ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CVIII - Nº 989 - PREÇO AVULSO: R$2,00
BELÉM, DE 16 A 22 DE JULHO DE 2021
www.fundacaonazare.com.br
Arquidiocese ESCLARECE sobre o Círio
A Arquidiocese de Belém emite nota e atualiza os fiéis sobre a maior festa mariana do Pará, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, no segundo domingo de outubro. Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, anunciará dia 8 de agosto a programação oficial. CADERNO 2, PÁGINA 1. DIVULGAÇÃO
n NOTA OFICIAL da Arquidiocese de Belém esclarece andamento da preparação da maior festa mariana do Pará: o Círio de Nossa Senhora de Nazaré DIVULGAÇÃO
n NOVA ÁREA missionária desponta entre as paróquias São José Operário e Santo Inácio de Loyola
Mutirão pela vida com AÇÃO SOCIAL
Evangelização avança no ICUÍ-GUAJARÁ Estudos e revisão territorial no entorno das comunidades vinculadas às paróquias São José Operário e Santo Inácio de Loyola no bairro do Icuí-Guajará, localizado em Ananindeua, região metropolitana da capital paraense, suscitam mais presença da Igreja naquele grande espaço geográfico. Responsável pelo acompanhamento pastoral no passo inicial da estruturação das áreas, o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, inciou visita às comunidades da Paróquia São José Operário, acompanhado do Vigário Episcopal da Região São Vicente de Paulo, padre André Telles, e dos padres Ailton Melo e Edvaldo Amaral, párocos das paróquias locais. Entre as duas igrejas, desponta futura área missionária. CADERNO 2, PÁGINA 1 LUIZ ESTUMANO
Alusiva à I Semana Social eventos visando acolher neBrasileira, a Arquidiocese de cessidades das comunidades Belém prepara jornada de diocesanas. CAD. 2, PÁG. 2
Rádio Nazaré tem novo PROGRAMA O louvor a Deus é o prin- estreia na Rádio Nazaré FM, cipal argumento do progra- apresentado pelo grupo "Vida ma "Louva Amazônia", que e cruz". CADERNO 2, PÁGINA 2
n REPRESENTANTES de grupos, serviços e movimentos pastorais preparam jornada social para agosto
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ARQUIDIOCESE
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E
stamos em julho, sétimo mês do ano 2021, há 14 meses vivendo a pandemia do novo coronavírus, fato que impactou a vida de todos nós e nos levou, de forma impositiva, a vivermos muitas situações incontroláveis, como a perda de pessoas queridas. Mas também nos levou a aprender novas formas de nos relacionar, novas formas de estudar, ensinar e aprender, novas formas de celebrar, novas formas de participar de eventos e celebrações, novas formas de orar em grupo... nossa, aprendemos tanta coisa nova... Uma experiência traumática, como a que todos vivemos, pode resultar em crescimento e mudanças individuais de cinco formas: encontro de novas oportunidades e possibilidades; relações mais profundas e maior
BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
O desafio de recomeçar compaixão pelos outros; fortalecimento para desafios; mudança de prioridades e maior apreciação da vida; e aprofundamento da espiritualidade. Essa é nossa capacidade de não apenas superar a crise, mas de realmente ficarmos mais fortes. Passamos por ciclos de encerramento que são fundamentais para os recomeços, quando nos permitimos amadurecer e acolher o novo que sempre está por vir e é claro que tudo isso envolve medo e ansiedade, mas procrastinar o recomeço não é saudável.
O fato é que o advento da vacina e o processo de vacinação em massa já começam a nos permitir voltar a viver de um jeito “quase normal”. Já podemos nos reencontrar e recomeçar a conviver presencialmente, ainda mantendo os devidos cuidados. Então, o convite para todos nós é: recomecemos! Na verdade, a gente recomeça todos os dias, quando acordamos, abrimos os olhos e vamos ao novo que se nos apresenta. E essa capacidade humana de recomeçar nos faz seres diferenciados, valendo observar
que o recomeço não segue um calendário e que só há dois dias em que é impossível recomeçar: o ontem e o amanhã. Ou seja, o dia para recomeçar é o hoje, da melhor maneira que você conseguir; uns de forma mais radical, outros de forma mais gradual, mas o importante hoje é recomeçar, seguir em frente. Na prática, na vida futura pós-pandemia já há pesquisas indicando que muitos comportamentos vieram pra ficar, como por exemplo, os hábitos de higienizar tudo que entra em casa, cozinhar,
fazer cursos on-line, ir às compras somente quando necessário, além das mudanças relacionadas ao trabalho remoto, à educação à distância, a novos modelos de negócios, novos postos de trabalho e revisão de crenças e valores. Ou seja, a previsão é de mudanças, de comportamento, de ações e atitudes. Dessa forma, é saudável que cada um faça planos. Quais são os seus? Ainda há uma série de coisas que não podemos controlar, mas nós podemos controlar nossos sonhos, objetivos e propósito. Então, desconecte-se do caos causado pela Covid19, acalme sua mente e seu coração, organize os pensamentos e as emoções e responda a você mesmo o que vai fazer quando a tão sonhada “liberdade” chegar? Está passando... Fique bem!
Centro oferece curso sobre CATEQUESE e missão na iniciação à vida cristã O Centro Cultural Missionário (CCM) vai ofertar de 2 a 6 de agosto um curso que se propõe a estabelecer maior interação entre missão e catequese. Para aprofundar o conceito de catequese e missão a partir dos documentos eclesiais e também da prática pastoral concreta. O curso “Catequese e Missão na Iniciação à Vida Cristã” procura, ao mesmo tempo, indicar caminhos para uma catequese sempre mais evangelizadora e mis-
sionária e uma teologia da missão bem integrada com a catequese à serviço da iniciação a vida cristã. Podem participar catequistas, lideranças das diversas pastorais e movimentos interessados em aprofundar a Palavra de Deus, participantes dos Conselhos Missionários, seminaristas, consagrados, ministros ordenados, religiosos (as), membros de institutos e novas comunidades. A formação acontecerá de forma online, com assessoria
dos padres Daniel Luz Rocchetti, da Comissão Episcopal para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e o Jânison de Sá Santos, da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Entre os temas destacamse: realidade dos catequistas; pedagogia da fé, partindo da Sagrada Escritura; documentos sobre Catequese e catequese no contexto da ação evangelizadora da Igreja, entre outros.
ANIMAÇÃO motiva comunidades no processo de escuta para a Assembleia Para ajudar as comunidades a organizarem e promoverem o processo de escuta para a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, foi produzida pela equipe de comunicação da diocese de Joinville (SC) e do Regional Sul 4 da CNBB uma animação com a história de uma comunidade paroquial que se mobiliza para contribuir neste caminho sinodal da Igreja no continente. Padre Aparecido liga para Terezinha, uma liderança na comunidade para marcar um momento de formação em vista da Escuta para a Assembleia Eclesial, cujo tema é “TODOS SOMOS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS EM SAÍDA”. O encontro continental está marcado para ocorrer em novembro, tendo como sede principal a Cidade do México, no México. A história que sucede do diálogo entre o padre e a liderança da comunidade explica o passo-a-passo do que pode ser feito nas comunidades e grupos para desenvolver o processo de escuta e
envolver todo o povo de Deus na Igreja no Brasil na participação e no apontamento do que queremos e sonhamos para a Igreja na América Latina e Caribe. “Como discípulos missionários, reunidos sinodalmente na Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe, relembraremos o que aconteceu na V Conferência Geral de Aparecida, e contemplando contemplativamente nossa realidade com seus desafios, reacenderemos nosso compromisso pastoral para que, em Jesus Cristo, os nossos povos têm uma vida plena e nos novos caminhos para 2031 + 2033”, contextualiza a organização da assembleia. Todo esse processo está sendo feito à luz da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em 2007, e do Documento de Aparecida sucedido deste encontro. O Papa Francisco, que motivou a realização desta assembleia, participou da Conferência de Aparecida como como arcebispo de Buenos Aires, e foi o relator do texto.
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
CRIAÇÃO Com criatividade e dinamismo, as Assessorias de Comunicação do Regional Sul 4 da CNBB e da diocese de Joinville montaram o roteiro e prepararam a animação. O vídeo também contou com o apoio da Pastoral do Surdo do Regional Sul 4 para a interpretação em Libras. A designer Carolina de Oliveira conta que foi “um prazer enorme participar do processo de criação” da animação para o vídeo do Processo de Escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe.
