switzerland Conventions & Incentives
pelo Lago de Lucerna e podem dar
especial, pois a identificação é imediata.
Bureau (SCIB) com presença em 16
um ar nostálgico para seus eventos a
Ao entrar no FIFA Museum qualquer
países, inclusive o Brasil.
bordo. Durante o verão, a cidade se
brasileiro sente-se em casa, mesmo
transforma em um grande palco para
porque grande parte da exposição
Nós podemos mostrar como
músicos de diversas vertentes. O KKL
refere-se à seleção canarinho.
a estabilidade econômica, a
Luzern, desenhado pelo arquiteto francês
Inaugurado em fevereiro de 2016, o
sustentabilidade, o espírito inovador
Jean Nouvel, oferece uma das melhores
museu abre em setembro sua primeira
e os padrões de exatidão suíços
acústicas para concertos da Europa.
exposição temporária: “Brazil 2014
podem trabalhar a seu favor. As
É o local ideal para eventos privativos
Revisited”, uma ótima oportunidade
pequenas distâncias, a pontualidade e
ou jantares de gala.
para organizar um evento temático
a confiabilidade dos serviços otimizarão
nesse espaço único.
seu tempo; fantásticos cenários e cultura
Pioneirismo. Você pode contar conosco.
diversificada em uma área compacta são promessas de uma incomparável diversidade de experiências. Descubra a Suíça e deixe-se surpreender por este pequeno grande país!
Saiba mais em MySwitzerland.com/meetings
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LAR DOCE LAR
A quimera eco-friendly
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“Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo. Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade”. (Walt Disney)
Haveríamos de dividir o mundo em duas categorias de humanos: os sonhadores e os construtores. As especificidades intrínsecas dizem respeito também aos temperamentos estudados desde a Antiguidade como forma de se conhecer e conectar-se ao mundo, à natureza, ao outro... Quando contemplamos o futuro idealizado, lido há muito na Literatura Universal (Aldous Huxley, George Orwell, Isaac Asimov, Albert Camus e tantos outros) a apenas um passo de nossa realidade, tomamos ciência das palavras proféticas de Walt Disney, cuja persistência do sonho transmutou-se na Disney World, ansiada por crianças (as do presente e aquelas as quais dormitam dentro de nós no mundo dos adultos) e todos os quais desejamos participar do mundo dos sonhos, da fantasia dos Contos de Fada. Há pouco elucidamos a cisão humana, embora apenas conjecturas... Seguimos tal raciocínio consoante ao projeto idealizado pelo arquiteto italiano Giancarlo Zema (o sonhador), cujo cerne do projeto da WaterNest 100 eco-friendly (e de todos os seus projetos) é a aproximação do ser humano com a natureza, como se retornássemos ao Éden, há muito esquecido, uma maneira de repensar nossas atitudes consumistas diante de um momento em que estamos a esgotar os recursos naturais, a desgastar as relações humanas com nossa solidão de bolso. Embora vivamos em uma sociedade hiperconectada
(destacamos esse predicado em outra matéria desta edição), caminhamos, apressadamente, em busca do tempo perdido, em busca de saúde, de reconectarmo-nos a outros seres humanos, à natureza ou a qualquer coisa que seja, ainda que uma fita a nos enlaçar ao intangível! A WaterNest 100 fora encomendada pela britânica EcoFloLife (Ecological Floating Habitats), a “construtora”, preocupada em produzi-la com materiais e sistemas sustentáveis – madeira reciclada laminada colada e um casco de alumínio reciclado – de forma que transformou-a em uma unidade reciclável em 98%. O projeto da casa eco-friendly, autossustentável, inteligente e flutuante, cuja metragem (100m2, 12m de diâmetro e 4m de altura) abriga, confortavelmente, uma família de quatros entes, os quais sejam conscientes da necessidade de se prezar pelos recursos naturais, pelo meio ambiente e pelo bem-estar da humanidade, uma vez que fora projetada com 60m2 de painéis fotovoltaicos amorfos, capazes de gerar 4KWp para suprir as necessidades da casa, construídos sobre o telhado de madeira. Todo ambiente, caro leitor, é regido por meio da tecnologia domótica: com apenas um toque, em um aplicativo de celular, controla-se o sistema de som, as luzes, o ar-condicionado, mantém-na sob o modo de economia de energia, ou ainda, o sistema de segurança garantido pelo dispositivo state-of-the-art (alarme, CCTV e resets automáticos) e quaisquer tipos de acessórios agregados à casa.
