ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
www.fundacaonazare.com.br
BELÉM, DE 18 A 24 DE MARÇO DE 2022
ANO CIX - Nº 1024 - PREÇO AVULSO: R$2,00
Igreja amazônica: MONSENHOR CID nomeado bispo coadjutor de Bragança Natural de Icoaraci, Monsenhor Raimundo Possidônio Carrera da Mata, conhecido no meio do povo de Deus como Mons. Cid, foi nomeado pelo Papa Francisco bispo coadjutor da Diocese de Bragança, (PA). Arcebispo de Belém, Dom Alberto, fez o anúncio dia 16. PÁGINA 12 LUIZ ESTUMANO
n ANÚNCIO OFICIAL junto do seu auxiliar, Dom Antônio, e de Dom Teodoro (Diocese de Ponta de Pedras), Dom Alberto divulgou para a Arquidiocese de Belém que Mons. Cid irá servir à Igreja na Diocese de Bragança, no Pará LUIZ ESTUMANO
FACBEL: conceito MÁXIMO! Ministério da Educação culdade Católica de Belém atribui nota 5 para o curso uma referência de ensino de Teologia e torna a Fa- para todo o Brasil. PÁGINA 8 LUIZ ESTUMANO
n PREPARATIVOS Diretoria da Festa já organiza o Círio presencial em 2022
CÍRIO: programação de eventos divulgada
A Diretoria da Festa de Nazaré infor- eventos do Círio 2022. O calendário da mou este mês a programação oficial de festa já está pronto. PÁGINA 10
n FACULDADE Católica de Belém obteve destaque do MEC
Pela paz, a CONSAGRAÇÃO
Formação para
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia motiva o Papa a consagra-las ao Imaculado Coração de Maria. PÁGINA 9
Evento ocorre na Comunidade Sagrado Coração de Jesus. PÁGINA 10
a QUARESMA
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OPINIÃO
BELÉM, DE 18 A 24 DE MARÇO DE 2022
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Nº 10 do Documento Preparatório (DP) cita Papa Francisco, no seu discurso de comemoração dos 50 anos da instituição do Sínodo dos Bispos (17 outubro 2015) quando destacou que “aquilo que o Senhor nos pede, de certo modo está já tudo contido na palavra‘Sínodo’”, que “é palavra antiga e veneranda na Tradição da Igreja, cujo significado recorda os conteúdos mais profundos da Revelação”. É o “Senhor Jesus que se apresenta a si mesmo como “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6), e “os cristãos, na sua sequela, são originariamente chamados “os discípulos do caminho” (cf. At 9, 2; 19, 9.23; 22, 4; 24, 14.22)”. Daí a consequência é imediata, pois “nesta perspetiva, a sinodalidade é muito mais do que a celebração de encontros eclesiais e assembleias de Bispos, ou uma
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Por uma Igreja Sinodal: modo de viver e agir questão de simples administração interna da Igreja; ela “indica o específico modus vivendi et operandi da Igreja, o Povo de Deus, que manifesta e realiza concretamente o ser comunhão no caminhar juntos, no reunir-se em assembleia e no participar ativamente de todos os seus membros na sua missão evangelizadora”. Entrelaçamse assim aqueles que o título do Sínodo propõe como eixos fundamentais de uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão. A expressão acima sublinhada modus vivendi et operandi da Igreja é muito séria: significa o jeito de viver e de agir da Igreja,
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epois que os 12 Apóstolos voltaram da missão que lhes tinha dado, Jesus escolheu outros 72 discípulos, deu-lhes instruções práticas e os enviou a anunciar o Evangelho (Lc 10, 1-9). Jesus escolheu 72 discípulos porque 72 era um número simbólico que representava cinco vezes as 12 tribos de Israel e também as 72 nações conhecidas naquela época. O número 72 é simbólico e representa TODOS os discípulos de
meras celebrações dos sínodos diocesanos e provinciais, assim como a dos concílios ecumênicos, quando se tratava de definir verdades dogmáticas. Sempre os Papas procuraram consultar os Bispos, para conhecer a fé de toda a Igreja, recorrendo à autoridade do sensus fidei de todo o Povo de Deus, que é “infalível ‘in credendo’”, afirma Papa Francisco em EG, Nº 119. O Nº 12 do DP faz considerações importantes o nosso tempo pós Concílio Vaticano II, recordando que “aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualq u e r l i g a ç ã o e n t re
(antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
A missão de 72 discípulos Jesus. Com isso Jesus quis dizer que todos os seus discípulos são enviados por ele a evangelizar. Também eu, e tu também! Todos os cristãos, em força do seu Batismo, são chamados a evangelizar. Os cursilhistas são cristãos mais agra-
ciados e precisam responder com mais entusiasmo que os demais. Quem pensa só em si, que é comodista ou medroso, ainda não é cristão autêntico e lhe falta o espírito de cursilhista. O carisma do Cursilho é evangelizar os ambientes, os descrentes, os
desviados e os afastados. Afastados são aqueles que foram batizados, mas que não se tornaram adultos na fé e por isso não frequentam a Igreja. Mas, como faço eu para cumprir essa missão divina? Entra num Grupo de
cursilhistas para agir com teus irmãos. Vai às Ultréyas e à Escola Vivencial e ali te dirão como fazer. Hoje a sociedade vive o individualismo; mas desde o começo, Jesus quis a sua Igreja organizada em comunidades e em Grupos,
BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
Do seu jeito! muito, minimizados. Algumas pessoas são arrogantes e ríspidas, simplesmente porque não toleram o jeito de ser dos outros ou querem que os outros façam tudo da forma delas. Isso é errado, pois cada um precisa ser respeitado, no seu jeito. Talvez, até pior que isso, seja quando a pessoa, além de não gostar do jeito do outro, ainda fala, fofoca e até contamina os
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
zados. É desta consciência de acordo na fé que nasce o desenvolvimento de uma prática sinodal em todos os níveis da vida da Igreja – local, provincial, universal – que encontrou a sua mais excelsa manifestação no concílio ecumênico. Foi neste horizonte eclesial, inspirado no princípio da participação de todos na vida da Igreja, que São João Crisóstomo pôde dizer: “Igreja e Sínodo são sinônimos”. No decorrer do segundo milênio, mesmo se a Igreja evidenciou em maior medida a função hierárquica, este modo de proceder sinodal não acab o u p o r c o m p l e t o, pois são registradas na história da Igreja inú-
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ
T
odos nós temos o nosso jeito de ser, o que nos caracteriza: jeito de andar, de falar, de agir, de lidar com nossas emoções... uns mais alegres, outros mais sérios; uns falam muito, outros, mais calados; uns mais extrovertidos, outros, mais tímidos... E dentre tantos diferentes jeitos, qual é o melhor, o mais certo? Não existe essa resposta, pois cada um tem a sua singularidade, a sua especificidade, o seu jeito! Certamente, quando entendermos sobre o quão belo é o fato de sermos diferentes, o quanto podemos, nas diferenças, somar, muitos de nossos conflitos interpessoais, desapareceriam ou seriam, em
isto é, o seu modo de ser e de apresentarse. Em outras palavras: se os batizados na Igreja de Cristo não caminham juntos, eles não são efetivamente a verdadeira Igreja de Cristo, ou seja, não mostram o rosto da Igreja. O Nº 11 do DP destaca que “no primeiro milênio, “caminhar juntos”, ou seja, praticar a sinodalidade, era a maneira habitual de proceder da Igreja, entendida como «Povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Santo Agostinho descreveu esta caminhada da Igreja como “ concordissima fidei conspiratio”, isto é, o acordo na fé entre todos os Bati-
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
outros sobre a pessoa alvo da sua intolerância... “Fulana é muito inteligente, mas o jeito arrogante dela me irrita”. “Sicrano, eu nem quero trabalhando do meu lado porque esse jeito dele...”, e daí pode começar um processo que eu chamo de “carimbar as pessoas”, de enquadrar as pessoas em rótulos que não ajudam em nada a convivência e as relações sociais.
