ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CIX - Nº 1031 - PREÇO AVULSO: R$2,00
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
www.fundacaonazare.com.br
POSSE de Dom Possidônio
O quarto Bispo da história da Diocese de Bragança, Dom Possidônio, foi empossado pela Igreja Católica na tarde do sábado, 30 de abril. A celebração presidida pelo Coajutor, teve marcante momento na homilia de Dom Alberto Taveira Corrêa, que saudou o novo bispo. PÁGINA 7 MARCOS BARROS / SPIRITUS PHOTOS
n O NOVO Bispo Coadjutor da Diocese de Bragança, Dom Possidônio, durante a cerimônia de posse acompanhado por Dom Alberto e demais bispos que estiveram presentes
MÊS MARIANO com a imagem Peregrina
Missão há 26 ANOS: Rádio Nazaré FM
O dia 4 de maio é data de lembranças e saudades para a Rádio Nazaré FM. Nessa data, a emissora celebrou 26 anos do compromisso de ecoar a mensagem de Deus Neste mês dedicado inteiramente à Mãe de Nazaré pelas ondas do rádio. Porém, a mesma data remete à memória do Bispo Emérito de durante as Missas a imagem Peregrina de Nossa SeBelém, Dom Vicente Zico, falecido há sete anos. Missa em Ação de Graças na Catenhora de Nazaré estará presente abençoando todos os dral e programa especial na emissora homenagearam o fundador. PÁGINA 8 filhos e filhas de Maria que forem ao seu encontro na Basílica Santuário de Nazaré. PÁGINA 10 LUIZ ESTUMANO
Fase de finalização do SÍNODO de Belém Arquidiocese apresenta o instrumento de trabalho resultante do processo de escuta comunitária que culminará na assembleia geral do Sínodo Arquidiocesano em agosto. O Arcebispo Dom Alberto e padre Helio Fronczack analisam o caminho percorrido. PÁGS. 2 E 3
n FORTALEZA, saudade e compromisso com o Evangelho é o que move a equipe da Rádio Nazaré FM
Novos GUARDAS
Mensagem da CNBB
Basílica de Nazaré realizou formatura dos novos 261 Guardas de Nossa Senhora de Nazaré. PÁGINA 10
Assembleia Geral dos bispos discutiu realidade da Igreja e reflexo da pandemia. A esperança realça mensagem ao povo do Brasil. PÁGINA 12
2
OPINIÃO
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
D
om Alberto, apresentando o “instrumento de trabalho” lançado em 29/abril, indicou com clareza e profundidade os pontos que, necessariamente, precisarão ser levados em consideração nesta última etapa da caminhada rumo à assembleia geral sinodal, marcada para 5-67/agosto deste ano. Eilos aqui em síntese: “Nossa Igreja de Belém assumiu o caminho de unidade, para juntos respondermos com ardor missionário aos apelos de Deus e aos desafios do tempo presente. Desejamos ser “Igreja de portas abertas”, para que nossas cidades se encham de alegria (cf. At 8,8). …Nossa opção o por “caminhar juntos”, em sinodalidade, palavra que já entrou em nossa linguagem de Igreja, teve vários passos. Um deles foi a nona Assembleia Arquidiocesana de Pastoral e o Plano de Pastoral dela nascido. Faz-se necessário solicitar às nossas Regiões Episcopais e às nossas Paróquias a re-
T
odos os anos, próximo ao Dias das Mães, ouvimos e reconhecemos histórias de mulheres fortes, batalhadoras, que lutam para dar conta de tudo e de todos, física, espiritual, financeira e emocionalmente. Mas vale o alerta de que essas mães fortes não aguentam mais tanta carga e pressão... Quando uma mãe recebe seu bebê nos braços, ganha também uma porção de expectativas relacionadas a esse novo papel e à mãe que pretende ser, mas, à medida que o filho cresce, muda também a expectativa de maternidade, especialmente diante da sobrecarga pelo acúmulo de funções, o que chamamos de Burnout
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Igreja de portas abertas – para que as cidades se encham de alegria tomada de seus eixos de ação definidos, em cuja luz será entendida a proposta do Instrumento de Trabalho agora oferecido, inclusive com a pergunta sincera a respeito daquilo que foi realizado ou não”. … “A tarefa de evangelizar todos os homens cons tui a missão essencial da Igreja; tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. ... “Uma das muitas chagas do tempo em que vivemos é a desunião, fruto do individualismo exacerbado no qual tantas pessoas mergulharam. Moti vos ideológicos, culturais, políticos e religiosos oferecem o terrível espetáculo dos conflitos constantes, a corrupção, a violência e a convulsão
social. Até os maravilhosos recursos tecnológicos à nossa disposição acabam contribuindo, pelo seu uso inadequado, para o acirramento dos conflitos e a divisão. Nosso tempo clama pela cura, cuja fonte só se encontra no Evangelho”. ... “Queremos dar passos na estrada da unidade, “para que o mundo creia” ... Queremos renovar o apelo a “pensar Igreja de Belém”, apaixonar-nos todos, todos os fiéis, nas mais diversas vocações e missões, pelo Reino de Deus e sua Igreja, sair de nossas discussões ou confrontos e ir ao encontro dos irmãos. Cada pessoa edifica a Igreja exercitando seus dons e colocando-os à disposição do Corpo que é a Igreja, pronto a perder suas preferências pesso-
ais, disposto a construir a vida da Igreja (cf. Lc 14,25-35)”. … “Diante de nós e no meio de nós existe o escândalo das divisôes a serem superadas, através de uma vida autên ca de comunhão.Ouçamos São Paulo: “As rivalidades e contendas que existem no meio de vós acaso não mostram que sois carnais e que procedeis de modo humano apenas? Quando um declara: ‘Eu sou de Paulo’ e outro: ‘Eu sou de Apolo’, não estais apenas no nível humano? Pois, quem é Apolo? Quem é Paulo? Não passam de servos pelos quais chegastes à fé. A cada um o Senhor deu sua tarefa: eu plantei, Apolo regou, mas era Deus que fazia crescer. De modo que nem o que planta nem o que rega
são, propriamente, importantes. Importante é aquele que faz crescer: Deus. Aquele que planta e aquele que rega são a mesma coisa, mas cada qual receberá o salário correspondente ao seu trabalho. Pois nós somos cooperadores de Deus, e vós, lavoura de Deus, construção de Deus” (1 Cor 3,3-9)”. ... “Unidade não significa uniformidade. A beleza da Igreja se manifesta no dom recíproco das capacidades pessoais e comunitárias. O Sínodo é uma oportunidade para dizer com reconhecimento o quanto é importante a mul plicidade de dons e carismas existentes em nossa Igreja. Ninguém se sinta excluído. O sonho é muito grande, mas é plantado por Deus. Venha em nosso
BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
Saúde mental das mães materno (o ambiente exige muito mais do que elas podem dar conta). Ser mãe é uma missão para a vida toda e ninguém nasce sabendo como ser... vai sendo e aprendendo e a imensa maioria não tem coragem de externar suas dificuldades, medos e cansaços, se sentindo extremamente julgadas e com medo de falhar nesse tão sublime papel (e haja sentimento de culpa!). Devido a isso, muitas mães podem negar
ou temer um pedido de ajuda, o que pode desencadear diversas doenças como depressão, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e outras. Disse o educador Içami Tiba: “Ser mãe é algo que demanda, acima de tudo, tempo”. Mães, têm tido tempo para os filhos?Para estar junto, caminhar sem pressa, brincar, contar e ouvir histórias, dialogar?A verdade é que as Mães se pre-
ocupam não apenas com o que os filhos vão comer, mas como estão se sentindo. São elasque se sentam ao pé da cama para saber se está tudo bem; que se angustiam pelo sofrimento dos filhos e que, muitas vezes, choram junto; e choram até mais, sozinhas. Ou seja, fica com a mulher uma das cargas mais pesadas ao criar e educar filhos: a demanda emocional. A maternidade exige dedicação, verdade! E é
importante ter consciência que filhos mudam a vida e que é preciso adaptar-se a eles. Po d e m o s p e n s a r, repensar e amadurecer para mudanças importantes na ajuda às Mães, como: Sociedade (julgue menos, apoie mais ereconheçanão somente “no Dia”); Famílias (colaborem, cooperem, dividam tarefas, deemse as mãos, os braços, as mentes, os corações); Mães (peçam ajuda, larguem a capa
socorro a unção do Espírito. Para realizá-lo, todas as contribuiçãoes vindas das pessoas e ins tuições que se envolveram são importantes no caminho feito até agora. Cada frase ou palavra do Instrumento de Trabalho encontre seu lugar nas várias Assembleias que se seguirão, até chegarmos à Assembleia Final do Sínodo Arquidiocesano”. “O leque que se abre é muito grande, levando em conta a importante colaboração de tantas pessoas e grupos. Com toda certeza, deveremos aprender juntos a escolher o que é mais importante, com a simplicidade necessária para nos comprometermos com que é possível, segundo nossas forças. Para tanto, mais uma vez será o Espírito Santo a nos conduzir! Estejamos abertos à sua acção! Rezemos”! Belém, 30 de abril de 2022. (Extraído do texto de apresentação de Dom Alberto Taveira Corrêa, seguindo-se à data, a assinatura do Arcebispo de Belém). da super-heroína e sejam somente mães humanas, reais; invistam em si mesmas, pois Mães felizes potencializam a felicidade nos filhos; busquem ser pessoas inteiras, que não se restringem ao papel da maternidade, mostrando aos filhos que eles precisam ser inteiros também); Filhos (amem, amem, amem... aproveitem a dádiva de serem cuidados e amados de um tanto que não tem palavra que defina). Por fim, diante de tudo isso, vale a pena ser Mãe? Oh se vale... é mesmo padecer no paraíso... onde todo o cansaço, os medos e angústias somem a um sorriso, a uma vitória, a um Eu te amo! Felizes dias, Mães e Filhos!