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LAR DOCE LAR
Possui varandas laterais e grandes janelas para contemplar as feituras naturais e a imensidade das vistas indescritíveis sobre as águas. Sim, meu caro, o habitat da casa são as águas tranquilas de lagos, rios, atóis, baías e zonas marítimas. Quanto ao ambiente interno, contempla sala de estar, sala de jantar, quarto, cozinha, banheiro e propicia harmonia ao convívio familiar, ou àqueles desejosos por projetos ímpares, um espaço para constituir um moderno lounge bar, restaurante, escritório ou como lhe aprouver usufrui-lo. Há ainda sistema integrado de purificação e de filtração de águas residuais, de ar-condicionado o qual permite a ventilação da casa com grades de ar no piso e no teto. O piso, confeccionado com madeira de teca, resiste às variações de temperatura, de umidade, de salinidade e, ainda, riscos de agentes atmosféricos.
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Coube à Dupont™ Corian© os revestimentos da superfície da cozinha e do banheiro. Eis o futuro! Ei-lo a espreitar-nos e a ciciar: “A miséria impediu-me de acreditar que tudo vai bem sob o sol, e o sol ensinou-me que a história não é tudo” (Albert Camus).
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EM FOCO
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Destinos “exóticos” Para além do turismo, uma imersão no conhecimento
Obviamente, buscamos nos sentir melhor, mas são inúmeras motivações que variam de acordo com o nosso perfil, preferências e a fase de vida em que nos encontramos, como por exemplo, a curiosidade pelo novo, a troca de ambiente ou o repouso almejado. Entretanto, mais que a satisfação de conhecer um novo ponto turístico, com paisagens deslumbrantes e, talvez, um pouco de choque cultural para alguns, há algo ainda maior: a oportunidade única de estar em contato com culturas distintas, presenciar raros costumes, conviver com pessoas enigmáticas, descobrir maneiras de viver e, inclusive conhecer a si próprio, desafiando seus limites e expandindo visões, antes imperceptíveis, as quais levam a um conhecimento inestimável. Essa busca pelo conhecimento, pela autognose e pelo enriquecimento interior, conduz a um destino inusitado e impressionante, ordinariamente, conhecido como exótico.
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EM FOCO
Para Gislaine Flores, viajante experiente desses destinos peculiares, mais conhecida pela alcunha Gi, quem vai para lugares assim, precisa, indiscutivelmente, ser muito curioso e estar disposto a tudo. Sem saber por quantos países passou, pois conforme descreve é o menos relevante, além de destinos habituais dos turistas, Gi Flores domina roteiros de conhecimento em países como Vietnã, Laos, Camboja, Marrocos, Jordânia, Qatar e mais tantos outros excêntricos, além de ser detentora de histórias intrigantes como, por exemplo, pernoitar em três grandes desertos do mundo na Jordânia, em Dubai e no Saara, enfrentando, nesse último, calor incessante de 60˚ e uma azucrinante nuvem de mosquitos dentro da barraca.
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A habilidade que virou paixão e propósito de vida para a Gi Flores, teve origem na Índia, onde segundo conta, duvidavam que fosse, devido a disparidade de costumes, a religião e os hábitos de salubridade. No entanto, depois de dois anos de pesquisas e com a leitura do livro Paixão Índia, do autor Javier Moro, sentiu-se ainda mais incitada a conhecer o país, aceitando, determinada, o convite de uma amiga para ir, mesmo em quarentena, pois acabava de retornar da Austrália, partiu para um mês e meio de viagem e uma enorme bagagem empírica. “Demorei para ir, mas percebi que quando for a hora de ir à Índia, ela te chamará. Há tanta espiritualidade nesse lugar, parece que as pessoas, ao olharem para você, enxergam sua alma. É uma troca humana tão bonita e tão forte, uma experiência para sair da sua zona de conforto, parar de olhar para si mesmo e ver além, é isso o que me interessa, um verdadeiro destino de conhecimento. Eu voltarei para lá”. Se antes viajar era prazeroso e revigorante, ao sentir-se imbuído pelo desejo da descoberta, reconsideremos agora o sentido de viajar, imergindo numa valiosa fonte do saber, consequentemente, seremos mais bem recompensados do que o descanso físico e o encantamento pelo belo, especialmente, seremos agraciados com uma enorme compreensão, adentrando, possivelmente, numa consciência transcendental.