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
“O Processo de Escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, é a oportunidade de todos nós participarmos, dando contribuição para conhecermos quais são os desafios e os apelos para evangelizar em terras latino-americanas e caribenhas. A partir do material coletado, será elaborado o instrumento de trabalho da Assembleia”, motiva. Para a profissional, receber o convite para ilustrar e animar sobre esse conteúdo “rico de evangelização e participação de todo o povo”, foi
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
uma “alegria e uma experiência que, com certeza, engrandeceu muito meu trabalho e também de todos da Assessoria de Comunicação da Diocese de Joinville”. “Esse conteúdo foi elaborado por muitos e nós, da Assessoria de Comunicação, fizemos parte tanto na hora de roteirizar o vídeo como na elaboração da animação. Buscamos vozes locais de nossa Diocese e nossas próprias vozes, minha e do Eduardo Schmitz, para alegrar ainda mais esse conteúdo que irá chegar para o povo de Deus”, partilha Carolina.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 16 A 22 DE JULHO DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
CONVERSA COM MEU POVO
Ir ao ENCONTRO das ovelhas sem pastor I mpressiona-nos o fato de Jesus ter atenção com as pessoas em suas necessidades básicas, para chegar até à fome e sede de Deus que se encontra no mais profundo do coração humano. Da fome e sede de Deus, os que se fazem seus discípulos retornam por estradas semelhantes, dando sentido a todas as preocupações humanas, para que adquiram sentido profundo. Assim neste movimento de amor, do alto do amor da Trindade Santa até nós, e subindo de novo, para que, qual escada de Jacó, o caminho esteja sempre aberto, na comunhão que Deus
Compaixão significa sofrer com os outros, colocar-se em sua pele, tomar sobre nossos ombros a situação das outras pessoas oferece a toda a humanidade. O Evangelho (Mc 6,30-34) nos indica tal cuidado de Jesus inclusive com o descanso a que convida seus discípulos: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco”! (Mc 6,31). De fato, também o descanso faz parte de nossos deveres! Certamente muitos de nós deveriam se confessar do pecado de não ter descansado adequadamente, vindo como
consequência a irritação e a falta de caridade, além dos prejuízos à própria saúde. E é bom ouvir o convite ao repouso em tempos de férias para tantas pessoas, enquanto outras continuam no labor diário! Em nossa região, com o verão amazônico, basta ver a quantidade de pessoas e veículos em nossos carros e meios coletivos de transporte para agradecer a Deus por este dever, que se torna um presente dele mesmo a todos! Neste afã de conduzir toda a humanidade à plena comunhão com Deus, Jesus vê as numerosas multidões que a ele acorrem, reconhecendo que tanta gente se encontra como ovelhas sem pastor, em número muito maior do que aqueles que conseguem entrar de férias! Se a visão dos numerosos grupos em busca do lazer nos impressiona, basta alargar o horizonte, para identificar necessidades maiores do que aquelas tão justas do alimento, do trabalho ou do descanso. Trata-se da sede e fome de Deus, como o profeta Amós anunciou: “Dias hão de vir – oráculo do Senhor Deus – quando hei de mandar à terra uma fome, que não será fome de pão nem sede de água, e sim de ouvir a Palavra do Senhor” (Am 8,11). São multidões que acorrem a Jesus, tantas vezes sem saber o que procuram!Desejamos ir ao encontro de tantos que se sentem desorientados, “sem oriente”, sem rumo, e que clamam pela presença da Igreja, suplicam silenciosos ou em verdadeiros gritos pela nossa atenção e serviço evangelizador. Onde estão estas pessoas? Recentemente, chegando de barco a
Belém, ao retornar de uma missão, contemplava a imensa quantidade de edifícios, vindo-me à mente e ao coração a inquietação por tudo o que acontece dentro das quatro paredes de uma casa! Pareceu-me ouvir o chamado de muitas pessoas que vivem sozinhas, ou gente que nunca mais pôde sair de casa, desde o início da pandemia. Depois, passando pelas ruas e pela aglomeração às vezes temerária em nossas feiras, percebi que se trata do mesmo povo, com o mesmo grito de socorro. E prossegui pelas margens da baía, e quantos são os ribeirinhos, viajando com o olhar e o coração pelas nossas baixadas, por tantas vielas, com gente que fica às portas das casas, jogando baralho ou dominó, outros entregues à bebida! Vi muitos jovens cujo jeito indicava logo o uso de drogas, desejando encontrá-los para oferecer guarida nas instituições da Igreja. São ricos ou pobres, gente que mora em todos os tipos de condomínios, as ocupações existentes em nossas periferias, pessoas que se sentem anônimas ou outras às quais a Igreja já teve a graça de tocar com seu cuidado pastoral. Entendi mais ainda duas expressões e atitudes tão caras ao Papa Francisco: que sejamos uma Igreja em saída e que os pastores tenham o cheiro das ovelhas, indo ao encontro delas. O que fazer? “Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão” (Mc 6,34). Compaixão significa sofrer com os outros, colocar-se em sua pele, tomar sobre nossos ombros a situação das outras pessoas. “Como eleitos de Deus, san-
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nVINDE a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco! (Mc 6,31)
tos e amados, revesti-vos com entranhas de misericórdia, com bondade, humildade, mansidão, paciência; suportai-vos uns aos outros e, se um tiver motivo de queixa contra o outro, perdoaivos mutuamente” (Cl 3,12-13). Trata-se de vestir-se com as roupas de Deus, as da compaixão e da misericórdia, de modo que ninguém passe em vão ao nosso lado. E aprender do Senhor o modo como encontrar-nos com os outros, no respeito profundo pelo mistério de cada um, reconhecendo com amor todas as situações humanas. Nem todos poderão fazer tudo, mas todos nós poderemos fazer algo para ir ao encontro dos outros. Há a chamada regra de ouro, que pode responder a muitas perguntas sobre como poderemos ser uma Igreja em saída e participar do empenho de ser discípulos missionários: “Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles” (Mt 7,12). Ir ao encontro das necessidades e apelos dos outros, partindo inclusive da nossa própria situação. Depois, tomar cons-
ciência de que nem todos têm as mesmas capacidades e forças. Ajudará muito saber identificar a vocação e as características de cada pessoa, alegrando-nos com aquilo que o outro sabe e pode realizar, sem julgamentos ou exigências préconcebidas. Outra regra básica para o exercício da compaixão e da misericórdia se encontra na palavra de São Paulo: “Com os fracos me fiz fraco, para ganhar os fracos. Para todos eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do evangelho eu faço tudo, para dele me tornar participante” (1 Cor 9,22-23). Fazernos um com os outros, sentir com o coração das outras pessoas, não pedir mais do que alguém pode fazer ou oferecer. Há uma palavra fundamental no relacionamento com os que estão mais distantes: gradualidade! Não exigir que a outra pessoa suba a escada, mas ir ao encontro dela, para subir degrau por degrau! Enfim, em nossa realidade, avoluma-se um desafio que a Igreja de Belém tem procurado reconhecer, enfrentar e dar novos
passos. Nossa Arquid i o c e s e c re s c e e m extensão, com novas áreas populacionais e também cresce na verticalização. Temos encontrado boa vontade de pessoas e instituições, mas é hora de apelar para as pessoas que têm ou podem arregimentar recursos em vista da aquisição de novas áreas para a construção de igrejas. Queira o Senhor que este apelo faça muitas pessoas descerem do barco, como Jesus, e vislumbrar as possibilidades e necessidades de nossa Igreja.
