Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

www.fundacaonazare.com.br

BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

D O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA D

XCVIII - Nº 555 - PREÇO AVULSO: R$1,00

"Sejam guardiões dos dons de Deus" Na missa que dá início ao ministério petrino, Papa Francisco, em sua homilia dedicada a São José, falou o quanto os fiéis podem se inspirar nas virtudes do patrono da Igreja. CADERNO DOIS, PÁGINAS 1 A 5.

w INÍCIO DO PONTIFICADO No dia 19 de março, Papa Francisco alertou os fiéis a jamais esquecerem que o verdadeiro poder é o serviço

A Luta pelos Mudanças direitos contra na Estrutura discriminação Social Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial é comemorado no dia 21 de março. Especialista e ativistas levantam a bandeira da conscientização pela eliminação do preconceito racial, às vezes inconsciente. PÁGINA 12.

Vicentinos participam do Encontro Regional, em Belém, para discutir reformas na realidade social. Assessor Espiritual da Família Vicentina orienta os membros da capital paraense e anuncia os encontros nacionais. PÁGINA 5.

Dom Alberto: o Caminho da Páscoa Na Conversa com Meu Povo, Dom Alberto Taveira fala sobre a organização do ano litúrgico que proporciona aos fiéis viverem as dimensões de sua fé. Destaca ainda os primeiros ensinamentos do Papa Francisco. PÁGINA 3.

Quinto Capítulo Nesta edição, dando continuidade às reflexões para o Ano da Fé e também a preparação para Páscoa, São Tomás de Aquino nos introduz para reflexão e oração no tempo litúrgico da Paixão de Cristo. Leia o quinto capítulo do Livro "Exposição sobre o Credo". CADERNO 2, PÁGINAS 7 A 8.

TEMPO DE REFLEXÃO Reviver a Paixão de Jesus Cristo

ARQUIDIOCESE

DE BELÉM

Celebração do Domingo de Ramos da início à programação para a Semana Santa na Arquidiocese Metropolitana de Belém. Jovens são convidados a viverem com intensidade esse tempo de interiorização. Leia também as orientações litúrgicas para a celebração do Tríduo Pascal. PÁGINA 6 E 7.


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Opinião Alegria de ser católico João Carlos Pereira

CHARGE DO ANDRÉ ABREU

jcparis@orm.com.br

A lição dos pobres

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oi Leonor Severa Miglio, uma pessoa a quem quero um bem enorme, amiga rara, quem me deu a notícia de que o cardeal Bergoglio havia adotado o nome de Francisco, inspirado pelo pedido do cardeal emérito de São Paulo, para que não se esquecesse dos pobres. Para um homem religioso, a menor referência que se faça aos pobres remete a Cristo, e, nessa linha, faz pensar no pobrezinho de Assis, cujo nome tomou emprestado para comandar a única e verdadeira Igreja de Jesus. Ela me disse isso de manhã cedo, logo após o encontro de Francisco com os jornalistas, e a imprensa só iria repercutir o comentário bem mais tarde. Por isso tive um dia quase todo para pensar, pensar outra vez, pensar de novo, nas palavras do Papa. Um homem como ele, que veio, disse o próprio, quase do fim do mundo, tem tanto a ensinar que precisou recorrer aos símbolos silenciosos, embora eloquentes, do tipo até as pedras gritariam, se os homens não falassem de Jesus, para dizer qual o caminho que a Santa Igreja deve seguir. Novidade em suas palavras não há, porque disse que a Igreja tem que seguir os caminhos e ouvir a voz do seu fundador, Jesus, mas a ênfase que deu a isso, nas pregações, é que surpreende. Certo de que Jesus deixou, nos Evangelhos, verdadeiras lições de humildade e de amor, o novo Bispo de Roma apenas reafirmou que devemos, como homens e como Igreja, ouvir mais o Cristo, viver mais próximo dele, estar mais atento à sua mensagem. Nada de novo precisa ser inventado (nem um novo Concílio, visto que o Vaticano II ainda não está maduro), o homem deve, isto sim, encontrar Jesus na sua Igreja. O mundo rezava por um pastor e Deus nos deu um sábio Francisco, que ama a Igreja e, sobretudo, a sua maior riqueza, que são os pobres. Um homem como ele haverá de fazer um novo horizonte para o Cristianismo, que clama por unidade, em meio a enorme diversidade de credos que não caminham unidos como deveriam.

Comente esta charge: voz@fundacaonazare.com.br Jornalista e professor

Panorama José Pereira Ramos joseulina@oi.com.br

Reconstroi a Minha Igreja

Q Economista e escritor

uando visitei a pequena cidade de Assis, entre tantas coisas importantes e testemunhos extraordinários de um dos maiores Santos da nossa Igreja, vi o Crucifixo de São Damião que a tradição diz ter conversado com Francisco, declarando a célebre frase: “Reconstrói a minha Igreja”. A princípio, o santo não havia entendido a mensagem do Senhor. A primeira capela que Francisco reconstruiu foi a da Porziuncula, hoje preservada no centro da grandiosa Basílica de Santa Maria. Francisco fez muito mais. Reuniu muitos jovens seguidores, numa das maiores Congregações que difundem e defendem o Cristianismo pelo mundo. Os tempos correram e numa época em que o secularismo e o relativismo

Encontro fraterno Ivens Coimbra Brandão

ivenscb@oi.com.br

Reinar é servir

O

Engenheiro civil e escritor

leitor, que por ventura já teve oportunidade de cavalgar, certamente que experimentou a sensação de estar ‘acima’ dos outros, capaz de se deslocar velozmente em relação às passadas de um pedestre, sentir a potência muscular do animal, e depois de algum treinamento, dominá-lo completamente. Recuando-se no tempo, os conquistadores que já haviam invadido a Palestina, chegavam montados em corcéis fogosos e engalanados. Eram conhecidos dos judeus pela arrogância de detentores dos poderes deste mundo, e a perversidade que caracterizava a ação dominadora sobre povo conquistado. Neste Domingo de Ramos, a Igreja celebra a chegada em Jerusalém de um Rei diferente, que não vinha para dominar o povo, mas para libertá-

Fundado em 5 de julho de 1913

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Monsenhor Marcelino Ferreira Vigário geral da Arquidiocese de Belém do Pará

dominam os meios de comunicação, e o povo procura uma religião que satisfaça seus desejos, um santo Papa, com a saúde abalada, renunciou ao elevado cargo de Sumo Pontífice. E o inesperado Conclave elegeu um Papa Jesuíta, que adotou o nome de Francisco. Uma de suas primeiras afirmações do novo Papa, foi a de que a igreja é de Jesus Cristo e não uma “Ong piedosa”. Para completar, é um Francisco com formação de Jesuíta, o que significa culto e apostólico. O Brasil (aliás, toda a América do Sul) deve muito aos Jesuítas na formação Católica do povo. Suas envolventes atividades atraíram o descontentamento de governantes ambiciosos, o que provocou drásticas expulsões, dos Pampas ao Amazonas. Por três semanas seguidas escrevi nesta coluna, afirmando que não acredito na eleição dos “favoritos”. Aos 86 anos de idade, aguardei pela sétima vez a saída da fumaça branca. Só o Cardeal Pacelli foi o favorito eleito. Resta-me com todo o fervor, com toda a fé, rezar plagiando o Cristo de São Damião: FRANCISCO, RECONSTROI A MINHA IGREJA.

lo, para conquistar corações: Jesus Cristo, o Messias esperado. “No dia seguinte, a grande multidão que tinha ido para a festa ouviu dizer que Jesus estava chegando a Jerusalém. Então apanharam ramos de palmeira e saíram ao encontro de Jesus, gritando: ‘Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor, o rei de Israel! ’ Jesus, encontrando um jumentinho, montou nele, como está dito na Escritura: ‘Não tenha medo, cidade de Sião. Eis que o seu rei está chegando, montado num jumentinho!” (Jo 12, 1215). Ao entrar em Jerusalém montado em um jumentinho, Jesus cumpria a profecia de Zacarias (cf. Zc 9, 9). Contrariando as expectativas daquele povo, de que seria um rei político, que encerrava os poderes deste mundo, Jesus, ao chegar montado em um jumentinho sinalizava humildade e mansidão. De fato Ele não era um rei deste mundo (cf. Jo 18, 36). Nesta semana, diante do ensinamento vivenciado por Jesus, somos convidados a meditar sobre a tentação que nos leva a montar em ‘cavalos’ que nos enaltecem e glorificam, desfigurando nossa vocação pela humildade que liberta no servir.

DIRETOR GERAL Monsenhor Raimundo Possidônio DIRETORA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marluce Guerreiro Milhomem DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Arnaldo Pinheiro COORDENAÇÃO Franklin Salvador (DRT/PA 2242)

Sua voz Qual a sua opinião sobre o Papa Francisco?

CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO João Carlos Pereira Padre Nilton Cezar Reis Padre Cláudio de Souza Barradas EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Sérgio Santos (DRT/PA 579) Assinaturas, distribuição, administração e redação Avenida Governador José Malcher, Edifício Paulo VI, 915 CEP: 66055-260, Bairro Nazaré, Belém - Pará Telefones: (91) 4006-9200/ 4006-9209.

O papa franciso é um homem abençoado por Deus, iluminado pelo Espírito Santo. A sua simplicidade e humildade nos tocam muito, nos trazem uma paz tão grande! MAICOM LUAN BARBOSA, estudante, 19 anos O Papa com suas palavras quer resgatar o verdadeiro sentido de ser Cristão, defender a fé e testemunhá-la para os católicos que se mundanizaram, sendo testemunho àqueles que estão longe de Deus RAFAEL FERNANDO, estudante, 15 anos A minha impressão, como a da grande maioria dos católicos, é a de encantamento, vislumbramento e alegria em ver um Papa tão simples e humilde desejoso de levar Jesus onde for. NÉIA MAGALHÃES, bacharel em turismo, 46 anos

Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


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Arcebispo Conversa com meu povo Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

O caminho da Páscoa

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aminhar. ‘Vinde, Casa de Jacó! Caminhemos à luz do Senhor’ (Is 2, 5). Trata-se da primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e, quando nos detemos, está errado. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão, na sua promessa”. Assim se pronunciou o Santo Padre o Papa Francisco, em sua primeira Homilia na Capela Sistina, quando celebrou a Santa Missa com os Cardeais participantes do Conclave.

para chegar aos confins da terra dos corações de todos os homens e mulheres, especialmente os mais pobres e os afastados de Deus. Ela não pode parar, mas há de caminhar sempre, uma Igreja em movimento. A sabedoria milenar da Igreja organizou o Ano litúrgico de forma a proporcionar aos fiéis cristãos beberem na única fonte do Mistério Pascal de Cristo as diversas dimensões de sua fé. A Páscoa é a festa fundamental, celebrada a cada Domingo, presente em todas as missas diárias, quando, do nascer ao pôr do sol, em toda parte, por Jesus Cristo e pela força do Espírito Santo, é oferecido ao

Caminhar sempre à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão Na Igreja primitiva o Cristianismo era chamado “Caminho” (cf. At 9,2; 19.9.23; 22,4; 24.14.22). A grande estrada percorrida por Jesus em direção a Jerusalém, onde consumou seu mistério de Páscoa, fez com que as multidões acorressem a Ele. Brotaram como ramos de oliveira os discípulos! Conversão, passagem, movimento, dinamismo para sair da escuridão para a luz, da tristeza à alegria, da morte à vida. E seus seguidores, no correr dos séculos, receberam a tarefa de espalhar as sementes da fé em todos os recantos da terra. Aos discípulos de hoje em caminho, é confiada a mesma tarefa. No júbilo que contagiou a todos, a Igreja de Jesus Cristo conheceu o novo sucessor de Pedro, para estar à frente da Igreja de Roma, que preside à caridade. Os primeiros dias de seu Pontificado testemunham o “norte” indicado pela bússola da fé, com o qual quer colocar-nos a caminho: “Cristo é o Pastor da Igreja, mas a sua presença na história passa através da liberdade dos homens: um deles é escolhido para servir como seu Vigário, Sucessor do Apóstolo Pedro, mas Cristo é o centro. Não o Sucessor de Pedro, mas Cristo. Cristo é o centro. Cristo é o ponto fundamental de referência, o coração da Igreja. Sem Ele, Pedro e a Igreja não existiriam, nem teriam razão de ser” (Encontro do Papa com os profissionais da Comunicação). Se são imensas as multidões do tempo presente, multiplicadas pelo alcance dos meios de Comunicação, maiores as responsabilidades de todos os cristãos. Com Papa Francisco à frente, apontando-nos Jesus Cristo como o único Senhor de nossas vidas, a Igreja se faça caminho, abra-se à missão, redescubra continuamente seu dinamismo interior e continue sua estrada,

Pai o sacrifício perfeito (Cf. Oração Eucarística III). Celebrase também, após a intensa preparação quaresmal, a Páscoa anual, com a qual acompanhamos os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo antes de sua Paixão, para viver, no Tríduo Pascal, seu êxodo, mistério de entrega pela nossa salvação, ressuscitando com Ele! A delicadeza pedagógica da Igreja nos conduz então à renovação anual de nosso Batismo na grande Vigília da Noite Santa e no Domingo de Páscoa. Em seguida, se quarenta dias foram dados para a preparação da Páscoa, cinquenta dias serão dedicados, até a Solenidade de Pentecostes para aprofundar a vida nova recebida, acompanhados de modo especial pelos que renascerem nos Sacramentos da Iniciação Cristã nestas solenidades pascais. Abre-se, então, a Semana Santa! O Domingo de Ramos e da Paixão começa com um convite a um caminho: “Vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida”. Na Quinta-feira santa, Jesus vai ao encontro de seus discípulos, lava-lhes os pés, deixando-nos o mandamento novo com o qual faremos continuamente a passagem do egoísmo para a comunhão e a partilha. Oferecenos a Eucaristia, Viático para a estrada da vida, Corpo e Sangue do Senhor oferecido aos fiéis, enquanto esperamos a sua vinda. Sexta-feira Santa é dia de “Via Sacra”, caminho para o Calvário! Dali para frente, a definitiva estrada, que passa pela escuridão

DIVULGAÇÃO

w 1ª HOMILIA Papa Francisco pregando aos cardeais na Capela Sistina

do túmulo para chegar à manhã jubilosa da Ressurreição. Depois, o Senhor marca encontro na Galiléia, ordenando aos discípulos fazerem o caminho de volta ao quotidiano com a força do Ressuscitado. Quando “viaja” para o Céu, começou para a Igreja a grande viagem missionária, que continuará até a volta do Senhor, no fim dos tempos, garantindo o cumprimento de sua promessa com o penhor do Espírito Santo derramado sobre a Igreja. E retornamos a Papa Francisco em sua primeira Homilia, que nos oferece um magnífico roteiro para a Semana Santa, a Páscoa e a vida: “Eu queria que todos nós tivéssemos a coragem, sim, a

coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na Cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado. E assim a Igreja vai para diante. Faço votos de que, pela intercessão de Maria, nossa Mãe, o Espírito Santo conceda a todos nós esta graça: caminhar, edificar, confessar Jesus Cristo Crucificado”. Os cristãos e todas pessoas de boa vontade sejamos dignos das graças vividas na Igreja e com a Igreja durante este tempo! Os Ramos da fé professada, erguidos no Domingo de Ramos, expressem o nosso júbilo.


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Liturgia que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49 Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia, ficaram a distância, olhando essas coisas.

Homilia dominical Padre Romeu Ferreira romeufsilva@gmail.com

A) Texto: Lc 23,1-49.

Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma

1 Toda a multidão levou Jesus a Pilatos.2Começaram então a acusá-lo dizendo: Achamos este homem fazendo subversão entre nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o rei. 3Pilatos o interrogou: Tu és o rei dos judeus? Jesus respondeu, declarando: Tu o dizes! 4Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão: Não encontro neste homem nenhum crime...546. 47 O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo: De fato! Este homem era justo. 48 E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o

B) COMENTÁRIO A multidão antes acompanhava Jesus em seu magistério e recebia dele,cura e tantos outros benefícios. Agora a multidão o acompanha a Pilatos,até como cumplice da condenação do bem, que é o próprio Jesus. “Há pessoas que pagam o bem com o mal”; transformam o bem em mal, enquanto Jesus transforma o mal em bem. Isto já se passara com a história de José do Egito (prefigura de Cristo): “O mal que tínheis intenção de fazer-me, o desígnio de Deus o mudou em bem” (Gn 50, 20). Assim sendo, embora acusado e maltratado, Jesusfaz o bem e suplica por

todos: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!” (v 34). Quanto e quanto temos que apreender na escola de Jesus! Na história da salvação! Pilatos não encontra nenhum mal em Jesus (v 4.14.22), mas não tem caráter nem força para superar a maldade da multidão, e o entregue para ser crucificado (v 25). Pilatos parecia bom; mas na vida, “é da covardia dos bons, que se prevalecem os maus!”...E em consequência,Jesus segue pela via da amargura, com o peso da cruz, aliviado com ajuda de Cireneu (v 26). Por um lado, quem sabe oquanto e como nos valeria um Cireneu nas agruras da via de nosso calvário existencial! E por outro lado, o Cristo aceitou ser ajudado; será se aceitamos e valorizamos as ajudas que nos chegam? Atenção: o orgulho é o pior tropeço no caminho da salvação! Jesus é crucificado entre dois ladrões: um o insulta, e o outro

o suplica. O da súplica se deu bem, é o bom ladrão;tão bom, que “roubou” até o paraíso... (v 43). Para Deus, no cômputo final, conta muito mais o coração, a disposição interna da consciência, que a situação externa das pessoas. Deus conhece o ser humano em sua totalidade: por dentro e por fora (Sl 138). O reconhecimento da culpa é chave que abre a alma para o perdão: “Nem se quer temes a Deus,... Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal... Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado”. (v 40-42). A resposta do mestre Sofredor foi imediata e consoladora: “em verdade eu te digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso”. O bem não pode ser adiado; hoje, agora mesmo; no instante em que nos abrimos ao Senhor, somos beneficiados. Aprendamos, e não deixemos para depois o bem que agora podemos fazer!

Liturgia da Semana w Dia 22, sexta-feira Cor(roxo) Primeira leitura: Jr 20,10-13 Responsório: Sl 17(18),2-3a.3bc-4.5-6.7 Evangelho: Jo 10,31-42 w Dia 23, sábado Cor(roxo) Primeira leitura: Ez 37,21-28 Responsório: Jr 31,10.11-12ab.13

Evangelho: Jo 11,45-56 w Dia 24, domingo Domingo de Ramos Cor(roxo) Primeira leitura: Is 50,4-7 Segunda leitura: Fl 2,6-11 Responsório: Sl 21 (22),8-9.17-18a.19-20.23-24 Evangelho: Lc 22,14-23,56 ou Lc 23,1-49

w Dia 25, segunda-feira SEMANA SANTA Cor(roxo) Primeira leitura: Is 42,1-7 Responsório: Sl 26(27),1.2.3.13-14 Evangelho:Jo 12,1-11 w Dia 26, terça-feira SEMANA SANTA Cor(roxo)

Primeira leitura: Is 49,1-6 Responsório: Sl 70(71),1-2.34a.5-6ab.15 e 17 Evangelho: Jo 13,21-33.36-38 w Dia 27, quarta-feira SEMANA SANTA Cor(roxo) Primeira leitura: Is 50,4-9a Responsório: Sl 68(69), 8-10.21bcd-22.31 e 33-34

Evangelho: Mt 26,14-21 w Dia 28, quinta-feira SEMANA SANTA Cor(roxo) Primeira leitura: Is 61,1-3a.6a.8b-9 Segunda leitura: Ap 1,5-8 Responsório: Sl 88(89),21-22.25 e 27 Evangelho: Lc 4,16-21

Santos da semana Benedito Otávio (artpresent@hotmail.com) 26/03 - TERÇA-FEIRA São Lúdgero de Münster - Bispo e Confessor

22/03 - SEXTA-FEIRA Nossa Senhora das Dores Castelpetroso

Nasceu no ano 742 em Zuilen, Friesland, (atualmente, região norte da Holanda), e foi um dos grandes evangelizadores do seu tempo. Era monge beneditino quando Carlos Magno o enviou como missionário junto aos bárbaros saxões, hoje Alemanha, aos quais soube atrair para a Igreja Católica. Foi o primeiro bispo de Münster onde fundou várias igrejas, escolas e novas paróquias. Contribuiu para a conversão de sua pátria, a Holanda. Morreu em 809.