Todos têm direito de fazer suas próprias escolhas, sendo da forma como acha melhor para si e quando não respeitamos o direito dos outros, os outros também têm direito de não respeitarem o nosso. Qual resultado de tudo isso? Conflitos, maus palavras, ofensas... Você, caro leitor, do seu jeito, merece ser respeitado na sua individualidade e o fato de uma pessoa não
gostar de você, por ter um jeito diferente do seu, não significa que tem algo de errado com você. Significa que vocês são diferentes! No entanto, infelizmente, por vezes, na busca de agradar ao outro, vamos criando máscaras, fingindo um jeito de ser para nos sentirmos aceitos e amados. Continuando assim, vamos nos perdendo e, por vezes, até, sem consciência
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior - Presidente
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DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho
DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
eles, mas constituindo-os em povo que o conhecesse na verdade e o servisse santamente” (LG, n. 9). Os membros do Povo de Deus são irmanados pelo Batismo e “ainda que, por vontade de Cristo, alguns sejam constituídos doutores, dispensadores dos mistérios e pastores em favor dos demais, reina, porém, igualdade entre todos quanto à dignidade e quanto à atuação, comum a todos os Fiéis, a favor da edificação do corpo de Cristo” (LG, n. 32). Por conseguinte, todos os Batizados, participantes na função sacerdotal, profética e real de Cristo, “no exercício da multiforme e ordenada riqueza dos seus carismas, das suas vocações, dos seus ministérios”, são sujeitos ativos de evangelização, quer individualmente quer como totalidade do Povo de Deus.
mesmo que sejam pequenos (dois ou três). É no Grupo que Jesus se faz presente com suas graças e luzes. Por isso, é preciso organizar-se e agir em Grupos. Jesus disse: “Onde se reunirem dois ou três em meu nome eu estarei ali no meio deles”. Tu também és um dos 72 discípulos de Jesus. Ele te enviou para seres o seu braço, a sua mão, o seu olho, a sua língua para salvar o mundo. Coragem! Vai, e faze a tua parte! disso, deixando de gostar de nós mesmos e do nosso jeito, acreditando que, se formos diferente, vamos ser excluídos ou que ser diferente é ruim. O mais importante é olharmos para nós, considerarmos se o nosso jeito de ser está nos prejudicando ou prejudicando outras pessoas que amamos e, se, nesse mergulho em nós mesmos, quisermos mudar, porque nós queremos mudar, para nos orgulharmos de nós mesmos, ao vencer nossos desafios pessoais, vale investir na mudança. Não para agradar ou atender expectativas dos outros, mas sim por uma decisão de melhoria nossa!
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FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 18 A 24 DE MARÇO DE 2022
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
O
ritmo da Liturgia da Palavra neste Tempo Quaresmal nos faz encontrar Moisés, na experiência feita com o Senhor (Ex 3,1-8a.1315). Vocação e Missão, tarefa assumida pelo chamado de Deus! Dele se sabe muitas coisas, da forma como a Bíblia apresenta as pessoas, em suas qualidades e também seus defeitos. O Livro do Deuteronômio, ao descrever sua morte (Dt 34,10-12), assim se expressa: “Nunca mais surgiu em Israel profeta semelhante a Moisés, com quem o Senhor tratasse face a face, nem quanto aos sinais e prodígios que o Senhor lhe mandou fazer no Egito, contra o Faraó, seus servidores e o país inteiro, nem quanto à mão poderosa e a tantos e tão terrí-
A Igreja aprendeu e procura praticar um método de reflexão sobre a vida, ao lado de outros modos, com três verbos: ver, julgar e agir veis prodígios que Moisés fez à vista de todo o Israel”. O Senhor o tratou como amigo, confiou-lhe suas leis, abaixou-se a ponto de ser quase provocado por ele ao ciúme (Cf. Ex 32,11-14), cuja história tinha sido feita também de muitos problemas e até a morte de um egípcio. Este homem, junto com o povo por ele conduzido, passou pelas lições do deserto,
CONVERSA COM MEU POVO
Chamados à CONVERSÃO caminho longo, cheio de provações. Sabemos que muitos fatos se tornaram símbolos para nós, a fim de não desejarmos coisas más, como muitos desejaram, e foram escritas como advertência para nós, aos quais chegou o fim dos tempos. Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair (Cf 1 Cor 10,16.10-12). No correr dos séculos, Deus continuou a falar com seu povo, e o faz também hoje, para que todos nós encontremos seus apelos à mudança de vida, conversão do coração. Se prestarmos atenção, Deus nos fala pela Sagrada Escritura, permanente fonte de novidade e apelo à conversão. É uma graça especial participar da Missa Dominical e ouvir, com a Comunidade reunida, a proclamação da Palavra do Antigo e do Novo Testamento. Deus nos fala através da natureza tão bela, ele que viu, ao final da criação, que tudo era muito bom! (Cf. Gn 1,31). Seus apelos chegam a nós pelas pessoas e suas situações alegres ou tristes. Deus nos fala através dos acontecimentos da história. As notícias que nos chegam pelos Meios de Comunicação e pelas tantas Redes Sociais trazem consigo mensagens positivamente provocantes, mesmo quanto reportam fatos negativos. O Evangelho de São Lucas (Lc 13,1-9) nos oferece dois fatos comentados por Jesus, portadores de um convite à conversão. Corriam notícias sobre galileus que tinham sido mortos por ordem de Pilatos e também o fato de uma torre ter caído sobre algumas pessoas. Jesus convida a tirar uma lição dos acontecimentos, provocando a resposta da conversão. A Igreja aprendeu e
procura praticar um método de reflexão sobre a vida, ao lado de outros modos, com três verbos: ver, julgar e agir. Façamos o exemplo da guerra em curso no Leste Europeu. Não é nossa cidade, nem nosso país, e alguém pode passar adiante, como o Senhor contou na parábola do Bom Samaritano. Não só pelas consequências já vistas ou que se seguirão quanto a preços e outras situações sociais, mas pelo risco da indiferença, a situação é muito grave. Cristãos aprendem a ver os fatos, buscar com sinceridade as explicações possíveis, com suas causas e consequências. Depois olham ao seu redor, para identificar situações igualmente provocantes. E aqui, nosso olhar se volta para a nossa violência urbana de cada dia, a exploração dos mais pobres, a devastação e destruição de nosso meio ambiente. É o ver! Parar nas situações negativas não é próprio da nossa fé! O segundo passo se chama julgar. Só que existe uma diferença! Não se trata de um julgamento humano e limitado. Quem ilumina o julgar é a Palavra de Deus. E o Evangelho de São Lucas nos faz dar este passo (Lc 13,1-9), com expressões de grande significado: “Se não vos converterdes, ireis
morrer todos do mesmo modo”. Depois, “Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. Pode ser que venha a dar fruto”. Os fatos trazem consigo o que Deus pensa a respeito deles e a nosso respeito! Deus quer a nossa mudança de mentalidade e de rumo. Permitamo-nos uma pergunta a respeito da situação do mundo. Se alguém pensa que Deus castiga, não é necessário! Quem edifica o castigo somos nós mesmos, com a torrente de relativismo e indiferentismo, a pouca seriedade no seguimento de Jesus Cristo. O que estoura aqui e ali, com os escândalos, a criminalidade e a violência urbana e rural, tudo foi bem plantado por gerações e pela nossa geração. Trata-se agora de virar o jogo, a favor do Evangelho e da Vida! Terceiro passo é o agir. Aproveitadas as lições advindas dos fatos e a luz da Palavra de Deus, começar de novo, ter a capacidade de agir de forma diferente. São bonitos e ao mesmo tempo exigentes os passos a serem dados. Justamente o que fez o Bom Samaritano, que é o próprio Jesus, pede que olhemos em torno a nós e em nosso ambiente. Superar a indiferença, fazer o que estiver ao nosso alcance pe-
lo bem dos outros, a dignidade humana e a paz social. Evitar a propagação de notícias falsas e de notícias negativas. Uma bela propaganda do bem existente entre nós já pode ajudar, como expressão de conversão. E a Igreja nos pede, usando uma palavra que muita gente vai entendendo pouco a pouco, para caminhar juntos, em sinodalidade. O agir pede ainda de todos nós o espírito missionário, com a disposição para ir ao encontro dos outros. Nossas Paróquias e Áreas Missionárias, na Arquidiocese de Belém, estão se exercitando na resposta ao convite do Papa para que sejamos uma “Igreja em saída”, o que quer dizer assumir nossa vocação missionária, sendo instrumentos do próprio Senhor para aproximar as pessoas da Igreja e de nossas comunidades, pastorais, movimentos e serviços e, mais do que tudo, de Jesus Cristo, Senhor e Salvador. O agir missionário haverá de fundamentar-se de modo especial no espírito de oração e na prática da oração. Sair de casa para ir à Missa no Domingo será um gesto missionário, pois cada pessoa se alimenta da Palavra e da Eucaristia para ser melhor durante a semana, na vivência da Pala-
vra e no espírito de comunhão e de serviço ao próximo. Levar a sério os pedidos de oração que as pessoas nos fazem é converter-se à convicção de que Deus é o Senhor da história humana, e só ele pode transformar profundamente o coração das pessoas, mesmo aquelas mais endurecidas e renitentes em seu egoísmo e maldade inveterada! Enfim, toda a nossa vida é o tempo para a conversão, que nos é dado pelo Senhor. Ninguém jogue fora esta oportunidade de vida e salvação!.
