ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CVIII - Nº 988 - PREÇO AVULSO: R$2,00
www.fundacaonazare.com.br
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
Dom Alberto: 30 ANOS de episcopado Tendo a gratidão como centro de tudo, o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, celebrou no dia 6 uma trajetória baseada na completa dedicação à Igreja e ao próximo. Missa, documentário e livro foram compartilhados com o rebanho. ESPECIAL NESTA EDIÇÃO FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n MAIOR ALEGRIA Santa Missa, o maior dos compromissos para o Arcebispo Dom Alberto, solenemente festejado com o povo de Deus na ação de graças na Catedral
Livro e documentário no registro da MISSÃO A homilia refletiu sobre o chamado de Deus e a paz no âmbito da vida de Igreja ao respondermos "sim" ao Senhor. Assim, o Arcebispo Dom Alberto testemunhou para o seu rebanho os 30 anos de missão episcopal, no dia 6. A data celebrou o aniversário de alguns membros do clero também. Dom Teodoro Mendes Tavares, Bispo de Ponta de Pedras, e padre Cristiano Sanches, de Brasília, estavam presentes à Ação de Graças. Lançamento do livro "Aos pés do Senhor", de autoria do Arcebispo, e documentário da Rede Nazaré de Televisão comemoram data histórica. ESPECIAL NESTA EDIÇÃO n UNIDADE com o coração agradecido, Dom Alberto celebrou a Santa Missa
n LIVRO Côn. Ronaldo Menezes apresentou a nova obra de Dom Alberto para o povo de Deus
2
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
Igreja CELEBRA jubileu e conquista Dia Nacional do ECC A CELEBRAÇÃO pelo Jubileu Áureo do E.C.C. será celebrado em todas as dioceses do país
O
Encontro de Casais com Crito (ECC) tornou- se uma expressão de Serviço-Escola à família católica em todo o Brasil e, por tanta expressividade, o Conselho Nacional aprovou e a Secretaria Nacional ratificou que o dia 10 de julho passa a ser, a partir de agora, o Dia Nacional do ECC. A celebração pelo Jubileu Áureo do E.C.C. será celebrado em todas as dioceses do país no próximo dia 10, “como sinal de unidade pela data, uma vez que ainda não podemos reunir o povo de Deus em festas grandiosas, devido à pandemia”, explica padre Gelcimar Santos, Diretor Espiritual do ECC perante a Arqudiocese de Belém, e no Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Bra-
sil (CNBB). As celebrações do Jubileu Áureo do ECC tiveram grande repercussão em todo o Brasil, comemorações realizadas pelos núcleos desse serviço, espalhados pelas igrejas no país, a fim de recordar a data do primeiro encontro idealizado pelo padre Alfonso Pastore, e realizado na Pompéia, Estado de São Paulo, nos dias 10, 11 e 12 de julho de 1970. “Considerando que essa data é um marco de grande significado para esse Serviço-Escola é que o Conselho Nacional do ECC pediu ao Assistente Eclesiástico Nacional que, juntamente com a Secretaria Nacional, criasse o dia do ECC nacionalmente. Estabelecemos o dia 10 de julho para as celebrações e comemorações do Dia Nacional
do Encontro de Casais com Crito (ECC), a ser celebrado pelo Conselho Nacional, Regionais, Diocesanos, Setoriais e Equipes Dirigentes de todas as paróquias com o ECC implantado”, diz um trecho do decreto de Dom Adair José Guimarães, Bispo de Formosa, GO, Assistente Eclesiástico Nacional do ECC.
LUIZ ESTUMANO
ses 50 anos de muita evangelização”, informa o padre Gelcimar. “Nas paróquias e comunidades onde o dia 10 de julho comportar alguma atividade própria, seja colocada pelo menos uma intenção pelo ECC, evitando eclipsar os eventos comunitários com uma celebração própria. Que o dia 10 de julho, a partir deste ano de 2021, possa ser celebrado pelo ECC com o júbilo em favor da santificação das famílias alcançadas por esse Serviço-Escola”, ressalta Dom Aldair, em trecho do decreto oficial de criação do dia macional, datado de 1º de maio de 2021. Padre Gelcimar explica ainda que “não podemos fazer grandes festejos como a data merece, para homenagear o grande empe-
EM BELÉM
Obediente à orientação da Secretaria Nacional, o Conselho Diocesano do ECC na Arquidiocese de Belém toma parte nas “celebrações do Jubileu do ECC em todas as paróquias onde temos um núcleo implantado, iremos dedicar em intenções da Santa Missa uma oração especial por esse serviço que vem edificando as famílias brasileiras nes-
n PADRE Gelcimar, Diretor Espiritual do ECC
nho dos casais, que junto conosco nos ajudam nessa missão, sendo testemunhas com sua própria família, assim como a mensagem que levam a tantos outros casais. Quero deixar, em nome da Arquidiocese de Belém, um abraço a cada um, enaltecer
o pioneirismo iluminado do padre Alfonso Pastore, e expressar nossa gratidão e abraço ao Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, que nos confiou e tem nos acompanhado nessa missão”, manifesta o sacerdote.
DISPONÍVEL subsídio para o Mês Vocacional Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, o Papa destaca três verdades que, segundo ele, são a coisa mais importante a ser anunciada; aquilo que nunca se deveria calar e que todos precisamos sempre escutar. Se em 2020 a animação vocacional do Brasil se deteve na primeira verdade como tema de aprofundamento do Mês Vocacional, com o tema: “Amados e chamados por Deus”, e o lema: “És precioso a meus olhos… eu te amo” (Is 43,4), neste ano de 2021 será aprofundando a segunda verdade. Por isso o tema: “Cristo nos salva e nos en-
via”, e o lema: “Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna” (cf. Jo 5,24). A terceira verdade, que dá o nome à Exortação Apostólica Christus Vivit (Cristo vive), será aprofundada em 2022, já no clima do Ano Vocacional, marcado para 2023. HORA VOCACIONAL O subsídio que animará o Mês Vocacional de 2021, celebrado em agosto, foi construído a várias mãos, envolvendo os organismos que compõem a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bis-
A
os domingos nas celebrações nós proclamamos que cremos em Jesus Cristo e na sua Palavra. Crer não é só aceitar como verdade, mas assumir na prática o que ele disse. Os Evangelhos revelam um perene e profundo conflito entre Jesus e os poderosos do seu tempo. Desde o começo de sua vida pública os fariseus, escribas e doutores da lei perseguiram intensamente a Jesus e sempre quiseram eliminá-lo. À medida que a liderança de Jesus crescia
e uma Vigília Vocacional. No fim, uma reflexão a partir da mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de 2021, cujo tema foi “São José: o sonho da vocação”. “O Hora Vocacional é para ser utilizado durante o ano todo. A proposta é produzir a cada novo ano um novo subsídio vocacional, a partir do tema central. Que possamos continuar o mandamento de Jesus, quando se dirigiu aos seus mais próximos e disse: “Rogai, pois, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores à sua messe” (Mt 9,38, Lc 10,2)”, explicou dom Salm.
COMO ADQUIRIR? O Hora Vocacional está a venda no site da Editora da CNBB, a Edições CNBB, em versão digital e impressa.
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
Padeceu sob Pôncio Pilatos entre o povo, crescia também o ódio de seus inimigos que não aceitavam mudanças. Eles não aceitavam o fato de Jesus expulsar demônios (Mt 12, 24), perdoar pecados (Mc 2, 7), curar doentes em dia de sábado (Mc 3, 16), fazer interpretações libertadoras da lei (Mc 7, 14-23), ter familiaridade com pecadores e publi-
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
pos do Brasil (CNBB), bem como outras Comissões da CNBB. Oferecendo uma riqueza de celebrações, o subsídio leva o nome de “Hora Vocacional”, ou seja, momento orante de escuta da Palavra de Deus, leitura, meditação e contemplação rumo à práxis vocacional. São seis roteiros de Leituras Orantes e cinco Rodas de Conversa, com temas relacionados às vocações específicas – cristãos leigos e leigas, família, catequistas, missão, vida consagrada, ministério ordenado, animação vocacional da juventude. Além disso, o subsídio oferece uma proposta de Terço Vocacional
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
canos (Mc 2, 14-27). O povo simples considerava Jesus um profeta. Os grandes e poderosos o tinham como blasfemador e um falso profeta. No sermão da montanha, Jesus diz que não veio abolir a lei, mas cumpri-la e aperfeiçoá-la. Ele é o perfeito cumpridor da Lei, e assume sobre si os pecados daqueles que não
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
a cumprem (Hb 9, 15). Jesus foi perseguido desde o início de sua vida pública. Por fim, os chefes religiosos forçaram Pilatos a condenar Jesus à flagelação e à morte de cruz. O impacto sobre seus discípulos foi enorme. Eles não conseguiam imaginar que isso pudesse acontecer com Jesus, apesar de tudo estar previsto
