1 minute read
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E CURRÍCULO (PP
DIMENSÃO 3
AEducação Infantil tem um compromisso claro em relação aos direitos de aprendizagens dos bebês e das crianças pequenas. Esse compromisso está concretizado na BNCC e foi reconhecido pelo DCRC, nos seis Direitos de Aprendizagens e Desenvolvimento e um amplo conjunto de objetivos, contextualizados em cinco campos de experiências. Portanto, nesse momento de implementação desses documentos curriculares, os municípios têm papel fundamental na ampla divulgação e na concretização das ações de formação, conectadas com essas diretrizes, como no apoio às unidades educacionais para a revisão dos projetos político-pedagógicos e dos currículos, a partir dessas noções.
A superação de pedagogias transmissivas, que demandam pouca criação e expressão das crianças, e de práticas empobrecidas, descontextualizadas da vida, dos conhecimentos científicos e das artes, precisa acontecer.
O espaço da Educação Infantil é um espaço de encontros. Encontros de crianças com outras crianças e com adultos profissionalmente preparados para as interações que ali acontecerão. São esses encontros que possibilitarão a riqueza do currículo e complementarão as experiências de aprendizagens que acontecem no âmbito das famílias. Elas não se substituem, até porque configuram experiências bastante diferentes, mas complementam e enriquecem a vida das crianças.
Neste cenário, a avaliação e o registro das aprendizagens e do desenvolvimento das crianças devem ser revisitados, pois não faz sentido a manutenção de registro que discrimina, exclui ou que reduz a complexidade e integralidade do desenvolvimento a julgamentos de valores (por exemplo, do comportamento) ou a índices que dizem pouco sobre a vivência da criança na Educação Infantil (por exemplo, Sim/Não, Alcançou/Não alcançou, ou mesmo, “está em processo”).
Cabe ainda ressaltar, na construção do projeto político-pedagógico, a necessária atenção à participação da comunidade, já que para “educar uma criança é preciso uma aldeia” (provérbio da filosofia Ubuntu). Nessa aldeia, as crianças também têm direito assegurado à participação e a desenvolver sua autonomia, podendo expressar, por meio das diferentes linguagens, suas ideias, gostos, interesses, observações, sentimentos e conhecimentos construídos nas diversas situações de sua vida.