Toda a nossa vida é o tempo para a conversão, que nos é dado pelo Senhor
Levar a sério os pedidos de oração que as pessoas nos fazem é converter-se à convicção de que Deus é o Senhor da história humana
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IGREJA
BELÉM, DE 18 A 24 DE MARÇO DE 2022
A crise de GOLIAS n Por Charles Alberto Barbosa de Souza1
No início da ofensiva militar russa contra a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os analistas da geopolítica mundial buscaram elementos explicativos para tal na humilhação imposta à Rússia na década de 1990, na expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste, indo até as fronteiras da Rússia em 1999, em 2004, nos precedentes da invasão militar em Georgia (2008), na anexação da Crimeia (2014), e até o não cumprimento dos Acordos de Minsk (2014/2015), que previam autonomia e eleições para as províncias rebeldes de Donetsk e Lugansk. Um cardápio complexo que será analisado ainda por muito tempo, mas que não justifica a agressão à Ucrânia que tem menos de um quarto de força militar da Rússia: configura-se com a luta entre Davi e Golias. Talvez esta semana as tropas russas entrem em Kiev ou a sitiem. Depois do Donbass, Kharkov, Mariupol, Berdjansk, Chernobyl ‘, Kherson, Odessa. As forças armadas russas só perdem para as dos Estados Unidos; pois o país desenvolveu a primeira arma hipersônica do mundo e mantém quase 1 milhão de militares na ativa, diante de 200 mil da Ucrânia. Mas este enfrentamento não é só uma postura nas relações internacionais, mas também internamente, pois Golias, no fundo, está em conflito consigo mesmo. O sentimento da maioria do povo russo é de que a invasão à Ucrânia é, ao mesmo tempo, um crime e uma loucura, porque, além da dor, a vergonha também é forte nos russos. Infelizmente, o mais triste, além da violação do direito internacional, é a barbárie das vítimas: centenas, segundo fontes oficiais, mas, provavelmente, milhares, de ambos os lados: destruição, ruína, desespero, fuga de seus lugares de origem, o choro de crianças, de mulheres e de homens inocentes. Um percentual elevado da população russa se pergunta, desesperadamente, o que fazer para impedir isso? Durante anos na Rússia, a mídia governamental, ou seja, quase todos os jornais, rádios, canais de televisão, sites de notícias, demonizaram a Ucrânia e o Ocidente e propagaram a nova ideologia estatal do “patriotismo”: uma salada russa de nostalgia soviética, ortodoxia, imperialismo e Stalinismo. A tímida e pequena oposição ao governo russo é cada vez mais perseguida, praticamente banida, os pouquíssimos canais do youtube e portais de informação na internet, não sujeitos ao governo, devem escrever em letras grandes, antes de qualquer notícia, que se trata de um “site declarado agente estrangeiro pelo governo federal”. Semana passada os dois principais portais de informação da oposição foram fechados. Há leis que punem severamente a “falsificação da história”, ou qualquer interpretação que não corresponda à oficial do governo. Está proibido usar expressões como
“guerra, invasão, baixas civis”: pois o governo tenta massificar a ideia que a invasão é uma “operação militar para a libertação e desnazificação da Ucrânia”. Redes sociais, telefones fixos e celulares e a maioria dos aplicativos de mensagens são controlados, a internet desacelerou significativamente nos últimos dias na Rússia. Desde o início das operações de guerra em Moscou e em muitas outras cidades, alguns manifestantes saíram às ruas cantando ou carregando cartazes, dizendo: “Não à guerra”. Eles foram dispersados pela polícia, milhares de manifestantes foram levados para a prisão, julgados, condenados e multados. Mesmo aqueles que se manifestaram com “piquetes individuais”, embora permitidos por lei, foram presos. Os representantes mais conhecidos da oposição recebem visitas de policiais em casa, à noite, que os avisam para não participarem de manifestações públicas. O rublo - moeda russa - despencou antes mesmo das sanções internacionais entrarem em vigor. Em um dia os russos perderam a economia de meses. Mas, o pior, sem dúvida, ainda está por vir, pois as pessoas correm para retirar dinheiro dos bancos, temendo que suas contas sejam congeladas ou confiscadas. A crise econômica certamente está apenas começando. O que Golias fará mesmo que consiga colocar Davi de joelhos, mesmo que conquiste tudo? A Ucrânia é um país muito grande, com um povo muito orgulhoso de mais de 40 milhões de habitantes. Mantê-la ocupada só seria possível com repressão e terror. E isso para a Rússia significaria ter que enfrentar uma guerrilha, enormes gastos e perdas, provavelmente, terrorismo em sua própria casa... Por fim, o mais triste: as vítimas. Eles não estão apenas do lado ucraniano, é muito provável que até agora sejam muito mais numerosos do lado russo. Várias fontes falam de milhares de soldados russos mortos: jovens do serviço militar. Um bispo ortodoxo ucraniano pediu às autoridades russas que removam os restos mortais para o enterro, mas o governo federal não reconhece nem mesmo uma vítima. A posição oficial da Igreja Ortodoxa Russa é temerosa. As poucas declarações das mais altas autoridades eclesiais são tímidas e bastante ambíguas e denunciam o esforço de manter posição a distância, neutra. Em vez disso, o Metropolita Onufrio, chefe da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, assumiu uma posição cla-
ra de condenação da guerra, pedindo a todos que apoiem a integridade territorial e a independência da Ucrânia. Um padre e monge da Igreja Ortodoxa Russa, nosso amigo, relatou-nos que embora etnicamente e com passaporte italiano, mora na Rússia há mais de 35 anos e está esperando receber a cidadania russa. No dia da entrada das tropas russas em território ucraniano, pensou em organizar uma oração pública pela paz. No entanto, depois de ouvir vários confrades, percebeu que eles estavam terrivelmente assustados com a ideia de fazer isso em uma igreja. Então resolveu rezar de casa, transmitindo o pequeno rito no seu canal do youtube. Cerca de 500 pessoas participaram da oração à distância. Depois de dois dias, tendo superado os medos, começaram a rezar esta oração todas as noites na igreja. Um pequeno grupo de padres ortodoxos, contado nos dedos de uma mão, escreveu uma petição pública condenando a guerra e pedindo paz. Poucas horas após a sua publicação na Internet, a petição foi assinada por mais de 200 confrades. Os russos e os ucranianos são ortodoxos, irmãos na fé: seus ancestrais receberam o batismo juntos, em Kiev,
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
chamados em russo de “mãe das cidades russas”. A Quaresma começa esta semana para os ortodoxos, uma época forte, geralmente muito sentida pelos fiéis. A vigília, neste domingo, será o “domingo do perdão”: antes de entrar na Quaresma, todo fiel ortodoxo pede e concede perdão a todos os seus irmãos e irmãs. Essa tradicional iniciativa será capaz de parar a guerra? “Nós exortamos as partes opostas ao diálogo - está escrito no final da mensagem pública dos padres ortodoxos - porque não há outra alternativa à violência. Somente a capacidade de ouvir o outro pode nos dar esperança de uma saída do abismo em que nossos países caíram em poucos dias. Dê a paz a si mesmo e a todos nós para podermos entrar na Quaresma com espírito de fé, esperança e caridade. Pare a Guerra! “.
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Doutorando em Antropologia pelo Instituto Universitário SOPHIA de Florença (IT) é professor de Antropologia da Faculdade Católica de Belém e sociólogo da Equipe de Pesquisa do Núcleo Setorial de Planejamento da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) de Belém
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Lc 13,1-9.
1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando o seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas, se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já
faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás”. B) COMENTÁRIO
Jesus recebe uma notícia (v 1); faz um comentário e aproveita para emitir sua mensagem ao respeito. A mensagem principal do texto é a conversão. Isto, tanto para os dois casos: assassinato (Pilatos) e catástrofe (Torre), como para a parábola apresentada pelo mestre. O destaque nos casos é dado nestes termos: “Mas, se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (v 3 e 5). A conversão vem indicada por Jesus, como única via segura para a salvação, pois na falta de-
la se terá a morte eterna. A conversão é uma necessidade premente para a vida em plenitude. Com o fato da parábola (v 6) se nota o aceno à conversão, na chance à figueira sugerida pelo vinhateiro: “Vou cavar em volta dela e colocar adubo. Pode ser que venha a dar fruto”. (v 8 e 9). No texto desponta também o conceito de pecado como culpa: “eram mais pecadores do que todos os outros”...? (v 2); “eram mais culpados do que todos os outros”...? (v 4). O remédio para o pecado, para a culpa, é a conversão. O que é a conversão? Ela consiste no arrependimento, em perspectiva do retorno; ímpeto de Fé e Vida Nova (Mt 1,4; 4,17; 18,3; Mc 1,4; 1,15; Lc 3,1-18; 22,32). A imagem da figueira improdutiva, plantada na vinha de certo homem, parece re-
presentar Israel, povo eleito; porém se refere também a cada um de nós, convocados à conversão. Existem alguns comentaristas que tratam e apontam a ilimitada paciência de Deus, na história da salvação. Mas neste caso ela surge como empenho e decisão quase imediata ou limitada, quando se lê no texto: “Senhor, deixa a figueira ainda este ano” (v 8); “este ano”! Deus está disposto a deixar mais “um ano de graças” a seu povo; a cada um de nós! Portanto é necessário que aproveitemos as oportunidades que Deus nos concede, pois há uma expectativa e esperança na concessão ou chance de mudança, quando é dito: Pode, pode ser, “pode ser que venha a dar fruto” (v 9). A vinha e a figueira estão aí. Contudo os frutos dependem do atuar de cada pessoa!
