Voz de Nazaré - Nº 1022

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

ANO CIX - Nº 1022 - PREÇO AVULSO: R$2,00

www.fundacaonazare.com.br

A penitência e a conversão na QUARESMA Igreja dá início a um tempo especial de preparação na vida dos fiéis: o convite a um percurso dos 40 dias da Quaresma como uma oportunidade para uma reflexão pessoal buscando a conversão e, assim, vivenciar melhor a Páscoa do Senhor. CAD. 2, PÁGS.1 E 2 LUIZ ESTUMANO

n QUARESMA Igrejas de Belém deram início ao tempo quaresmal. A imposição de cinzas ocorreu nas celebrações da Quarta-feira de Cinzas, dia 2 de março LUIZ ESTUMANO

Força para a fé em CRISTO Fim de semana prolongado levou muitos fiéis para retiros espirituais com Cristo nas Regiões Episcopais da Igreja em Belém. CADERNO 2, PÁGINA 1 LUIZ ESTUMANO

n A PAZ no mundo foi intenção de oração em Belém, iniciando na Residência Episcopal

Belém em Dia de Oração pela PAZ Apelo do Papa Francisco repercutiu em Belém. A Arquidiocese rezou pela paz no mundo, sobretudo pelo fim da guerra na Ucrânia. CADERNO 1, PÁGINA 6

n ANIMAÇÃO tomou conta do povo de Deus retiros paroquiais

Quaresma: tempo de SEMEAR

Abertura da CF 2022

É o convite do Papa Francisco na sua mensagem para a Quaresma

Arquidiocese de Belém abrirá a Campanha da Fraternidade no sá-

2022. CADERNO 2, PÁGINA 1

bado, 5 de março. CAD. 2, PÁGINA 2


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OPINIÃO

BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

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nosso tempo está profundamente marcado por uma “mudança de época” que não podemos ignorar. Vivemos tensões e contradições em vários níveis e campos: na sociedade brasileira e mundial, na igreja Católica no Brasil e no mundo. A pandemia do Covid-19 (que ainda não acabou por completo) impõe mudanças de comportamento em tantas dimensões de nossa vida humana, tanto que não podemos mais falar em “voltar ao normal de antes da pandemia”, mas sim devemos nos configurar a um “novo normal” que ainda é incerto e com tantas perplexidades. E nestes últimos dias o mundo foi surpreendido pelos ataques bélicos da Rússia contra a Ucrânia. Tempo deveras conturbado, marcado por polarizações políticas e religiosas, onde cada vez mais cada pessoa ou grupo firma suas posições ideológicas e hostiliza os outros que pensam de modo diferente taxando-os, de

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...

Por uma igreja sinodal: apelo a caminhar juntos antemão, como inimigos a serem eliminados. Neste panorama faz sentido falar em “sínodo”, isto é, em “caminhar juntos”? É possível percorrer outro caminho senão este imposto pelas circunstâncias atuais? Como interpretar estes sinais dos tempos? O DP (Documento Preparatório) para o sínodo nos indica sim um caminho em outra direção, aquela da realidade teologal que fundamenta a existência da Igreja como reflexo da vida trinitária que é essencialmente comunhão e unidade, citando o Papa Francisco na FT (Fratelli Tutti) n. 32: “[temos a consciência de] sermos uma comunidade mundial que viaja no mesmo barco, onde o mal de um prejudica a todos. Recordamo-nos

S

obre o monte das Oliveiras, antes de subir ao céu, Jesus deu esta ordem a seus discípulos: “Sede minhas testemunhas. Ide a toda parte anunciar o meu Evangelho e ensinai a observar tudo aquilo que eu vos ensinei. Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos” – At 1, 8 e Mt 28, 18-20. Desde o início do cristianismo quem pedia o Batismo sabia que para ser cristão era preciso estar decidido a dar continuidade à obra de Jesus. Isto vale também para

o peso de uma cultura impregnada de clericalismo, que ela herdou da sua história, e de formas de exercício da autoridade nas quais se insinuam os vários tipos de abuso (de poder, econômico, de consciência, sexual). É impensável «uma conversão do agir eclesial sem a participação ativa de todos os membros do Povo de Deus»: 6 juntos, peçamos ao Senhor «a graça da conversão e da unção interior para poder expressar, diante desses crimes de abuso, a nossa compunção e a nossa decisão de lutar com coragem». Esta é uma das razões pelas quais o Papa Francisco convoca toda a Igreja a percorrer o caminmho sinodal. O sínodo nos convoca a colocar-nos, todos juntos, à escuta do que o Espí-

(antoniomattiuz@gmail.com)

CURSILHO DE CRISTANDADE

Sede minhas testemunhas nós hoje. Por isso, só é cristão verdadeiro aquele que cumpre esta ordem de Jesus. Também hoje, para ser cristão, é essencial testemunhar Jesus com palavras, ações e atitudes de vida cristã. A igreja existe em

primeiro lugar para testemunhar Cristo com obras e palavras e por isso todo cristão deve ser missionário. Praticar o Evangelho é vital, mas não basta. É preciso também testemunhar Jesus Cristo com palavras e obras.

As palavras voam, mas os exemplos arrastam. O exemplo prático é vital na pregação. É preciso agir e depois pregar. Anunciar sem testemunhar com a vida não convence ninguém. O nosso testemunho deve ser com obras e palavras.

Se isto vale para todo cristão católico ou evangélico, vale mais ainda para o cursilhista que foi iluminado no Cursilho. Jesus disse que o cristão é a luz do mundo e o sal da terra. Todo cristão precisa iluminar e dar sabor di-

BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)

HUMANUS

Paz pela paz enfrentar conflitos e diálogos gentis com os outros e com nós mesmos, são alguns deles. A cultura de paz diz respeito a uma visão de mundo que privilegia o diálogo e a mediação para resolver conflitos, abandonando atitudes e ações violentas e respeitando a diversidade, no pensar e no agir. Somos chamados a difundir a paz em nosso cotidiano, sendo mais generosos e solidários, relacionan-

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

lar, não podemos esquecer o sofrimento vivido por menores e pessoas vulneráveis «por causa de abusos sexuais, de poder e de consciência cometidos por um número notável de clérigos e pessoas consagradas». Somos continuamente interpelados, «como Povo de Deus, a assumir a dor de nossos irmãos feridos na sua carne e no seu espírito».Durante demasiado tempo, o grito das vítimas foi um clamor que a Igreja não soube ouvir suficientemente. Trata-se de feridas profundas, que dificilmente se cicatrizam, pelas quais nunca se pedirá perdão suficiente, e que constituem obstáculos, às vezes imponentes, para prosseguir na direção do “caminhar juntos”. A Igreja inteira é chamada a confrontar- se com

PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ

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título de nossa coluna é também o de uma linda canção, de Nando Cordel, que vem ecoando em meu coração nesses tempos desafiadores e conflituosos... Ela inicia assim: “A paz do mundo começa em mim, se tenho amor, com certeza sou feliz...”É sobre a paz que começa em mim, no meu interior, que podemos ter ingerência, observação e controle e, acredito mesmo que muitas pessoas, nessa mesma busca, juntas, podem construir uma cultura, uma sociedade de paz. E, sob essa premissa, então, quais os benefícios que a paz interna podem nos trazer? Ajuda a lidar de forma mais serena com nossas dores; firmeza e serenidade para

de que ninguém se salva sozinho, que só é possível salvar-nos juntos”. Esta afirmação adquire maior peso ainda ao denunciar que a pandemia, por outro lado, fez emergir a profundidade das fraturas que atravessam a humanidade. O n. 6 do DP afirma: “Esta situação que, não obstante as grandes diferenças, irmana toda a família humana, desafia a capacidade da Igreja de acompanhar as pessoas e as comunidades a reler experiências de luto e sofrimento, que desmascararam muitas falsas certezas, e a cultivar a esperança e a fé na bondade do Criador e da sua criação. No entanto, não podemos negar que a própria Igreja deve enfrentar a falta de fé e a corrupção, inclusive no seu interior. Em particu-

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

do-nos baseados em princípios não violentos, observando, por exemplo, o Manifesto por uma Cultura de Paz e Não Violência, da UNESCO, que defende seis caminhos de ação: Respeitar a vida; Rejeitar a violência; Ser generoso; Ouvir para compreender; Preservar o planeta e Redescobrir a solidariedade. Para sermos difusores dessa cultura de paz, precisamos trabalhar a paz interior, que nos traz a

capacidade de vivermos no presente, sonharmos e realizarmos nossos planos, porque, em paz, nos conectamos a nós mesmos e, para isso, faz-se fundamental silenciar a mente, os pensamentos, as palavras... Pense em uma pessoa que você acredite que está em paz e observe o quanto essa pessoa lida bem com os silêncios... Do contrário, observe o quanto os barulhos (internos e externos) podem nos tirar

a paz e, sem paz, não conseguimos agir adequadamente em nossas funções ou desenvolver nosso pleno potencial. Quem acredita na paz e faz dela a sua filosofia, mais dificilmente se entrega a ações intempestivas, brigas, discussões ou competições vazias. Partilho, por fim, algumas sugestões para trabalharmos em nós, a paz interior: seja responsável por suas escolhas e respeite as escolhas

DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior - Presidente

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva

DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho

DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva

Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

rito Santo diz hoje à sua Igrreja. “A Igreja inteira é chamada a confrontarse com o peso de uma cultura impregnada de clericalismo, que ela herdou da sua história, e de formas de exercício da autoridade nas quais se insinuam os vários tipos de abuso”, pois “a despeito das nossas infidelidades, o Espírito continua a agir na história e a manifestar o seu poder vivificante. É precisamente nos sulcos cavados pelos sofrimentos de todos os tipos, suportados pela família humana e pelo Povo de Deus, que florescem novas linguagens da fé e renovados percursos, capazes não apenas de interpretar os acontecimentos de um ponto de vista teologal, mas de encontrar na provação as razões para voltar a fundar o caminho da vida cristã e eclesial. É motivo de grande esperança que não poucas Igrejas já tenham iniciado encontros e processos de consulta do Povo de Deus, mais ou menos estruturados” (DP n. 7). vino à vida. É triste ver que alguns batizados são luzes apagadas, lâmpadas queimadas ou sal estragado. Amigo, ouve a voz de Deus através da Igreja e participa de um Grupo, das Ultréyas e da Escola Vivencial do Cursilho e saberás mais e melhor como ser luz do mundo e sal da terra. Coragem! No Batismo Jesus te chamou e hoje continua te chamando. Responde-lhe também tu como tantos outros: “Senhor, aqui estou; conta comigo”. dos outros, pois, somos responsáveis em grande parte pelo nosso momento, pelo cuidado que nos damos, pela maturidade emocional que devemos buscar; compreenda que estamos em evolução e muitas pessoas ainda vão fazer escolhas voltadas à agressão, ao invés de investirem no gerenciamento de suas emoções e mudar essa escolha do outro não é sua obrigação; não tente controlar tudo e todos: vivemos em processos, tempos e dinâmicas internas diferentes e o imponderável faz parte de tudo isso; seja grato: dê valor ao que te enriquece como ser humano, sem perder muita energia psíquica com o que não agrega. Fique bem, fique em paz!

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

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deserto na Cidade”, livro de Carlos Carretto, voltou-me à memória às vésperas de nossa visita ao deserto, junto com Jesus, para aprender com ele e contar com sua graça para enfrentar todos os desafios e vencer as tentações. De fato, mesmo quando a maioria das pessoas vive nas cidades, não são poucas que se experimentam solitárias e quase perdidas, pois estas cidades, muitas vezes, são espaços mais de trombadas do que de encontros autênticos! Nossos olhares se impressionam nos dias de guerra que correm, com as multidões que fogem de suas cidades e da sua pátria, suscitando a confusão entre cidades que se esvaziam

A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota perante as forças do mal. e desertos das estradas que se enchem de gente desesperada. As ruas desertas se enchem de tanques de guerra, os céus refulgem não do sol ou de uma lua cheia, mas dos rastros de luz dos mísseis e bombas! A grande aldeia global que se tornou o mundo vive nos últimos dias uma nova e inexplicável guerra. Atenção à palavra do Papa, na Encíclica “Fratelli Tutti”: “Toda guerra deixa o mundo pior do que o encontrou. A guerra é um

CONVERSA COM MEU POVO

O DESERTO e a CIDADE

fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota perante as forças do mal. Não fiquemos em discussões teóricas, tomemos contato com as feridas, toquemos a carne de quem paga os danos. Voltemos o olhar para tantos civis massacrados como “danos colaterais”. Interroguemos as vítimas. Prestemos atenção aos prófugos, àqueles que sofreram as radiações atômicas ou os ataques químicos, às mulheres que perderam os filhos, às crianças mutiladas ou privadas da sua infância. Consideremos a verdade destas vítimas da violência, olhemos a realidade com os seus olhos e escutemos as suas histórias com o coração aberto. Assim poderemos reconhecer o abismo do mal no coração da guerra, e não nos turvará o fato de nos tratarem como ingênuos porque escolhemos a paz” (Fratelli tutti, 261). Vem o desejo de repetir, com as devidas adaptações, a palavra de Santo Estevão: “Homens de cabeça dura!” (Atos 7,51), palavras que podem ser aplicadas a tantas situações pessoais, sociais e políticas. Todos os dias nos indignamos ao ouvir falar do mal que existe no mundo, como está acontecendo nestes dias. Raramente prestamos atenção ao mal que existe em nós, nos pensamentos, nas manias, no relacionamento pessoal, mesmo se esse é o único mal que depende de nós para ser eliminado do mundo (Cf. Raniero Cantalamessa, Gettate le reti, anno C, pág. 73 ss). Indo com Jesus ao deserto, no início da Quaresma (Cf. Lc 4,1-13), poderemos penetrar no mais íntimo de nós

mesmos para verificar a força da tentação e os caminhos para vencê-la. “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e, no Espírito, era conduzido pelo deserto. Ali foi posto à prova pelo diabo, durante quarenta dias. Naqueles dias, ele não comeu nada e, no final, teve fome” (Lc 4,1-2). Jesus é Deus, mas também é plenamente homem e, como homem, quis ser provado em tudo, como nós, exceto no pecado (Hb 4,15), o que é uma grande consolação para nós! “ O d i a b o, d i s s e lhe: ‘Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão’. Jesus respondeu: ‘Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem’ (Lc 4,3-4). Jesus está com fome. Sendo Deus, ele podia fazer o milagre. Mesmo quando se pode e se tem todas as condições para agir, é necessário perguntar se se deve e quando se deve agir. Podemos ter armas, meios econômicos, forças físicas, mas não haveremos de cair na tentação de uma pretensa onipotência. Para a vida de Igreja, bem entre nós, há que se respeitar os tempos e os ritmos da natureza e das pessoas! A serenidade para dar os passos constrói nossa vida de Igreja, sem esquecer a virtude da prudência. Depois, “o diabo o levou para o alto; mostrou-lhe, num relance, todos os reinos da terra, e lhe disse: ‘Eu te darei todo este poder e a riqueza destes reinos, pois a mim é que foram dados, e eu os posso dar a quem eu quiser. Portanto, se te prostrares diante de mim, tudo será teu’. Jesus respondeu-lhe: ‘Está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto’ (Lc

DIVULGAÇÃO

n GUERRA Registro de um dos momentos de ataque da Rússia à Ucrânia 4,5-8). O demônio é o pai da mentira. Não é verdade que seja o dono de todo o mundo. O mundo pertence a Deus e foi confiado à humanidade, para que todos cuidemos dela e não a dominemos irracionalmente. É hora de redescobrir nossa vocação de serviço humilde diante de todas as situações humanas, superando a vaidade e as tentações da posse, do prazer e do poder. Em seguida, “o diabo levou Jesus a Jerusalém e, colocando-o no ponto mais alto do templo, disse-lhe: ‘Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Ele dará ordens aos seus anjos a teu respeito para que te guardem, e ainda: Eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra. Jesus, porém, respondeu: ‘Também foi dito: Não porás à prova o Senhor, teu Deus’ (Lc 4,9-12). Demonstrações exibicionistas de qualquer ordem não constroem a civilização nem o relacionamento entre as pessoas! Nossa Igreja está presente neste mundo e deve ser sal, luz e fermento, saindo de si mesma, unindo-se para buscar o cami-

nho da comunhão, demonstrando, justamente porque consciente da redenção operada por Cristo, ser especialista em humanidade, mas numa humanidade renovada, diferente para melhor! Se muitas vezes nos sentimos no deserto, sabemos que não estamos sozinhos e podemos pedir: “No deserto da vida quando a sede vem, quando clamo bem alto e não vejo ninguém, eu me lembro de ti e me sinto feliz, pois escuto bem perto tua voz que me diz: Quem tiver sede vem a mim e beba, e do seio de quem crê em mim hão de brotar torrentes de água viva, jorrando sempre sem jamais ter fim! Muitas vezes a dor não me deixa dizer quanta sede de amor trago dentro do ser, mas tu ouves a voz do silencio também e, no amor, me conduzes à fonte do bem. Quem tiver sede vem a mim e beba, e do seio de quem crê em mim hão de brotar torrentes de água viva, jorrando sempre sem jamais ter fim! O teu dom sem reservas eu vou receber, este pão que conserva tua vida em meu ser, como outrora fizeste pela Samaria, a tua presença me traz

alegria. Eu quisera viver ao teu lado, Senhor, transformando minha vida em fonte de amor, onde todos que buscam, tentando encontrar em meu testemunho, te ouvissem falar. Quem tiver sede vem a mim e beba, e do seio de quem crê em mim hão de brotar torrentes de água viva, jorrando sempre sem jamais ter fim!” (No deserto da vida quando a sede vem - Padre José Raimundo Galvão). Corramos à fonte!.

o mundo vive nos últimos dias uma nova e inexplicável guerra

Não fiquemos em discussões teóricas, tomemos contato com as feridas, toquemos a carne de quem paga os danos.


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IGREJA

BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

MARIA ELISA BESSA DE CASTRO Advogada e teóloga

EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO

A Coroinha de Nossa Senhora (parte 2)

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er seu devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá àqueles que quer salvar”. (São Luiz Maria Grignion de Montfort) Dando continuidade ao artigo da edição anterior, compartilho com você, caro leitor, as estrofes que compõe a Coroinha de Nossa Senhora, de autoria do piedoso Padre St. Joseph Calasanz, sugerindo que a rezemos todos os dias pelos sacerdotes e por nossas famílias. Concedei-me que Vos louve, Virgem Sagrada. Dai-me valor contra os vossos inimigos. III - COROA DE BONDADE

Credo...

