Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

www.fundacaonazare.com.br

BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

D O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA D

XCVIII - Nº 550 - PREÇO AVULSO: R$1,00 DIVULGAÇÃO

"Quero servir a Santa Igreja de Deus, de todo o coração, com uma vida consagrada à oração" Declaração do Papa Bento XVI no dia do anúncio da renúncia do seu pontificado. PÁGINAS 4 E 5.

ARQUIDIOCESE

DE BELÉM

IGREJA PELA JUVENTUDE

É TEMPO DE SALVAÇÃO

O MISTÉRIO DA PAIXÃO

Igreja no Brasil abre a Campanha da Fraternidade 2013, com o lema “Eis-me aqui, envia-me”. Jovens são os protagonistas deste ano.

Arcebispo de Belém fala sobre a Quaresma, tempo de recolhimento, 40 dias dedicados a à oração, à fraternidade e ao jejum.

No quarto capítulo do livro “Exposição sobre o Credo”, São Tomás de Aquino faz uma reflexão sobre o fortalecimento do homem pela Paixão de Cristo.

PÁGINA 9.

PÁGINAS PÁGINA 3.

PÁGINAS 10 E 11.


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BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Opinião Alegria de ser católico João Carlos Pereira

CHARGE DO ANDRÉ ABREU

jcparis@orm.com.br

Obrigado, Santidade

A

única palavra que me vem aos lábios (e ao coração), depois da inesperada renúncia de Bento XVI, é gratidão. Por oito anos ele foi nosso pastor, cuidou de nossa Igreja, falou pela unidade dos cristãos, trabalhou até o limite de suas forças pela paz e agiu, o quanto pode para tornar o mundo um lugar mais humano, mais justo e melhor. Em troca, recebeu a agressão dos que não pensavam como ele, a intolerância de quem não aceita a doutrina e a hostilidade gratuita de grupos que desejam administrar os rumos do catolicismo consoante a disposição do momento. Ao passar, ainda em vida, o trono de Pedro a um homem provavelmente mais jovem e com mais forças (tanto físicas, quanto espirituais), Bento XVI demonstra não apenas ter chegado ao nível pleno da consciência, como oferece à humanidade uma profunda lição da humildade. Em poucos dias, ele deixará de ser um dos líderes mais influentes do planeta e passará à solitária condição de padre enclausurado, vivendo para seus estudos, para sua música e para sua igreja. No momento em que encontrars e c o m o C r i a d o r, J o s e p h Ratzinger poderá dizer a Ele que cuidou do rebanho que lhe foi confiado e administrou a vinha, à qual se apresentou como pobre operário, como trabalhador fiel, na qual consumiu todas as forças. Devolvendo os talentos multiplicados, haverá de merecer, na história dos homens, o respeito e o carinho dos que o sucederem. Ao pedir desculpas por erros que não cometeu. Ao dizer ao mundo que a Igreja precisa de qualidade e não de quantidade. Ao não relativizar a doutrina, Bento XVI mostrou, mais uma vez, que era o homem certo, para o lugar certo, na hora certa. E como todo sábio, entendeu, com impressionante lucidez, a hora de sair de cena. Lições como essa valem um pontificado inteiro e ensinam mais do que encíclicas.

Comente esta charge: voz@fundacaonazare.com.br Jornalista e professor

Panorama José Pereira Ramos joseulina@oi.com.br

Fraternidade e Juventude

E

Economista e escritor

ste tema da “Campanha da Fraternidade” de 2013, envolvendo a juventude, está sendo lançado no início desta Quaresma, em que o país ainda está sob o impacto da terrível tragédia ocorrida na cidade de Santa Maria, RS, quando faleceram mais de duzentos jovens. Espero que a Juventude Universitária não se distraia com os envolventes atrativos carnavalescos e reflita sobre os acontecimentos na “balada” que resultou em quase duzentos e cinquenta mortes de jovens cheios de vida. Qual a necessidade dos jovens de hoje, promoverem festas sob o pretexto de fazer uma festa ainda maior, na colação de grau? Os pais desses jovens que são formados, tiveram necessidade disso, para festejarem suas colações de grau? As festas eram bem menores e em conseqüência exigiam menores

Encontro fraterno Ivens Coimbra Brandão

ivenscb@oi.com.br

“Rasguem o coração...”

A

Engenheiro civil e escritor

s pessoas que receberam as Cinzas na Missa da quartafeira verificaram que a liturgia da Palavra foi centrada em nossa reconciliação com Deus, orientando-nos a um encontro coloquial com o Criador. Para tanto, que estejamos de coração aberto, com atitudes sinceras, sem pretensões de ‘aparecer’. Logo na 1ª Leitura, o profeta Joel adverte: “Rasguem o coração e não a roupa! Voltem para Javé, o Deus de vocês, pois ele é piedade e compaixão, lento para a cólera e cheio de amor, e se arrepende das ameaças” (Jl 2, 13). No início do seu processo de conversão, o articulista participou de um evento, em que o pregador, um sacerdote salesiano, Padre Lourenço Bertolusso, discorria sobre o nosso afastamento de Deus, pelos desvios de conduta que bloqueiam nossos

Fundado em 5 de julho de 1913

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Monsenhor Marcelino Ferreira Vigário geral da Arquidiocese de Belém do Pará

despesas. Faz-se necessário que a juventude ponha a cabeça no lugar certo, e deixe de ser presa fácil para os gananciosos que inventam novos modismos, só para tomar dinheiro dos outros. Não quero discutir a falta de segurança em todos os sentidos. O que me preocupa é a grande parte da juventude atual, que só está se lembrando de Deus, depois de acontecer uma desgraça. Juventude que frequenta “baladas”, em qualquer lugar do país, está expondo-se a toda espécie de perigos, que não necessitamos aqui relacionalos. Mas, o mais perigoso, é o contato com as drogas. A discussão será ainda longa sobre as responsabilidades e legalidades nessa espécie de negócios, o que também não me cabe aqui discutir. O que quero lembrar é que neste ano, - o ano da fé - será realizada a Jornada Mundial da Juventude com o Papa, no Rio de Janeiro. Não seria muito melhor a Juventude Católica, dar maior atenção a este acontecimento, com uma participação consciente e efetiva?. Não é preciso esperar ser idoso para ser “sério”. Quem é “sério”, começa da juventude. corações. Movido pelo entusiasmo de quem inicia uma caminhada, interrompi o palestrante, dizendo que nascíamos com o nosso coração transparente. No entanto, ao longo da vida, o órgão que representa o cofre do tesouro que nos foi concedido pelo Criador, começa a receber sucessivas camadas de pó, que vão se transformando em uma crosta, tantas vezes de difícil remoção. Ao final da intervenção, o vibrante sacerdote abriu um leve sorriso de assentimento, demonstrando compreensão pelo entusiasmo, pela minha descoberta. O trecho do Evangelho que foi lido na Missa, alerta para não nos deixarmos levar pelo exibicionismo. As ações dignas de nossa vocação para o bem, não precisam de ‘testemunhas’, afinal, Deus nos conhece por completo: “Prestem atenção! Não pratiquem a justiça de vocês diante dos homens, só para serem elogiados por eles. Fazendo assim, vocês não terão a recompensa do Pai de vocês que está no céu” (Mt 6, 1). Que este Tempo de Quaresma que ora se inicia, seja mais uma oportunidade de abrirmos nossos corações ao Amor de Deus.

DIRETOR GERAL Monsenhor Raimundo Possidônio DIRETORA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marluce Guerreiro Milhomem DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Arnaldo Pinheiro COORDENAÇÃO Franklin Salvador (DRT/PA 2242)

Sua voz Qual o seu agradecimento ao Papa Bento XVI?

CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO João Carlos Pereira Padre Nilton Cezar Reis Padre Cláudio de Souza Barradas EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Sérgio Santos (DRT/PA 579) Assinaturas, distribuição, administração e redação Avenida Governador José Malcher, Edifício Paulo VI, 915 CEP: 66055-260, Bairro Nazaré, Belém - Pará Telefones: (91) 4006-9200/ 4006-9209.

“Agradeço pela sua perseverança, seu ensinamento e todas as riquezas espirituais que em nenhum momento deixou de nos ensinar. Que Deus lhe conceda todas as graças.” JOANA DIAS, 36 anos, vendedora “Bento XVI tentou trazer às pessoas os bons costumes e tentou passar para os cristãos a melhor forma de se manter na vida católica. Ele foi muito importante na vida da Igreja, e por isso sou grata a ele.” ÉRIKA MERCÊS, 19 anos, estudante “Agradeço a ele pela reafirmação da fé católica no mundo. O fortalecimento da comunicação entre a Igreja e os fiéis foi um ponto importante que deixará marcas.” WALRIMAR SANTOS, 36 anos, jornalista

Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


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Arcebispo Conversa com meu povo Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

G

anhar tempo, aproveitar o tempo, antecipar-se, não perder tempo... São expressões encontradiças em nossa boca com extrema frequência. Diferente do adulto é o tempo da criança, ou os sonhos do adolescente com a vida, ou o tempo carregado de memórias dos anciãos. Tempo medido e contado ou tempo a ser desfrutado ou, quem sabe, desperdiçado. Tempo simbólico, quarenta anos ou quarenta dias, vinte e cinco ou cinquenta anos, aniversários e jubileus! Fomos feitos por Deus e mergulhados no tempo, não apenas aquele que a física estuda ou é marcado pelo relógio, mas o tempo presente, dado por Ele, carregado de sentido porque se torna história de nossa salvação. A sabedoria milenar na Igreja construiu, pouco a pouco, o que se chama “Ano litúrgico”, com o qual,

Tempo oportuno DIVULGAÇÃO

Durante a Quaresma, chegue a todos o convite da Igreja a intensificarem o tempo de oração a partir da Morte e Ressurreição, seu “Mistério Pascal”, os cristãos percorrem os eventos da vida do Senhor nesta terra, para o reconhecerem sempre presente (Mt 28,20), até sua vinda gloriosa no final dos tempos. A pedagogia da Igreja nos faz reencontrar os mesmos acontecimentos salvíficos, mas nos espera crescidos e mais maduros, capazes de acolher melhor as graças de cada época do ano. Todas as suas etapas são “tempo oportuno”. Atualizase o apelo do Apóstolo São Paulo: “Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, pois ele diz: ‘No momento favorável, eu te ouvi, no dia da salvação, eu te socorri’. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (2 Cor 6,1-2). Quarenta dias dedicados à oração, à fraternidade e ao jejum! Todas as pessoas que fazem uma experiência “religiosa”, mesmo em outras vertentes, até não cristãs, descobrem a necessidade de um relacionamento com Deus, um novo trato com o próximo e as exigências de um equilíbrio das forças de sua própria natureza. Observe-se que muitas delas fazem dietas ou jejuns muito mais estritos e exigentes do que a Igreja propõe para a Quaresma, por motivos espirituais, estéticos ou por prescrições médicas. É que não faz mal a ninguém orar, amar o próximo e educar a própria vontade! Entretanto, a Igreja celebra a Quaresma com um olhar mais amplo e profundo. Como os cristãos assim se chamam por ter recebido no Batismo a vida nova nascida do próprio Cristo morto e ressuscitado, celebram cada semana, no domingo, a sua Páscoa, e a comemoram anualmente, preparados pela Quaresma, renovando, como num aniversário

de Batismo, sua renúncia ao pecado e ao demônio e a fé professada. A Quaresma tem os olhos voltados para a Vigília Pascal. A vela acesa no Círio Pascal, para a renovação das promessas feitas, será um dos grandes símbolos da vida em Cristo. O mesmo Cristo, as mesmas celebrações, mas um tempo novo! Durante a Quaresma, chegue a todos o convite da Igreja a intensificarem o tempo de oração. Comecemos pela participação na Missa Dominical, preparada de preferência em família. Propomos ainda a retomada de um bonito costume da família ir à Igreja, com todos os seus membros, escolhendo um horário que dê certo para todos, marcando presença na Missa paroquial e acolhendo os dons de Deus que são oferecidos em abundância. Depois, a oração pessoal, especialmente com a Bíblia, descobrindo a riqueza da chamada leitura orante da Palavra de Deus, “Lectio Divina”. Um bom roteiro pode ser o “Retiro Popular” divulgado pela Arquidiocese de Belém. Nosso programa quaresmal contempla a caridade para com o próximo. A Igreja Católica realiza durante este período a “Campanha da Fraternidade”. Trata-se de fazer ‘propaganda’ de uma sociedade mais justa e fraterna. Se pudermos, queremos “fazer a cabeça” dos homens e mulheres de nosso tempo para que caiam as barreiras que isolam as pessoas, cresça o relacionamento fraterno e se espalhe a solidariedade. Cada ano se escolhe um tema e um lema candentes, que ajudem a divulgar novos critérios e práticas de fraternidade. Neste ano de 2013, quando nosso país receberá a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, com a honrosa presença do Papa Bento XVI, a Campanha é sobre

“Fraternidade e Juventude”, com o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8), com o objetivo de “acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da

paz” (Texto-base da Campanha da Fraternidade 2013, n. 4). Caridade neste ano é acolher a juventude e envolvê-la para que contribua na construção de um mundo melhor. Enfim, Quaresma pede reeducação dos afetos, superação da concupiscência da carne e dos olhos (Cf. 1 Jo 2,16), formação das novas gerações a partir de valores consistentes, jejum, mortificação e equilíbrio no uso dos bens do mundo. Aqui, abre-se um grande horizonte de reflexão e de novas práticas. Propomos um exercício de reorientação dos instintos, superando a tendência à idolatria do prazer, do poder e da posse. Poderá chegar a tais decisões aquela pessoa que refizer seu caminho de seguimento de Jesus Cristo, escolhendo-o como Senhor de sua vida e reconhecendo-o como único Salvador. Assim, peçamos a Deus as graças para o tempo especial que se inicia: “Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa”.


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Vaticano SANTO PADRE

Por que Bento XVI renunciou? O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, explica as razões da histórica decisão do Papa n Fonte: ZENIT

DIVULGAÇÃO

O

Papa não está doente. O Papa está bem. A razão da decisão de renunciar ao ministério petrino é devida à fragilidade proveniente do envelhecimento e da conseqüente impossibilidade de governar a Igreja melhor. Padre Federico Lombardi explicou com clareza as causas subjacentes da histórica decisão anunciada segunda-feira (11) pelo Pontífice. Uma “decisão consciente, espiritual, bem fundamentada do ponto de vista da fé e humano”, como declarou na coletiva terça-feira (12) com os jornalistas na Sala de Imprensa vaticana. Em particular, o porta-voz do Vaticano, quis “eliminar” algumas insinuações que saíram pelos meios de comunicação italianos, sobre uma possível doença do Santo Padre, que ainda estivesse escondida e sobre alguns procedimentos cardíacos que o Papa teria sofrido recentemente. “Não existem doenças específicas”, afirmou Pe. Lombardi, nem sequer “algum intervenção especial”. É verdade que Bento XVI nos meses passados se submeteu a uma pequena operação cardíaca, mas explicou Lombardi – foi apenas uma substituição das baterias do marcapasso. Portanto, uma intervenção “normal, de rotina, como de todas as pessoas que têm um controlador cardíaco” que não tem nenhum importância na decisão do Pontífice, porque foi algo “irrelevante sob todos os pontos de vista”. O d i re t o r d a A s s e s s o r i a d e Imprensa Vaticana confirmou que até o dia 28 de fevereiro – data em que a Sé ficará vacante – a agenda de Bento XVI não sofrerá nenhuma variação. Trata-se das últimas intervenções do Papa Ratzinger, portanto, “ocasiões preciosas” que o Padre Lombardi convidou a “prestar muita atenção”. Sobretudo, prestemos atenção na Audiência geral de quarta-feira (13) (a primeira aparição pública após declaração), e a celebração das Cinzas que, por questões de espaço, não será mais na Santa Sabina no Aventino, mas na Basílica de São Pedro, justamente “para acolher mais fieis e tantos cardeais” que participarão daquela que, de fato, é “a última grande concelebração do Papa”. Aconteceu, na quinta-feira (14), na Sala Paulo VI, a antiga tradição do encontro – conversa do Papa com o clero romano. Naquela ocasião, Bento XVI “falará espontaneamente com anotações preparadas”, e de acordo com o que disse Pe. Lombardi, “falará da sua experiência no Concílio Vaticano II”. Permanecem inalterados também outros eventos, como os Angelus do domingo, as visitas ad limina dos bispos italianos, as audiências aos presidentes da Romania e Guatemala, a intervenção no final dos exercícios espirituais e a última audiência do 27 de fevereiro, que acontecerá provavelmente na Praça de São Pedro, “para dar possibilidade de uma participação maior na saudação ao Santo Padre”. Respondendo a uma questão

