então, o tema da discussão passou a ser doenças e mal-estar. Marcelo, em seu momento de fala, comentou que quando viajou com sua mãe, ao comer um biscoito, sentiu-se mal e vomitou o ônibus todo. Em seguida, as outras crianças começam a relatar algumas situações em que tinham vomitado. Daniel, então, levanta de seu lugar e, de pé, começa a interpelar a professora com sua primeira pergunta: “ TODA CRIANÇA VOMITA?”. A professora lhe solicita que se sente novamente, o menino retorna ao seu lugar e, não satisfeito, após alguns segundos, levanta-se novamente e parte em direção à professora, e outra vez pergunta: “ POR QUE A GENTE VOMITA?”. A professora discute o assunto com a turma, mas não explora o tema proposto por Daniel de modo mais acentuado (SANTOS, 2013, p. 113-114). Agora pense: Se você fosse o professor, o que faria para aprofundar a temática de interesse das crianças? Há diferentes caminhos metodológicos para isso. Aqui discutiremos dois deles: pedagogia de projetos e sequência didática.
Pedagogia de projetos A Pedagogia de Projetos ressignifica a pesquisa como princípio educativo e científico e reinterpreta o lugar do aluno como sujeito e do professor como orientador na construção dos saberes.
Projetos de Trabalho na Educação Infantil Barbosa e Horn (2008), no livro dedicado a projetos na educação infantil, defendem a pedagogia de projetos como a melhor escolha em termos de organização pedagógica para o trabalho com crianças pequenas. Segundo as autoras, essa forma de organização amplia as possibilidades de atuação dos professores junto às crianças por terem uma “estrutura mutante e inovadora”, e por considerarem uma visão multifacetada dos conhecimentos e das informações ampliando também as possibilidades de interações e aprendizagens das crianças. Corsino (2009) também defende a organização do trabalho pedagógico na educação infantil a partir de projetos afirmando que estes “valorizam o trabalho e a função do professor que, em vez
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MODELOS ORGANIZATIVOS DO TRABALHO PEDAGÓGICO