I - COROA DE EXCELÊNCIA

Pai Nosso e Ave Maria Sois Bem-aventurada, Virgem Maria, que levastes em vosso seio o Senhor, Criador do mundo; destes à luz a Quem Vos formou, e Sois Virgem perpétua. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Ó Santa e imaculada virgindade, não sei com que louvores Vos possa exaltar; pois quem os céus não puderam conter, Vós O levastes em vosso seio. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Sois toda formosa, Virgem Maria, e não há mancha original em vós. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Possuís, ó Virgem Maria, tantos privilégios, quantas são as estrelas no céu. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Glória ao Pai... II - COROA DE PODER

Pai Nosso e Ave Maria Glória a Vós, Imperatriz do Céu, conduzi-nos convosco aos gozos do paraíso. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Glória a Vós, tesoureira das graças do Senhor, dai-nos parte no vosso tesouro. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Glória a Vós, medianeira entre Deus e os homens, tornai-nos propício o Todo-poderoso. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Glória ao Pai...

Pai Nosso e Ave Maria Glória a Vós, refúgio dos pecadores; intercedei por nós junto do Senhor. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Glória a Vós, Mãe dos órfãos; fazei que nos seja propício o Pai Todo-Poderoso. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Glória a Vós, alegria dos justos; conduzi-nos convosco às alegrias do céu. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Ave Maria...? Glória a Vós, nossa auxiliadora mui prestimosa na vida e na morte; conduzi-nos convosco para o reino do céu. Alegrai-Vos, Virgem Maria. Alegrai-Vos mil vezes. Glória ao Pai...

SUB TUUM

OREMOS:

Ave Maria, Filha de Deus Pai; Ave Maria, Mãe de Deus Filho; Ave Maria, Esposa do Espírito Santo; AveMaria, templo da Santíssima Trindade; AveMaria, Senhora minha, meu bem, meu amor, Rainha do meu coração, Mãe, vida, doçura e esperança minha mui querida, meu coração e minha alma. Sou todo vosso, e tudo o que possuo é vosso, ó Virgem sobre todos bendita. Esteja, pois, a mim a vossa alma para engrandecer o Senhor; esteja em mim vosso espírito para rejubilar em Deus. Colocai-Vos, ó Virgem fiel, como selo sobre o meu coração, para que, em Vós e por Vós, seja eu achado fiel a Deus. Concedei, ó Mãe de misericórdia, que me encontre no número daqueles que amais, ensinais, guiais, sustentais e protegeis como filhos. Fazei que, por vosso amor, despreze todas as consolações da terra e aspire só as celestes; até que, para glória do Pai, Jesus Cristo, Vosso Filho, seja formado em mim, pelo Espírito Santo, vosso Esposo fidelíssimo, e por Vós, sua Esposa mui fiel. Assim seja.

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Lc 4,1-13

1Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou... e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. 2Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, ... sentiu fome. 3O diabo disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. 4Jesus...: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”. 5O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe... todos os reinos... 6e lhe disse: “Eu te darei todo esse poder e... sua glória, porque tudo isso foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. 7Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”. 8Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás’”. 9Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, ...sobre a parte mais alta...e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te da-

qui abaixo! 10Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ 11E...: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. 12Jesus,... “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”. 13Terminada toda tentação, o diabo afastou-se de Jesus, ... B) COMENTÁRIO

Quaresma, preparação à Páscoa. Jesus é levado pelo E. Santo e tentado pelo diabo, nos quarenta dias (v 2). Na bíblia, 40 é uma etapa completa da vida humana, que consiste: 1º40) Da infância à juventude; 2º 40) Da juventude à maturidade; 3º 40) Da maturidade à velhice. Moisés morreu em plenitude (3 x 40): “tinha cento e vinte anos quando morreu” ( Dt 34,7). Os salmos falam na (2 x 40) maturidade da vida humana: “fato

notável quando chega aos oitenta” (Sl 90,10). O pensar profético ver a vida humana além dos cem anos: “Eis que eu criarei novos céus e nova terra,... Ali... Será ... jovem quem morrer aos cem anos;...” (Is 65,17-21). a) Limpeza da criação >40< “quarenta dias e quarenta noites” (Gn 7,12); b) Espiritualidade: com Deus. >40<(Ex 24,18); c) Alimento durável >40< (1Rs 19,8); d) Jejum vivido por Jesus; >40<(Mt 4,8). O diabo tenta com necessidades naturais: para o frio a tentação é o cobertor; para a sede, a água; e para a fome, a comida. Após quarenta dias de jejum (v 2), ele desafia: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão” (v 3). O diabo afronta Jesus em três tentações: a do poder; a do ter; e a do ser. São três tentações, como as do profe-

ta Balaão (Nm 22-24). Ao poder de transformar situações (pedra=pão), Jesus responde: ‘Não só de pão vive o homem’(v 4); e (Mt) completa: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”(Mt 4,4). Há gente que diz não participar da missa porque não pode comungar (o pão eucarístico); é tentação, pois o pão da palavra nutre também: “Tens palavras de vida eterna” (Jo 6, 68). É melhor nutrir-se por uma das dimensões que cair na inanição. A tentação é contra os valores e virtudes da pobreza. O pobre é rico na partilha: “quanto menos temos, mais podemos dar”. Querer “ser o tal” é a tentação do orgulho, e Jesus rebate (v 12), pois sabe que o diabo pretende desviá-lo de sua meta e do Evangelho. As tentações são aparência da verdade: Jesus as vence!

n 04/03 – SEXTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 58,1-9a Salmo - Sl 50, 3-6a. 18-19 Evangelho - Mt 9,14-15 n 05/03– SÁBADO Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 58,9b-14 Salmo - Sl 85, 1-6 Evangelho - Lc 5,27-32 n 06/03 – DOMINGO Cor: Roxo 1ª Leitura - Dt 26,4-10 Salmo - Sl 90,1-2.10-15 2ª Leitura - Rm 10,8-13 Evangelho - Lc 4,1-13 n 07/03 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Roxo

1ª Leitura - Lv 19,1-2.11-18 Salmo - Sl 18, 8-10. 15 Evangelho - Mt 25,31-46 n 08/03 – TERÇA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 55,10-11 Salmo - Sl 33, 4-7. 16-19 Evangelho - Mt 6,7-15 n 09/03 – QUARTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Jn 3,1-10 Salmo - Sl 50, 3-4, 12-13. 18-19 Evangelho - Lc 11,29-32 n 10/03 – QUINTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Est 4,17 Salmo - Sl 137, 1-3. 7c-8 Evangelho - Mt 7,7-12


5 BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

SETORJUVENTUDE

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2022 “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Parte 9) INTRODUÇÃO

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stamos iniciando mais um tempo quaresmal e, com ele, somos chamados a promover a Campanha da Fraternidade (CF). O tempo quaresmal nos estimula à conversão, à melhoria de nós mesmos, e isso não é possível sem revermos a qualidade da nossa relação com os outros. Eis porque fica bem o compromisso de Fraternidade. Não devemos reduzir essa mobilização numa perspectiva social. A

O tempo quaresmal nos estimula à conversão, à melhoria de nós mesmos, e isso não é possível sem revermos a qualidade da nossa relação com os outros fraternidade é, antes de tudo, um compromisso pessoal. A cada ano a Igreja do Brasil assume um aspecto desse compromisso de promoção da fraternidade e da justiça, como caminho de exercício de conversão. Neste ano nos é proposto o tema “fraternidade e educação” e o lema “fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26).

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Quaresma: educar-se para a fraternidade A quaresma é tempo favorável para conversão do coração para não cairmos no individualismo, na violência, na indiferença aos outros. Assim como não existe verdadeiro amor a Deus sem o amor ao próximo, também não existe autêntica conversão

sem nos educarmos para a fraternidade. A conversão profunda passa por um processo de educação de cada um de nós como mudança de mentalidade que reorienta a nossa vida, que gera atitudes novas e promove o nosso desenvolvimento integral. A educação tem uma profunda relação com a conversão da mente (nosso modo de pensar) e do coração (gestão da nossa afetividade). A educação que não gera conversão, como mudança positiva de mentalidade e estilo de vida, é estéril. Nesta CF somos chamados a olhar para a educação com um olhar mais profundo, muito além de uma pura questão social. A educação vista à luz da fé, iluminada pela Palavra de Deus, tem uma enorme profundidade e amplitude. A Palavra de Deus nos educa para a prática de boas obras (cf. 2Tm 3,17) que nos leva a promover a cultura do diálogo, da paz, da justiça, da fraternidade, do perdão, da solidariedade.

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Os objetivos da Campanha da Fraternidade O texto base deste ano nos apresenta como objetivo geral da CF: “promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”. Objetivos específicos: analisar o contexto da educação e da cultura atual com seus desafios; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da tradição Cristã para a educação humanizadora; pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo de educação; incentivar propostas educativas; estimular a organização da Pastoral da Educação;promover uma educação comprometida com novas formas de economia, política e de progresso a

serviço da Vida, em especial dos mais pobres...