Caravaggio, Itália, 1432. Guadalupe, México, 1548. Paris, França, 1830. La Salette, França, 1846. Lourdes, França, 1858. Fátima, Portugal, 1917. Esses são os lugares e datas mais conhecidos das aparições de N. Sra. Há outros na África, Europa oriental e a comemoração de hoje, Castelpetroso, Itália, 1888. Como as outras, N. Sra. aparece a pessoas humildes. Giovanna, Serafina, e outras pessoas, só que não comprovado, sempre do mesmo jeito: de joelhos perante seu Filho morto. Na época o Santo Ofício não reconheceu, mas em 1973, Paulo VI declarou padroeira daquela região.

27/03 - QUARTA-FEIRA Beato Francisco Faà de Bruno - Sacerdote

23/03 - SÁBADO Beata Annunciata Cocchetti - Virgem Nascida em Rovato, Itália, 09-051800, ficou órfã aos sete anos. Aos 17 abriu sua casa a uma escola para meninas pobres. Aos 22, tornou-se a primeira mulher professora em Rovato. Com a morte de sua avó, passou seis anos em Milão. Em 1831 foi para Val Camonica onde fundou outra escola. Mudou-se para Veneza em 1842 onde se consagrou como freira Dorotéia. Foram 40 anos dedicados à educação, principalmente de meninas e a fundação do Instituto das Irmãs Dorotéias. Faleceu em 23-03-1882. Foi beatificada em 21-04-1991. 24/03 - DOMINGO DE RAMOS São Bernolfo - Mártir venerado em Mondovì Em 1514, durante a consagração do altar-mor da Catedral, o bispo Lorenzo Fieschi lembrou de ter colocado lá as relíquias de São Donato, e também do mártir São Bernolfo, daí se conheceu sua história. Foi bispo da cidade santa, Jerusalém. Morto esfolado vivo, durante uma das muitas invasões sarracenas que ocorreram no sul do Piemont Atlântica entre os séc. IX e X. Foi construída no local do seu martírio uma capela. A foto ao lado é de um relicário com seus restos mortais. Também há uma pintura que mostra seu martírio.

25/03 - SEGUNDA-FEIRA São Nicodemos de Mammola - Asceta Nasceu em Catanzaro, Itália, no início do séc. X. Teve a assistência espiritual de um sacerdote muito piedoso e erudito. Enquanto isso, ele avançava nas ciências sagradas e na prática da piedade. Teve forte chamado para a vida monástica, mas a princípio foi rejeitado por ter corpo franzino e não iria suportar a rigidez do monastério. Nesta época houve muitos como Nicodemos, preferindo vida rigorosa, vestindo roupas de pele de animais, foram conhecidos como “monges gregos”. Seu túmulo era muito visitado pois operava milagres.

O testemunho de Francisco é de perseverança, observância no que Deus nos mostra e pede em nossa vida, pois ele parecia ter já traçado a sua. Tentou ser militar, mas não gostou da falta de fé entre eles. Teve seu doutorado em ciências exatas, sendo dedicado professor de matemática em Turim. Foi grande amigo de Dom Bosco. Ajudou muito a Igreja em diversas obras e fundou as Irmãs de N. Sra. do Sulfrágio. Até que, em 1875, aos 50 anos, se encontra definitivamente com a vocação e torna-se padre, para glória de Deus e salvação das almas. Faleceu em 1888. 28/03 - QUINTA-FEIRA São Cirilo de Heliópolis - Diácono e Mártir Segundo o Martirológio Romano, em Heliópolis, Fenícia, Líbano de hoje, Cirilo era diácono e foi morto cruelmente sob as ordens do imperador Juliano, o Apóstata. No tempo de Constantino, ele lutava contra o paganismo. Quando veio o império de Juliano ele foi uma das primeiras vítimas do Apóstata. No Sinassário de Constantinopla, consta que depois de ser torturado, vieram “feras” para devorar seu fígado. Para os cristãos do oriente sua comemoração é 29 de março. Há também comprovação na História Eclesiástica, III, 7.


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Arquidiocese CONHECENDO A COMUNIDADE

Dom Teodoro visita o bairro do Condor Bispo Auxiliar de Belém conheceu as comunidades da Paróquia São Judas Tadeu

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o período de 12 a 17, o bispo auxiliar de Belém, Dom Teodoro Mendes, visitou as comunidades da Paróquia São Judas Tadeu, localizada no bairro da Condor. Após a Santa Missa que aconteceu por volta das 19h, o bispo se encontrou com algumas pastorais para discutir planos e projetos. Durante sua visita, Dom Teodoro teve a oportunidade de conhecer a realidade várias famílias, doentes e as pastorais presente na paróquia. O bispo falou que a paróquia precisa de mais capelas para se fazer presente nas áreas da paróquia. As comunidades pertencentes à Paróquia

S ã o J u d a s Ta d e u q u e receberam a Visita Pastoral foram: Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora de Fátima, que após a reunião com as lideranças tiveram um saldo positivo. Para o pároco de São Judas, Pe. Antônio Moraes Oliveira, a paróquia estava precisando da presença de Dom Teodoro. “Ele veio no momento certo. Ajudou muito com seus ensinamentos, e estimulou a missão na paróquia”, explicou o pároco. Segundo o padre, após a avaliação de Dom Teodoro, as pastorais e os movimentos se estimularam e se animaram para fazer as mudanças na paróquia, para que saia tudo bem feito.

FOTOS: IVAN CARDOSO

w FORMAÇÃO Comunidade jovem demonstra compromisso ao bispo auxiliar de Belém

Família Vicentina apresenta mecanismo para combater a pobreza

w ENCONTRO Em Belém, a familia Vicentina avaliou as ações de 2012

APOIO:

Conta a história que no século XVII, nasceu e viveu, na França, São Vicente de Paulo. Era uma época de intensas guerras, lutas de classe e também de poder. Foi nesse tempo que a proliferação da miséria e doenças ganhou fôlego, fruto de uma França desigual. Foi nesse cenário de horror que a Igreja ganhou um adepto fiel, um enviado de Deus. O padre foi canonizado, Vicente de Paulo foi canonizado pelo Papa Clemente XII, em 1737, elevado à condição de santidade, hoje, São Vicente de Paulo tem uma legião de seguidores que doa sua vida no cuidado aos pobres. A existência de São Vicente trouxe para a Igreja Católica um significado amplo de caridade. O santo acolheu e deu auxilio espiritual aos mais necessitados. Dedicado à caridade, São Vicente criou a Instituição Internacional de Caridade, em 1617; A Congregação dos Padres da Missão também conhecido como Lazaristas, em 1625 e oito anos mais tarde, no ano de 1633, São Vicente fundou a congregação “As Filhas da Caridade”. Todos os três grupos foram criados e pensados para atender os pobres e promover a caridade. Hoje, a Família Vicentina está presente no mundo inteiro, no Brasil são 23 grupos cadastrados e identificados pela inspiração vicentina. O carisma vicentino reúne, aproximadamente, cerca de 2 milhões de pessoas, que compõe associações, leigos, congregações de padres, freiras e entidades que seguem a espiritualidade de São Vicente de Paulo. Em Belém, a Família Vicentina promoveu um encontro para avaliar as ações feitas em 2012 e planejar o futuros encontros no último final de semana, na Casa das Irmãs da

Caridade. O trabalho basilar dos vicentinos está diretamente ligado a promoção e aprimoramento das pessoas com poucos recursos. De acordo com o Assessor Espiritual da Família Vicentina, padre Mizael Pugioli: “A Família Vicentina está preocupada com a mudança de estruturas. Acabar com estruturas injustas que fortalecem o pobre manter sua condição atual, em benefícios de alguns ricos. Nosso objetivo, hoje, é trabalhar em prol das mudanças de estruturas com projetos pontuais que possam auxiliar aos pobres a saírem da pobreza e da miséria”, frisou Pugioli. Atuante na maior parte dos estados brasileiros através de associações, entidades, congregações e movimentos. A Família Vicentina, nos últimos 10 anos, teve um crescimento expressivo, o que ocasionou o reconhecimento da sociedade civil pelo trabalho desempenhado com os pobres. “Trabalhar com os pobres, para os pobres e com eles. Para que possam vencer as dificuldades e ajudá-los a saírem da pobreza e da miséria. Esse é o nosso norte, esse é o nosso foco”, explicou o padre Mizael. A Família Vicentina cresceu e tomou consciência do papel que tem dentro da Igreja Católica, na prática do amor fraterno para com os pobres, dedicar a caridade não como uma virtude, mas, como uma ação efetiva para a contribuição da erradicação da pobreza em todas as regiões do Brasil, são uns dos motivos que move está iniciativa. Nosso trabalho nós entendemos que deve ser feito por nós mesmos, ele compreende a formação, a elaboração de projetos, tais como: auto-sustentabilidade. Enfim, esse é o nosso trabalho para com os pobres”, explicou o Assessor da Família Vicentina. A preparação dos jovens é outro foco da Família. Na avaliação do padre Mizael, o encontro realizado em Madrid teve uma resposta muito positiva. “O jovem tem o ardor. A espiritualidade do carisma vicentino e o trabalho da caridade com os pobres é enganjador”, detalha padre Mizael.


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Semana Santa LITURGIA

O sacerdote na celebração do Tríduo Pascal Orientações litúrgicas para a Sexta-feira,Sábado Santo e ao Domingo de Páscoa

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Carta aos Hebreus é o único texto do Novo Testamento que atribui ao nosso Senhor Jesus Cristo os títulos de “Sacerdote”, “Sumo Sacerdote” e “Mediador da Nova Aliança”, graças à oferenda do sacrifício do seu corpo, antecipado na Ceia mística da Quinta-Feira Santa, consumado sobre a cruz e apresentado ao Pai com a ressurreição e a ascensão ao céu (cf. Hb 9,11-15). Este texto é meditado na Liturgia das Horas da quinta semana da Quaresma - ou da Paixão, como no calendário litúrgico da forma extraordinária do Rito Romano - e na Semana Santa. Nós, sacerdotes católicos, devemos sempre contemplar Cristo e ter os mesmos sentimentos d’Ele; esta ascese acontece com a conversão permanente. Como se realiza a conversão em nós, sacerdotes? No rito da ordenação nos é pedido o ensino da fé católica, não das nossas ideias; “celebrar com devoção dos mistérios de Cristo - isto é, a liturgia e os sacramentos - segundo a tradição da Igreja”, e não segundo o nosso gosto; sobretudo, “estar cada vez mais unidos a Cristo Sumo Sacerdote, que, como vítima pura, ofereceu-se ao Pai por nós”, isto é, conformar nossa vida segundo o mistério da Cruz. A Santa Igreja honra o sacerdote e o sacerdote deve honrar a Igreja com a santidade da sua vida - este foi o propósito de Santo Afonso Maria de Ligório no dia da sua ordenação -, com o zelo, com o trabalho e com o decoro. Ele oferece Jesus Cristo ao Pai Eterno e por isso deve estar revestido das virtudes de Jesus Cristo, para preparar-se para o encontro com o Santo dos Santos. Que importante é a preparação interior e exterior para a sagrada liturgia, para a Santa Missa! Trata-se de glorificar o Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo. Pois bem, tudo isso se realiza em grau máximo na Semana Santa, a Grande e Santa Semana, como dizem os orientais. Vejamos alguns dos seus principais atos, com base no cerimonial dos bispos. 1. Com a Missa in Cena Domini, da Quinta-Feira Santa, o sacerdote entra nos principais mistérios - a instituição da Santíssima Eucaristia e do sacerdócio ministerial -, assim como do mandamento do amor fraterno, representado pelo lavatório dos pés, gesto que a liturgia copta realiza ordinariamente cada domingo. Nada melhor para expressá-lo que o canto

IVAN CARDOSO

w EM 2012 No Sábado Santo, dom Alberto Taveira presidiu a celebração da Vigília de Páscoa na Catedral de Belém

do Ubi caritas. Após a comunhão, o sacerdote, usando o véu umeral, sobre ao altar, faz a genuflexão e, ajudado pelo diácono, segura a píxide com as mãos cobertas pelo véu umeral. É o símbolo da necessidade de mãos e corações puros para aproximar-se dos mistérios divinos e tocar o Senhor! 2. Na Sexta-Feira Santa in Passione Domini, o sacerdote é convidado a subir ao Calvário. Às três da tarde, às vezes um pouco mais tarde, acontece a celebração da Paixão do Senhor, em três momentos: a Palavra, a Cruz e a Comunhão. Dirige-se em procissão e em silêncio ao altar. Depois de ter reverenciado o altar, que representa Cristo na austera nudez do Calvário, ele se prostra em terra: é a prosk nesis, como no dia da ordenação. Assim, expressa a convicção do seu nada diante da Majestade divina, e o arrependimento por ter se atrevido a medir-se, por meio do pecado, com o Onipotente. Como o Filho que se anulou, o sacerdote reconhece seu nada e assim tem início sua mediação sacerdotal entre Deus e o povo, que culmina na oração universal solene. Depois se faz a ostensão e a adoração da Santa Cruz: o sacerdote se dirige ao altar com os diáconos e lá, em pé, ele a recebe e a descobre em três momentos sucessivos - ou a mostra já descoberta - e convida os fiéis à adoração, em cada momento, com as palavras: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Em sua descarnada solenidade, aqui, no coração do ano litúrgico, a

tradição resistiu tenazmente mais que em outros momentos do ano. O sacerdote, após ter depositado a casula, se possível descalço, aproximase primeiramente da Cruz, ajoelhase diante dela e a beija. A teologia católica não teme em dar aqui à palavra “adoração” seu verdadeiro significado. A verdadeira Cruz, banhada com o sangue do Redentor, torna-se, por assim dizer, uma só coisa com Cristo e recebe a adoração. Por isso, prostrando-nos diante do lenho sagrado, nós nos dirigimos ao Senhor: “Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz redimistes o mundo”. 3. A Páscoa do Reino de Deus se realizou em Jesus: oferecida e consumida a Ceia, “na noite em que ia ser entregue”; imolada sobre o Calvário na Sexta-Feira Santa, quando “houve escuridão sobre toda a terra”, mais uma vez à noite recebe a consagração da aprovação divina, na ressurreição de Cristo Senhor: por João, sabemos que Maria Madalena se aproximou do sepulcro “bem de madrugada”; portanto, aconteceu nas últimas horas da noite após o sábado pascal. No Novus Ordo, o sacerdote, desde o início da Vigília, está vestido de branco, como para a Missa. Ele abençoa a fogo e acende o círio pascal com o novo fogo, se procede, após ter aplicado, como na liturgia antiga, uma cruz. Depois grava sobre o lado vertical da cruz a letra grega alfa e, abaixo, a letra omega; entre os braços da cruz,

faz a incisão de quatro algarismos para indicar o ano em curso, dizendo: Cristo ontem e hoje. Depois, feita a incisão da cruz e dos demais sinais, pode aplicar no círio cinco grãos de incenso, dizendo: Por suas santas chagas. Depois, cantando o Lumen Christi, guia a procissão rumo à igreja. O sacerdote está à cabeça do povo dos fiéis aqui na terra, para poder guiá-lo ao céu. É o sacerdote que entoa solenemente Eis a luz de Cristo!. Ele o canta três vezes, elevando gradualmente o tom da voz: o povo, depois de cada vez, repete-o no mesmo tom. Na liturgia batismal, o sacerdote, estando de pé diante da fonte, abençoa a água, cantando a oração: Ó Deus, por meio dos sinais sacramentais; enquanto invoca: Desça, Pai, sobre esta água, pode introduzir nela o círio pascal, uma ou três vezes. O significado é profundo: o sacerdote é o órgão fecundador do seio eclesial, simbolizado pela fonte batismal. Verdadeiramente, na pessoa de Cristo Cabeça, ele gera filhos que, como pai, fortifica com o crisma e nutre com a Eucaristia. Também em razão destas funções maritais com relação à Igreja esposa, o sacerdote não pode senão ser homem. Todo o sentido místico da Páscoa se manifesta na identidade sacerdotal, chegando à plenitude, o pl?roma, como diz o Oriente. Com ele, a iniciação sacramental chega ao cume e a vida cristã se torna o centro. Portanto, o sacerdote, que subiu com Jesus à cruz na Sexta-Feira Santa e desceu ao sepulcro no Sábado Santo, no Domingo de Páscoa pode afirmar realmente com a sequência: “Sabemos que Cristo verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos”. DEPARTAMENTO DAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS DO SUMO PONTÍFICE


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Semana Santa PREPARANDO A PÁSCOA

Igreja revive os momentos da paixão e ressureição de Cristo Veja a programação da Semana Santa na Arquidiocese de Belém

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omeça neste fim de semana, com o Domingo de Ramos (24), o período alto do Cristianismo – a Semana Santa. Foram exatos quarenta dias de preparação, por meio da Quaresma, para viver esta semana de forma intensa, com orações, jejuns, caridade e penitência. Durante esse período, a Igreja Católica revive os passos de Jesus durante sua paixão, morte e ressurreição. Este momento inicia no Domingo de Ramos, quando se recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e termina no Domingo de Páscoa (31), com a celebração da Ressurreição de Jesus Cristo. Padre José Gonçalo Vieira, cura da Igreja da Sé, ressalta que o tempo da Quaresma faz um

forte apelo à conversão. “Durante a Quaresma estivemos bem perto da Palavra de Deus, pois pela escuta da Palavra, chegaremos à Páscoa do Senhor. Este tempo foi também marcado pelos gestos concretos como: caridade pelos irmãos, busca do sacramento da penitência, oração mais contemplativa, fazendo um profundo retiro espiritual”. Como objetivo de reunir os fiéis em torno das celebrações, a Arquidiocese Metropolitana de Belém preparou uma programação especial para a Semana Santa, que será transmitida ao vivo pela TV Nazaré, além disso, em cada paróquia haverá uma programação específica. Acompanhe a agenda da arquidiocese:

NA CATEDRAL DE BELÉM 24/03 - DOMINGO DE RAMOS 08h30 – BÊNÇÃO DOS RAMOS – Com saída da Praça do Carmo rumo à Catedral de Belém. 10h – Batismo 19h – Missa Leve seu Ramo. 25/03 - SEGUNDA-FEIRA SANTA 16h às 19h – Confissões 19h – Santa Missa 26/03 - TERÇA-FEIRA SANTA 16h às 19h – Confissões 18h – Santa Missa 27/03 - QUARTA-FEIRA SANTA 8h – Santa Missa 19h – Procissão da Fuga do Senhor (Traslado do Senhor dos Passos até a Basílica) 28/03 QUINTA-FEIRA SANTA 09h – MISSA DO CRISMA Pontifical de Bênção dos Óleos. Renovação das Promessas Sacerdotais. 18h – MISSA DA CEIA DO SENHOR Lava Pés / Instituição do Sacerdócio e Eucaristia / Trasladação do SS. Sacramento para Adoração até às 24h.