Ir ao encontro dos outros
Em nossa realidade, avoluma-se um desafio que a Igreja de Belém tem procurado reconhecer
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IGREJA
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CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um pequeno GRANDE livro (29)
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a edição da semana passada de “Miscelânea” esqueci-me de relatar, pelo que faço-o agora, que ao voltar do Rio, findo o 36º Congresso Eucarístico Internacional, encontrei em casa, à minha espera, um envelope aéreo em cujas bordas havia as cores dos Estados Unidos da América do Norte. Chegara no mesmo dia em que eu deixara Belém. Dentro, uma cartinha
Em 1959 fundou o Banco da Providência para o atendimento a pessoas que viviam em condições miseráveis
do Saldanha Coelho, da revista carioca Branca. Eu participara, meses antes, de um concurso de crônicas promovido por ela e meu modo de escrever agradara muito a Saldanha, daí a razão de ele, nessa carta, me convidar a assumir lá, não me lembro mais se na embaixada EUA, ou em seu consulado, a função de revisor. Minha resposta, frisava ele, devia ser urgentíssima. Como, por um lado, não entendia quase nada de Inglês e, por outro, já se passara mais de um mês da chegada da carta, deixei-a sem resposta e a coisa morreu por aí. Terminada aqui minha grande digressão à brilhante e sofrida trajetória do, para mim, inigualável Dom Hélder Câmara voltemos a ele. Minha última afirmação sobre ele foi que no CELAM (Conselho Episcopal Latino
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meado arcebispo de Olinda e Recife, no Estado de Pernambuco, múnus que exerceu até dois de abril de 1985. A partir da próxima edição de “Miscelânea” veremos sua atuação no nordeste. Até por lá. Shalom! Trajetória de Dom Hélder Câmara
n PARTE do plenário de uma das sessões do Vaticano II
Americano) exerceu os cargos de presidente e vice presidente. Prossigamos a partir daí. Em 1956 fundou a Cruzada São Sebastião, cuja finalidade dar moradia decente aos favelados do Rio de Janeiro. Essa sua iniciativa originou vários conjuntos habitacionais. Em 1959 fundou o Banco da Providência para o atendimento a
pessoas que viviam em condições miseráveis. Teve participação ativíssima no Concílio Ecumênico Vaticano II. Foi eleito padre conciliar em suas quatro sessões. Foi um dos propositores e signatários do Pacto das Catacumbas, documento da maior importância, assinado por cerca de quarenta padres conciliares, no dia 16 de novembro de
1955, nas Catacumbas de Domitila, ao final de uma celebração eucarística conjunta, pacto que muito influenciou a Teologia da Libertação. Diante da conturbada situação sócio-política nacional, a divergência de posições com o cardeal Dom Jaime Câmara tornou difícil sua permanência no Rio de Janeiro. Assim, no dia 12 de março de 1964 foi no-
Teve participação ativíssima no Concílio Ecumênico Vaticano II. Foi eleito padre conciliar em suas quatro sessões
CURSO de Extensão Acadêmica sobre a Economia de Francisco A Arquidiocese de Maringá, em parceria com a Uningá, está lançando a “Escola da Economia de Francisco”: Uma iniciativa que busca fomentar um novo modelo de
economia “que faz viver e não mata, inclui e não exclui, humaniza e não desumaniza, cuida da criação e não a devasta”, a fim de gerar maiores benefícios para as diferentes
camadas da sociedade. As aulas serão realizadas aos sábados, das 15 às 17 horas, através da plataforma online Moodle, onde receberão todos os materiais e atividades do
curso; sua estrutura possui cinco módulos: Economia popular solidária; Desigualdade e pobreza; Educação e finanças pessoais; Modelo econômico atual e, Eco-
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
nomia de Francisco. A Aula Magna aconteceu dia 07 de julho. Após o encerramento do curso no dia 04 de dezembro, será emitido um certificado de 64
horas para cada participante, desde que atenda a frequência mínima de 75% das aulas. Inscreva-se já pelo site da Uningá e faça parte desse movimento.
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 6, 30-34
30Os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31 Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descasai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham tempo nem para comer. 32 Então foram sozinhos de barco, para um lugar deserto e afastado. 33 Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. B) COMENTÁRIO
Os discípulos trazem a Jesus o resultado da missão a eles confiada (Mc 6,7-13), e
bem executada. Antes o mestre apresentara um “a priori” ao grupo, e agora (Mc 6,30-34) se encontram diante de um “a posteriori”, uma avaliação após o fato consumado do que fora programado. Conclui-se que é indispensável avaliar sempre os trabalhos pastorais. Os discípulos apresentam a Jesus o que aconteceu; e o mestre os chama para uma pausa energética e repousante. O grupo esteve ausente da presença do mestre. O trabalho fez sentir a falta da pessoa de Jesus com eles e assim procuram recuperar na convivência. Os apóstolos são chamados para um convívio mais próprio da vida com Jesus e vice-versa: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Portanto “foram sozinhos de barco, para um lugar deserto e afastado (v 32)”. Os exercícios espirituais na vida da Igreja têm tudo a ver
com esta prática de Jesus e seus apóstolos. Embora o afastar-se da aglomeração fora decidido a ser feito em surdina, o que se verifica pela expressão: “vinde sozinhos para um lugar deserto”, não lograram fazê-lo em segredo absoluto. Foram reconhecidos e souberam até mesmo do destino, e “chegaram lá antes deles” (v 33). “Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão” (v 34). É majestoso observar que Jesus não fica nervoso, não perde a compostura, nem se vê em situação de uma “fuga fracassada”. Pelo contrário, acolhe serenamente a todos; ele abre o seu coração e sente compaixão da multidão! A população se empenha e os busca de toda maneira. A multidão inquieta é comparada a um rebanho sem pastor. Jesus estabelece um confronto: ovelhas/pastor; discípulos/mestre. Jesus é pastor, tarefa
própria de Deus Pai, no Antigo Testamento, como a do rei do povo de Deus, e atributo ou título do Messias (Ez 34,1115.23; Mc 14,27; Jo 10,1ss). O mestre acolhe o povo numeroso e faminto, entusiasmado por ele. Jesus se enche de compaixão e os nutre com a palavra (6,34) e com o pão miraculoso (6,42). Por outro lado, é bom constatar que a iniciativa não é da multidão e sim de Jesus; é exatamente ele quem estimula a busca do que necessitamos todos, para a saúde e vida plena. O texto diz que Jesus começou a ensinar-lhes muitas coisas. E realmente há muito que aprender com o mestre! O ímpeto daquela “massa humana” pelo “pão” que é Jesus é estímulo para nós fazermos o mesmo; que o busquemos! Quem está com ele em oração, é capaz de fraternidade, pois ele é o bem maior para todos.
n 16/07 – SEXTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Zc 2,14-17 Salmo - Lc 1,46-55 Evangelho - Mt 12,46-50 n 17/07– SÁBADO Cor: Vermelho 1ª Leitura - Ex 12,37-42 Salmo - Sl 135,1.23-24. 10-13-15 Evangelho - Mt 12,14-21 n 18/07 – DOMINGO Cor: Verde 1ª Leitura - Jr 23,1-6 Salmo - Sl 22,1-3a.3b-4-6 2ª Leitura - Ef 2,13-18 Evangelho - Mc 6,30-34 n 19/07 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Verde
1ª Leitura - Ex 14,5-18 Salmo - Ex 15,1-6 Evangelho - Mt 12,38-42 n 20/07 – TERÇA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Ex 14,21-15,1 Salmo - Ex 15,8-10.12. 17 Evangelho - Mt 12,46-50 n 21/07 – QUARTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Ex 16,1-5.9-15 Salmo - Sl 77,18-19. 23-24-28 Evangelho - Mt 13,1-9 n 22/07 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Ct 3,1-4a Salmo - Sl 62(63),2-6.8-9 Evangelho - Jo 20,1-2.11-18
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ INTRODUÇÃO
A
prática de atitudes que contribuem para a promoção da comunhão eclesial só é possível através de um sério investimento formativo. Para que a nossa fé possa ser testemunhada necessita que seja amadurecida através de um processo de formação. Todo conteúdo que não é assimilado também não poderá ser traduzido em comportamento. Por isso não podemos descartar a necessidade da formação da fé. A fé precisa ser educada. Isso significa concebê-la como uma realidade portadora de um potencial que deve
Fé e vida caminham juntas, são interdependentes. A fé compromete ou gera impacto na dinâmica da vida, bem como a vida é promovida pelos conteúdos da fé ser processado pela razão para ser aplicado concretamente. Caso contrário, caímos no fideismo vazio ou no espiritualismo estéril. Isso acontece quando a fé não desenvolve a sua dimensão moral. Nesta reflexão consideremos alguns investimentos formativos importantes para a prática de atitudes de comunhão. Recordemos o que nos diz o Documento de Aparecida sobre a importância da formação do discípulo de Jesus: “O caminho de formação do seguidor de Jesus lança suas raízes na natureza dinâmica da pessoa e no convite pessoal de Jesus Cristo, que chama os seus pelo nome e
FORMAR para comunhão (7)
estes o seguem porque lhe conhecem a voz. O Senhor despertava as aspirações profundas de seus discípulos e os atraía a si, maravilhados. O seguimento é fruto de uma fascinação que responde ao desejo de realização humana, ao desejo de vida plena. O discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como o mestre que o conduz e acompanha” (Doc. AP, 212).