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A importância da escuta Para podermos falar com sabedoria e ensinar com amor, é necessário nos educarmos para a escuta. A educação profunda pressupõe uma atitude de escuta por parte do educador. A experiência da escuta é de fundamental importância nas relações interpessoais e na educação. Podemos dizer que não há educação onde se negligência a experiência da escuta. Aprendemos e ensinamos através da escuta, interativa. A escuta faz parte da comunicação e isso supõe proximidade. Da mesma forma a educação. A educação é um encontro de sujeitos. Escutar é uma condição básica para a qualidade das nossas relações interpessoais, mas também para a compreensão do que se passa na sociedade; somos chamados também a “escutar” a sociedade que nos fala através dos acontecimentos. Quem não sabe escutar também não será capaz de discernir e nem de comunicar com sabedoria. Sem a escuta que proporciona o justo diagnóstico da realidade, não será possível ensinar com amor. O amor pressupõe a acolhida do ou-

tro com suas necessidades e recursos. Por tudo isso é de fundamental importância a pedagogia da escuta, sinal de amor e que pressupõe o silêncio.

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A educação está em muitos contextos A educação não é uma realidade específica das escolas. Por isso, para melhor sabermos como vai a educação é necessário um amplo olhar sobre todas as realidades onde acontece a educação. A educação de uma sociedade está n a cultura, na vida das pessoas, nas relações interpessoais. A educação está por de trás dos acontecimentos e nos sinais dos tempos. Neste tempo de pandemia surgiram novos dramas humanos, mudanças sociais, desafios e conquistas. As circunstâncias sociais nos educam, exigem de nós novas atitudes e nos desafios continuamente. A educação está na família, que é o seu berço; está nas escolas com seus múltiplos desafios pedagógicos, técnicos e profissionais; a educação está também, muitas vezes, com muita evidência nas Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, ONGs, movimentos sociais, associações; a educação está nas

Instituições de Ensino superior, etc. A educação ultrapassa os limites e interesses das escolas.

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Desafios da educação A educação enquanto processo de promoção do desenvolvimento integral do ser humano enfrenta muitos desafios em todas as dimensões. Antes de tudo, a educação saudável pressupõe uma visão profunda (holística) do ser humano, acolhendo-o como um ser com muitas dimensões a serem desenvolvidas. O reducionismo é um dos mais fortes desafios para a educação em nossos dias. Outro grande desafio da educação é aquele de pensar um projeto social amplo que implica a promoção de projeto de vida dos indivíduos. Toda educação deve mirar um ideal de sociedade. A construção de uma sociedade melhor que implica a superação dos problemas concretos, é consequência de um projeto. A educação deve estimular a cultura de processos, superando o imediatismo,o presentismo, a fragmentação; isso significa estimular a cultura do cuidado,da preventividade, do

senso coletivo e estimular a elaboração de políticas públicas de desenvolvimento humano integral. A educação é um direito humano, um bem público, por isso, não deve ser tratada como objeto de comércio. O Estado tem a responsabilidade, em parceria com a sociedade, em preservar o caráter de bem público da educação. Por isso, um plano de educação que não considera os legítimos direitos e anseios do povo é deficitário. A educação alicerçada na dignidade humana enfrenta o desafio da promoção da cultura do encontro estimulando a superação de preconceitos, barreiras, ódio, indiferença porque a meta da educação é promover autênticas relações de fraternidade e justiça na sociedade. Isso pressupõe, portanto, a superação de uma pedagogia tecnicista. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

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Qual é a relação entre quaresma, educação e fraternidade? Por que não é possível a educação sem a escuta? Quais desafios da educação você percebe hoje?

Fraternidade e educação

A cada ano a Igreja do Brasil assume um aspecto desse compromisso de promoção da fraternidade e da justiça


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

Arquidiocese de Belém reza pela PAZ TV NAZARÉ, dia de oração pela paz no mundo

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pedido do Papa Francisco, estamos acolhendo em nossa Arquidiocese de Belém o Dia de Oração pela Paz no mundo. Assim Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, explicou para os telespectadores da Rede Nazaré de Comunicação que haveria na quartafeira, 2 de março, uma programação específica para o povo de Deus participar também da ocasião especial. Dom Alberto destacou a importância da "participação de todos. Estamos aqui na Residência, mas você que nos

acompanha, também pode unir-se a nós pela sua oração pessoal pela paz em todo o mundo, de sua casa". E informou que os meios de comunicação da Arquidiocese estavam com a programação ao vivo. A Fundação Nazaré também participou. Da Capela Nossa Senhora de Nazaré, cônego Sebastião Fialho, conduziu o programa Oração da Manhã, cujo ápice foi a Adoração ao Santíssimo Sacramento, acompanhado de um grupo de oração das comunidades paroquiais, enfatizou a paz como mensagem. LUIZ ESTUMANO

LUIZ ESTUMANO

n ORAÇÃO pela paz iniciou pela Laudes com o Arcebispo Dom Alberto FRAME TV NAZARÉ

FRAME TV NAZARÉ

n ADORAÇÃO ao Santíssimo Sacramento na Residência Episcopal e na Capela da Fundação Nazaré, e Santa Missa na programação ao vivo

ARQUIDIOCESE DE BELÉM NO DIA DE ORAÇÃO PELA PAZ CONVOCADO PELO PAPA FRANCISCO Acolhendo apelo do Papa Francisco, a Arquidiocese de Belém promoveu no dia 2 de março, o Dia de Oração pela Paz. Começou às 8h, quando a Residência Episcopal tornou-se lugar de oração, neste momento em que a guerra assombra a Ucrânia no conflito protagonizado pela Rússia. Toda a jornada foi transmitida ao vivo pela Rede Nazaré de Comunicação e redes sociais da instituição. Quaresma é um tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Aproveitemos o caminho quaresmal de 2022 para refletir sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: «Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos» (Gal 6, 9-10a), explica o Papa Francisco no trecho inicial da sua mensagem para a Páscoa. Face ao temor mundial ante a guerra, a Arquidiocese uniu-se a diversas intenções de oração em todo o mundo que também responderam ao apelo do Santo Padre e começou a jornada às 8h com a Laudes, seguido de Adoração ao Santíssimo Sacramento às 8h40, passando para a Oração da Manhã às 10h, seguida da Santa Missa às 12h, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. À tarde, a programação continuou às 14h30 com o programa Hora da Misericórdia, ao vivo, conduzido pelo padre diocesano Gelcimar Santos, findando às 17h20 com a Oração do Rosário, pedidos pela intercessão da Virgem Maria, com participação de colaboradores e da Direção da Fundação Nazaré.

NOSSOS ANIVERSARIANTES Maria Helena Duarte Brito Eudocia Sales de Lima Maria Cilda Moreira Maués Hermínia dos Santos Rodrigues Trindade Rosalice Bordalo Pantoja Zuleide Nascimento de Souza Rita de Cássia Guerreiro Martins Leonilde dos Santos Rosa Maria de Nazaré dos Santos Moura Maria de Guadalupe Leal Bittencourt Giorge Simonet Junior Eliane Maria Mota de Oliveira Antonio Marcos Costa de Freitas Elder Anderson Santos Sousa Francisca Silbene Cunha da Silva Neuza Santiago da Silva Magnólia da Silva de Souza Márcia Maria Augusta Moraes Helia Lima Lopes Rabelo Vanessa Pereira de Souza Chagas Gilson Rufino Gonçalves Filho Jose Carlos da Silva Barroso Maria Lucia Lopes Barreto Antonio Raiol Ferreira Alexandre da Costa Linhares Edna Maria Fonseca da Cruz Renilda das Graças Bezerra Falcão Rosilda Lima de Souza João Roberto Pinheiro dos Santos

Maria Izabel de Souza Melo Ana Marta Costa Elarrat Cleiton Almeida de Souza Maria Franciscleuma Coutinho de Araujo Maria José Santos Nunes Carlos Alberto Siqueira Maria José Simões Álvaro Alves da Cruz Maria Luiza Teixeira Alves José de Ribamar Cardoso da Silva Edinalva Barroso da Silva Nery Alda Maria de Pinho Couto Valdenora Santiago da Gama Alyssangela Souza Palmerim Rita Lee Sena Coelho Emelina de Lima Ribeiro Ubiratan de Souza Dias Maria de Jesus Benjamim da Silva Rosa Maria de Deus S. Monteiro Francisco Nelson Belarmino Andre Guerreiro Milhomem de Sousa Izabela Carolina Monteiro Freitas Magalhães Zilvandro Menezes Mendes Maria Iolanda Leão Pimentel Lindalva Augusto Nascimento Raimundo Francisco Soares Gregório Jandira Oliveira Aragão Cleide Conceição Gonçalves Jennings Maria Carmem Raiol de Souza

Francisca da Silva Cardoso Marluce Guerreiro Milhomem de Souza Francisco Damião da Silva Neto Marcio José Duarte Maciel Iran Carlos de Oliveira Lima Heliana Maria Silva Brasil Maria de Araujo Malcher Noemia Carneiro de Araujo Leonice Sousa Monteiro Raimundo João Correa de Carvalho Marivaldo de Souza Carneiro Olgarina Ferreira Alves