Nacional de PRESBÍTEROS em Aparecida Refletir à luz do tema “Presbíteros: comunhão e missão” e o lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23, 8) é a motivação para o 18º Encontro Nacional de Presbíteros, a ser realizado pela Comissão Nacional de Presbíteros (CNP) de 9 a 14 de maio em Aparecida (SP). A CNP é organismo ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o encontro reunirá mais de 500 presbíteros das cinco
regiões do Brasil. “Será uma oportunidade para o fortalecimento da comunhão presbiteral num país que vem enfrentando grandes desafios”, explica padre José Maria Ribeiro, presidente da Comissão Regional de Presbíteros (CRP-N2). O Regional Norte 2 (Pará e Amapá) estará representado pelos seguintes presbíteros: Côn. Wladian Alves e Pe. Gabriel (Arquidiocese de Belém); Pe. Auricélio e
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
Pe. Raphael (Arquidiocese de Santarém); Pe. Fernando Dutra e Pe. Elias (Diocese de Bragança); Pe. Severino (Diocese de Cametá); Pe. Márcio Belém e Pe. Sebastião (Diocese de Abaetetuba); Pe. Rosielson e Pe. Antônio (Diocese de Macapá). Padre José Maria Ribeiro, Presidente da CRP-N2, não estará presente no evento por motivo de prescrição médica, em atenção a sua saúde. Os presbíte-
ros que irão participar do evento, ao retornar às suas Dioceses repassarão aos
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior - Presidente
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva
DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho
DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
seus presbitérios a síntese do que ocorrer nos dias vivenciados em Aparecida.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
3
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
V
ivemos um tempo especial de envolvimento pastoral na Arquidiocese de Belém, dentro de uma verdadeira moldura traçada pelo Espírito Santo. De um lado, o Sínodo Especial para a Amazônia, com seu Documento Final e a Exortação Apostólica “Querida Amazônia”, eventos que foram como que provocados por um Encontro dos Bispos da Amazônia Legal, acontecido aqui mesmo em Belém. Envolvendonos plenamente está o rico magistério do Papa Francisco, que nos impulsiona a sair de nós mesmos e desenvolver o espírito missionário de uma Igreja “em saída”, para frente e para o alto, a escuta preparatória do Sínodo dos Bispos de 2023, meta aberta pelo Papa e pela Igreja para todos nós.
Estamos na Escola d o Bom Pastor, para que nossas atividades “pastorais” possam refletir suas palavras, seus sentimentos e seu coração. Nosso único Mestre seja Jesus Cristo! Aqui, no chão de nossa terra, acontecem as etapas decisivas do Primeiro Sínodo Arquidiocesano de Belém, além das iniciativas missionárias de nossa Igreja, que não perde tempo, mas é chamada a lançar-se
CONVERSA COM MEU POVO
Na escola do BOM PASTOR a novos horizontes, a fim de que ninguém fique fora do alcance do Evangelho. Nos meses de maio e junho, a cada semana haverá um Encontro Sinodal, com os diversos setores de atividade pastoral da Arquidiocese, num processo de envolvimento de todas as forças vivas de nossa Igreja Na festa do Bom Pastor, somos chamados a seguir o Senhor, o Pastor de todos os pastores, assim como deveremos espelhar, em nossas atitudes, a mente, o coração e os gestos do Senhor. Estamos diante da figura do Bom Pastor, cujas belas palavras incomodaram muitas pessoas, que se sentiram atingidas e feridas, pois os mercenários com os quais foram comparados, não cuidaram do povo que o próprio Deus lhes havia confiado. Estamos na Escola do Bom Pastor, para que nossas atividades “pastorais” possam refletir suas palavras, seus sentimentos e seu coração. Nosso único Mestre seja Jesus Cristo! Ressoe a palavra profética: “Como o pastor toma conta do rebanho quando ele próprio se encontra no meio das ovelhas dispersadas, assim irei visitar as minhas ovelhas e as resgatarei de todos os lugares em que foram dispersadas em dia de nuvens e de escuridão. Eu as retirarei do meio dos povos e as recolherei do meio dos países para conduzi-las à sua terra. Apascentarei as ovelhas sobre os montes de Israel, no vale dos córregos e em todas as regiões habitáveis do país. Eu as apascentarei em viçosas pastagens, e no alto monte de Israel estará o seu curral. Ali repousarão num belo redil e pastarão em suculentas pastagens sobre os montes de Israel. Eu mesmo apascentarei minhas
ovelhas e as farei repousar. Procurarei a ovelha perdida, reconduzirei a desgarrada, enfaixarei a quebrada, fortalecerei a doente e vigiarei a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito” (Ez 34,1-16). Sabemos que ele está no meio de nós, e quando nos queremos bem e nos amamos com sinceridade, esta presença nos dá inspiração para as decisões e os procedimentos em vista do bem de nosso Povo e o crescimento da Igreja e do Reino de Deus. Deixemo-nos provocar positivamente, para rever nossa docilidade ao Bom Pastor e nossas atitudes diante das muitas pessoas que, de alguma forma, nos são confiadas (Cf. Jo 10,1-18). Sim, aqui somos rebanho e pastor, ao mesmo tempo! Quem entra pela porta é o pastor, quem não entra pela porta no redil onde estão as ovelhas, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e assaltante. Nossa atitude pastoral, com “cheiro de ovelhas”, é primeiro um respeito profundo pelas pessoas. Entrar pela porta é levar em conta sua história, seus anseios, esperanças e problemas, superando julgamentos e preconceitos. E Jesus Cristo é a porta das ovelhas. Quem entrar por ele será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem! Encontrandonos com ele, passaremos pela porta e chegaremos ao coração das pessoas. Se tudo começa em Cristo, dará certo! Ninguém se iluda, pensando que poderá resolver todos os problemas apenas com as forças humanas. Atitude a ser tomada, em consequência, é uma vida intensa de comunhão com Cristo, para chegar ao coração das pessoas. Aquele que é o Bom Pastor, Jesus Cristo, chama as ovelhas pelo nome, e elas o escutam e o seguem. O Senhor quer que nós alcancemos a todos, sem exceção, e que conheçamos os nomes e as situações em que as pessoas se encontram. O trabalho pastoral há de ser personalizado, e para isso haveremos de formar bem as pessoas que vão ao encontro das situações mais difíceis. Trata-se de um povo que assume atitudes pastorais, com o desejado número e qualidade de agentes. Atitude pastoral consequente será a ampliação de serviços e ministérios, para alcançar o maior número possível. “Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho! Livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Com os sem-lei, me fiz um sem lei – eu que não era sem a lei de Deus, já que estava na lei de Cristo –, para ganhar os sem-lei. Com os fracos me fiz fraco, para ganhar os fracos. Para todos eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do evangelho eu faço tudo, para dele me tornar participante” (Cf. 1 Cor 9, 17-23). O Bom Pastor caminha à frente das ovelhas! O aprendizado na Escola de
DIVULGAÇÃO
n O BOM PASTOR, Jesus Cristo, chama as ovelhas pelo nome Jesus Bom Pastor pede que nós demos testemunho de coerência e vivência do Evangelho, não admitindo em nós mesmos qualquer relaxamento e infidelidade! E se acontecer de um de nós cair ao chão, pelas suas fraquezas, venha imediatamente uma atitude pastoral de cuidado com quem agora, feito ovelha perdida, precisa de quem a ponha sobre os ombros para reintegrá-la no exercício dos serviços pastorais. O Bom Pastor, em sua Escola, chama e forma discípulos missionários, não apenas alunos. A eles, ele dá a vida em abundância, e quer que estes se desdobrem na oferta da vida a todos os outros, que porventura ainda não se encontrem no Rebanho do Senhor. Não somos pastores ou ovelhas “profissionais” e assalariados, mas homens e mulheres que descobriram a
fonte da vida em Jesus Cristo, não podendo acomodarnos ou ficar calados. Abremse horizontes infindos para nossa presença! Ninguém passe em vão ao nosso lado na Igreja de Belém! Enfim, compartilhamos com o Senhor o projeto de um só Rebanho e um só Pastor. Não nos acomodemos com as divisões internas na Igreja e nem com um mundo de indiferentes ou inimigos! O Sangue derramado que nos salvou tem valor de eternidade, e não nos permite ficar acomodados.
4
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
CHIARA LUBICH PALAVRA DE VIDA “Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros.” (Jo 13,34)
Estamos no momento da Última Ceia. Jesus, à mesa com seus discípulos, acaba de lavar-lhes os pés. Poucas horas depois Ele seria preso, condenado à morte, crucificado. Quando o tempo é curto e a meta se aproxima, dizem-se as coisas mais importantes: deixa-se o “testamento”. Ao narrar esse episódio, o Evangelho de João não traz o relato da instituição da Eucaristia. Em seu lugar relata o lava-pés. E é nesse enfoque que o Mandamento Novo deve ser compreendido. Jesus primeiro faz e depois ensina, e por essa razão sua palavra tem autoridade. O mandamento de amar o próximo já
constava no Antigo Testamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18). Mas Jesus destaca nele um aspecto novo, a reciprocidade: é o amor mútuo que cria e identifica a comunidade dos discípulos. O amor mútuo tem sua raiz na própria vida divina, na dinâmica trinitária, que o homem é capaz de compartilhar graças ao Filho. Chiara Lubich exemplifica isso, oferecendo uma imagem que pode nos iluminar: Jesus, quando veio à terra, não veio do nada, como cada um de nós, mas veio do Céu. E assim como um migrante, quando vai para um país longínquo, se adapta ao novo ambiente, mas também leva os próprios usos e costumes e frequentemente continua a falar a sua língua, Je-
sus também adaptouse aqui na terra à vida de todo homem, mas trouxe – por ser Deus – o modo de viver do Céu, da Trindade, que é amor, amor mútuo. “Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros.”
Aqui entramos no coração da mensagem de Jesus, que nos reconduz à vitalidade das primeiras comunidades cristãs e que ainda hoje pode ser o sinal que distingue todos os nossos grupos, as nossas associações. Em um ambiente onde a reciprocidade é uma realidade viva, experimentamos o significado de nossa existência, encontramos a força para seguir adiante nos momentos de dor e de sofrimento, recebemos sustento nas inevitá-
veis dificuldades, saboreamos a alegria. São muitos os desafios que enfrentamos todos os dias: a pandemia, a polarização, a pobreza, os conflitos: imaginemos, por um momento, o que aconteceria se conseguíssemos colocar em prática essa Palavra de Vida no nosso dia a dia: diante de nós encontraríamos novas perspectivas, aos nossos olhos se abriria o genuíno projeto da humanidade, motivo de esperança. Mas, afinal, quem nos impede de despertar essa Vida em nós mesmos e de reavivar ao nosso redor relações de fraternidade que possam se estender para cobrir o mundo inteiro? “Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros.”