DIVULGAÇÃO
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Fortalecer a relação entre Fé e Vida O processo de formação da fé, que pode acontecer de diversas formas como através da catequese, deve considerar deste os primeiros passos da evangelização, a inseparabilidade entre fé e vida. Isso significa que a evangelização não deve ser concebida como uma espécie de transmissão de doutrina que simplesmente compromete a memória do fiel, mas não desperta para a mudança de atitudes de vida. Fé e vida caminham juntas, são interdependentes. A fé compromete ou gera impacto na dinâmica da vida, bem como a vida é promovida pelos conteúdos da fé.
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Promover o amor a Deus e ao próximo Assimilada a inseparabilidade entre fé e vida, o fiel, paulatinamente, será chamado à prática do Amor a Deus e ao próximo. Essa exigência, deste o início foi muito refletida nas comunidades primitivas, por isso, São João com muita firmeza afirmou para as suas comunidades: “Amados, amemonos uns aos outros, pois o amor vem de Deus. E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4,7-8); “Quanto a nós, amemos, porque ele nos amou primeiro. Se alguém diz: «Eu amo a Deus», e no entanto odeia o seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê”. (1Jo 4,19-20). A comunhão eclesial deve ser visível, vivida
O PROCESSO de formação da fé, que pode acontecer de diversas formas como através da catequese
por cada fiel, é a tradução do amor em dupla relação, para com Deus e com o próximo. O amor ao próximo visibiliza o nosso amor a Deus. Quanto menos consciência da necessidade do amor fraterno, menos sinais de comunhão haverá numa comunidade. É nesse contexto de prática do Amor que deve-se apresentar o ideal da santidade cristã.
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A dimensão moral da catequese Ao final da parábola do semeador, Jesus afirma que as sementes que produziram frutos foram aquelas que compreenderam a palavra acolhida (cf. Mt 9). Isso quer dizer que a catequese tem uma dimensão moral, ou seja, deve facilitar o processo de compreensão de suas exigências, estimular compromissos, incentivar o exercício de virtudes. Quando a dimensão moral da catequese é negligenciada tudo se reduz a ideias as serem decoradas. A catequese ao apresentar aos catequizandos os mistérios da fé, deve também oportunizar o crescimento no amor aos outros. Por isso, não basta apresentar a pessoa de Jesus, é preciso que sejam estimulados a amálo, admirá-lo, segui-lo, imitá-lo! Não basta que conheçam a Igreja, é necessário que a amem, estejam comprometidos
com ela e tenham por ela um profundo sentido de pertença, convictos de que a Igreja são pessoas, é uma comunidade, uma família reunida pela fé em Jesus Cristo. Em geral quem, amadureceu o seu sentido de pertença à Igreja vai amá-la promovendo tudo o que estiver ao seu alcance para que ela se torne mais forte, cresça, seja dinâmica e significativa.
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Promover estruturas de comunhão A estrutura organizacional da Igreja, com a diversidade de seus organismos internos, está a serviço da promoção da comunhão e isso deve sempre ser recordado e aprofundado. Estamos nos referindo ao serviço da autoridade do papa, do bispo, do pároco, do coordenador de comunidade em nível local, bem como, de qualquer outro coordenador de pastoral, grupo, movimento, associação, serviços. Todos devem contribuir com a comunhão da Igreja e, por isso, sem exceção, no seu nível de atuação específica, devem capacitar seus liderados para a comunhão fraterna na Igreja. Especial atenção devemos dar às instâncias de reflexão, discernimento e decisão, como são os conselhos. Os conselhos,
respeitados seus âmbitos de atuação, são instrumentos de promoção do senso da colegialidade eclesial em vista do fortalecimento da Igreja e sua solidez na comunhão. Mas é bom recordar que não existe comunhão sem vida fraterna. Muitas vezes as rupturas nas comunidades ou conflitos que enfraquecem a unidade fraterna são consequências da má gestão dos conflitos ou desafios. O envolvimento dos outros, como discernimento comunitário, é muito importante como fizeram os primeiros apóstolos no incidente de Antioquia (cf. At 15). A promoção da cultura da avaliação deve ser um compromisso desses instrumentos porque, quando atuam corretamente, fortalecem a fraternidade e alimentam a harmonia da Igreja. O bom costume da avaliação constante promove o senso de corresponsabilidade na Igreja que por sua vez contribui para a comunhão da mesma.
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Fortalecer a Vida Espiritual Outro compromisso que contribui decisivamente para a promoção da comunhão eclesial em nossas comunidades é o fortalecimento da vida espiritual das comunidades. A qualidade das nossas atitudes
depende do teor da nossa vida espiritual. Recordemos as palavras de Jesus quando disse: “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio” (Lc 6,45); “é do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias” (Mt 15,19). O fortalecimento da vida espiritual de uma comunidade passa por experiências bem concretas como, por exemplo, a oração pessoal, a prática da leitura orante da Palavra de Deus, a participação em retiros espirituais, a frequente e consciente participação aos sacramentos, etc. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Quais são as consequências da fé sem relação com a vida? Porque as estruturas da organização pastoral da Igreja são importantes para a promoção da comunhão? Quais atividades podem nos ajudar no fortalecimento da vida espiritual?
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Sério investimento formativo
A comunhão eclesial deve ser visível, vivida por cada fiel, é a tradução do amor em dupla relação, para com Deus e com o próximo
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
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FAMÍLIA NAZARÉ
Associação S. Bento e S. Pe. Pio REZA pelos benfeitores AÇÃO DE GRAÇAS pela Família Nazaré ocorre todas as sextas-feiras na Capela Nossa Senhora de Nazaré
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n NÃO TEMAS! Proclamação da liturgia
erá no dia 16 a próxima Missa pela Família Nazaré, às 16h, transmitida ao vivo pela Rede Nazaré de Televisão, canal 30 (ou na sintonia da sua cidade) e pela página da Fundação Nazaré de Comunicação no Facebook. A celebração que acontece sempre às sextas-feiras, desta vez contará com a participação do grupo “Adorar Jesus”, ligado à Paróquia Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, a Basílica Santuário. A celebração eucarística tem a intenção de manifestar ação de graças a Deus, por parte da Arquidiocese de
Belém, pela vida dos benfeitores que ajudam a manter a obra de evangelização realizada pelos veículos de comunicação arquidiocesanos: a Rede Nazaré de Televisão, a Rádio Nazaré FM, o Portal Nazaré, além do Jornal Voz de Nazaré. A Santa Missa pelos sócio evangelizadores da Família Nazaré é celebrada na Capela Nossa Senhora de Nazaré, e pode ser acompanhada pelos meios de comunicação arquidiocesanos, visto que ainda é vigente a pandemia e o protocolo sanitário de prevenção contra a covid-19.