APOIO:

29/03 - SEXTA-FEIRA SANTA 07h – PROCISSÃO DO SR. DOS PASSOS. Saída da Basílica de Nazaré com a imagem do Senhor dos Passos 08h – Saída da Catedral com a imagem de N. Sra. das Dores para o Encontro na Igreja das Mercês, voltando para a Catedral. 11h – SERMÃO DO ENCONTRO - com Padre Glaucon Feitosa, na Igreja Nossa Senhora das Mercês 16h – SERMÃO DAS SETE PALAVRAS - com Frei Eduardo Farias (capuchinho), na Capela do Colégio Santo Antônio, na Praça Dom Macedo Costa 16h – AÇÃO LITÚRGICA DA PAIXÃO DO SENHOR Leitura da Paixão / Oração Universal / Adoração da Cruz / Comunhão 18h – PROCISSÃO DO SENHOR MORTO OBS: Levar uma vela ou tocha para iluminar a Procissão 30/03 - SÁBADO SANTO 21h00 – VIGÍLIA DE PÁSCOA OBS: Levar uma vela com proteção. 31/03 - DOMINGO DE PÁSCOA 07h – Santa Missa 09h – Santa Missa 10h – Batismo Solene 19h – MISSA SOLENE

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA 14/03 (Quinta) 06h30: Celebração Eucarística 19h00: Celebração Eucarística 20h00: Recital (Schola Cantorum) 21/03 (Quinta) 06h30: Celebração Eucarística 19h00: Celebração Penitencial (não haverá Missa) 23/03 (Sábado) 07h00: Celebração Eucarística 08h00 - 14h00: Campanha pela Vida (Almirante Barroso) 18h30: Celebração Eucarística 24/03 (Domingo de Ramos) 07h00: Bênção dos Ramos Procissão com os Ramos (Concentração em frente à Escola Jarbas Passarinho - Av. Rômulo Maiorana - próximo ao Bosque) 08h00: Chegada à Igreja da Santa Cruz com Santa Missa 10h00: Celebração do Batismo 11h30: Celebração Eucarística 18h30: Celebração Eucarística 25/03 (Segunda) 06h30: Celebracão Eucarística 19h30: Terço dos Homens Confissões (durante o Terço) 26/03 (Terça) 06h30: Celebracão Eucarística 19h00: Celebracão Eucarística (Pregação: As 7 dores de Maria - Pe. Paulo Falcão) Confissões (durante a Missa) 27/03 (Quarta) 06h30: Celebracão Eucarística 19h00: Celebracão Eucarística - encerramento dos encontro da Campanha da Fraternidade (Pregação: mistério da Morte e Ressurreição de Cristo - Pe. Carlo Paris) Confissões (durante a Missa) 28/03 (Quinta-feira Santa) 09h00: Celebração dos Santos Óleos (Catedral) 17h00: Celebração da Ceia do Senhor (com as Crianças) Confissões (durante a Missa com as crianças) 20h00: Calebração da Ceia do Senhor/ Adoração ao Santíssimo Sacramento (até as 24h00) 29/03 (Sexta-feira) 08h00: Via Sacra com os Jovens (Igreja) Confissões (após a Via Sacra) 15h00: Liturgia da Paixao do Senhor/Procissão 19h00: Encenação peça: Paixão de Cristo (Pastoral Teatral) 30/03 (Sábado Santo) 20h00: Celebração da Vigllla Pasca; 31/03 (Domingo de Páscoa) 07h00: Celebração Eucarística 09h00: Celebração Eucarística com as Crianças 10h00: Celebração do Batismo 11h30: Celebração Eucarística 18h30: Celebração Eucarística

PARÓQUIA DA SANTA CRUZ Arquidiocese de Belém Av. Almirante Barroso s/n - Fone: (91) 3276-0941 www.paroquiadasantacruz.com.br pascomstacruz@yahoo.com.br


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BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

Em Nazaré PATRONO DA IGREJA

Basílica de Nazaré comemora dia de São José Após procissão, missa reuniu muitos fiéis em missa no Santuário COLABORAÇÃO: LUANA SANTOS

w ORAÇÃO Devotos celebraram o dia de São José, patrono da Igreja, modelo de pai e esposo na terça-feira (19)

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uitos fiéis lotaram a Basílica na última terça-feira (19). É neste dia que a Igreja recorda solenemente a santidade de vida do seu patrono, Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família. Após a procissão, houve missa na Basílica Santuário, presidida por Pe. Luciano Brambilla. No altar de São José, decorado especialmente para este dia, muitos devotos seguiam ajoelhados e tirando fotos. Para comemorar o dia, a Basílica Santuário organizou u m a p ro g ra m a ç ã o q u e começou na semana anterior (15), contendo missas, orações, café da manhã para idosos, solenidade e Procissão. SÃO JOSÉ - O culto a São José começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou “O Patrono da Igreja Universal” e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.

Campanha do novo slogan da Rádio Web da Basílica vai até o dia 23 Encerra-se amanhã (23) a campanha para a escolha do novo slogan da Rádio Web da instituição. O slogan, que deve ser composto de uma frase, será usado na divulgação e execução da Rádio Web, que é transmitida por meio do endereço eletrônico da Basílica www.basilicadenazare.com.br. Para participar é só mandar um email para o correio eletrônico da Basílica a s c o m b a s i l i c a d e n a za re @ g m a i l . c o m

contendo a sugestão do slogan, seu nome, telefone e autorização para que sua frase possa ser usada caso seja escolhida. A Rádio Web já está no ar desde a última sexta (15). Nela, você pode escutar louvores bastando acessar o site do Santuário www.basilicadenazare.com.br/portal. Futuramente você também poderá conferir através da rádio orações e ficar por dentro da programação e notícias da Basílica.

Programação de Domingo de Ramos Neste domingo (24), Domingo de Ramos, haverá solene bênção dos ramos, às 8h, na Igreja Santo Antonio Maria Zaccaria. Após a bênção, os fiéis seguirão em procissão pelas ruas 9 de Janeiro, Rua João Balby, Av. Generalíssimo Deodoro e Nazaré até chegar à Basílica Santuário, onde será presidida uma missa, às 10h. Neste mesmo dia é comemorado o Dia Nacional de Coleta da Solidariedade. Este dia marca oficialmente a abertura da Semana Santa e também o dia da Coleta Nacional, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, em que todas as doações financeiras realizadas pelos fiéis farão parte dos Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade. Os recursos da Coleta serão destinados a projetos voltados ao controle social de políticas públicas na área de segurança; a denúncia de crimes contra a ética, a economia e gestões públicas; a denúncia do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro; valorização de articulações e redes sociais populares que defendam os direitos humanos, a superação

da violência e a cultura de paz. As missas de Domingo serão celebradas às 6h30, 8h, 10h, 16h30, 18h e 20h.


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Nazaré Repórter LUIZ ESTUMANO

J Concurso da Campanha da Fraternidade 2014 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o concurso para a escolha do Hino e do Cartaz da Campanha da Fraternidade 2014, cujo tema é: “Fraternidade e Tráfico Humano”. As composições podem ser enviadas à CNBB até o dia 29 de abril, contendo apenas o nome fictício do compositor. A música deverá traduzir em linguagem poética os conteúdos do tema, lema, objetivos e demais indicativos de reflexão, entre outros. O cartaz deverá

ser enviado até o dia 3 de maio. Um júri irá escolher o melhor cartaz que será veiculado em todo o país. O ganhador receberá, gratuitamente, o manual com os subsídios da CF, acompanhado de cartazes. O nome do criador será veiculado em todos os textos impressos. Os interessados deverão acessar o site da CNBB: www.cnbb.org.br, preencher os termos de Cessão de Direitos Autorais e obedecer a todas as orientações. Boa sorte! LUIZ ESTUMANO

J Carta aos padres Caro padre,

Graça e paz, neste tempo favorável! Creio já ser do seu conhecimento a proposta da 3ª edição do curso sistemático de formação bíblica: Bíblia em Comunidade (Visão Global)-2013/2014, pois todo material informativo e a ficha de inscrição para esse curso Bíblico deveria ter chegado em suas mãos, ainda em 2012 (2º semestre). As aulas iniciaram-se no dia 17/03 (foto) e ainda há vagas, por isso o tempo para inscrição foi prorrogado. Se algum(a) paroquiano(a) quiser se inscrever, poderá fazê-lo. Para mais informações: falar com Rita Portela (na cúria): 3212-7001/7002; enviar um e-mail para lourdesilva2000@hotmail.com ou, ligar para Ir.Lourdes Silva, paulina: (91) 3249-1358. Agradeço sua atenção, conferindo se há pessoas interessadas em fazer esse Curso em sua paróquia. Assim, já ficará formada uma equipe que, no final do curso, atuará aí, repassando os conteúdos recebidos e, com isso, poderá contribuir na reflexão e na vivência da comunidade, nas várias áreas, entre outras, liturgia, catequese, bem como promovendo várias atividades, como retiro para os catequizandos e para os pais. Tudo isso entra no rol da animação bíblica na Igreja, como sugere a Verbum Domini. Desde já agradeço sua participação nesse esforço da formação bíblica na nossa Igreja. Em Cristo, Ir.Lourdes.

J Semana Social Brasileira Membros de Evangelização da Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN), Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estiveram reunidos no último dia 13 para firmar parceria e ações conjuntas

entre as instituições para o Seminário da Semana Social Brasileira, que acontece de 20 a 22 de maio, em Brasília (DF). O evento é uma preparação para a 5ª Semana Social Brasileira, com o lema “Estado para que e para quem?", que será realizada de 02 a 05 de setembro de 2013.

J Comunidade Nova Aliança evangeliza no Tapanã No último dia 15, a Comunidade Nova Aliança, localizada no bairro do Tapanã, realizou uma evangelização de porta em porta que percorreu várias ruas do bairro, e teve como objetivo aproximar cada vez mais as pessoas da Igreja e orientar as famílias a conviverem com a realidade que enfrentam, sem perder a fé. O bairro do Tapanã é muito prejudicado pela falta de infraestrutura, saneamento básico, saúde e principalmente segurança. Dessa forma a Comunidade começou a fazer esse trabalho, que já existe há mais de 2 anos. Para Flávio Torres, a vida no bairro é tranquila, os vizinhos convivem de uma forma amigável, porém existem as desvantagens. “O governo esqueceu de nós, eles não olham para cá. Estamos

precisando de asfalto e de segurança, pois os assaltos são constantes e temos que ter bastante cuidado”, desabafou o morador. Segundo a coordenadora da Comunidade Aliança, Deolina Oliveira, ao abordarem as pessoas os missionários percebem a tristeza e a angústia que tomam conta dos corações dos moradores do bairro. “Nós percebemos que essa tristeza provém do desemprego, do abandono e também por falta de uma Igreja Católica no bairro”, disse Deolina Oliveira. Em cada conversa os missionários percebem que a realidade local reflete na rotina das famílias. Por isso, a Comunidade faz o trabalho missionário (que faz parte do carisma da comunidade) de porta em porta, para dar assistência religiosa às famílias do Tapanã.

J Vigília pelos Mártires A Paróquia Transfiguração do Senhor, no bairro do Curuçambá, em parceria com o Conselho dos Missionários Diocesano de Belém (COMIDI) realiza neste sábado, 23, às 22h, uma Vigília de Oração pelos Missionários Mártires. O encontro proporcionará um momento de reflexão e oração lembrando a situação dos cristãos no mundo inteiro. Serão realizadas também homenagens especiais aos mártires e um debate para destacar a situação dos missionários que trabalham em situação de desafio. Na ocasião serão feitas pregações e um testemunho especial de uma Irmã que foi sequestrada e irá contar como tudo aconteceu. No domingo, 24, o Setor de Juventude das Pontifícias Obras Missionárias também realiza o Dia Internacional de Jejum e Oração pelos

Missionários Mártires. No encontro será abordado o número de religiosos que são mortos por motivos ligados ao serviço social desenvolvido. No mesmo dia será lembrada a morte de Dom Oscar Romero, assassinado em El Salvador, na capela do hospital onde celebrava a Eucaristia, e de Pe. Ruggero Ruvoletto, morto em setembro de 2009, por traficantes. Também será recordado o assassinato da missionária Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005, em Anapu (PA), e do casal extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos em uma emboscada em Ipixuina (PA), em maio de 2011. Na ocasião será destacada a iniciativa Igreja em iniciar um processo oficial para a canonização dos mártires.

J 28 anos de Fátima No dia 19 a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, localizada no Distrito de Icoaraci, celebrou 28 anos de fundação. O primeiro pároco foi frei Mario Paloni. Atualmente, a paróquia está sob a gestão de Pe. George Jenner. A festividade em honra à padroeira

J Novos vigários Padre José Bispo de Sousa é o novo vigário da Paróquia Santa Edwiges, localizado no bairro da Nova Marambaia. Pe. Zezinho, como também é conhecido, é natural de Bom Jesus da Lapa na Bahia, e chegou a Belém no último dia 19, já começando os trabalhos na paróquia. Ele tem 34 anos de idade, 1 ano de sacerdócio e faz parte da Congregação São José (Josefino de Murialdo). A Paróquia São Jorge, no bairro da Marambaia, também está com um novo vigário paroquial. Padre José Menezes da Costa tem 44 anos e veio do estado de Sergipe. Tem 2 anos de sacerdócio e pertence à Congregação dos Joselitos de Cristo. O religioso substitui o Pe. Amado Alves da Silva, que segue sua missão em São Paulo.

está se aproximando. Ela acontecerá de 1 a 13 de maio com o tema “Maria, Juventude a serviço da Fé”, em alusão à Campanha da Fraternidade de 2013 e à Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no Rio de Janeiro em julho.


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Festividades FOTOS: IVAN CARDOSO

w PÁROCO Pe. Wiremberg concelebra a Missa no dia de São José

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Paróquia de São José de Queluz comemorou na última terça-feira (19), o dia de São José de Queluz. As festividades se confundem com as comemorações do padroeiro São José e do centenário da Igreja, que completa 100 anos, em 2013. A comunidade que frequenta a paróquia organizou uma programação intensa para louvar o santo padroeiro neste mês de março, foram 15 dias de intensas atividades para celebrar o padroeiro. A devoção a São José levou na última terça-feira (19), uma multidão as ruas no Bairro de Canudos para homenagear e agradecer ao santo pelas bênçãos alcançadas. A procissão percorreu 4 km, e encerrou as atividades durante as comemorações dedicadas ao padroeiro, que levou a participação de jovens, adultos e idosos. Para a devota, Arlete Sena, a procissão tem um significado

w PROCISSÃO Mesmo debaixo de chuva, fiéis caminharam rumo a matriz

SÃO JOSÉ

Paróquias celebram o Patrono da Igreja Chefe da Família de Nazaré é homenageado pelos devotos peculiar: a de reabastecer a fé dos católicos. Para outros fiéis, São José representa paz e tranquilidade, além de ser o protetor dos moradores que residem no bairro. São José é considerado dentro da Igreja Católica o padroeiro das famílias, quando solicitado para protegê-las de qualquer dificuldade

ou turbulências ele presta auxílio. Em entrevista ao jornal VOZ DE NAZARÉ, o pároco Frei Roan Ataíde falou da alegria de chegar ao centenário, em 2013, “um ano inteiro nos preparamos para celebrar este dia, São José é o nosso padroeiro. É o dia, também, que estamos dando graças por 100 anos de história de amor e dedicação”, comentou. “Trabalhar para Cristo sempre nos renova, nos engrandece e nos purifica. E, trabalhar para nosso pai adotivo que é São José é uma honra e uma emoção muito grande”, detalhou a Coordenadora da Festividade de São José, Luciana Carvalho. A procissão é o momento mais esperado da festa. E nesse momento que os moradores que vivem no entorno da Igreja encontram a oportunidade de homenagear e saldar o padroeiro das famílias. A mãe de Célia Santos, hoje com idade avançada, foi uma das percussoras da Igreja. A filha contou que a mãe ajudou a construir a Igreja e chegou até a carregar pedra e tijolos: “somos católicos praticantes e louvamos o santo. Tenho uma fé inabalável. Estou feliz por está Igreja, que está completando 100 anos de caminhada, tenha tido a participação da minha mãe, ela foi uma das fundadoras”, contou Célia. As crianças estiveram também p re s e n t e s n a p ro c i s s ã o e n a s atividades em honra e glória a São

José de Queluz, animados com os festejos elas cantaram e entoavam o nome do padroeiro. NO UMARIZAL A paróquia São José, localizada no bairro do Umarizal, encerrou sua festividade na última terçafeira (19). Foram 14 dias de festa e comemorações em honra ao padroeiro da Sagrada Família, tendo como tema: “Da carpintaria de Nazaré ao lar da fé: São José nos ensina a viver a fé!”. A Santa Missa foi presidida por dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, e concelebrada pelo pároco, Pe. Wiremberg José da Silva, às 19h e contou com a participação de muito fiéis, que logo seguiram para a Procissão Luminosa. O cortejo saiu da frente do shopping e percorreu várias ruas do bairro, chegando à igreja Matriz na qual foi celebrada a missa de encerramento da festividade. A paróquia foi inaugurada no dia 30 de janeiro de 2011 e abrange três comunidades: São Vicente de Paulo, Nossa Senhora Mediandeira (Círculo Operário), e Capela Nossa Senhora de Loudes. Segundo o pároco, o dinheiro arrecadado na festividade irá servir para a construção do salão paroquial, e para a manutenção e conservação do prédio onde é instalada a paróquia.

w DEVOÇÃO Fiéis homenageiam São José em procissão, em Queluz


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Entretenimento Cinema & DVD

Na Locadora

Pedro Veriano (pveriano@gmail.com)

A causa O filme, portanto, é contra os preceitos materiais que negam o Criador

O

argumento de “O Mestre” (The Master/EUA,2012) focaliza o pós-guerra (a 2ª.Mundial), e gira em torno do ex-combatente chamado Freddie Quell (Joaquim Phoenix), que abalado emocionalmente ao voltar da frente de batalha,encontra um senhor chamado Lancaster Dodd (Phlip Seymour Hoffman), pessoa simpática e ao mesmo tempo enigmática, criadora de uma seita que chama de “A Causa”. A pregação de Dodd tem a ver com a Cientologia, crença que tenta explicar tudo pela ciência e que hoje, nos EUA, conta com adeptos famosos como os atores Tom Cruise e John Travolta. Chega a ser mais do que uma suspeita a relação do personagem interpretado magnificamente por Hoffman, um dos melhores atores americanos do momento, com o criador do “cientificismo”,L.Ron Hubbard.Há quem ache que o diretor-roteirista Paul Thomas Anderson escreveu a historia de seu filme para provocar Cruise com quem trabalhou em “Magnólia”. O certo é que o seu trabalho gerou polêmica no país que o produziu. “O Mestre” chega até nós fazendo sessões em uma sala alternativa

(Libero Luxardo) e é desses filmes que vai despertar polêmica. O problema é que não é muito fácil de ser entendido por todos os espectadores. E isto é um mal, pois a critica a uma religião que diminui a participação de Deus pode não ser perfeitamente absorvida. Na verdade Anderson, através da fala de Hoffman, exibe as contradições de quem quer explicar tudo pelo viés materialista. Dodds explica a seu pupilo que a ciência revela a gênese dos milagres atribuídos à graça divina. Como “não existe milagre” não existe Deus. E esta concepção leva a um conflito psicológico que machuca o pobre ex-combatente, no fim um alucinado que busca outra vez “o mestre” e não consegue mais ser atendido. O que se lê em “A Causa”, livro básico do oportunista que se autodenomina

“mestre”, patrocina uma psicopatia no pobre rapaz que desejava, apenas, deixar de pensar nos horrores de uma guerra que ele viu de perto. O tal “mestre” questiona como Deus deixou que se fizesse uma guerra fratricida sendo Todo Poderoso e pedir em um de Seus mandamentos, que os homens não se matem. Quando Freddie passa a ter suas próprias explicações e quer levá-las ao “professor” este se esconde. O filme, portanto, é contra os preceitos materiais que negam o Criador. E põe como guias dessa critica dois grandes atores em desempenhos excelentes. “O Mestre” ganhou 58 prêmios internacionais, foi 68 vezes candidato a outros prêmios e concorreu a 3 Oscar de interpretes.No Festival de Veneza, o mais antigo do mundo, Thomas Anderson ganhou o Leão de Prata e os dois atores a Taça Volpi. É mais um filme denso e elogiado pela critica do diretor de “Sangue Negro”, “Embriagado de Amor”e o citado “Magnolia”. Um desses filmes “cabeça”, mas com muita substancia, não apenas um malabarismo formal para endereçar o resultado a um pequeno numero de espectadores. O cinéfilo adulto deve olhar.

wATOR Suspeita comparação do personagem interpretado por Hoffman com criador do “Cientificismo”

DIVULGAÇÃO

eu indico

LIVROS E CD'S

n O PODER DO PERDÃO, REFLEXÕES BÍBLICO-PASTORAIS, DOMENICO SALVADOR (Paulinas,72págs,R$8,50)

autodenomina

pequeno numero de espectadores. O cinéfilo adulto deve olhar.

Através de fatos narrados de maneira

PALAVRAS CRUZADAS NASSRALLA

SANTA PACIÊNCIA - ANDRÉ ABREU

Esta obra é fruto da experiência pastoral do autor. Apresenta algumas reflexões bíblico-pastorais sobre o perdão, detendose particularmente nos ensinamentos do Novo Tes t ament o. N ela, experiência e reflexão caminham lado a lado, percorrendo um caminho em que ambas se sustentam e iluminam reciprocamente.