Marta é uma jovem voluntária que dá assistência a detentos na preparação para os exames universitários. Ela conta: A primeira vez que entrei na prisão, encontrei pessoas com medos e fragilidades. Tentei estabelecer um relacionamento primeiramente profissional, depois de amizade, baseado no respeito e na escuta. Logo percebi que não era só eu que estava ajudando os presos, mas que também eles me davam todo o apoio. Um dia, enquanto eu ajudava um estudante para um exame, faleceu uma pessoa da minha família e, ao mesmo tempo, o jovem teve sua condenação confirmada pelo tribunal de segunda instância. Estávamos ambos em péssimas condições. Durante as aulas eu percebi que ele remoía
um grande sofrimento dentro de si. Mas conseguiu confiá-lo a mim. Carregar juntos o peso dessa dor nos ajudou a seguir em frente. Quando o exame terminou, ele veio me agradecer, dizendo que sem mim não teria chegado ao fim. Enquanto, por um lado, na minha família uma vida cessava, por outro lado eu sentia que estava salvando outra vida. Percebi que a reciprocidade torna possível criar relações verdadeiras, de amizade e de respeito.2 LETIZIA MAGRI
LUBICH, Chia ra. Maria, transparência de Deus, São Paulo: Cidade Nova, 2003, p. 87. Cf. http://www.unitedworldproject.org/ workshop/unesperienzaal-di-la-delle-sbarre-relazioni-di-cura-reciproca/
1 2
Parceria pela realização da Festa de Nosssa Senhora de NAZARÉ O vindouro mês de outubro de 2022 vislumbra-se como ocasião de grande fortalecimento da fé para o povo de Deus em Belém do Pará, devoto de Nossa Senhora de Nazaré. Tendo em vista a realização presencial da maior festa mariana do povo paraense, neste ano, o Círio de Nazaré, a Rede Nazaré de
Comunicação recebeu representantes da Diretoria da Festa no dia 4, pela manhã. A reunião entre a Diretoria da Festa e da Rede Nazaré de Comunicação aconteceu com vistas a tratar de pauta estratégica para as transmissões do Círio deste ano, uma vez que a Rede Nazaré de Comunicação é a Emis-
sora Oficial do evento mariano em Belém. Estiveram presentes à reunião o Pe. Francisco de Assis (Presidente da Diretoria da Festa de Nazaré), Pe. Francisco Cavalcante (Pároco da Basílica de Nazaré), Antônio Salame (Diretor Coordenador do Círio 2022) e Roberto Corrêa (Diretor Secretário do Círio).
LUIZ ESTUMANO
n DIRETORES do Círio e da Rede Nazaré reunidos
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Jo 10,27-30
Disse Jesus: 27 “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. 29 Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”. B) COMENTÁRIO
Jesus se dirige ao público declarando: “As minhas ovelhas escutam a minha voz” (v 27). É necessário pertencer ao rebanho de Cristo, pertencerà Igreja, para entender, para escutar a instrução emanada de sua voz;da voz domestre. Pelas palavras e comportamento das pessoas, podemos saber a quem elas pertencem. “Escutar” é a atitude de empenho e atenção, para absorver e viver as palavras que
nos chegam. “Escutar” a palavra de Deus é o que requer o Senhor em primeiro plano na orientação de seu povoeleito, dizendo: “Escuta Israel o Senhor teu Deus” – ‘Shemá Israel’ (Dt 6,4). O povo é de Deus, na medida em que lhe obedece pela escuta de Sua palavra.Assim sendo, se distingue dos outros povos. As palavras são de Jesus, e as ovelhas são posse dele, quando as identifica:minhas ovelhas, minhas palavras. “As minhas ovelhas escutam a minha voz”! Num contexto mais amplo (Jo 10,22-30), a relação dos judeus com Jesus é tensa: ora eles o querem lapidar (v 31), ora o querem prender (v 39). Jesus demonstra que não se trata de clareza de seu anúncio (v 24) e sim, questão de fé de seus interlocutores. É preciso ser de seu rebanho para entender, equerer sua voz (v 25-27).
A recuperação do cego é sinal evidente da messianidade de Jesus (v 25; Mt 11,2-6); e alguns judeus parecem ter entendido: “Porventura pode um demônio abrir olhos de cegos?” (Jo 10,21). O cego de nascença compreendeu (Jo 9,35-38), mas os judeus não. A cegueira deles é voluntária e fatal, pois eles não aportam nenhum esforço para reconhecer Jesus como Messias; não são de seu rebanho. Quem é Jesus? Ele não é apenas um “enviado”, o Messias; é também Aquele que constitui com o Pai a unidade; “uma coisa só” na intimidade com o Pai. Jesus nos revela sua natureza concluindo: “Eu e o Pai somos um” (v 30). É a expressão da unidade do Filho com o Pai e vice-versa.É certeza de segurança aos pertencentes a Cristo; pois nenhuma de suas ovelhas se perderá (v 28), já que ele, garante dizendo: “ninguém vai
arrancá-las de minha mão”; “e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai” (v 28s). A mão do Pai e a do Filho, são mãos firmes;mãos que salvam. ‘“Senhor, salvame!” Jesus estendeu a mão prontamente e o segurou...’ (Mt 14,30s); “Jesus, porém, tomando-o pela mão, ergueuo, e ele se levantou” (Mc 9,27; Mt 8,15.23; Mc 5,41s). Ele nos toma pela mão, ele não nos deixa só. Quem está com o Filho está com o Pai, e quem é defendido pelo Filho é amparado pelo Pai. Quem somos nós, na relação do Pai com o Filho e do Filho com o Pai? Ora, um presente é expressão de amor ou gratidão entre as pessoas. Pelo texto, somos o presente do Pai para o Filho, pois este diz: “Meu Pai, que me deu estas ovelhas” (v 29). Portanto, cabe-nos, todo o esforço, em sermos a verdadeira imagem do amor de Deus neste mundo.
n 06/05 – SEXTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 9,1-20 Salmo - Sl 116, 1. 2 Evangelho - Jo 6,52-59 n 07/05– SÁBADO Cor: Branco 1ª Leitura - At 9,31-42 Salmo - Sl 115, 12-17 Evangelho - Jo 6,60-69 n 08/05 – DOMINGO Cor: Branco 1ª Leitura - At 13,14.43-52 Salmo - Sl 99,2.3.5 2ª Leitura - Ap 7,9.14b-17 Evangelho - Jo 10,27-30 n 09/05 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Branco
1ª Leitura - At 11,1-18 Salmo - Sl 41, 2-3; 42, 3.4 Evangelho - Jo 10,1-10 n 10/05 – TERÇA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 11,19-26 Salmo - Sl 86, 1-7 Evangelho - Jo 10,22-30 n 11/05 – QUARTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 12,24 - 13,5a Salmo - Sl 66, 2-3. 5. 6.8 Evangelho - Jo 12,44-50 n 12/05 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 13,13-25 Salmo - Sl 88, 2-3. 21-22. 25.27 Evangelho - Jo 13,16-20
5 BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ INTRODUÇÃO
A
identidade da educação católica traz consigo um modo próprio de se expressar; uma das suas mais profundas características é a dimensão ética. Na verdade, há uma natural relação entre educação e ética porque o desenvolvimento humano pressupõe respeito à verdade sobre a pessoa e a tudo aquilo que é justo e autêntico nos processos educativos. A conexão ética também é necessária para garantir a boa qualidade das relações entre educador e educando, assegurar os conteúdos essenciais da formação e a justa metodologia. A dimensão ética da educação católica é essencial pois contribui para a preservação do seu rosto, dinamismo, finalidade, dimensões, amplos e profundos horizontes. Uma vez que vivemos numa sociedade, muitas vezes, profundamente abalada por crises e escândalos de corrupção, somos convidados a aprofundar a nossa consciência de sermos educadores que tem um perfil específico, bases profundas, virtudes nobres, identidade própria. Enfim, o elemento ético específico da educação católica, não é outro que o Amor. O amor educa incondicionalmente. Isso se expressa na relação inseparável entre ternura e firmeza, misericórdia e justiça, palavras e atitudes, métodos e finalidade, realidade presente e esperança. Por isso a Igreja sempre menção à figura do educador como Bom Pastor. Muito significativa é a frase de Dom Bosco: “Educação é coisa do coração”. Somente quem ama, está preparado para educar.
1
O sentido da ética na educação O papel da ética na educação é aquele, preservá-la de tudo aquilo que contraria o legítimo desenvolvimento humano integral que está alicerçado no respeito incondicional pela dignidade humana. A ética tem a função de manter a íntima relação entre educação, verdade e justiça em relação aos recursos humanos que precisam ser desenvolvidos. Sem o espírito ético na gestão da edu-
A dimensão ÉTICA da educação católica (parte 18) cação, o educador corre o perigo de se tornar um tirano na relação com os seus educandos e as instituições estariam à deriva dos caprichos dos seus gestores. O caráter crítico da ética preserva a educação de ser atividade estratégica a serviço da manipulação do conhecimento. A ética orienta a exposição dos conteúdos da educação afim de lhe garantir a devida fidelidade em vista do pleno desenvolvimento humano e estimula o justo respeito para com as etapas e exigências metodológicas dos processos educativos. Por exemplo, as exigências típicas da educação infantil são diferentes daquelas do ensino médio e do ensino superior. A ética rege a educação alertando seus gestores para o respeito às condições básicas que garantem o sadio, íntegro e pleno processo de desenvolvimento do educando. O educador que zela pela dimensão ética do seu serviço deixa-se orientar, antes de tudo, pelas legítimas aspirações humanas que constituem as bases da natureza da educação. São legítimas aspirações humanas a felicidade, o amor, o respeito, a liberdade, a justiça, a paz, o bem-estar etc.