w RENÚNCIA Decisão consciente e espiritual fudamentada na fé

urgente, o porta-voz do Vaticano também falou da possível encíclica sobre a fé e a possibilidade de que seja publicada no final do mês. “Que eu saiba não - disse - porque não estava preparada para ser traduzida, publicada, terminada em pouco tempo”. “Se haverá depois outro modo em que Bento XVI nos fará participantes das suas reflexões sobre a fé, muito bem”, acrescentou. Porém, “a Encíclica como tal, publicada pelo Papa não podemos pensar que a teremos até o final do mês”. Perguntado sobre o motivo que fez o Papa não ter definido uma data que lhe tivesse dado mais tempo para

entregar o importante documento, padre Lombardi respondeu “a escolha da data de uma comunicação e depois a sede vacante é uma escolha feita com uma reflexão ampla também em base a um calendário litúrgico e aos compromissos da Igreja”. “Esse - afirmou – era um bom tempo para ter um espaço de um anúncio e depois a convocação do conclave, de tal forma que se chegasse à Páscoa e ao período pascal com a eleição do novo Papa”. Consciente, portanto, da “sua condição de forças que diminuem”, Bento XVI considerou já o momento amadurecido para deixar que fosse

um outro Papa a enfrentar os novos compromissos e concluir o Ano da fé. Continuando o tema dos “tempos”, Lombardi explicou que o Papa deixará as suas funções às 20hs e não às 24hs do dia 28 de fevereiro, porque naquela hora acaba “normalmente” a jornada de trabalho do Papa, “antes de retirarse em oração e depois repousar”. Grande preocupação dos jornalistas foi, então, compreender como se chamará ou vestirá Bento XVI quando volte ao Vaticano depois da sua estada em Castel Gandolfo. “São questões ainda não definidas” disse Lombardi. Notícia certa é, pelo contrário, que Bento XVI “não voltará cardeal”, nem “será Bispo emérito de Roma” ainda se, por agora, não existem fórmulas oficiais. É certo, porém, que não terá nenhum papel no próximo conclave, enquanto que permanece a probabilidade de que, como é normal, o anel petrino seja quebrado. O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano confirmou o início em novembro dos trabalhos de restauração do mosteiro Mater Ecclesiae “no Vaticano, que há um tempo era ocupado por irmãs de clausura, onde o Papa residirá. Embora tenha sido “ampliado com a construção de uma capela ao longo do muro que desce da torre da Colina”, o Mater Ecclesiae “permanece portanto um edifício pequeno – disse Lombardi – onde não podem estar unidos a residência das religiosas e a do Papa” . Quando perguntado sobre o motivo que fez o Papa decidir morar neste lugar, o porta-voz respondeu que foi uma decisão do Papa, porque “ninguém lhe impõe onde deve ir ou o que deve fazer”. “O Papa conhece muito bem o Vaticano – acrescentou – e portanto sabia perfeitamente o que era o convento, onde estava e se poderia ser uma colocação adequada” que garantisse uma certa “autonomia e liberdade”. Uma última questão levantada é a de que foi a mesma viagem a Cuba e ao México que determinou, devido à fadiga, a decisão do Pontífice de demitir-se. Na realidade, assinalou Padre Lombardi, Bento XVI tinha considerado esta hipótese já no livroentrevista do 2010, “Luz do Mundo”, de Peter Seewald. Portanto, era um tema já claro antes da viagem ao México e Cuba, “independente de eventos específicos”. Além disso, depois da experiência da viagem intercontinental, o Santo Padre “não colocou no calendário outras grandes viagens, mas só afirmou que para Rio era normal que o Papa estivesse presente, mas não quer dizer que seria ele mesmo que estaria presente”. Em conclusão, à questão “escaldante”: conseguirão conviver d o i s Pa p a s n o Va t i c a n o ? Pe . Lombardi respondeu calmamente: “É uma situação nova, mas acho que não haverá nenhum problema para o seu sucessor”. Na verdade, afirmou, “o sucessor provavelmente se sentirá sustentado pela oração, por uma presença intensa de amor e de participação da pessoa que mais do que qualquer outra no mundo pode compreender e participar das preocupações do seu sucessor”.


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BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Vaticano O católico deve viver esse momento da vida da Igreja com muita serenidade Entrevista com o Cardeal dom Raymundo Damasceno Assis n Fonte: ZENIT

do ministério de Pedro.”

“O

católico deve viver esse momento da vida da Igreja com muita serenidade e em união de preces pelo Papa Bento XVI e pelo Conclave que elegerá o novo Papa”, afirmou o arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, o Cardeal Dom Raymundo, em uma breve entrevista concedida à ZENIT, respondendo à algumas questões esclarecedoras referentes à renúncia do Papa Bento XVI.

ZENIT: QUAL TEM SIDO A IMPORTÂNCIA DE BENTO XVI PARA A IGREJA NO BRASIL?

Card. Raymundo Damasceno: Além da importância do seu magistério para toda a Igreja, o Papa Bento XVI manifestou um carinho especial para com o Brasil: canonizou o primeiro santo brasileiro, Santo Antonio de Santana Galvão e decidiu a realização da V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, em Aparecida, onde esteve para inaugurá-la no dia 12 de maio de 2007. Seu discurso de abertura da V Conferência é um dos discursos mais importantes do seu pontificado.

ZENIT: UM PAPA PODE RENUNCIAR?

Card. Raymundo Damasceno: Segundo o Direito Canônico, cânon 332, o Papa pode renunciar ao seu cargo. Para que a renúncia seja válida, se requer que seja livre e devidamente manifestada. Não se exige que seja aceita por alguém ou por um grupo de pessoas. Para todos os demais cargos, se requer que a renúncia seja aceita por alguém.

ZENIT: COMO UM CATÓLICO DEVE RECEBER ESSA NOTÍCIA? COM TRISTEZA, ALEGRIA, INDIFERENÇA?

Card. Raymundo Damasceno:O católico deve viver esse momento da vida da Igreja com muita serenidade e em união de preces pelo Papa Bento XVI e pelo Conclave que elegerá o novo Papa. Cristo é o Pastor supremo da Igreja e o Espírito Santo a assiste na sua caminhada histórica. O elo da corrente da sucessão na Cátedra de Pedro nunca foi interrompido. Rezemos para que o novo Papa tenha muita sabedoria e fortaleza para conduzir a “Barca de Pedro” e guiar o Povo de Deus.

ZENIT: QUAIS RAZÕES LEVARIAM UM PAPA A RENUNCIAR?

Card. Raymundo Damasceno: O motivo da renúncia de um Papa é simplesmente uma justa causa que pode ser fundada em motivos objetivos ou subjetivos. O Papa Bento XVI deu como um dos motivos de sua renúncia “ que suas forças, devido à avançada idade, não mais são apropriadas para o adequado exercício

Texto integral do anúncio: “Caríssimos Irmãos,

convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.” Bento XVI Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

CATEQUESE DE QUARTA-FEIRA

“Agradeço a todos pelo amor e pela oração” Bento XVI recebeu na quarta-feira (13), na Sala Paulo VI, milhares de fiéis e peregrinos para a Audiência Geral DIVULGAÇÃO

O primeiro evento público depois do anúncio de sua renúncia. De fato, no início da Audiência, o Pontífice se dirigiu aos presentes com essas palavras: Queridos irmãos e irmãs. Como sabeis, decidi… (aplausos) – obrigado pela vossa amizade! – decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou no dia 19 de Abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem ciente da gravidade de tal acto mas igualmente ciente de já não ser capaz de desempenhar o ministério petrino com a força que o mesmo exige. Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o Qual não lhe deixará jamais faltar a sua orientação e a sua solicitude. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado. Obrigado! Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força da oração que me proporciona o amor da Igreja, a vossa oração. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor vos guiará. A catequese desta quarta-feira foi dedicada ao início do tempo litúrgico da Quaresma – os quarenta dias que nos preparam à celebração da Santa Páscoa. “É um período de esforço especial no nosso caminho espiritual”,

w AGRADECIMENTO A Igreja é de Cristo, o Qual não deixará jamais faltar a sua orientação e sua solicitude

disse o Papa, explicando que é o tempo que Jesus passou no deserto antes de iniciar sua vida pública, e onde foi tentado pelo maligno. Refletindo sobre as tentações a que Jesus foi sujeito, cada um de nós é convidado a dar resposta a esta pergunta fundamental: Que lugar tem Deus na minha vida? As provas às quais a sociedade atual submete o cristão, de fato, são muitas, e dizem respeito à vida pessoal e social. Não é fácil ser fiel ao matrimônio cristão, praticar a misericórdia na vida cotidiana, deixar espaço à oração e ao silêncio interior. “A tentação de colocar de lado a

própria fé está sempre presente e a conversão se torna uma resposta a Deus que deve ser confirmada mais vezes na vida”, afirmou. Neste Tempo de Quaresma, no Ano da fé, o Papa nos convida a re n ova r n o s s o e m p e n h o n o caminho de conversão, para superar a tendência de nos fechar em nós mesmos e para deixar, ao invés, espaço a Deus, olhando com seus olhos a realidade cotidiana. “Converter-se significa não fecharse na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da própria posição, mas fazer de modo que todos os dias, nas pequenas coisas, a verdade, a fé

em Deus e o amor se tornem a coisa mais importante.” Queridos irmãos e irmãs, hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa. Estes quarenta dias de penitência nos recordam os dias que Jesus passou no deserto, sendo então tentado pelo diabo para deixar o caminho indicado por Deus Pai e seguir outras estradas mais fáceis e mundanas. Refletindo sobre as tentações a que Jesus foi sujeito, cada um de nós é convidado a dar resposta a esta pergunta fundamental: O que é que verdadeiramente conta na minha vida? Que lugar tem Deus na minha vida? O senhor dela é Deus ou sou eu? De fato, as tentações se resumem no desejo de instrumentalizar Deus para os nossos próprios interesses, em querer colocar-se no lugar de Deus. Jesus se sujeitou às nossas tentações a fim de vencer o maligno e abrir-nos o caminho para Deus. Por isso, a luta contra as tentações, através da conversão que nos é pedida na Quaresma, significa colocar Deus em primeiro lugar como fez Jesus, de tal modo que o Evangelho seja a orientação concreta da nossa vida. Amados peregrinos lusófonos, uma cordial saudação para todos, nomeadamente para os grupos portugueses de Lamego e Lisboa, e os brasileiros de Curitiba e Porto Alegre. Possa cada um de vós viver estes quarenta dias como um generoso caminho de conversão à santidade que o Deus Santo vos pede e quer dar! As suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias! Obrigado!


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BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Igreja IVAN CARDOSO

Um só coração e uma só alma Padre Agostinho Cruz afs.cruz@hotmail.com

Um instrumento insuficiente nas mãos de Deus

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Bacharelando em Teologia pela Faculdade Dehoniana (SP), Pároco de São João Batista e Nossa Senhora das Graças (Icoaraci)

ostuma-se pensar e propagar que toda e qualquer forma de renúncia é um sinal de fraqueza ou de incapacidade frente aos desafios que se lhe impõe. Não se pensa que a renúncia traz em si mesmo a graça de uma força interior, de algo tão grande que é capaz de confundir até os mais sábios e espertos. Ao sermos tomados pelo anúncio da renúncia do Santo Padre veio à tona a descoberta da grandeza proveniente de uma abdicação feita na liberdade e na oração, no reconhecimento dos limites humanos e na confiança na providência divina. O Sucessor de São Pedro, Bento XVI, vive seu pontificado sob a égide da humildade, que serve como uma espécie de moldura que o envolve desde sua eleição como papa até o presente momento em que expõe à Igreja e ao mundo a sua decisão de abdicar do serviço de chefe da Igreja. Suas primeiras palavras,

depois de eleito o 265º Papa foram exatamente essas: “Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes”. A eleição divina que recaiu sobre ele não tirou a serenidade e humildade de reconhecer a ação da graça de Deus. Seu exemplo e testemunho de humildade são, a partir de agora, um legado e uma herança deixada a toda a Igreja e aos homens de boa vontade, que tem que olhar para si mesmo, e se perceberem dependentes da graça divina, que humanamente tem limites. Só quem já teve que tomar grandes decisões na vida sabe o que se passa no coração do santo Padre. Mais que uma tomada de

decisão, este seu gesto é também um serviço à amada Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Enquanto tantos querem se apegar ao poder e aos benefícios de seus ofícios, nosso querido pastor abdicando a visibilidade do poder alude ao mundo moderno que toda força vem de Deus e não do homem, que a humanidade precisa cooperar com a graça de Deus. Bento XVI ensina-nos que o homem é mais homem quando deixa Deus conduzi-lo, quando não força o agir de Deus. Mais uma vez o mundo se volta para Roma, para a vida luminosa de nossos papas que terminam seus pontificados carregados de ensinamentos. O

beato João Paulo II que levou até o limite de seu vigor físico, chamando o mundo inteiro a olhar o sofrimento como instrumento de redenção, associando seu sofrimento ao de Cristo, e inserindo nele a humanidade inteira; o mundo inteiro atraído pela dor da debilidade física de um Papa tão humano, tão bom, tão carismático. Este mesmo mundo vê-se mais uma vez absorvido por um gesto que não tem nada de fraqueza, mas de coragem, ousadia e grandeza de coração, algo tão carente nos dias atuais. Nosso Santo Padre Papa Bento XVI, instrumento na mão de Deus, em tão pouco tempo de pontificado, deixa uma lição quem não temos como mensurála no momento, a da graça da renúncia. Seu gesto, não menos doloroso que de seu predecessor, é carregado de sofrimento, de dor e esperança para a Igreja. O mundo está atônito, perplexo e espantado com tamanha coragem de Bento XVI, e nós católicos devemonos associar ao Santo Padre com nossa gratidão por ter exercido um pontificado tão fecundo e tão vigoroso para a Igreja. Consolemo-nos com suas palavras na última oração do Angelus rezada no domingo, dia 10 de fevereiro de 2013: “Os insucessos e as dificuldades não induzam ao desânimo: a nossa tarefa é lançar as redes com fé, o Senhor fará o resto”.

Sal e Luz Leno Carmo (lenocarmo@yahoo.com.br)

Obrigado, querido Joseph Alois Ratzinger

E

m certos momentos de nossa vida, não há palavras que traduzam o que sentimos; reduzir o que se passa no coração aos verbetes da língua portuguesa não contenta ou alivia o que passa no íntimo do ser, quando muito, nos aproxima da realidade que atinge de forma surpreendente tantas vezes nossa vida. Assim foram os sentimentos ante a renúncia do Papa Bento XVI, na última segunda-feira, 11 de fevereiro. O silêncio traduziu até a incredulidade ao acompanhar o boletim extraordinário da TV. Fiquei triste, como católico, mas solidário, com a decisão de um homem de quase 86 anos de vida, em sua maioria, dedicada a Igreja do Cristo, limitado em seu vigor físico, mas plenamente lúcido e corajoso, para assumir a hora de abdicar de suas funções como líder religioso de mais de um bilhão de pessoas no mundo inteiro. Ao longo de sua história e especialmente, nestes anos à frente da barca de Pedro, lembro o quanto aprendi com nosso querido Bento XVI; desde a agradável surpresa com a belíssima encíclica “Deus é Amor”, ainda em 2005, quando o Bispo de Roma apresentou, com clareza, a importância de descobrir o “centro da

fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e do seu caminho” até a bela reflexão sobre a fé, na carta apostólica Porta Fidei, em outubro de 2011, passando pela eloquente e amorosa exortação póssinodal sobre a Eucaristia; “pão descido do céu”, “alimento da verdade”; de fevereiro de 2007. Desde o início, para quem esperava uma forte expressão disciplinar, Bento XVI inovou, falando do amor, nossa origem como filhos de um Deus que é amor, que nos criou por amor e para o amor, de forma tão simples quanto decisiva. Para mim, foi a certeza de termos entre nós um professor de rara capacidade de diálogo, ímpar sabedoria e capacidade de transmitir, em poucas palavras, o que pensa e acredita. Como na reflexão acerca da caridade, assim também o foi na encíclica Spe Salvi, sobre outra virtude teologal; a esperança, “aspecto distintivo do cristão”, publicada em novembro de 2007, quando o Santo Padre nos revelou uma das mais belas reflexões sobre este tema, presente na carta de São Paulo aos Romanos (8,24) ”Pois nossa salvação é objeto de esperança; e ver o que se espera, não é esperar.