n 18/03 – SEXTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Gn 37, 3-4.1213a.17b-28 Salmo - Sl 104, 16-21 Evangelho - Mt 21,33-43.45-46 n 19/03– SÁBADO Cor: Branco 1ª Leitura - 2Sm 7,4-5a.1214a.16 Salmo - Sl 88(89),2-5.27 e 29 2ª Leitura - Rm 4,13.16-18.22 Evangelho - Mt 1,16.18-21.24a n 20/03 – DOMINGO Cor: Roxo 1ª Leitura - Ex 3,1-8a.13-15 Salmo - Sl 102,1--4.6-8-11 2ª Leitura - 1Cor 10,1-6.10.12 Evangelho - Lc 13,1-9
n 21/03 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - 2Rs 5,1-15a Salmo - Sl 41, 2. 3; Sl 42, 3. 4 Evangelho - Lc 4,24-30 n 22/03 – TERÇA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Dn 3,25.34-43 Salmo - Sl 24, 4-9 Evangelho - Mt 18,21-35 n 23/3 – QUARTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Dt 4,1.5-9 Salmo - Sl 147, 12-13. 15-16. 19-20 Evangelho - Mt 5,17-19 n 24/03 – QUINTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Jr 7,23-28 Salmo - Sl 94, 1-2. 6-9 Evangelho - Lc 11,14-23
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
EDUCAÇÃO CATÓLICA: Fraternidade e Educação – Texto-base Agir (parte 11) INTRODUÇÃO
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terceira parte do texto-base da Campanha da Fraternidade nos estimula a traduzir em ações concretas as provocações da realidade contida na primeira parte (o Ver) e as inspirações presentes no discernir (II parte). Por se tratar de uma realidade profundamente abrangente, como a educação, a promoção do agir deve estar condicionada ao contexto concreto dos sujeitos da educação,
Como poderíamos, por exemplo, falar de educação sem considerar os pais como os primeiros educadores dos seus filhos e o ambiente familiar como instituição naturalmente educativa? uma vez que a realidade da educação abraça a totalidade da vida da sociedade. Nesse sentido, o tema “Fraternidade e Educação” pode ser refletido em diversos níveis: pessoal, interpessoal, familiar, grupal, pastoral, comunitário, institucional, escolar, universitário, popular, cultural etc. Uma ideia é indiscutível: não podemos reduzir o conceito de educação à esfera escolar, pois a realidade da educação ultrapassa não só as fronteiras da escola, mas também todo e qualquer limite institucional. Como poderíamos, por exemplo,
falar de educação sem considerar os pais como os primeiros educadores dos seus filhos e o ambiente familiar como instituição naturalmente educativa? Somos convidados a pensar na importância da relação entre educação e fraternidade; todos nós somos educandos educadores. As ideias que lhe apresentamos podem ser promovidas a partir das comunidades, paróquias, pastoral da educação, grupos organizados etc. Isso pressupõe a organização de uma agenda. PISTAS DE AÇÃO, IDEIAS, SUGESTÕES PARA A PRÁTICA DA CF: Fazer o exercício da escuta. Tratase de um treinamento bem-vindo em nível interpessoal, grupal, familiar, comunitário e institucional; Buscar inspiração na Palavra de Deus para melhor fundamentar a profundidade e a amplitude da experiência do discernimento; Refletir sobre a importância da disciplina como virtude necessária que possibilita a educação pessoal, interpessoal e institucional; Estudar as atitudes de Jesus, o mestre por excelência, que educava através de gestos, palavras, atitudes, exemplos; Aprofundar a íntima relação entre evangelização e educação; “a Igreja evangeliza educando e educa evangelizando”; Educar crianças, adolescentes e jovens para o sentido da vida, o otimismo e a esperança, uma vez que estamos vivendo numa cultura profundamente marcada pelo pessimismo e o vazio existencial; Estimular nas escolas a reflexão sobre a importância dos valores humanos, das virtudes, projeto de vida e onecessário cultivo da boa qualidade das relações interpessoais;
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n BUSCAR inspiração na Palavra de Deus para melhor fundamentar a profundidadee a amplitude da experiência do discernimento
Pastoral juvenil, Pastoral familiar etc; Promover com estudantes momentos de partilha sobre como eles percebem a educação, como estão amadurecendo humanamente e adquirindo novas atitudes; Promover a celebração da Páscoa com estudantes, educadores e gestores das escolas; Preparar uma especial celebração para o dia dos estudantes e dia dos Professores; P rocurar conhecer os principais documentos da Igreja sobre a ed u c a ç ã o c a t ó l i c a , tais como: a Gravissimum Educationis, Educar para o Humanismo solidário, a Escola Católica, Educar hoje e amanhã, Veritatis Gaudium (sobre o Ensino Superior Católico) etc.
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Educar para o humanismo solidário através de experiências concretas de encontro com os mais necessitados, visitas, campanhas etc. Estudar o sentido do Pacto Educativo Global proposto pelo Papa Francisco; Refletir sobre a importância de um Pacto Educativo Familiar e umPacto Educativo Escolar que signifique a promoção de uma aliança em prol da educação; Promover retiros com professores, técnicos e gestores de escolas em vista da promoção da sensibilidade espiritual dos mesmos; P romover rodas de conversa refletindo sobre a importância da educação e o que significa o provérbio africano: “Para educar uma criança é preciso uma aldeia inteira”; Fazer um mapeamento de todas as instituições que trabalham em prol da educação situadas no bairro ou na cidade e apresentar-lhesa CF 2022; Aprofundar com professores e gestores o sentido de “educação integral” e “educar para o humanismo solidário”; Organizar e revitalizar o dinamismo da Pastoral da Educação, da Pastoral escolar e da Pastoral Juvenil incentivando a promoção da formação humana através do te-
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atro, música, dança, esporte, convivência, gincanas, shows etc. Promover rodas de conversa discutindo temas como: ética na educação, desenvolvimento humano integral, dignidade humana, relações humanas, carências e potencialidades, liberdade e responsabilidade, meio ambiente, direitos humanos, ternura e firmeza, uso das redes sociais, drogadição (vícios), educação preventiva, escola e família, educação e a pandemia da COVID19, ação conjunta em prol da educação etc; Quem sabe ousando na promoção de seminários, simpósios, congressos reunindo instituições parceiras na educação; programas de rádios, de TV, Redes sociais; Promover debates sobre educação envolvendo representantes de pais, Secretaria de educação, Conselho tutelar, Conselho municipal dos direitos da criança e do adolescente, escolas, Instituições de Ensino Superior, Centros sociais, movimentos, professores, gestores de escolas, ONGs, movimentos sociais, líderes sociais etc; Realizar celebrações da Pa l a v r a , L e i t u r a s Orantes da Palavra de Deus numa perspectiva educativa; P r o mover assem-
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bleias com educadores e apresentar propostas à Secretaria de educação e à Câmara municipal; Aprofundar o sentido e a importância do Ensino Religioso na educação estimulando a criação do Conselho de ensino religioso; Buscar estratégias, onde for possível, para a participação de membros da Pastoral da Educação no Conselho Municipal de Educação; Formar grupos de professores de acordo com temas de interesses pessoais para o estudo de determinadas questões relacionadas à educação; Apresentar o texto-base da Campanha da Fraternidade em Câmaras municipais e Assembleias legislativas, bem como, em outras instituições nãocatólicas; Aprofundar a questão “processos educativos, competências, atitudes e habilidades” com educadores e gestores; Realizar a Via Sacra com estudantes e educadores refletindo sobre cada uma das estações numa perspectiva educativa; Estimular uma aliança entre a Pastoral daEducação, a Pastoral universitária, Pastoral Escolar, Pastoral da criança, Pastoral do menor,
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PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Para você o que significa “falar com sabedoria”? Quais outras ideias são possíveis para a vivência da CF 2022? Vo c ê j á l e u a l gum documento da Igreja sobre a Educação Católica? Que tal ler a declaração “Gravissimum Educationis” (do Concílio Ecumênico Vaticano II), ou documento“Educar para o humanismo solidário”?