2
Ética na gestão educacional Uma das realidades mais chocantes em nossa sociedade brasileira na atualidade é o drama da corrupção na área da educação. Esse mal, lamentavelmente, está em todos os níveis da gestão educacional; trata-se do desvio de recursos financeiros, da negligência da execução de políticas educacionais, do sucateamento do patrimônio escolar, violência na relação professor x aluno e vice-versa), aliciamento ideológico, abuso de autoridade, assédio moral e sexual, desvio de funções, negligência de conteúdos etc. A ética na gestão educacional envolve a todos os sujeitos na diversidade de níveis de saberes, funções e atividades no zelo para com a promoção da educação. Em nível institucional a esco-
DIVULGAÇÃO
la está ao centro com outras instituições educacionais. Todo educador vinculado a uma instituição educacional, seja escola, fundação, instituto, universidade, é chamado a reavivar continuamente a consciência das suas responsabilidades morais e éticas para ser justo, honesto e transparente na gestão da educação, naquilo que lhe compete. As exigências morais são muitas, como por exemplo: a obediência aos parâmetros institucionais que podem ser o projeto político pedagógico, o plano de desenvolvimento institucional com seus compromissos específicos; a fidelidade aos princípios e valores institucionais; o senso de respeito, comunhão e sinergia com as autoridades internas e colegas ( isso significa não isolar-se, não viver murmurando, ser capaz de somar caminhar com, falar a mesma linguagem...); a consciência e atitudes que evidenciem o senso de corresponsabilidade; o cultivo de uma mentalidade interdisciplinar, aberta e diologante; a fidelidade para com o cronograma de exposição dos conteúdos programáticos; o sentido de pertença institucional que leva o educador a evitar tudo aquilo que possa prejudicar a instituição; a sensibilidade preventiva, a contribuição com atitudes de Responsabilidade Social da instituição etc. Por isso, a gestão de uma instituição educacional católica é sempre uma tarefa exigente. A fidelidade ao perfil da edu-
cação católica tem um alto preço que lhe pede a atitude de contínua renovação do seu ânimo e dos bons ideais.
3
Ética na relação educador e educando Na relação educador educando está uma das mais exigentes e delicadas cargas de atitudes éticas para os educadores de modo geral, em suas mais variadas responsabilidades, seja na gestão, na secretaria, na disciplina, na sala de aula ou em outra função. Vejamos algumas dessas exigências éticas. 3.1. Respeito incondicional pelo ser humano: o estudante é, antes de tudo, uma pessoa merecedora de todo respeito; só educa quem é capaz de acolher, escutar, respeitar, servir o ser humano; esse princípio é de fundamental importância para o educador, seja professor, técnico ou gestor; educar é um serviço delicado que requer empatia, simpatia, confiança, paciência, consciência da necessidade de processo, acompanhamento. Essas atitudes são concretas e exigentes porque o educando não é um recipiente passivo que só recebe, mas é um sujeito inteligente, livre e responsável, capaz de interagir com o seu educador, mas em processo de amadurecimento e que precisa ser motivado. 3.2. A maturidade socioafetiva: a qualidade da relação entre um educador e um educando, depende muitas vezes da maturidade
afetiva e do equilíbrio emocional e sexual do educador. Um educador desequilibrado nas dimensões socioafetiva e sexual, tende a incorrer em grave perigo de instaurar uma relação de violência com os seus educandos. Infelizmente, não são poucos os educadores condenados por aliciamento afetivo, abuso sexual, gratificações injustas, vingança, autoritarismo, injustiça nas avaliações, injúria, difamação, agressividade etc. 3.3. Discernimento e prudência: o bom educador é chamado a cultivar uma atitude de contínuo discernimento e prudência no relacionamento com seus educandos. As virtudes do discernimento e da prudência fortalecem o educador para que seja capaz de evitar a tomada de atitudes extremistas e agressivas no calor da pressão das circunstâncias de risco e posturas ambíguas. Essas duas virtudes orientam suas palavras, gestos, atitudes, decisões. 3.4. Ternura e firmeza: o educador é chamado, em todas as ocasiões, a conservar o equilíbrio entre razão e coração. A conjugação entre ternura e firmeza, se refere à íntima relação entre amor e verdade que sempre devem caminhar juntos (cfr. Sl 85,11); a verdade preservada, liberta e promove o sujeito. Quando um educador movido pela ternura e bondade, negligencia a verdade e oculta exigências necessárias para o educando, está sendo omisso no
exercício da sua profissão. Por outro lado, a firmeza não deve ser confundida com grosseria. 3.5. Confidencialidade: o educador que zela pela relação com seus educandos atrai a confiança deles e passa a ser depositário dos mais profundos e íntimos conteúdos de confidências. Dessa forma, os educadores, muitas vezes, são chamados a se exercitarem na responsabilidade da educação paterna, fazendo todo o possível para não perder a confiança dos educandos por causa das confidências. A confiança traída é dolorosa e gera um profundo impacto negativo na pessoa traída. Quando um estudante perde a confiança no seu educador este já não terá mais sobre ele nenhum influxo positivo. A questão do sigilo e da confidencialidade são delicadas. Essa é uma questão a ser levada a sério quanto ao serviço de secretaria, disciplina, de conselho de classe, de orientação educacional, psicológica etc. 3.6. O reconhecimento dos limites da própria competência: esta é outra questão muito importante para um educador, bem como para outros profissionais. A educação envolve muitos saberes, ciências, competências, habilidades. Muitas vezes, é no ambiente escolar que são revelados graves problemas pessoais e familiares. Nem sempre o educador que acolhe uma confidência está habilitado profissionalmente para ajudar o estudante. É a hora do honesto reconhecimento de competências, da interdisciplinaridade, da motivação para o necessário e justo encaminhamento do caso para outro profissional. Essa passagem deve ser motivada, serena, prudente e segura. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
1 2 3
Você acha importante a reflexão sobre a ética na educação? Qual aspecto da ética na educação você acha mais exigente? Na sua opinião quais podem ser as consequências da falta de ética na educação?
6
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
HOMILIA DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA MISSA DE POSSE DOM RAIMUNDO POSSIDÔNIO CARRERA DA MATA
FOTOS: MARCOS BARROS / SPIRITUS PHOTOS
BRAGANÇA – PARÁ – 30/04/2022
Caríssimos leitores, publicamos, na íntegra, a homilia de Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, proferida por ocasião da Santa Missa de posse de Dom Raimundo Possidônio Carrera da Mata, como Bispo Coadjutor de Bragança, no Pará, ato solene ocorrido na Diocese daquele município. A mensagem recorda a trajetória pastoral do novo bispo, natural de Icoaraci, e expressa a gratidão da Arquidiocese de Belém por todo zelo e empenho por parte de Dom Raimundo, enquanto atuou como sacerdote desta porção da Igreja amazônica. À BEIRA DO MAR: À beira mar, ou à margem do Rio Caeté, vindos de outros rios e estradas, na
Amazônia, aqui estamos reunidos, como Povo amado de Deus, para viver a alegria da posse de Dom Raimundo Possidônio. Nossas saudações a Dom Jesús Cizaurre Berdonces, a Dom Luís Ferrando e a todos os Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Religiosos, Religiosas e Pessoas Consagradas. Mais do que tudo, nossa saudação afetuosa ao Povo que Deus ama, desta Diocese e de outros lugares. A Arquidiocese de Belém vem entregar-lhes um pescador, não de peixes, mas de homens e mulheres. Tiramos de nosso tesouro o que temos de melhor, e esta é a nossa alegria, ao fazermos este gesto de docilidade ao Papa Francisco e de amor a esta Igreja Irmã. A BARCA DE PEDRO: Estamos todos na Barca de Pedro, que é a Igreja, acompanhando a aparição de Jesus ressuscitado aos seus discípulos, às margens do Mar da Galileia (Jo 21,1-9). Simão Pedro e outros companheiros se dirigem ao mar para pescar peixes, quando já tinham recebido a missão de pescadores de homens. Tiveram que aprender que não se pode retornar à vida de antigamente, depois de conhecer e seguir Jesus. Pescaria boa e abundante, só com Jesus presente. Aliás, é assim que a Barca de Pedro, a Igreja, pode navegar pelos mares revoltos da história, sem naufragar. Alie-se a esta imagem aquela da rocha, com a qual Jesus mudou o nome de Pedro. Estamos seguros e certos de que as forças do inferno não prevalecerão contra ela, mesmo quando nossas fragilidades nos fazem ter medo do vento, da chuva ou de uma pescaria malsucedida. No final das contas, virá a luz do amanhecer e o Senhor sempre estará com a mesa preparada para sua família. SEGUE-ME: Os primeiros discípulos de Jesus receberam a missão de ir aos confins da terra com o
anúncio da Boa Nova. Em Simão Pedro, antes do definitivo “segue-me”, foi necessário proclamar por três vezes o amor ao Senhor, recompondo a unidade de amor e confiança, depois da terrível experiência da negação, à qual se sucedeu o banho nas lágrimas do arrependimento. Aqui, Simão Pedro, e nós com ele, devemos afirmar duas, três ou milhares de vezes que o Senhor sabe tudo, e sabe de nosso amor. Será por amor que Pedro apascentará o rebanho do Senhor, será por amor que viria a glorificar a Deus, com seu martírio. É consolador saber que o Senhor virá sempre ao nosso encontro, pelas brumas das madrugadas sofridas de nossas crises e inconstâncias, para afirmar o amor, perguntar pelo amor, a fim de chegarmos à entrega total, mergulhados no mar do infinito amor de Deus. NO CORAÇÃO DA IGREJA, SEREI O AMOR: O Evangelho de João relata ainda a pergunta de Pe-
dro a respeito de João (Jo 21,21-23) que pode conduzir-nos à compreensão da diversidade de formas com a quais podemos contribuir no cuidado com o rebanho do Senhor. Esta palavra – cuidado – pode ser uma chave preciosa para nossa vocação pessoal e comunitária. Não há que rejeitar o jeito das outras pessoas servirem ao Senhor e ao seu Reino! Atenção para não negarmos aos outros a fidelidade que descobriram em sua estrada vocacional pessoal. No jardim plantado por Deus cabe uma imensa variedade de vocações, todas elas encontradas no lugar que Santa Terezinha descobriu para si: “No coração da Igreja, serei o amor”. A DIVERSIDADE DE VOCAÇÕES E SERVIÇOS: Na belíssima diversidade existente na Igreja, valem algumas recomendações. Quem passa ao nosso lado seja amado em primeiro lugar e em primeira pessoa. São Paulo VI, no lugar em que se realizou este episódio, observou que o meio para colocálo em prática e não deixar que qualquer pessoa passe em vão ao nosso lado, é amar a todos! Cabe a cada um de nós o cuidado do olhar, das palavras e dos gestos! E esta atenção nos levará a alcançar os últimos e os mais pobres ou necessitados. Cada um de nós encontre um modo pessoal para ir ao encontro dos mais sofredores. Para uma pessoa, isso significará a visita e o serviço aos enfermos. Outra descobrirá uma família a ser acompanhada e servida com amor. Os que descobrem o chamado à pastoral carcerária, visitarão diuturnamente os presos, coisa que outros não saberão fazer. Nas Paróquias e Comunidades, alguém poderá ser o servidor que abre as portas da Igreja, fisicamente ou pastoral e espiritualmente, indicando o caminho da Comunidade Eclesial para os mais afastados. Haverá gente cuja contribuição será dar alegria e o presente do bom humor aos outros. Outros apascentarão com uma vassoura, ajudando concretamente para que as pessoas se sintam bem na Igreja. Haverá benfeitores explícitos ou anônimos que ofertarão suas posses, seu tempo ou seu suor para construir novas igrejas e capelas e cuidar das obras sociais da Igreja!