MISSA DO DIA 9 A santa Eucaristia em intenção dos benfeitores sempre conta com a participação de sacerdotes convidados pela Arquidiocese de Belém para ajudar também com suas orações a interceder pela Família Nazaré. A Associação de Misericórdia Redentora São Bento e São Padre Pio, comunidade ligada à Paróquia Cristo Rei, rezou pela Família Nazaré no dia 9 deste mês. Naquela data, a Igreja festejava Santa Paulina, honrando a memória da santa que dedicou suas vida a acolher os mais pobres e os mais necessitados. A Missa pela Família Nazaré envolve as pessoas que todos os meses contribuem com generosidade para ajudar a Igreja de Belém a manter a Fundação Nazaré de Comunicação, instituição que tem a missão de propagar o trabalho de evangelização diocesana para toda a Amazônia Legal, e para o mundo pelos veículos da mídia arquidiocesana. A atitude de doar e o tema das Sagradas escrituras para a Liturgia do dia permitiram ao presidente da celebração, padre Benedito Rocha Magalhães, fazer um paralelo com a Família Nazaré. "Santa Paulina não mediu esforços para ajudar os necessitados. Confiante em Deus, ela teve como recompensa os altares. A Palavra de
FOTOS: FRAME TV NAZARÉ
n PE. BENEDITO Doar e confiar em Deus, gestos essenciais para o cristão
n COMUNIDADE "Filhos de Padre Pio" presentes à celebração
Deus hoje nos garante: "Não tenhas medo! Eu estou contigo!" - Nisto, quero, junto com todos que nos acompanham pela TV Nazaré, pela rádio e pelo portal, pedir a Deus que cubra de todas as bençãos, os nossos irmãos da Família Nazaré, que a exemplo da Palavra de hoje, não medem esforços para ajudar a obra realizada
pela Fundação Nazaré. É graças a sua atitude de doar aquilo que você pode, confiando em Deus, que estamos podendo partilhar esta Santa Missa com outras pessoas, além de nós, presentes aqui na igreja". A Paróquia Nossa senhora das Vitórias será a próxima comunidade a rezar pelos benfeito-
res no dia 23 de julho. SEJA BENFEITOR A contribuição dos benfeitores da Família Nazaré é um dos principais fatores que ajuda a evangelização realizada pelos diversos projetos pastorais da Igreja de Belém. Ligue 4006-9211. Seja um integrante da Família Nazaré!
Grupo responsável pela missa na próxima semana, dia 23/7: NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS
NOSSOS ANIVERSARIANTES Dayse Lima da Silva Maria de Lourdes Silva Cezar Carmina Pimentel de Sena Maria do Carmo Angelina Mileo Euna Leite Marques Tereza Feio Pinheiro Edmilson e Lucia Castro Raimundo Edmilson Castro Miguel Soares Brabo Arquimima do Carmo Silva de Souza Angelina do Carmo Panzut Maria Monteiro e Monteiro Manoel do Carmo R. da Silva Maria do Socorro Ferreira da Silva Maria do Carmo Oliveira Alves Jose do Carmo Ferreira Gomes Denilson Araujo Paróquia Nossa Senhora do Carmo Maria do Carmo Souza Fontes Maria do Rosário Arrais Almeida Reginaldo Teruyoshi Hamaguchi Casal Helio Alves Pinheiro e Ana Beatriz Cantanhede Manoel Maria Caldas Graciete Naide de Barros Fima Lucidea Ferreira Margalho Ocivaldo Quintairos Evaldo Lopes de Freitas Filho Luiz Otavio Castro dos Santos Andre Augusto da Silva Nogueira
Newton Dias Maria Dulcirene da Silva Cunha Rutte Maria Lima de Sousa Antonio Carlos Alberio Maria de Nazaré Souza de Castro Santana Galdino e Sebastião Costa Reis João Afonso da Silva Conceição Walter Junior Canelas de Figueiredo Benedito Francinaldo Brabo Alves Vicente Silva Risoleide Ferreira Souza Carolina de Nazaré Silva Pinheiro Adalcilinda Luiza Duarte Mufarrej Catharina das Graças Eymard Gonçalves Maria Raimunda Siqueira de Oliveira Ligia Araujo Moraes Francisca de Sousa Pereira Oceanira Farias de Miranda Ubirajara Netto Emiliana Cerdeira Teixeira Laurinda Damasceno Favacho Terezinha de Jesus Cardoso Magalhães Costa Laide Pereira do Nascimento Maria do Socorro Castro Maria Jose Palheta Luz
Suely Maria das Graças dos Reis Araujo Ana Rita Resende de Vasconcelos Carlos Sergio Fernandes da Silva João Vicente Vianna Longo Francisco dos Santos Pacheco Junior Leidiane Gatinho dos Santos Dalgino dos Santos Monteiro Celina de Freitas Rodrigues Dorvalina Rodrigues da Silva Julia Furtado de Lima Maria Suely Amaro de Oliveira Maria do Carmo Souto Machado Rute Helena Correa de Jesus
Marisa Campos de Melo Freitas Telma Cristina da Cruz Moreira Arnu Torres dos Santos (In Memoria) Maria da Conceição Silva Maria Madalena Gama Correa Elza Maria Lobo da Costa Maria Celia Silva Henriques Glaucia Aguiar de Oliveira Solange Maria Alves Mota Santos Edna Maria de Moura Palha Leila do Socorro Monteiro Leal Carlos Fabio Ferreira de Almeida Roseane de Fátima Rodrigues Alvesxo
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 16/07 – Pe. Ailton Melo Teixeira 19/07 – Diác. Paulo Vicente Frenandes Galende 19/07 – Pe. George Jenner Evangelista França
n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 17/07 – Pe. Evandro Rosendo Favacho do Carmo 19/07 – Pe. Hélio Fronczak 21/07 – Pe. Gbèyigbèna Pierre Agon
BELÉM, DE 16 A 22 DE JULHO DE 2021
CADERNO DOIS
NOVOS horizontes missionários para a Arquidiocese de Belém FOTOS: DIVULGAÇÃO
NO ICUÍ-GUAJARÁ, desponta nova área mis-
sionária entra duas paróquias em Ananindeua
A
s comunidades da Paróquia São José Operário, no bairro do Icuí-Guajará, em Ananindeua, município da região metropolitana de Belém estão sendo visitadas pelo Bispo Auxiliara de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, com o objetivo de conhecê-las melhor. Acompanham o bispo nas visitas, o padre André Teles, Vigário Episcopal da Região São Vicente de Paulo, padre Ailton Melo, pároco da Paróquia São José Operário, e padre Edvaldo Amaral, pároco da Paróquia Santo Inácio de Loyola. Dom Antônio tem assumido, diretamente, na Arquidiocese de Belém, o acompanhamento pastoral das áreas missionárias, pois trata-se de um trabalho evangelizador que resulta na ex-
pansão da Igreja nas áreas onde é bem expressiva a necessidade de uma caminhada missionária, lado a lado com a comunidade, até a hora chegada de se concretizar uma nova comunidade ou paróquia. “A sensibilidade missionária da Igreja a leva a estar sempre atenta às novas demandas pastorais, aos desafios internos a serem encarados e oportunidades que surgem em cada contexto. A missionariedade rejuvenesce a Igreja e, assim, a lança por caminhos novos estimulando-a a crescer continuamente”, opina Dom Antônio. O bispo observa que o bairro do Icuí-Laranjeira comporta uma grande área demográfica e diversas paróquias naquele território. “Percebemos, claramente, que os desafios observados são grandes, sendo um deles o tamanho da paróquia, que tem mais de 10 comunidades. Da mesma forma, as demais paróquias daquela área, em particular, a paróquia vizinha, Santo Inácio de Loyola”. A realidade do cotidiano social das comunidades também é levado em conta, pois é um
n DOM ANTÔNIO visitando o local onde cresce a evangelização no Icuí-Guajará
contraste muito evidente, considera Dom Antônio. “É um bairro que comporta em seu território diferentes realidades: áreas de classe média, condomínios, áreas de pobreza e de ocupação, onde o peso da pobreza nos chama a atenção”. REVISÃO Devido à grandeza territorial do bairro do IcuíGuajará, as duas referidas paróquias estão em processo de estudo pela Arquidiocese de Belém em vista de
uma revisão territorial e reorganização das comunidades, adianta o bispo Dom Antônio. “A meta é a criação de uma nova Área Missionária, localizada entre as duas paróquias, tendo como sede a Comunidade “Ascensão do Senhor”. Com esse redimensionamento, além de suavizar o atendimento pastoral para as duas paróquias, temos a perspectiva de fundar quatro novas comunidades. Essa nova realidade representa um avanço
considerável para a evangelização nesse bairro”, continua Dom Antônio. “As paróquias com grande extensão territorial e alta densidade demográfica, quase sempre, dão pouca visibilidade à Igreja católica. Eis porque é necessário o redimensionamento dos territórios paroquiais, proporcionando, assim, a intensidade da presença do padre nas comunidades e mais disponibilidade para atender o povo”, conclui o bispo auxiliar.