Todos nós somos educandos educadores
Somos convidados a pensar na importância da relação entre educação e fraternidade
6 BALANÇO Patrimonial BELÉM, DE 18 A 24 DE MARÇO DE 2022
PANORAMA
PANORAMA
BALANÇO Patrimonial
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IGREJA
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Diretoria COMUNICA que vai realizar o Círio CALENDÁRIO completo da maior festa mariana do Pará em outubro já está pronto
LUIZ ESTUMANO
n EM 2022 realização do Círio de Nazaré com programação completa
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Diretoria da Festa de Nazaré informou no dia 11 de março no site www.ciriodenazare.com.br a programação oficial de eventos do Círio 2022. Como nos anos anteriores, a Diretoria desenvolve suas atividades para organizar
todos os eventos e procissões do Círio. O que for possível ser executado à época de cada evento, será executado. O que não for permitido, a Diretoria fará adaptações, como realizado em 2020 e 2021. O calendário da festa de Nossa Senhora de
Nazaré, que costuma mobilizar todo o povo de Deus na semana do tradicional Círio, está pronto. Confira, a seguir, a programação que considera neste ano a realização dos eventos religiosos da maneira como sempre foram.
FACBEL celebra nota 5 do MEC para o curso de Teologia O curso de Teologia da Faculdade Católica de Belém (Facbel) é nota 5, a Nota Máxima na avaliação de Reconhecimento de Curso pelo Ministério da Educação (MEC), que analisa aspectos como organização didático-pedagógica, corpo docente e
infraestrutura. A nota varia de 1 a 5, sendo 5 o Conceito Máximo atribuído pelo MEC. O curso de Teologia tem como coordenador o professor Dom Antônio de Assis Ribeiro, também o Bispo Auxiliar na Arquidiocese de Belém. Ele se manifestou sobre
o reconhecimento do MEC. “Essa nota cinco que recebemos é consequência de um processo de crescimento no senso de organização interna, de corresponsabilidade, de sentido de pertença e de atenção às exigências da sociedade”. Dom Antônio explica
que o conceito máximo do MEC também reflete o desafio da Facbel acompanhar, com êxito, a atualidade não apenas no âmbito das necessidades da Igreja, mas da sociedade. “Uma instituição sensível às novas demandas, tende a se fortalecer, crescer e, assim, consegue
formar egressos à altura dos desafios da atualidade. Isto significa que não só estamos atentos às demandas internas da Igreja, mas também estamos sendo sensíveis aos temas transversais e ao dever da responsabilidade social da Instituição”. Entre os diferenciais
BOA DICA
RÁDIO NAZARÉ
n MULHERES À FRENTE DO SEU TEMPO Histórias de Santas Livro (PAULUS, R$ 21,00 )
FM 91 .3 MHZ n FÉ E VIDA O comportamento humano e seu contraponto com as realidades da fé e a valorização da vida são os temas apresentados no programa “Fé e vida”, sob o comando do Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro. O Programa é ao vivo e vai ao ar todas as
quartas-feiras, das 14h às 15h, ao vivo. Para acompanhar sintonize a Rádio Nazaré FM – 91.3 Mhz. Durante sua apresentação o ouvinte pode interagir pelo telefone (91) 4006-9253/ 400-6-9254. Programa Fé e Vida, todas as quartasfeiras, das 14h à 15, ao vivo.
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n CONVERSE COM O ARCEBISPO PELA TV O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, conversa diretamente com seu povo, respondendo perguntas, ensinando, analisando e orientando sobre temas importantes da vida e da Igreja de Belém. Sintonize a TV Nazaré no canal 30 (ou na sintonia
da sua cidade) e participe do programa “Conversa com meu povo”, que é apresentando pelo próprio Arcebispo. Sempre aos sábados às 13h e 18h, e no domingo às 6h, 11h e 13h. Você pode participar enviando suas perguntas para o número (91) 98802-3444.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n SANTA MISSA, ÀS 12H, AO VIVO, DIRETO DA RESIDÊNCIA Acompanhe de segunda a sexta-feira a Santa Missa, às 12h, ao vivo, direto da residência episcopal, com o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e com o Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribei-
ro pela página da Rede Nazaré de Comunicação no Facebook. com/FNCBelem, pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare. com.br) e pelo nosso canal da Fundação Nazaré no Youtube. com/FNComunicacao.
do curso estão um corpo docente de mestres e doutores com ampla experiência na área da Teologia e uma excelente infraestrutura. O conceito máximo e o reconhecimento do MEC torna a Facbel referência em Teologia para todo o Brasil.
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este livro o leitor encontrará os perfis de mais de vinte santas, publicados em “Donne Chiesa Mondo”, encarte mensal do periódico L’Osservatore Romano. Estudiosos e estudiosas, escritoras e escritores, historiadores e historiadoras, jornalistas, fiéis e leigos, todos nomes de inquestionável prestígio, narram a vida de uma santa com a qual tiveram um relacionamento especial de conhecimento, de fé, de estudo. Os perfis colocam em realce suas diferenças e particularidades, sua relação particular com a fé. n CRISTO MINHA VIDA Clarence J. Enzler, Livro (Paulinas, R$ 34,50)
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ste é um livro fora do comum... Não se trata de mais um livro sobre Jesus, mas, sim, um exercício extraordinário de atualização da mensagem dos Evangelhos como se o próprio Jesus o tivesse escrito e dialogasse co- nosco. Assim é que, logo no início, Jesus nos lança um convite único e especial: fechar os olhos e os ouvidos às distrações e concentrar-se nele, sentir-se a sós com ele, ouvir o que ele tem a dizer, assim como os discípulos o fizeram. Ele nos explica, então, que seu maior desejo é que sejamos felizes. Mas para isso será preciso confiar, abandonarmo-nos a ele sem reservas, aceitar nossa vida como ela se apresenta e cumprir nossas obrigações sem ansiedade, sem nos decepcionar quando nossos sonhos não se concretizarem. Unindo nossa vontade à de Cristo, imitando suas virtudes e seguindo seu exemplo, descobriremos o caminho para nos tornarmos “um outro ele”. Pode parecer impossível, mas nestas páginas Jesus nos oferece os meios de exercer o autodomínio, o desapego das coisas materiais, a humildade, a paciência, a oração e a meditação na busca incessante de paz e fuga do pecado.Parte inferior do formulário
VATICANO
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Nove anos: FRANCISCO, o Papa do diálogo PAPA tem trabalhado constantemente em prol da paz e da reconciliação entre os povos
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om informações Vatican News. O nono aniversário de pontificado de Francisco cai num momento obscuro da história, marcado pelo conflito na Ucrânia. Mas, desde 13 de março de 2013 até hoje, Jorge Mario Bergoglio tem trabalhado constantemente em prol da paz e da reconciliação entre os povos, levando a esperança do Evangelho às periferias do mundo. “A guerra é uma loucura”, repetiu várias vezes o Papa, deplorando o derramamento de rios de sangue e lágrimas e invocando a abertura de verdadeiros corredores humanitários. Mas à “loucura da guerra”, Francisco convida a responder sempre com a “loucura do Amor” evangélico que “enche o coração e a vida inteira” daqueles que encontram Jesus. OS APELOS PELA PAZ
Voltando quase uma década de pontificado de Bergoglio, tudo isso se torna evidente. O ano de 2021 se abre e fecha com a invocação pela paz, especialmente graças a duas viagens apostólicas: em março ao Iraque e em dezembro a Chipre e à Grécia. Em ambos deslocamentos, Francisco convida a lutar contra a violência e a regressar às fontes de humanidade e fraternidade. Palavras reiteradas também em setembro em Budapeste e na Eslováquia, onde o Papa condena todas as formas de destruição da dignidade humana. A PANDEMIA
O ano de 2021 se liga indissociavelmente a 2020 pela pandemia da Covid-19. Francisco exorta constantemente, então, à liberalização das patentes das vacinas e
convida o mundo a confiar no Senhor. “Abraçar a sua Cruz”, diz ele na ‘Statio Orbis’ de 27 de março de 2020, “significa permitir novas formas de fraternidade”. E é justamente a fraternidade o termo contido na Fratelli tutti, a terceira Encíclica do Pontífice assinada em 3 de outubro de dois anos atrás, em Assis, na Itália. Uma carta que faz um apelo à amizade social e diz não à guerra. A LUTA CONTRA OS ABUSOS