nas Escrituras e Jesus ter falado muitas vezes. A morte de Jesus é o resultado do estilo de vida, da pregação e das propostas de Jesus para a salvação da humanidade. Cristo realiza o plano de Deus e diz: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou” (Jo 4, 34). Mas não foi fácil. No Jardim das Oliveiras Jesus ex-
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
perimenta o horror de tão horrível sofrimento, da morte na cruz, e reza por três horas dizendo: “Pai, se é possível afasta de mim este cálice sem que eu o beba; mas não se faça como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26, 39). Os tormentos e a morte de Jesus na cruz foram os piores, os mais humilhantes, desumanos e vergonhosos que existiam na época. Cristo pagou muito caro pela sua pregação. O cursilhismo também não deve ter medo de sofrer para cumprir a sua missão de evangelizar.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
3
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
CONVERSA COM MEU POVO
D
A graça da VOCAÇÃO e do envio
eus é criativo em seu modo de abordar cada homem e cada mulher, apresentando seu projeto de salvação eserviço, ao mesmo tempo que respeita profundamente nossa liberdade, num diálogo de amor, mediado por pessoas e acontecimentos, de modo que ninguém se torne escravo de um destino cego. Existe, sim, um projeto de Deus que envolve a todos, sem exceção, como temos a alegria de ouvir na liturgia do presente final de semana: “Em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Conforme
Somos chamados, em qualquer vocação, a ter os mesmos sentimentos de Cristo. Intimidade e Missão, duas faces da moeda! O amigo é enviado e o enviado é o amigo o desígnio benevolente de sua vontade, ele nos predestinou à adoção como filhos, por obra de Jesus Cristo, para o louvor de sua graça gloriosa, com que nos agraciou no seu bemamado” (Ef 1,4-6). Vocação de perfeição e santidade, comunhão
com Deus e com todos, vida cristã que se torna testemunho, para que o chamado chegue a todos, pois é nossa missão alcançar os confins da terra! A vocação a ser pessoa, com toda a dignidade e respeito à diversidade existente, superando preconceitos e divisões, é fundamental, como consequência do mandamento recebido de amar a todos, como Jesus nos ama. Aberto se torna o horizonte quando pensamos em cada homem e cada mulher, na graça da vocação batismal, que conduz a pessoa a ser fermento, sal e luz no meio do mundo, e a maioria dos cristãos é convocada a isso, na vocação laical. Quanto ao modo de viver na Igreja, trata-se da vocação específica, como chamamos tantas vezes, propostas de Deus, segundo seu amor criativo. O resultado será o jardim da Igreja, com a beleza da vocação matrimonial, o chamado ao sacerdócio, ao Diaconado Permanente, à Vida Religiosa masculina e feminina, à consagração nas Comunidades de Vida e Aliança, à Consagração Virginal no meio do mundo, outras formas de serviço a Deus, como o Ministério da Catequese e a imensa variedade de dons e carismas existentes na Igreja, para o crescimento do Reino de Deus. A Providência de Deus ofereceu-me ocasião privilegiada para refletir, avaliar e abrir novas perspectivas, ao celebrar no dia seis de julho os trinta anos de ordenação episcopal, pelo chamado que ele me fez através de São João Paulo II. Pude rever a história de minha vocação à vida cristã e ao sacerdócio, depois desdobrada no episcopado. Tenho a alegria de vir de uma família católica, de bons princípios. Aos quatro anos, a ousadia
infantil me conduziu a solicitar que meus pais me levassem ao Pároco. O pedido era singelo (!!!), pois queria ser padre e fazer a primeira comunhão, como se o ser padre viesse na frente! Depois de três domingos e muita insistência, escapando da vigilância dos pais após as Missas, o sacerdote me encaminhou a uma catequista de minha terra, Nova Lima - MG. Se eu conseguisse aprender o catecismo, e era um estilo diferente dos atuais modelos de catequese, poderia fazer a primeira comunhão. Para surpresa sua, aprendi antes das outras crianças, mesmo antes de ser alfabetizado. Resultado foi a primeira Comunhão no dia em que completei cinco anos. Quando cresci, este mesmo sacerdote declarou-me ter visto em meu pedido um sinal de Deus! Se me perguntam, devo dizer que, por graça de Deus, todas as Comunhões feitas de lá para cá foram conscientes. E o Altar se transformou no coração e fonte de tudo o que aconteceu até hoje em minha vida. O desejo de ser padre foi muito alimentado por outro sacerdote que, apenas ordenado, veio a ser vigário paroquial na mesma Paróquia, tornando-se depois meu padrinho de Crisma e mais tarde meu Reitor no Seminário Menor de Belo Horizonte, onde fui acolhido com dez anos de idade. E entrei para o Seminário para não mais sair! Muito novo para a primeira Comunhão, para entrar no Seminário, para depois, com apenas vinte e três anos, ser ordenado sacerdote, vindo a suceder, em minha própria terra, o padre que tinha valorizado minha vocação. Ao final de mil novecentos e setenta e sete, depois de um
Curso de Espiritualidade feito em Roma, fui nomeado Reitor do Seminário Maior de Belo Horizonte. No início, dos quinze seminaristas ali encontrados, oito eram mais velhos do que eu. Onze anos trabalhando na formação dos padres, tendo apresentado à Igreja de Belo Horizonte cinquenta e cinco novos sacerdotes, fazendo o Senhor com que eu me apaixonasse com o cultivo das vocações. Ao mesmo tempo, foram-me confiados outros serviços na Arquidiocese, e Deus, apenas ele, sabia o quanto me seria necessário tal aprendizado. Para confirmar a generosidade do Senhor, aos quarenta e um anos fui ordenado Bispo, para ser Auxiliar do grande Cardeal de Brasília, Dom José Freire Falcão. E Deus foi me plantando onde queria! Cinco anos passados em Brasília, quatorze anos na grande e saudosa Arquidiocese de Palmas, para chegar aos trinta anos de ordenação aqui em nossa querida Arquidiocese de Belém. Passam de duzentos os sacerdotes que tive a alegria de ordenar nestes trinta anos. Só tenho motivos para agradecer a Deus! E junto com todos os que experimentam a graça do chamado, quero colher algumas flores do jardim do Evangelho, no chamado dos apóstolos, lido na liturgia do décimo quarto domingo do Tempo Comum (Mc 6,7-13). Outro texto do Evangelho nos apresenta pelos nomes aqueles que foram chamados, e a lista não se encerrou, pois, de uma forma ou de outra, todos nós ouvimos um chamado e fomos por ele enviados em missão, a partir da consciência de sermos discípulos! A partir dos doze apóstolos, todos somos chamados a ficar na companhia de Jesus! Como aconteceu
LUIZ ESTUMANO
n DOM ALBERTO 30 anos de ordenação episcopal
com eles, fomos chamados a caminhar juntos (Mc 6,7). Se os primeiros deviam ir dois a dois, a comunhão e a partilha se revelaram parâmetros necessários para o envio missionário! E se todo trabalho de Igreja exige meios materiais, preparação, esforço, tempo, dinheiro e daí por diante, os que se reconhecem discípulos missionários hão de ouvir o apelo do Senhor e viver com o estritamente necessário! Desapego, liberdade em relação aos bens, prontidão para a partilha. Vale experimentar carteiras ou bolsas vazias, para nos surpreendermos com a festa da Providência Divina. Um poder lhes foi concedido, sobre o mal e o demônio, que deviam expulsar. Mesmo quem não tem o ministério do exorcismo recebe a missão de vencer o mal, as tentações e o demônio. Exorcizar é enfrentar corajosamente as nossas conversões adiadas. Mas também prodigalizar ânimo e consolação, perdão, denúncia do mal. Nasce a alegria em quem se libertou do demônio! E o melhor exorcismo está na boca de quem sabe bendizer!
Ele os enviou a pregar que todos se convertessem (Mc 8,12). Sabemos que o anúncio da Palavra é vocação, mas também tormento, pois ela incomoda e suscita mudanças! Um modo de encontrar repouso, é dar primazia à Palavra, para que ela seja a alegria do nosso coração. Somos chamados, em qualquer vocação, a ter os mesmos sentimentos de Cristo. Intimidade e Missão, duas faces da moeda! O amigo é enviado e o enviado é o amigo. A cura acompanha os discípulos missionários (Mc 8,13). Perdão dos pecados, serviço aos mais pobres, cuidados com a saúde, dom de cura interior, o dom dos milagres, concedido a muitos cristãos, na força do Espírito que nos acompanha. Certamente tantos de nós já experimentaram a graça de serem instrumentos de Deus a favor do próximo! Aproveitemos a graça da Palavra proclamada e façamos juntos uma corajosa revisão de nossa disponibilidade, nossa resposta e o bem que podemos fazer, sem perder tempo (Cf. Mc 8,10-11)!