n CONDOMÍNIOS em volta das comunidades paroquiais: contraste com áreas de ocupação, onde a pobreza é preponderante, conclui o bispo durante visita
Arquidiocese de Belém emite NOTA OFICIAL sobre o Círio 2021
Acerca de notícias que dão conta da realização do Círio de Nossa Senhora de Nazaré 2021 em seu for-
mato tradicional, a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) esclarece o seguinte: 1. Não há, até o momento, nenhuma decisão nesse sentido, seja da DFN, dos Padres Barnabitas ou da Arquidiocese de Belém. 2. A programação sugerida será apresentada ainda este mês aos órgãos de saúde e de segurança do Estado do Pará e da Prefeitura Municipal de Belém, a fim
de que se alcance uma decisão coletiva. 3. A principal preocupação da Diretoria da Festa é com a saúde do povo do Pará, daí, porque a programação será pautada pelo cuidado e pela atenção com as questões sanitárias ainda pungentes. 4. Após as tratativas oficiais, a programação será anunciada ao público no dia 08/08/2021, em pronunciamento oficial de Sua Excelência Reverendíssima, Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém. Belém, 14 de julho de 2021. DIRETORIA DA FESTA DE NAZARÉ
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ARQUIDIOCESE
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 16 A 22 DE JULHO DE 2021
JORNADA SOCIAL: o mutirão pela vida! COMEÇO das ações sociais envolve a Pastoral das Ilhas e jornada iniciará dia 7 de agosto
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dados a renovar o nosso compromisso pela promoção da dignidade da pessoa humana dando especial atenção à vida das pessoas sem terra, sem casa e sem trabalho", ressalta o pastor. A I Semana Social Brasileira é um evento que visa estimular toda a sociedade brasileira para a necessidade de renovar o seu compromisso com a promoção da dignidade humana, dando atenção às suas necessidades básicas. "O tema da Semana Social Brasileira deste ano nos convida ao compromisso concreto de renovar o nosso olhar para os graves efeitos da pandemia nos mais variados contextos", ressalta Dom Antônio. O bispo Antônio enu-
mera as razões que ensejam a participação da Arquidiocese de Belém no evento nacional: "a pobreza aumentou, cresceu o número dos moradores de rua, o desemprego é real para milhões de pessoas vivendo graves humilhações. Outra coisa é o impacto psicológico enorme para grande parte da população, grave situação de adoecimento mental". A Arquidiocese de Belém renova seu compromisso de promoção da dignidade humana em todos os contextos, através das suas pastorais, grupos, movimentos e serviços caritativos, apoiada por parceiros, convoicados a se solidarizar e promover qualidade de vida, indo ao encontro daquelas pes-
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n COMISSÃO organizadora da jornada reuniu-se dia 14 em Belém
soas que vivem na situação de vulnerabilidade social", explica o bispo. Neste ano, considerando o contexto pandêmico, a Pastoral das Ilhas dará especial atenção às populações que vivem na região do baixo Acará, Cotijuba e Outeiro. Considerando os múltiplos desafios e carências do povo, aproveitando o estímulo da Semana Social Brasileira, que se inicia no mês de agosto, a Jornada Social começa pela Comunidade Boa Vista, no Acará. Iniciando às 8h com a celebração da Santa Missa, a jornada seguirá com oferta de diversos serviços sociais e parte cutural, encerrando-se às 16h para o retorno da equipe organizadora e de missionários a Belém.
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o dia 7 de agosto, a Arquidiocese de Belém realizará a primeira Jornada Social na Comunidade Boa Vista, região do Baixo Acará. O evento concretiza a participação da Arquidiocese de Belém na I Semana Social Brasileira, que acontece neste ano 2021, iluminada pelo tema “Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho”. A atividade foi definida em reunião realizada na Cúria Metropolitana de na manhã de quarta-feira. 14 de julho, com representantes da comissão oraganizadora. À frente da coordenação da programação arquidiocesanas está o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro. "Somos convi-
n REPRESENTANTES diocesanos decidiram início da jornada no Acará
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ n LOUVA AMAZÔNIA #NOAR A Rádio Nazaré FM informa que já dispõe em sua grade de programação de um espaço onde todos os artistas católicos paraenses poderão evangelizar, divulgar a sua missão e “fazer um som” ao vivo. Ainda em clima de festa pelos 25 #NoAr, a emissora diocesana
anuncia, com alegria, que quintafeira, 15, estreiou o programa “Louva Amazônia”, apresentado pelo Ministério de Música “Vida e cruz”, atuante no âmbito da Arquidiocese de Belém. Os ouvintes poderão acompanhar o programa todas as quintas-feiras, das 20h às 21h. Sin-
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n NAZARÉ NOTÍCIAS EM NOVO HORÁRIO A primeira edição do Telejornal Nazaré Notícias, da Rede Nazaré de Televisão, passa a ser transmitido às 12h, entre os dias 14 ao dia 30 deste mês, em substituição a Missa da Residência Episcopal, que foi
suspensa neste mês de julho. A apresentação do telejornal é da jornalista Larissa Cristina, que cobre as férias do apresentador Marcos Valério. O Nazaré Notícias continua sendo reexibido às 19h e 22h.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n ENVIE SUA SUGESTÃO DE PAUTA Participe conosco enviando seu pedido de oração pelos nossos números de WhatsApp: (91) 993155743 e pelos veículos de comunicação da Rede Nazaré! Faça parte da produção do Portal Nazaré. Envie sua sugestão de pauta, programação da festividade ou a programação de sua
paróquia para o e-mail: portal@ fundacaonazare.com.br. Atenção! É indicado que as pautas estejam de acordo com a missão da Fundação Nazaré de Comunicação: “Promover a formação integral da pessoa humana e a defesa da vida, à luz do evangelho, através dos meios de comunicação”.
tonize 91,3 MHz e participe! Envie mensagem para o whatsApp da Rádio 9.8814-0275.
BOA DICA n COMO SER AMIGO Molly Wigand, Livro (PAULUS, R$ 25,00 )
E
m Como ser amigo - Um livro sobre amizade... A autora Molly Wigand apresenta às crianças os valores que ajudam a construir boas amizades: lealdade, verdade e honestidade. E como as crianças podem se tornar boas amigas umas das outras. n AMOR SEM DR Mariangela Mantovani, Livro (Paulinas, R$ 26,50)
O
tema da obra é a família e, para isso, a proposta é começar do início, ou seja, pelo relacionamento do casal como fundamento para a compreensão do comportamento individual, da estrutura familiar e da formação dos filhos. O livro é dividido em duas partes: na primeira, a autora trata do relacionamento amoroso do casal e na segunda escreve sobre os filhos como parte desse relacionamento. A autora mostra como a autoestima, a autoconsciência e a autoaceitação são importantes para o casamento. Com uma longa experiência na área de psicologia, a autora mostra, a partir de exemplos práticos vivenciados em sua clínica, como os problemas podem ser solucionados e a eficácia das intervenções. Os exercícios propostos e a linguagem direta e didática possibilitam aos leitores usá-los em seu próprio desenvolvimento.
ORAÇÃO a São Judas Tadeu Agradecimento São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saúdo e louvo pela fidelidade e amor com que cumpristes vossa missão. Chamado e enviado por Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam a verdadeira Igreja, fundada por Cristo. Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração, encontram o caminho para o Pai, abrem o coração aos irmãos e descobrem forças para vencer o pecado e superar todo o mal. Quero imitar-vos, comprometendo- me com Cristo e com sua Igreja, por uma decidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre. E, assim convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, como membro ativo de minha comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça que imploro confiando na vossa poderosa intercessão. (Faça o pedido da graça a ser alcançada…) São Judas Tadeu, rogai por nós! Amém!