O blu-ray de “O Dia em que a Terra Parou” (The Day the Earth Stood Still/EUA,1951) é um dos melhores que me chegou às mãos. Além do clássico de Robert Wise (e é preciso não confundir com a refilmagem de 2008, uma aberração) traz mais de 6 documentários ligados ao roteiro de Edmund North (e história de Harry Bates). Um desses documentários, tratando da vida e obra de North,e cita a ideia messiânica do autor. Klatoo (Michael Rennie),o extraterrestre que aterrissa seu disco voador em Washington e traz uma mensagem aos sábios da Terra na época de “guerra fria” entre EUA e URSS,seria um novo Cristo. Como tal é morto e ressuscita. Tem que pregar a paz no mundo e o faz antes de partir para o céu. Esta concepção alude à necessidade de paz em momentos conturbados da vida humana. Os homens,em 1951, exibiam suas armas nucleares ameaçando a vida no planeta. E hoje? 62 anos depois o tema continua básico. Agora mesmo a Coréia do Norte ameaça a do Sul e mais países que possam interferir em seus planos de conquista. O novo Papa exige que se evangelize todos os cantos do mundo. A esperança de dias melhores está no bojo da historia de Klatoo, o et que não difere dos humanos pelo físico e por isso passa a viver como uma pessoa qualquer pedindo abrigo numa pensão e tornando-se amigo de uma criança. Dentre os documentários no bluray está uma entrevista com uma enfermeira sobrevivente do bombardeio atômico em Hiroshima.

O livro TEMPO DE ESPERAS de Padre Fábio de Melo. A história é belíssima, fala de dois homens que trocam cartas, um professor inteligente e culto que resolveu se esconder do mundo e um estudante de filosofia que tem o sonho de alcançar as glórias da vida acadêmica que o professor abandonou. Ao trocar cartas sinceras, percebe-se o quanto o estudante é um homem interiormente vazio, e que pra ele compreender o amor verdadeiro, foi preciso que uma outra pessoa desconhecida mostrasse o valor do tempo, o amor fraternal, a amizade e a humildade, pois a felicidade pode estar na simplicidade da vida. ELIZANGELA MOREIRA, Gerente de loja

QUADRINHOS

BOA DICA

“O Dia em que a Terra Parou”

n VIVERÁS EM MIM, CARMITA OVERBECK (Paulinas,88págs,R$10,50)

Através de fatos narrados de maneira descontraída, a autora leva o leitor a desejar reconhecer o valor do Sacramento da Eucaristia em sua rotina.


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Social N

o dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a data 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Até hoje muitas pessoas alegam não ter preconceito e serem incapazes de proferir atitudes discriminatórias. Mas será que o que alegam condiz com suas práticas? O que pensam e conhecem essas pessoas a respeito do assunto? O designer Rodrigo Lima, 26, conta que já foi “traído pela própria consciência”. Certa vez ele proferiu preconceito inconscientemente. O jovem natalense achava que não era preconceituoso, mas, há 2 anos, logo que chegou a Belém, julgou três jovens que entraram no ônibus pela cor da pele e pela forma como estavam vestidos. Rodrigo já havia sido assaltado duas vezes e julgou os três jovens baseado por estereótipos. A atitude de Rodrigo naquele dia foi a de descer do ônibus e continuar o percurso a pé. Ele teve de andar muito para chegar ao trabalho. Hoje Rodrigo avalia que era racista sem perceber. Como ele, milhares de brasileiros têm o preconceito incutido na sua mentalidade e externam-no dia-a-dia. Para a coordenadora da especialização em Educação para Relações Etnicorraciais do Instituto Federal do Pará (IFPA), Helena Rocha, o preconceito conviveu por séculos com atos de discriminação dissimulados em preconceito social e racial. Na sua avaliação, isso conduz à impunidade generalizada em relação a condutas tidas como rotineiras, retrata o conformismo e retarda a conquista efetiva da cidadania dos discriminados. Termos - O racismo é uma ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos, entre negros e brancos, por exemplo. Pode se manifestar por meio de preconceito ou discriminação a indivíduos considerados de outras etnias. Já o preconceito é uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos. É uma ideia préconcebida ou intolerância e aversão a pessoas diferentes. O estereótipo é uma característica atribuída a determinadas pessoas, um rótulo, um pré-julgamento. Já a discriminação é o nome que se dá a qualquer conduta (ação ou omissão) que viola os direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como: etnia, sexo, idade, opção religiosa e outros. Baseado por um estereótipo, Rodrigo foi preconceituoso ao julgar negativamente aqueles três jovens do ônibus, e expressou racismo ao hierarquizar aqueles seres humanos. O racismo foi manifestando por meio de preconceito (julgamento prévio daqueles jovens) e discriminação (Rodrigo agiu de forma injusta com os jovens, descendo até do ônibus). Rodrigo aprendeu com aquela situação. Atualmente ele condena atitudes de racismo e luta para que acabem todas as formas de

DIREITOS

Eles lutam pelo respeito 21 de março, Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial FOTOS: LUIZ ESTUMANO

w PESQUISADORA Helena Rocha diz que racismo é muito forte no Brasil

w CONSCIÊNCIA Rodrigo Lima assume que era racista sem perceber

discriminação racial. “O racismo é tão forte no Brasil que às vezes até penso que é cultural julgar as pessoas. Parece que nós fomos educados durante anos para agir assim”, avalia. A conclusão do jovem é confirmada pela especialista da área, Helena Rocha, que explica o mito da inferioridade africana disseminado mundialmente: “a história da África é vítima de um discurso único, do olhar do dominador, do discurso de quem olhou apenas um lado desse continente". “Não se mostra a África berço da humanidade e produtora de diamante. O Egito, por exemplo, é estudado desatrelado do continente africano. A Cleópatra nos é apresentada com fenótipo eurocêntrico”, explica a estudiosa. A atuação no IFPA junto a estudiosos da área etnicorracial fez com que Rodrigo reavaliasse muitos dos seus conceitos. Hoje ele se considera um homem livre de atitudes discriminatórias e preconceituosas e se alegra com os avanços nas leis e iniciativas a favor do combate à discriminação racial. O número de educadores preocupados com os

debates sobre a temática etnicorracial se torna cada vez maior em função principalmente de políticas e práticas afirmativas empreendidas nos últimos anos. Esse debate vem contribuindo para a reflexão sobre o papel da escola enquanto espaço de afirmação de identidades. Helena Rocha explica que a escola, como instituição de ensino, tem por função ensinar conhecimentos e valores indispensáveis à formação de um bom cidadão. Aprender a ser cidadão é comprometer-se com a vida da comunidade e do país. A estudiosa também esclarece que todos os seres humanos são iguais. Segundo ela, diversos teóricos afirmam que não existe a noção de raça e questionam as teorias que propõem diferenciação entre os seres humanos, inclusive pela cor da pele. Estudos da genética molecular, por exemplo, sob o concurso da genômica, são categóricos: a espécie humana é uma só e a diversidade d e f e n ó t i p o s ( c a ra c t e r í s t i c a s observáveis), bem como o fato de que cada genótipo (material intracelular) é único, são normas

da natureza. A pesquisadora indica utilizar o termo “etnia” para se referir às diferenças culturais, históricas, lingüísticas, artísticas e religiosas das pessoas. A etnia representa a consciência de um grupo de pessoas que se diferencia dos outros. Comemoração - São muitos os motivos para comemorar o dia 21 de março. A data marca ainda outras conquistas da população negra no mundo. Ao longo da história, muitas pessoas dedicaram suas vidas à luta pelos direitos civis e pelo fim da discriminação racial. Em 20 de novembro de 1695, morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão no período do Brasil Colonial. Martin Luther King Jr foi um grande líder negro americano que lutou pelos direitos civis dos cidadãos, principalmente contra a discriminação racial. Ele sonhava com um mundo onde houvesse liberdade e justiça para todos . Sua figura ficou marcada na História da Humanidade como símbolo da luta contra o racismo. Malcolm X foi outra personalidade que se sobressaiu na luta contra a discriminação racial. “A luta é minha vida” foi uma das frases de Nelson Mandela que desde jovem, dedicou sua vida à luta contra a discriminação racial e as injustiças contra a população negra. Como agir em casos de discriminação? Se você foi vítima de qualquer tipo de preconceito ou discriminação, é muito importante que denuncie, pois a denúncia visa combater a prática desse crime, punir o agente e garantir o direito à igualdade. Veja como proceder para denunciar o crime de discriminação ou preconceito e o crime de injúria qualificada: - Preserve todos os detalhes do caso (horário, data, local e situação). É importante apresentar testemunhas que comprovem a ocorrência do crime; - Registre queixa em qualquer delegacia de polícia ou, se preferir, em uma delegacia especializada para a obtenção de um boletim de ocorrência. ATENÇAO: Se você precisar de um advogado para entrar com uma ação, você pode procurar, além das entidades citadas aqui, a Defensoria Pública ou escritórios jurídicos que prestam serviço de assistência jurídica gratuita à comunidade.

Você já foi vítima de preconceito racial ou já discriminou alguém? É algo que espero nunca passar, é humilhante e sem necessidade de acontecer, pois todos somos humanos e devemos ser respeitados como tal. Sou totalmente contra quem pratica esse tipo de violência contra as pessoas. MÁRIO MORAES REGO, 47, modelo

Eu realmente nunca sofri com isso, mas meu bisavô que era índio teve que retirar do seu nome o sobrenome “Tupinambá” em cartório de registro, pois não conseguia emprego. Os indígenas eram considerados incapazes. RUBENS PINHEIRO, 46, servidor público

Sim. Certa vez um garoto discutiu comigo e ele me disse que “não ia discutir comigo ainda mais porque eu era ‘pretinho’”. FELIPE SAEF, 19, estudante

Nunca sofri preconceito ou descriminação racial. E eu acho que isso é uma coisa que não tem nada a ver. Todos nós somos pessoas iguais. Preconceito é uma coisa que eu não faço e nem gosto de ver fazerem. EDNEI DAMASCENO, 17, estudante


Caderno BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

n Fonte: Radio Vaticana "Queridos irmãos e irmãs!

A

gradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão. Saúdo, com afeto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático. Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerrase já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1). Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida cotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus. Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos

D O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA D

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“Não tenhais medo da bondade e da ternura” Homilia da Missa de início do Pontificado de Papa Francisco DIVULGAÇÃO

w SÍMBOLO DE COMPROMISSO Na missa do início do pontificado, Papa Francisco recebeu o anel do pescador

Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus! E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher. Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus

inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura. A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura! Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, seguese o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os

braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger. Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus. Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu! Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém!" (Homilia do Papa Francisco)


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Santo Padre n Fonte: Vaticano.va

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ejo que estas três Leituras têm algo em comum: é o movimento. Na primeira Leitura, o movimento no caminho; na segunda Leitura, o movimento na edificação da Igreja; na terceira, no Evangelho, o movimento na confissão. Caminhar, edificar, confessar. Caminhar. «Vinde, Casa de Jacob! Caminhemos à luz do Senhor» (Is 2, 5). Trata-se da primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e, quando nos detemos, está errado. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão, na sua promessa. E d i f i c a r. E d i f i c a r a I g re j a . Fala-se de pedras: as pedras têm consistência; mas pedras vivas, pedras ungidas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, a Esposa de Cristo, sobre aquela pedra angular que é o próprio Senhor. Aqui temos outro movimento da nossa vida: edificar. Terceiro, confessar. Podemos caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos Jesus Cristo, está errado. Tornar-nos-emos uma ONG sócio-caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se caminha, ficamos parados. Quando não se edifica sobre as pedras, que acontece? Acontece o mesmo que às crianças na praia quando fazem castelos de areia: tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: «Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo». Quando não confessa Jesus Cristo, confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demónio. Caminhar, edificar-construir, confessar. Mas a realidade não é tão fácil, porque às vezes, quando se caminha, constrói ou confessa,

Caderno Dois

Primeira Missa do Papa Francisco com os cardeais

FOTOS: DIVULGAÇÃO

w 1ª MISSA Papa Francisco presidiu a primeira celebração eucarística no seu pontificado após o anúncio

sentem-se abalos, há movimentos que não são os movimentos próprios do caminho, mas movimentos que nos puxam para trás. Este Evangelho continua com uma situação especial. O próprio Pedro que confessou Jesus Cristo com estas palavras: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo, diz-lhe: Eu sigo-Te, mas de Cruz não se fala. Isso não vem a propósito. Sigo-Te com outras possibilidades,

sem a Cruz. Quando caminhamos sem a Cruz, edificamos sem a Cruz ou confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor. Eu queria que, depois destes dias de graça, todos nós tivéssemos a coragem, sim a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz

do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na Cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado. E assim a Igreja vai para diante. Faço votos de que, pela intercessão de Maria, nossa Mãe, o Espírito Santo conceda a todos nós esta graça: caminhar, edificar, confessar Jesus Cristo Crucificado. Assim seja." (Homilia de Papa Francisco)

Primeiro Ângelus do Papa Francisco n Fonte: Radio Vaticana

DIVULGAÇÃO

“Deus nunca se cansa de perdoar. Não nos cansemos de pedir perdão”: primeiro Angelus do Papa P r i m e i ro d o m i n g o d e Pa p a Francisco. Uma multidão convergiu esta manhã para a Praça de São Pedro, onde ao meio-dia, o novo Pontífice – seguindo a tradição – falou da janela dos seus aposentos, para a oração do Angelus. “O Senhor nunca se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir perdão”: esta a mensagem sublinhada pelo Papa comentando o Evangelho deste domingo, retomando aliás a homilia da Missa, de manhã, na paróquia de Santa Ana, no Vaticano… Evocando o texto evangélico, o Papa fez notar que não há, em Jesus, desprezo ou condenação, mas apenas “palavras de amor, de misericórdia, que conduzem à conversão”. “O rosto de Deus é o de um Pai misericordioso que sempre tem paciência.” “Ele tem paciência conosco, compreende-nos, está à nossa espera, não se cansa de nos perdoar se soubermos voltar a ele de coração contrito”. Referindo um livro do Cardeal Kasper, teólogo, lido recentemente, sobre a misericórdia, Papa Francisco confessou que essa leitura lhe fez muito muito bem. “Sentir misericórdia… transforma

w 1º ANGELUS O sucessor de Bento XVI saúda a comunidade católica presente na Praça São Pedro para ouvi-lo

tudo… transforma o mundo”. “Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Temos necessidade de compreender bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência” O Papa contou mesmo um episódio que tanto lhe ensinou, neste aspeto. Em 1992, quando chegou a Buenos Aires a imagem (peregrina) de Nossa

Senhora de Fátima e houve uma Missa para os doentes. Veio confessarse uma mulher simples, de muita idade, mais de 80 anos. “A senhora não tem pecados!” – disse-lhe. “Não, senhor – respondeu ela. Todos temos pecados”. “Será que o Senhor não perdoa?” “Se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo nem sequer existia” – respondeu ela. O Papa comentou que esta resposta exprime “a sapiência

que dá o Espírito Santo, a sapiência interior que conduz à misericórdia de Deus.” “Ele (o Senhor) nunca se cansa de nos perdoar. Somos nós que por vezes nos cansamos de pedir perdão… Nunca nos cansemos, não nos cansemos nunca. / Ele é um Pai amoroso, que perdoa sempre, que tem um coração de misericórdia para todos nós. E também nós aprendamos a ser misericordiosos com todos”….


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Santo Padre

Caderno Dois

O porquê do nome Francisco n Fonte: Agência Ecclesia

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Papa disse no dia 16, em Roma, durante uma audiência a jornalistas, que deseja uma “Igreja pobre e para os pobres”, inspirada em S. Francisco de Assis. Francisco recebeu mais de 6000 profissionais da comunicação social no primeiro ato público após ter sido eleito Papa e revelou em que circunstâncias se inspirou no santo de Assis para a escolha de um nome e de um programa para o pontificado. Para o Papa, Francisco de Assis é “o homem da pobreza, da paz, o homem que ama e cuida o criado” numa ocasião em que “nem sempre” se promove uma boa relação a natureza. O Papa esclareceu que foram essas atitudes que o inspiraram e que confirmaram a escolha do nome no seu “coração”, quando terminou a contagem dos votos que o elegeram como Papa. “Ah, como desejo uma Igreja pobre e para os pobres”, disse o Papa Francisco na audiência aos profissionais da comunicação social que acompanharam, durante as últimas semanas, os acontecimentos relacionados com a resignação de Bento XVI e a realização do Conclave. O Papa quis esclarecer os jornalistas contanto “a história” da escolha do nome Francisco: “Na eleição, eu tinha junto a mim o arcebispo emérito de S. Paulo e também prefeito emérito

Cardeal Hummes: “Papa é jesuíta de coração franciscano” DIVULGAÇÃO

w INSPIRAÇÃO Dom Cláudio Hummes (à direita) influenciou a escolha do nome Francisco

da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes. Um grande amigo, um grande amigo! Quando aquilo se tornava um pouco perigoso, confortava-me. E quando os votos atingiram os dois terços, ouviu-se um aplauso porque estava eleito o Papa. Ele abraçou-me e beijou-me e disse-me: não te esqueças dos pobres”.

Até ao fim do escrutínio, o Papa disse que foi pensando aquela palavra - “os pobres, os pobres” - e quando terminou a contagem de todos os votos, tinha o nome escolhido, inspirado em Francisco da Assis. O Papa contou ainda, num ambiente descontraído e em tom de graça, que outros cardeais lhe disseram para esco-

lher o nome Clemente ou Adriano, recordando que Adriano VI foi reformador ou sugerindo que se deveria chamar “Clemente XV porque Clemente XIV suprimiu a Companhia de Jesus”. A Santa Sé revelou ter recebido mais de 5500 pedidos de acreditação para o acompanhamento do Conclave.

Papa Francisco mantém o brasão e o lema de arcebispo Símbolos evocam a centralidade de Cristo, juntamente com a Virgem Maria e São José n Fonte: Radio Vaticano

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o ra m n o d i a 1 8 d e março apresentados o brasão e o lema do Papa Francisco, para o seu pontificado, que mantêm os símbolos que usou enquanto cardeal e arcebispo de Buenos Aires. “No essencial, o Papa Francisco decidiu manter o seu brasão anterior, escolhido desde a sua consagração episcopal e caracterizado por uma linearidade simples”, refere um comunicado da Santa Sé, divulgado pelo Padre Lom-

bardi, em encontro com os jornalistas. O brasão contém um escudo azul coberto pelos símbolos da dignidade pontifícia (mitra entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho), c o m o m o n o g ra m a com as letras do nome de Jesus em latim (IHS), monograma proposto por São Bernardino de Sena (séc. XV) e adotado por Santo Inácio de Loyola (séc. XVI) como emblema da Companhia de Jesus. Por

baixo, no brasão de Papa Francisco, uma estrela e uma flor de nardo, simbolizando, re s p e t i va m e n t e , N o s s a Senhora e São José (patrono da Igreja, neste caso representado de acordo com a iconografia hispânica). O lema, “miserando atque eligendo”, evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheuo”. A expressão é retirada de uma homilia de São Beda o Venerável (séculos VII-VIII), e corresponde

a “uma homenagem à misericórdia divina”. Este lema e “programa de vida” evoca um episódio da vida do Papa argentino, que na festa de São Mateus, em 1953, “experimentou, com 17 anos de idade, de um modo muito particular, a presença amorosa de Deus na sua vida”. “A seguir a uma confissão, sentiu o seu coração ser tocado e percebeu a descida da misericórdia de Deus, que com olhar de terno amor o chamava à vida religiosa, no exemplo de Santo Inácio de Loiola”.