Luzia Teixeira Rodrigues Maria de Nazaré Leal Rodrigues Paulo Sergio Maranhão Vasconcelos Maria de Fátima Cardoso Monteiro Maria Evanilda Martins Palmeira Maria Ferreira Pereira Silva Cezar Pinto da Fonseca Teles Alonso Nascimento Correa Antonia Ires Lima de Silva Arilucia Amorim Pacheco Claudinei Jose Schimitz Gilson da Silva Trindade Casal Marcelo Canto e Renata Monteiro

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 04/03 – Côn. José Luiz Alves Fernandes 06/03 – Diác. Gilson Rufino Gonçalves Filho 08/03 – Pe. Enio Roberto Biasi 08/03 – Diác. Ubiratan de Souza Dias 09/03 - Diácono Francisco Damião da Silva Neto 09/03 – Diác. Raimundo Jorge Santos de Matos

n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS

08/03 – Pe. Benedito Lopes de Campos


BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

CADERNO DOIS MENSAGEM do Papa Francisco para a QUARESMA de 2022 «Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos» (Gl 6, 9-10a). Queridos irmãos e irmãs! A Quaresma é um tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Aproveitemos o caminho quaresmal de 2022 para refletir sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: «Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos» (Gl 6, 9-10a). 1. SEMENTEIRA E COLHEITA

Neste trecho, o Apóstolo evoca a sementeira e a colheita, uma imagem que Jesus muito prezava (cf. Mt 13). São Paulo fala-nos dum kairós: um tempo propício para semear o bem tendo em vista uma colheita. Qual poderá ser para nós este tempo favorável? Certamente é a Quaresma, mas é-o também a nossa inteira existência terrena, de que a Quaresma constitui de certa forma uma imagem.1 Muitas vezes, na nossa vida, prevalecem a ganância e a soberba, o anseio de possuir, acumular e consumir, como se vê no homem insensato da parábola evangélica, que considerava assegurada e feliz a sua vida pela grande colheita acumulada nos seus celeiros (cf. Lc 12, 16-21). A Quaresma convida-nos à conversão, a mudar mentalidade, de tal modo que a vida encontre a sua verdade e beleza menos no possuir do que no doar, menos no acumular do que no semear o bem e partilhá-lo. O primeiro agricultor é o próprio Deus, que generosamente «continua a espalhar sementes de bem na humanidade» (Enc. Fratelli tutti, 54). Durante a Quaresma, somos chamados a responder ao dom de Deus, acolhendo a sua Palavra «viva e eficaz» (Heb 4, 12). A escuta assídua da Palavra de Deus faz maturar uma pronta docilidade à sua ação (cf. Tg 1, 19.21), que torna fecunda a nossa vida. E se isto já é motivo para nos alegrarmos, maior motivo ainda nos vem da chamada para sermos «cooperadores de Deus» (1 Cor 3, 9), aproveitando o tempo presente (cf. Ef 5, 16) para semearmos, também nós, praticando o bem. Esta chamada para semear o bem deve ser vista, não como um peso, mas como uma graça pela qual o Criador nos quer ativamente unidos à sua fecunda magnanimidade. E a colheita? Porventura não se faz toda a sementeira a pensar na colheita? Certamente; o laço estreito entre a sementeira e a colheita é reafirmado pelo próprio São Paulo, quando escreve: «Quem pouco semeia, também pouco há de colher; mas quem semeia com generosidade, com generosidade também colherá» (2 Cor 9, 6). Mas de que colheita se trata? Um primeiro fruto do bem semeado, temo-lo em nós mesmos e nas nossas relações diárias, incluindo os gestos mais insignificantes de bondade. Em Deus, nenhum ato de amor, por mais pequeno que seja, e nenhuma das nossas «generosas fadigas» se perde (cf. Exort. Evangelii gaudium, 279). Tal como a árvore se reconhece pelos frutos (cf. Mt 7, 16.20), assim também a vida repleta de obras boas é luminosa (cf. Mt 5, 14-16) e difunde pelo mundo o perfume de Cristo (cf. 2 Cor 2, 15). Servir a Deus, livres do pecado, faz maturar frutos de santificação para a salvação de todos (cf. Rm 6, 22). Na realidade, só nos é concedido ver uma pequena parte do fruto daquilo que semeamos, pois, segundo o dito evangélico, «um é o que semeia e outro o que ceifa» (Jo 4, 37). É precisamente semeando para o bem do próximo que participamos na magnanimidade de Deus: constitui «grande nobreza ser capaz de desencadear processos cujos frutos serão colhidos por outros, com a esperança colocada na força secreta do bem que se semeia» (Enc. Fratelli tutti, 196). Semear o bem para os outros liberta-nos das lógicas mesquinhas do lucro pessoal e confere à nossa atividade a respiração ampla da gratuidade, inserindo-nos no horizonte maravilhoso dos desígnios benfazejos de Deus. A Palavra de Deus alarga e eleva ainda mais a nossa perspectiva, anunciando-nos que a colheita mais autêntica é a escatológica, a do último dia, do dia sem ocaso. O fruto perfeito da nossa vida e das nossas ações é o «fruto em ordem à vida eterna» (Jo 4, 36), que será o nosso «tesouro no céu» (Lc 18, 22; cf. 12, 33). O próprio Jesus, para exprimir o mistério da sua morte e ressurreição, usa a imagem da semente que morre na terra e frutifica (cf. Jo 12, 24); e São Paulo retoma-a para falar da ressurreição do nosso corpo: «semeado corrutível, o corpo é ressuscitado incorrutível; semeado na desonra, é ressuscitado na glória; semeado na fraqueza, é ressuscitado cheio de força; semeado corpo terreno, é ressuscitado corpo espiritual» (1 Cor 15, 42-44). Esta esperança é a grande luz que Cristo ressuscitado traz ao mundo: «Se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (1 Cor 15, 19-20), para que quantos estiverem intimamente unidos a Ele no amor, «por uma morte idêntica à Sua» (Rm 6, 5), também estejam unidos à sua ressurreição para a vida eterna (cf. Jo 5, 29): «então os justos resplandecerão como o sol, no reino do seu Pai» (Mt 13, 43). 2. «NÃO NOS CANSEMOS DE FAZER O BEM»

A ressurreição de Cristo anima as esperanças terrenas com a «grande esperança» da vida eterna e introduz, já no tempo presente, o germe da salvação (cf. Bento XVI, Spe salvi, 3; 7). Perante a amarga desilusão por tantos sonhos desfeitos, a inquietação com os desafios a enfrentar, o desconsolo pela pobreza de meios à disposição, a tentação é fechar-se

num egoísmo individualista e, à vista dos sofrimentos alheios, refugiarse na indiferença. Com efeito, mesmo os recursos melhores conhecem limitações: «Até os adolescentes se cansam, se fatigam, e os jovens tropeçam e vacilam» (Is 40, 30). Deus, porém, «dá forças ao cansado e enche de vigor o fraco. (…) Aqueles que confiam no Senhor, renovam as suas forças. Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem desfalecer» (Is 40, 29.31). A Quaresma chama-nos a repor a nossa fé e esperança no Senhor (cf. 1 Pd 1, 21), pois só com o olhar fixo em Jesus Cristo ressuscitado (cf. Hb 12, 2) é que podemos acolher a exortação do Apóstolo: «Não nos cansemos de fazer o bem» (Gal 6, 9). Não nos cansemos de rezar. Jesus ensinou que é necessário «orar sempre, sem desfalecer» (Lc 18, 1). Precisamos de rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Se a pandemia nos fez sentir de perto a nossa fragilidade pessoal e social, permita-nos esta Quaresma experimentar o conforto da fé em Deus, sem a qual não poderemos subsistir (cf. Is 7, 9). No meio das tempestades da história, encontramo-nos todos no mesmo barco, pelo que ninguém se salva sozinho;2 mas sobretudo ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte. A fé não nos preserva das tribulações da vida, mas permite atravessá-las unidos a Deus em Cristo, com a grande esperança que não desilude e cujo penhor é o amor que Deus derramou nos nossos corações por meio do Espírito Santo (cf. Rm 5, 1-5). Não nos cansemos de extirpar o mal da nossa vida. Possa o jejum corporal, a que nos chama a Quaresma, fortalecer o nosso espírito para o combate contra o pecado. Não nos cansemos de pedir perdão no sacramento da Penitência e Reconciliação, sabendo que Deus nunca Se cansa de perdoar.3 Não nos cansemos de combater a concupiscência, fragilidade esta que inclina para o egoísmo e todo o mal, encontrando no decurso dos séculos vias diferentes para fazer precipitar o homem no pecado (cf. Enc. Fratelli tutti, 166). Uma destas vias é a dependência dos meios de comunicação digitais, que empobrece as relações humanas. A Quaresma é tempo propício para contrastar estas ciladas, cultivando ao contrário uma comunicação humana mais integral (cf. ibid., 43), feita de «encontros reais» (ibid., 50), face a face. Não nos cansemos de fazer o bem, através duma operosa caridade para com o próximo. Durante esta Quaresma, exercitemo-nos na prática da esmola, dando com alegria (cf. 2 Cor 9, 7). Deus, «que dá a semente ao semeador e o pão em alimento» (2 Cor 9, 10), provê a cada um de nós os recursos necessários para nos nutrirmos e ainda para sermos generosos na prática do bem para com os outros. Se é verdade que toda a nossa vida é tempo para semear o bem, aproveitemos de modo particular esta Quaresma para cuidar de quem está próximo de nós, para nos aproximarmos dos irmãos e irmãs que se encontram feridos na margem da estrada da vida (cf. Lc 10, 25-37). A Quaresma é tempo propício para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão. Acolhamos o apelo a praticar o bem para com todos, reservando tempo para amar os mais pequenos e indefesos, os abandonados e desprezados, os discriminados e marginalizados (cf. Enc. Fratelli tutti, 193). 3. «A SEU TEMPO COLHEREMOS, SE NÃO TIVERMOS ESMORECIDO»