Acaso alguém espera o que vê?”. Bento XVI escreveu sobre a vida eterna e nos apresentou Maria como estrela da esperança. Em outra abordagem sobre a caridade, nosso Pontífice refletiu, com as chaves de Pedro, sobre o desenvolvimento dos povos, a colaboração da família humana e o uso da técnica no contexto da fraternidade em outro

Nestes anos à frente da barca de Pedro, lembro o quanto aprendi com nosso querido Bento XVI

documento magisterial. A Caridade na Verdade, encíclica de julho de 2009, nos deu este preciso painel do mundo em que vivemos e da necessária afirmação da verdade do Plano de Deus para a humanidade, com orientações éticas que podem viabilizar “a

reforma, quer da ONU quer da arquitetura econômica e financeira internacional, sentida em especial perante o crescimento incessante da interdependência mundial, mesmo no meio de uma recessão econômica planetária”. No documento, o Papa chamou a atenção para os princípios da subsidiariedade e solidariedade, a fim de se construir a paz e defender a vida humana e o planeta. Por fim, na carta apostólica, Porta da Fé, de outubro de 2011, concluindo a tríade das virtudes teologais com a Fé, Bento XVI convidou todos os crentes reafirmar e reinflamar a resposta afirmativa a Deus, recordando a “necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”. Tanto ensinamento, lucidamente ministrado, também foi característica da beleza de outros escritos em que Bento XVI assinou apenas como teólogo, como na bela trilogia sobre Jesus de Nazaré ou quando Ratzinger foi apenas o entrevistado do jornalista Peter Seewald, no livro “Luz do Mundo”, onde percebi tão claramente sua humanidade e passei a admirá-lo ainda mais. Com a suavidade e a

assertividade do pianista que aprecia Mozart, tão complexo quanto admirável, Joseph Ratzinger construiu, nota após nota, harmonia após harmonia, a métrica da grande sinfonia que foi seu pontificado, alternando momentos de dificuldade e de incompreensão até dos seus, com a ternura, lucidez, confiança em Deus e a inteligência demonstrada em tantos escritos e em atitudes de coragem que assumiu, aliadas a responsabilidade e coerência, como no anúncio de sua renúncia, com dia e hora para o término de suas atividades no papado. Em meu íntimo está certa saudade, creio que em Castel Gandolfo, onde está Sua Santidade, está também este sentimento, mesclado a tranquilidade daqueles que, como afirmou o Apóstolo dos Gentios, “combateu o bom combate, guardou a fé”. Bento XVI conclui suas atividades com o presente dado pelo Pai, de poder avaliar cada detalhe de sua vida pessoal e como Bispo de Roma; conforto dado aqueles que Deus tem com muito carinho em seu coração. A cada um de nós que aprendeu a amar o Santo Padre, cabe, sem dúvida, as orações por sua saúde e sua sabedoria e a gratidão pela coragem de testemunhar a Verdade que é Jesus Cristo.


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Igreja

LUIZ ESTUMANO

w PREPARAÇÃO Na quarta-feira (13), Pe. Paolo Catel fez a imposição das cinzas sobre os fiéis na celebração eucarística na Basílica Santuário

QUARESMA

É tempo de buscar a conversão Quarta-feira de Cinzas dá início aos quarenta dias de preparação à Páscoa A chegada de um momento especial na vida de uma pessoa gera, muitas vezes, preparação. E quanto mais importante for a ocasião, maior leva o tempo para se preparar. Na Igreja Católica, o mesmo acontece com a chegada da Quaresma. No período de quarenta dias, a partir desta Quarta-Feira de Cinzas (13), todos os cristãos são convidados a se preparar para a Páscoa do Senhor através de orações e reflexões. O momento religioso que encerra no Domingo de Ramos, 24 de março, é considerado a maior de todas as festas da Igreja por celebrar a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. O tempo da Quaresma é c o n s i d e ra d o u m c a m i n h o d e preparação para se intensificar a própria conversão a Deus. Durante

quarenta dias, Cristo faz lembrar os quarenta dias que jejuou e rezou antes de enfrentar as tentações de demônio no deserto e ensinar como vencer o mal por meio da oração e do jejum. Da mesma forma, a Igreja ensina aos cristãos como vencer as tentações de hoje vivendo o período. “Este deve ser um tempo de realizar o exercício quaresmal, de oração, jejum e esmola. É um período para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos santos e fortalecer o espírito para vencer as paixões desordenadas da carne”, explica Monsenhor Gabriel da Silva, 52, pároco da Paróquia de São José, no município de Castanhal. Monsenhor Gabriel destaca que é uma oportunidade para “a reconciliação com Deus e profunda escuta da Palavra”. E destaca também

o exercício da conversão pessoal e social durante eventos como da Campanha da Fraternidade, cujo tema deste ano é: “Fraternidade e Juventude”. A Quaresma inicia nesta QuartaFeira de Cinzas (13), quando são realizadas missas para a benção das cinzas, e encerra no Domingo de Ramos, 24 de março. Nas celebrações, os sacerdotes marcam a cabeça dos católicos com cinzas retiradas dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior. “As cinzas simbolizam o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a efêmera e a fragilidade da vida humana. Convertei-vos e crede no evangelho”. Acrescenta Monsenhor Gabriel. Viviane Carpágenes, 35, leiga compromissada da Comunidade

Casa da Juventude (CAJU), revela que busca vivenciar este tempo de forma intensa. “Inicio com o processo de meditação e muita reflexão durante as minhas orações. Também opto pelo jejum e a abstinência de coisas que gosto muito, como doces e chocolates. Em minha leituras pratico a Lectio Divina e a liturgia das horas, sempre me preocupando em refletir sobre a Via Sacra e me confessar com antecedência para estar bem preparada”, afirma. Para ela, outro importante aliado durante os 40 dias da Quaresma são as leituras de retiros espirituais. “Recomendo sempre o livro escrito por Dom Alberto Taveira, e que já acompanho há muitos anos. Neles sempre encontro as respostas e orientações que preciso para viver da melhor forma este período”, explica.

MENSAGEM DE BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2013 Crer na caridade suscita caridade «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos n'Ele» (1 Jo 4, 16) "Queridos irmãos e irmãs! A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da ação do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros." LEIA A MENSAGEM NA ÍNTEGRA NO PORTAL NAZARÉ, ACESSE: WWW.FUNDACAONAZARE.COM.BR


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Formação Primavera do mundo Padre Idamor da Mota Jr. (idamorjr@yahoo.com.br)

Força para Servir e Sacrificar-se

A

DIVULGAÇÃO

pós ter concluído uma série de artigos sobre as Catequeses de João Paulo II sobre o amor humano, mais conhecidas como Teologia do Corpo, minha proposta agora é trazer um pouco mais de reflexão sobre a mesma temática com uma abordagem diferente; onde basicamente, serão explorados um pouco mais a fundo as características da autêntica masculinidade e feminilidade de acordo com a antropologia proposta por João Paulo II já vistas anteriormente. E quero, de certa forma, direcionar esses artigos aos jovens que se interessem em aprender um pouco de mais sobre si mesmos. Começaremos hoje adentrando um pouco mais no universo da masculinidade. Quando comparamos os corpos masculino e feminino, uma das mais óbvias e claras diferenças entre eles está na força física do homem que contrasta com a graça da figura feminina. A força física está sempre associada a masculinidade. E é por isso que, por exemplo, atletas profissionais são sempre reverenciados. Justamente porque eles buscam esse aperfeiçoamento físico para um melhor desempenho de suas atividades. Também os super-heróis são retratados sempre com esse mesmo perfil físico, muitas vezes fora do comum. No entanto, se pararmos para pensar melhor, o vigor do corpo masculino aponta para uma realidade ainda mais profunda. Ele,

na verdade, aponta para e revela uma força interior que o homem possui. Não que as mulheres não sejam possuidoras de tal força interior. Muito pelo contrário, mulheres têm sim uma força interior natural muitas vezes maior que a masculina, o que as faz suportar grandes tribulações com muita coragem. O ato de dar à luz, por exemplo, ilustra muito bem essa força que só a mulher tem. Mas como dizia anteriormente, o atributo da força física masculina aponta para a realidade onde a verdadeira masculinidade requer uma força interior. E que força interior é essa? São as várias virtudes, tais como, convicção, decisão, iniciativa, perseverança, coragem. Essas entre outras virtudes, definem um homem melhor do que qualquer outra coisa. De fato, é lamentável às vezes encontrarmos homens que se preocupam tanto com a boa forma física, mas parecem tão desprovidos de outras virtudes essencialmente masculinas. Hoje em dia os atributos físicos são muito valorizados, mas esse valor é superficial. Se um homem não possui uma força interior ele vive, na verdade, uma contradição com o verdadeiro significado do ‘ser homem’. Pensemos numa guerra, por exemplo. O valor de um soldado só é revelado sob a pressão de uma batalha. Porque, basicamente, nessa situação não prevalece a força física, mas a interior. Nestas horas os fisicamente mais fortes tremem e os mais humildes e inexpressivos acabam por

demonstrar grande coragem e valor. Dito isto, já podemos perceber que a verdadeira masculinidade está baseada em grandes virtudes. E essas virtudes, geralmente levam o homem a desejar fazer o que é nobre e valoroso. Mas nem sempre essas intenções são puras como podemos achar que são. Nossa mente, nossas vontades, nosso coração, precisam ser moldados de acordo com um modelo existente de masculinidade. E esse modelo tem um nome: Jesus Cristo. Deus, ao encarnar-se, assumiu uma natureza humana e um corpo humano. E pelo fato de ter assumido um corpo masculino, temos a oportunidade de ver o plano divino para a masculinidade através de Jesus Cristo. E

nesse ponto, Jesus Cristo nos ensina, através de sua vida, que a essência da masculinidade está na capacidade de ‘sacrificarse para salvar os outros’. Nisso, Jesus é o modelo de masculinidade para todo homem. Em outras palavras, todo homem (masculino) é chamado a fazer sacrifícios para o bem dos outros, e não para exigir sacrifícios de outros para o seu próprio benefício. O oposto a tudo isso é o homem dominador que não liga para o bem dos outros, mas só procura dominar o outro, principalmente o sexo oposto. Nisso, Jesus nos ensina que “maior amor não há do que aquele que

dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). Ou ainda, São Paulo nos lembra que os ‘maridos devem amar suas esposas assim como Cristo amou a Igreja e entregou sua vida por ela’ (cf. Ef 5,25). Portanto, todo homem que tomar esse modelo de masculinidade em Cristo para sua vida entenderá que o verdadeiro amor por alguém, e principalmente pelo sexo feminino, será de auto-entrega, doação e serviço. Um amor que é capaz de fazer sacrifícios e de doar a vida, se preciso for.

O autor é mestre em Bioética e Diretor do CCFC

Na próxima semana, “Escutando o Coração”, com Ir. Lourdes Silva, fsp

Compêndio do Catecismo da Igreja Católica Para reflexões durante o Ano da Fé, o jornal Voz de Nazaré continua nesta edição a publicação do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. De maneira concisa, a publicação apresenta todos os elementos essenciais e fundamentais da fé da Igreja numa visão de conjunto, todo o panorama da fé católica.

CAPÍTULO TERCEIRO

A resposta do homem a Deus Nós cremos

1

2

A fé é um ato pessoal, como livre resposta do homem a Deus que se revela. Mas é ao mesmo tempo um ato eclesial, que se exprime na confissão: “Nós cremos”. Com efeito, é a Igreja que crê. Desse modo, com a graça do Espírito Santo, ela precede, gera e alimenta a fé de cada um. Por isso a Igreja é Mãe e Educadora. 166-169 181 “Não pode ter a Deus como Pai quem não tem a Igreja como Mãe” (São Cipriano).

As fórmulas da fé são importantes porque permitem exprimir, assimilar, celebrar e partilhar juntamente com outros as verdades da fé, utilizando uma linguagem comum. 170-171

Por que a fé é um ato pessoal e ao mesmo tempo eclesial?

Por que as fórmulas da fé são importantes?

3

De que modo a fé da Igreja é uma só?

A Igreja, embora formada por pessoas diferentes por língua, cultura e ritos, professa, com voz unânime, a única fé recebida de um só Senhor e transmitida pela única Tradição Apostólica. Professa um só Deus — Pai, Filho e Espírito Santo — e mostra um só caminho de salvação. Portanto, nós cremos, com um só coração e com uma só alma, em tudo o que está contido na Palavra de Deus, transmitida ou escrita, e é proposto pela Igreja como divinamente revelado. 172-175 182


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Juventude 50 ANOS

Igreja dá início à Campanha da Fraternidade 2013 Em Belém, a abertura será no sábado (16) com celebração eucarística e caminhada

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a quarta-feira de Cinzas (13), a Conferência Nacional dos Bispos no Brasil lançou a Campanha da Fraternidade 2013 a nível nacional. Em Belém, o arcebispo metopolitano, dom Alberto Taveira Corrêa, anunciou, em coletiva à imprensa na Catedral Metropolitana de Belém, que o lançamento acontecerá no sábado (16). A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema “Fraternidade e Juventude” e como lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is. 6, 8). A CF é uma proposta indicada pela Igreja no Brasil para o exercício da caridade e da fraternidade, baseado em uma atitude social concreta. Os fiéis exercitam, dessa forma, a conversão durante o período da Quaresma (quarenta dias de preparação para a Páscoa, iniciado na Quarta-Feira de Cinzas. Em 2013 a CF, coordenada pela CNBB, completa 50 anos. Com a realização da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, a CNBB quer chamar a atenção da sociedade brasileira para seus jovens, objetivando acolhe-los no contexto de mudança de época. A CF acontecerá na Arquidiocese de Belém de forma descentralizada, de acordo com a preparação de cada paróquia. No próximo sábado (16), haverá uma celebração especial no Ginásio do Abacatão, em Ananindeua, às 8h30, em seguida uma caminhada até a Paróquia Santa Paula Frassinetti. Mensagem – O Papa Bento XVI enviou uma mensagem aos Bispos do Brasil para o início da CF 2013. Leia alguns trechos da mensagem: “Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema ‘Fraternidade e Juventude’, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada

nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: ‘Eisme aqui, envia-me!’ (6,8). De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – ‘protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho’ (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os ‘sinais dos tempos’, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam. Po r i s s o , c o n v i d o o s j ove n s b ra s i l e i ro s a b u s c a re m s e m p re m a i s n o E va n g e l h o d e J e s u s o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: ‘Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado’ (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: ‘Eis-me aqui, envia-me aos meus coetâneos!’ - ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos ‘desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica’ (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012). Vaticano, 8 de fevereiro de 2013.

PRIMEIRA PARTE

YOUCAT

1

Em que cremos 2

Porque teve Deus de Se revelar, para sabermos como Ele é?

O ser humano pode descobrir pela razão que Deus existe, mas não como Deus é realmente. Portanto, como Deus gosta de ser conhecido, revelou-Se.[5053, 68-69]

E

m preparação à Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), o jornal Voz de Nazaré inicia seus estudos sobre o YOUCAT que, baseado no Catecismo da Igreja Católica, está escrito por e para JOVENS que querem saber em que acreditam. O estudo se dividirá em quatro partes. Estudaremos juntos. Boa leitura!

Deus teve de Se revelar a nós. Ele fê-lo por amor. Tal como, no amor humano, só se pode conhecer algo de uma pessoa amada quando ela nos abre o seu corção, também só conhecemos os mais íntimos pensamentos de Deus porque Ele, eterno e misterioso, Se abriu a nós por amor. Desde a Criação, passando pelos patriarcas e pelos profetas, até à definitiva REVELAÇÃO no Seu Filho Jesus Cristo, Deus comunicou continuamente com a humanidade. Em Jesus, Ele verteu-nos o coração e tornou-nos claro o Seu Ser mais íntimo.

Como Se revela Deus no Antigo Testamento?

Deus mostra-Se , no Antigo Testamento, como Aquele que criou o mundo por amor e permanece fiel ao ser humano, mesmo que este, pelo pecado, O renegue.[5464, 70-72]

Deus deixa-Se experimentar na história. Com Noé faz uma Aliança para salvar todos os seres vivos, chama Abraão para fazer dele o <pai de um grande número de nações>(Gn 17,5). O povo de Israel, descendente de abraão, torna-se Sua especial propriedade. A Moisés apresenta-Se nominalmente; O Seu nome misterioso,muitas vezes pronunciado como “IAHWEH”, significa <Eu sou Aquele que sou> (Ex 3,14). Ele liberta Israel da escravidão no Egito, faz uma Aliança no Sinai e, através de Moisés, entrega-lhe a Lei. Repetidas vezes, Deus envia profetas ao Seu povo, para o chamar à conversão e à renovação da Aliança. Os profetas anunciam que Deus fará uma nova e eterna Aliança, que realizará uma radical renovação e uma definitiva redenção. Esta Aliança estará aberta a toda a humanidade.