4
IGREJA
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um PEQUENO grande livro (28)
C
omo prometi, ou, se o preferir o leitor, anunciei, no final da edição passada aqui de Miscelânea, nesta de hoje relatarei, sinteticamente para não me tornar prolixo, como foi minha viagem de volta a Belém, na terceira classe do navio Raul Soares, findo o 36º Congresso Eucarístico Nacional, realizado no Rio de Janeiro em 1955. Sem mais, ao relato: Comecemos pela comida. Sendo ela
Aproveitei a primeira noite de nossa parada em Salvador para matar minha vontade
péssima, da pior qualidade, - basta dizer que continha, entre outras porcarias, baratas mortas e pedaços de madeira, - deixei de comê-la. Por sorte tornei-me amigo de um jovem italiano que falava o Português fluentemente e pagava sua passagem trabalhando na cozinha. Desde que nos conhecemos minha alimentação passou a ser três maçãs que ele me dava: uma como café, a segunda como almoço e a terceira como jantar. À noite ficávamos conversando na proa do navio até o sono chegar. Essas nossas conversas eram todas sobre Belém, razão de sua viagem. Ele queria saber tudo sobre ela. Eu, como era comum àquela época, entre nós belemenses - espero que não mais o seja – só fiz falar mal dela. Alguns dias depois de nossa chegada, encontramo-nos casu-
DIVULGAÇÃO
almente à entrada do Museu Goeldi e ele foi logo me dizendo: - Ô rapaz, como você foi injusto! Sua cidade não é nada do que você me falou, muito pelo contrário: é uma cidade belíssima, única, diferente. Uma cidade com cheiro de mata, rica em espécies vegetais e animais. E essa cor morena de vocês? Quase que não saio vivo dessa viagem. Em Fortaleza o navio ficava
n IGREJA do Senhor do Bonfim
ao largo. Enquanto alguns passageiros iam à cidade em barcos, eu e outro rapaz da terceira classe resolvemos tomar banho ali mesmo. Tão logo caímos na água, alguém da tripulação nos advertiu: - Vocês estão querendo morrer, seus doidos? Isto aqui está cheio de tubarões, todos eles vorazes. Mais que depressa subimos ao navio. Passei o tempo todo
da viagem empoleirado em meu beliche, entregue à leitura, pelo que a terceira classe inteira pensava que eu era pastor evangélico. Só quando o povo da terceira classe fez uma festa, por sinal animadíssima, e cai na gandaia, concluíram que de pastor eu não tinha nada. Aproveitei a primeira noite de nossa parada em Salvador para matar minha vontade de conhecer, nem que fo-
ra só por fora, a igreja do Senhor do Bonfim. Quase que não chego lá de tanto que me perdi em idas e vindas pelas mesmas ladeiras. Em que labirinto vim me meter, Senhor! Felizmente consegui achar o caminho de volta ao navio, já de manhãzinha. Para minha tristeza estava com os testículos inchados de tanto caminhar. Aqui – arre, até que enfim!- Dou por finda minha longa digressão. Shalom
Viagem de volta a Belém
Conhecer, nem que fora só por fora, a igreja do Senhor do Bonfim
SÍNODO DOS BISPOS 2023: processo de escutar o povo de Deus Processo sinodal começa no próximo mês de outubro. Para o desenvolvimento deste processo de escuta, o Vaticano propõe que cada
bispo nomeie uma equipe para a consulta sinodal. O mesmo deverá ser feito por cada Conferência Episcopal. Em cada diocese o
processo inicia-se a 17 de outubro. Para tal haverá um documento preparatório e um questionário. O processo diocesano deverá ser enviado para as
conferências episcopais respectivas. Será produzido pela Secretaria Geral do Sínodo até setembro de 2022 um primeiro instrumento de trabalho
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
juntando aos contributos das conferências episcopais. De setembro 2022 a março 2023 decorrerá a fase continental do Sínodo. Cada assembleia
continental aprovará um documento final. Até junho de 2023 será redigido um segundo instrumento de trabalho para a grande assembleia dos
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 6,7-13)
7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. 9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo. B) COMENTÁRIO
Quem chama é o mesmo que envia. Os doze são escolha de Je-
sus, primeiro para que ficassem com ele (Mc 3,14) e logo para serem apóstolos (enviados em missão: pregar o evangelho e expulsar o mal). O envio se deu de “dois a dois”; na partilha. A dupla era um uso judaico, e o vemos em João Batista (Lc 7,18; Jo 1, 35-37) e na Igreja primitiva (At 13,2; 15,39s). A vantagem deste costume é pela mútua ajuda e o testemunho (Dt 19,15) que deveriam dar sobre o mestre. Devemos falar Dele, em palavras e atos! Se muitos não falam do Senhor, é que nada têm a dizer! E se nada têm a dizer, é que não conhecem nada Dele. E se não conhecem é que não se empenham. Jesus escolhe uma dúzia de homens com idêntica missão e proceder do mestre. Eles deveriam pregar e exorcizar (Mc 3,14s) em missão temporária na prática do ministério, demonstrando a assi-
milação da mensagem, no espírito de iniciativa, à resistência nas dificuldades, como prelúdio de uma missão universal e definitiva. Jesus atribui a si os poderes do próprio Deus, e pondo-se a seu nível, comunica tais prerrogativas aos apóstolos que exercerão o cargo como delegados em seu nome (v 7). O apostolado autêntico assume os condicionamentos terrenos: o bastão, o traslado etc. O mestre exige do grupo um absoluto desprendimento – total abandono à divina providência, e o esforço heroico em evitar a busca de lucro – ter atenção especial aos hospedes e hospedagem, e o nutrir-se de um espírito corajoso e dócil diante da hostilidade e oposição. Ele nos ensina que fazer o bem nem sempre é sucesso neste mundo paganizado. Mas se deve ter firme decisão perante a recusa dos destinatários:
“Se em algum lugar não vos receberem nem... vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” (v 11). O sacudir a poeira dos pés é um gesto de punição e de purificação, a não contaminar o ambiente sagrado: “tira as sandálias dos pés porque o lugar em que estás é uma terra santa” (Ex 3,5). Ou se fores a um local contaminado, deixa a sujeira lá sacudindo a terra, a poeira do calçado ou dos pés; pode ser um ato de repúdio. O texto conclui: “curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo” (v 13). O óleo já era usado no tempo dos profetas (Is 1,6; Lc 10,34). Com os apóstolos, torna-se um sinal externo da cura obtida mediante a fé e oração em virtude do poder que Cristo lhes concedera. Pode se antevê já aqui, o sacramento da unção dos enfermos.
n 09/07 – SEXTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Gn 46,1-7.28-30 Salmo - Sl 36,3-4. 18-19. 2728. 39-40 Evangelho - Mt 10,16-23 n 10/07– SÁBADO Cor: Verde 1ª Leitura - Gn 49,29-32; 50,15-26a Salmo - Sl 104,1-2. 3-4. 6-7 Evangelho - Mt 10,24-33 n 11/07 – DOMINGO Cor: Verde 1ª Leitura - Am 7,12-15 Salmo - Sl 84,9ab-10.11-12.13-14 2ª Leitura - Ef 1,3-14 Evangelho - Mc 6,7-13 n 12/07 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Verde
1ª Leitura - Ex 1,8-14.22 Salmo - Sl 123,1-3. 4-6. 7-8 Evangelho - Mt 10,34-11,1 n 13/07 – TERÇA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Ex 2,1-15a Salmo - Sl 68,3. 14. 30-31. 33-34 Evangelho - Mt 11,20-24 n 14/07 – QUARTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Ex 3,1-6.9-12 Salmo - Sl 102,1-2.3-4.6-7 Evangelho - Mt 11,25-27 n 15/07 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Ex 3,13-20 Salmo - Sl 104,1.5. 8-9. 2425. 26-27 Evangelho - Mt 11,28-30
5 BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
ATITUDES a cultivar para promover a comunhão (6) INTRODUÇÃO
N
o texto anterior refletimos sobre algumas das nossas fragilidades que geram obstáculo e até nos impedem de sermos sujeitos promotores da experiência da comunhão. Os pecados capitais se opõem ao dinamismo da caridade e por isso naturalmente constituem uma barreira para promoção da comunhão. A experiência de fé nos desafia a percorrer continuamente um processo de crescimento no amor combatendo em nós tudo
A experiência de fé nos desafia a percorrer continuamente um processo de crescimento no amor combatendo em nós tudo aquilo que é anticomunitário aquilo que é anticomunitário. Por isso somos chamados a refletir sobre atitudes que podemos cultivar e revelem o nosso compromisso com a promoção da comunhão eclesial. As múltiplas atitudes causadoras de divisão na Igreja são sempre consequência do apego às próprias ideias e interesses pessoais, prescindindo da harmonia com a totalidade do corpo eclesial. Nesse sentido, é sinal de profunda maturidade humana e espiritual a atitude do apóstolo Paulo quando afirma: «Tudo é permitido. Mas nem tudo convém. Tudo é permitido. Mas nem tudo edifica. Ninguém procure satisfazer aos seus próprios interesses, mas os do próximo” (1Cor 10,23-24); “façam tudo para a glória de Deus... como eu, que
me esforço para agradar a todos em todas as coisas, não procurando os meus interesses pessoais, mas o interesse do maior número de pessoas, a fim de que sejam salvas” (1Cor 10,33). Toda ruptura eclesial é sempre fruto do egoísmo. Mas, como bem diz São Paulo, se houver a consciência da dimensão comunitária e se tudo for feito para a maior glória de Deus certamente não haverá reivindicações pessoais ou grupais capazes de gerar a ofensa a comunhão com o todo.
1
Perfeição não, esforço sim! Uma vez que a comunhão requer a colaboração humana, isso significa que a mesma deverá ser continuamente desejada, refletida, aprofundada, buscada. Apesar dos Atos dos Apóstolos afirmarem, idealisticamente, que “a multidão dos fieis era um só coração e uma só alma, onde ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum” (At 4,42), isso não significa que eram perfeitos e nem que tudo era gratuito. Na verdade, não havia perfeição, mas esforço de cada um! Bem sabemos que também as primeiras comunidades cristãs tinham suas fragilidades humanas, mas certamente prevalecia o testemunho de fé, a perseverança nos esforços, a luta pela aquisição de virtudes, a boa vontade, a abertura para o crescimento. Por isso vale a pena refletirmos sobre alguns importantes compromissos para crescermos no senso de comunhão.
2
Atitudes a cultivar w Visão da totalidade: a Igreja é um corpo, isso significa que a comunhão pressupõe a visão e a acolhida da totalidade dos aspectos e das dimensões da vida eclesial. Toda e qualquer forma de visão fragmentada sobre a Igreja, causa sempre prejuízo à promoção da comunhão.