Ainda em 2019, ressoa a palavra fraternidade com o documento sobre “A Fraternidade Humana em prol da paz mundial e da convivência comum”, assinado em Abu Dhabi pelo Papa e pelo Grão Imame de Al-Azhar, Ahmad alTayyeb. O texto condena a violência e o terrorismo e representa um marco nas relações entre o cristianismo e o islamismo. O ano de 2019 também é caracterizado, todavia, pela luta contra os abusos: em fevereiro, no Vaticano, se realiza um encontro sobre a proteção de menores que levou tanto à redação do Motu proprio ‘Vos estis lux mundi’, estabelecendo novos procedimentos aos bispos e superiores religiosos, como à abolição do segredo pontifício para os casos de abuso sexual. Além disso, em 20 de agosto de 2018, o Papa escreve uma Carta ao Povo de Deus na qual reafirma o caminho da verdade, da justiça, da prevenção e da reparação dos abusos, enfatizando a proximidade da Igreja às vítimas. OS POBRES
Em 2017, a palavra “pobres” tem uma ressonância mais forte com o primeiro “Dia Mundial” dedicado a eles. O evento convocado pelo Papa
na sua Carta Apostólica ‘Misericordia et misera’ concluiu o Jubileu Extraordinário da Misericórdia de 2016, que acontece de forma “difusa”, ou seja, com uma Porta Santa aberta em todas as igrejas do mundo. A salvaguarda da Criação é o tema principal de 2015, destacado pela Encíclica Laudato si’ sobre os cuidados da casa comum e pela instituição do Dia Mundial de Oração pelos Cuidados da Criação. A FAMÍLIA
Entre 2015 e 2014, porém, o foco do pontificado é a família, à qual Francisco dedica dois Sínodos, um extraordinário e um ordinário, que revelam a preocupação do Papa com os ataques à família perpetrados pela sociedade contemporânea, cada vez mais individualista. Como antídoto a essa tendência, na Exortação Apostólica Amoris Laetitia de 2016, o Papa recorda a beleza da família baseada no matrimônio indissolúvel entre homem e mulher. AS NOVIDADES
2013 é o ano das novidades. Exemplar é o nome escolhido por Bergoglio, ou seja, Francisco: antes dele, nenhum Pontífice o havia escolhido, tal como nenhum Papa foi membro da Companhia de Jesus, nem natural da América Latina, nem, nos tempos modernos, eleito após a renúncia do seu antecessor. A partilha marca o estilo de Bergoglio no governo da Igreja universal: em 2013, o Papa estabelece um “Conselho de Cardeais” para o ajudar no seu trabalho e para estudar a revisão da Constituição Apostólica ‘Pastor bonus’ sobre a Cúria Romana, assinada em 1988 pelo Papa Wojtyla. O documento, provisoriamente
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n EM 2021 durante a viagem ao Iraque, Papa Francisco invoca a paz
intitulado ‘Praedicate evangelium’, ainda está em preparação. A REFORMA DA IGREJA
O atual pontificado é muito atento à reforma da Igreja: na Exortação Apostólica Evangelii gaudium de 2013, Francisco faz apelo a uma renovação missionária das estruturas eclesiais, inclusive na esfera econômica. Basta mencionar o Motu proprio “Sobre certas competências em matéria econômica e financeira”. A luta contra a corrupção para assegurar a transparência na gestão das finanças públicas também é reforçada. Na esfera pastoral, então, o Papa enaltece o papel dos leigos e das mulheres na vida da Igreja: em 2018, Paolo Ruffini é o primeiro leigo a ser nomeado Prefeito, à frente do Dicastério para a Comunicação, enquanto em 2021, a Irmã Nathalie Becquart é nomeada a primeira mulher subsecretária do Sínodo dos Bispos, e o Motu proprio ‘Spiritus Domini’ e ‘Antiquum Ministerium’, modificam os ministérios laicais do leitor e do acólito, instituindo também o do catequista. É também digna de nota a Constituição Apostólica ‘Pascite gregem Dei’, sobre as sanções penais na Igreja. OS MIGRANTES
No pontificado de Francisco, destaca-se a atenção aos migrantes, tornada emblemática
pela viagem a Lampedusa, na Itália, em 2013, e pelas duas visitas a Lesbos, na Grécia, em 2016 e 2021; bem como a promoção da “cultura do encontro”, destacada, por exemplo, em 2014, pelo empenho pessoal do Papa no estabelecimento de relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba. Mesmo agora, nestes tempos difíceis de guerra na Ucrânia, o Papa não poupou esforços para trabalhar para um confronto pacífico entre as partes, visitando pessoalmente a embaixada russa junto à Santa Sé e telefonando ao presidente ucraniano Zelenskyi. A promoção da unidade dos cristãos também é uma temática central, marcada por três gestos históricos: o encontro com Kirill, Patriarca de Mosca e de toda a Rússia em 2016; a entrega de alguns fragmentos das relíquias de São Pedro ao Patriarcado Ecumênico de Constantinopla em 2019; e o pedido de desculpas pelos erros cometidos pelos católicos apresentado em Atenas, em 2021, ao Primaz da Igreja Ortodoxa da Grécia, Ieronymos. A SINODALIDADE
Grande, também, é a atenção à sinodalidade, também renovada: a Assembleia de 2023, intitulada “Por uma Igreja sinodal: comunhão,
participação e missão”, será precedida pela primeira vez por um percurso trienal feito de escuta, discernimento, consulta e dividido em três fases: diocesana, continental e universal. VIAGENS APOSTÓLICAS
Até agora, Francisco realizou 25 viagens apostólicas na Itália e 36 no exterior, enquanto para 2022 já foram anunciadas visitas a Malta de 2 a 3 de abril e à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul de 2 a 7 de julho. Mais uma vez, é a reconciliação que se destaca no trabalho do Papa: a esses dois últimos países marcados pelo conflito e pela violência, de fato, o Pontífice dedicou, já em 2017, uma celebração de oração pela paz. A RECONCILIAÇÃO
Para os líderes do Sudão do Sul em abril de 2019, o Papa organiza um retiro espiritual, no final do qual se ajoelha e beija os pés das personalidades presentes. Um gesto sem precedentes para “implorar que o fogo da guerra seja extinto de uma vez por todas”. Aquelas palavras de três anos parecem ter sido escritas hoje para a Ucrânia, tornando atual um trecho da Fratelli tutti: “a guerra é um fracasso da política e da humanidade” e a reconciliação “exige o empenho de todos”.
Papa CONSAGRARÁ a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria “Na sexta-feira, 25 de março, durante a Celebração da Penitência que presidirá às 17h na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. O mesmo ato será realizado, no mesmo dia, em Fátima pelo esmoleiro do Papa, cardeal Konrad Krajewski, enviado do Santo Padre.” O dia da Festa da Anunciação do Senhor foi escolhido para a consagração. Nossa Senhora, na aparição de 13 de julho de 1917, em Fátima,
pediu a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, afirmando que, se este pedido não fosse atendido, a Rússia espalharia “seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”. “Os bons”, acrescentou, “serão martirizados, o Santo Padre sofrerá muito, várias nações serão destruídas”. Depois das aparições de Fátima houve vários atos de consagração ao Imaculado Coração de Maria: Pio XII, em 31 de outubro de 1942, consagrou o mundo inteiro, e em 7 de julho de 1952, consagrou os povos da
Rússia ao Imaculado Coração de Maria na Carta Apostólica Sacro vergente anno: Assim como há alguns anos atrás consagramos o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Mãe de Deus, agora, de forma muito especial, consagramos todos os povos da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Paulo VI, em 21 de novembro de 1964, renovou a consagração da Rússia ao Imaculado Coração na presença dos Padres do Concílio Vaticano II. O Papa João Paulo II compôs uma oração para o que definiu de “Ato de
entrega” a ser celebrado na Basílica de Santa Maria Maior em 7 de junho de 1981, Solenidade de Pentecostes. Depois, para responder mais plenamente aos pedidos de Nossa Senhora, quis explicitar durante o Ano Santo da Redenção o ato de entrega de 7 de Junho de 1981, repetido em Fátima a 13 de maio de 1982. Em memória do Fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, em 25 de março de 1984, na Praça São Pedro, em união espiritual com todos os bispos do mundo, previamente “convocados”, João Paulo
II confiou todos os povos ao Imaculado Coração de Maria. Em junho do ano 2000, a Santa Sé revelou a terceira parte do segredo de Fátima e o então arcebispo Tarcisio Bertone, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, sublinhou que
irmã Lúcia, numa carta de 1989, tinha confirmado pessoalmente que este ato de consagração solene e universal correspondia ao que Nossa Senhora queria: “Sim, foi feito”, escreveu a vidente, “como Nossa Senhora havia pedido, em 25 de março de 1984”.