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Ano da Fé PREMISSA AO QUARTO CAPÍTULO Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado

É

humano ter compaixão do sofrimento (de um justo), é sobrehumano, e de fé, acreditar que do sofrimento e da morte ressuscita e renasce a vida nova. É bom lembrar que quando Santo Tomás de Aquino escrevia o opúsculo: “Exposição sobre o Credo”, ele se encontrava em Nápoles, escrevendo a III parte da “Suma Teológica”, que trata da Paixão do Senhor. É mistério difícil este, de compreender como da morte e do sofrimento possam surgir consolações e benefícios. Tomás raciocina à luz da fé, acerca dos males que teríamos sem esta morte e dos benefícios que dela derivaram para nós. Foi um sacrifício ritual? Podese aplicar o chamado “mecanismo do bode expiatório? O Senhor, que é o Deus da vida, e não da morte, como poderia então querer por “obediência” a morte de seu Filho, “em que pôs suas complacências” ? Um belo comentário a este mistério é de R. Cantalamessa, (Questo é il mio corpo, p. 102): “Com sua doutrina e sua vida, Jesus desmascara e quebra o mecanismo do bode expiatório que sacraliza a violência, tornandose, ele, inocente, a vitima de toda violência. Emblemático é o fato que

LUIZ ESTUMANO

por sua morte, “Herodes e Pilatos com os principais e o povo de Israel”, antes inimigos se tornam amigos, exatamente como nas crises de bode expiatório. Cristo venceu a violência: não se opondo a ela, mas subindoa e desnudando toda injustiça. Inaugurou um novo gênero de vitória que S. Agostinho sintetizou em três palavras Victor quia victima (Vencedor porque vítima). Ressuscitando-o da morte, o Pai

declarou, uma vez por todas, de que lado está a verdade e a justiça e de que parte o erro e a mentira,”. ... O processo do bode expiatório é revirado; em Cristo é Deus que se faz vítima, não a vítima que sucessivamente é elevada a dignidade divina. A novidade está toda no que diz a carta aos Hebreus. Cristo não veio com o sangue dos outros, mas com o próprio. Não colocou seus próprios pecados sobre os ombros dos outros – homens ou animais

- ; colocou os pecados dos outros sobre seus ombros :” Ele carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro da cruz.” Há ainda uma objeção, que nos intriga, com a primeira pergunta que faz aos seus ouvidores napolitanos, isto é, que os Judeus e Romanos são os responsáveis e “pecaram gravemente, como se tivessem morto o Verbo de Deus”. Deve-se atribuir isso somente à mentalidade da época medieval, ou a uma interpretação teológica e histórica? Vale recordar o que disse o Concílio Vaticano II, na Declaração “Nostra Aetate”, 4: “Se bem que os principais dos Judeus, com seus seguidores, insistiram na morte de Cristo, aquilo, contudo, que se perpetrou na sua Paixão, não pode indistintamente ser imputado a todos os judeus, no entanto, não devem ser apresentados nem como condenados por Deus, nem como amaldiçoados, como se isso decorresse das Sagradas Escrituras. Haja por isso cuidado, da parte de todos, para que, tanto na catequese, como na pregação da Palavra de Deus, não se ensine algo que não se coadune com a verdade evangélica e com o espírito de Cristo.” Pe. Ilário Govoni

ARTIGO QUARTO Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado

C

omo é necessário ao cristão acreditar na Encarnação do Filho de Deus, é também necessário acreditar na sua Paixão e Morte, porque, como disse S. Gregório, em nada nos teria sido útil o seu nascimento, se não favorecesse à Redenção. Essa verdade, isto é, que Cristo morreu por nós, é de tal modo difícil, que a nossa inteligência pode apenas apreendê-la, mas, de modo algum, por si mesma descobri-la. Isso é confirmado pelas palavras do Apóstolo,: Farei uma obra em vossos dias, que nela não podereis acreditar se alguém antes não a tiver revelado (At 13,41). Confirma-o também, o que falou o Profeta Habacuc: Será feita uma obra em vossos dias que ninguém acreditará quando for narrada (Hab 1,5). A graça e o amor de Deus para conosco são tão grandes, que Ele fez por nós mais do que podemos compreender. Não se deve, porém, crer que, quando Cristo morreu por nós, a Divindade também morreu. N'Ele morreu a natureza humana; não morreu enquanto Deus, mas enquanto homem. Três exemplos esclarecerão essa verdade. Um deles, encontramos em nós mesmos. Sabe-se que quando um homem morre, na separação que há entre a alma e o corpo, a alma não morre, mas o corpo, a carne. Assim também na morte de Cristo não morreu a divindade, mas a natureza humana. Pode-se aqui fazer a seguinte objeção: - Se os judeus não mataram

a divindade, evidentemente o pecado deles, matando Cristo, não foi maior do que se tivessem morto um outro homem. Respondamos a essa objeção: Se alguém sujasse as vestes com as quais o rei estava vestido, cometeria falta tão grande como se tivesse sujado o próprio rei. Assim também os judeus. Como não puderam matar Deus, matando a natureza humana assumida por Cristo, eles mereceram severa punição, como se tivessem assassinado a própria divindade. Como dissemos acima, o Filho de Deus é o Verbo de Deus, e o Verbo de Deus Encarnado é como a palavra de Deus escrita em uma carta. Se alguém rasgasse a carta do rei, cometeria a mesma falta daquele que tivesse rasgado a palavra do rei. Por isso os judeus pecaram tão gravemente como se tivessem morto o Verbo de Deus. Podes ainda perguntar: - Que necessidade havia de o Verbo de Deus padecer por nós? - Grande necessidade, e por duas razões. Uma, porque foi remédio para os nossos pecados; outra, porque foi um exemplo para as nossas ações (21) Fo i , s i m , u m r e m é d i o , porque contra todos os males que contraímos pelo pecado, encontramos o remédio na Paixão de Cristo. (22) Contraímos pelo pecado cinco males. O primeiro, é a própria mancha do pecado (23), Quando um homem peca, conspurca a sua alma,

porque, como a virtude a embeleza, o pecado a enfeia. Lê-se em Baruch: Por que estás, ó Israel, na terra dos inimigos, e te contaminaste com os mortos? (3,10). Mas a Paixão de Cristo lavou esta mancha. Cristo, na sua Paixão, fez do seu sangue um banho para nele lavar os pecadores: Lavou-os do pecado no sangue (Ap 1,5) (24). No Batismo a alma é lavada no Sangue de Cristo, por que este sacramento recebe do Sangue de Cristo a força regeneradora. Por isso, quando alguém batizado se macula pelo pecado, faz uma injúria a Cristo e o seu pecado é maior que o cometido antes do batismo. Lêse na Carta aos Hebreus: O que desprezou a lei de Moisés, após ouvido o testemunho de dois ou três, deve morrer. Como não deve merecer maiores suplícios, aquele que pisou no Sangue do Filho de Deus e con-siderou impuro o Sangue da Aliança? (10,28-29). O segundo mal que contraímos pelo pecado é nos tornarmos objeto da aversão de Deus. Assim como quem é carnal ama a beleza da carne, Deus de modo semelhante ama a beleza espiritual, que é a beleza da alma. Quando, por conseguinte, a alma se deixa contaminar pejo mal do pecado, Deus fica ofendido e odeia o pecador. Lê-se no Livro da Sabedoria: Deus odeia o ímpio e a sua impiedade (14,9). (25) Mas a Paixão de Cristo remove essas coisas, por que ela satisfez ao Pai ofendido pelo pecado, cuja satisfação não poderia vir do homem. A caridade e a obediência

de Cristo foram maiores que o pecado e a desobediência do primeiro homem. Lê-se em S. Paulo: Sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte do seu Filho (Rom 5,10). (26) O terceiro mal é a fraqueza. O homem, pecando pela primeira vez, pensa que depois pode absterse do pecado. Acontece, porém, o contrário: debilita-se pelo primeiro pecado e fica propenso para pecar mais. O pecado vai dominando cada vez mais o homem, e este, por si mesmo, coloca-se em tal estado que não pode mais se levantar. É como alguém que se lançou num poço. Só pode sair dele pela força divina. Depois que o homem pecou, a nossa natureza ficou debilitada, corrompida, e, por isso mesmo, ficou ele mais propenso para o pecado. Mas Cristo diminuiu essa fraqueza e corrupção, bem que não as tenha totalmente apagado. O homem foi fortalecido pela Paixão de Cristo e o pecado, enfraquecido, de sorte que este não mais o dominará. Pode, por este motivo, auxiliado pela graça divina, que é conferida pelos sacramentos, cuja eficácia deriva da Paixão de Cristo, esforçar-se para sair do pecado. Lê-se em S. Paulo: O nosso velho homem foi crucificado juntamente com Ele, para que fosse destruído o corpo do pecado (Rom 6,6). Antes da Paixão de Cristo, poucos havia sem pecado mortal. Mas, depois dela, muitos viveram e vivem sem pecado mortal. Continua na pagina 111


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Ano da Fé O quarto mal é a obrigação que temos de cumprir a pena do pecado. A justiça de Deus exige que o pecado seja punido, e a pena é medida pela culpa. Como a culpa do pecado é infinita, porque ele vai contra o bem infinito, Deus, cujo mandamento o pecador desprezou, também a pena devida ao pecado mor¬tal é infinita. Mas Cristo pela sua Paixão livrou-nos dessa pena, assumindo-a Ele próprio. _Confirma-o S. Pedro: Os nossos pecados (i .é, a pena do pecado) Ele carregou no seu corpo (1 Ped 2,24). Foi de tal modo exuberante a virtude da Paixão de Cristo, que, ela só, foi suficiente para expiar todos os pecados de todos os homens, mesmo que fossem em número de milhões. Eis o mo¬tivo pelo qual aquele que foi batizado, foi também purificado de todos os pecados. É também por esse motivo que os sacer-dotes perdoam os pecados. Do mesmo modo, aquele cujo sofrimento mais se assemelha ao da Paixão de Cristo, consegue um maior perdão e merece maiores graças. O quinto mal contraído pelo pecado foi nos exilarmos do reino do céu. É natural que aqueles que ofendem o rei sejam obrigados a sair da pátria. O homem foi afastado do paraíso por causa do pecado: Adão imediatamente após o pecado foi expulso do paraíso, e sua porta lhe ,foi trancada. Mas Cristo, pela sua Paixão, abriu aquela porta e novamente chamou os exilados para o reino.

(27) Quando foi aberto o lado de Cristo, foi também a porta do paraíso aberta; quando o seu Sangue foi derramado, a mancha foi apagada, Deus foi aplacado, a fraqueza foi afastada, a pena foi expiada, e os exilados foram convocados para o reino. Por isso é que foi logo dito ao ladrão: Estarás hoje comigo no Paraíso (Le 23,43). Observe-se que nesse momento não foi dito - outrora; que, também, não foi dito a outrem - nem a Adão, nem a Abraão, nem a Davi; foi dito, hoje, isto é, logo que a porta foi aberta, e o ladrão pediu e recebeu perdão. Lê-se na carta aos Hebreus: Confiantes na entrada no santuário pelo Sangue de Cristo (10,19). Fica assim esclarecido como a Paixão de Cristo foi útil, enquanto remédio contra o pecado. Mas a sua utilidade não nos foi menor, enquanto ela nos serviu de exemplo. Como disse S. Agostinho: A Paixão de Cristo é suficiente para ser o modelo de toda a nossa vida. Quem quer que queira ser perfeito na vida, nada mais é necessário fazer senão desprezar o que Cristo desprezou na cruz, e desejar o que nela Ele desejou. Nenhum exemplo de virtude deixa de estar presente na cruz. Se nela buscas um exemplo de caridade, - ninguém tem maior caridade do que aquele que dá sua vida pelos amigos (Jo 15,13). Ora, foi o que Cristo fez na cruz. Por isso, já que Cristo entregou

a sua vida por nós, não nos deve ser pesado suportar toda espécie de males por amor a Ele. O que retribuirei ao Senhor, por todas as coisas que Ele me deu?, (Sl 115,12). Se procuras na cruz um exemplo de paciência, nela encontrarás uma imensa paciência. A paciência manifesta-se extraordinária de dois modos: ou quando alguém suporta grandes males pacientemente, ou quando suporta aquilo que poderia ser evitado e não quis evitar. Cristo na cruz suportou grandes sofrimentos: Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor igual à minha! (Je 1,17); Como a ovelha levada para o matadouro, e como o cordeiro silencioso na tosquia (1 Ped 2,23). (28) Cristo na Cruz suportou também os males que poderia ter evitado, mas não os evitou: julgais que não posso rogar a meu Pai e que Ele logo não me envie mais que doze legiões de Anjos? (Mt 26,53). (29) Realmente, a paciência de Cristo na cruz foi imensa! Corramos com paciência para o combate que nos espera com os olhos fitos em Jesus, o autor da nossa fé, que a levará ao termo: Ele que, lhe tendo sido oferecida a alegria, suportou a cruz sem levar em consideração a sua humilhação (Heb 36,17). Se desejares ver na cruz um exemplo de humildade, basta-te olhar para o crucifixo. Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer: A vossa causa, Senhor, foi julgada como a de um ímpio (Jo 36,17). Sim, de um ímpio, porque

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disseram: Condenêmo-lo a uma morte muito vergonhosa (Sab 2,20). O Senhor quis morrer pelo seu servo, e Aquele que dá a vida aos Anjos, pelo homem: Fez-se obediente até a morte (Fil 2,8). Se queres na cruz um exemplo de obediência, segue Àquele que se fez obediente ao Pai, até à morte: Assim como pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecados; também pela obediência de um só homem, muitos se tornaram justos (Rom 5,19). Se na cruz estás procurando um exemplo de desprezo das coisas terrenas, segue Aquele que é o Rei e o Senhor dos Senhores, no qual estão os tesouros da sabedoria, mas que na cruz aparece nu, ridicularizado, escarrado, flagelado, coroado de espinhos, na sede saciado com fel e vinagre, e morto. Não te deves apegar às vestes e às riquezas, porque dividiram entre si as minhas vestes (Sl 29,19); nem às honras, porque Eu suportei as zombarias e os açoites; nem às dignidades, porque puseram em minha cabeça uma coroa de espinhos que trançaram; nem às delícias, porque na minha sede deram-me vinagre para beber (Sl 68,22). Comentando este texto da Carta aos Hebreus - Que, apesar de lhe oferecerem alegria, suportou a cruz, desprezando a humilhação dela (12,2) , Agostinho nos diz: O homem, Cristo Jesus, desprezou todos os bens terrenos, para mostrar que devem ser desprezados.

NOTAS (21) Na “Suma Teológica” (III,46), S. Tomás analisa as razões da Paixão de Cristo. Não havia necessidade absoluta da Paixão de Cristo (art. 1º), seria possível encontrarem-se outros modos de salvar o homem {art. 2º); mas, baseado em Santo Agostinho, o Doutor Angélico afirma que o modo redentor realizado pela Paixão foi o mais conveniente (art. 3º). Apresenta as seguintes razões de conveniência: O homem vê o quanto Deus o amou, e é levado a amar a Deus por gratidão; Cristo na Paixão deu exemplo de obediência, humildade, constância e justiça, virtudes necessárias à salvação; prometeu a graça e a glória, além de salvar o homem do pecado; lembrando-se de que foi salvo pelo Sangue de Cristo, o homem evita o pecado; a dignidade do homem é elevada, pois venceu o diabo pejo qual fora vencido; e a morte merecida pelo pecado, foi superada pela morte de Cristo. Note-se que estes Sermões sobre o Credo foram pronunciados em Nápoles, quando São Tomás escrevia a III.ª Parte de Suma, onde trata da Paixão de Cristo. (22) “Cristo pela sua Paixão libertou-nos do pecado como causa (desta libertação), isto é, instituindo a causa da nossa libertação, em virtude da qual podem sempre quaisquer pecados ser perdoados - presentes, passados e futuros; como o médico que faz o medicamento capaz de curar todas as doenças, também as futuras” (S.T. III, 49,1ad 3). (23) “Mancha propriamente refere-se às coisas corpóreas,

quando algum corpo limpo perde a sua pureza pelo contato com outro corpo, como vestes, ouro e prata. Nas coisas espirituais deve-se usar o termo mancha em semelhança com as coisas corpóreas. A alma do homem possui uma dupla nitidez: uma, derivada do resplendor da luz da razão; (...) outra, derivada da luz divina, isto é, da sabedoria e da graça. (...) Há como que um sentido de tato na alma, quando adere a alguma coisa pelo amor. Quando peca, adere a algumas coisas contra a luz da razão e contra a divina luz. Donde ser chamado o detrimento dessa nitidez,proveniente de tal contato, metaforicamente, de mancha da alma” (S.T. I.II, 86,1). (24) “Porque a Paixão de Cristo realizou-se como certa causa universal da remissão dos pecados, é necessário que seja aplicada a cada um para destruição dos próprios pecados. Isto é feito pela batismo e pela penitência, e também pelos outros Sacramentos, que possuem a eficácia derivada da Paixão de Cristo” (S.T. III, 49,1 ad 4). (25) “Assim como foram homens os que mataram Cristo, também foi homem o Cristo morto. A caridade do Cristo padecente foi maior que a maldade dos seus matadores. Por isso a Paixão de Cristo foi mais vantajosa para reconciliar Deus com todo o gênero humano, que para provocá-lO à ira” (S.T. III, 49,4 ad 3). “Deus ama todos os homens quanto à natureza que Ele fez; odeia-os, porém, quanto ao pecado que contra Ele os homens cometeram” (S.T. III, 49,4 ad 1).