n DOM Alberto durante a celebração UNIDADE: O Papa Francisco, quando comemorou cinquenta anos de ordenação sacerdotal, propôs aos padres, e vale para o presbitério que com Dom Jesús e seu coadjutor aqui se encontra, três vizinhanças a serem cultivadas, dentro do estilo de comunhão sinodal a que somos hoje chamados: proximidade com Deus, numa intensa vida litúrgica e de oração; proximidade entre os Bispos e com os presbíteros, dos quais o Bispo há de cuidar com especial atenção; proximidade afetiva e efetiva com o Povo de Deus. PROGRAMA DE VIDA PASTORAL:
Enfim, como sua vida recente foi povoada por Sínodos, três palavras que apontam para o Sínodo de 2023, e que podem se transformar em programa de vida: Comunhão, Participação e Missão! NAS MÃOS E NO CORAÇÃO DE MARIA: E agora, confiamos seu ministério a
Nossa Senhora do Rosário, pedindo que o Espírito Santo lhe conceda a graça de contemplar sempre, com o olhar da Virgem Maria, os Mistérios de Cristo, para anunciá-los a todos, pois sua missão é evangelizar! DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
Arcebispo Metropolitano de Santa Maria de Belém do Pará
E O NOVO BISPO? Aqui podemos perguntar a Jesus a respeito de Dom Cid. O que será dele? RECONHECER O SENHOR: João de hoje, no meio do lusco-fusco das madrugadas e dificuldades de toda ordem, é você, caro Cid. Reconheça o Senhor e, com você, ninguém duvide! Cabe-lhe dizer milhares de vezes: É o Senhor! Com o texto do Apocalipse proclamado hoje, reconheça continuamente o Cordeiro Imolado, digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor. Reconheça o seu vulto, acolha-o com amor, e a pescaria será abundante, pois suas chagas são gloriosas. LANÇAR AS REDES: Podemos também voltar à outra narrativa da pesca milagrosa, no Evangelho
de São Lucas (Lc 5,1-11): “Na tua Palavra, lançarei as redes!” Caríssimo Bispo, a rede abundante é a do Batismo, o alimento na praia só pode ser dado por Jesus, e é Jesus! Tenha como um só livro o Evangelho, pois sua missão é evangelizar, sua lei seja o mandamento novo de Jesus, que o levará a ser construtor da unidade, com a presença de Jesus em nosso meio, ele que garantiu estar entre aqueles que se reúnem em seu nome. ANUNCIAR COM LIBERDADE: Como os apóstolos na primeira leitura de hoje, seja obediente mais a Deus do que aos homens, para anunciar com liberdade o querigma, a morte e a ressurreição do Senhor, o mistério pascal que por Deus foi instituído parava nossa salvação.
n DOM POSSIDÔNIO novo bispo coadjutor de Bragança
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
7
Posse de DOM RAIMUNDO POSSIDÔNIO NOVO BISPO coadjutor de Bragança foi acolhido em Missa Solene de Posse Canônica
C
riada a 13 de outubro de 1981, a Diocese de Bragança acolheu dia 30 de abril Dom Raimundo Possidônio Carrera da Mata, quarto administrador apostólico de sua história, por onde já passaram Dom Miguel Giambelli, Dom Luís Ferrando e Dom Jesus Maria (atual bispo). Possidônio é o primeiro brasileiro a alcançar esta posição na Diocese de Bragança do Pará. O paraense, natural de Icoaraci, distrito de Belém, irá auxiliar Dom Jesus no comando daquela diocese. Dom Possidônio foi acolhido em Missa Solene de Posse Canônica presidida por ele e saudado por Dom Alberto Taveira Corrêa (Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Belém) no sábado, 30, às 16h, no ginásio Corolão. A solenidade contou com a presença dos bispos Dom Jesus Maria Berdonces (Bispo de Bragança), Dom Antônio de Assis Ribeiro (Bispo Auxiliar de Belém), Dom João Muniz (Bispo da Diocese do Xingu), Dom Jesus Maria López Mauleón (Bispo da Prelazia do Alto Xingu-Tucumã) e Dom Luís Ferrando (Bispo Emérito da Diocese de Bragança. Participaram da posse ainda padres diocesanos, diáconos, seminaristas, familiares do bispo, autoridades civis, convidados e caravanas oriundas dos municípios que integram a diocese. A cerimônia foi transmitida pelas redes sociais da Diocese de Bragança do Pará YouTube e Facebook, além das Rádios Educadora FM (93,7) e Rosário FM (106,7) e também pela
Rede Nazaré de Comunicação, pela TV Nazaré, canal 30. Raimundo Possidônio, 68 anos adotou como lema episcopal a frase “Evangelizar é minha missão”. Ordenado sacerdote em 24 de junho de 1978, recebeu o título oficial de monsenhor em 2010. É filósofo, teólogo com especialização em História da Igreja na América Latina, possui mestrado em História Eclesiástica, em Gregoriana e doutorado em História da Igreja. Dom Possidônio foi ordenado bispo no último dia 23 de abril, na Paróquia São João Batista e Nossa Senhora das Graças, em Icoaraci, sua terra natal. As paróquias Sagrado Coração de Jesus, no bairro do Morro, e São João Batista, na Vila Sinhá, realizaram Tríduo em preparação do povo de Deus para acolher Dom Raimundo Possidônio. BISPOS - O primeiro Bispo Prelado de Bragança foi o italiano Dom Eliseu Maria Coroli, sacerdote barnabita que administrou a Prelazia do Guamá no período entre 1940 a 1977. Já o primeiro Bispo Diocesano foi o também italiano Dom Miguel Maria Giambelli, no período de 1980 a1996, que renunciou por limite de idade. O segundo Bispo, Dom Luís Ferrando, foi o último italiano no comando da diocese entre 1996 e 2016. Renunciou por limite de idade. O terceiro Bispo, ainda em atividade, é o espanhol Dom Jesus Maria CizaurreBerdonces, titular na diocese desde 2016.
FOTOS: MARCOS BARROS / SPIRITUS PHOTOS
n DOM POSSIDÔNIO com Dom Alberto e Dom Jesus Maria, Bispo de Bragança
n NOVO BISPO coadjutor de Bragança durante a celebração eucarística de posse canônica
n SAUDAÇÕES diversas ocorreram durante a cerimônia, com diversas caravanas oriundas dos municípios que fazem parte do território da diocese
n O QUARTO Bispo da história da Diocese de Bragança, Dom Possidônio, foi empossado pela Igreja Católica na tarde do sábado, 30
n A CELEBRAÇÃO Eucarística contou com a presença de oito bispos em cerimônia que aconteceu no ginásio de esportes Dom Eliseu
8
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
Rádio Nazaré: missão ecoa há 26 ANOS no ar MISSA e programa especial celebraram o aniversário da emissora arquidiocesana
A
Rádio Nazaré FM - 91.3 Mhz completou 26 anos de evangelização na Igreja da Amazônia no último dia 4 de maio. Santa Missa e programa especial celebrou a data, que também recordou sete anos de falecimento do fundador da emissora, Dom Vicente Joaquim Zico. AÇÃO DE GRAÇAS
A Igreja Mãe, Catedral Metropolitana de Belém, foi escolhida para o início das homenagens pelo aniversário. Ali, o Cura
da Sé, cônego Roberto Cavalli, presidiu a Santa Missa. Estiveram presentes à celebração o Diretor de Comunicação da Fundação Nazaré de Comunicação, Mario Jorge Alves da Silva, e a coordenadora da Rádio Nazaré FM, Elyvane Barbosa. O celebrante também é o Diretor Geral da Fundação Nazaré. "Queremos no dia de hoje manifestar a Deus a nossa gratidão pelos 26 anos de trabalho da Rádio Nazaré FM, um dos nossos veículos de comuniFRAME TV NAZARÉ
cação, que junto com a Fundação Nazaré nos ajuda a evangelizar em nossa Arquidiocese", explicou côn. Roberto, assim que iniciou a Missa. Outra menção importante do celebrante foi quando explicou que a celebração também seria o momento de agradecer a Deus "pelo nosso Anjo da Igreja de Belém, como bem gosta de ressaltar nosso Arcebispo, quando recordamos do nosso saudoso e querido Dom Vicente Zico". Após a Missa, côn. Roberto conduziu ato de oração de benção no túmulo de Dom Vicente, no interior da Catedral.
LUIZ ESTUMANO
n PROGRAMA ESPECIAL pela manhã na rádio FRAME TV NAZARÉ
PROGRAMA
n CELEBRANTE cônego Roberto Cavalli
"Nas ondas da alegria" denominou-se o programa especial que, pela manhã e à tarde, animando os ouvintes e convidados no estúdio da Rádio. Elyvane Barbosa, Jota Cardos e Padre Wagner Lima conduziram a programação ao longo do dia na emissora para celebrar os "parabéns".
n DIRETORIA da Fundação e Coordenação presentes à Missa
BOA DICA
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ
n BEM-AVENTURADA Estudo Popular sobre Maria, a Mãe de Jesus Pe. José Grzywacz, CSsR, Livro (PAULUS, R$ 44,00 )
n COMUNIDADE VIVA #NOAR Maio é o mês de aniversário da Rádio Nazaré FM, são 26 anos no ar. Para marcar este momento festivo na emissora Católica da Arquidiocese de Belém, no domingo, 15, a partir das 10h, ocorre a estreia do Programa “Comunidade Viva” que terá como
apresentadores vozes marcantes desta emissora, Marcelo Silva, Marcelo Therezo e Vilson Reis. Os ouvistes podem participar ligando para os telefones 4006-9253 / 40069254 ou enviando mensagem de texto para o WhatsApp da Rádio 9.8814-0275.