Papa no Twitter: “O verdadeiro poder é o serviço” n Fonte: Radio Vaticano

Ao final da missa da terça-feira (19), o Papa Francisco tuitou duas vezes – duas mensagens que expressam dois pontos cruciais da homilia proferida instantes atrás, por ocasião da cerimônia de início do seu ministério petrino. O primeiro tuíte foi: “Guardemos Cristo na nossa vida, cuidemos uns dos outros, guardemos a criação com amor” – em bardi, em encontro com os O brasão contém um escudo azul coberto pelos símbolos da dignidade p o n t i f í c i a ( m i t ra e n t re chaves de ouro e prata

baixo, no brasão de Papa Francisco, uma estrela e uma flor de nardo, simbolizando, re s p e t i va m e n t e , N o s s a Senhora e São José (patrono da Igreja, neste caso representado de acordo com

Santo Inácio de Loyola (séc. XVI) como emblema da Companhia de Jesus. Por

de uma homilia de São Beda o Venerável (séculos VII-VIII), e corresponde

que Papa Francisco se inspirou nos atributos de São José, Padroeiro de toda a Igreja. A segunda mensagem fala da tarefa que lhe foi confiada pelos “irmãos cardeais”, inspirados pelo Espírito Santo: “O verdadeiro poder é o serviço. O Papa deve servir a todos, especialmente aos mais pobres, aos mais fracos, aos mais pequeninos”. Siga o Papa Francisco no twitter: @Pontifex_pt


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BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

Santo Padre

Caderno Dois

ANÚNCIO

Arquidiocese se alegra com a escolha Em coletiva de imprensa, A Dom Alberto falou sobre o novo sucessor de Pedro

w DECLARAÇÃO "Há uma ação de Deus que guia os cardeais na eleição de um papa" LU IZ ES TU M AN O

pós dois dias de Conclave, Jorge Mario Bergoglio foi eleito por 115 cardeais o novo Papa da Igreja Católica no último dia 13, e se chamará Francisco. Os fiéis do mundo inteiro festejaram a eleição e rezaram para que ele possa fazer um bom papado. Em Belém, o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa falou em entrevista coletiva na Cúria Metropolitana, sobre eleição do Papa Francisco. “O fato de ser um Papa latino-americano e que participou de eventos muito importantes como a Conferência de Aparecida, na qual foi coordenador da comissão de Redação de Documentos, nós sabemos que ali ele irá traçar o coração de toda a realidade latinoamericana”, explicou o Arcebispo. O nome do cardeal argentino não aparecia entre os mais cotados antes e durante o Conclave. A eleição surpreendeu até o Arcebispo no qual destacou que existe um sinal muito importante de que há uma ação de Deus que guia os cardeais na eleição de um Papa. Dom Alberto Taveira disse que já teve a oportunidade de estar com Papa Francisco, antes de ser eleito, durante um evento no ano passado. ‘Para nós brasileiros e latino-americanos, a eleição é recebida com felicidade, pois é um homem muito bom. Francisco é uma pessoa muito simples no modo de ser relacionar com o mundo. Em Buenos Aires, na Argentina, ele tem

um bom relacionamento com os judeus. Manteve o contato, o diálogo o respeito com todos’, disse. Ainda na coletiva o Arcebispo de Belém destacou três momentos marcantes na eleição do Papa. ‘Primeiro ato de saudar o povo e se dizer Bispo de Roma, porque a igreja nasceu em Roma e lá é o centro do mundo católico, foi muito lindo. “Segundo, pedir oração ao Bento XVI e antes de abençoar pediu a

oração do povo a ele mesmo”, revelou. Para Brena Marcela que frequenta a Paróquia São Francisco de Assis, bairro do Tapanã, a eleição do Papa foi motivo de grande felicidade. “Eu estava vendo a televisão e quando eu menos esperava a fumaça apareceu, e minutos depois o Papa. Eu fiquei muito feliz porque o padre da nossa paróquia também se chama Francisco e fiquei mais feliz ainda por ele ser latino-americano”,

falou a paroquiana. Maria Jacinta de Carvalho, membro do Apostolado de Oração da Basílica Santuário de Nazaré, disse que a escolha foi bem feita e que está muito feliz. “Eu gostei muito da escolha. Ele é uma pessoa muito humilde e ele irá fazer alguns trabalhos que irão contribuir muito para a Igreja. Ele tem outro pensamento e é muito correto”, destacou Maria Jacinta.

Jesuíta fala sobre o Papa Francisco O a n ú n c i o d o n ovo pontífice, na última quartafeira (13), trouxe muita movimentação e expectativa mundial. Conhecido por um estilo de vida simples e humilde, o exarcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires, na Argentina, desde 2008 cativou em poucos dias os cristãos e emocionou, principalmente aos brasileiros, ao explicar a escolha do nome Francisco para o exercício do pontificado. “Na eleição, eu tinha ao meu lado o arcebispo emérito de São Paulo, um grande amigo. Quando a coisa começou a ficar um pouco perigosa, ele começou a me tranquilizar. E quando os votos chegaram a 2/3, aconteceu

LUIZ ESTUMANO

o aplauso esperado, pois, afinal, havia sido eleito o Papa. Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis.” Padre Plutarco Almeida, jesuíta da Capela de Lourdes, no bairro de Nazaré, afirma que o carisma de um j e s u í t a s e re s u m e n o que Inácio de Loyola, w JESUITA Pe. Plutarco Almeida fundador da Companhia de Jesus, chamou de “A XVI para servir a Igreja Maior Glória de Deus” o onde fosse mais necessário que para os jesuítas realizae mais urgente, sempre se na “defesa da fé e na sob as ordens do sucessor promoção da justiça”. “A d e Pe d ro. E s te se r v i ç o companhia surgiu no século

historicamente concretizouse de múltiplas formas" Para ele, o anúncio do primeiro Papa jesuíta da história foi recebido com muita surpresa. “Uma vez que os jesuítas sempre se recusaram a receber cargos ou títulos na Igreja. Jamais passaria pela nossa cabeça ter um papa da Companhia de Jesus. Porém, depois de refeito da surpresa, acolhemos com muita alegria e esperança, não propriamente porque o novo papa é um jesuíta, mas porque desde o primeiro momento apresentou-se como um pastor humilde e preocupado com o bem maior da Igreja”.

Padre Plutarco assinala ainda que os sinais da primeira atuação do novo Papa, que surpreendeu muitos fiéis, revelaram o carisma de um jesuíta. Ele se refere sobre a recusa do uso do carro oficial, e o uso da cruz de ferro ao invés da cruz de ouro, sugerida liturgicamente. "O jesuíta sempre foi um homem de ação. Aliás, o próprio Santo Inácio queria que os companheiros de Jesus fossem 'contemplativos na ação'. O jesuíta reza enquanto trabalha pelo Reino de Deus. Com certeza, enquanto viajava de metrô, cumprindo a sua missão, Francisco rezava!”, disse.

Beatíssimo Pai,

Belém do Pará, 13 de março de 2013.

w

DECLARAÇÃO "Há uma ação de Deus que guia os cardeais na eleição de um papa"

Sua Santidade Papa Francisco Palácio Apostólico

CIDADE DO VATICANO Em coletiva de imprensa, Dom Alberto falou sobre o novo sucessor de Pedro

A Arquidiocese de Belém recebeu com imensa alegria a notícia da eleição de Vossa Santidade como Sucessor de Pedro, reconhecendo nela o fruto das fervorosas orações que subiram ao Pai de Misericórdia de todas as partes do mundo. Apressamo-nos a manifestar-lhe, Santidade, nossa plena adesão filial ao ministério petrino que agora se realiza em sua pessoa, desejando que encontre, desde já, da parte de todos os fiéis de nossa Arquidiocese a contínua prece solicitada na Praça de São Pedro, no primeiro e jubiloso encontro com o novo Papa. Ao chegar-lhe nosso pedido de uma propiciadora Bênção Apostólica para toda a Arquidiocese, apresentamos as saudações em nome do Bispo Auxiliar Dom Teodoro Mendes Tavares, do Arcebispo Emérito Dom Vicente Joaquim Zico, Sacerdotes, Paróquias, Religiosos e Religiosas, Novas Comunidades, Pastorais, Movimentos e Serviços Eclesiais. Nesta oportunidade, afirmo-me devotíssimo no Senhor,


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BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

Juventude n Fonte: CNBB/Rádio Vaticano Agência Brasil

A

presidente Dilma Rousseff foi recebida na manhã desta quarta-feira, 20 de março, no Vaticano, pelo Papa Francisco, durante uma audiência particular. No dia de ontem, terça-feira, falando aos jornalistas a presidente afirmou que a Jornada Mundial da Juventude seria o “tema central” do encontro com o Papa Francisco. “A Jornada – disse a Presidente -, vai atrair para o Brasil milhares de jovens católicos, que serão muito bem recebidos, como a gente sempre faz”, acrescentou. A visita ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, em julho, deverá ser a primeira grande viagem do Papa Francisco. O papa Francisco disse à presidente Dilma Rousseff que é necessário empenho conjunto para combater as drogas e reforçar os valores e os princípios para a juventude. Dilma foi a primeira chefe de Estado recebida por Francisco, depois da cerimônia que marcou ontem (19) o início do seu pontificado. Na conversa, o papa lembrou que a construção do futuro depende da juventude. “[O papa] falou sobre a importância da juventude na construção do futuro da humanidade e que a Igreja [Católica], como uma instituição secular, tem no jovem um foco muito grande”, disse a presidente, após o encontro com o papa, no Vaticano. Dilma disse que Francisco ressaltou que é fundamental, para o combate às drogas, reforçar valores e princípios. “Conversamos sobre a questão das drogas e do crack, o reforço de valores, princípios e símbolos para a juventude”, destacou. A presidente acrescentou que o papa confirmou que participará da Jornada Mundial da Juventude, nos dias 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro. “Ele [o papa] disse que espera uma presença grande dos jovens [durante a jornada]”, contou ela. Segundo Dilma, o papa disse que pretende, depois da jornada, visitar Aparecida (SP) – onde está o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. “Ele [o papa] disse que vai a Aparecida, depois [da jornada]. Ele até me lembrou que, em 2007, esteve em Aparecida, e me deu um livro do que eles [os bispos latinoamericanos] fizeram em 2007”, contou a presidente, lembrando da recomendação de Francisco de que ela “não leia o livro todo”. “‘Você não precisa ler tudo porque

Caderno Dois

ENCONTRO

Papa Francisco recebe Presidente Dilma Pontífice confirmou a prensença na JMJ Rio 2013 e em Aparecida FOTOS: EBC

w AUDIÊNCIA Dilma Roussef foi a primeira chefe de estado recebida pelo Papa

você pode se aborrecer, então você pega o índice e vai nos assuntos que

te interessa’, ele me disse”, contou Dilma, entre sorrisos, demonstrando

o bom humor de Francisco. A presidente se disse impressionada como o papa se comporta como uma pessoa normal. “Ele [Francisco] é o primeiro em muitas coisas: é o primeiro Francisco, primeiro jesuíta, primeiro latino-americano e primeiro argentino”, acrescentou Dilma, informando que percebeu bastante entusiasmo no papa. A Rádio Vaticano informou que o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, ficou feliz ao receber a notícia. Porém, ainda não há maiores detalhes sobre esse acréscimo no roteiro da visita do Santo Padre ao país. “É uma notícia que me enche de alegria. Os devotos de Nossa Senhora Aparecida, em todo o Brasil, também devem estar transbordando de alegria”, disse dom Damasceno. LUIZ ESTUMANO

YOUCAT

PRIMEIRA PARTE

Em que cremos

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Que significado tem o Antigo Testamento para os cristãos?

No Antigo Testamento, Deus mostra-se como o Criador e o sustento do mundo, como guia e educador da humanidade. Também os livros do Antigo Testamento são Palavra de Deus e Sagrada Escritura. sem o Antigo Testamento não é possível compreender Jesus. [121-123,128-130,140]

E

m p re p a ra ç ã o à J o r n a d a Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), o jornal Voz de Nazaré inicia seus estudos sobre o YOUCAT que é o Catecismo da Igreja Católica, escrito para JOVENS que querem saber em que acreditam. Desde a edição anterior começamos a seguir a numeração na ordem do Youcat das perguntas.

No Antigo Testamento começa uma grande história didática sobre a fé, que no Novo Testamento sofre uma decisiva viragem e atinge a meta com o fim do mundo e o retorno de Cristo. Aqui o Antigo Testamento revela-se mais do que um simples prelúdio ao Novo. Os Mandamentos e as profecias do Povo da Antiga Aliança, com as suas promessas para toda a humanidade, nunca foram revogados. Nos livros da Antiga Aliança encontra-se um insubstituível tesouro de orações e de sabedoria; em particular, os Salmos pertencem à oração quotidiana da Igreja.

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Que significado tem o Novo Testamento para os cristãos?

No Novo Testamento consuma-se a Revelação de Deus. Os quatro evangelhos - segundo São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João - são o coração da Sagrada Escritura e o mais precioso tesouro da Igreja. Neles mostra-se o Filho de Deus como Ele é e como vem ao nosso encontro. Nos Atos dos Apóstolos conhecemos os primórdios da igreja e a ação do Espírito Santo. Nas cartas apostólicas a vida do ser humano é iluminada, em todas as suas dimensões, pela luz de Cristo. No Apocalipse de São João antevemos o fim dos tempos.[124-130,140]

Jesus é tudo o que Deus nos queria dizer. Todo o Antigo testamento prepara a encarnação do Filho de Deus. Todas as promessas de Deus encontram em Jesus o seu cumprimento. Ser cristão significa unir-se cada vez mais profundamente à vida de Cristo. Para isso é preciso ler e viver os evangelhos. Madeleine Delbrêl diz: Através da Sua palavra, Deus diznos quem Ele é e o que quer; Ele di-lo definitivamente e para cada dia. Quando temos o nosso Evangelho nas mãos, devemos considerar que aí habita a Palavra que Se tornou carne para nós e nos quer atingir para recomeçarmos a Sua vida num novo lugar, num novo tempo, num novo ambiente humano.


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BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

Igreja

Caderno Dois

Um só coração e uma só alma Padre Agostinho Cruz afs.cruz@hotmail.com

A admirável humilhação e exaltação de Cristo

N

Bacharelando em Teologia pela Faculdade Dehoniana (SP), Pároco de São João Batista e Nossa Senhora das Graças (Icoaraci)

a Carta do Apóstolo São Paulo à comunidade de Filipos encontra-se a mais antiga e explícita confissão de fé na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Fl 2,6-11); onde Ele, o homem das dores, humilhado, o Senhor diante de quem se dobram todos os joelhos, é a Pessoa que dá razão de ser à nossa existência. Aq u e l e q u e “ s e n d o d e condição divina”, ou seja, “existindo em forma de Deus”, fez-homem, assumindo a fragilidade própria da carne humana, curvando sua condição gloriosa ao rebaixamento de Si mesmo, a fim de que o homem fosse elevado à condição divina, é o motivo do grande hino cristológico, motivo pelo qual Paulo conclama a comunidade a encontrar nesse grande mistério a sua redenção. Cristo é o humilhado de Deus. Seu coração é aberto no alto da Cruz, numa liberdade sem fim, própria de alguém que “não se valeu da sua igualdade com Deus”. Pelo contrário, diferentemente de nossos primeiros pais _ Adão e Eva_, que queriam usurpar a glória de Deus, querendo tornarse “iguais a Deus”. Eis o segredo de sua humildade e chave para a vida nova de todo ser humano:

fazer-se semelhante aos homens. De outro modo, observamos que o próprio homem, numa busca desenfreada de realizações deixa de ser homem, se instrumentaliza e coisifica. Se o desejo do coração do homem é grande, comece por reconhecer sua humanidade, que mesmo carregada de limitações, é o espaço da habitação e da cooperação de Deus: “Aquele que te criou sem ti, não quer te salvar sem ti”, conclamou o Doutor da graça, Santo Agostinho. Em outras palavras, podemos dizer a partir deste hino, que, Aquele que criou o homem feito carne, não quer redimi-lo a não ser pela carne, isto é, pela aniquilação de Jesus Cristo foi homem, carne e salvação. Ao aniquilar e esvaziar-se, Cristo já mais deixou de possuir a natureza divina; o que Lhe aconteceu foi de abandonar a glória e a majestade próprias de sua união humano-divino, união misteriosa e muitas vezes incompreensível aos nossos olhos e ao nosso entendimento. Notemos que Jesus, segundo São Paulo aos Filipenses, ao despojar-se de toda a glória, num esvaziamento total, assume outra condição, a de servo; mas não nos enganemos pensando que seja simplesmente uma condição social de escravo, é muito mais do que isso, é a “forma” de um ser pobre e dependente. Mas a quem estará nosso Senhor ligado tão radicalmente? Ao Pai. Sim, Ele recebe tudo do Pai, e devolve tudo a Ele na força do Espírito Santo. Tornou-se semelhante aos homens, e apareceu como tal, e não apenas em aparência humana. A única exceção de

O ápice da humilhação de Cristo é a sua obediência que o levará à morte de Cruz

Cristo em relação aos homens foi a de não possuir pecado algum (cf. Hb 4,15). Ele se apresenta sem mácula, uma humanidade nova que será o destino para aonde deve caminhar todo ser humano. O ápice da humilhação de Cristo é a sua obediência que o levará à morte de Cruz (cf. Fl 2,8). Na cruz não há sombra e nem vestido de escuridão, nela tudo fica transparente, até Deus mesmo, pois é com o Cristo suspenso, atrativo para os corações dos homens sedento de Deus, que a humanidade ira perceber o Deus que é amor. A humilhação de Cristo foi algo sempre crescente, algo que concorreu para o ápice de sua entrega, de seu esvaziamento. Cristo foi subindo de humilhação em humilhação até a cruz. Feito homem, feito escravo, feito obediência, tido como malfeitor! Engana-se quem quer pensar que o aniquilamento de Cristo ocasionado pelo escândalo

d a C r u z f o i s u a d e r ro t a . Confunde-se quem ousa viver em seu coração achando que o humilhante desfecho dessa história trágica acabou na cruz; que a cruz venceu, ou até mesmo que foi em vão a entrega de nosso Senhor. Ele foi exaltado! Isso mesmo, Aquele que se humilhara, o Pai O exaltou de um modo todo especial, numa singularidade própria do Pai que ama o Filho: “acima de tudo o que existe” (cf. Fl 2,9). O Pai, aceitando a oferta do Filho entregue na cruz em favor de toda a humanidade, na ressurreição e ascensão do homem Jesus de Nazaré, exaltou-O, glorificando para todo o sempre “dando-lhe um nome que passará a ser invoca pela multidão de todos os crentes e em todos os tempos” (cf. Hb 2,9). Este nome, carregado de autoridade e de poder, não será o mesmo que constava em sua sentença de condenação, mas sim, o nome no qual Deus mesmo é designado “Kyrios”, ou seja, “Senhor”. Destarte, diante desse nome, que está acima de todo nome, “todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (cf. Fl 2,10-11). Portanto, é deve de todo cristão compreender que Jesus Cristo não é um simples servo do Senhor que vem a ser exaltado por Deus, pois Ele é Deus que se abaixa e depois vem a ser exaltado. Que cada um possa, também, ser rebaixar para a morte do pecado, sendo na Páscoa de Cristo exalto e elevado para junto de si.

Sal e Luz Leno Carmo (lenocarmo@yahoo.com.br)

Para ser feliz

“N

ão esqueçamos esta palavra: Deus nunca se cansa de nos perdoar, nunca! O problema é que nós nos cansamos, nós não queremos, nos cansamos de pedir perdão. Ele nunca se cansa de perdoar, mas nós, às vezes, nos cansamos de pedir perdão”. A bela reflexão do Papa Francisco, em sua primeira oração do Ângelus do domingo, 17, me fez pensar muito nas atitudes que como humano, por vezes adoto e na necessidade que tenho da misericórdia de Deus. Sei que mesmo quando não O procuro, Ele está sempre à minha espera, como o pai do filho pródigo, desejoso da volta do jovem rebelde, que gastou seus bens com diversões efêmeras e sem sentido e na lama de seus erros, finalmente “cai em si”, toma consciência do que fez, volta à vida, pede o perdão do pai e é feliz. Temos tantos erros, temos tanto de voltar para Deus, “sempre e tanto”, como dizia o poeta; precisamos muito deste colo de Pai, deste aconchego. Temos saudade do cheiro do amor divino, do olor da misericórdia que muitas vezes já nos abraçou e fez “morrer num abraço” o mal que praticamos; esta é para mim, a grande certeza do sacramento da penitência, perceber, “de dentro para fora”, que o perdão de Deus foi pleno e depois, reconciliado com Ele, tomar assento para comungar do Pão e do Vinho, Corpo e Sangue do Senhor. Como ser contingente, sei que as ações

DIVULGAÇÃO

w ANGELUS Reflexão do Papa Francisco, nos faz pensar na necessidade que temos da misericórdia.

expressam, em tantas oportunidades, o oposto do que desejo e me vejo, por vezes, cada vez mais envolvido nos erros cometidos; principalmente, no campo dos relacionamentos; sejam eles comigo mesmo, com os outros e até mesmo com Deus, quando me nego reconhecer-me imperfeito. Penso que se soubéssemos o quanto o perdão nos livra de uma imensa carga negativa, que insiste em pesar sobre os nossos ombros e machucar nosso coração, talvez não demorássemos tanto para sair do sepulcro em que nos colocamos com desejos ruins ou mesmo indiferentes ao amor de Deus e

assim, caminhássemos a passos largos para a luz, com o objetivo de olhar novamente nos olhos de quem nos magoou e dizer, com sinceridade, que tudo acabou, que finalmente queremos que as sombras saiam do nosso íntimo, para que nos deliciemos com o sol que volta a brilhar em todo o nosso ser. Perdão é liberdade, alívio, frescor de manhã que nasce em nossa alma. Perdão é brisa suave, envolvente, barulho de cachoeira, brilho do sol no orvalho após uma noite de intensa chuva, perdão é canção de paz, cantada por nossos filhos em tom maior. Seria talvez até simples perdoarmos

quem nos magoou quando, humildes, eles nos vem tristes e arrependidos, mas na vida não é assim...Quem precisamos perdoar, muitas vezes, nos vem arrogantes e soberbos; mas afinal, deve ser nossa a iniciativa de perdoar, o imperativo do testemunho de amor daquele a quem pertencemos, “pois n’Ele vivemos, nos movemos e existimos’ (At 17:28). Cabe sim, a nós, a consciência e o compromisso de trabalhar pela paz; paz que não é ausência de guerra, mas presença de uma Pessoa, cuja melhor definição é “amor”, Jesus. Não interessa se o outro pede o perdão, nem mesmo se o quer, o que vale mesmo, para nossa salvação, é vivenciar a alegria de nos sentirmos amados por Deus e esta alegria tem sua base na pureza do coração que perdoa e assim, livra-se do peso do mal, que já sem raiz para crescer, definha-se. Livres, portanto, das amarras do pecado e do dissabor do ressentimento, podemos alçar voos cada vez mais altos, em direção ao infinito que é Deus. Não sei se o perdão que experimentei dar foi compreendido, nem mesmo se em outras oportunidades novamente agirei assim; o que sei, o que tenho a certeza e convicção é que perdoar é sentir a presença de Deus, bem próximo, como um doce afago de pai, como um colo gostoso de mãe, como um sorriso “sapeca” de filho. Deus é assim, Deus é família.