(26) “A Paixão de Cristo causa a remissão dos pecados como uma redenção. Porque Ele é a nossa cabeça, pela sua Paixão, que suportou pela obediência e pela caridade, libertou-nos,como membros seus, do pecado, como se fosse isso o preço do pecado; como um homem que, pejos atos meritórios feitos pela mão, se redimisse do pecado cometido pelos pés. Assim como o corpo natural é um só constituído pela diversidade dos membros, também toda a Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo, é considerada como se constituísse uma só pessoa com a sua cabeça, que é Cristo” (S.T. III. 49,1 c). (27) “Pela Paixão de Cristo fomos libertados, não apenas do pecado comum a toda a natureza humana, quer quanto à culpa, quer quanto ao reato da pena, pois Ele pagou o preço por nós; mas também dos pecados próprios a cada um de nós, que participamos da Sua Paixão pela fé, pela caridade e pelos sacramentos da fé. E assim, pela Paixão de Cristo, nos foi aberta a porta do reino dos céus” (S.T. III, 49,5 c). 28) “Considerando-se a suficiência, a mínima, Paixão de Cristo seria suficiente para libertar o gênero humano de todos os pecados; considerando-se, porém, a conveniência, foi preciso que padecesse todas as espécies de sofrimentos” (S.T. 46,5 ad 3). “No Cristo padecente houve verdadeira dor sensível, que é causada pelo que é nocivo ao corpo, e dor interior, que é causada pelo conhecimento de algum malefício, chamada

tristeza. Ambas as dores foram máximas, em Cristo, entre as dores da presente vida.” (...) “A causa da dor sensível foi a lesão corporal, n'Ele muito forte devido ao sofrimento ter sido generalizado por todo o corpo, devido também ao tipo de sofrimento, porque a morte dos crucificados é a mais cruel e acerba. . .” (...) “A causa da dor interior foi, em primeiro lugar, o pecado de todo o gênero humano,pelo qual satisfazia sofrendo...; em segundo lugar, especialmente sofreu devido aos judeus e aos outros causadores da sua morte, e, principalmente, devido aos discípulos, que se escandalizaram pela Paixão de Cristo; em terceiro lugar, (a causa da dor interior) foi ter que perder a vida corporal, o que naturalmente é horrível à natureza humana” (S.T. III, 46,6 c). (29) “Desse modo Cristo foi causa de sua Paixão e Morte. Poderia impedir a sua Paixão e a sua Morte, primeiramente reprimindo os adversários, de modo que não o quisessem ou não pudessem matar; em segundo lugar, porque o seu espÍrito tinha o ,poder de conservar a natureza da sua carne, para que não fosse oprimida por alguma lesão a ela inf1igida (a alma de Cristo, porque estava unida ao Verbo na unidade da pessoa, tinha tal poder, como diz Agostinho). Por que a alma de Cristo não repeliu do próprio corpo o sofrimento infligido, mas quis que a sua natureza corporal sucumbisse sob aquele malefício, é dito que pôs a sua alma, ou que voluntariamente morreu” (S.T. III, 47,1 c)


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Catequese Palavra de padre Padre Zezinho, scj

Convertidos por um tempo

C

onverter-se vem das raízes “cum” e “vertere” e subentende cumplicidade. A pessoa volta-se para a mesma direção que a outra. Elas se entendem porque o objetivo é o mesmo. Infelizmente, porém, existe conversão temporária e conversão permanente. Há quem diga que sendo temporária por mais sincera que seja não é conversão verdadeira. Os que assim pensam merecem ser ouvidos. Tocam num ponto fundamental da fé. Adesão com prazo para se desligar não é adesão, é engate ou enganche. É como viajar de pingente… Mas algumas pessoas voltam- se para sempre na direção de Deus e do próximo. Sua conversão torna-se um segundo DNA. Guardam a fé, cumprem a promessa e não voltam atrás, nem praticam desvios. ( 2 Tm 4,7) Outras, infelizmente, – e não temos o direito de julgá-las, convertemse por algum tempo. Não estavam voltadas para Deus ou para a religião, nem para o próximo, mas num retiro ou movimento, ou após a leitura de algum livro, declararam-se convertidas para a nova fé. Mudaram da noite para o dia. Mas apenas por um tempo. Pedro afirma que tais convertidos agem como o cão que volta ao vômito e a porca que volta á lama (2 Pd 2,22) Voltam ao de sempre! Foi entusiasmo momentâneo. Não era

um processo de busca. Foi impulso de momento. Pode até dar certo para alguns; para a maioria, não! Alguns desses convertidos passeiam de holofote em holofote dando testemunho de vida, mas falam cedo demais. Não dão tempo ao céu. Tamanho é o seu fervor e o seu poder de atração que as pessoas se voltam para eles á procura de alguma luz que eles ou elas irradiam. Pregam bem, têm uma bela história para contar e uma vida admirável a mostrar. Deus os transformou. De repente, não se sabe quando, como ou o porquê, a revertem guinada que haviam dado e voltam a ser quem eram antes. Salomão é um exemplo do que pode acontecer a qualquer um de nós. Ergueu um Templo para javé e morreu negando Javé. Padre se casa, é o Bispo deixa o ministério e entra na política, pastor se casa com outra, leigo deixa a esposa e se envolve com outra mulher, escritor que depois de falar de maneira profunda sobre Jesus publica um livro dizendo que não tem mais fé, diácono muda de igreja, pastora que vai viver com um dos seus fiéis… Venceu o lado humano. Uma das coisas mais fáceis do mundo é julgá-los. Quem está em pé, cuide-se para não cair, afirmava Paulo. ( 2 Cor 10,12) Não estando na pele deles, constatemos, mas não julguemos. Melhor é orar por eles. Converter-se nunca foi fácil.


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Liturgia Homilia dominical Padre Romeu Ferreira romeufsilva@gmail.com

A) Texto: Lc 4,1-13.

Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma

1Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e, no deserto, era guiado pelo Espírito.2Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, teve fome.3 O diabo disse então a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. 4 Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”. 5 O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo 6 e lhe disse: “Eu te darei todo esse poder e toda a sua glória, porque tudo isso foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. 7 Portanto, se te prostrares diante

de mim em adoração, tudo isso será teu”. 8 Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás’”.9 Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! 10 Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ 11 E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.12Jesus, porém respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”.13 Terminada toda tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno. B) COMENTÁRIO Em Lucas, o Espírito Santo é destaque proeminente na vida de Jesus, pois é quem o gera (Lc 1,35) e o acompanha sempre em suas ações (v 1).

O diabo tenta se valendo das necessidades naturais das pessoas: para o frio a tentação é o cobertor; para a sede é a água; e para a fome é a comida. Após quarenta dias de jejum (v 2), o inimigo desafia:”Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão” (v 3). O tentador afronta Jesus em três aspectos ou tentações:a do poder; a do ter; e a do ser. São três tentações, como foram três as investidas ao profeta Balaão no Antigo Testamento (Nm 22-24). Ao poder miraculoso “mágico/ instantâneo” de transformar situações (pedra=pão), Jesus responde: ‘Não só de pão vive o homem’(v 4); e que (Mt) complementa “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”(Mt 4,4). Há pessoas que dizem não participarem da missa porque não podem comungar (o pão eucarístico); é uma tentação já que (o pão da palavra) o cristão se nutre na liturgia da

palavra, que é vivificante: “Tens palavras de vida eterna” (Jo 6, 68). É melhor nutrir-se por uma das dimensões que nos permite o Senhor, do que falir por inanição. A tentação ou domínio do ter falível, terreno, está contra os valores da virtude da pobreza. E o pobre é rico na partilha: “quanto menos temos, mais podemos dar” (Teresa de Calcutá). E o “ser o tal” é a tentação do orgulho e da autossuficiência, rebatida por Jesus, com veemência (v 12), pois ele sabe que o diabo pretende desviar a meta de vida escolhida por Jesus e para o evangelho. Jesus vencedor nos mostra um exemplo e um modelo; estamos expostos a tentações. Nem todo o que cita a bíblia está com Jesus; pode ser uma tentação simulando o caminho do bem, pois o diabo também cita a Escritura. Estejamos atentos com as tentações que nos vêm no dia a dia com aparência a bem da verdade.

Liturgia da Semana w Dia 15, sexta-feira Cor (roxo) Primeira leitura (Is 58,1-9a) Responsório 50 (51) Evangelho (Mt 9,14-15) w Dia 16, sábado Cor (roxo) Primeira leitura (Is 58,9b-14) Responsório 85 (86) Evangelho (Mt 9,14-15)

w Dia 17, domingo 1° Domingo da Quaresma Cor (roxo) Primeira leitura (Dt 26,4-10) Responsório 90 (91) Evangelho (Lc 4,1-13) w Dia 18, segunda-feira 1ª Semana da Quaresma Cor (roxo) Primeira leitura

(Lv 19,1-2.11-18) Responsório 18 (19) Evangelho (Mt 25,31-46) w Dia 19, terça-feira Cor (roxo) Primeira leitura (Is 55,10-11) Responsório 33 (34) Evangelho (Mt 6,7-15) w Dia 20, quarta-feira

Cor (roxo) Primeira leitura (Jn 3,1-10) Responsório 50 (51) Evangelho (Lc 11,29-32) w Dia 21, quinta-feira Cor (roxo) Primeira leitura (Est 4,17) Responsório 137 (138) Evangelho (Mt 7,7-12)

Santos da semana Benedito Otávio (artpresent@hotmail.com) 15/02 - SEXTA-FEIRA Beato Ângelo Scarpetti - Sacerdote Eremita

19/02 - TERÇA-FEIRA São Ásia de Antioquia - Médico e Mártir

Nasceu em Sansepolcro, Itália, séc. XIII. Cidade fundada a partir de uma pedra extraída do Sto. Sepulcro na Palestina. Ingressou no convento dos Eremitas de João, o Bom. Mais tarde, esse convento foi transferido para a Ordem dos Eremitas de S. Agostinho. Muitos relatos surgiram que ele operou milagres ainda em vida, inclusive a ressurreição de um homem condenado à morte. Possuía um coração bondoso e seu carisma convencia as pessoas a vir para o bem. Seu processo começou muito tardio, 1905. Sendo beatificado em 1922. 16/02 - SÁBADO Beato Mariano Arciero - Sacerdote Nasceu em Contursi, Província de Salermo, Itália, 1707. De família muito pobre, fez trabalhos domésticos até Dom Emanuel o levar sob seus próprios cuidados. Foi catequista de crianças. Estudou literatura e filosofia, enquanto que Dom Emanuel lhe ensinou teologia. Foi grande exemplo para o clero napolitano. Mostrou grande caridade nos becos e hospitais, estendendo-se a outras dioceses sendo chamado o “Apóstolo da Calábria”. Em seu velório uma freira afirma ter visto sua alma sair de seu corpo e ser levada por anjos. Beato em 2012. 17/02 - 1º DOMINGO DA QUARESMA São Mesrop - Doutor da Igreja da Armênia A Igreja da Armênia não faz parte do grande bloco oriental, apesar de estar no oriente. É uma Igreja particular, mas que mantém uma certa comunhão com o santo padre, ou seja, uma das Igrejas “sui júris”. Evangelizada pelos apostolos: Bartolomeu e Judas Tadeu. E fundada por S. Gregório, o Iluminador em 301. E o papel de Mesrop, 362 a 441, foi de criar o alfabeto armênio e traduzir os textos bíblicos e litúrgicos para o vernáculo armênio, tirando definitivamente o paganismo sírio daquele povo.

Mencionado no Martirológio de Rabban Slibá, séc. XIII. Nos dias 1 e 15 tesrín qdem - outubro, 19 sbat - fevereiro, e 27 de Tammuz - julho, datas provavelmente tirados de vários martírios. É também chamado de Pantaleão ou Pantaleone de comemoração a 27 de julho. Nos questionamentos entre gregos e sírios, sobressaiu o siríaco. “Ásia” que significa médico e comprovou-lhe a existência em Antioquia e foi-lhe atribuído muitas curas e posterior morte devido intolerância da fé que professava no séc. III. 20/02 - QUARTA-FEIRA Santo Euquério de Orléans - Bispo

18/02 - SEGUNDA-FEIRA Beata Gertrude Comensoli - Virgem Já na infância, demonstrava uma singular e precoce sensibilidade eucarística. Receber a sua 1ª Comunhão aos 7 anos com muito entusiasmo. Ingressou na Companhia de Santa Ângela Merici, mas teve de voltar para casa, a fim de ajudar sua família necessitada. Mais tarde, em 1879, criou a Congregação das Irmãs Sacramentinas, voltada para a instrução de meninas, com forte carisma eucarística, e o reconhecimento oficial do Vaticano chegou em 1906. João Paulo II beatificou-a em 1989. Uma de suas frases era: “Jesus, amar-te e fazer-te amado”.

Destacou-se desde jovem pela sabedoria; santidade e devoção a Maria Santíssima. Fez-se monge e algum tempo depois bispo de sua cidade natal, Orléans, França. Durante 15 anos cumpriu os deveres episcopais, até que, devido a intrigas na corte francesa, foi exilado para Hasbain, próximo a Liège, Bélgica, por determinação de Carlos Martel, governante dos reinos francos. Ali viveu seis anos de recolhimento em um mosteiro, até falecer em 20 de fevereiro de 738. 21/02 - QUINTA-FEIRA Beatos Baltazar, Inácio e Antonio Uchibori - mártires Em Shimabara, perto de Nagasaki, Japão, encontra-se a história do martírio de três jovens irmãos da família Uchibori: Baltazar, provavelmente o mais velho; Antonio, 18 anos e Inácio, 5 anos. Filhos do também Beato Paulo Uchibori, que também sofreu o martírio uma semana mais tarde em Unzen, 1627. Vítimas da terrível perseguição sofrida naquele país. Foram beatificados em 24 de novembro de 2008, durante o pontificado do Papa Bento XVI, juntamente com outros 185 mártires japoneses.


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BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Social N

os período do carnaval a cidade de Belém ficou praticamente vazia. Apesar dos foliões na capital, o alvo dos que procuravam diversão foram os 48 municípios do interior do estado que mais atraem o público nesta época do ano. Cametá, Vigia, Curuçá, Bragança, são Caetano de Odivelas, Colares, Abaetetuba, Tucuruí, Breves, Santarém, Óbidos, Salinópolis e Mosqueiro lideraram a lista de lugares mais procurados. Só que para lidar com o caos que se instaurou na única via de saída de Belém, a BR 316, tanto para sair da capital quanto para retornar a ela, as pessoas precisaram de três coisas: paciência, prudência e responsabilidade. Aliada à Policia Rodoviária Federal (PRF) e aos demais órgãos públicos envolvidos na “Operação Carnaval da Paz”, a Igreja ajudou na conscientização dos seus fiéis. O p á r o c o d a Pa r ó q u i a s ã o Domingus de Gusmão, na Terra Firme, padre Bruno Sechi, orientou s e u s p a ro q u i a n o s d u ra n t e a s celebrações a terem cuidado durante o carnaval. Ele costuma fazer isso sempre e garante que reforçar os cuidados que se deve ter nunca é de mais. O religioso explicou que “o cristão deve ter cuidado com o próprio bem estar e com o bem estar do seu próximo”. Os párocos foram orientados pelo Arcebispo a instruírem os católicos. Para o Arcebispo, atitudes como a do padre Bruno são fundamentais para fortalecer a ação do poder público. O sacerdote explica que faz parte da vida do cristão a busca do equilíbrio dos instintos, a luta contra os vícios e o autodomínio: “começamos a Quaresma, tempo de oração, caridade e mortificação – ‘autocontrole’ - e nos sentimos animados com as novas normas da chamada ‘Lei Seca’, com as quais a vida vem a ser respeitada e a dignidade das próprias pessoas que se controlam mais quanto ao uso da bebida, reconhecida e promovida! Todas as forças da sociedade se disponham a colocar em prática as iniciativas do poder público, para que se promova a cidadania e a convivência pacífica”. Cerca de 15 mil agentes do

CAMPANHA

Zelar pela vida Igreja orienta fiéis a terem prudência no trânsito

Sistema de Segurança Pública estiveram envolvidos na “Operação Carnaval da Paz”, que começou às 13h da sexta-feira, 8, e terminou à meia noite da Quarta-Feira de Cinzas, 13. Foi empregado, ainda, o efetivo de 4.709 homens de órgão parceiros, como a PRF e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O monitoramento das rodovias estaduais e federais, o policiamento das praias e locais dos desfiles das escolas de samba e blocos de foliões foram fortalecidos por terra, ar e água. Álcool – “A tolerância será zero com quem dirigir sob o efeito de álcool”, disse o secretário de segurança pública, Luis Fernandes Rocha, em entrevista no dia do início da operação. Para Dom Alberto, a “Lei Seca” é positiva, na medida em que o álcool interfere no autocontrole das pessoas. Este carnaval f o i o p r i m e i ro a p ó s a vigência da Lei Seca, que proíbe o consumo de qualquer quantidade de bebida alcoólica antes de dirigir.