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CONECTADO
BB-8
Da fantasia à realidade Sphero BB-8, o astro de cinema robótico, surgiu a partir do pedido de Bob Iger, CEO da Disney, a Sphero, especialista em criação de robôs, para o desenvolvimento de um protótipo que tornasse o famoso droide do filme Star Wars, episódio VII - A Força Desperta, real. O robozinho esférico de movimento corporal ágil conta com tecnologia avançada que permite o seu rolamento independente da cabeça para qualquer direção no plano horizontal e tem personalidade adaptável. Controlado através do smartphone ou do tablet, responde a comandos de voz com diferentes expressões e tanto pode ser
configurado para explorar o local como pode reproduzir gravações holográficas. Considerado por seus inventores muito além de um brinquedo o BB-8 foi criado para ser um companheiro com personalidade própria e, conforme afirmam, receberá atualizações constantes para uma performance cada vez mais aprimorada. À venda em todo mundo, é possível encontrar o BB-8 por US$ 150 fora do país. No Brasil, o preço do cobiçado robô varia entre R$ 1.500 e R$ 3.000, tornando a fantasia realidade para poucos.
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Drone Lily
Mais de US$ 34 milhões na pré-venda O Drone Lily, a câmera voadora de rostinho simpático, já rendeu uma “bolada” aos seus criadores antes mesmo de ser lançado. Parceira de qualquer atividade ao ar livre, a Lily é uma câmera fotográfica com 12 megapixels, a prova d’água, que filma em Full HD (1080p) por até 20 minutos seguidos e alcança 15 metros de altitude a 40 quilômetros por hora em voo.
Para que a Lily o acompanhe, basta usar o rastreador em seu pulso e com um simples impulso no ar, ela o seguirá captando sons e imagens em ângulos diferentes. Ao terminar, pousará, suavemente, em suas mãos com todos os registros da aventura. Mesmo sem o lançamento oficial, já é possível encomendar a companheira de aventuras pelo site da empresa ao custo total de US$ 919.
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BIBLIOTECA
O Poder dos Quietos Como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar Susan Cain O que Albert Einstein, Abraham Lincoln, Barack Obama, Chopin, Steven Spielberg, J.K. Rowling e Bill Gates têm em comum? A resposta é o sucesso. E a introversão. Pelo menos um terço das pessoas que nós conhecemos são introvertidas. São aquelas que preferem escutar a falar, ler a ir a festas, inovam e criam, mas não gostam de autopromoção, que se beneficiam trabalhando por conta própria mais do que em grupo. Embora sejam rotulados de “quietos”, é aos introvertidos que devemos muitas das grandes contribuições à sociedade.
Com argumentos cativantes, uma extensa pesquisa e repleto de inesquecíveis histórias reais, O poder dos Quietos mostra como os introvertidos são subvalorizados e como todos perdem com isso. Partindo da ascensão do Ideal da Extroversão no século XX, Susan Cain questiona os valores dominantes no mundo empresarial de hoje, no qual a colaboração forçada pode bloquear o caminho da inovação e em que o potencial de liderança dos introvertidos é, frequentemente, negligenciado. De modo inspirador, a autora nos apresenta histórias de introvertidos de sucesso e oferecenos inestimáveis conselhos sobre como os tímidos podem tirar vantagem das suas características. Em O poder dos Quietos, Susan Cain contempla também as crianças introvertidas em capítulo especial com dicas para pais e professores. Segundo Max Gehringer, leitura obrigatória para introvertidos e extrovertidos. Os primeiros, para entenderem sua força e os segundos, para entenderem melhor os introvertidos. Visite o site da autora (em inglês): www.quietrev.com
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A lógica do consumo e Small Data Contratado pelas maiores marcas do mundo para avaliar os hábitos de compra dos consumidores, Martin Lindstrom é um especialista em desvendar os desejos de consumo mais profundos. Neste produto especial, dois livros best-sellers do autor: Small Data e A lógica do consumo. Em Small Data, livro mais recente, o autor esmiúça seu peculiar método de trabalho, mostra como grandes segredos se revelam por meio de insights e de que forma pequenas pistas resultarão em lucros multimilionários para empresas dos mais variados ramos. Já em A lógica do consumo, apresenta ao leitor os bastidores das pesquisas as quais explicam a razão pela qual determinado produto vende e aponta como o cérebro das pessoas responde aos muitos estímulos da propaganda.
O homem mais rico da Babilônica Com mais de dois milhões de exemplares vendidos no mundo todo, O homem mais rico da Babilônia é um clássico sobre como multiplicar riqueza e solucionar problemas financeiros. Baseia-se nos segredos de sucesso dos antigos babilônios — os habitantes da cidade mais rica e próspera de seu tempo. O autor, George S. Clason, mostra soluções ao mesmo tempo sábias e muito atuais para evitar a falta de dinheiro, como não desperdiçar recursos durante tempos de opulência, buscar conhecimento e informação em vez de apenas lucro, assegurar uma renda para o futuro, manter a pontualidade no pagamento de dívidas e, sobretudo, cultivar as próprias aptidões, de forma a tornar-se cada vez mais habilidoso e consciente. www.amazon.com.br
Visite o site do autor (em inglês): www.martinlindstrom.com
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