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BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

Ano da Fé

Caderno Dois

PREMISSA AO QUINTO CAPÍTULO “Desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos”

É

um capítulo mais extenso que os demais, pois trata de um mistério da fé muito denso, como o da paixão, que vimos no mês anterior e que se abre para a ressurreição. Devemos ter presente que seus ouvintes são os do povo simples de Nápoles, que vinha ás pregações de Santo Tomás de Aquino com vários questionamentos sobre o significado e as decorrências deste tema abstrato, do qual não termos experiência sensível e que o povo preenchia a esta falta com tradições culturais da cultura greco-latina (Odisséia e Eneida) e sabia criar superstições, cuidado ele, (Tomás, o “Mestre Comum” e “Doutor Angélico”) de explicar de forma concreta e profunda e salvaguardar o depósito da fé. Cuidará especialmente de ser didático, separando e distiguindo e enumerando os vários aspectos. Por ser um capítulo mais longo e cujo conteúdo se presta para reflexão e oração neste tempo litúrgico da paixão, nesta primeira semana de março,

DIVULGAÇÃO

preferimos desmembrar a segunda parte da declaração de fé “Ao terceiro dia ressurgiu dos mortos”para juntá-la ao capítulo VI, previsto para a 1º semana de abril,após a Páscoa. Este artigo VI: “subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso” tem só 3 páginas, e

nos parece mais apropriado juntá-lo com a segunda parte deste capítulo quinto, pois o integra bem com “ao terceiro dia ressurgiu dos mortos”. O que nos diz no capítulo quinto com “Desceu aos infernos”, responde a uma expectativa do povo simples, que desejava saber

que “inferno” era este, onde se reuniam todos aqueles nossos antecessores santos patriarcas e profetas do Antigo Testamento, na espera do Messias Redentor. O Símbolo Apostólico com esta expressão “inferno” queria indicar este lugar misterioso que na língua latina indicava com “ínferos”, isto “debaixo da terra”, onde se reuniam aquelas almas santas, na espera do Messias Libertador, que viria para completar com sua paixão e morte, os merecimentos e vida santa conduzida na fidelidade e anúncio do libertador, exercendo a virtude da esperança da glória futura Explica, inicialmente, porque Cristo desceu “aos ínferos” com quatro razões principais e complementa com outros quatro ensinamentos para nossa instrução. Muito apropriados, aliás, nesta preparação quaresmal da Páscoa. Parece responder à perplexidade dos dois discípulos de EmaÚs: “Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse na sua glória?” (Lc, 24,26) Pe. Ilário Govoni, sj

ARTIGO QUINTO Desceu aos infernos (30a) ao terceiro dia ressurgiu dos mortos

C

omo dissemos acima, a morte de Cristo consistiu na separação da alma e do corpo, como na morte dos outros homens. Mas a divindade estava de tal modo ligada ao homem Cristo, que, apesar de a alma e o corpo terem se separado entre si, a própria Deidade (30b) sempre esteve unida ao corpo e à alma de um modo perfeitíssimo. Eis por que no sepulcro estava presente o Filho de Deus, o qual desceu também com a alma aos infernos. (31) Por quatro razões Cristo desceu com a alma aos infernos. A primeira, para que suportasse toda a pena do pecado, e, assim, expiasse toda a culpa. A pena do pecado do homem não foi somente a morte do corpo, mas também uma punição na alma. Por que o pecado era também da alma, esta deveria ser punida pela privação da visão divina. Ora, não se tinha ainda apresentado uma satisfação para que esta privação fosse afastada. Por isso, antes do advento de Cristo, todos desciam aos infernos, até os Santos Patriarcas. Para Cristo carregar sobre si toda a punição devida aos pecadores, quis não somente morrer, mas também descer com a a1ma aos infernos. Lê-se nos Salmos: Fui considerado como um homem caído na fossa; fiquei como um homem sem auxilio, livre no meio dos mortos (87, 5-6).

Os outros aí estavam como escravos. Cristo, como um homem livre. A segunda razão da descida de Cristo aos infernos, foi ir em socorro de todos os seus amigos. Tinha ele os seus amigos não só no mundo, mas também nos infernos. Manifestamse alguns como amigos de Cristo, nisto: têm caridade, Muitos estavam nos infernos que para lá desceram possuindo caridade e fé no Esperado, como Abraão, lsaac, Jacó, Davi e muitos outros ho¬mens justos e perfeitos. Como Cristo visitara os seus amigos no mundo, e os socorrera pela própria morte, quis também visitar aqueles amigos que estavam no inferno, e socorrê-los, indo também a eles. Lê-se no Livro do Eclesiástico: Penetrarei em todas as partes interiores da terra, e verei todos os que ai dormem, e iluminarei todos os que esperam no Senhor (24,25). A terceira razão, foi para que Cristo tivesse uma vitória perfeita contra o diabo. Alguém só tem um perfeito triunfo sobre outrem, não apenas quando o vence no campo de batalha, mas até quando ainda lhe invade a própria casa, e se apodera da sede do reino e do palácio. Cristo já havia triunfado do diabo e já o vencera da cruz, pois se lê em São João: Agora é o julgamento do mundo, agora o príncipe deste mundo (isto é, o diabo) será lançado fora (Jo 12,31).

Para que Cristo triunfasse sobre o diabo de um modo completo, quis tirar-lhe a sede do reino e prendê-lo na sua própria casa, que é o inferno. Por isso aí desceu, tirou-lhe todos os bens, aprisionou-o e apoderou-se da sua presa. Lê-se: Despojando os principados e as sociedades, exibiuos publicamente, triunfando deles na cruz (Col 2, 15). Devemos considerar que como Cristo recebera o poder e a posse do céu e da terra, deveria também ter a posse do inferno, como se lê na Carta aos Filipenses: Ao nome de Jesus dobre-se todo joelho, dos que estão nos céus, na terra e nos infernos (Fil 2,10). O próprio Jesus dissera: Em- meu nome expulsarão os demônios. (Ma 16,17). A quarta e última razão, foi para libertar os santos que estavam nos infernos. Assim como Cristo quis submeter-se à morte para libertar os vivos, da morte, quis também descer aos infernos, para libertar os que ai se encontravam: Lê-se: Vós também (Senhor), pelo Sangue do vosso testamento, tirastes os Seus que estavam presos na fossa, onde não havia água. (Zac 9,11). – Ó morte, serei a tua morte, Ó inferno, serei para ti como uma mordida. (Os 13,14). (32) B e m q u e C r i s t o t i ve s s e totalmente destruído a morte, não destruiu completamente o inferno, mas como que o mordeu, por que não libertou todos os que nele estavam, mas somente os que

não tinham pecado mortal, nem o pecado original. Deste, foram libertados, enquanto pessoas indivíduas, pela circuncisão, e, antes da instituição da circuncisão, as crianças privadas do uso da razão, pela fé dos pais fiéis; os adultos, pelos sacrifícios e pela fé no Cristo que esperavam. Estavam no inferno devido ao pecado original causado por Adão, do qual não poderiam ser libertados, enquanto pecado que era da natureza humana, senão por Cristo. Deixou então os que aí desceram com pecado mortal e as crianças incircuncisas (33). Por isso disse ao descer ao inferno: Serei para ti como uma mordida (Os 13,14). Do exposto, podemos tirar quatro ensinamentos para nossa instrução. Primeiro, uma firme esperança em Deus, pois quando o homem está em aflição, deve sempre esperar do auxí1io divino e nele confiar. Nada há de mais sério do que cair no inferno. Se portanto, Cristo libertou os que estavam nos infernos, cada um, se é de fato amigo de Deus, deve muito confiar para que Ele o liberte de qualquer angústia. Lê-se: Esta (isto é, a sabedoria) não abandonou o justo que foi vencido (...), desceu com ele na fossa, e na prisão o não abandonou (Sab 10,13-14). Continua na pagina 8


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Ano da Fé Como Deus auxilia aos seus servos de um modo todo especial, aquele que O serve deve estar sempre muito seguro. Lê-se: o que teme ao Senhor por nada trepidará e nada temerá por que Ele é a sua esperança (Ecl 39,16). Segundo, devemos despertar em nós o temor, e de nós afastar a presunção. Pois, apesar de Cristo ter suportado a paixão pelos pecadores, e ter descido aos infernos, não libertou a todos, mas somente àqueles que estavam sem pecado mortal, como acima foi dito. Aqueles que morreram em pecado mortal, deixouos abandonados.Por isso ninguém que desça lá com pecado mortal espere perdão. Mas ficarão no inferno o tempo em que os Santos Patriarcas estiverem no Paraíso, isto é, para toda a eternidade. Lê-se em São Mateus: Irão os malditos para o suplício eterno, os justos, porém, para o Paraíso (25,46). (34) Terceiro, devemos viver atentos, porque se Cristo desceu aos infernos para a nossa salvação, também nós devemos, com soli¬citude, lá descer em espírito, meditando sobre as

Caderno Dois DIVULGAÇÃO

penas nele existentes, imitando o Santo Ezequias, que dizia: Irão os mal¬ditos para o suplício eterno, os justos, porém, para ‘O Paraíso (Is 38,10). Desse modo, aquele que em vida vai lá pela meditação, não descerá facilmente para o inferno na morte, porque tal meditação o afasta do pecado. Ao vermos como os homens deste mundo evitam as más ações por temor das penas temporais, como não deveriam eles muito

mais se resguardarem do pecado por causa das penas do inferno, que são muito mais longas, mais cruéis e mais numerosas? Eis porque lê-se nas Escrituras: Lembra-te dos teus últimos dias, e não pecarás para sempre (Ecle 7,40). O quarto ensinamento tirado da descida de Cristo aos infernos, é nos ter Ele oferecido um exemplo de amor. Cristo desceu aos infernos para libertar os seus. Devemos também nós lá descer pela meditação, para auxiliar os

nossos. Eles, por si mesmos, nada podem conseguir. Nós é que devemos ir em socorro dos que estão no purgatório. Se alguém não quisesse socorrer um ente querido que estivesse na prisão, como isso nos pareceria cruel! No entanto, seria muito mais cruel aquele que não viesse em socorro do amigo que está no purgatório, pois não há comparação entre as penas deste mundo e aquelas. Lêse a esse respeito: Tende piedade de mim, tende piedade de mim, pelo menos vós, ó meus amigos, porque a mão de Deus me feriu (Jo 19,21); - É santo e salutar o pensamento de orar pelos defuntos para que sejam livres dos pecados (Mc 19,46). São auxiliados, conforme disse Agostinho, os que estão no purgatório, principalmente por três atos: pelas Missas, pelas orações e pelas esmolas. Gregório acrescenta um quarto: o jejum. Não deve causar admiração que assim seja, porque também neste mundo o amigo pode satisfazer pelo amigo. A mesma coisa acontece com os que estão no purgatório. Cont.

NOTAS (30a) A formulação hodierna deste artigo, cuja redação data do IV século, - “Desceu à mansão dos mortos”, é mais adequada. Propriamente Cristo desceu ao “seio de Abraão” (Lc 16,23), também chamado “limbo dos justos”, onde os santos esperavamnO ,para entrarem na visão beatífica. Os teólogos designam por “inferno” todo lugar privado desta visão: o inferno dos demônios, o purgatório, o limbo das crianças mortas sem batismo e o limbo dos justos da Antiga Lei. Na nota nº 31, São Tomás, em texto da Suma Teológica, nos escla¬rece sobre o modo da presença de Cristo nesses “infernos”. (30b) Usa São Tomás na mesma frase os termos divindade (“divinitas”) e deidade (“deitas”), que, de certo modo, podem ter o mesmo significado. Mas deitas precisa de maneira mais perfeita o conteúdo da essência divina. Quer dizer que a perfeição divina, a Deitas, está acima, não apenas de tudo o que existe, mas de tudo que podemos conceber: [...] ela é uma outra perfeição, que não é nem a sabedoria, nem a bondade, nem a intelectualidade, nem nada do que são essas coisas, a Deidade, perfeição singular e transcendente, infinitamente simples. (J. H. Nicolas - Dieu Connu comme inconnu Desclée - Paris, 1966, pág. 138). O termo divindade é usado para exprimir a essência divina enquanto conhecida pela razão abstrativa, ao passo que os teó1ogos usam mais Deitas para exprimir a essência divina enquanto conhecida pela fé: O conhecimento da fé atinge a vida. íntima de Deus, que só se tornará perfeito na visão beatífica (cir. Garrigou Lagrange, De Deo Uno, Paris, 1937, pág. 245). (31) A questão da descida de Cristo aos infernos é longa e claramente tratada na Suma Teológica (III, q. 52). Na morte de Cristo, apesar de a alma ter sido separada do Corpo, nenhum dos dois foi separado da Pessoa do Filho de Deus. Por isso deve-se dizer que, no tríduo da morte, todo o Cristo estava no sepulcro, porque toda a sua Pessoa estava aí pelo corpo a ela unido; semelhantemente esteve todo no inferno, porque toda a Pessoa de Cristo estava aí devido à alma a ela unida, e também (se pode dizer) que todo o Cristo estava em toda parte devido à sua natureza divina (III, 52,3, c.). De como Cristo esteve presente e atuou nas diversas partes do inferno, assim nos esclarece São Tomás: De duas maneiras pode estar uma coisa em algum lugar: de uma maneira, pelo seu efeito:

dessa maneira Cristo desceu em quaisquer dos infernos, mas diversamente; no inferno dos condenados produziu o efeito de argüí-los da sua incredulidade e malícia; aos que estavam detidos no purgatório, deu a esperança de alcançarem a vida eterna; aos Santos Patriarcas, que apenas devido ao pecado original estavam no inferno, infundiu-lhes o lúmen da glória eterna. De outra maneira uma coisa é dita estar em algum lugar pela sua essência: e deste modo a alma de Cristo desceu somente ao lugar do inferno, no qual estavam deti-dos os justos, para que, aos que Ele visitava segundo a divindade interiormente pela graça, visitasse-os também segundo a alma e localmente. Desse modo, estando em uma parte do inferno, estendeu o seu efeito a todas as partes do inferno, como tendo também sofrido em um só lugar da terra, libertou todo o mundo pela sua paixão (III, 52, 2 c). (32) São Tomás cita neste local o texto latino da Vulgata (era mors tua, o mors, morsus tuus ero, inferne - Os 13,14) e o traduzimos literalmente para dar sentido à explicação que o segue. Todavia, a tradução literal do texto hebraico é a seguinte: Onde estão, ó morte, as tuas epidemias? Onde está o teu contágio, ó abismo?. São Paulo aplica este versículo de Oséias, cujo sentido original é a respeito da. vitória do povo israelita, à vitória de Cristo. A citação.de São Paulo (1 Cor 15,55) é em sentido livre (ver, “La Saint Bible”, tradutte en français sous la direction de l’École Biblique de Jérusalem, Paris, 1956, pp. 1221, 1525). (33) Sobre a morte das crianças não batizadas e o seu destino eterno, ver o excelente livro de Charles Journet - La volonté divine salvifique sur les petits enfants - (Desclée de Brower Friburgo, 1958). É sentença comum entre os teólogos que as almas das crianças, mortas sem batismo antes do uso da razão, são privadas da visão de Deus, mas não sofrem, nem por estarem privadas dessa visão, nem as penas dos sentidos. São Tomás sempre negou que as crianças mortas em estado de pecado original sofressem qualquer pena, bem que tivesse primeiro afirma do que elas conhecessem a privação da visão (Sent. 2,33, 2a 2) e, mais tarde, o tivesse negado (De malo, 5,3): estarem privadas de tal bem (da visão beatífica)as almas das crianças não sabem, e por essa razão não sofrem, mas o que possuem pela natureza, possuem sem dor. São Roberto Belarmino admite um certo sofrimento nessas crianças (ofr. Catechismus Catholicus, q. 359, pp. 197, 479). (34) O “Catechismus Catholicus”, elaborado

pelo Cardeal Gasparri com a participação de respeitáveis teólogos, aprovado pela Santa Sé, assim define, em Apêndice, a doutrina a respeito do inferno e do purgatório: “Com relação ao inferno deve-se crer com fé divina: 1.º Que existe o inferno constituído pelos demônios e pelos que mor¬reram em pecado mortal, mesmo que fosse um só. 2.º Que no inferno os condenados são atormentados por dupla pena: a pena de dano e a pena dos sentidos, sendo esta principalmente de fogo. 3.º Que as penas que os condenados do inferno sofrem são eternas, e jamais terão fim, nem serão atenuadas. 4.º Que não são as mesmas penas para todos, mas diversas, confor¬me o número e a gravidade dos pecados, que mereceram a condena¬ção eterna. E teologicamente certo, bem que não de fé, que o fogo, com o qual os condenados do inferno são atormentados, é um fogo real ou corpóreo, não metafórico. (.. .). É disputado ainda livremente entre os teólogos: de que maneira o fogo real pode atormentar os espíritos puros, os demônios e as almas dos condenados antes da ressurreição dos corpos; qual a natureza do fogo do inferno; onde se encontra o inferno, se acima, ou abaixo da terra, se é um lugar, se é um estado. . . Com relação ao Purgatório, é de fé: 1º. Que existe o purgatório, onde são detidas as almas dos que morrem sem pecado mortal, mas que devem ainda cumprir por algum tempo algo devido às penas. 2º. Que no purgatório as almas são punidas pela pena de dano e pela pena dos sentidos, isto é, pela privação temporal da visão beatífica e por outras graves penas. 3º. Que as penas das almas no Purgatório, quanto à duração e a dureza devidas à pena de cada um, são dissemelhantes entre si. 4º. Que as penas dos que aí estão podem se tornar mais breves e mais leves pelos sufrágios feitos em intenção das suas almas. Não é de fé que as almas são atormentadas no Purgatório por fogo real ou corpóreo, não metafórico.(...). Livremente se disputa: se há o fogo do Purgatório e se a sua natureza é a mesma que a do fogo do inferno, bem que tenha menor força ator¬mentadora; como esse fogo atinge as almas separadas dos corpos; em que lugar está o Purgatório; se é lugar, ou estado” (pp. 484 e 486).


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Igreja

Caderno Dois

Compêndio do Catecismo da Igreja Católica Para reflexões durante o Ano da Fé, o jornal Voz de Nazaré continua nesta edição a publicação do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. De maneira concisa, a publicação apresenta todos os elementos essenciais e fundamentais da fé da Igreja numa visão de conjunto, todo o panorama da fé católica.

CAPÍTULO PRIMEIRO (Segunda Seção)

Creio em Deus Pai “Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra”

1

Como operam as três Pessoas divinas? Inseparáveis na sua única substância, as Pessoas divinas são inseparáveis também em suas operações: a Trindade tem uma só e mesma operação. Mas no único agir divino cada Pessoa está presente segundo o modo que lhe é próprio na Trindade. 257-260 267 “Ó meu Deus, Trindade que adoro... pacifica a minha alma; faz dela o teu céu, a tua morada amada e o lugar do teu repouso. Que eu não te deixe jamais só, mas que eu esteja ali, toda inteira, completamente vigilante na minha fé, toda adoradora, toda entregue à tua ação criadora” (Bem-aventurada Elisabete da Trindade).