DIVULGAÇÃO
n "TUDO é permitido. Mas nem tudo convém. (...) Ninguém procure satisfazer aos seus próprios interesses, mas os do próximo” (1Cor 10,23-24)
Há muitas formas de reducionismos que geram conflitos ao interior da Igreja, sejam eles teológicos, litúrgicos, pastorais, doutrinais, morais e assim por diante; a Igreja é um corpo, uma totalidade unificada. w Diversidade e comunhão: trata-se do reconhecimento da diversidade de vocações, serviços, carismas, sensibilidade teológica, sujeitos eclesiais... Não há comunhão onde não se respeita a diversidade. A visão de corpo nos leva a acolher e a respeitar a diversidade interna da Igreja; todavia, isso não significa adversidade. w Sentido de pertença: a qualidade da comunhão eclesial depende do sentido de pertença que brota da consciência batismal de cada fiel; o batismo gera nos fieis um natural vínculo fraterno com os demais batizados. O sentido de pertença leva cada fiel a cultivar o reconhecimento de que a Igreja é sua mãe espiritual. Desse sentido de pertença, brota o dever da colaboração, do envolvimento, da participação na vida da Igreja, da solidariedade, da corresponsabilidade em todas as dimensões. w Atitude proativa: o sentido de pertença promove a comunhão eclesial e gera em cada fiel também o desejo de crescimento no espírito de iniciativa em favor da Igreja; essa atitude tornase cuidado, zelo, serviço, sinergia. Não tem senso de comunhão quem, em vez de apoiar e somar vive criticando e assumindo uma atitude isolada, passiva, agressiva ou indiferente. w Senso de res-
peito e obediência: a beleza da comunhão eclesial tem como sua fonte primária as exigências que brotam da fé porque esta gera obediência, portanto, a comunhão pressupõe senso de humildade; onde não há obediência, também não há espaço para a comunhão. A comunhão eclesial não se confunde com a harmonia democrática. O nosso modelo é Jesus Cristo que, se fez obediente ao Pai até a morte e morte de Cruz (cf. Fl 2,5-8). Quem na Igreja sempre apela para a democracia, não é capaz de obediência e nem de comunhão. w Consciência de hierarquia: outra atitude muito significativa de comunhão na vida eclesial é a consciência de hierarquia das verdades da fé. Nem tudo na Igreja tem o mesmo peso e a mesma medida. A Igreja não pode desfazer aquilo que Cristo estabeleceu, bem como não pode contrariar as exigências do Evangelho. Não há somente hierarquia do ponto de vista teológico, mas também organizacional, moral, pastoral, etc. No que diz respeito à polêmicas e conflitos vale o que declarou Santo Agostinho: “No essencial, unidade; no não essencial, liberdade; mas em tudo, Caridade”. A Caridade é a plenitude das exigências da fé (cf. Rm 13,10). w Tudo está interligado: a comunhão autêntica pressupõe que cada fiel tenha consciência de que há uma íntima in-
terdependência entre as dimensões da vida eclesial. Por exemplo, há uma relação íntima entre a dimensão bíblica, teológica, moral, pastoral, etc. Nenhuma dimensão é avulsa, estanque, independente. Isso significa que nenhuma dimensão pode avançar isoladamente sem causar impacto negativo sobre o corpo eclesial. As dimensões eclesiais são todas interdependentes e comunicantes entre si. w Discernimento colegiado: a Igreja é chamada continuamente a crescer na sua dinâmica sinodal, ou seja, no treinamento do “caminhar juntos”; o discernimento colegiado é uma das mais brilhantes consequências da comunhão fraterna e da união; por isso não há espaço na Igreja para aqueles que têm uma mentalidade centralizadora e autocrática. O discernimento comunitário faz parte da dinâmica do ser Igreja que se faz presente em todos os níveis eclesiais: comunitário, paroquial, diocesano; nas conferências episcopais e na Cúria Romana. A colegialidade tem como função consolidar a fidelidade da Igreja a Jesus Cristo, à dinâmica do Reino de Deus e aos tempos. w A solidariedade missionária: o espírito de comunhão eclesial estimula cada fiel a dar a sua contribuição para o desenvolvimento da sua missão que é evangelizar. São Paulo estimulou as comunidades do seu tempo a crescerem
na experiência da solidariedade missionária. Isso corresponde à atenção para com as necessidades da evangelização, em vista da promoção do Reino de Deus. “Saibam de uma coisa: quem semeia com mesquinhez, com mesquinhez há de colher; quem semeia com generosidade, com generosidade há de colher. Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem dá com alegria...” (2Cor 9,6-8). w A oração pela unidade da Igreja: Jesus orou pelo testemunho de unidade dos seus discípulos (cf. Jo 17). Dessa forma ele acentuou o fato de que a comunhão da Igreja não é puramente consequência dos esforços humanos, mas é Dom de Deus. Amar a Igreja significa rezar por ela para que brilhe no mundo como sinal permanente de unidade, comunhão fraterna e testemunhe que se nutre do dinamismo da Santíssima Trindade. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
1 2 3
Por que as dimensões eclesiais são interdependentes entre si? Porque a comunhão exige esforço? Qual das atitudes a cultivar é a mais exigente e o que mais você acrescentaria?
A experiência de fé
O sentido de pertença leva cada fiel a cultivar o reconhecimento de que a Igreja é sua mãe espiritual
6
FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
FAMÍLIA NAZARÉ
Mulheres em oração pela FAMÍLIA Nazaré Mães que oram pelos filhos" e padre Manuel Monteiro intercederam pelos benfeitores MOVIMENTO "
A
peristente e confiante atuação da mulher na vida da Igreja e o chamado de Deus para sermos seus coopreadores na construção do Reino de Deus no seio da humanidade foi o tema que animou a Missa pela Família Nazaré no dia 2 de julho. Presidida pelo padre Manuel Monteiro, da Diocese de Ponta de Pedras, a celebração contou com o Movimento Mães que Oram pelos Filhos (AMO Pará). Vivendo pela fé e confiadas na intercessão de Nossa Senhora da Salet-
te, elas contibuíram com a parte da Liturgia da Santa Missa. Na ocasião, a imagem da padroeira do movimento foi entronizada no presbitério da Capela Nossa Senhora de Nazaré, localizada no térreo da Fundação nazaré de Comunicação. Rezar pela vida e agradecer a Deus pelos benfeitores da evangelização na Arquidiocese de Belém é um compromisso de todas as sextas-feiras às 16h, quando a Santa Missa é partilhada com o todo o povo de Deus, uma vez que é transmitida pela Rede Nazaré
de Comunicação, simultaneamente, e também pode ser acomoanhada em tempo real pelas redes sociais da Fundação Nazaré. A Santa ra agradecer a Deus pelos integrantes da Família Nazaré. E em junho não será diferente. Nesta sexta-feira, dia 4, a Arquidiocese de Belém renova a Ação de Graças pela vida de cada pessoa que, como membro da Família Nazaré, ajuda a levar adiante a mensagem do Reino de Deus adiante através da evangelização, tendo como meio de propagação as mídias arquidiocesanas, mantidas pela Fundação Nazaré de Comunicação: Rede Nazaré de Televisão, Rádio Nazaré FM, Portal Nazaré e o Jornal Voz de Nazaré. A gratidão da Arquidiocese de Belém manifesta-se pela Santa Missa "poeque entendemos qe esses irmãos que zelam pela evangelização da nossa Igreja, dispondo cada um de algo para ajudar a crescer o Reino de Deus, é por seu gesto generoso, com a obra do Senhor, a testemunha que nos indica que a fé, vivida com obras como essa, a de ajudar a Fundação Nazaré de Comunicação a crescer, é motivo de muitas ale-
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n MOVIMENTO conduziu a imagem de Nossa Senhora da Sallete
n MÃES que oram pelos filhos rezaram junto com padre Manuel
grias para nós", destacou o padre Manuel. O celebrante evidenciou a memória do padre salesiano Francisco Sadeck, que fez sua páscoa definitiva no dia dia 2 de julho. "Hoje estamos celebrabdo ação de graças
pela Família Nazaré. Gratidão por irmãos que peregrinam conosco ainda na jornada deste mundo, mas hoje também vivemos a despedida do nosso querido padre Sadeck". Afirmando que guarda gratidão a Deus por ter trabalhado por um
tempo de sua missão junto ao padre Sadeck, o sacerdote convidou os fiéis preentes "a rezar uma Ave-Maria pelo nosso irmão que partiu na esperança de conviver entre os eleitos do Senhor na Pátria celeste", concluiu o celebrante.
Grupo responsável pela missa na próxima semana, dia 16/7: Ministério Adorar Jesus
NOSSOS ANIVERSARIANTES Pe. Jaime de Moura Pereira Wanda Ayres Nunes Edvardo Vasconcelos de Albuquerque Aluizio Sanchez de Brito e Rutilena Tavares de Brito Darci Bezerra Galvão Luiza Rodrigues da Silva Maria do Carmo da Silva Moraes Maria Iracema Brasil Viana Fátima Sousa Conceição Carvalho Manoel Batista da Costa Vitoria Maria Silva Lara Waldileia Brito Cunha Francisca de Albuquerque Ferreira Ajax Luiz Rodrigues Favacho Casal Leandro Barbosa Mota e Elisangela G. Barbosa Maria do Faro Lopes Chaves Domingas Oliveira Santos Nina Antonia do Nascimento Venâncio Maria Amelia Salomão Barile José Maria do Amaral Mota Valderina Nascimento da Silva Joana Lucia do Carmo de Souza Antonia Maria Braz Maciel Cristiane Baia Campelo Lima Flavia Vieira Amorim Zulma Martins de Jesus Maria Helena Fortunato da Silva Iracy Marques do Nascimento Antonio Fernandes Filho
Raimunda Gregório da Silva Anette Macedo Alegria Maria de Nazaré Fiúza de Melo Pereira Maria Sueli Santos Nascimento Maria Marlene da Silva Santos Ana Lucia Sousa Marluce do Socorro Franco Oliveira Gelzia do Socorro Alves Pinto Silvio Carlos Azevedo Andrade Amanda Caroline Soares Grupo Amar (Amigos da Mae do Rei) Heronildes Ferreira Dias Evandro de Morais Reis Conceição Cleonice Carvalho da Silva Maria de Fátima Campos de Pinho Jacirema Nunes Antunes Maria Aurora Santos da Mota Karla Maria Cruz Rocha Jussara Maria Padilha Adalgiza Silva de Oliveira Stelio Mauricio Maciel da Silva Maria Fátima Cunha Leonor Pinheiro Pereira Alexandre Alcides Seabra Pantoja Irsef Ivan Araujo Souza Antonio Manoel Bittencourt de Almeida Roberto de Souza Mendes Joselia Furtado Lustosa Edilson Pantoja Barbosa Marcelo Cassio Correa de Leão Junior Maria de Nazaré Miranda dos Santos
Maria Rosália Cardoso Souto Laurimar Naiff de Mendonça Odete Gomes Moreira Raimunda Justiniana de Oliveira Benedito de J. R. da Costa Francisco de Assis da Silva Ambrosia Ribeiro Maia Paulo Cesar Teixeira da Cruz Bianor Rodrigues de Souza Filho Francisco Edilberto Mesquita Bastos Junior Henrique Brito Farias Geraldo Pereira Martins Isaura Salomão de Carvalho (In Memoria ) Ilaice Alcoforado Bessa
Antonio Mario do Vale Tavernard Irene Mendonça Figueroa Maria do Carmo Gil Maia Cícero Barbosa de Lima Maria Darcy Cardoso Rodrigues Edna Maria Burcoes Santiago Domingos Aguiar Arruda Neto Henrique Correa da Silva Rosemar Feijó Silva Josilene Azevedo Teixeira Carlos Henrique Sauma Lopes Elizia Helena Mendonça Alves Galvão Renato Cardoso de Oliveira Roberto Alves Rodrigues Casal Alex da Conceição e Maria Diniz
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 09/07 – Côn. Jaime de Moura Pereira 09/07 – Diác. Ismael Palheta Cabral 10/07 – Pe. Paulo César Falcão da Rocha 10/07 – Diác. Manoel Paulo da Silva 13/07 – Diác. Francisco das Chagas Teixeira 13/07 – Pe. Glaudemir Simplício de Lima 14/07 – Côn. Antônio Beltrão Ribeiro Filho 15/07 – Diác. José Maria Pereira Costa 15/07 - Padre Romeo Montimor Catan n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 14/07 - Padre Romeo Montimor Catan
Ordenação Episcopal
Caminhada GUIADA sempre por Deus A vida de Dom Alberto Taveira Corrêa apresentou sinais ainda bem cedo de que sua existência seria uma trajetória peculiar. Sua família e amigos que o acompanham desde a infância nunca tiveram dúvidas de que os primeiros passos da catequese iriam conduzi-lo aos mais robustos compromissos em prol da Igreja
no Brasil. Homenageamos o povo de Deus com esta página onde percebe-se que o atual Arcebispo de Belém sempre amou o serviço à Igreja. O acervo pessoal de Dom Alberto revela que jamais houve dúvidas de que sua vocação seria retribuir o apoio recebido, despertando novas vocações com seu exemplo de fé.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
Ordenação Episcopal
A fé nos impulsiona para a FRENTE! A fé e a confiança em Deus nos faz acreditar na Providência, que vem do próprio Senhor. E, pela certeza que ela nos traz, nos encoraja a tomar
decisões importantes, sobretudo as que levam nosso povo a ousar a ter a esperança que, por essa mesma fé, podemos fazer prodígios. Quem convive com
Dom Alberto, como zeloso pastor, sabe que ele carrega consigo o dom de preservar a confiança em Deus, "apesar de tudo, miremos para a frente e para o alto!".