Cada ano, a Quaresma vem recordar-nos que «o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam duma vez para sempre; hão de ser conquistados cada dia» (ibid., 11). Por conseguinte peçamos a Deus a constância paciente do agricultor (cf. Tg 5, 7), para não desistir na prática do bem, um passo de cada vez. Quem cai, estenda a mão ao Pai que nos levanta sempre. Quem se extraviou, enganado pelas seduções do maligno, não demore a voltar para Deus, que «é generoso em perdoar» (Is 55, 7). Neste tempo de conversão, buscando apoio na graça divina e na comunhão da Igreja, não nos cansemos de semear o bem. O jejum prepara o terreno, a oração rega, a caridade fecunda-o. Na fé, temos a certeza de que «a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido», e obteremos, com o dom da perseverança, os bens prometidos (cf. Hb 10, 36) para salvação nossa e do próximo (cf. 1 Tm 4, 16). Praticando o amor fraterno para com todos, estamos unidos a Cristo, que deu a sua vida por nós (cf. 2 Cor 5, 14-15), e saboreamos desde já a alegria do Reino dos Céus, quando Deus for «tudo em todos» (1 Cor 15, 28). A Virgem Maria, em cujo ventre germinou o Salvador e que guardava todas as coisas «ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19), obtenha-nos o dom da paciência e acompanhe-nos com a sua presença materna, para que este tempo de conversão dê frutos de salvação eterna. Roma, em São João de Latrão, na Memória litúrgica do bispo São Martinho, 11 de novembro de 2021. FRANCISCO

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Cf. Santo Agostinho, Sermones 243, 9,8; 270, 3; Enarratio in Psalmis 110, 1. Cf. Francisco, Momento extraordinário de oração em tempo de pandemia (27 de março de 2020). Cf. Idem, Angelus de 17 de março de 2013.


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CADERNO DOIS

BELÉM, DE 4 A 10 DE ,MARÇO DE 2022

IGREJA

Igreja de Belém INICIA a Quaresma

FOTOS: LUIZ ESTUMANO

QUARTA-FEIRA de Cinzas abriu tempo de

conversão e preparação para a Páscoa

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A rq u i d i o c e s e de Belém, em unidade com a Santa Sé, iniciou dia 2 de março o período da Quaresma. os quarenta dias que antecedem a Semana Santa. Para a Igreja Católica é tempo de conversão e mudança de vida. A Igreja celebra a Quarta-feira de Cinzas como o início da preparação para a Páscoa. Quarta-feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma, tempo em que a Igreja chama os fiéis à conversão e

preparação para bem vivenciar os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa. A Quarta-feira de Cinzas é celebração que está no Missal Romano, o qual explica que no final da Missa, abençoa-se e impõe-se as cinzas obtidas da queima dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior. A cinza é um símbolo. Sua função está descrita em um importante documento da Igreja (artigo 125 do Diretório sobre a piedade popular e a liturgia). Próprio dos antigos ritos nos quais os pecadores convertidos se submetiam à penitência canônica, o gesto de cobrir-se

n CINZAS visando a Quaresma, paróquias da Arquidiocese de Belém celebraram Missas

com cinza tem o sentido de reconhecer a própria fragilidade e mortalidade, que precisa ser redimida pela misericórdia de Deus. A Igreja o conserva como sinal da

atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir o itinerário quaresmal como conversão e esforço pela renovação pascal.

CNBB abriu a Campanha da Fraternidade A Arquidiocese de Belém abrirá a Campanha da Fraternidade no sábado, 5 de março, com acolhida ao povo de Deus a partir as 7h. A Santa Missa será às 8h, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, situado na avenida Nazaré, 902. A abertura começa-

rá com a acolhida das expressões eclesiais e educativas pela Comunidade Maíra. Após a Missa, o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, falará aos presentes, seguindo-se uma atividade cultural às 9h. A Rede Nazaré de Televisão, canal 30 (ou na sintonia da sua cidade), transmitirá a Santa Missa, assim co-

mo as redes sociais da Fundação Nazaré de Comunicação. ABERTURA A abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2022 ocorreu na Quarta-feira de Cinzas, dia 2 de março, lançada virtualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Fraternidade e Educação” é o tema deste

ano, e o lema bíblico, “Fala com sabedoria, ensina com amor”, extraído de Provérbios 31, 26. A abertura deu-se às 10h por um um vídeo com pronunciamentos dos membros da presidência da CNBB e convidados, transmitida também por mídias sociais da entidade (Youtube e Facebook) e emissoras de televisão de inspiração católica.

RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ

n RETIRO QUARESMAL 2022 - EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA A Rádio Nazaré FM apresenta a partir da próxima segunda-feira, 7, o Retiro Quaresmal 2022. O roteiro oferece uma forma especial de fazer o retiro em casa, no tempo da Quaresma. Este ano as reflexões serão baseadas nos Exer-

cícios Espirituais de Santo Inacio de Loyola. Participação dos sacerdotes da Arquidiocese de Belém, de 7 de março a 8 de abril, de segunda a sexta, das 8h às 9h. Sintonize a Rádio Nazaré FM - 91,3 Mhz.

TV NAZARÉ CANAL 30.1

n CAMPANHA DA FRATERNIDADE Acompanhe pela Rede Nazaré de Televisão, canal 30, a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2022 na Arquidiocese de Belém no sábado, 5 de março, às 8h, com a Santa Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, no Colégio Marista Nossa Senhora

de Nazaré, situado na avenida Nazaré, 902. Assista também a Santa Missa de lançamento da CF 2022 no Santuário de Aparecida (SP), no domingo, 6 de março, às 8h. O tema da campanha é “Fraternidade e Educação” é o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31, 26).

PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

n ORAÇÃO DA MANHÃ PELO PORTAL O mundo está passando por momentos difíceis com a pandemia que continua e agora com mais aflições pela guerra que afeta a Ucrânia. Você é convidado a rezar pela paz com a Arquidiocese de Belém a rezar pela paz no mundo. Entre em sintonia através do programa Oração da Manhã, conduzido pe-

lo cônego Sebastião Fialho, direto da Capela Nossa Senhora de Nazaré, que fica na Fundação Nazaré de Comunicação. O programa vai ao ar às segundas, quartas e sextas-feiras, às 9h. Sintonize o canal 30.1 e acompanhe pela TV Nazaré e também pelo Portal Nazaré e nossas redes sociais!

BOA DICA n CORAÇÃO SACERDOTAL Dom João Bosco Óliver de Faria, Livro (PAULUS, R$ 27,00 ) sentimento de tristeza pela perda de um sacerdote que deixou o ministério levou o autor, arcebispo emérito de Diamantina-MG, a refletir sobre o mistério da vocação sacerdotal, com seus desafios e suas maravilhas. Começou escrevendo um artigo. A reflexão foi lentamente se expandindo, exigindo novos questionamentos e, consequentemente, novos capítulos. Agregou, depois, alguns escritos anteriores, cartas pastorais escritas aos fiéis da arquidiocese de Diamantina, cujos temas confluíam para esta reflexão.

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n CATEQUESE CRIATIVA - Arte, comunicação e espiritualidade Neusa Fernandes, Livro (Paulinas, R$ 14,00)

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estinado aos catequistas que estão iniciando, a proposta é subsidiá-los na sua missão junto a crianças e jovens, a fim de iniciá-los no caminho do discipulado de Jesus. Oferece uma introdução sobre a função e a importância das dinâmicas na catequese, a espiritualidade do catequista e um breve comentário sobre Jesus e sua pedagogia especial no trato com os ouvintes. Traz também diversas sugestões de dinâmicas, em sua maior parte com temas bíblicos, devidamente fundamentados. Este subsídio deve ser usado como um instrumento inicial, ao qual devem ser somadas vocação, preparação e criatividade na elaboração dos encontros.


VATICANO

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 4 A 10 DE MARÇO DE 2022

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No Angelus Papa Francisco EXORTA À PAZ NUM momento de crise e tensão, de medo e desequilíbrios internacionais

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om informações Vatican News. “Falamos com mansidão ou poluímos o mundo espalhando venenos: criticando, lamentando-se, alimentando a agressão generalizada”? Num momento de crise e tensão, de medo e desequilíbrios internacionais, Francisco exorta à paz que, disse no Angelus, no domingo, 27, é construída a partir da linguagem. Detendo-se sobre o Evangelho de Lucas, no qual “Jesus nos convida a refletir sobre nosso olhar e nosso falar”, o Papa em sua catequese adverte sobre as consequências de um uso impróprio e superficial de uma linguagem que pode ferir como uma arma. “Com a língua também podemos alimentar preconceitos, levantar barreiras, atacar e até destruir nossos irmãos: as fofocas machucam e as calúnias podem ser mais afiadas que uma faca!” Um risco que está aumentando especialmente hoje em dia no

mundo digital: demasiadas palavras, disse o Papa, que “correm velozes” e “transmitem raiva e agressão, alimentam notícias falsas e se aproveitam dos medos coletivos para propagar ideias distorcidas”. O Pontífice citou Dag Hammarskjöld, o diplomata sueco que foi secretário geral da ONU de 1953 a 1961 e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que disse: “Abusar das palavras equivale a desprezar o ser humano”. É verdade, assim como é verdade que “como alguém fala, pode-se dizer o que tem no coração”. “As palavras que usamos dizem quem somos. Às vezes, porém, prestamos pouca atenção às nossas palavras e as usamos superficialmente. Mas as palavras têm peso: elas nos permitem expressar pensamentos e sentimentos, dar voz aos medos que temos e aos projetos que queremos fazer, de abençoar a Deus e aos outros.”