2

O que significa que Deus é todo-poderoso?

4

Quem criou o mundo?

Deus se revelou como “Forte e Poderoso” (Sl 24,8), aquele ao qual “nada é impossível” (Lc 1,37). A sua onipotência é universal,misteriosa, e se manifesta ao criar o mundo do nada e o homem por amor, mas sobretudo na Encarnação e na Ressurreição do Seu Filho,no dom da adoração filial e no perdão dos pecados. Por isso a Igreja dirige a sua oração ao “Deus todo-poderoso e eterno” (“Omnipotens sempiterne Deus...”). 268-278

3

Por que é importante afirmar: “Deus criou o céu e a terra” (Gn 1,1)? Porque a criação é o fundamento de todos os divinos desígnios salvíficos; manifesta o amor onipotente e sapiente de Deus; é o primeiro passo para a Aliança do único Deus com o seu povo; e o início da história da salvação que culmina em Cristo; é uma primeira resposta às interrogações fundamentais do homem acerca da própria origem e do próprio fim. 279-289 315

O Pai, o Filho e o Espírito Santo são o princípio único e indivisível do mundo, ainda que a obra da criação do mundo seja particularmente atribuída a Deus Pai. 290292 316

5

Para que o mundo foi criado?

O mundo foi criado para a glória de Deus, que quis manifestar e comunicar a sua bondade, verdade e beleza. O fim último da criação é que Deus, em Cristo, possa ser “tudo em todos” (1Cor 15,28), para a sua glória e para a nossa felicidade. 293-294 319 “A glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus” (Santo Ireneu).

Testemunho de Fé DIVULGAÇÃO

Eu estava a exatos 12 anos sem estudar. Nem sabia que a tabela periódica tinha sofrido alterações em relação à divisão dos grupos dos metais!Sempre tive dificuldade em história e cálculos. Porém, decidi seguir em frente e investi um tempo a mais nestas disciplinas para passar no vestibular.Sou técnica em enfermagem e trabalho (das 13h às 19h) no hospital Barros Barreto no setor de radioterapia da oncologia. Gastei boa parte do meu salário com os livros das leituras obrigatórias, mas sempre com a consciência de que isso era vital para o meu sucesso futuro. Fui enfrentando simulados,aulas aos feriados e finais de semana,ENEM e as temidas provas do vestibular. Sempre quis a

Uepa, orava e estudava muito por isso! Em minhas orações pedia a Deus forças para aguentar. Costumava orar: ”Senhor, conceda-me a vitória da última vaga”. Veio o resultado da UEPA e não passei, chorei! Foram só 13 vagas e fiquei em 17° lugar geral. Fui para o 4° lugar na repescagem. Aguardei confiante a primeira repescagem e não passei! Fiquei revoltada, chorei muito, deixei amigos e familiares tristes com minha tristeza. O que eu não entendia é que o tempo de Deus exige ADESÃO. Vacilei na fé, pois não tive paciência. Na 2ª feira (18/02), antes de dormir, dobrei meus joelhos, eduquei os ouvidos e SILENCIEI meu coração. Chorei como nunca tinha chorado antes. No dia

seguinte não conseguia mais pensar em Uepa! Na sexta-feira (22/02) acordei às 10h e algo me dizia para ligar para a Uepa e liguei. O funcionário informoume que tinha sido divulgada a segunda repescagem no Diário Oficial. Corri para ver na internet e a ÚLTIMA vaga era minha. Decidi que seria diferente e foi! Eu venci este monstro chamado vestibular... vocês TAMBÉM podem!!! CINTIA DA SILVA MORAES, Caloura de enfermagem da UEPA, 31 anos

Parabéns para você! LUIZ ESTUMANO

“Jesus, obrigada pelo dom da vida e por iluminar todos os meus caminhos para que eu possa atingir a felicidade que só vem de Ti.” SANDRA DE FÁTIMA LUZ MORAIS,

63 anos, 23 de março 22/3 Cássio Alex Assunção Coelho Cícera Feitosa da Silva Guiomarina Rocha Sales Lucideia Oliveira Maia Luiz Gonçalves dos Santos Maria de Fátima da Silva Carvalho

Maria Georgina Mesquita de Freitas Maria das Graças Lima Cordeiro Maria Joana Correa Costa Rui Bentes 23/3 Andréia do Socorro Cruz Costa Kátia do Socorro Homobono Soares Maria Marileia Modesto da Costa Maria Marly da Silva Souto Manoel Marques de Oliveira Renilde Fernandes Monteiro Solange Maria de Souza Ribeiro 24/3 Adarcy Brasil Felix Fonseca Eunice Serra Sanches Gabriel Ramos de Jesus Maria Das Graças Martins da Silva 25/3 Ana Maria Fernandez Mileo Antônio Henrique Matheus Souza Araci Andrade dos Santos Evandro Raimundo da Costa Pinheiro Inês Pacheco Nascimento Leonidas Ernesto de Souza Luciana de Moraes Melo Milene Velasco Machado Mirian Alcântara Carvalho 26/3 Maria Marilene da Silva Modesto Suzette Alves de Souza 27/3 Altamira de Nazareth Vianna Oliveira

Angelina de Jesus Vianna Glafira Dias Gomes Isolina Nogueira Almeida José Vianna Oliveira Lucia do Socorro Oeiras Bentes Tereza Santa Brígida Moura Yolanda Ribeiro Tavernad 28/3

w

André Guerreiro Milhomem de Sousa Caridade Guedes Ferreira Glaucia Winbson José Antenor de Carvalho Neto Maria do Carmo de Oliveira Alcântara Nilza de Souza Ferreira Orlando Rosa Rodrigues Walquiria de Nazaré Correa de Souza

Aniversário natalício de padres e diáconos diocesanos 22/3 - Pe. Tadeu Costa Gonnçalves 23/3 - Diác. Marcus Vinícius Amaral Soares 23/3 - Pe. Frei Raimundo Manoel dos Reis 24/3 - Pe. Francisco Monteiro Ferreira 25/3 - Diác. Evandro Raimundo da Costa Pinheiro 26/3 - Diác. Herson José Bentes Picanço 26/3 - Pe. Ivan da Silva Conceição 26/3 - Pe. Márcio Jospe Sousa Motta 28/3 - Diác. João da Silva Texeira

w

Aniversário de ordenação dos padres e diáconos diocesanos 24/3 - Pe. Nilton César Reis 25/3 - Pe. Wiremberg José da Silva 28/3 - Pe. Manoel Abraão Farias Pinto

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A semana

Caderno Dois AGENDA DE DOM TEODORO TAVARES

AGENDA DE DOM ALBERTO CORRÊA

n De 22 a 28 de março

n De 23 a 28 de março w Dia 23, sábado 09:00 - 13:00 - Encontro com os Seminaristas da Obra de Maria 19:30 - 20:30 - Missa na Paróquia Nossa Sennhora do Carmo w Dia 24, domingo 08:30 - 10:00 - Procissão de Ramos, saída da Igreja do Carmo para a Catedral w Dia 25, segunda-feira 08:30 - 13:00 - Segunda Reunião do Clero de 2013 16:00 - 18:00 - Confissões na Catedral da Sé 19:00 - 20:00 - Missa de posse Canônica de Dom Alberto Tvaeira Corrrêa w Dia 26, terça-feira

w Dia 22, sexta-feira Manhã e tarde - Audiência Noite - Retiro w Dia 23, sábado Retiro w Dia 24, domingo 09:00 - 10:00 - Celebração da Missa com a Benção de Ramos na Comunidade de Boa Vista no Baixo Acará 17:00 - 18:00 - Celebração Eucarística w Dia 25, segunda-feira 08:30 - 13:00 - Segunda Reunião do Clero de 2013 16:00 - 18:00 - Missa e Encontro

16:00 - 18:00 - Confissões na Catedral da Sé 20:00 - 21:30 - Reunião do Conselho de Diáconos Permanentes - CAPID w Dia 27, quarta-feira 16:00 - 18:00 - Confissões na Catedral da Sé 19:00 - 20:00 - Assembleia das Obras Sociais da Arquidiocese w Dia 28, quinta-feira 09:00 - 11:00 - Missa da Unidade Benção e Consagração dos Óleos na Catedral Metropolitana de Belém 18:00 - 19:30 - Missa da Ceia do Senhor, Mandamento Novo, Lava Pés e Comemoração da Instituição da Eucaristia

Os compromissos de Dom Alberto Taveira podem sofrer alterações sem aviso prévio.

com os seminaristas providentinos w Dia 26, terça-feira Aula no Instituto Regional para Formação Presbiteral w Dia 27, quarta-feira Audiência 19:00 - 20:00 - Assembleia das Obras Sociais da Arquidiocese w Dia 28, quinta-feira 09:00 - 11:00 - Missa da Unidade Benção e Consagração dos Óleos na Catedral Metropolitana de Belém 18:00 - 19:30 - Missa da Ceia do Senhor, Mandamento Novo, Lava Pés e Comemoração da Instituição da Eucaristia

Os compromissos de Dom Teodoro Mendes Tavares podem sofrer alterações sem aviso prévio.

Horários de Missas na Arquidiocese de Belém REGIÃO EPISCOPAL DE SANT’ANA

Telefone: 3226-2151/ 3226-2612

Nossa Senhora da Graça

Terra Firme - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 8h30 e 19h30 Telefone: 3253-2656

(Catedral) Cidade Velha - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h e 19h Telefone: 3223-2362/ 3225-2715

Igreja N. S. das Mercês

(Reitoria) Comércio - Belém Sábado: 12h e 17h Domingo: 12h e 17h Telefone: 3212-3102

Sant'Ana da Campina

Comércio - Belém Sábado: 12h Domingo: 7h (Col. D. Bosco) 9h Telefone: 3230-3734 São Judas Tadeu

Condor - Belém Sábado: 18h Domingo: 7h e 18h Telefone: 3283-6020 Sta. Terezinha do Menino Jesus

Jurunas - Belém Sábado: 6h30 e 18h30 Domingo: 6h30, 8h30 e 18h Telefone: 3272-2251 Santo Antônio de Lisboa

Batista Campos - Belém Sábado: 6h30, 12h, 17h e 18h30 Domingo: 8h, 11h, 17h, 18h30 e 20h Telefone: 3215-7004/ 3222-0097 Santíssima Trindade

Capina - Belém Sábado: 16h Domingo: 7h, 10h, 11h30, 17h30 e 19h Telefone: 3215-7007/ 3242-4917 N. S. da Conceição

Cidade Velha - Belém Sábado: 18h30 Domingo: 6h30, 8h30 e 18h30 Telefone: 3215-7006 São José

Umarizal - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 11h e 19h Telefone: 3230-4916 Santa Luzia

Jurunas - Belém Sábado: 7h, 17h e 19h Domingo: 7h30 e 19h Telefone: 3271-2146

São Domingos de Gusmão

São Miguel

Cremação - Belém Sábado: 18h30 Domingo 7h30, 11h e 18h30 Telefone: 3283-6022 Nossa Senhora de Fátima

Fátima - Belém Sábado: 17h30 Domingo: 6h45, 8h30, 17h30e 19h30 Telefone: 3228-0864

Paróquia Santa Maria Goretti

Guamá - Belém Domingo: 9h30 e 18h Telefone: 3283-6023 N. S. de Nazaré (Basílica Santuário)

Nazaré - Belém Sábado: 7h, 8h30,12h,17h Domingo: 6h30, 8h, 10h, 16h30, 18h, 20h Telefone: 4009-8400 São Francisco de Assis

(Capuchinhos) São Brás - Belém Sábado: 19h30 Domingo: 6h, 7h30,9h30,18h, 20h Telefone: 3073-1500 Santo Antônio do Tucunduba

Guamá - Belém Sábado: 19h30 Domingo: 7h e 19h30

REGIÃO EPISCOPAL SANTA CRUZ Imaculada Conceição

Castanheira - Belém Sábado: 17h Domingo: 7h e 19h Telefone: 3277-4642 São Sebastião

Sacramenta - Belém Sábado e domingo: 7h; 17h e 19h Telefone: 3264-9060/3254-7354 Jesus Ressuscitado

Marambaia - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h e 19h Telefone: 3277-4643 São Geraldo Magela

REGIÃO EPISCOPAL SANTA MARIA GORETTI

Val de Cans - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h30 e 18h Telefone: 3257-7950

São Pedro e São Paulo

N. S. do Perpétuo Socorro

Guamá - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h e 18h30 Telefone: 3283-6021/ 3259-0413

Telégrafo - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 8h30, 17h30 e 19h Telefone: 3264-9061

São José de Queluz

Marambaia - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h30, 9h, 17h, 19h Telefone: 3277-4641

Canudos - Belém Sábado: 6h30 e 20h Domingo: 7h, 8h30, 17h30 e 20h

São Jorge

São Raimundo Nonato

Umarizal - Belém. Sábado e domingo: 6h30 e 18h Telefone: 3277-4644

Santa Cruz

Marco - Belém Sábado: 7h e 18h30 Domingo: 7h, 9h, 11h30 e 18h30 Telefone: 3277-4640/3276-0941

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Pedreira - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h, 19h Telefone: 3233-4224/3276-9573

São Francisco Xavier

Marco - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 8h, 18h Telefone: 3283-3052

Nossa Senhora Mãe da Divina Providência

Val de Cans - Belém Sábado:19h Domingo: 7h e 19h Telefone: 3257-2388

Sagrada Família

Curió Utinga - Belém. Sábado: 7h e 19h30 Domingo: 7h, 9h e 19h30 REGIÃO EPISCOPAL SÃO JOÃO BATISTA

São João Batista e Nossa Senhora das Graças

Icoaraci - Belém. Sábado: 6h30 e 20h Domingo: 7h, 10h, 18h Telefone: 3297-7250

São Francisco de Assis

Tapanã - Belém Domingo: 7h e 18h30 Telefone: 3258-8036

Nossa Senhora de Fátima

Icoaraci - Belém Sábado: 20h Domingo: 7h, 19h Telefone: 3297-7251

Jesus Bom Samaritano

Tapanã - Belém. Sábado: 7h Domingo: 7h30 e 19h30 Telefone: 3033-2004

São Francisco das Ilhas

Domingo: 7h, 10h e 19h N. S. da Imaculada Conceição

Outeiro - Belém Sábado: 8h Domingo: 7h Telefone: 3277-4648

N. S. do Bom Remédio

Conjunto Satélite - Belém Sábado: 17h30 Domingo: 7h, 18h30 Telefone: 3289-5355

Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo

Conjunto Sideral - Belém Domingo: 7h, 9h, 18h Telefone: 3288-4250

Santo Antônio de Pádua

Coqueiro - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h e 18h Telefone: 3237-8350

Santo Afonso de Ligório

Catalina - Belém Sábado: 19h30

Coqueiro - Ananindeua Sábado: 7h Domingo: 7h, 9h30, 19h30 Telefone: 3263-0603

Santo Inácio de Loyola

Icui Guajará - Ananindeua Domingo: 7h, 18h Telefone: 3295-3545

São Lucas Evangelista

Guajará - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h, 18h Telefone: 3279-2621

N. S. de Guadalupe

REGIÃO EPISCOPAL MENINO DEUS

Cristo Peregrino

Una - Ananindeua Sábado: 6h30 Domingo: 7h, 20h Telefone: 3234-4674

N. S. Auxiliadora

Anita Gerosa (Aurá) - Ananindeua Domingo: 7h e 18h Telefones: 3255-3828

N. S. das Vitórias

Almir Gabriel - Marituba Sábado: 19h Domingo: 7h, 19h Telefone: 3256-7655

Sagrado Coração de Jesus

Júlia Seffer - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h30, 9h, 18h Telefone: 3265-5413

Sagrado Coração de Jesus

Distrito Industrial - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h, 8h30, 17h30 Telefone: 3255-9475

N. S. de Nazaré

Coração Eucarístico de Jesus

Divino Espírito Santo

Arcanjo São Miguel

Santa Edwiges

Bengui - Belém Domingo: 7h, 9h, 18h30 Telefone: 3277-4645

Guanabara - Ananindeua Domingo: 7h, 9h30, 19h30 Telefone: 3235-1405

Santa Teresinha

Menino Deus

N. S. Rainha da Paz

Cristo Rei

Pratinha - Belém Sábado: 19h Domingo: 8h30, 19h Telefone: 3258-1554/3274-8281

Cotijuba - Belém Sábado: 19h30; Domingo: 8h, 9h30, 19h30 Telefone: 3247-1438 Nova Marambaia - Belém Sábado: 19h Domingo: 7h, 9h30, 18h Telefone: 3279-1654

Domingo: 6h30, 9h30, 19h30 Telefone: (91) 3771-1278 REGIÃO EPISCOPAL SÃO VICENTE DE PAULO

Centro - Marituba Domingo: 6h, 8h30, 18h Telefone: 3237-8351 Colônia - Marituba Domingo: 9h Telefone: 3279-2624

N. S. das Graças

Centro - Ananindeua Sábado: 19h Domingo: 7h, 19h Telefone: 3255-2654

N. S. do Ó

Vila - Mosqueiro Sábado: 19h30

Águas Lindas - Ananindeua Domingo: 7h30, 18h Telefone: 3245-7440 Coqueiro - Ananindeua Sábado: 18h30 Domingo: 7h, 9h, 18h Telefone: 3245-7440 Jaderlândia - Ananindeua Domingo: 19h Telefone: 3237-9891

Santa Paula Frassinetti

Cidade Nova VI - Ananindeua Sábado: 19h30; Domingo: 6h30, 8h15, 18h Telefone: 3279-2620

Transfiguração do Senhor

Curuçambá - Ananindeua Sábado: 18h30, 20h Domingo: 7h30, 19h Telefone: 3282-1274

Santa Rita de Cássia

Cidade Nova V - Ananindeua. Sábado: 6h30, 17h30 Domingo: 6h30, 8h30, 17h30, 19h30. Telefone: 3273-3191/ 3273-3310

São Vicente de Paulo

Paar - Ananindeua Domingo: 7h, 8h30, 19h Telefone: 3283-8400

São José Operário

Conj. Carnaúba, Icuí Domingo: 7h e 18h Telefone: (91) 3295-3545/ 3031-1172

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Entre em contato com seu pároco ou com a secretaria da sua paróquia e solicite que nos informem para podermos publicar.


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BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

Fundação Nazaré

Caderno Dois

Escute na Rádio Nazaré SEXTA - FEIRA 05h00 - Abertura da Emissora 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 06h55 - Prestando Contas 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Retiro Quaresmal - Retiro Popular 08h55 - Plantão R C R 09h30 - Informe Noticias 09h55 - Plantão RCR 10h00 - Vitrine 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - Estação Segurança 14h30 - Informe Noticias 15h00 - Terço da Misericórdia 15h30 - Informe Noticias 15h55 - Plantão R C R 16h00 - Freqüência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h45 - Liturgia das horas - Vésperas 17h55 - Oração do Ângelus 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Dolorosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Saudade em Versos e Canções 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio SÁBADO 05h00 - Abertura da Emissora 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Gozosos 06h00 - Voz do Pastor 06h30 - Questão de Fé 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Conhecendo Jesus 10h00 - Maria de Todos os Povos 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - Caminho Aberto 15h00 - Criança Evangelizando Criança 16h00 - Evangelizando Através do Dizimo 17h00 - Musical Nazaré

IVAN CARDOSO

17h45 - Oração das Vésperas 17h55 - Oração do Ângelus 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Gozosos 18h30 - Musical Mariano 18h30 - Preparando a Festa 19h00 - Musical Nazaré 22h00 - A voz do Pastor 22h15 - Domínio jovem 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat DOMINGO 05h00 - Abertura da Emissora 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus, 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Gloriosos 06h00 - Voz do Pastor 06h30 - Preparando a Festa 07h00 - SANTA MISSA 08h00 - Vem e Segue-me 10h00 - Domingo Alegre 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - A Vida e o Tempo - Envelhecer de Bem com a Vida 16h00 - As Mais Tocadas 17h00 - Raiz do Céu 17h55 - Oração do Ângelus 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Liturgia das Horas - Vésperas 18h30 - Oração do Terço - Mistérios Gloriosos 19h00 - Clássico Nazaré 20h00 - Circuito M P B 22h00 - A voz do Pastor 22h15 - Especial PE. Zezinho 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio SEGUNDA - FEIRA 05h00 - Abertura da Emissora 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 06h55 - Prestando Contas 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Retiro Quaresmal - Retiro Popular 08h55 - Plantão RCR 09h30 - Informe Notícia 09h55 - Plantão RCR 10h00 - Vitrine 10h30 - Informe Notícia 11h50 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do Pastor

O SAGRADO SILÊNCIO é o

programa apresentado pelo na sexta e no sábado santo. Ao longo de todo o dia, Pe. Nilton falará da importância e dos valores do siêncio durante esse período santo.