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n CELEBRAÇÕES SERÃO TRANSMITIDAS DIRETO DA FESTIVIDADE DE FÁTIMA Dentro da programação da Festividade de Nossa Senhora de Fátima de 2022 a Rede Nazaré de Comunicação transmite as missas do dia 12, às 17h; no dia 13, serão duas celebrações, às 12h e, 17h, direto da Paró-
quia Nossa Senhora de Fátima. No dia 14, sábado, das 10 às 12h, a transmissão fica por conta do programa especial “Em Família”, que acontece no Santuário de Aparecida, no bairro da Pedreira.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n MISSA EM HONRA A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA No dia 12, às 17h e no dia 13, às 12h e 17h você participará, em casa com sua família, da Missa em honra a Nossa Senhora de Fátima, com transmissão do Portal Nazaré (www.
fundacaonazare.com.br) e pela página da Rede Nazaré no Facebook.com/FNCBelem. A celebração será transmitida, ao vivo, direto da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
"C
onvicto do importante lugar que Maria ocupa na vida de Cristo e da Igreja, o Padre José Grzywacz, religioso redentorista, escreveu Bem-aventurada: estudo popular sobre Maria, a Mãe de Jesus. Trata-se de um livro que nasceu de seu amor à Mãe de Jesus; de homilias, palestras e conferências que proferiu em santas missões populares; daquilo que aprendeu observando inúmeras manifestações de carinho do povo para com a Mãe de Deus.” Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ, Arcebispo de São Salvador da Bahia, primaz do Brasil “Este livro se destina a todos os cristãos que amam Jesus e Maria, e será útil a leigos e leigas, estudantes de Teologia, agentes de pastoral, catequistas, missionários e sacerdotes. É preciso passar da admiração à imitação da Virgem. n UM FILHO NA UTI - O limite entre a fé e o sofrimento Renata Ferraz, Livro (Paulinas, R$ 31,40)
E
ste livro conta a história verídica de Miguel, que nasceu com alguns problemas de saúde e passou vários meses internado numa UTI neonatal. Uma história de sofrimento e superação, que fala do amor incondicional de uma mãe por seu filho e de Deus por nós. A autora prova que é possível transformar a dor em fé, mostrando que o sofrimento pode nos fazer crescer como seres humanos, que mesmo diante de momentos desesperadores não se pode deixar de ser otimista, de ter esperança; que mesmo sem sermos capazes de mudar os acontecimentos que nos fazem sofrer, está em nossas mãos modificar as consequências desses acontecimentos em nós. Para tanto, destaca a importância da família, dos amigos, dos médicos e dos enfermeiros em momentos de problemas de saúde.
VATICANO
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
Papa destaca A FÉ em Jesus ressuscitado
9
O PAPA destacou que a fé em Jesus ressuscitado convida a “mergulhar no bem sem medo
C
om informações agência Ecclesia. O Papa destacou a necessidade de superar momentos de decepção e preguiça, na vida pessoal, para voltar às “grandes escolhas” que a movem. “Pode acontecer-nos, por cansaço, decepção, talvez por preguiça, que nos esqueçamos do Senhor e descuidemos as grandes escolhas que fizemos, para nos contentarmos com outra coisa”, apontou, da janela do apartamento pontifício, antes da oração pascal do ‘Regina
Coeli’, no domingo, dia 1º de maio. “Não se passa tempo a conversar na família, preferindo passatempos pessoais; esquece-se a oração, deixando-se dominar pelas próprias necessidades; a caridade é negligenciada, com a desculpa das emergências diárias”, acrescentou. Francisco falava dos momentos que se seguiram à ressurreição de Jesus, quando os discípulos tentaram regressar à vida de pescadores e se confrontam com a desilusão das
“redes vazias”, antes de voltarem a ver Cristo. “Irmãos, irmãs, quando na vida temos redes vazias, não é hora de sentir pena de nós mesmos, de nos divertirmos, de voltarmos aos velhos passatempos. É tempo de partir de novo com Jesus, de encontrar a coragem de recomeçar, de zarpar com ele”, apontou. O Papa destacou que a fé em Jesus ressuscitado convida a “mergulhar no bem sem medo de perder algo, sem calcular demasiado, sem esperar que os ou-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n PAPA durante oração do Regina Coeli, no domingo, dia 1º de maio
tros comecem”. “Perguntemo-nos: sou capaz de algumas explosões de generosidade, ou
refreio os impulsos do coração, fechando-me no hábito, no medo?”, questionou.
Francisco declarou que a fé não é uma questão de conhecimento, mas “de amor”.
Papa: A FAMÍLIA é antídoto para a pobreza material e espiritual Com informações Vatican News. Na manhã da sexta-feira, 29, o Papa Francisco recebeu no Vaticano os participantes da Sessão Plenária da Pontifícia Comissão das Ciências Sociais. O tema focalizado pelo Santo Padre foi sobre a realidade da família, tema da plenária da Comissão e que pode ser considerada como um “bem relacional”. Francisco iniciou comentando que o contexto mundial atual com crises múltiplas e prolongadas “coloca as famílias estáveis e felizes à dura prova”. “Podemos responder a esta situação – continuou - redescobrindo o valor da família como fonte e origem da ordem social, como célula vital de uma sociedade fraterna e capaz de cuidar da casa comum”. O Papa recordou que “a família está quase sempre no alto
da escala de valores de diferentes povos, porque está inscrita na natureza própria da mulher e do homem. Neste sentido, o matrimônio e a família não são instituições puramente humanas”. “Além de todas as diferenças – continuou - existem traços comuns e permanentes que revelam a grandeza e o valor do matrimônio e da família”. Por isso, explicou o Papa, “trata-se de uma questão de compreender que a família é um bem para a sociedade, não como uma simples agregação de indivíduos, mas como uma relação fundada em um ‘vínculo de perfeição mútua’, para usar uma expressão de São Paulo”. VÍNCULO “O bem da família – disse - não é agregativo, ou seja, não con-
siste em agregar os recursos dos indivíduos para aumentar a utilidade de cada um, mas é um vínculo relacional de perfeição, que consiste em compartilhar relações de amor fiel, confiança, cooperação, reciprocidade, das quais derivam os bens de cada membro da família e, portanto, sua felicidade” Aprofundando o t e m a o Fr a n c i s c o acrescentou: “Este vínculo de perfeição, que poderíamos chamar de seu específico ‘genoma social’, consiste em uma ação amorosa motivada pelo dom, vivendo de acordo com a regra da reciprocidade generosa e da generatividade. A família humaniza as pessoas através da relação do ‘nós’ e, ao mesmo tempo, promove as diferenças legítimas de cada um”. “O pensamento social da Igreja ajuda a
n ENCONTRO Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais
compreender este amor relacional próprio da família, como a Exortação Apostólica Amoris laetitia procurou fazer, seguindo os passos da grande tradição” ANTÍDOTO Em seguida o Papa sublinhou outro ponto importante da família: “lugar de acolhida. Suas qualidades são particularmente evidentes em famílias com membros frágeis ou deficientes. Estas famílias desenvolvem virtudes especiais, que aumentam a ca-
pacidade de amor e a resistência do paciente às dificuldades da vida” e confirma: TRÊS CONDIÇÕES Por fim o Papa destacou três condições para redescobrir a beleza da família: “A primeira é tirar dos olhos da mente a ‘catarata’ das ideologias que nos impedem de ver a realidade”. A segunda condição, “é a redescoberta da correspondência entre matrimônio natural e sacramental. A separação entre os dois, de
fato, termina por um lado fazendo as pessoas pensarem na sacramentalidade como algo acrescentado, algo extrínseco e, por outro lado, arriscando-se a abandonar a instituição da família à tirania do artificial. A terceira condição é, como recorda a Amoris laetitia, a consciência de que a graça do sacramento do Matrimônio - que é o sacramento ‘social’ por excelência - cura e eleva toda a sociedade humana e é um fermento de fraternidade”.
CONSELHO DE CARDEAIS: implementar a Praedicate Evangelium Com informações Vatican News. Foi, de certa forma, uma reunião divisória, depois de anos de encontros dedicados principalmente ao estudo da nova constituição apostólica. O 41° encontro da série, realizado no Vaticano de 25 a 27 de abril, foi a primeira reunião do Conselho de Cardeais desde a publicação da “Praedicate Evangelium”. O tema que polarizou os trabalhos do primeiro dia foi a crise desencadeada pela guerra na Ucrânia, com a “consequente situação sócio-política, eclesial e ecumênica”. Francisco, lê-se na nota, “informou sobre as diversas iniciativas empreendidas para buscar a paz” e da posterior reflexão surgiu o
apoio e o incentivo ao Papa pela sua “atividade incansável”. Os cardeais analisaram então a situação em seus respectivos continentes de origem. COMPROMISSO Na terça-feira 26, o Conselho abordou a questão climática entre a COP27, agendada para novembro próximo no Egito, e as “expectativas” que emergiram da COP26 em Glasgow, um debate orientado pela pergunta “Podemos nós, como Igreja, juntamente com outras Confissões e Religiões, dar voz a estas preocupações?” A análise do Cardeal Ambongo Besungu sobre o quadro mundial deu peso, a nota sublinha, às “preocupações dos
países pobres da Ásia, América Latina, África e Oceania”. À tarde, o tema de discussão voltou-se para o tema da mulher na Igreja, com base em um estudo iniciado na sessão de fevereiro. Uma religiosa franciscana indígena da Amazônia brasileira, Irmã Laura Vicuña, falou na ocasião ao Papa e aos cardeais “de uma perspectiva pastoral”, sobre a qual a discussão se desenvolveu em seguida. No último dia de trabalho, o Cardeal Gracias introduziu a reflexão sobre o serviço diplomático da Santa Sé, sobre o papel e as atividades dos núncios apostólicos, concluída por um debate. O tema que concluiu a reunião no dia 27 foi a constituição apostólica Praedicate Evangelium
na Cúria Romana, com a sugestão, a nota explica, de “um possível processo de ações que
acompanhem a implementação da nova legislação e que também preveja a avaliação dos
passos dados e os desafios a serem assumidos”. A próxima reunião ocorre em junho.