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
CADERNO DOIS
Dom Alberto comemora 30 ANOS de Episcopado HISTÓRICA DATA registrada com Missa de ação de graças, documentário e livro do Arcebispo de Belém FOTOS: LUIZ ESTUMANO
Tavares, e pelo padre Cristiano Sanches, de Brasília, além da presença do Clero Arquidiocesano. A Missa foi transmitida pelos meios de comunicação da Arquidiocese de Belém(TV Nazaré canal 30.1 e Rádio Nazaré 91.3 FM) e redes sociais https://www.facebook.com/ArquidiocesedeBelemdoPara/
O
que mais alegra a vida de Dom Alberto Taveira Corrêa é celebrar a Santa Missa, algo que chamou a atenção de seus familiares desde quanto ele ainda era uma criança. A vontade frequente de realizar as naturais brincadeiras de infância, já revelavam a vocação daquele menino, nascido em Minas Gerais, na cidade de Nova Lima, que viria mesmo tornarse um servo de Deus, celebrando no dia 6 uma vida dedicada à Igreja, trajetória que chegou aos 30 anos de sua Ordenação Episcopal. A Arquidiocese de Belém viveu uma noite de confraternização naquela terça-feira. O povo de Deus celebrou o 30° aniversário do episcopado de Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, onde ele vem trabalhando pelo Reino de Deus. A celebração ocorrida às 19h, na Catedral Metropolitana, foi presidida pelo próprio Arcebispo e concelebrada pelo Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, pelo Bispo de Ponta de Pedras, Dom Teodoro Mendes
Documentário e livro Após a celebração, às 20h, a Rede Nazaré de Televisão(canal 30.1) exibiu um documentário especial sobre a vida e missão do Arcebispo, denominando “Para a Vida do Mundo: caminhos e missão de Dom Alberto Taveira Corrêa”. O documentário conta a trajetória do pastor desde o seu chamado a servir o Reino de Deus, com apenas cinco anos de vida, sua trajetória de formação, sacerdócio, até os dias atuais. O documentário foi reprisado na quinta-feira, 8, às 20h, e ainda poderá ser visto nesta sexta-feira, 9, sábado, 10 e domingo, 11, sempre às 21h. Na solene Eucaristia também foi lançado o livro de Dom Alberto intitulado “Aos pés do Senhor: 30 anos de Episcopado”, editado pela Editora Sementes do Verbo. É o primeiro livro de uma coleção que conta os testemunhos do pastoreio do Arcebispo, ao longo de seu episcopado na Arquidiocese de Belém. "Revela-se um primor esta obra do Arcebispo. Contribui muito para nosso enriquecimento em nossa Arquidiocese", resumiu cônego Ronaldo Menezes, que apresentou o livro para os fiéis durante a Santa Missa. Toda a arrecadação com a venda será destinada às obras de evangelização realizadas pela Comunidade Sementes do Verbo e pela Fundação Nazaré de Comunicação. Trajetória de vida “Para a Vida do Mundo” é o lema do episcopado de Dom Alberto Taveira Corrêa, ordenado no dia 6 de julho de 1991, na cidade de Nova Lima (MG). Dom Alberto escolheu co-
n ARCEBISPO Dom Alberto abençoa o rebanho na Catedral
mo lema o texto do Evangelho de São João 6, 51: “O Pão que eu darei é a minha Carne para a vida do mundo”, no brasão episcopal expresso com a frase latina “Pro Mundi Vita”. Dentre ps 30 anos como bispo, os últimos 11 foram dedicados à Igreja de Belém,
quando nomeado como o 10º Arcebispo Metropolitano, no dia 30 de dezembro de 2019, tomando posse no dia 25 de março. São 11 anos de um trabalho incansável para que a Igreja chegue a todos os cantos e, principalmente, aos mais necessitados.
Buscando ampliar a presença da Igreja que pastoreia, Dom Alberto investe na formação de novos padres, na especialização dos já formados, além da criar novas paróquias, muitas surgindo em diversas áreas missionárias no território diocesano.
n CLERO junto ao Cura da Sé, cônego Roberto Cavalli, participou da celebração
n HOMENAGENS Momentos representativos: mensagem da Nunciatura, carinho dos fiéis e companhia da imagem da Virgem de Nazaré
n O ANIVERSÁRIO teve o tradicional "parabéns" e lançamento do livro que Ir. Sarah vislumbra, parceria Sementes do Verbo e Fundação Nazaré
2
BELÉM, DE 9 A15 DE JULHO DE 2021
ARQUIDIOCESE
CADERNO DOIS
Apresentação de Ministros da CATEQUESE EVENTO na Região Episcopal Santa Maria Goretti, com Santa Missa na Paróquia São José de Queluz
Q
uinze catequistas foram instituídos Ministros da Catequese para a Região Episcopal Santa Maria Goretti na Arquidiocese de Belém em rito ocorrido dia 3 de julho durante Santa Missa às 18h30, na Paróquia São José de Queluz, celebração presidida pelo Frei Paulo Alexsandro Dias, vigário Episcopal daquela região. Dentre os 15 ministros recém instituídos,destaca-se a atuação de João Athayde, com 83 anos de idade e 41 anos exercendo a missão de catequista. Os recém ministros participaram foram apresentados oficialmente ao povo de Deus após dois anos de formação em que percorreram um itinerário baseado nos livros “Estudos da CNBB 95” (Ministério do catequista); Diretório da Nacional da Catequese; Itinerário catequetico - Iniciação à vida cristã, um processo de inspiração catecumenal; Documentos CNBB 107 - Iniciação à vida cristã. O período de formação dos ministros ainda perpassou por uma reflexão em torno da recém-lançada Carta Apostólica do Papa Francisco, Antiquum
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Ministerium, pela qual foi instituído o Ministério de Catequista. Concluídos os estudos dos documentos da Igreja, a última etapa da formação para os ministros foi a participação em uma celebração penitencial seguida pelo sacramento da Confissão. E no dia 3, a consagração perante o povo de Deus sob as bênçãos do Frei Paulo Alexsandro. Após a celebração eucarística, eles receberam a declaração de Ministros de Catequese. FORMANDO E TRANSMITINDO A FÉ Mayk Ferreira de Almeida é catequista e já era Ministro da Catequese. Ele conta que a Região Episcopal Santa Maria Goretti possuía cinco ministros q u e , j u n t o c o m o u t ro s catequistas da Arquidiocese de Belém que foram instituídos pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. “De lá pra cá, houve um trabalho de orientação e formação de mais candidatos a Ministros da Catequese para a nossa região episcopal”, recorda-se o catequista. Ele prossegue: “Então,
hoje, fico muito feliz de ver mais 15 Ministros que disseram seu “sim” à missão e à evangelização através da Catequese, e que se colocam à disposição da Arquidiocese de Belém para esse serviço”, conclui. Ministros da Catequese - São leigos e leigas que tem em sua vocação a transmissão da fé. O catequista é, simultaneamente, testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da
n CATEQUISTAS instituídos Ministros da Catequese
comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade (cf. Cons.
Pont. para a Promoção da Nova Evangelização, Diretório da Catequese, 113).
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ
n A VOZ PASTOR: MEDITE A PALAVRA DE DEUS COM O ARCEBISPO DOM ALBERTO Nada melhor que começar o seu dia com a reflexão da Palavra de Deus anunciada pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. É o momento em que o pas-
tor da Igreja em Belém relaciona o Evangelho com a vida em missão nas comunidades. e você acompanha ações da Arquidiocese. Todos os dias às 6h, 12h, 18h e 22h. Sintonize 91.3 e fique por dentro!
n DESTAQUE João Athayde, 41 anos exercendo a missão de catequista
BOA DICA
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n BENTINHO, O AMIGO DE DEUS Dom João Baptista Barbosa Neto, Livro (PAULUS, R$ 24,80 )
E
n ACOMPANHE A ORAÇÃO DO SANTO TERÇO DE 2ª A 6ª FEIRA Você pode acompanhar dentro da programação da Rede Nazaré de Televisão um dos momentos marcantes da vida de todo o cristão: a oração do terço. Rezar o terço é fundamental para buscar conhecer ainda mais as virtudes de Nossa Se-
nhora e, também, conhecer seu Filho, Jesus Cristo, uma vez que, a cada mistério, uma importante etapa de sua vida é meditada. A frente da programação está a Comunidade Nova Aliança que de segunda a sexta-feira, sempre às 17h20, espera ter a sua
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n HORA DA MISERICÓRDIA Toda segunda, quarta e sexta-feira você reza junto conosco com o programa Hora da Misericórdia com transmissão pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br), pela nossa página no Facebook.com/FNCBelem e também pela TV Nazaré (canal 30.1 ou sintonia de sua
cidade), no horário de 14h30 às 15h30, conduzido pelo padre Gelcimar Santos. Participe conosco enviando seu pedido de oração pelos nossos números de WhatsApp: (91) 98814-0275 ou (91) 993155743 e pelos veículos de comunicação da Rede Nazaré!
companhia neste grande momento de oração. Sintonize pelo canal 30 ou na sintonia de sua cidade.
mbora Bento vivesse sozinho na gruta de Subiaco, sem conversar e ver ninguém, Deus fez com que a luz de sua bondade iluminasse outras pessoas. Assim, após três anos vivendo na solidão, aconteceu que, certo dia, alguns pastores que passavam pelas redondezas o descobriram e foram conversar com ele.
n ÁRVORE DA VIDA E OUTROS SÍMBOLOS CRISTÃOS Roberta Russo, Livro (Paulinas, R$ 45,40) livro analisa uma figura simbólica presente nas culturas e nas tradições religiosas. O olhar interdisciplinar confere ao texto uma qualidade excelente, acrescido da simplicidade da linguagem que leva as grandes figuras simbólicas até o grande público. O livro é também de grande valia e aplicabilidade para os agentes de pastoral e catequistas, para os grupos de estudos bíblicos e ministérios litúrgicos.