PE. NILTON REIS

12h20 - Cardápio Instrumental 14h00 - Saúde e Cidadania 14h30 - Informe Notícia 15h00 - Terço da misericórdia 15h30 - Informe Notícia 15h55 - Plantão RCR 16h00 - Freqüência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h50- Oração do Ângelus 17h45 - Liturgia das horas- Vésperas 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Gozosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Crescendo na Fé 21h00 - Orando com Você - Com. Maíra 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio TERÇA - FEIRA 05h00 - Abertura da Emissora

05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 06h55 - Prestando Contas 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Retiro Quaresmal - Retiro Popular 08h55 - Plantão RCR 09h55 - Plantão RCR 10h00 - Vitrine 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do Pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 14h00 - Direito e Cidadania 14h30 - Informe Notícia 15h00 - Terço da Misericórdia 15h30 - Informe Notícia 15h55 - Plantão R C R 16h00 - Freqüência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h25 - Informe Notícia 17h30 - Liturgia das Horas - Vésperas 17h45 - Voz do Pastor 18h00 - Novena Nossa Senhora Perpétuo Socorro 18h30 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Família em Ação 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio QUARTA - FEIRA 05h00 - Abertura da Emissora 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 06h55 - Prestando Contas 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Retiro Quaresmal - Retiro Popular 08h55 - Plantão R C R 09h55 - Plantão RCR 10h00 - Vitrine 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do Pastor - Reprise 12h15 - Cardápio Instrumental 13h30 - Informe Notícia 14h00 - Educação e Cidadania 14h30 - Informe Notícia

15h00 - Terço da Misericórdia 15h30 - Informe Noticia 15h55 - Plantão RCR 16h00 - Freqüência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h45 - Liturgia das horas - Vésperas 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Gloriosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Musical 21h00 - Orando com Você - Com. Mar adentro. 22h00 - A voz do pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio QUINTA - FEIRA 05h00 - Abertura da Emissora 05h05 - Cura-me Senhor 05h10 - Oração do Ângelus 05h15 - Liturgia das horas - Láudes 05h30 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 06h00 - Voz do Pastor 06h15 - Forrozinho da fé 06h30 - A Bíblia ao alcance de todos 06h50 - Caminhando na Fé 06h55 - Prestando Contas 07h00 - Jornal Brasil Hoje 07h30 - Especial Roberto Carlos 08h00 - Retiro Quaresmal - Retiro Popular 08h55 - Plantão RCR 09h55 - Plantão RCR 10h00 - Vitrine 10h30 - Informe Notícia 11h55 - Momento de Oração - Oração do Ângelus, Pai - nosso 12h00 - A voz do pastor 12h15 - Cardápio Instrumental 13h30 - Informe Notícia 14h00 - Entre nós 14h30 - Informe Notícia 15h00 - Terço da misericórdia 15h15 - Igreja em Diálogo 15h15 - Musical Nazaré 15h30 - Informe Notícia 15h55 - Plantão RCR 16h00 - Freqüência Musical 16h30 - Informe Notícia 17h30 - Informe Notícia 17h45 - Oração das Vésperas 18h00 - Voz do Pastor 18h15 - Oração do Terço - Mistérios Luminosos 18h40 - Musical Mariano 19h00 - Voz do Brasil 20h00 - Amor à igreja 20h30 - Musical Nazaré 21h00 - Orando com Você - Com. Shalon 22h00 - A voz do Pastor 22h30 - Jornal RNA 23h00 - Programa Salmos ao Deus da Vida 23h50 - Mensagem de Encerramento 00h00 - Rede Milícia Sat - Igreja no Rádio

Assista na TV Nazaré SEXTA-FEIRA 00h00 00h05 02h30 02h45 02h50 03h00 03h55 04h00 05h00 05h15 05h20 05h25 05h55 05h58 06h00 06h30 06h45 06h55 07h00 07h55 08h00 10h15 10h55 11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 13h45 13h50 14h00 15h00 15h30 16h10 16h30 17h00 17h15 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 19h55 20h00 20h15 20h20 20h30 20h50 21h00 22h00 22h30 23h58

A Palavra de Deus é Luz Mulher.com Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Evangeliza Show Palavra de Vida Eterna Diálogo Aberto Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Fazendo Esperança Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Doloroso Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Santa Missa Palavra de Vida Eterna Mulher.com De Mãos Dadas Palavra de Vida Eterna Atelier na TV Desenho Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Família em Foco De Coração De Mãos Dadas Desenho Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Oração da Tarde Terço Doloroso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Desenho Palavra de Vida Eterna Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Terra Santa News Eu Creio Caminho de Evangelização Nazaré Notícias Espaço Cultural Encerramento da Programação da TV

SÁBADO 00h00 02h00 02h30 03h00 04h00 05h00 05h55 05h58 06h00 06h30 06h55 07h00 07h45 07h50 08h00 08h30 09h00 10h00 11h00 12h00

Música Mensagem De Coração Conversa com Meu Povo Caminho de Evangelização Espaço Cultural Evangeliza Show Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Gozoso Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Notícias Pastorais Eu Creio JMJ Viola Brasil Igreja no Brasil Missa no Rio de Janeiro-RJ Diálogo Aberto Pesca Amazônia Notícias Pastorais

12h45 12h50 13h00 13h30 14h00 15h00 16h45 17h30 18h00 18h55 19h00 20h00 20h30 22h30 23h00 23h05 23h59

Eu Creio JMJ Viagem pela Amazônia Conversa com Meu Povo Pensando Bem Santa Missa e Adoração em São Paulo-SP Notícias Pastorais Terço Gozoso Especial Musical Palavra de Vida Eterna Encantos da Amazônia Conversa com Meu Povo Música Mensagem Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Espaço Cultural Encerramento da Programação da TV

DIVULGAÇÃO

TERÇA-FEIRA

DOMINGO 00h00 02h00 03h00 04h00 04h30 05h30 05h45 05h55 05h58 06h00 06h30 06h55 07h00 08h00 08h45 08h50 09h00 09h30 10h00 11h00 12h00 12h45 12h50 13h00 13h30 13h40 14h40 14h55 15h00 16h00 16h05 17h00 17h30 17h55 18h00 19h00 20h00 21h00 22h30 22h35 23h35 23h58

Música Mensagem Vida Consagrada Oração e Adoração Igreja que Sofre Música Arte e Vida Sobre Todas as Coisas JMJ Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Glorioso Igreja no Brasil Palavra de Vida Eterna Santa Missa Dominical Notícias Pastorais Eu Creio JMJ Desenho Viagem pela Amazônia Diálogo Aberto Pesca Amazônia Notícias Pastorais Eu Creio JMJ Igreja que Sofre Mãe Maria Encantos da Amazônia Ângelus Palavra de Vida Eterna Vida Consagrada Palavra de Vida Eterna Dedo de Prosa Desenho Terço Glorioso Palavra de Vida Eterna Missa Santuário Nacional de Aparecida Instrumetal Sesc Brasil Janela Aberta Espaço Cultural Palavra de Vida Eterna Questão de Fé Terço Glorioso Encerramento da Programação da TV

SEGUNDA-FEIRA 00h00 00h05 02h30 02h45 02h50 03h00 04h00 05h00 05h15 05h20 05h25 05h55 05h58 06h00 06h30

A Palavra de Deus é Luz Mulher.com Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Encantos da Amazônia Oração e Adoração Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Fazendo Esperança Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Gozoso Caminhando Na Fé

23h20 Mãe Maria 23h30 Boas Notícias 23h58 Encerramento da Programação da TV

O SERMÃO DAS 7 PA L AV R A S é u m a d a s programações da Semana Santa e a TV transmitirá ao vivo da Capela do Colégio Santo Antonio este momento que será meditado por FREI EDUARDO FARIAS, na sexta-feira, no horário das 12h às 15h.

06h45 06h55 07h00 07h55 08h00 10h15 11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 13h45 13h50 14h00 15h00 16h00 16h30 17h00 17h15 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 20h00 20h15 20h20 20h30 20h50 21h00 22h00 22h30 23h00 23h05

A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Santa Missa Palavra de Vida Eterna Mulher.com De Mãos Dadas Atelier na TV Desenho Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Família em Foco Diálogo Aberto De Palavras Fazendo Esperança Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Oração da Tarde Terço Gozoso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Desenho Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Mãe Maria Terra Santa News Eu Creio Janela Aberta Nazaré Notícias Igreja que Sofre Palavra de Vida Eterna Caminhando Na Fé

00h00 00h05 02h30 03h00 03h55 04h00 05h00 05h30 05h45 05h50 05h55 05h58 06h00 06h30 06h55 07h00 08h00 10h15 11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 14h00 15h00 15h40 16h00 16h30 17h00 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 19h50 20h00 20h30 21h00 22h00 22h30 23h00 23h05 23h20 23h30 23h58

Palavra de Vida Eterna Mulher.com Conversa com Meu Povo Janela Aberta Palavra de Vida Eterna Diálogo Aberto Conversa com Meu Povo Sobre Todas as Coisas Palavra de Vida Eterna Eu Creio Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Doloroso Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Santa Missa Mulher.com De Mãos Dadas Atelier na TV Sobre Todas as Coisas Nazaré Notícias Palavra de Vida Eterna Desenho Igreja que Sofre Conversa com Meu Povo Desenho Novena do Perpétuo Socorro Sobre Todas as Coisas De Palavras Conversa com Meu Povo Desenho Oração da Tarde Terço Doloroso Santa Missa Palavra de Vida Eterna Nazaré Notícias Sobre Todas as Coisas Palavra de Vida Eterna Conversa com Meu Povo Igreja que Sofre Questão de Fé Nazaré Notícias Conversa com Meu Povo Palavra de Vida Eterna Sobre Todas as Coisas Mãe Maria Boas Notícias Encerramento da Programação da TV

QUARTA-FEIRA 00h00 00h05 02h30 02h45 02h50 03h00 03h40 03h55 04h00 05h00 05h15 05h20 05h25 05h55 05h58 06h00 06h30 06h45 06h55 07h00 07h55 08h00 10h15

A Palavra de Deus é Luz Mulher.com Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Novena do Perpétuo Socorro Mãe Maria Palavra de Vida Eterna Questão de Fé Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Fazendo Esperança Consagração a Nª Sª de Nazaré Abertura da Programação da TV Terço Glorioso Caminhando Na Fé A Palavra de Deus é Luz Palavra de Vida Eterna Santa Missa Palavra de Vida Eterna Mulher.com De Mãos Dadas

11h00 11h45 12h00 12h30 12h35 13h00 13h30 13h45 13h50 14h00 15h00 16h00 16h30 17h00 17h15 17h20 17h30 18h00 18h55 19h00 19h35 20h00 21h00 22h00 22h30 23h00 23h05 23h20 23h30 23h58

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BELÉM, DE 22 A 28 DE MARÇO DE 2013

Palavra Final 11 de fevereiro de 2013, segunda feira de carnaval. Eis que o mundo acordou com a surpreendente notícia da renúncia do hoje Papa Emérito Bento XVI. Em um dia chuvoso, eu estava em retiro interior, já em preparação para a Quarta Feira de Cinzas e para, a partir desta data, dar inicio ao Retiro Popular 2013 proposto por Dom Alberto, cujo tema nos provocara: “A quem iremos, Senhor? Nada mais oportuno diante do bombardeio de maldades a partir de então desferidas contra a Igreja. A quem, de fato, podíamos acorrer senão a Cristo, aqui incluso a Sua Igreja? Se por um lado, parecia que estávamos revivendo os tempos de perseguição do início do Cristianismo, naquele ato, a perseguição dos tempos pós-modernos, com mentiras e manipulações de notícias veiculadas na mídia, que desonravam os membros da Cúria Romana; por outro, pude perceber nas pessoas uma grande comoção, um estado de profunda contrição, uma verdadeira busca de Deus. As manifestações de carinho e amor do povo pelo então Papa Bento XVI e pela Igreja de Jesus Cristo cresceram sobremaneira em todo o mundo, obrigando os meios de comunicação a noticiar a força da fé, o que sabíamos ser a luz do Espírito Santo pairando sobre tudo. De pequenos a grandes grupos de jovens reunidos em oração no Brasil e em diversos outros países; passando por missas presididas por Padres, Bispos e Cardeais e pelas multidões que insistiam em se reunir na Praça São Pedro; até a solidão de um pobre franciscano, vestido de saco de serapilheira, descalço e segurando um cajado de madeira que, na chuva e de joelhos, rezava na mesma praça pela eleição do novo Papa, atraindo os olhares maravilhados do mundo. Alguns eventos da Igreja de Belém ocorridos neste período estamparam no semblante das pessoas esta sede de santidade, este amor a Cristo e a sua Igreja: A Vigília Eucarística do dia 15 de fevereiro (na Igreja das Mercês), o Retiro do Movimento Apostólico da Divina Misericórdia nos dias 01, 02 e 03 de março (na Igreja de São Raimundo), a Missa celebradas pelos Bispos do Regional Norte II da CNBB realizada na Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré no dia 05 de março e a Vigília Eucarística realizada neste mesmo santuário no dia 12 de março, véspera do anúncio da eleição do novo papa, o humilde Francisco. Em todos esses momentos de comunhão era visível um povo ávido de Eucaristia, ávido da Palavra, ávido de orações, ávido de proclamar a sua fé, ávido de anunciar sua adesão à Cristo e à sua Igreja, enfim, um povo ávido do Senhor... Nestes dias vivemos uma verdadeira primavera da fé, confirmando em nossa alma o porquê de professarmos a fé na Igreja, una, santa, católica, apostólica e romana. Encontramos no CIC, os fundamentos da unidade da Igreja, cujo número 813 assim nos preleciona: “A Igreja é una, graças à sua fonte: ‘O supremo modelo e princípio deste mistério é a unidade na Trindade das pessoas, dum só Deus, Pai e Filho no Espírito Santo’. A Igreja é una graças ao seu fundador: ‘O próprio Filho encarnado [...] reconciliou todos os homens com Deus pela sua Cruz, restabelecendo a unidade de todos num só povo e num só Corpo’. A Igreja é una graças à sua alma: ‘O Espírito Santo que habita nos crentes e que enche e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e une-os todos tão intimamente em Cristo que é o princípio da

Caderno Dois

Evangelização no Terceiro Milênio MARIA ELISA BESSA DE CASTRO

Glória a Ti, Igreja Santa, Templo do Senhor, cidade dos cristãos! DIVULGAÇÃO

w ENCONTRO DOS TRÊS PAPAS Bento XVI, Papa Francisco e João Paulo II

Cristo é o único Salvador dos homens e a Igreja constitui o seu Corpo Místico, que se prolonga na história humana unidade da Igreja’”. Por outro lado, existe uma grande diversidade que se apresenta desde as origens da Igreja, a qual resulta da variedade dos dons de Deus e da multiplicidade das pessoas que os recebem, diversidades de povos e de culturas. Entretanto, a grande riqueza desta diversidade não se opõe à unidade da Igreja. A Igreja é também Santa. De fato, Cristo, Filho de Deus, com o Pai e o Espírito Santo, é proclamado como o “único santo” e, tendo amado a Igreja, amou-a como sua esposa, entregou-Se por ela para santificá-la, unindo-a a Si como seu Corpo e cumulando-a com o dom do Espírito Santo para glória de Deus. A Igreja é, portanto, o povo santo de Deus e os seus membros são chamados santos, conforme nos ensina o CIC em seu nº 823. E continua o nº 824: “A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e n’Ele, torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, para a santificação dos homens em Cristo e para a glorificação de Deus”. “É na Igreja que se encontra ‘a plenitude dos meios de salvação’. É nela que ‘nós adquirimos a santidade pela graça de Deus’”. A expressão católico, por seu turno, origina-se do grego “catholikón”, que significa geral, universal, contrário ao que é particular. Desde a sua origem a Igreja, fundada por Jesus, sobre Pedro e os Apóstolos, é universal e, portanto, católica. E assim o é porque a Salvação personificada em Jesus Cristo destinase a todos os povos. Ele quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (2Tm 2,1-5); verdade esta que foi confiada à Igreja, por meio dos apóstolos, para que fosse levada a todos os homens. Nosso Senhor mesmo manifestou este desejo ao enviar em missão os apóstolos, exortando-os:“Ide, pois e ensinai a todas as nações...” (Mt 28,19)

ou “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,16). Podemos concluir, portanto, que a catolicidade da Igreja se expressa no âmbito antropológico, na abertura para toda a humanidade, em todos os tempos e lugares da Terra; e no âmbito ontológico, pois ela é depositária de toda a Verdade revelada pela Bíblia (escrita), e pela Tradição (oral); tendo recebido de Jesus Cristo a plenitude dos meios da Salvação. Com efeito, Cristo é o único Salvador dos homens e a Igreja constitui o seu Corpo Místico, que se prolonga na história humana, para salvá-los, enquanto Sacramento de Salvação (ver CIC nº 830 e seguintes). A Igreja é, ainda, apostólica, posto que fundada sobre os Apóstolos; o que se verifica em três perspectivas, a saber: 1) foi e continua a ser construída sobre o “alicerce dos Apóstolos” (Ef 2, 20), testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo; 2) guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo que nela habita, a doutrina, o bom depósito, as sãs palavras recebidas dos Apóstolos; e 3) continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos Apóstolos até ao regresso de Cristo, graças àqueles que lhes sucedem no ofício pastoral: o colégio dos bispos, “assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja” (vide CIC nº 857). A nomenclatura Romana é tida como uma característica da Igreja incluída no âmbito de sua apostolicidade. Refere-se, pois, ao primado de Pedro,

cuja cátedra encontra-se em Roma, e seus sucessores, os papas:“E eu te declaro: tu és Pedro [Cepha], e sobre esta pedra [Cepha] edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 18-19). A palavra “Pedro” e “pedra” em aramaico são identificadas pela mesma expressão, Cepha, também transliterado Kipha. Desta feita, Pedro é a rocha da Igreja, o princípio da unidade e de estabilidade. Na antiguidade, a chave simbolizava a de autoridade; deste modo, dando a Pedro as “chaves do reino dos céus” Cristo promete que Ele vai conferir ao apóstolo o poder de governar o Igreja, no seu lugar, como seu Vigário. Por seu turno, Roma era a capital do mundo quando dominava o Império Romano; com o martírio de Pedro, ocorrido na mesma cidade, Roma renasce como a capital do Cristianismo. Sim, as marcas da Igreja foram sentidas rica e profundamente no coração humano durante todos esses dias, culminando com o imensurável contentamento que nos edificou a alma com a eleição do Papa Francisco; um pontífice que surpreendeu o mundo (e continua a surpreender) com uma humildade ímpar e desconcertante, que em pleno século XXI resgata o exemplo de Francisco de Assis e exorta-nos a retornar ao amor primeiro da Igreja, Jesus Cristo. Francisco se coloca para o mundo como um homem simples, bondoso, alegre, terno e orante, reavivando a força fundamente da nossa fé, qual seja, a flor do amor e o fruto da misericórdia. Com pequenos gestos e sinais, Sua Santidade o Papa Francisco mandou um recado ao mundo: a Igreja permanece viva e reinará pelos séculos sem fim e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E, nós, aqui em Belém, no coração da Amazônia, passados mais de vinte séculos desde a fundação da Igreja, contemplamos extasiados a vitória do Amor, a caminho da Jerusalém celeste: “Igreja Santa, Templo do Senhor, Glória a Ti, Igreja Santa, ó cidade dos Cristãos, que teus filhos hoje e sempre vivam sempre como irmãos!” Em tempo: o presente artigo inspirouse na bela homilia proferida por Dom Alberto em missa celebrada na Basílica Santuário de Nª Sª de Nazaré no dia 05 de março; e as marcas características da Igreja referidas no presente artigo foram pensadas a partir das pregações proferidas pelos Padres Catel, Ramos e Valdeci, por ocasião da Vigília Eucarística ocorrida na mesma igreja no dia 12 de março. Maria Elisa Bessa de Castro Movimento Apostólico da Divina Misercórdia Adoradores Eucarístico da Igreja das Mercês bessadecastroadv@gmail.com

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