Q
ueridos irmãos e irmãs idosos, por favor, olhemos para os jovens. Os jovens nos olham e a nossa coerência pode lhes abrir um belíssimo caminho de vida. Ao invés, uma eventual hipocrisia fará tanto mal. #RezemosJuntos uns pelos outros. #BênçãoDoTempo (04 de maio)
#R
ezemosJuntos para que os jovens, chamados a uma vida plena, descubram em Maria o estilo de escuta, a profundidade do discernimento, a coragem da fé e a dedicação ao serviço. #IntençãodeOração (03 de maio)
N
este Dia da #LiberdadedeImprensa, #RezemosJuntos pelos jornalistas que pagaram pessoalmente, com a vida ou com a prisão, para servir este direito. Um agradecimento especial àqueles que, com coragem, nos informam sobre as chagas da humanidade. (03 de maio)
10
EM NAZARÉ
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
Mês de Maio dedicado à MÃE DE NAZARÉ DURANTE as Missas a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré estará presente
“Salve, ó Senhora Santa, Rainha Santíssima, Mãe de Deus, ó Maria. Em vós residiu e reside, toda plenitude da graça e todo o bem.” (S. Francisco de Assis)
N
este mês, dedicado inteiramente à Mãe de Nazaré, durante as Missas de hoje, dia 1º de maio, e no próximo domingo, 8, Dia das Mães, a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, estará presente abençoando todos os filhos e filhas de Maria, que vierem ao seu encontro na Basílica Santuário de Nazaré. Domingo,1 de maio, a Rainha da Amazônia esteve presente em todas as missas do dia, marcando assim a abertura do mês mariano, mês dedicado a ela. Sendo a Basílica Santuário de Nazaré um dos principais ícones de devoção mariana no estado do Pará, os Padres Barnabitas preparam uma programação especial durante este período consagrado à Mãe de Deus. Confira a programação deste mês mariano, realizado na Basílica Santuário de Nazaré:
NUPS realiza SEMANA DA SAÚDE e segurança no trabalho As Obras Sociais da Paróquia de Nazaré (OSPAN), através do Núcleo de Projetos Sociais (NUPS), promoveu à Semana da Saúde e Segurança do Trabalho, de 26 a 29 de abril, alertando para a prevenção de doenças, sustentabilidade, e segurança no local de trabalho. Com o objetivo principal de trazer conhecimentos nos âmbitosdasaúde, segurança, qualidade de vida e bem-estar dos colabora-
dores da OSPAN, valorizando cada trabalhador dentro da empresa. Em alusão ao dia mundial da segurança e da saúde no trabalho, que aconteceu no dia 28 de abril, o evento contou com várias programações durante esses quatro dias. Na terça-feira (26) pela manhã, acontece a abertura do evento com a administrador da OSPAN, Gilcélio Freitas, após isso, foi realizado uma palestra com o
n PARTICIPANTES da programação
engenheiro do trabalho, Francisco Batista Junior. Na parte da tarde, foi ministrada uma segunda palestra de segurança do trabalho com a perspectiva para a reflexão, com a técnica Maria Guimarães. Na quarta-feira (27), foi realizada aferição de pressão arterial e exames de glicemia, em parceira com o SESI. Ainda pela manhã, foi ministrada uma roda de conversa sobre saúde mental, e no período da tarde, foram realizadas sessões de massoterapia, e palestra com o nutricionista Leonardo Carvalho, do Mesa Brasil. Já na quinta-feira (28), se deu prosseguimento a um segundo momento de aferição de pressão arterial e exames de glicemia, em parceria com a Guarda de Nossa Senhora de Nazaré,
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n NÚCLEO promoveu à Semana da Saúde e Segurança do Trabalho
e a palestra sobre sustentabilidade e como ela afeta no trabalho, com a facilitadora Karlene Vasconcelos, do SICOOB. Na parte da tarde, roda de conversa com os bombeiros civis. Para encerrar o evento, na sextafeira (29), foram aplicadas doses de vacinas contra covid-19, influenza, H1N1, febre amarela e tríplice viral, em parceria com a SESMA. Ainda pela manhã, houve uma roda de conversa com a advogada Dayane dos Santos, sobre previdência social
e sua importância. Na parte da tarde, o evento contou com uma tarde de lazer, com aula de dança. Ao final da programação, foi oferecido um Coffe Break para os colaboradores, em um momento de descontração entre eles. O NUPS teve por objetivo com a semana da saúde e segurança no trabalho,ouvir cada colaborador e fazer com que eles refletissem sobre como buscar no seu dia-dia de trabalho, um lugar mais agradável e saudável.
Formatura de NOVOS GUARDAS de Nossa Senhora de Nazaré No dia 1º de maio, às 13h00, aconteceu na Basílica Santuário de Nazaré, a Santa Missa de Formatura dos novos 261 Guardas de Nossa Senhora de Nazaré. A celebração foi presidida pelo Reitor da Basílica Santuário de Nazaré e presidente da Guarda de Nazaré, Padre Francisco Assis Maria de Oliveira, e pelo Pároco na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, Padre Francisco Maria Cavalcante. Os Guardas de Nossa Senhora de Nazaré, passaram por nove
meses de intensa formação e espiritualidade, 261 homens foram admitidos ao quadro de membros da Guarda de Nazaré. O curso deu inicio em agosto de 2021, e desde lá os aspirantes foram formados a luz da Espiritualidade, e segundo o magistério e tradição da igreja, até chegar a tão sonhada e esperada formatura que ocorreu na Solenidade de São José Operário. O curso e a formatura deveriam ter sidos realizados em 2020, e em razão da pandemia, tiveram que ser adiados.
n FORMATURA dos novos 261 Guardas de Nossa Senhora de Nazaré
n CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA na Basílica Santuário de Nazaré, a Santa Missa de Formatura dos novos Guardas de Nossa Senhora de Nazaré
FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
11
FAMÍLIA NAZARÉ
No altar do Senhor, a FAMÍLIA NAZARÉ
PÁROCO da Paróquia São Geraldo Magela presidiu a Missa na intenção dos benfeitores da evangelização
n A MISSA na Capela da Fundação
A
qui, na Santa Eucaristia, encontramos o Senhor bondoso, que cuida mesmo de todos nós. Por diversas vezes, cônego Ronaldo Menezes, ratificou esta informação para quem estava presente na Capela Nossa senhora de Nazaré, na sede da Fundação Nazaré. Acompanhado de paroquianos, o pároco da Paróquia São
Geraldo Magela, presidiu a Missa na intenção de pedir a Deus que abençoe os membros da Família Nazaré, pessoas de boa vontade que ajudam com doações mensais para manter o trabalho da Fundação Nazaré e dos veículos de mídia arquidiocesanos. As leituras sagradas propociavam a meditação da passagem da multiplicação de pei-
xes e pães que "alimentavam aqueles que seguiam Jesus, buscando da sua graça, daquilo que lhges faltava", disse o celebrante. Ele conclamou todos os que assitiam a Missa de suas casas pela TV Nazaré a rezar também por suas próprias intenções. "Porque estamos nos aproximando do Bom Pastor, que nos cura, verdadeiramente, de todas a nosas enfermidades. Aproximemo-nos do Senhor com toda a confiança, Ele é o Deus da providência". Cônego Ronaldo agradeceu à Família Nazaré, pediu também que os fiéis rezem por ele e intercedeu pelos jovens de sua paróquia, que entariam em retiro espiritual naquele fim de semana. Na ocasião, o sacerdote divulgou algumas atividades importantes da Paróquia São Geraldo Magela. Explicou ainda que o padroeiro é intercessor de mulheres mães, e também das mulheres grávidas.