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EM NAZARÉ
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PROJETOS: Unidade Casulo foi inaugurada NOVA unidade receberá jovens de 13 a 17 anos em situação de vulnerabilidade social
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ada vez mais comprometida com ações sociais e também com a defesa e garantia dos direitos da criança e do adolescente, a OSPAN (Obras Sociais da Paróquia de Nazaré), inaugurou mais um Projeto Social: a Unidade Casulo. A cerimonia de abertura aconteceu na ultima segunda-feira (14). A nova unidade receberá jovens de 13 a 17 anos em situação de vulnerabilidade social, e oferecerá atividades lúdicas, pedagógicas, socioeducativas, informática, esporte e artes, tudo desenvolvido no contra turno escolarpor profissionais especializados no âmbito educativo e psicossocial. Para os familiares dos assistidos e também para os que residem nas comunidades próximas, o projeto oferecerá oficinas e cursos profissionalizantes. O momento festivo contou com a
presença dos integrantes do Núcleo de Projetos Sociais da Paróquia de Nazaré: Jair Junior (Coordenador) e Marília Amorim (Assistente Social). Também contou com a participação da Tânia Rodrigues (Supervisora do Projeto), Helen Cavalheiro (Educadora), além dos assistidos pelo projeto e também alguns familiares. Além da educação, a espiritualidade é uma forte aliada a essa nova realidade dos jovens que agora estão inseridos no projeto, tendo em vista que a Unidade Casulo fica anexa a Comunidade Santo Antônio Maria Zaccaria, localizada na Rua Boaventura da Silva, 1796. Essa comunidade recebe o nome do fundador da Ordem dos Clérigos Regulares de São Paulo, popularmente conhecidos como Padres Barnabitas, estes que administram a Basílica Santuário de Nazaré há mais de cem anos.
As inscrições ainda estão abertas! Para inscrever um adolescente, é necessário: - Cópia do documento de Identificação com foto do responsável (pai ou mãe); - Cópia do Comprovante de residência; - RG ou Cópia da certidão de nascimento do jovem; - Folha Resumo do Cadúnico No ato,um atendimento psicossocial com as técnicas do psicossocial será realizado. É obrigatório que o responsável do jovem estejapresente durante o atendimento; preferencialmente PAI ou MÃE.
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n UNIDADE faz parte dos Projetos Sociais, atende crianças e adolescentes
AJUDE, VOCÊ TAMBÉM, ESTA OBRA DE CARIDADE! Faça parte da Adenaza, a Associação de Devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Ao se tornar um associado, você colabora com essas e outras unidades de projetos sociais mantidos pela OSPAN! Acesse o site e faça o seu cadastro: www.basilicasantuariodenazare.doareacao.com.br
Associação de DEVOTOS de Comunidade promove formação Nossa Senhora de Nazaré para QUARESMA E PÁSCOA As doações feitas à Adenaza, Associação de Devotos de Nossa Senhora de Nazaré, é que possibilitam as ações promovidas pelo Santuário da Rainha da Amazônia e realizadas pelos Projetos Sociais Nazarenos, por meio dos quais a instituição auxilia na formação social de crianças e adolescentes em condição de vulnerabilidade social, que participam de ati-
vidades no contraturno escolar. Além disso, as contribuições dos fiéis e devotos também propiciam o investimento na infraestrutura do Santuário para melhor acolher aqueles que vêm em busca do amparo da Padroeira dos paraenses. A Adenaza foi uma grade aliada no período crítico da pandemia, perpetuando os escritos do Evangelho
ao mundo inteiro. De acordo com o Papa Francisco,“a pandemia nos ensinou que precisamos uns dos outros. A dimensão social é fundamental para os cristãos.É necessário olhar para o bem comum e não para o interesse particular”, disse. Para participar, faça o seu cadastro no site www.basilicadenazare. com.br ou entre em contato pelo número4009-8448
A Igreja vive a Quaresma, o tempo que antecede a Páscoa do Senhor, que é a ressureição de Jesus Cristo. Esse é o período favorável à reflexão e conversão, na liturgia, pede-se maior sobriedade possível. Por isso, a Pastoral Litúrgica da Comunidade Sagrado Coração de Jesus promoverá uma formação dedicada à preparação litúrgica dos tempos: Quaresma e Páscoa. O evento será dividido em duas etapas;
a primeira nos dias 22 e 23 de março e a segunda 05 e 06 de abril, ambos os momentos de 19h às 20h30, na Capela Sagrado Coração de Jesus, localizada na Rua dos Caripunas, número 2200. O formador responsável será o Cássio Pessoa, pertencente à Paróquia Santa Cruz. Uma formação litúrgica é importante, pois é necessário estar preparado para falar sobre o evangelho de Cristo, o que pode
ser feito por meio da leitura da Palavra, dos cantos e ao longo de todos os ritos de uma celebração. O objetivo principal é alcançar vidas, mas, para isso, é preciso ter preparo. As inscrições para o “Encontro de preparação litúrgica dos tempos: Quaresma e Páscoa” já estão abertas e podem ser feitas na secretaria da Capela Sagrado Coração de Jesus ou por meio do link:http://bit.ly/formacaoliturgicascj. Participe!
FUNDAÇÃO NAZARÉ
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FAMÍLIA NAZARÉ
No altar, pela a Família GRATIDÃO pelo benfeitor da Igreja Nazaré na Santa Missa com a Paróquia São José, do bairro do Umarizal AGRADECIMENTO
RONALD DIAS
FOTOS: FRAME TV NAZARÉ
n CELEBRANTE cônego Fialho com a equipe da festividade de São José
n MISSA pelos benfeitores teve a presidência do cônego Fialho n SANTA MISSA é celebrada com a comunidade na Capela da Fundação
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Arquidiocese de Belém, por intermédio da Fundação Nazaré de Comunicação (FNC), segue celebrando a gratidão a Deus pelos benfeitores da Família Nazaré. A Missa semanal às sextas-feiras às 16h, na Capela Nossa Senhora de Nazaré tem a participação do clero e das comunidades diocesanas, e é etransmitida ao vivo pelos veículos de comunicação arquidiocesanos, a partir da Rede Nazaré de Televisão, e simulta-
neamente pelas redes sociais da Fundação Nazaré de Comunicação. A celebração eucarística da sexta-feira, dia 11, foi presidida pelo cônego Sebastião Fialho, pároco da Paróquia São José, no bairro do Umarizal. Acompanhado de um grupo de paroquianos, o celebrante anunciou que a intenção da Santa Missa era agradecer pelos benfeitores que ajudam a manter a obra de evangelização realizada pela Fundação Nazaré. "É por intermédio des-
CRONOGRAMA DE MISSAS - PRIMEIRO SEMESTRE
sas pessoas de boa vontade que a Arquidiocese de Belém pode propagar todo o bem feito pelo povo de Deus a serviço do Reino celestial". Por ocasião da Missa, cônego Fialho convidou o povo de Deus para participar da festividade em honra ao padroeiro São José, que aconetece este mês na Arquidiocese. Na próxima semana, a Paróquia São Judas Tadeu, do bairro da Condor une-se à Fundação Nazaré para rezar pelos sócios evangelizadores.