O
VATICANO
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
3
ABERTOS à maravilha, às surpresas de Deus FOI a oração com a qual o Papa Francisco concluiu a alocução que precede o Angelus
C
om informaç õ e s Va t i c a n News. “Peçamos a Nossa Senhora, que acolheu o mistério de Deus na vida cotidiana de Nazaré, para ter olhos e corações livres de preconceitos e abertos à maravilha, às surpresas de Deus, à Sua presença humilde e escondida na vida cotidiana.” Foi a oração com a qual o Papa Francisco concluiu a alocução que precede o Angelus ao conduzir a oração mariana ao meio-dia de domingo, 04, XIV do Tempo Comum, dirigindo-se aos fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. Comentando o Evangelho do dia (Mc 6,1-6), Francisco ressaltou que o mesmo nos fala da incredulidade dos conterrâneos de Jesus. Depois de pregar em outras aldeias da Galileia, Jesus voltou a Nazaré, onde havia crescido com Maria e José; e, num sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos, ouvindo-o, se perguntam: “De on-
de lhe vem toda essa sabedoria? Não é o filho do carpinteiro e de Maria, isto é, de nossos vizinhos que conhecemos bem?”, acrescentou o Santo Padre, apresentando esta página do Evangelho que traz a visita de Jesus a Nazaré. O Pontífice recordou que diante desta reação, Jesus afirma uma verdade que também se tornou parte da sabedoria popular: “Um profeta não é desprezado exceto em sua própria pátria, entre seus parentes e em sua própria casa”. A este ponto, Francisco se deteve na atitude dos conterrâneos de Jesus: “Podemos dizer que eles conhecem Jesus, mas não o reconhecem. Efetivamente, há diferença entre conhecer e reconhecer: podemos saber várias coisas sobre uma pessoa, formar uma ideia, confiar no que os outros dizem sobre ela, talvez de vez em quando encontrá-la no bairro, mas tudo isso não é suficiente.
DIVULGAÇÃO
Trata-se de um conhecer superficial, que não reconhece a unicidade dessa pessoa. É um risco que todos nós corremos: achamos que sabemos tanto sobre uma pessoa, rotulamo-la e a restringimos em nossos preconceitos.” REJEIÇÃO À NOVIDADE DE JESUS Da mesma forma, acrescentou o Papa, os conterrâneos de Jesus o conhecem há trinta anos e pensam que sabem tudo; na realidade, nunca se deram conta de quem é verdadeiramente. Eles se detêm à exterioridade e rejeitam a novidade de Jesus. Quando deixamos a comodidade do hábito e a ditadura dos preconceitos prevalecer, observou o Santo Padre, é difícil nos abrir à novidade e nos deixarmos surpreender. Muitas vezes acabamos procurando confirmação de nossas ideias e esquemas na vida, em nossas experiências e até mesmo nas pessoas, para
n PAPA FRANCISCO durante a oração do Angelus, em 4 de julho
nunca ter que fazer o esforço de mudar. “Mas sem abertura à novidade e às surpresas de Deus, sem admiração, a fé se torna uma ladainha cansada que lentamente se extingue”, enfatizou. Afinal, por que os conterrâneos de Jesus não O reconhecem e acreditam n’Ele? Qual é o motivo? – perguntou o Papa. “Podemos dizer, em poucas palavras, que não aceitam o escândalo da Encarnação”, respondeu Francisco. “É escandaloso que a imensidão de Deus se revele na pequenez
de nossa carne, que o Filho de Deus seja o filho do carpinteiro, que a divindade esteja escondida na humanidade, que Deus habite no rosto, nas palavras, nos gestos de um simples homem.” O ESCÂNDALO DA ENCARNAÇÃO DE DEUS Eis o escândalo: a encarnação de Deus, sua concretude, seu “cotidiano”. Na realidade, é mais cômodo um deus abstrato e distante, que não se intromete nas situações e que aceita uma fé distante da vi-
da, dos problemas, da sociedade. Ou mesmo gostamos de acreditar em um deus “com efeitos especiais”, que só faz coisas excepcionais e sempre dá grandes emoções, disse ainda Francisco. “Ao invés, Deus se encarnou: humilde, terno, escondido, se faz próximo de nós habitando a normalidade de nossa vida cotidiana. E assim, como os conterrâneos de Jesus, corremos o risco que, quando passa, não o reconhecemos, aliás, nos escandalizamos por Ele.”.
O Papa recebe MENSAGENS de bons votos e rápida recuperação Com informações Vatican News. Depois que a Sala de Imprensa da Santa Sé comunicou a notícia da hospitalização do Papa Francisco, na tarde do domingo, 04, de várias parte do mundo chegaram mensagens e votos de uma recuperação rápida e completa, especialmente das redes sociais. O Santo Padre foi submetido a uma cirúrgica programada para tratar uma estenose diverticular do cólon, uma formação de várias “bolsinhas” (divertículos) no intestino grosso. PATRIARCA BARTOLOMEU I “Votos fraternais de uma rápida convalescença” foram feitos numa mensagem do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, ao Papa Francisco. O patriarca assegura suas orações, confiando no bom êxito da operação, para “revêlo novamente a fim de realizar juntos a missão indispensável da unidade, para a qual Cristo nos chama”. IMAME DE AL AZHAR Muitos líderes e representantes políticos
e religiosos do mundo se uniram ao coro de bons votos e apoio nestas horas delicadas para o Papa Francisco. Confirmando a amizade fraterna que os une, o Grão Imame de Al Azhar, Ahmad alTayyeb, numa mensagem no Twitter desejou ao “querido irmão” uma rápida recuperação que o restitua à sua missão para a humanidade”. “Que o Senhor o sustente com a ternura de seu amor” é a oração feita nas redes sociais pelo Centro Anglicano de Roma, que assegura ter o Papa em seu coração. Um pensamento especial também da Comunidade Judaica de Roma: “Os meus melhores votos de uma rápida recuperação ao Papa que passou por uma cirurgia difícil”, escreve no Twitter o rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni. DEMAIS MANIFESTAÇÕES A Comunidade de Santo Egídio também manifestou sua proximidade ao Papa Francisco e num comunicado anuncia que na oração da noite deste dia dedicada aos doentes, “um lugar especial será dado à
invocação e ao pedido de proteção do Santo Padre, como ele tantas vezes nos convidou a fazer, para que possa logo recuperar a saúde a fim de exercer plenamente seu ministério como pai e pastor”. Os bispos italianos fazem também os seus bons votos no Twitter e numa mensagem assinada pelo presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Gualtiero Bassetti, falam em nome de todas as comunidades e Igrejas. “Ao saber a notícia de sua internação no Hospital Gemelli para a cirurgia, nós rezamos pelo senhor, confiando sua saúde ao Pai. Nunca devemos ceder ao desconforto, mesmo nas horas de maior esforço. Obrigado, Santo Padre! Esperamos o senhor, no próximo domingo, da janela da Residência Apostólica, para rezar juntos o Angelus e escutar sua palavra”. A comunidade diocesana de Roma manifestou ao Papa o “seu afeto e devoção filial neste momento de doença”, através de um comunicado do Vicariato de Roma,. “Todo o fiel povo santo de Deus que está em Roma, junto com os cida-
dãos e todos os homens de boa vontade, com um vivo senso de participação e proximidade ao Santo Padre, elevam orações e súplicas ao Senhor para que, com a ajuda de sua graça, sustente e console o nosso amado Bispo durante sua convalescença pósoperatória. De toda a comunidade eclesial de Roma, junto com o cardeal Vigário Angelo De Donatis e o Conselho Episcopal, aos párocos, a todos os vigários e colaboradores paroquiais, aos religiosos e religiosas, aos diáconos e seminaristas, de to-
da a sua comunidade romana o mais sincero desejo de uma rápida recuperação!” O presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, após sua chegada a Paris, na França, para uma visita de Estado, enviou uma mensagem ao Papa, manifestando o afeto dos italianos e fazendo votos de uma “boa convalescença e pronta recuperação”. Sentimentos compartilhados também pelo primeiroministro, Mario Draghi, pelo governo e representantes políticos.
AFETO E ORAÇÕES DO MUNDO TODO Entre os chefes de Estado da África, da Europa e América Latina, várias são as mensagens dirigidas a Francisco. O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, numa declaração dada por sua equipe, não só desejou ao Papa uma rápida recuperação, mas também convidou toda a população, tão amada por Francisco, a se reunir em oração. Assim também os presidentes de Malta e da Venezuela, Nicolás Maduro, que em particular
C
omo os conterrâneos de Jesus, corremos o risco de não reconhecê-lo. Um deus abstrato e distante, que não se envolve nas situações, é mais cômodo. Em vez disso, Deus se encarnou: humilde, terno, escondido, aproxima-se de nós vivendo a normalidade de nossa vida cotidiana. (04 de julho)
N
o # EvangelhoDeHoje (Mc 6,1-6) Jesus nos convida a ter olhos e coração livres dos preconceitos e abertos ao assombro, às surpresas de Deus, à Sua humilde e oculta presença na vida cotidiana. (04 de julho)
O
próximo Encontro Mundial das Famílias com o tema “Amor em família: vocação e caminho da santidade”, assumirá uma forma multicêntrica e ampliada: cada diocese pode ser o centro de um encontro local para suas próprias famílias e comunidades. (02 de julho)
4
EM NAZARÉ
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
Dias de FESTIVIDADE na Paróquia de Nazaré COMUNIDADES continuaram a programação dedicada às festividades em honra aos padroeiros
A
s comunidades dedicadas a Santo Antonio Maria Zaccaria e São Paulo Apóstolo, que integram a Paróquia de Nazaré, deram continuidade a programação dedicada às festividades em honra aos padroeiros. Às 17h, os fiéis participaram de uma carreata em homenagem ao fundador dos Clérigos Regulares de São Paulo que saiu da capela localizada na Rua BoaVentura da Silva, nº1796, bairro do Umarizal. Já às 18h, na Basílica de Nazaré, os integrantes da Comunidade São Paulo Apóstolo participaram da Santa Missa de encerramento da festividade, presidida pelo Reitor do Santuário e Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante.