FRAME TV NAZARÉ
n CÔNEGO RONALDO presidiu a celebração
CRONOGRAMA DE MISSAS - PRIMEIRO SEMESTRE
n PAROQUIANOS animarm a liturgia
NOSSOS ANIVERSARIANTES Maria de Lourdes da Cunha Bastos Benedita das Mercês dos Santos Celina Lisboa de Sousa Evaldo Motta de Moura Dea Miranda Sousa Lucy Lea Cardoso Lobão Maria Rosa Favacho Pereira Lima Maria Luiza Borges Martins Antonio Vieira de Souza Fátima do Rosário Guimarães Alves Maria Helena Alves Maria Raimunda Nascimento da Costa Cleia Gomes Peres Sebastião Marcelo Angelin da Cunha Alessandro Sobral Farias Cynthia Guimaraes Ishak Norma Paes de Moraes Maria Dorvanda de Souza Azevedo Aldenora Gomes de Oliveira Maria Marli do Nascimento Silva Aida Pereira Corrêa Liliannie Rodrigues Soares Danielle Fabiane Abreu Pontes Grupo de Oração Caminhar Com Maria (Lucimar Oliveira) Tamara Trindade Leal Sira Silva Ferreira Raimundo Exposto Marinho Raimundo Tadeu Resque Daibes Silvana Maria da Silva Teixeira Teresa de Jesus Conceição Rosas
Cleidiana Moreira Maria Pereira Gonçalves Laura Maria do Nascimento Celeste Maria Menezes Bentes Maria Lucia Alves Thomaz Maria de Nazaré Costa do Vale Maria do Carmo Hora de Sousa Evandro Cunha dos Santos Rosangela do Socorro Nunes Brabo Thaissa Belo Lopes Antonia Edna de Souza Boas Israel Pereira Froz Princeza Barra Cordeiro Maria Inês Santos Silva Maria Celi de Oliveira Maria Neuzelina de Lima Maria de Nazaré Souza Cunha Maria das Graças Gonçalves Maria Das Gracas Goncalves Gomes Antonio Barbosa Pinheiro Maria do Socorro Santos Monteiro Maria de Fátima Gomes Pereira Casal Francisco Antonino e Aldenei Loreiro Chaves Celeste Massako Ohashi Nilton Sergio Pantoja Alves Maria de Nazaré de Souza Lobato Mariana Silva da Silva Maria Vera Lucia Carvalho de Oliveira Marlene Silva da Silva Francisco Otavio Farias de Oliveira Dennys da Silva Pacheco Ellza Maria Ramos Raia Elielson Lima do Nascimento Junior Maria do Socorro dos Santos Monteiro Daniel Henrique Hertz
Casal Almir Sousa das Chagas e Rosileia Begot S. Chagas João Braga dos Santos Filho Ligia Claudino Santos Maria Aparecida Santa Brígida Rosangela Cruz da Silva Salgado Rosicleide Rodrigues Melo Nahuel Costa Teles Maria das Graças do Carmo Nogueira Casal Cesar Gomes e Elisonete Figueiredo Barbosa Santiago Neyde Pinto Franco
Nubia da Cruz Pinto Maria de Nazaré de Oliveira Leite Antonio Suedy de Sousa Pereira Elisabete Patrício de Abreu Gutemberg Pereira de Souza Olga Gonçalves Mafra Alfredo Lopes de Melo Neto Lilian Lucia Falcão Bastos Paulo Vicente Lopes de Andrade Andreia Marques Coelho Maria Josivania da Silva Lourenço Adalgisa Aguiar Azevedo Pimenta Clecio Goes da Costa Casal Evaldo da Costa Viegas e Edinair Monteiro Rodrigues
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 06/05 – Diác. João Damasceno Leitão Fonseca 07/05 – Diác. Francisco Carlos da Silva 07/05 – Diác. Marcelo Daniel Lopes 08/05 – Pe. Leonardo Francisco Pereira dos Santos Bonze 08/05 – Diác. Raimundo Ribeiro Vale 11/05 – Diác. Leandro dos Mártires Guerra 08/05 – Diác. Silvio Bezerra Vila Nova 08/05 – Pe. Jessé Bernardo Pinto 08/05 – Pe. Robson Eudes da Costa 10/05 – Pe. Almiro de Sousa 12/05 – Pe. Alberto Maia de Lima 12/05 – Pe. Dimas Ferreira da Silva n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 07/05 – Pe. José Maria da Silva Santos 08/05 – Pe. Philippe Xavier Renault (Pe. João Eudes) 08/05 - Diácono José Ferreira da Costa
12
IGREJA
BELÉM, DE 6 A 12 DE MAIO DE 2022
Realizada PRIMEIRA etapa da 59ª AG CNBB A PRIMEIRA ETAPA da Assembleia foi virtual. A segunda será no Santuário Nacional
O
Secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel Portella Amado,bispo auxiliar do Rio de Janeiro, fez um balanço da 59ª Assembleia Geral, realizada virtualmente de 25 a 29 de abril. O tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, mesmo tema da 16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, o Sínodo 2023, convocado pelo Papa Francisco, foi escolhido em razão de buscar um alinhamento das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023). O prazo de vivência da DGAE encerra-se em 2023 e a Assembleia dos Bispos 2022 serviu como ponto de partida
para uma avaliação das DGAE, que serão renovadas na 60ª assembleia do episcopado brasileiro. Dom Joel explica que “um ano antes, portanto agora, é o tempo de fazer a revisão, pensando um pouco sobre o que será construído. Como a Igreja no mundo todo está vivendo o processo de preparação para o Sínodo 2023, juntamosas duas coisas: olhar as atuais diretrizes, pensar o que vai ser no futuro, tendo como referência, aquilo que na linguagem do Papa Francisco, chamamos de Igreja Sinodal”. Dom Joel conta que além do efeito sanitário e do impacto do vírus, a pandemia evidenciou muitas causas como questões políticas, econômicas, sociais e religiosas, e este é o momento para debater
DIVULGAÇÃO
e olhar para estas questões como Igreja. ETAPA PRESENCIAL
De 29 de agosto a 2 de setembro, acontecerá a 59ª AG CNBB, de forma presencial no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). “Votar, conviver e rezar” são os três verbos que acompanharão a meditação do episcopado, conta Dom Joel: “Vamos como romeiros à casa da Mãe Aparecida agradecer por tudo aquilo que a Graça de Deus fez em nós durante esse período tão difícil da pandemia”. MENSAGEM
A 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a tradicional Mensa-
gem ao Povo Brasileiro.O texto apresenta uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil.Os Bispos lembraram da solidariedade para a superação da pandemia, agradeceram às famílias e agentes educativos pelo cuidado no campo da educação e dedicaram reflexões sobre a reali-
dade do país, cujo quadro atual “é gravíssimo”. Para os Bispos, “o Brasil não vai bem!”. Diante da complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, a CNBB espera que os governantes façam mudanças, em sintonia com os valores da Constituição de 1988.A mensagem também aborda o pro-
cesso eleitoral deste ano, envolto “de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança”.Ao final do texto, os Bispos convidam a todos, particularmente a juventude, “a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna”.Confira o texto na íntegra:
MENSAGEM AO POVO BRASILEIRO 59ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB - “A esperança não decepciona” (Rm 5,5) Guiados pelo Espírito Santo e impulsionados pela Ressurreição do Senhor, unidos ao Papa Francisco, nós, Bispos católicos, em comunhão e unidade, reunidos para a primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de modo on-line e com a representação de diversos organismos eclesiais, dirigimos ao povo brasileiro uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil. Enche o nosso coração de alegria perceber a explosão de solidariedade, que tem marcado todo o País na luta pela superação do flagelo sanitário e social da COVID-19. A partilha de alimentos, bens e espaços, a assistência a pessoas solitárias e a dedicação incansável dos profissionais de saúde são apenas alguns exemplos de incontáveis ações solidárias. Gestores de saúde e agentes públicos, diante de um cenário de medo e insegurança, foram incansáveis e resilientes. O Sistema Único de Saúde (SUS) mostrou sua fundamental importância e eficácia para a proteção social dos brasileiros. A consciência lúcida da necessidade dos cuidados sanitários e da vacinação em massa venceu a negação de soluções apresentadas pela ciência. Contudo, não nos esquecemos da morte de mais de 660.000 pessoas e nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, trazendo ambas em nossas preces. Agradecemos ainda, de modo particular às famílias e outros agentes educativos, que não se descuidaram da educação das crianças, adolescentes, jovens e adultos, apesar de todas as dificuldades. Com certeza, a pandemia teria consequências ainda mais devastadoras, se não fosse a atuação das famílias, educadores e pessoas de boa vontade, espírito solidário e abnegado. A Campanha da Fraternidade 2022 nos interpela a continuar a luta pela educação integral, inclusiva e de qualidade. A grave crise sanitária encontrou o nosso País envolto numa complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, que já nos desafiava bem antes da pandemia, escancarando a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira. A COVID-19, antes de ser responsável, acentuou todas essas crises, potencializando-as, especialmente na vida dos mais pobres e marginalizados. O quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem! A fome e a insegurança alimentar são um escândalo para o País, segundo maior exportador de alimentos no mundo, já castigado pela alta taxa de desemprego e informalidade. Assistimos estarrecidos, mas não inertes, os criminosos descuidos com a Terra, nossa casa comum. Num sistema voraz de “exploração e degradação” notam-se a dilapidação dos ecossistemas, o desrespeito com os direitos dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, a perseguição e criminalização de líderes socioambientais, a precarização das ações de combate aos crimes contra o meio ambiente e projetos parlamentares desastrosos contra a casa comum. Tudo isso desemboca numa violência latente, explícita e crescente em nossa sociedade. A crueldade das guerras, que assistimos pelos meios de comunicação, pode nos deixar anestesiados e desapercebidos do clima de tensão e violência em que vivemos no campo e nas cidades. A liberação e o avanço da mineração em terras indígenas e em outros territórios, a flexibilização da posse e do porte de armas, a legalização do jogo de azar, o feminicídio e a repulsa aos pobres, não contribuem para a civilização do amor e ferem a fraternidade universal. Diante deste cenário esperamos que os governantes promovam grandes e urgentes mudanças, em harmonia com os poderes da República, atendo-se aos princípios e aos valores da Constituição de 1988, já tão desfigurada por meio de Projetos de Emendas Constitucionais. Não se permita a perda de direitos dos trabalhadores e dos pobres, grande maioria da população brasileira. A lógica do confronto que ameaça o estado democrático de direito e suas instituições, transforma adversários em inimigos, desmonta conquistas e direitos consolidados, fomenta o ódio nas redes sociais, deteriora o tecido social e desvia o foco dos desafios fundamentais a serem enfrentados. Nesse contexto, iremos este ano às urnas. O cenário é de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança. Nossas escolhas para o Executivo e o Legislativo determinarão o projeto de nação que desejamos. Urge o exercício da cida-
dania, com consciente participação política, capaz de promover a “boa política”, como nos diz o Papa Francisco. Necessitamos de uma política salutar, que não se submeta à economia, mas seja capaz de reformar as instituições, coordená-las e dotá-las de bons procedimentos, como as conquistas da Lei da Ficha Limpa, Lei Complementar 135 de 2010, que afasta do pleito eleitoral candidatos condenados em decisões colegiadas, e da Lei 9.840 de 1999, que criminaliza a compra de votos. Não existe alternativa no campo democrático fora da política com a ativa participação no processo eleitoral. Tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente, buscam colocar em xeque a lisura do processo eleitoral e a conquista irrevogável do voto. Tumultuar o processo político, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro. Reiteramos nosso apoio às Instituições da República, particularmente aos servidores públicos, que se dedicam em garantir a transparência e a integridade das eleições. Duas ameaças merecem atenção especial. A primeira é a manipulação religiosa, protagonizada tanto por alguns políticos como por alguns religiosos, que coloca em prática um projeto de poder sem afinidade com os valores do Evangelho de Jesus Cristo. A autonomia e independência do poder civil em relação ao religioso são valores adquiridos e reconhecidos pela Igreja e fazem parte do patrimônio da civilização ocidental. A segunda é a disseminação das fakenews, que através da mentira e do ódio, falseia a realidade. Carregando em si o perigoso potencial de manipular consciências, elas modificam a vontade popular, afrontam a democracia e viabilizam, fraudulentamente, projetos orquestrados de poder. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e o respeito aos resultados nas eleições. A democracia brasileira, ainda em construção, não pode ser colocada em risco. Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. Todos os cristãos somos chamados a preocuparmo-nos com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz. Agradecemos os muitos gestos de solidariedade de nossas comunidades, por ocasião da pandemia e dos desastres ambientais. Encorajamos as organizações e os movimentos sociais a continuarem se unindo em mutirão pela vida, especialmente por terra, teto e trabalho. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, particularmente a juventude, a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, obtenha de Deus as bênçãos para todos nós. Brasília – DF, 29 de abril de 2022. DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO
Arcebispo de Belo Horizonte – MG Presidente da CNBB DOM JAIME SPENGLEr
Arcebispo de Porto Alegre, RS 1º Vice-Presidente DOM MÁRIO ANTÔNIO DA SILVA
Bispo de Roraima, RR 2º Vice-Presidente
DOM JOEL PORTELLA AMADO
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ Secretário-Geral