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Vamos nos perguntar que tipo de palavras usamos, disse o Papa aos fiéis: “Palavras que expressam atenção, respeito, compreensão, proximidade, compaixão, ou palavras que visam principalmente nos fazer parecer bem diante dos outros”? O CISCO E A TRAVE Da mesma forma, devemos também refletir sobre o nosso “olhar”. Isto é, se estivermos concentrados em “olhar o cisco no olho de nosso irmão sem perceber a trave em nosso próprio olho”. Significa “estar muito atento aos defeitos dos outros, mesmo aqueles pequenos como um cisco, negligenciando serenamente os nossos, dando-lhes pouco peso”. Sempre encontramos razões para culpar os outros e nos justificarmos. E tantas vezes reclamamos de coisas que estão erradas na sociedade, na Igreja, no mundo, sem primeiro nos questionarmos e sem nos comprometermos a

n PAPA Francisco no Angelus, no domingo, 27

mudar, antes de tudo, nós mesmos. “Toda mudança fecunda, positiva, deve começar por nós mesmos, caso contrário, não haverá mudança”, disse o Papa. Fazendo assim, enfatizou o Papa, “nosso olhar é cego”. E se somos cegos “não podemos pretender ser guias e mestres para os outros: um cego, de fato, não pode guiar outro cego”. A primeira coisa é, portanto, “olhar para dentro de nós mesmos para re-

conhecer nossas misérias”, porque “se não conseguirmos ver nossos próprios defeitos, estaremos sempre inclinados a ampliar os defeitos dos outros”. Se, por outro lado, reconhecemos nossos erros e nossas misérias, a porta da misericórdia se abre para nós”. Trata-se, em síntese de olhar para os outros como o Senhor nos olha, “que não vê antes de tudo o mal, mas o bem”. É assim que Deus olha para nós: Ele não

vê em nós erros irredimíveis, mas filhos que cometem erros. Muda-se a ótica. Ele não se concentra nos erros, mas nos filhos que cometem erros... Deus sempre distingue a pessoa de seus erros. Ele sempre acredita na pessoa e está sempre pronto para perdoar os erros. E nós sabemos que Deus sempre perdoa. Todos nós somos chamados a fazer o mesmo: “Não buscar nos outros o mal, mas o bem”.

Papa VISITOU embaixador em preocupação pela guerra na Ucrânia Com informações agência Ecclesia. O Papa Francisco visitou na sexta-feira, 25, a Embaixada da Rússia junto da Santa Sé, num encontro dedicado ao conflito na Ucrânia, informou o Vaticano. “Durante a visita, que durou cerca de meia hora, o Papa quis manifestar a sua preocupação pela guerra na Ucrânia”, informa o portal ‘Vatican News’. A nota refere que Francisco se “deslocou hoje à sede da Embaixada da Federação Russa junto da Santa Sé”, localizada na ‘Via della Conciliazione’, a grande avenida que liga Roma ao Estado da Cidade do Vaticano. A visita não constava da agenda do Papa, que chegou à Embaixada num veículo utilitário. “O Papa está a acompanhar de perto a evolução da situação no país, onde há inúmeras mortes e feridos”, indicou o Vaticano, a respeito da crise no território ucraniano. O portal especializado ‘Vatican Insider’ adianta Francisco e o embaixador russo, Alexander Avdeev, debateram a possibilidade de negociações entre todas as partes em con-

flito, mas assinala que uma mediação da Santa Sé, neste momento, é “improvável”. Já esta tarde, o Papa recorreu à rede social Twitter para sublinhar que a guerra é “o falhanço da política e da Humanidade”, publicando uma passagem da encíclica ‘Fratelli Tutti’, de 2020. “Cada guerra deixa o nosso mundo pior do que estava antes. A guerra é o falhanço da política e da Humanidade, uma vergonhosa capitulação, uma pungente derrota diante as forças do mal”, escreveu, num tweet em várioas línguas, incluindo o russo e o ucraniano. O secretário de Estado do Vaticano pediu na quinta-feira, 24, ao regresso da “negociação” para travar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, renovando os alertas do Papa contra a “loucura e horrores da guerra”. “Os cenários trágicos, que todos temiam, infelizmente estão a tornar-se realidade. Mas ainda há tempo para a boa vontade, ainda há espaço para negociação, ainda há lugar para o exercício de uma sa-

bedoria que impeça a prevalência de interesses particulares, proteja as aspirações legítimas de todos e salve o mundo da loucura e dos horrores da guerra”, referiu o cardeal Pietro Parolin, numa declaração oficial divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé. O responsável pela diplomacia do Vaticano reagia aos desenvolvimentos na crise na Ucrânia, citando as palavras do Papa na audiência geral desta quarta-feira. “Quero apelar a quantos têm responsabilidade políticas, para que façam um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra, é Pai de todos, não só de alguns, que nos quer irmãos e não inimigos. Peço a todas as partes envolvidas, para que se abstenham de qualquer ação que possa provocar ainda mais sofrimento à população, destabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional”, disse Francisco. O Papa convidou crentes e não-crentes a fazer no dia 2 de março, “um dia de jejum pela paz”.

n VISITA a Embaixada da Rússia junto da Santa Sé

A Rússia lançou na madrugada de quintafeira uma ofensiva militar em território da

Ucrânia, alegando a necessidade de “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional.

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evemos nos questionar que gênero de palavras usamos. Palavras que expressam atenção, respeito, compreensão, proximidade, compaixão ou que poluem o mundo espalhando veneno: criticando, lamentando-nos, alimentando a agressividade generalizada? #EvangelhodeHoje (27 de fevereiro)

N G

o percurso sinodal, só a humildade é capaz de nos colocar na justa condição para podermos encontrar e ouvir, para dialogar e discernir. #Synod (25 de fevereiro)

ostaria de apelar àqueles que têm responsabilidades políticas a fazer um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra, o Pai de todos, não somente de alguém, que nos quer irmãos e não inimigos. #Ucrânia (23 de fevereiro)


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EM NAZARÉ

ENCONTRO promove o turismo religioso EVENTO que reúne agências de viagem e profissionais do turismo acontece no dia 17 de março

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t u r i s m o re ligioso é um dos segmentos mais promissores no Brasil. Segundo o Ministério do Turismo movimenta cerca de 20 milhões de viagens por ano e ajuda n o c re s c i m e n t o d a economia do país. As localidades mais escolhidas por turistas brasileiros e estrangeiros estão sempre relacionadas com as experiências de fé e esperança. Pensando nisso, no dia 17 de março, a partir das 19h, O Seatur, Setor de Atend i m e n t o Tu r í s t i c o das Obras Sociais da Paróquia de Nazaré (OSPAN), promoverá, no auditório Dom Vicente Zico, Centro Social de Nazaré, o II Encontro de Agências

de Viagem e Profissionais do Turismo. O evento tem o objetivo de proporcionar qualificação para esses profissionais e apresentar o roteiro de peregrinação do Círio Todo Dia. Com isso, os organizadores pretendem promover o turismo religioso e divulgar mais ainda a Festa da Rainha da Amazônia. O encontro será dividido em três momentos, acolhida e apresentação do roteiro Passos da Fé, sob a responsabilidade do Seatur da Basílica Santuário; a fala do coordenador da DFN, Antônio Salame, dando mais detalhes sobre o Círio Todo dia e, por fim, todos terão um tempo para tirar dúvidas

FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

a respeito dos temas propostos. A supervisora do Setor de Atendimento ao Turista da Basílica de Nazaré, Jane Jaques, contou estar otimista com o retorno das atividades que ficaram suspensas por um período por causa da pandemia. Segundo ela, “o momento com profissionais do turismo é uma oportunidade para estreitar laços e divulgar as ações turísticas do santuário”. As inscrições para o II Encontro de Agências de Viagem e P rofissionais do Turismo são totalmente gratuitas. Os interessados devem confirmar presença via e-mail (seatur@ santuariodenazare. com.br). Participe!