Teresinha da Glória Dias - Tomé-Açú, Pará Por graças alcançadas
VATICANO
CADERNO DOIS
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Papa PRESIDIU recitação do ângelus de Hospital 10.º ANDAR do Hospital Gemelli voltou a acolher recitação do ângelus, 16 anos depois
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om informações agência Ecclesia. O Papa presidiu a recitação do ângelus no domingo, 12, do Hospital Agostino Gemelli, de Roma, onde se encontrava após uma intervenção cirúrgica, agradecendo a acompanha na recuperação e sublinhando a importância dos sistemas de saúde. “Nestes dias de internamento, experimentei a importância de um bom serviço de saúde, acessível a todos, como é o caso da Itália e de outros países. Um serviço de saúde gratuito, que garanta um bom serviço, acessível a todos. Este precioso bem não deve ser perdido”, referiu Francisco, do o 10.º andar da instituição, na qual foi operado a um problema no cólon, no domingo anterior. O Papa falou de pé, na varanda, surgindo sorridente perante a multidão que o esperava, e foi recebido com
uma salva de palmas e gritos de ‘Viva o Papa’. “Agradeço a todos: tenho sentido muito a vossa proximidade e o apoio das vossas orações. Obrigado, de coração”, disse. Perante centenas de pessoas reunidas diante do edifício – e falando para milhões de espectadores, através da transmissão online -, o Papa manifestou o seu “apreço e incentivo aos médicos e a todos os profissionais de saúde e funcionários” deste e outros hospitais, que “trabalham tanto”. “Rezemos por todos os doentes, especialmente pelos que se encontram em condições mais difíceis: que ninguém fique só e todos possam receber a unção da escuta, da proximidade e do cuidado. Peçamo-lo por intercessão de Maria, nossa Mãe, Saúde dos enfermos”, acrescentou. “Por que sofrem as
crianças? É uma pergunta que toca o coração. Acompanhemo-los com a oração”, apelou. O Papa começou por manifestar-se “feliz” pela possibilidade de poder manter o compromisso da recitação dominical do ângelus, ao meio-dia de Roma. Na sua reflexão sobre a passagem do Evangelho do dia, que é lida nas Missas de todo o mundo, Francisco sublinhou que os discípulos de Jesus “ungiram muitos enfermos com óleo e curaramnos” (Mc 6,13). “Este ‘óleo’ é certamente o sacramento da Unção dos enfermos, que conforta o espírito e o corpo. Mas este ‘óleo’ é também a escuta, a proximidade, a preocupação, a ternura de quem cuida do doente: é como uma carícia que te faz sentir melhor, alivia a dor”, observou. "Todos nós, todos, mais cedo ou mais tar-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n O PAPA falou de pé da varanda do quarto que esteve internado
de, precisamos dessa ‘unção’ da proximidade e da ternura, e todos podemos dá-la a outra pessoa, com uma visita, um telefonema, uma mão estendida para quem precisa de ajuda”. Depois de uma semana sem aparições públicas, Francisco foi à janela do seu quarto pedir o “contributo de todos” e um compromisso comum para manter o “bem pre-
cioso” dos serviços públicos de saúde. O Papa desafiou a Igreja Católica a manter as suas instituições de saúde, resistindo à tentação de “vender” quando surgem dificuldades econômicas, para “salvar as instituições gratuitas”. “A vocação na Igreja é fazer serviço e o serviço é gratuito”, insistiu. O 10.º andar do Hospital Universitário Agostino Gemelli, que
acolhe Francisco, recebeu em várias ocasiões São João Paulo II, a última das quais em 2005, pouco antes da sua morte. O Papa polaco recuperou nesta instituição após o atentado contra a sua vida, a 13 de maio de 1981, e esteve internado noutras ocasiões, tendo recitado, por várias vezes, a oração do ângelus e ‘Regina Caeli’ dessa instituição de saúde.
A SAÚDE é um bem primário: que seja gratuita e acessível Com informações Vatican News. No Angelus do domingo, 11, o Papa fez um premente apelo para que todos tenham acesso a um Sistema de Saúde gratuito - um pedido que recordou a sua mensagem para o Dia Mundial do Enfermo deste ano, celebrado em 11 de fevereiro. O título da mensagem ressalta a relação de confiança como base do cuidado dos doentes, mas um parágrafo em especial destaca o período que a humanidade está vivendo devido à pandemia, que revelou graves lacunas nos sistemas sanitários de
vários países. Lacunas estas que dependem “das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade”. “A doença tem sempre um rosto, e até mais do que um: o rosto de todas as pessoas doentes, mesmo daquelas que se sentem ignoradas, excluídas, vítimas de injustiças sociais que lhes negam direitos essenciais (cf. Enc. Fratelli tutti, 22). A atual pandemia colocou em evidência tantas insuficiências dos sistemas sanitários e carências na assistência às pessoas doentes.
Viu-se que, aos idosos, aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados médicos, ou não o é sempre de forma equitativa. Isto depende das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade. O investimento de recursos nos cuidados e assistência das pessoas doentes é uma prioridade ditada pelo princípio de que a saúde é um bem comum primário. Ao mesmo tempo, a pandemia destacou também a dedicação e generosidade de profissionais de saúde,
n PAPA durante visita a pacientes do hospital que esteve internado
voluntários, trabalhadores e trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas: com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor
ao próximo, ajudaram, trataram, confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares. Uma série silenciosa de homens e mulheres que opta-
ram por fixar aqueles rostos, ocupando-se das feridas de pacientes que sentiam como próximo em virtude da pertença comum à família humana.”
CAMPANHA nas redes sociais para marcar Ano "Amoris laetitia" Com informações agência Ecclesia. O Vaticano lançou na sexta-feira, dia 9, uma campanha nas redes sociais para assinalar o Ano ‘Amoris Laetitia’, que o Papa decidiu dedicar às famílias, com 12 propostas de implementação das indicações de Francisco. O ano especial foi convocado a 27 de dezembro de 2020, dia em que a Igreja Católica celebrava a festa litúrgica da Sagrada Família (primeiro domingo depois do Natal), e começou na solenidade de São
José (19.03.2021), decorrendo até à celebração do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma (26.06.2022). O Papa publicou a 8 de abril de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor), uma reflexão que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo. Para a vivência deste ano especial ‘Família Amoris Laetitia’, o Vaticano tem lançado
uma série de vídeos, onde o Papa explica os capítulos da exortação apostólica e apresenta agora, nas redes sociais, propostas concretas de aplicação da ‘Amoris Laetitia’” a dioceses e movimentos, com base nos 12 percursos elaborados pelo Dicastério para os Leigos, Família e Vida (Santa Sé). O Papa Francisco anunciou na última semana que o próximo Encontro Mundial das Famílias (EMF) vai decorrer num formato inédito, com eventos em cada diocese católica, em ligação com Roma, em 2022.
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esses dias de internação no hospital, experimentei quanto é importante um bom serviço de saúde, acessível a todos. Não se pode perder este bem precioso, para o qual é preciso o empenho de todos. (11 de julho)
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ezemos por todos os doentes para que ninguém fique só. Cada um possa receber a unção da escuta, da proximidade e do cuidado. Todos podemos oferecê-la com uma visita, um telefonema, uma mão estendida. (11 de julho)
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iquei tocado pelas tantas mensagens e pelo afeto recebido nestes dias. Agradeço a todos pela proximidade e oração. (07 de julho)
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CADERNO DOIS
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EM NAZARÉ
Transmissão de MISSA em mais uma emissora MISSA DOMINICAL em parceria com a TV Cultura, a partir deste domingo, 18
A
lém de pensar na evangelização em um nível mundial com as transmissões realizadas diariamente pelas redes sociais, os Padres Barnabitas também têm o olhar carinhoso voltado para com o povo paraense. São mais de 100 anos de missão no estado, contando com a ajuda da população que desde a chegada dos primeiros sacerdotes da ordem se prontificaram
em auxiliar nessa belíssima empreitada. Como forma de agradecer por toda colaboração, a Comunidade Barnabita, que administra a Basílica Santuário de Nazaré, estabeleceu mais uma transmissão da Santa missa dominical. Desta vez, em parceria com a TV Cultura. A partir deste domingo, 18, a celebração das 8h, será transmitida pelo canal 2.1.
A decisão se deu por meio de uma conversa entre o Presidente da Funtelpa, Hilbert Nascimento, a Diretora da TV Cultura, Vanessa Vasconcelos e o Reitor da Basílica Santuário e Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante, além do Gerente Administrativo, Gilcélio Freitas, e supervisoras de Marketing e Comunicação, Emiliana Costa e Yêda Sousa, respectivamente.