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n CARREATA da comunidade Santo Antonio Maria Zaccaria e missa encerrou festejos da comunidade São Paulo Apóstolo
Padres BARNABITAS: enlaçados pelo amor a Maria
n REITOR padre Francisco Cavalcante
A devoção pela Virgem Maria deixa santas marcas na vida de um santo e de uma família religiosa. Assim como seu filho Jesus, os Padres Barnabitas consagram suas vidas à pura e Ima-
culada Mãe Santíssima. Na capital paraense, a comunidade administra um dos mais importantes ícones de evangelização, a Paróquia de Nazaré, que em unidade com povo, tor-
nam-se os maiores propagadores da devoção à Rainha da Amazônia tendo no Círio de Nazaré a sua maior expressão do fervor mariano da região amazônica e do mundo. Constitui-se, ainda hoje, o mais significativo sinal da presença barnabítica no Norte do Brasil. Segundo o Reitor da Basílica Santuário e Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante, Maria “Maria é o espelho de Santidade e a devoção à virgem Maria inspira isso. Ser de Deus e viver para Deus”.
Carta aos fiéis DIZIMISTAS n Por Pe. Francisco Maria Cavalcante AOS DIZIMISTAS DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ DO DESTERRO Nesse mês de julho há duas celebrações importantes que marcam a história de nosso Santuário: celebramos dia 05 a festa de Santo Antônio Maria Zaccaria, fundador da Ordem Religiosa dos Clérigos Regulares de São Paulo, popularmente conhecidos como Barnabitas. Esses, junto ao povo cristão, edificaram para glória de Deus e em homenagem à Virgem Maria, um dos mais belos templos das Américas: a Basílica e Santuário de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro. A outra data marcante ocorre no dia 19, quando o templo recebeu da Santa Sé o título de Basílica Menor. Filhos diletos, falar dos Santos é falar de pessoas apaixonadas pelas coisas do alto. Santo Antônio Maria foi um homem de profunda e madura devoção a Nossa Mãe do céu. Desde sua tenra idade, foi consagrado a Nossa Senhora, seus pais colocaram ‘Maria’ como seu segundo nome, para expressar de forma concreta seu vínculo com a Mãe do Salvador. Foi contemplando a intimidade e o vínculo de Maria com Jesus, que Santo Antônio Maria Zaccaria entendeu que, para que o nosso “sim a Deus” seja autêntico, é preciso escutar os
conselhos de Maria que amiúde nos fala ao coração: fazei tudo o que Ele (Jesus) vos disser Jo 2,5. Ainda estava em construção, quando, em 19 de julho de 1923, a casa da Mãe de Nazaré recebeu tão honroso título do Papa Pio XI. Os Barnabitas – vendo a força que a devoção à Virgem de Nazaré já tinha naquela época em Belém –, e percebendo que a paróquia mostrava ser forte centro de espiritualidade, ambiente que apresentava fecunda pregação do evangelho, a dita Ordem Religiosa trabalhou com ardor para obter essa graça. Os Religiosos Barnabitas que residiam em Roma muito contribuíram para que o pedido de elevação a Basílica Menor chegasse ao Santo Padre. O título de Basílica Menor é um lindo presente e o reconhecimento da fecundidade da fé mariana na Amazônia. Você, Dizimista, faz parte de um dos capítulos mais marcantes da história dessa amorosa família, que há 98 anos evangeliza, sempre com a poderosa intercessão da Mãe de Nazaré. Agradecemos do fundo do coração por você caminhar conosco, com a família dos Dizimistas. Cada doação sua tem sido uma bela rosa ofertada à Mãezinha do Céu e, acredite, muito tem perfumado o jardim de Maria.
PADRES BARNABITAS Constituem uma família religiosa de Sacerdotes, fundada por Santo Antônio Maria
Zaccaria, em Milão – Itália, em 1533. A partir do seu dinamismo pastoral, com o tempo foi sendo conso-
lidado um grupo de seguidores, que recebeu a denominação formal de “Clérigos Regulares de São Paulo”.
ARQUIDIOCESE
É
preciso entender os diversos processos dinâmicos da vida, envolver-se e participar da vida cotidiana e, de posse de informações, contribuir para as transformações necessárias. Foi com esse espírito que a Arquidiocese de Belém do Pará, em conjunto com a Fundação Nazaré de Comunicação, levou ao ar, sábado, 3, às 10h, um programa especial com o objetivo de apresentar e informar o povo de Deus nesta Igreja particular da Amazônia sobre a sua participação na Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe, que encontra-se na fase de escuta em todas as dioceses. A assembléia ocorrerá de 21 a 28 de novembro de 2021sob a inspiração do lema “Somos todos discípulos missionários em saída”, na Cidade do México, dedicada à Padroeira da América Latina, Nossa Senhora de Guadalupe. O programa foi apresentado pelo leigo Márcio Wariss, representante do Fórum dos Movimentos, Serviços e Pastorais da Arquidiocese de Belém,
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
5
TV Nazaré apresenta ASSEMBLEIA Eclesial da América Latina e Caribe EVENTO encontra-se na fase de escuta em todas as dioceses que mediou uma mesa redonda onde estavam presentes o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, e Monsenhor Raimundo Possidônio da Mata, Vigário para Pastoral na Arquidiocese de Belém. Dom Alberto, em sua exposição falou das etapas necessárias à realização da assembléia, desde o processo didático para a escuta e sistematização do conteúdo da coleta de informações. “A assembléia é uma iniciativa nascida no coração do Papa Francisco”, recordou Dom Alberto, referindo-se a um trecho do discurso do Santo Padre no dia do lançamento dessa assembleia, 24 de janeiro deste ano. Em uma vídeomensagem o Papa encorajou a todos nós, Povo de Deus, que estamos nestas terras: “Quero estar convosco neste momento e na preparação até novem-
n MISSA encerrou o programa especial
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n PROGRAMA foi ao ar no sábado, dia 3, pela TV Nazaré
bro... é a primeira vez que isto se faz.... Acompanho-vos com as minhas orações e bons votos, avançai com coragem!”. Um vídeo mostrando a presença da Arquidiocese de Belém junto aos ribeirinhos e acompanhando a expansão da Igreja de Belém nas Áreas Missionárias, dando passagem ao Bispo Auxiliar Dom Antônio, explicou para os telespectadores de que forma se dará o processo de participação na assembléia. “É uma experiência sinodal, e isso quer dizer que esta assembleia não será apenas de bispos ou de uma elite, mas de todos os sujeitos que formam o corpo da Igreja de Nosso Senhor, uma vez que somos sujeitos considerados membros da Igreja que é Cristo, por isso a importância de todo o povo de Deus participe deste processo”, ressaltou Dom Antônio. A sequência do programa trouxe a participação de Mon-
senhor Raimundo Possidônio, que falou de forma didática, detalhando as formas de participação do povo de Deus na Assembleia, no âmbito da Arquidiocese de Belém. “Será um processo de ampla participação onde todos podem intervir, já temos uma equipe desenvolvemdo esse processo, e é muito importante que todos participem", frisou Mons. Raimundo. A Arquidiocese de Belém almeja que leigos, leigas, religiosos e religiosas, diáconos, seminaristas, sacerdotes, bispos e todas as pessoas de boa vontade que desejam caminhar em comunidade façam parte dessa etapa. "A primeira fase é chamada “fase da escuta”. Todos e todas somos o povo de Deus, por isso mesmo, em preparação para esta Assembleia, desencadeou-se um amplo processo de escuta para discernir juntos a vontade de Deus e o
apelo que Ele nos faz como Igreja nesta região do mundo”. MOTIVAÇÃO - Entre as várias motivações para a realização desta assembleia destacam-se as seguintes: são passados 14 anos da realização da V Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano e do Caribe, realizada em 2007 em Aparecida (Brasil); - as celebrações dos 500 anos do Evento Guadalupano, (2031), e os 2000 anos do Evento Redentor de Jesus Cristo (2033); - e já foi lançado o Sínodo sobre a sinodalidade (2023) que será “uma experiência única para a Igreja como um todo. O encerramento do programa especial sobre a Assembleia Eclesial culminou com a celebração da Santa Missa na Capela Nossa Senhora de Nazaré, sob a presidência do Bispo Auxliar, Dom Antônio Ribeiro de Assis.
e ao discernimento comunitário como elementos essenciais de um estilo sinodal de Igreja, temos a eclesiologia do Povo de Deus do Concílio Vaticano II que coloca em relevo a comum dignidade de todos os batizados no exercício da variedade e da riqueza ordenada de seus carismas, de suas vocações e seus ministérios. Todos os batizados participam do sacerdócio de Cristo e exercem, cada um segundo seu modo próprio, os três múnus de Cristo: profeta, sacerdote e rei. Todos somos chamados a participar, ativamente, da missão da Igreja, na potência do Espírito Santo. A Igreja é convocada a realizar a passagem pascal do “eu”, individualisticamente entendido, ao “nós” eclesial, onde cada eu, sendo revestido de Cristo, vive e caminha com os irmãos e irmãs como sujeito responsável e ativo na única missão do povo de Deus. 4. Carismas. “A Igreja é chamada a ativar em sinergia sinodal os ministérios e os ca-
rismas presentes na sua vida para discernir os caminhos da evangelização em escuta da voz do Espírito. Hoje se fala de “co-essencialidade” entre dons hierárquicos e carismáticos na Igreja (n. 74). 5. Relacionamentos e diálogo. O documento final do sínodo sobre os jovens, afirma: “é nos relacionamentos – com Cristo, com os outros, na comunidade – que a fé é transmitida. Esta dinâmica dos relacionamentos, encontro e diálogo é o caminho da Igreja hoje. E o Papa Francisco lembra que a dimensão “intergeracional” é um elemento irrenunciável desta dinâmica. Jovens e adultos precisam sentir-se uns parte dos outros, para compartilhar, aprender e inspirar-se, mutuamente. Estas atitudes nos tornam, simultaneamente, eclesiais e sinodais; sinodais e eclesiais. Contudo, não podemos esquecer que para “fazer sinodalidade ocorre promover uma verdadeira cultura de comunhão”.