FORMAÇÃO para os educadores dos projetos No dia 25 de fevereiro, os educadores das duas unidades de projetos sociais nazarenos (Pronaza), Sorena e São Rafael, tiveram um dia intenso de capacitação. Em parceria com técnicos do CRAS da Cremação, o NUPS, Núcleo de Projetos Sociais da Paróquia de Nazaré, promoveu a oficina “Grupo de Famílias”. O objetivo dessa formação continuada é preparar esses profissionais para que, além do lado espiritual, possam lidar da melhor forma possível com os familiares dos assistidos, ajudando-os na resolução de problemas e conflitos que possam influenciar no cotidiano das crianças, jovens e da família de modo geral. Conhecimento, produtividade, escla-

n PARTICIPANTES educadores presentes na formação

recimento, enriquecimento, trocas e aprendizado. Quando foram questionados sobre uma definição para esse dia, essas foram algumas das palavras utilizadas pelos educadores sociais, que se mostraram muito felizes e dispostos a continuar aprendendo. A psicóloga do NUPS, Everli Araújo, em uma de suas falas ressaltou a importância de eventos como esse, principal-

mente pelo fato de que os Grupos de Famílias vão além do atendimento aos beneficiados pelos projetos sociais. Segundo ela, “a família também quer se sentir acolhida, assistida e precisa saber que pode contar com os profissionais das unidades”. O que são Grupos de Famílias? Como o próprio nome já diz, são grupos de fortaleci-

mento de vínculos formados dentro das unidades de projetos sociais. Eles funcionam como uma espécie de reunião e, nesse caso, os contemplados são os familiares dos assistidos. Para que os ministrantes saibam quais temas devem abordar ou sobre o que devem orientar, é necessário que conheçam a comunidade envolvida.

Pastoral do DÍZIMO: compromisso de fé O dízimo é, antes de tudo, um compromisso de fé e de amor com a comunidade, onde se vive o espírito da partilha, fundamentados no mandamento do amor, centro do Evangelho. A prática da devolução do Dízimo revela, não apenas, o cuidado que os fiéis dizimistas têm com a Paróquia de Nazaré, mas também auxilia no trabalho religioso, missionário, caritativo e eclesial que compõem as dimensões da Pastoral do Dízimo. Vivenciar a Palavra de Cristo é doar-se inteiramente aos planos D’Ele, bem como o compromisso de fé representado pela devolução do dízimo que incentiva e apoia a co-

munidade paroquial. Em Nazaré, a rede de apoio formada pelos fiéis dizimistas, além do que já foi citado, contribui para com a manutenção de um dos maiores santuários da região Norte. Sendo referência quanto à devoção mariana na Amazônia, além da Basílica Santuário, a Paróquia de Nazaré é composta por oito comunidades que abrangem bairros da região metropolitana de Belém. Seja um Dizimista! Ligue: 4009-8448 ou entre em contato pelo WhatsApp: (91) 9 8519-4265. Você também pode fazer o seu cadastro pelo site: www. basilicadenazare.com. br/cadastro-dizimista


ARQUIDIOCESE

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Juventude AVALIA missão na Arquidiocese ALGUMAS PISTAS importantes pós-assembleia Regional Norte II, realizada em Anapu

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Pastoral da Juventude (PJ) na Arquidiocese de Belém, como expressão juvenil específica, está passando por um profundo processo de redimensionamento, de revisão de postura em vista da sua renovação e relançamento no ensejo da repercussão da recém concluída Assembleia Regional, promovida pelo Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no município de Anapu. Sábado, dia 27 de fevereiro, poucos dias após a Assembleia, Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo Referencial para a Juventude, reuniu-se com as lideranças e assessores da PJ para um alinhamento de

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n DOM ANTÔNIO presidindo Santa Missa na Paróquia São Pedro e São Paulo, no bairro do Guamá

compromisso em encontro no Centro Nossa Senhora do Carmo, na Cidade Ve-

n ENCONTRO no Centro Nossa Senhora do Carmo

n ENCONTRO com a juventude da Paróquia São Pedro e São Paulo

lha, em Belém. Visando fortalecer esse caminho de renovação e, sobretudo, a sinodalidade da PJ, Dom Antônio refletiu sobre alguns importantes compromissos.

COMPROMISSO Cuidar da sinodalidade, uma vez que no interior do Setor Juventude cada expressão juvenil tem suas riquezas foi o destaque inicial da reunião. Preparar a agenda da PJ em sintonia com a agenda da Arquidiocese, centralizadas no Setor Juventude foi uma decisão pela unidade na caminhada. Articular a fundação de novos grupos de base e priorizar a entrada nas Áreas Missionárias foi outra deliberação i importante, assim como cuidar da espiritualidade, com ênfase na Palavra de Deus e em retiros espirituais, assim como estudar a Doutrina Social da Igreja e difundi-la. A renovação das lideranças olhando para o futuro a fim de estimular os jovens pjoteiros ao engajamento nas paróquias nas pasto-

rais, serviços, etc, são o foco da atuação juvenil, explicou Dom Antônio. As diversas questões mencionadas também requererem o relançamento da PJ na Arquidiocese de Belém em data a definir. Organizar o processo de articulação da Área 1 (Belém e Ponta de Pedras) também é necessário e, por fim, dar atenção à dimensão lúdica dos jovens que gostam de lazer, esporte, música, dança e teatro.

NO GUAMÁ Ainda no sábado, 27 de fevereiro, Dom Antônio encontrou-se com a juventude da Paróquia São Pedro e São Paulo, no bairro do Guamá, onde a Santa Missa presidida pelo bispo, às 18h30, abriu a reunião realizada após a celebração eucarística, marcando o retorno do Encontrão da Juventude, que contou com muita animação e gincanas.

n DURANTE a Santa Missa na Paróquia São Pedro e São Paulo

Pastoral da Saúde nos 372 ANOS DA SANTA CASA A Pastoral da Saúde Arquidiocesana participou da programação pelos 372 anos do Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará, festejados dia 24 de fevereiro, com destaque para a Missa de Ação de Graças presidida pelo Bispo Auxiliar e Referencial da Pastoral da Saúde, Dom Antônio de Assis Ribeiro. Estiveram

presentes aproximadamente 100 pessoas, entre servidores e usuários da Fundação Santa Casa, diáconos, a coordenação da Pastoral da Saúde com alguns agentes. Representando a gestão da instituição a diretora de Planejamento, Orçamento e Gestão, Walda Valente dos Santos. A Santa Casa de Miseri-

n MISSA de ação de graças presidida por Dom Antônio

córdia do Pará, focada na área materno-infantil, é uma das instituições hospitalares mais importantes do Brasil, a mais antiga do Estado e a 6ª do Brasil em atividade. Uma das maiores maternidades brasileiras, mantém como missão a prestação de assistência em saúde para a população paraense e também se consolida como instituição voltada ao ensino e à pesquisa em saúde. Dom Antônio expressou alegria de participar da celebração. “A minha mensagem aos servidores é que todos cresçam na paixão pela vida, que possam servir com espírito ético, com delicadeza e compaixão, como fez o médico dos médicos, Jesus Cristo. Quando nós temos amor no coração, somos capazes de cuidar da vida com alegria e generosidade”. Parabenizou os presentes, especialmente, os servidores.

n PARTICIPANTES da celebração pelo aniversário da Santa Casa


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ARQUIDIOCESE

Retiros com CRISTO animam fiéis em Belém ANIMAÇÃO ficou por conta de pregações, louvores, orações e da Santa Missa nas regiões episcopais

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nimação, louvor, oração, pregações, Adoração ao Santíssimo Sacramento e a Missa presidida por bispos e padres fortaleceram a fé do povo de Deus vivida nos retiros com Cristo da Arquidiocese de Belém do Pará. Quem teve a oportunidade de comparecer pessoalmnte, passou por momentos de expressiva alegria na presença de Deus, seja nas mensagens pela Palavra, seja pela presença real do Senhor nas ocaisiões para a Adoração, assim como receber o Pão vivo pela Eucaristia durante a Santa Missa, celebrada tantas vezes nos espaços. Os retiros espirituais aconteceram em diversos locais da capital e da região metropolitana onde as forças vivas paroquiais organizaram os momentos de congraçamento e fé nas Regiões Episcopais da Arquidiocese de Belém.

Aqueles que não foram aos retiros tiveram apoio da Rede Nazaré de Comunicação e redes sociais da Fundação Nazaré de Comunicação para momentos especiais. Antonia e o esposo Carlos Rodrigues, de Ananindeua, viveram o retiro virtual. "Achamos melhor acompanhar tudo de casa pela TV Nazaré", conta Antonia. A mídia arquidiocesana transmitiu momentos dos retiros desde sábado, 26 de fevereiro, a terça-feira, 1 de março.

LUIZ ESTUMANO

n PREGAÇÕES possibilitaram mais intimidade com a Palavra de Deus nos retiros LUIZ ESTUMANO

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n AVIVAR a fé, seguir fimes e de pé na missão! Sentimento dos fiéis nos retiros pela primeira vez, após o pico da pandemia LUIZ ESTUMANO

LUIZ ESTUMANO

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n PROTOCOLO sanitário contra a disseminação da covid-19 foi respeitado nas atividades dos retiros arquidiocesanos LUIZ ESTUMANO

LUIZ ESTUMANO

LUIZ ESTUMANO

n ESPIRITUALIDADE foi vivenciada na Adoração ao Santíssimo Sacramento, na oração e no louvor em gratidão a Deus DIVULGAÇÃO

LUIZ ESTUMANO

LUIZ ESTUMANO

DIVULGAÇÃO

n FORÇAS VIVAS e as Novas Comunidades contribuíram para a realização dos retiros nas Regiões Episcopais DIVULGAÇÃO

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n EXPERIÊNCIAS pessoais e testemunhos foram propiciados para os participantes durante os retiros realizados pela Arquidiocese de Belém


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