NOSSOS ANIVERSARIANTES Raimunda Acine Garcia Lopes de Souza Regina Pereira Damasceno Sebastião Assunção Favacho Ademirson Dias de Oliveira Hercília Andrade Henriques Udson Alan Silva Ferreira Maria Eduarda Barros Salame Maria José da Costa Silva Idaliana Marinho de Azevedo Maria José Fonseca Santos Maria das Graças Bastos de Castro Maria de Lourdes Souza de Almeida Jose Costa Aleixo Maria da Conceição Borges Silva José Antonio de Paula Guimarães Maria José Nogueira Odair José de Souza Hilda Heloisa Silva Nascimento Casal Jose Malaquias Rodrigues Brito e Maria de Lourdes Maria José Fonseca Koury Darcy Dias da Silva Maria José da Silva Linhares Mercia do Socorro de Souza Rodrigues Claudia de Oliveira Brandão
Pedro Paulo Rodrigues Ferreira Albenize Gatto Cerqueira Maria Célia Rabelo Sonia Maria Saraiva Pereira Francisco de Assis Reis Miranda Maria José Gonçalves Silva José Bento Marruaz da Silva Maria do Socorro Sampaio da Cruz Doralice Batista da Costa Ana Lucia Brasil Casal Paulo Roberto Almeida e Claudia R.C. Peixoto Almeida Silvia Sabrina de Castro de Macedo Maricel Cândida Martins e Martins Luciana Silva Bastos Rubenval Freitas Costa Junior Terezinha Dias Garces Henrique Guerreiro Diniz Alvarenga Luiz Gonçalves dos Santos Maria Georgina Mesquita de Freitas Lucideia de Oliveira Maia Nelcy Maria Machado Pereira Walquíria de Nazaré Correa de Souza Maria Marcilene Batista dos Reis Carmen Hage Cecim Rolin Antonieta Couto de Oliveira Darcy M. Quintela Maria de Nazaré do Vale Lucas
Nazira Salomão Reis Manoel Marques de Oliveira Sandra de Fátima Luz Morais José Pedro dos Santos Maria Marilea Modesto da Costa Diácono Marcus Vinicius Amaral Soares Claudia Fernanda Soares Silva de Jesus Gisele Taiana Velasco Cerqueira Pinheiro José Leonidas Rodrigues Santos
Rosa Barra E S Maria das Graças Martins da Silva Maria de Fátima Cesar Beckman Adarcy Brasil Felix Fonseca Waldenyr Martins de Sousa Alberto Barreto de Sousa Alessandra Oliveira
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 18/03 – Diác. Ademirson Dias de Oliveira 19/03 – Pe. Vicent Inalegwu Isa 19/03 – Pe. Frei Arilson Lopes Uchôa 20/03 – Pe. Chigurupati Vijayachandar 20/03 – Diác. Robert Taylor Miranda Lima 21/03 – Diác. José Bento Marruaz da Silva 21/03 – Côn. Roberto Emílio Cavalli Júnior 22/03 – Pe. Cleber Willian Lopes Pombal 23/03 – Diác. Marcus Vinícius Amaral Soares 24/03 – Pe. Francisco Monteiro Ferreira (Padre Red) 24/03 – Pe. Valdinei de Lima Silva n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 18/03 – Pe. Alberto Bresciani 19/03 – Pe. Andréas Albertus Cornelis Heijligers 19/03 – Pe. José Maria da Silva Ribeiro 19/03 – Pe. Raimundo Nonato Viana de Souza 24/03 – Pe. Nilton Cezar Reis
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IGREJA
BELÉM, DE 18 A 24 DE MARÇO DE 2022
Papa Francisco NOMEOU novo bispo paraense ANÚNCIO feito dia 16 pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto, informa que é Monsenhor Cid
O
Papa Francisco nomeou dia 16 de março, o monsenhor Raimundo Possidônio Carrera da Mata bispo coadjutor para a Diocese de Bragança (PA).Desde 15 de fevereiro de 2020, ele atua como pároco da Paróquia Mistério da Transfiguração do Senhor, em Ananindeua (PA). A Arquidiocese de Belém tomou conhecimento do fato pelo pronunciamento oficial do Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, transmitido ao vivo pelo veículos de comunicação arquidiocesanos, presentes também o bispo auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro e o bispo diocesano de Ponta de Pedras, Dom Teodoro Mendes Tavares. “Tenho alegria de comunicar, a nomeação do monsenhor Raimundo Possidônio, bispo coadjutor para Diocese de Bragança (PA). Ele exerceu os mais variados e importantes ministérios em nossa arquidiocese, desempenhando com
muita competência, dedicação e espírito sacerdotal todos os serviços que lhe foram confiados. Temos a alegria de doá-lo como presente à Diocese de Bragança, onde vai ajudar Dom Jesus, em seu ministério. Temos o coração cheio de ação de graças, pela nomeação desse novo bispo, filho de nossa terra e de nossa arquidiocese”, disse Dom Alberto. “Eu agradeço a confiança em mim depositada pelo Papa Francisco. Vejo a mão misteriosa do Espírito de Deus que conduz a Igreja e a minha vida. Na obediência, acatei a sua escolha e dessa maneira servirei ao povo de Deus daquela tão querida igreja”, disse Monsenhor Cid. Monsenhor foi comunicado dia 2 de março pelo Núncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro. TRAJETÓRIA - Nasceu em 31/03/1954, em Icoaraci, distrito de Belém. Seus estudos fundamentais (primário e ginásio) em sua cidade natal, concluírram-
n DOM Alberto com o novo bispo coadjutor
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n NOMEAÇÃO foi divulgada oficialmente por Dom Alberto mediante pronunciamento ao vivo se no Seminário São Pio X (seminário menor da Arquidiocese), onde ingressou em 1968 e cursou o clássico no seminário redentorista Santíssimo Redentor (1970-1972). Cursou Filosofia e Teologia no Instituto de Pastoral Regional (IPAR), de 1973 a 1978. Foi ordenado diácono a 7/06/1976. Nesse período, auxiliou a formação do Seminário São Pio X, sendo ordenado sacerdote em 24/06/1978. Possui especialização em História da Igreja na América Latina, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1982), mestrado em História Eclesiástica pela Universidade Gregoriana, em Roma (1987). O Doutorado em História da Igreja, em curso, iniciou em 2000. Lecionou, em 1982, no IPAR Norte 2 e depois no seminário maior Nossa
Senhora da Conceição da Arquidiocese de Belém, com ensino nas áreas de História da Igreja do Brasil, América Latina e mundial, História da Igreja na Amazônia, História das Religiões e Ecumenismo. Assessora diversos cursos nas áreas da religiosidade, catolicismo popular e catequese. Foi assessor de assembleias diocesanas do Regional Norte II e vicediretor do IPAR. De 1994 a 1999, dirigiu o seminário maior N. Sra. da Conceição e foi cerimoniário da Arquidiocese de Belém, de 1989 a 2009. De abril de 2009 a março de 2010, foi administrador diocesano da Arquidiocese de Belém. Recebeu o título oficial de monsenhor em 2010. Desde 2004 é Vigário Geral da Arquidiocese, onde atuou, de 2004 até fevereiro de 2020, como coordenador de Pasto-
ral.
Exerceu funções de pároco em diversas paróquias da Arquidiocese: Sto. Antônio de Pádua, no Coqueiro (1980/85),
Pa r ó q u i a N . S r a . d e Fátima, em Icoaraci (1987/88), primeiro pároco da Paróquia N. Sra. Rainha da Paz (1988/92) e primeiro pároco da Paróquia N. Sra. da Conceição do Outeiro e Ilhas Adjacentes (1994/1999). Foi administrador paroquial de Sant’Ana (2000/2001), voltando a administrar a Paróquia d a Conceição em Outeiro (2001/2002). Foi pároco da Paróquia S.João Batista e N. Sra.das Graças (2002/2011) e em N. Sra. de Fátima entre de 2011 e 14/02/2020.
Participou como assessor de diversos encontros inter-regionais da Igreja na Amazônia: Manaus, 1997; Manaus,
2007; Santarém, 2012; I Encontro da Igreja na Amazônia Legal, 2012; II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, 2016; e do III Encontro dos Bispos na Amazônia Legal, 2018. Colaborou com a Comissão Episcopal para a Amazônia (CEA) da CNBB, participou da Comissão organizadora do Mutirão para a Igreja na Amazônia (Brasília, 2005) e da criação da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam, 2014). Integrou a Comissão da CNBB que elaborou as Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, em 2019. Integou o processo do Sínodo para a Amazônia (reuniões e assembleias preparatórias, elaboração do Instrumentum Laboris e, durante o Sínodo em Roma, da elaboração do Documento Final).
SAUDAÇÃO DA CNBB Brasília-DF, 16 de março de 2022 Estimado irmão, Monsenhor Raimundo Possidônio Carrera da Mata, Recebemos com entusiasmo a notícia da sua nomeação como novo bispo coadjutor da diocese de Bragança, no Estado do Pará, onde vai se somar na colaboração ao zelo pastoral de Dom Jesus Maria Cizaurre Berdonces. Nos unimos ao Povo de Deus da Arquidiocese de Belém, no Pará, expressando agradecimento pela sua dedicação como sacerdote, com especial destaque para a sua atuação no campo do ensino. Agora, revestido do ministério episcopal, o senhor continua a sua missão evangelizadora na Região Amazônica, bioma que se apresenta ao mundo, segundo o Santo Padre, “com todo o seu esplendor, o seu drama e o seu mistério”. E é da “Querida Amazônia” que destacamos um trecho para reforçar a sua missão neste território onde vem atuando em diferentes frentes tendo em vista a realização dos Sonhos do Papa Francisco para o Bioma: “Tudo o que a Igreja oferece deve encarnar-se de maneira original em cada lugar do mundo, para que a Esposa de Cristo adquira rostos multiformes que manifestem melhor a riqueza inesgotável da graça. Deve encarnar-se a pregação, deve encarnar-se a espiritualidade, devem encarnar-se as estruturas da Igreja. (…) Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a
beleza humana. Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas. Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos”. No desejo de que este impulso missionário seja sempre avivado, fazemos votos de um profícuo ministério na Diocese de Bragança, colaborando com a missão de Dom Jesus Maria Cizaurre Berdonces. Que Nossa Senhora do Rosário, padroeira da Diocese de Bragança do Pará, seja sua companheira na missão. Em Cristo, DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO
Arcebispo de Belo Horizonte (MG) Presidente da CNBB DOM JAIME SPENGLER
Arcebispo de Porto Alegre (RS) Primeiro Vice-Presidente da CNBB DOM MÁRIO ANTÔNIO DA SILVA
Arcebispo eleito de Cuiabá (MT) Segundo Vice-Presidente da CNBB DOM JOEL PORTELLA AMADO
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) Secretário-geral da CNBB