Durante a operação do carnaval, as viaturas policiais foram equipadas com bafômetro, aparelho que mede a quantidade de álcool no organismo. A poluição sonora e a circulação de motocicletas e quadriciclos nas areias de Salinas, entre outras atitudes provocadas pelo excesso de álcool, foram combatidas. A coordenadora do Comitê Gestor do Pro-Paz, Izabela Jatene, destacou a relação do consumo excessivo de álcool com o abuso e a exploração de criança e adolescentes. Segundo ela, esse tipo de ocorrência acontece em pelo menos 10% no carnaval. A maioria é de casos de estupro. Segundo o balanço parcial da PRF, foram registrados menos acidentes nesse carnaval. A lei seca fez cair o número de acidentes nas rodovias. A redução de acidentes foi nas 11 rodovias federais do Pará, 60% só na BR 316. Entre os dias 8 e 10, ocorreram 36 acidentes e mais de 700 autuações por infração de trânsito. Não houve vítimas fatais. Segundo o chefe do núcleo de comunicação da PRF, Max Daniel Silva, cerca de 72% do total de acidentes aconteceu na BR 316, sendo 15 deles entre os

w ORIENTAÇÃO Arcebispo Metropolitano de Belém alerta motoristas para a responsabilidade no trânsito

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ORIENTAÇÃO Arcebispo Metropolitano de Belém alerta motoristas para a responsabilidade no trânsito

ao trabalho”, explicou. “São de três a quatro horas de viagem. Isso é um absurdo! Por isso, para nós não há mais conversa. Se não resolverem o problema nós vamos paralisar a rodovia”, disse Wuelen.

quilômetros 0 e 20. “felizmente isso corresponde a 60% a menos em relação ao ano passado”, explicou. Onze motoristas foram autuados por embriaguez, sendo que sete foram presos por crime de trânsito e seis CNHs foram apreendidas. Tr â n s i t o – O s b e l e n e n s e s precisaram de paciência, prudência e responsabilidade tanto na saída de Belém quanto no retorno à cidade. A lentidão natural na saída de Belém se intensificou com a instalação das lombadas eletrônicas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Para o Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba a situação na BR 316 e na Avenida Almirante Barroso piorou depois da instalação de radares. Os condutores são obrigados a andar a 40 km na rodovia federal de intenso fluxo de veículos. O representantes do sindicato procuraram a superintendência do Dnit para discutir a implantação de passarelas ao longo da rodovia. Segundo o sindicato, se até o final do semestre pelo menos quatro passarelas não forem construídas, os trabalhadores pretendem paralisar a rodovia. “É inconcebível que uma cidade como Belém ainda tenha apenas uma via de acesso e que uma rodovia como a BR 316 não tenha passarelas. Ou seja, Belém não tem infraestrutura para um intenso fluxo de veículos”, reclama indignado o empresário Paulo Vasconcelos, dono de um estabelecimento na BR 316. Segundo o sindicato, desde julho do ano passado ocorre a solicitação de passarelas naquela região. “A realidade da população de Ananindeua e Marituba é muito difícil. Os transtornos são muitos e o tempo gasto para o deslocamento até o centro de Belém é exaustivo para todos”, disse o diretor do sindicato, Wuelen Ferreira. Ele explica que a implantação de lombadas eletrônicas, radares fixos e controladores de sinais dificultam ainda mais a trafegabilidade na rodovia. “Para se ter uma noção, as pessoas estão saindo às 5h de casa para chegar 8h ao trabalho”, explicou. “São de três a quatro horas de viagem. Isso é um absurdo! Por isso, para nós não há mais conversa. Se não resolverem o problema nós vamos paralisar a rodovia”, disse Wuelen.


BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Arquidiocese FOTOS: LUIZ ESTUMANO

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ENCONTROS COM CRISTO

Igreja promove diversão santa w CRISTO ALEGRIA Espiritualidade foi conduzida com pregação e louvor

w CRISTO ALEGRIA Encontro ofereceu diversão para toda a família

w RENOVAI-VOS Comunidade Maíra conduziu a oração pela humanidade

Comunidades realizaram encontros com pregações, louvor e oração no feriado de carnaval, em preparação para a Quaresma

w CRISTO ALEGRIA Jovens marcaram presença no Carnaval com Cristo

w RENASCER Alegria contagiou os participantes da Comunidade Shalom

w ENCHEI-VOS Fiéis participaram de pregações na Igreja dos Capuchinhos

w REBANHÃO Dom Alberto Taveira presidiu a missa na terça-feira (12)


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BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

A semana AGENDA DE DOM TEODORO TAVARES

AGENDA DE DOM ALBERTO CORRÊA n De 16 a 21 de fevereiro

n De 15 a 21 de fevereiro

w Sábado, dia 16 08:30 - 12:00 - Abertura da Campanha da Fraternidade

w Dia 15, sexta-feira 08:30 - Reunião com a Pastoral Afro w Dia 16, sábado 08:30 - 12:00 - Abertura da Campanha da Fraternidade 19:00 - Missa pelos 25 anos de vida reiligiosa de Ir. Arlete na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças em Ananindeua

w Segunda-feira, dia 18, a 21, quinta-feira Retiro à Terra Santa

ESTUMANO FOTOS: LUIZ

w Dia 17, domingo 08:00 - Jornada Vocacional 18:30 - Missa e Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Bom Remédio w Dia 18, segunda-feira, a 21, quinta-feira Retiro à Terra Santa

Os compromissos de Dom Alberto Taveira podem sofrer alterações sem aviso prévio.

Os compromissos de Dom Teodoro Mendes Tavares podem sofrer alterações sem aviso prévio.

Horários de Missas na Arquidiocese de Belém REGIÃO EPISCOPAL DE SANT’ANA Nossa Senhora da Graça

(Catedral) Cidade Velha - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h e 19h Telefone: 3223-2362/ 3225-2715

Igreja N. S. das Mercês

(Reitoria) Comércio - Belém Sábado: 12h e 17h Domingo: 12h e 17h Telefone: 3212-3102

Sant'Ana da Campina

Comércio - Belém Sábado: 12h Domingo: 7h (Col. D. Bosco) 9h Telefone: 3230-3734 São Judas Tadeu

Condor - Belém Sábado: 18h Domingo: 7h e 18h Telefone: 3283-6020

Sta. Terezinha do Menino Jesus

Jurunas - Belém Sábado: 6h30 e 18h30 Domingo: 6h30, 8h30 e 18h Telefone: 3272-2251

Santo Antônio de Lisboa

Batista Campos - Belém Sábado: 6h30, 12h, 17h e 18h30 Domingo: 8h, 11h, 17h, 18h30 e 20h Telefone: 3215-7004/ 3222-0097

Santíssima Trindade

Capina - Belém Sábado: 16h Domingo: 7h, 10h, 11h30, 17h30 e 19h Telefone: 3215-7007/ 3242-4917

N. S. da Conceição

Cidade Velha - Belém Sábado: 18h30 Domingo: 6h30, 8h30 e 18h30 Telefone: 3215-7006

São José

Umarizal - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 11h e 19h Telefone: 3230-4916

Santa Luzia

Jurunas - Belém Sábado: 7h, 17h e 19h Domingo: 7h30 e 19h Telefone: 3271-2146 REGIÃO EPISCOPAL SANTA MARIA GORETTI

São Pedro e São Paulo

da Campanha da Fraternidade Segunda-feira, dia 18, a

Domingo: 7h, 8h30, 17h30 e 20h Telefone: 3226-2151/ 3226-2612

Domingo: 7h30, 9h, 17h, 19h Telefone: 3277-4641

São Domingos de Gusmão

São Raimundo Nonato

Terra Firme - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 8h30 e 19h30 Telefone: 3253-2656 São Miguel

Cremação - Belém Sábado: 18h30 Domingo 7h30, 11h e 18h30 Telefone: 3283-6022 Nossa Senhora de Fátima

Fátima - Belém Sábado: 17h30 Domingo: 6h45, 8h30, 17h30e 19h30 Telefone: 3228-0864

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Pedreira - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h, 19h Telefone: 3233-4224/3276-9573

São Francisco Xavier

N. S. de Nazaré (Basílica Santuário)

Nossa Senhora Mãe da Divina Providência

Nazaré - Belém Sábado: 7h, 8h30,12h,17h Domingo: 6h30, 8h, 10h, 16h30, 18h, 20h Telefone: 4009-8400 São Francisco de Assis

(Capuchinhos) São Brás - Belém Sábado: 19h30 Domingo: 6h, 7h30,9h30,18h, 20h Telefone: 3073-1500 Santo Antônio do Tucunduba

Guamá - Belém Sábado: 19h30 Domingo: 7h e 19h30

REGIÃO EPISCOPAL SANTA CRUZ Imaculada Conceição

Castanheira - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h e 19h Telefone: 3277-4642 São Sebastião

Sacramenta - Belém Sábado e domingo: 7h; 17h e 19h Telefone: 3264-9060/3254-7354 Jesus Ressuscitado

Marambaia - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h e 19h Telefone: 3277-4643 São Geraldo Magela

Val de Cans - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h30 e 18h Telefone: 3257-7950

São José de Queluz

São Jorge

Canudos - Belém Sábado: 6h30 e 20h

Marco - Belém Sábado: 7h e 18h30 Domingo: 7h, 9h, 11h30 e 18h30 Telefone: 3277-4640/3276-0941

Marco - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 8h, 18h Telefone: 3283-3052

Paróquia Santa Maria Goretti

Telégrafo - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 8h30, 17h30 e 19h Telefone: 3264-9061

08:30 - 12:00 - Abertura da Campanha da

Santa Cruz

Guamá - Belém Domingo: 9h30 e 18h Telefone: 3283-6023

Guamá - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h e 18h30 Telefone: 3283-6021/ 3259-0413

19:00 - Missa pelos 25 anos de vida reiligiosa de Ir. Arlete na Igreja Matriz de Nossa Senhora

Umarizal - Belém. Sábado e domingo: 6h30 e 18h Telefone: 3277-4644

N. S. do Perpétuo Socorro

Marambaia - Belém Sábado: 19h

Val de Cans - Belém Sábado:19h Domingo: 7h e 19h Telefone: 3257-2388

Sagrada Família

Curió Utinga - Belém. Sábado: 7h e 19h30 Domingo: 7h, 9h e 19h30 REGIÃO EPISCOPAL SÃO JOÃO BATISTA

São João Batista e Nossa Senhora das Graças

Icoaraci - Belém. Sábado: 6h30 e 20h Domingo: 7h, 10h, 18h Telefone: 3297-7250

São Francisco de Assis

Tapanã - Belém Domingo: 7h e 18h30 Telefone: 3258-8036

Coração Eucarístico de Jesus

Catalina - Belém Sábado: 19h30 Domingo: 7h, 10h e 19h

N. S. da Imaculada Conceição

Outeiro - Belém Sábado: 8h Domingo: 7h Telefone: 3277-4648

N. S. do Bom Remédio

Conjunto Satélite - Belém Sábado: 17h30 Domingo: 7h, 18h30 Telefone: 3289-5355 Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo

Conjunto Sideral - Belém Domingo: 7h, 9h, 18h Telefone: 3288-4250 Santo Antônio de Pádua

Coqueiro - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h e 18h Telefone: 3237-8350

Santo Afonso de Ligório

Pratinha - Belém Sábado: 19h Domingo: 8h30, 19h Telefone: 3258-1554/3274-8281 Arcanjo São Miguel

Santa Edwiges

N. S. Auxiliadora

Anita Gerosa (Aurá) - Ananindeua Domingo: 7h e 18h Telefones: 3255-3828 N. S. das Vitórias

Sagrado Coração de Jesus

Menino Deus

Centro - Marituba Domingo: 6h, 8h30, 18h Telefone: 3237-8351 N. S. de Nazaré

Colônia - Marituba Domingo: 9h Telefone: 3279-2624

Santo Inácio de Loyola

Icui Guajará - Ananindeua Domingo: 7h, 18h Telefone: 3295-3545

São Lucas Evangelista

Guajará - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h, 18h Telefone: 3279-2621

Santa Teresinha

Águas Lindas - Ananindeua Domingo: 7h30, 18h Telefone: 3245-7440

N. S. de Guadalupe

Coqueiro - Ananindeua Sábado: 18h30 Domingo: 7h, 9h, 18h Telefone: 3245-7440 Jaderlândia - Ananindeua Domingo: 19h Telefone: 3237-9891 Cidade Nova VI - Ananindeua Sábado: 19h30; Domingo: 6h30, 8h15, 18h Telefone: 3279-2620

Transfiguração do Senhor

Curuçambá - Ananindeua Sábado: 18h30, 20h Domingo: 7h30, 19h Telefone: 3282-1274

Santa Rita de Cássia

Cidade Nova V - Ananindeua. Sábado: 6h30, 17h30 Domingo: 6h30, 8h30, 17h30, 19h30. Telefone: 3273-3191/ 3273-3310

São Vicente de Paulo

Paar - Ananindeua Domingo: 7h, 8h30, 19h Telefone: 3283-8400

São José Operário

Conj. Carnaúba, Icuí Domingo: 7h e 18h Telefone: (91) 3295-3545/ 3031-1172

N. S. das Graças

Nova Marambaia - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h30, 18h Telefone: 3279-1654

Centro - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h, 19h Telefone: 3255-2654

N. S. Rainha da Paz

Vila - Mosqueiro Sábado: 19h30 Domingo: 6h30, 9h30, 19h30 Telefone: (91) 3771-1278

Bengui - Belém Domingo: 7h, 9h, 18h30 Telefone: 3277-4645

Coqueiro - Ananindeua Sábado: 7h Domingo: 7h, 9h30, 19h30 Telefone: 3263-0603

Santa Paula Frassinetti

Jesus Bom Samaritano

Cotijuba - Belém Sábado: 19h30; Domingo: 8h, 9h30, 19h30 Telefone: 3247-1438

Divino Espírito Santo

REGIÃO EPISCOPAL MENINO DEUS

Águas Lindas - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h30, 9h, 18h Telefone: 3265-5413

São Francisco das Ilhas

Guanabara - Ananindeua Domingo: 7h, 9h30, 19h30 Telefone: 3235-1405

Cristo Peregrino

Nossa Senhora de Fátima

Tapanã - Belém. Sábado: 7h Domingo: 7h30 e 19h30 Telefone: 3033-2004

Cristo Rei

Una - Ananindeua Sábado: 6h30 Domingo: 7h, 20h Telefone: 3234-4674

Almir Gabriel - Marituba Sábado: 19h Domingo: 7h, 19h Telefone: 3256-7655

Icoaraci - Belém Sábado: 20h Domingo: 7h, 19h Telefone: 3297-7251

REGIÃO EPISCOPAL SÃO VICENTE DE PAULO

N. S. do Ó

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BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Panorama Cidadela

Pe. Cláudio Barradas (pjrbarradas@ig.com.br)

Quaresma

A

ssim como, há milênios, devido à necessidade de organizar o tempo, criou-se o chamado ano civil, no uso corrente o período de doze meses, que vai de 01 de janeiro a 31 de dezembro, e, com ele, o calendário, sistema elaborado para, segundo o Dicionário Enciclopédico Veja - Larousse, recensear de modo racional os dias, as semanas e os anos, assim também a Igreja, visando, em princípio, a maior glória de Deus, a santificação e a formação de seus componentes, ordenou, progressivamente, suas celebrações num ritmo anual e, pois, cíclico, a que deu o nome de Ano Litúrgico. Durante esse ciclo anual, como estabelecem as Normas Universais do Ano Litúrgico e o Calendário Romano Geral, no cap. 1, desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemoram-se os aniversários dos santos.