IGREJA e sínodo são sinônimos
n Por Pe. Helio Fronczak - Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Benevides Eta expressão “Igreja e sínodo são sinônimos”. Foi usada pelo Papa Francisco, citando São João Crisóstomo, no seu discurso na comemoração do 50° aniversário da Instituição do Sínodo dos Bispos, em 17 de outubro de 2015. Este conceito expressa que a sinodalidade é nota constitutiva da Igreja, pois “a Igreja outra coisa não é que o “caminhar juntos” do rebanho de Deus nas estradas da história ao encontro de Cristo Senhor”. Daí decorre que uma Igreja que demonstra uma “escassa” sinodalidade é também uma Igreja pouco “eclesial”. Para Francisco, o conteúdo deste “caminhar juntos” é muito concreto. Ele afirma que “uma Igreja sinodal é uma Igreja da escuta, na consciência de que escutar é mais que ouvir. É uma escuta recíproca na qual cada um tem alguma coisa a aprender. Povo fiel, Colégio episcopal, Bispo de Roma: cada um na escuta dos outros e todos na escuta do Espírito Santo, o “Espírito da
Verdade” (Jo 14,17), para conhecer o que Ele “diz às Igrejas” (Ap 2, 7)”. Entendemos que estas são, efetivamente, palavras decisivas, pois nos levam a contemplar o “desígnio trinitário” do Espírito na nossa vida e também nos “convocam” (isto é, nos “chamam juntos” e não um por um!) para acolher e fazer frutificar o “dom pascal” da unidade, colaborando assim para a edificação crescente do Reino de Deus, que é “reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz”. A esta altura precisamos nos perguntar: como podemos viver concretamente para ser uma igreja sinodal? O que precisamos fazer para aumentar a sinodalidade em nossa igreja arquidiocesana? A Comissão Teológica Internacional no seu documento intitulado “Sinodalidade na vida e na missão da Igreja”, individuou os seguintes traços indispensáveis para uma igreja em efetivo es-
tilo sinodal: 1. Escuta. “Uma Igreja sinodal é uma Igreja da escuta recíproca na qual cada um tem alguma coisa a aprender (conscientes de que escutar é mais que apenas ouvir). É uma escuta recíproca na qual cada um tem alguma coisa a aprender: “Povo fiel, Colégio episcopal, Bispo de Roma! Cada um na escuta dos outros; e todos na escuta do Espírito Santo, o “Espírito da Verdade” (Jo 14,17), para conhecer o que Ele “diz às Igrejas” (Ap 2, 7)” - (Papa Francisco - Discurso na comemoração do 50° aniversário da Instituição do Sínodo dos Bispos - 17 de outubro de 2015). 2. Processos de discernimento comunitário. Estes processos de discernimento são ligados às autênticas manifestações do sensus fidei e do sensus fidelium. Sobre este tema trataremos na próxima semana. 3. Participação e corresponsabilidade. Consequência da atenção à escuta
6
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 9 A 15 DE JULHO DE 2021
ARQUIDIOCESE
Voz CATÓLICA da Família Paraense, rádio Educadora de Bragança vai migrar para a FM PIONEIRA na educação à distância na Amazônia, emissora formou mais de 100 mil pessoas
A
história da comunicação católica na Amazônia está prestes a ganhar mais um capítulo: a rádio Educadora AM de Bragança (PA), fundada pelos padres Barnabitas no fim dos anos 1950, se prepara para fazer a migração para a FM. A mudança para a nova frequência, na faixa dos 93,7 MHz, está marcada para o dia 8 de julho, dia do aniversário de 408 anos de Bragança. O processo de migração, autorizado em maio pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), cumpre uma determinação do governo federal (decreto 8.139/13), que pretende levar para a FM todas as 1,7 mil emissoras AM do país até 2023. A ida da Educadora para a FM é parte de um processo de modernização da rádio, vinculada à Diocese de Bragança, a mais antiga em funcionamento fora de Belém. E marca mais uma transformação importante para um veículo católico que ajudou a escrever a história da radiodifusão educativa na Amazônia. A emissora de Bragança leva ao ar há 61 anos o mais longevo projeto de educação pelo rádio da Amazônia: o Serviço Educativo Radiofô-
nico de Bragança (Serb). Pelas aulas transmitidas pelo rádio, mais de 100 mil pessoas puderam avançar ou concluir os seus estudos, acompanhando as lições ministradas dos estúdios da Praça das Bandeiras. Os números são imprecisos, já que há poucos registros dos primeiros anos de aulas pelo rádio. “O modelo de escola radiofônica do Serb foi um projeto pioneiro no estado do Pará. E é o único que subsiste até os dias atuais”, diz o professor Valdson Morais Castro, 53 anos, que há 20 dá aulas de ciências pelo Serb. “A nossa sala de aula é o nosso estúdio. E o raio de abrangência das ondas radiofônicas é o limite da nossa escola”, diz Valdson. Hoje, 640 alunos estão regularmente matriculados e registrados pela Seduc no Serb, em turmas da 3ª e 4ª etapa do Ensino Fundamental, e de 1ª e 2ª etapa do Ensino Médio. As aulas são ministradas em cinco horários diferentes e são transmitidas pela Educadora. “O nosso querido Celso Leite costumava dizer que tem muito doutor por aí, em Bragança, na capital, lá em Brasília, levando um ‘DR’ no nome graças à
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n PIONEIRA a emissora levou conhecimento e formação para o povo de Bragança
Educadora”, diz o professor Cledson Jair, o Tubarão, uma das vozes mais conhecidas da rádio bragantina. Propósito - O trabalho de educação pelo rádio cumpre um dos propósitos com que a Educadora foi fundada, por iniciativa dos padres dom Eliseu Maria Coroli e padre Miguel Giambelli em 1960. A ideia era levar educação básica para quem vivia no campo, além de oferecer uma programação cultural e religiosa que pudesse contribuir com a formação dessas pessoas. Padre Ari Silva, diretor
da Fundação Educadora de Comunicação, garante que o propósito com que a Educadora foi fundada, de educar e evangelizar, é mantido com rigor. “É com muito orgulho e respeito à memória do povo bragantino que damos continuidade à história da Rádio Educadora de Bragança. Sabemos da importância da rádio na vida, no dia a dia da nossa gente, e da sua contribuição na cultura, no entretenimento, na evangelização e educação de tantas pessoas ao longo dos seus mais de 60 anos de existência”, diz
o padre Ari Silva. Beto Amorim, responsável pela migração da Educadora AM para FM, diz que a mudança para a FM entrega aos ouvintes mais qualidade sonora e abre novas possibilidades para a Educadora. “A mudança para a FM leva ao ouvinte um sinal livre de interferências e amplia o alcance da nossa programação para todos os municípios da região de Bragança. É um marco da história da Fundação Educadora, que passou por muitas transformações ao longo dos anos".
SUB EDUCADORA chegou a ter 6,2 mil alunos simultâneos Nas primeiras décadas de atividades, o Serviço Educativo Radiofônico de Bragança (Serb), núcleo responsável pelas atividades escolares fundado junto com a Educadora nos anos 1960 pelos padres Barnabitas, contava com o apoio de radiopostos para orientar e organizar as aulas fora de Bragança. Montados
em núcleos de comunidades rurais, em espaços improvisados em centros comunitários, os radio-postos eram equipados com aparelhos de rádio de sintonia cativa, fixados na frequência da Educadora. Os rádios foram adquiridos ainda no fim dos anos 1950 e distribuídos pelos padres por toda a região para difundir a
ideia da educação pelo rádio: sem custos, acessível a todos e em todos os lugares. A rede de escolas radiofônicas que tinha a Educadora como emissora chegou a ter 362 rádio-postos e 6,2 mil alunos simultâneos na década de 1960. Além das lições ministradas a distância, os rádios cativos da Educa-
dora também transmitiam o sinal das missas e celebrações festivas da igreja, colocando em prática a dupla função com que a Educadora foi concebida pelos padres Dom Eliseu Maria Coroli e Dom Miguel Giambelli na década de 1960: o de educar e evangelizar. Foi pelo rádio, acompanhando as aulas do
período da noite, que Meury da Silva de Melo, 36 anos, moradora da comunidade do Alto Alegre, zona rural de Bragança, conseguiu concluir o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Foram mais de 10 anos entre idas e vindas nas escolas regulares, entre matrículas e desistências por causa da distância e do trans-
porte precário entre o lugar onde morava e o centro de Bragança. “Sem o Serb lá no começo eu teria parado de estudar. E eles nunca me deixaram desistir. Sempre serei grata”, diz Meury. Graças ao Serb, que ela ouvia em um radinho de pilha que ganhou em uma das visitas à Educadora, que ela é graduada agora.
n CONTRASTES de uma comunicação radiofônica histórica
n SAUDOSO Dom Alberto Ramos consta dos anais da emissora que transformou a vida das pessoas pela educação
Ordenação Episcopal
"O PÃO VIVO PARA A VIDA do mundo" A certeza expressa pela Palavra de Deus suscitou para a vida de Alberto Taveira Corrêa, desde criança, a vontade de entregar-se, inteira-
mente, à vontade de Deus. Aceitar os desígnios divinos e percorrer os caminhos indicados pela soberana vontade do Senhor trouxe Alberto
a Belém do Pará. O solo da cidade que ama a Virgem de Nazaré é o chão firme onde o Arcebispo comemora 30 anos de Ordenação Episcopal.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
Ordenação Episcopal
Dom Alberto Taveira Corrêa