O Ano civil está estruturado em meses, enquanto que o Litúrgico em Tempos. São quatro os Tempos Litúrgicos, dois dos quais fortes - o do Natal e o da Páscoa - dois de preparação - o do Advento, de preparação para o Natal, e o da Quaresma, de preparação para a Páscoa - e um Comum, composto de 34 semanas, e estruturado em duas partes: a 1ª, entre o Natal e a Quaresma, e a 2ª, entre a Páscoa e o Advento. O Tempo da Quaresma, que é o que ora nos interessa, começa com a 4ª feira de Cinzas, (a que, na prática, na ótica popular, segue-se à 3ª feira de carnaval), e vai até a Missa da Ceia do Senhor, à tarde da 5ª feira Santa, com a qual se inicia a parte mais importante do Ano Litúrgico: o Tríduo Pascal, que tem seu centro na Vigília Pascal, realizada na noite do sábado que se segue à sexta-feira santa, e encerrase com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. Embora haja muito a dizer sobre a Quaresma, pois que

É o tempo mais que favoravel para o aprofundamento do ser, do sentir, do pensar e do agir de Cristo Jesus

é um tempo riquíssimo, compreensivelmente, devido ao pouco espaço de que disponho, para ser prático limito-me à sua espiritualidade: que, sem a menor sombra de dúvida, deve ser a de quantos dizem sentir e viver com a Igreja. Como lembra o abalizado liturgista italiano Augusto Bergamini, em seu indispensavel “Cristo, Festa da Igreja - o Ano Litúrgico”, Edições Paulinas, São Paulo, 1994, a espiritualidade quaresmal tem um carater essencialmente cristocêntricopascal-batismal. Consequentemente, é um tempo litúrgico que é caminho de fé - conversão para o Cristo que, ouso acrescentar, apesar de Filho mais que amado pelo Pai, não hesitou em fazer-se-lhe servo obedientíssimo até à morte infamante numa cruz. Conversão, para o ser de fato, implica em mudança radical, total, profunda: que, em se sendo cristão,

consiste, a meu ver, em ter em si os mesmos sentimentos de Cristo, como recomenda São Paulo em sua carta aos Filipenses, (2,5), ou, no dizer de João Batista, em diminuir - ao que acrescento, até desaparecer de todo - para que ele cresça ao ponto de - de novo eu tornarmo-nos ele. Pelo que, a Quaresma é o tempo mais que favoravel, oportuníssimo, para a descoberta, ou a redescoberta, e o aprofundamento do ser, do sentir, do pensar e do agir de Cristo Jesus. Para isso, é imprescindivel o manuseio diário, constante, eu quase diria ininterrupto, dos quatro evangelhos. Sem deixar de lado, é claro, as três obras clássicas quaresmais: o jejum, sobretudo do pecado, a oração, que deve consistir na mais plena disponibilidade à vontade do Pai, e a caridade, dom total de si ao próximo, que é todo e qualquer ser humano. Que Quaresma frutuosíssima, a nossa, se assim o for! É o que desejo a todos.

Testemunho de Fé DIVULGAÇÃO

Desde 2011 estava me preparando para o Vestibular e ano passado tentei novamente. Chegou a primeira fase e nos dois dias de prova fiquei muito nervoso, pois como tenho problema de vista, senti um enorme mal estar, mas algo me dizia para não desistir, pois tudo ía dar certo. No dia da prova fiz minha oração diária, mas enfatizando na segunda prova e pedindo, em especial, a benção de Nossa Senhora de Nazaré. Pois, meu vínculo com ela é muito grande, desde quando minha avó era viva e me levava à missa quase todos os dias. Enfim, fiz a prova com a certeza que

naquele dia as coisas iam melhorar e não iria passar mal como da ultima vez. Porém, antes de sair de casa, minha irmã estava aos prantos e indaguei o motivo, ela respondeu que não era nada e que que tudo daria certo, pois Deus e Nossa Senhora de Nazaré estavam do meu lado e que faria uma boa prova. Prometi que se passasse na prova, iria acompanhar todos os anos Nossa Senhora na trasladação, até onde eu aguentasse. Ao ouvir meu nome, fui pagar uma parte da minha promessa. Fui à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré agradecer por essa incrível conquista

almejada, fiz minhas orações e depois voltei para casa com a certeza que serei grato a Nossa Senhora de Nazaré pelo resto da minha vida, pois ela é minha mãe, minha guia e minha companheira em todas as horas. Enquanto eu tiver força, estarei agradecendo e a homenageando de todas as formas. ROGÉRIO JACENIR,

ator e estudante de Artes Cênicas

Parabéns para você! DIVULGAÇÃO

“Agradeço a Deus e a Nossa Senhora de Nazaré por mais um ano de vida e pelas bençãos recebidas, especialmente a saúde da minha família.” FAUSTINO DE LIMA VIEIRA,

95 anos, 15 de janeiro

15/2 Eduardo Alexandre Souto Machado Ivonira Pereira Lopes João Paulo Rodrigues Britto Jose Ilson Neves Maria de Jesus da Costa Maria Melo Costa Raimunda Lopes Pantoja 16/2 Arivaldo Sarmento Palmerim Consolacão Silva

Darceny Menezes de Souza Karla Cristina Batista de Souza Maria Lucrecia Calderaro Mileo Maria Raimunda de Carvalho Nogueira Pedro Jose Correa Lazera Sandra Maria Barata Gomes Wilton de Queiroz Moreira 17/2 Alexandre Pontes dos Santos Arminda da Cunha Pinho Elizabeth Lima Pessoa Erimar José Jorge Araújo Isaura Neves Accioli Ramos João Bosco Silva Cruz Cardoso Jorge Tryon Miranda Lima Jose Ferreira da Silva Filho Maria do Carmo de Souza Mota Maria de Nazaré Câmara Rodrigues Nazila Teixeira Martins Rita Silva da Rocha Rosa Maria Xavier Alves Sebastião Soares da Silva Wanda Aguiar Rayol Wilson Augusto de Carvalho 18/2 Anderson Gomes Neves Elza Leal Bezerra Enilton Carlos de Oliveira de Moraes Ivone dos Santos Coelho Maria da Gloria Pires Santos Maria Lourdes Monteiro Feitosa Maria Rosele Sena Couto Ferro

Marizete Adey Costa Souza Otenis Luis Pereira da Silva 19/2 Antonia Rocha da Silva Antonia Santos Gomes Carlos de Melo Sobrinho Ivan Ferreira Barbosa Ir. Ricardo do Nascimento Maria das Graças Lino Lobato Nadir da Costa Moraes Nair Franca Carvalho Nair Oliveira Ramos Raymunda Santana Amoras 20/2 Ana Borges Guerra Domingas de Souza Zani Edilson Modesto Correa

w

Jandira Lameira Jardim Jeniffer Rodrigues Moreira Jose Naciso de Carvalho Julia Maria Gomes de Pinho Lucileia Monteiro de Oliveira Nildes Lopes Mota Raimundo Joaquim dos Santos Rosiel Rodrigues da Silva Filho Terezinha de Jesus Farias Alves Venício de Oliveira Barbosa 21/2 Henriqueta Vilhena de Abreu Jucimar Mendes Martins Maria Leusina Paula de Castro Mauricio Siqueira Gomes Maximiana de Paiva Alves Pedro dos Santos

Aniversário natalício de padres e diáconos diocesanos 15/2 - Pe. Antônio Arcelino Magalhães 17/2 - Diác. Armínio Albues Gonçalves 18/2 - Diác. José Maria da Consolação 19/2 - Pe. Hélio Bosse 20/2 - Pe. Hermes José Novakoski

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Aniversário de ordenação dos padres e diáconos diocesanos 17/2 - Pe. Paulo Humberto Rodrigues 19/2 - Pe. Ezequiel Bridi

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BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Fundação Nazaré Escute na Rádio Nazaré SEXTA - FEIRA 04h00 - Abertura da Emissora 04h05 - Especial Pe. Zezinho 05h00 - Lírio Mimoso 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Dolorosos 06h00 - Voz do Pastor 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Igreja Ponto a Ponto 08h55 - Plantão RCR 09h00 - Nazaré em revista 09h30 - Informe notícia 09h55 - Plantão RCR 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - Estação Segurança 14h30 - Informe Noticias 15h00 - Terço da Misericórdia 15h30 - Informe Noticias 15h55 - Plantão RCR 16h00 - Freqüência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h45 - Liturgia das horas - Vésperas 17h55 - Oração do Ângelus 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço – Mistérios Dolorosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Saudade em Versos e Canções 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat – Igreja no Rádio SÁBADO 04h00 - Abertura da Emissora 04h05 - Especial Pe. Zezinho 05h00 - Lírio Mimoso 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Gozosos 06h00 - Voz do Pastor 06h30 - Questão de Fé 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Conhecendo Jesus 10h00 - Maria de Todos os Povos 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - Caminho Aberto 15h00 - Criança Evangelizando Criança 16h00 - Evangelizando Através do Dizimo 17h00 - Musical Nazaré

DIVULGAÇÃO

17h45 - Oração das Vésperas 17h55 - Oração do Ângelus 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Gozosos 18h30 - Musical Mariano 18h30 - Preparando a Festa 19h00 - Musical Nazaré 22h00 - A voz do Pastor 22h15 - Domínio jovem 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat DOMINGO 04h00 - Abertura da Emissora 04h05 - Especial Pe. Zezinho 05h00 - Lírio Mimoso 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus, 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Gloriosos 06h00 - Voz do Pastor 06h30 - Preparando a Festa 07h00 - SANTA MISSA 08h00 - Vem e Segue-me 10h00 - Domingo Alegre 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - A Vida e o Tempo - Envelhecer de Bem com a Vida 16h00 - As Mais Tocadas 17h00 - Raiz do Céu 17h55 - Oração do Ângelus 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Liturgia das Horas - Vésperas 18h30 - Oração do Terço - Mistérios Gloriosos 19h00 - Clássico Nazaré 20h00 - Circuito MPB 22h00 - A voz do Pastor 22h15 - Especial PE. Zezinho 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio SEGUNDA - FEIRA 04h00 - Abertura da Emissora 04h05 - Especial Pe. Zezinho 05h00 - Lírio Mimoso 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Gozosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Igreja Ponto a Ponto 08h55 - Plantão R CR 09h00 - Nazaré em revista 09h30 - Informe Notícia 09h55 - Plantão RCR 10h30 - Informe Notícia 11h50 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso

CONHECENDO JESUS é um programa que faz o estudo das leituras da liturgia de domingo, além de apresentar uma análise antropológica da vida de Jesus. É apresentado por THÉO CRUZ. Vai ao ar todos os sábados de 8h às 10h.

12h00 - A voz do Pastor 12h20 - Cardápio Instrumental 14h00 - Saúde e Cidadania 14h30 - Informe Notícia 15h00 - Terço da misericórdia 15h30 - Informe Notícia 15h55 - Plantão R C R 16h00 - Frequência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h50 - Oração do Ângelus 17h45 - Liturgia das horas- Vésperas 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Gozosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Crescendo na Fé 21h00 - Orando com Você - Com. Maíra 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio TERÇA - FEIRA 04h00 - Abertura da Emissora 04h05 - Especial Pe. Zezinho 05h00 - Lírio Mimoso 05h05 - Cura-me Senhor

05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Dolorosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Igreja Ponto a Ponto 08h55 - Plantão R C R 09h00 - Nazaré em revista 09h30 - Informe notícia 09h55 - Plantão RCR 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do Pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - Direito e Cidadania 14h30 - Informe Notícia 15h00 - Terço da Misericórdia 15h30 - Informe Notícia 15h55 - Plantão R C R 16h00 - Freqüência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h25 - Informe Notícia 17h30 - Liturgia das Horas - Vésperas 17h45 - Voz do Pastor 18h00 - Novena Nossa Senhora Perpétuo Socorro 18h30 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Família em Ação 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat – Igreja no Rádio QUARTA - FEIRA 04h00 - Abertura da Emissora 04h05 - Especial Pe. Zezinho 05h00 - Lírio Mimoso 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Gloriosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Igreja Ponto a Ponto 08h55 - Plantão RCR 09h00 - Nazaré em revista 09h30 - Informe notícia 09h55 - Plantão RCR 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do Pastor - Reprise 12h15 - Cardápio Instrumental 13h30 - Informe Notícia 14h00 - Educação e Cidadania 14h30 - Informe Notícia 15h00 - Terço da Misericórdia

15h30 - Informe Noticia 15h55 - Plantão RCR 16h00 - Frequência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h45 - Liturgia das horas - Vésperas 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Gloriosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Musical 21h00 - Orando com Você - Com. Mar adentro. 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio QUINTA - FEIRA 04h00 - Abertura da Emissora 04h05 - Especial Pe. Zezinho 05h00 - Lírio Mimoso 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 06h55 - Prestando Contas 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Igreja Ponto a Ponto 08h55 - Plantão RCR 09h00 - Nazaré em revista 09h30 - Informe notícia 09h55 - Plantão RCR 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 13h30 - Informe Notícia 14h00 - Entre nós 14h30 - Informe Notícia 15h00 - Terço da misericórdia 15h15 - Igreja em Diálogo 15h30 - Musical Nazaré 15h30 - Informe Notícia 15h55 - Plantão R C R 16h00 - Frequência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h45 - Oração das Vésperas 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Amor à Igreja 20h30 - Musical Nazaré 21h00 - Orando com Você - Com. Shalon 22h00 - A voz do Pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat – Igreja no Rádio

Assista na TV Nazaré SEXTA-FEIRA 00h00 00h05 02h30 02h45 02h50 03h00 03h55 04h00 05h00 05h15 05h20 05h25 05h55 05h58 06h00 06h30 06h45 06h55 07h00 07h55 08h00 10h15 10h55 11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 13h45 13h50 14h00 15h00 15h30 16h00 16h30 17h00 17h15 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 19h55 20h00 20h15 20h20 20h30 20h50 21h00 22h00 22h30 23h58

A Palavra de Deus é Luz Mulher.com Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Evangeliza Show Palavra de Vida Eterna Diálogo Aberto Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Fazendo Esperança Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Doloroso Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Santa Missa Palavra de Vida Eterna Mulher.com De Mãos Dadas Palavra de Vida Eterna Atelier na TV Desenho Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Família em Foco De Coração Desenho De Palavras Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Oração da Tarde Terço Doloroso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Desenho Palavra de Vida Eterna Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Terra Santa News Eu Creio Caminho de Evangelização Nazaré Notícias Espaço Cultural Encerramento da Programação da TV

SÁBADO 00h00 02h00 02h30 03h00 04h00 05h00 05h55 05h58 06h00 06h30 06h55 07h00 07h45 07h50 08h00 09h00

Música Mensagem De Coração Conversa com Meu Povo Caminho de Evangelização Espaço Cultural Evangeliza Show Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Gozoso Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Notícias Pastorais Eu Creio JMJ Viola Brasil Missa Abertura da CF 2013, ao vivo em Ananindeua-PA 10h30 Desenho 11h00 Pesca Amazônia 12h00 Notícias Pastorais

12h45 12h50 13h00 13h30 14h00 15h45 16h45 17h30 18h00 18h55 19h00 20h00 20h30 22h30 23h00 23h05 23h59

Eu Creio JMJ Viagem pela Amazônia Conversa com Meu Povo Santa Missa e Adoração em São Paulo-SP Pensando Bem Notícias Pastorais Terço Gozoso Especial Musical Palavra de Vida Eterna Encantos da Amazônia Conversa com Meu Povo Música Mensagem Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Espaço Cultural Encerramento da Programação da TV

LUIZ ESTUMANO

TERÇA-FEIRA

DOMINGO 00h00 02h00 03h00 04h00 04h30 05h30 05h45 05h55 05h58 06h00 06h30 06h55 07h00 08h00 08h45 08h50 09h00 09h30 10h00 11h00 12h00 12h45 12h50 13h00 13h30 13h40 14h40 14h55 15h00 16h00 16h05 17h00 18h00 18h30 18h55 19h00 20h00 21h00 22h30 22h35 23h35 23h58

Música Mensagem Vida Consagrada Oração e Adoração Igreja que Sofre Música Arte e Vida Sobre Todas as Coisas JMJ Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Glorioso Igreja no Brasil Palavra de Vida Eterna Santa Missa Dominical Notícias Pastorais Eu Creio JMJ Desenho Viagem pela Amazônia Diálogo Aberto Pesca Amazônia Notícias Pastorais Eu Creio JMJ Igreja que Sofre Mãe Maria Encantos da Amazônia Ângelus Palavra de Vida Eterna Vida Consagrada Palavra de Vida Eterna Dedo de Prosa Missa Santuário Nacional de Aparecida Desenho Terço Glorioso Palavra de Vida Eterna Instrumetal Sesc Brasil Janela Aberta Espaço Cultural Palavra de Vida Eterna Questão de Fé Terço Glorioso Encerramento da Programação da TV

SEGUNDA-FEIRA 00h00 00h05 02h30 02h45 02h50 03h00 04h00 05h00 05h15 05h20 05h25 05h55 05h58 06h00 06h30

A Palavra de Deus é Luz Mulher.com Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Encantos da Amazônia Oração e Adoração Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Fazendo Esperança Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Gozoso Caminhando Na Fé

23h20 Mãe Maria 23h30 Boas Notícias 23h58 Encerramento da Programação da TV

No programa NOTÍCIAS PASTORAIS, o telespectador fica por dentro do que acontece na Arquidiocese de Belém e na Igreja no mundo. É o momento para conhecer os trabalhos de pastorais, movimentos, ministérios e grupos da Igreja Católica. É apresentado pela jornalista LARISSA CRISTINA, aos sábados às 7h, 12h e 19h e aos domingo às 8h e 12h.

06h45 06h55 07h00 07h55 08h00 10h15 11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 13h45 13h50 14h00 15h00 16h00 16h30 17h00 17h15 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 20h00 20h15 20h20 20h30 20h50 21h00 22h00 22h30 23h00 23h05

A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Santa Missa Palavra de Vida Eterna Mulher.com De Mãos Dadas Atelier na TV Desenho Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Família em Foco Diálogo Aberto De Palavras Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Oração da Tarde Terço Gozoso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Desenho Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Terra Santa News Eu Creio Janela Aberta Nazaré Notícias Igreja que Sofre Palavra de Vida Eterna Caminhando Na Fé

00h00 00h05 02h30 03h00 03h55 04h00 05h00 05h30 05h45 05h50 05h55 05h58 06h00 06h30 06h55 07h00 08h00 10h15 11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 14h00 15h00 15h40 16h00 16h30 17h00 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 19h50 20h00 20h30 21h00 22h00 22h30 23h00 23h05 23h20 23h30 23h58

Palavra de Vida Eterna Mulher.com Conversa com Meu Povo Janela Aberta Palavra de Vida Eterna Diálogo Aberto Conversa com Meu Povo Sobre Todas as Coisas Palavra de Vida Eterna Eu Creio Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Doloroso Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Santa Missa Mulher.com De Mãos Dadas Atelier na TV Sobre Todas as Coisas Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Igreja que Sofre Conversa com Meu Povo Desenho Novena do Perpétuo Socorro Sobre Todas as Coisas De Palavras Conversa com Meu Povo Desenho Oração da Tarde Terço Doloroso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Sobre Todas as Coisas Palavra de Vida Eterna Conversa com Meu Povo Igreja que Sofre Questão de Fé Nazaré Notícias Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Sobre Todas as Coisas Mãe Maria Boas Notícias Encerramento da Programação da TV

QUARTA-FEIRA 00h00 00h05 02h30 02h45 02h50 03h00 03h40 03h55 04h00 05h00 05h15 05h20 05h25 05h55 05h58 06h00 06h30 06h45 06h55 07h00 07h55 08h00 10h15

A Palavra de Deus é Luz Mulher.com Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Novena do Perpétuo Socorro Mãe Maria Palavra de Vida Eterna Questão de Fé Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Fazendo Esperança Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Glorioso Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Santa Missa Palavra de Vida Eterna Mulher.com De Mãos Dadas

11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 13h45 13h50 14h00 15h00 16h00 16h30 17h00 17h15 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 20h00 21h00 22h00 22h30 23h00 23h05 23h20 23h30 23h58

Atelier na TV Desenho Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Família em Foco Pensando Bem De Palavras Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Oração da Tarde Terço Glorioso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Caminhando Na Fé Encantos da Amazônia Vida Consagrada Nazaré Notícias De Coração Palavra de Vida Eterna Caminhando Na Fé Mãe Maria Boas Notícias Encerramento da Programação da TV

QUINTA-FEIRA 00h00 00h05 02h30 03h00 03h55 04h00 05h00 05h30 05h45 05h50 05h55 05h58 06h00 06h30 06h55 07h00 08h00 10h15 11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 14h00 15h00 16h00 16h30 17h00 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 19h50 20h00 20h30 21h00 22h00 22h30 23h00 23h05 23h20 23h30 23h58

Palavra de Vida Eterna Mulher.com Conversa com Meu Povo Pensando Bem Palavra de Vida Eterna Encantos da Amazônia Conversa com Meu Povo Sobre Todas as Coisas Palavra de Vida Eterna Eu Creio Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Luminoso Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Santa Missa Mulher.com De Mãos Dadas Atelier na TV Sobre Todas as Coisas Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Igreja que Sofre Conversa com Meu Povo Desenho Diálogo Aberto De Palavras Conversa com Meu Povo Desenho Oração da Tarde Terço Luminoso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Sobre Todas as Coisas Palavra de Vida Eterna Conversa com Meu Povo Terra Santa News Evangeliza Show Nazaré Notícias Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Sobre Todas as Coisas Mãe Maria Boas Notícias Encerramento da Programação da TV


19

BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Entretenimento Cinema & DVD

Na Locadora

Pedro Veriano (pveriano@gmail.com)

Voando alto O filme tem por base a aferição entre a ética (ou moral) e o trabalho do instinto

“V

oo” (Flight) é o filme que marca a volta do diretor Robert Zemeckis aos dramas com atores (ele fez 3 animações do tipo “personal capture”ou seja desenhos por cima de imagens de atores). Conta a historia de um piloto de aviação chamado Whip Whitaker(Denzel Washington) que depois de uma noite de bebida e uso de droga comanda um avião de linha domestica e perto de seu destino percebe, através do copiloto, que há defeito na direção e é obrigado a fazer um pouso forçado num campo próximo à uma pequena cidade. Whip sai machucado, mas festeja a vida,pois

morreram no pouso 2 tripulantes 4 passageiros. Entre os tripulantes está a comissária de bordo que tinha passado a noite com ele antes de embarcar no voo fatídico. Tido primeiramente como herói por ter feito uma aterrissagem difícil mesmo assim é alvo de investigação que revela o seu passado de embriaguez. O filme é muito bem narrado. O primeiro terço trata do que acontece no avião. O resto é o processo que averigua o que se passou em termos técnicos, qual o papel do piloto afora a sua habilidade em fazer um pouso difícil. Advogados do sindicato dos aeroviários tentam arrumar argumentos que salvem o associado de uma pena de prisão. O grande problema é que foram encontradas latas vazias de bebida dentro da aeronave. E

Palavras

com os argumentos que inocentam os tripulantes sobreviventes resta a suspeita sobre ele, piloto, e comissária falecida. No tribunal ele tem que optar por dizer a verdade, que a bebida era sua, ou culpar a amada que morreu. Denzel Washington,o ator principal, é candidato ao Oscar deste ano. Este talvez seja o seu melhor papel,superior mesmo aos que lhe deram prêmios da Academia de Hpllywood, o de coadjuvante em “Tempo de Gloria”(1998) e o de principal interprete em “Dia de Treinamento”(2002). Ele consegue moldar a imagem do profissional hábil, mas falho no comportamento intimo. O filme tem por base a aferição entre a ética (ou moral) e o trabalho do instinto, de como a habilidade profissional pode eclipsar um caráter destrutivo. Ainda por cima, o roteiro focaliza o relacionamento do personagem com a mulher, a quem abandona, e o filho que em principio reage ao pai distante e depois o perdoa quando este resolve mudar e realçar o que está por trás das aparências. Um bom trabalho de um diretor capaz, e eu particularmente gosto muito de seus “Naufrago”e “Contacto”, o primeiro uma espécie de Robinson Crusoé muito mais humano do que o herói de Daniel Defoe e o segundo uma concepção filosófica sobre dados científicos que tratam da vida fora da Terra. w OSCAR Denzel Washington no seu melhor papel, superior mesmo aos que lhe deram prêmios da Academia de Hollywood

Minha indicação é o interessante filme “O Diabo no Banco dos Réus”. Trata-se de uma batalha espiritual que se passa em um tribunal, na qual conta a história de um vendedor desanimado que virou estudante de Direito, e resolve processar em 8 trilhões de dólares, o responsável por tudo de ruim que lhe aconteceu.

DIVULGAÇÃO

eu indico

KLÉBER VIEIRA, diretor da festa do Círio de Nazaré

QUADRINHOS SANTA PACIÊNCIA - ANDRÉ ABREU

BOA DICA

LIVROS E CD'S

n CD ZÉ VICENTE DA ESPERANÇA, VÁRIOS ARTISTAS(Paulinas/COMEP, 14 faixas musicais,R$21,90)

um avião de linha domestica e perto de seu destino percebe, através do copil o t o , que há defeito na direção e é obrigado a fazer um pouso forçado num campo próximo à uma pequena cidade. Whip sai machucado, mas festeja a vida,pois

O primeiro terço trata do que acontece no avião. O resto é o processo que averigua o que se passou em termos técnicos, qual o papel do piloto afora a sua habilidade em fazer um pouso difícil. Advogados do sindicato dos aeroviários tentam arrumar argumentos que salvem o associado de uma pena de prisão. O grande problema é que foram encontradas latas vazias de bebida dentro da w aeronave. E

e o trabalho do instinto, de como a habilidade profissional pode eclipsar um caráter destrutivo. Ainda por cima, o roteiro focaliza o relacionamento do personagem com a mulher, a quem abandona, e o filho que em principio reage ao pai distante e depois o perdoa quando este resolve mudar e realçar o que está por trás das aparências. Um bom trabalho de um diretor capaz, e eu particularmente gosto muito de seus “Naufrago”e “Contacto”, o primeiro uma espécie de Robinson Crusoé muito mais humano do que o herói de Daniel OSCAR Defoe e o segundo uma concepção filosófica sobre dados científicos no seu melhor papel, superior que tratam da vida fora da Terra.

autor adquirida no trabalho com os jovens em povo. Suas músicas são um apoio para diferentes

Raras vezes se vê um roteiro tão criativo. Um escritor descreve em publico s e u n ovo l i v ro . Este livro trata justamente de um escritor como ele, homem simples, casado e devotado ao lar, que não consegue que se publique um seu trabalho bastante pessoal. Quando este escritor e a esposa visitam uma loja de raridades em Paris ela compra para ele uma valise que acha interessante.Já nos EUA ele vê que dentro da valise está um manuscrito, na verdade um livro pronto para ser editado. O objeto é antigo, o texto está em papel amarelado, e ele resolve testar a popularidade disso mostrando-o a seu editor. É um sucesso. O livro é publicado como se fosse dele. Mais tarde, surge um senhor idoso que se revela o autor do manuscrito. Mas não cobra de quem se apropriou dele. É um homem só, desprezado dos seus, acomodado no que vê como seus últimos dias de vida. Fica o problema no ar. Um livro dentro de um livro, ou dois livros em um livro,tudo para traçar a volubilidade das palavras. Um filme sobre as diferenças do que é dito, escrito e sentido. Essas diferenças passam pelo valor cristão da humildade. Direção e roteiro de Brian Klugman e Lee Sternthal com interpretações corretas de Jeremy Irons, Bradley Cooper, Dennis Quaid e Olivia Wilde.Produção de 2011 que não alcançou nossos cinemas e já está nas locadoras de DVD.

Zé Vicente nos seus 30 anos de caminho comprometido com a vida, neste novo CD, ele canta a fé, a resistência e a e s p e ra n ç a junto com o seu povo. Suas músicas são um apoio para diferentes encontros de comunidades eclesiais. Ritmos alegres, populares e com facilidade de serem cantados, dançados, rezados, meditados e proclamados.

, REGINALDO CARREIRA (Paulinas,160págs,R$16,30) n Este livro reúne uma coletânea de artigos sobre temas atuais ligados à juventude e seus relacionamentos, à Igreja, espiritualidade, sociedade e Palavra de Deus. São pequenas reflexões que traduzem a experiência do autor adquirida no trabalho com os jovens em missões pelo país e em sua paróquia. Algumas perguntas e oração foram colocadas no final de cada parte para ajudar a transformar a reflexão em espiritualidade vivida.

PALAVRAS CRUZADAS


20

BELÉM, DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Palavra Final E

m Gênesis 1,27-28, temos: “Deus criou o ser humano à sua imagem,...Homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”. Verifica-se, pois, que a criação humana só se tornou completa a partir do momento em que Deus criou a mulher. No mesmo sentido, podemos concluir, que o casal só atingirá sua plenitude, enquanto tal, a quando do nascimento dos filhos. Com bem nos ensina o casal Ellen e Francisco Colares, integrantes das Equipes de Nossa Senhora da Região Ceará: “Deus delegou ao casal, pela fecundidade inerente ao amor conjugal, seu dom mais precioso: a capacidade de gerar vida” (In Casamento, sacramento do dia-a-dia. Nova Bandeira Produções Editoriais LTDA. São Paulo: 2010. P. 37). Destarte, o casal, por si mesmo, tem o profundo anseio de realizar a vida na obra fecunda do próprio Deus. Por conseguinte, em face de sua própria índole, o casal se orienta necessariamente para alguma forma de fecundidade. A geração consaguínea dos filhos constitui gesto sublime de amor pela doaçaão da vida. Trata-se do maior dom que se possa fazer a alguém;

Evangelização no Terceiro Milênio MARIA ELISA BESSA DE CASTRO

Paternidade e Maternidade responsável na perspectiva trinitária consoante o magistério de João Paulo II - PARTE 2 de Deus. Desta feita, podemos concluir que não são os pais que amam seus filhos, mas, Deus que os ama por meio de seus pais. Somente neste contexto podemos compreender que o amor gera a vida. A dimensão nupcial do amor, no entrelaçamento inseparável da diferença sexual (“homem e mulher Ele os criou”), dom de si e fecundidade, abre a existência humana para a comunhão, segundo uma semelhança com a comunhão divina. Ser criado à imagem e semelhança de Deus significa ser portador daquela qualidade divina que é a comunhão. A communio personarum (comunidade de pessoas) indica a origem e o destino

O casal, por si mesmo, tem o profundo anseio de realizar a vida na obra fecunda do próprio Deus. dado que possibilita ao novo ser gerado a extasiante aventura da vida, do amor, do conhecimento, da descoberta, do encontro pessoal com Coração Misericordioso do Pai, que enseja a suprema realização de todo ser. Também existe fecundidade naqueles casais que não podem, por motivos de ordem bioógica, gerar seus próprios filhos. Utilizamo-nos das palavras de Frei Antonio Moser: “o casal não é fecundo somente porque gera filhos e filhas e, sim, porque se ama; e, em se amando, apresenta espírito de acolhida para a vida”. Essa forma especial de fecundidade pode assumir diversas perspectivas, a saber: cuidado com os pobres, desvalidos, doentes e abandonados, o magistério e a educação etc. A fecundidade pode também ser vivenciada na adoção de crianças (que, por alguma razão, não pode contar com o lar de seus pais biológicos). É o que denominamos de paternidade e maternidade “do coração”. O ser pai (aqui incluso paternidade e maternidade), seja biológico, seja de coração, é uma vocação que exige o compromisso de fazer florescer uma nova vida, por todos desconhecida. De fato, o que se pretende realmente com o exercício diário da paternidade e da maternidade é a consecução do amor. E este pode verificar-se tanto na perspectiva biológica-consanguínea, como na perspectiva civil-adotativa; dado que em ambas o amor se oportuniza. Ser pai e mãe, portanto, configura um dom: o dom de ser instrumento

último do ser humano, a matriz do qual procede e a meta na qual poderá encontrar satisfação que irresistivelmente busca e o método pelo qual conduz a própria existência a fazer, já neste tempo, a experiência, ainda que embrionária, da realização. A comunhão interpessoal, que se edifica entre os cônjuges, imita a Santíssima Trindade, sendo a relação esponsal entre homem e mulher a primeira expressão dessa comunhão. A fecundidade conjugal, enquanto traço característico da maturidade humana, encontra aí o seu ambiente mais apropriado. A família constitui a forma mais elementar de sociedade humana, nomeadamente porque documenta como o ser humano existe enquanto ser gerado e cresce dentro de uma relação de pertença com um lugar de origem. Finalizamos com as palavras do Beato João Paulo II sobre a família no contexto da civilização do amor: “... ao vir ao mundo, o homem começa na família a sua grande aventura’, a aventura da vida. ‘Este homem’ tem, em qualquer caso, direito à própria afirmação por causa da sua dignidade humana. Precisamente esta dignidade é que estabelece o lugar da pessoa no meio dos homens, e antes de mais na família. Efetivamente, esta, mais do que qualquer outra realidade social, é o ambiente onde o homem pode existi ‘por si mesmo’, mediante o dom sincero de si. Por isso, a família permanece uma instituição social que não se pode nem deve substituir: é ‘o santuário da vida’”

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