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n TRANSMISSÃO da Santa missa dominical
ACOMPANHE AS TRANSMISSÕES REALIZADAS NA BASÍLICA PELOS SEGUINTES MEIOS: n Plataformas digitais: Facebook e YouTube
n TV Nazaré: canal 30
Santa Missa de segunda a sexta-feira, às 7h e às 18h Santa Missa aos domingos, 8h, 10h e 18h Adoração as quartas-feiras, às 19h30 n Rede Vida: Santa Missa as sextas-feiras, 10h
Santa Missa de segunda a sexta-feira, às 7h e às 18h n TV Cultura: canal 2.1 Santa Missa aos domingos, às 8h.
Loja LÍRIO Mimoso Título BASLICAL completa 98 anos Presentear um familiar, um amigo, uma pessoa especial, é uma demonstração de carinho. Uma lembrança que se torna significativa diante da magnitude do gesto. Por esse motivo, visitar a loja oficial do Santuário da Rainha da Amazônia é de fundamental importância para os fiéis que visitam a Basílica de Nazaré. Entretanto nem todos podem se deslocar
até a loja Lírio Mimoso para adquirirem os produtos exclusivos do Santuário, bem comoartigos oficiais do Círio de Nazaré, além dos terços, imagens, incenso e outras variedades de artigos religiosos. Pensamento nisso, a partir do dia 19 de julho, a loja passa a contar com o espaço virtual. Os diversos produtos poderão ser adquiridos pelo site: www.basilicadenazare. com.br de fácil acesso e forma totalmente segura.
No dia 19 de julho de 1923, um acontecimento marcava ainda mais o lugar sagrado que seria conhecido mundialmente como referência pela devoção mariana na Amazônia: a então Paróquia Nossa Senhora de Nazaré do Desterro recebia o título de Basílica Menor, a terceira erguida no Brasil e a primeira do norte do Brasil. Uma Igreja recebe o título de “Basílica”, concedido pelo Papa, devido à sua importância espiritual e histórica para o povo da região na qual é localizada. Tendo em vista a magnitude da expressão da fé e devo-
ção do povo paraense por Nossa Senhora de Nazaré, e sendo a casa da Rainha da Amazônia, um lugar de acolhimento e importante significado diante o papel da Igreja Católica no Brasil. Em meados de completar-se um século da concessão deste título, a Basílica de Nazaré é um dos ícones mais significativos que representa a relação de intimidade do povo paraense com a Virgem de Nazaré. Todos os anos, a Igreja recebe milhões de fiéis, vindos do mundo inteiro, que buscam conhecer e aproximarse da padroeira.
Carta aos DEVOTOS de Nossa Senhora de Nazaré! n Por Pe. Francisco Maria Cavalcante
Nesse mês de julho, há duas celebrações importantes que marcam a história de nosso Santuário: celebramos dia 05 a festa de Santo Antônio Maria Zaccaria, fundador da Ordem Religiosa dos Clérigos Regulares de São Paulo, popularmente conhecidos como Barnabitas. Esses, junto aos Devotos de Nossa Senhora, edificaram para a glória de Deus e em homenagem à Virgem Maria, um dos mais belos templos das Américas: a Basílica e Santuário de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro. A outra data marcante ocorre no dia
19, quando o templo recebeu da Santa Sé o título de Basílica Menor. Filhos diletos, falar dos Santos é falar de pessoas apaixonadas pelas coisas do alto. Santo Antônio Maria foi um homem de profunda e madura devoção a Nossa Mãe do céu. Desde sua tenra idade, foi consagrado a Nossa Senhora, seus pais colocaram ‘Maria’ como seu segundo nome, para expressar de forma concreta seu vínculo com a Mãe do Salvador. Foi contemplando a intimidade e o vínculo de Maria com Jesus, que Santo Antônio Maria Zaccaria entendeu que, para que nosso “sim a Deus” seja autêntico, é preciso escutar os conselhos de Maria que amiúde nos fala ao coração: fazei tudo o que Ele (Jesus) vos disser Jo 2,5. Ainda estava em construção, quando, em 19 de julho de 1923, a casa da Mãe de Nazaré recebeu tão honroso título do Papa Pio XI. Os Barnabitas – vendo a força que a devoção
à Virgem de Nazaré já tinha naquela época em Belém –, e percebendo que o templo mostrava ser forte centro de espiritualidade, ambiente que apresentava fecunda pregação do evangelho, a dita Ordem Religiosa trabalhou com ardor para obter essa graça. Os Religiosos Barnabitas que residiam em Roma muito contribuíram para que o pedido de elevação a Basílica Menor chegasse ao Santo Padre. O título de Basílica Menor é um lindo presente e o reconhecimento da fecundidade da devoção mariana na Amazônia. Você, devoto, faz parte de um dos capítulos mais marcantes da história dessa amorosa família, que há 98 anos evangeliza, sempre com a poderosa intercessão da Mãe de Nazaré. Agradecemos do fundo do coração por você caminhar conosco, por meio da família Adenaza. Cada doação sua tem sido uma bela rosa ofertada à Mãezinha do Céu e, acredite, muito tem perfumado o jardim de Maria.
n BASÍLICA Santuário de Nazaré
ARQUIDIOCESE
A
gora, todos os batizados que participam da primeira Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe têm a oportunidade de compreender a dimensão bíblica do processo de escuta, amparados pela Comissão de Espiritualidade, que preparou subsídio próprio para melhor compreensão do processo de participação do povo de Deus no evento continental da Igreja. A Comissão de Espiritualidade preparou o subsídio “Espiritualidade bíblica da escuta”. Trata-se de oito núcleos temáticos que perpassam a Palavra de Deus , com o qual procuram identificar e expor as características da “escuta” da Sagrada Escritura e de que se alimenta o Magistério da Igreja. O documento encontra-se à disposição dos participantes
n MONSENHOR Cid
CADERNO DOIS
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“Espritualidade bíblica da escuta”, SUBSÍDIO para participação COMISSÃO de Espiritualidade preparou documento para ajudar participantes da assembleia, que podem baixá-lo diretamente da página da Assembleia Eclesial. BASEADO NA BÍBLIA Ángela Cabrera, religiosa integrante da equipe de teólogos e teólogos consultores da presidência da Confederação Latino-Americana e do Caribe de Religiosos (CLAR), dirigiu o desenvolvimento dos conteúdos para o suubsídio e explica que “vamos desenvolver os núcleos temáticos complementares que permeiam o Antigo e o Novo Testamentos”. A religiosa antecipa que “procuraremos destacar estratégias para cultivar tal atitude e virtude, como um verdadeiro sinal dos tempos, especialmente neste momento eclesial/continental latino-americano e caribenho”. Segundo Ir. Angela a assembleia da Igreja compreende que “os processos de escuta pastoral são urgentes, como fundamento do que se denominou espiritualidade e teologia-eclesiologia da sinodalidade. Esse material pode servir como recurso para meditação pessoal e comunitária ”, indica a religiosa. O subsídio está disponível em arquivo PDF em versões
FOTOS: DIVULGAÇÃO
nos idiomas português , inglês e francês. Para baixá-lo, acesse https: //asntacióneclesial.lat/em INSPIRADA PELO PAPA, ASSEMBLÉIA É SINODAL “A Igreja se dá ao partir do pão, a Igreja se dá com todos sem exclusão, e uma assembleia eclesial é um sinal disso: de uma Igreja sem exclusão”, diz um trecho da saudação do Papa Francisco à Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe, idealizada pelo Santo Padre. À luz das orientações do Sumo Pontífice, a Arquidiocese de Belém participa da Assembleia Eclesial e neste mês de julho já encontra-se em fase de escuta, de acordo com Monsenhor Raimundo (Cid) Possidônio da Mata, Vigário para a Pastoral na Igreja de Belém do Pará. Monsenhor Cid destaca que é de suma importância a participação do povo de Deus na assembleia. “É um evento de porte continental. É a Igrejaa de toda a América Latina e do Caribe dando a opinião nos novos rumos da vida Igre nos próximos anos”. A assembleia está na fase de escuta em todas as dioce-
n NÚCLEOS temáticos baseados na Bíblia Sagrada
ses latinas e do Caribe e, por isso, Mons. Cid reforça a importância da participação das pessoas. “Pedimos a todas as nossas comunidades diocesanas que procurem participara da Assembleia. Nossa equipe já está coletando as informações. É importante que essa escuta que estamos
fazendo tenha parte no documento final da assembleia, constando as constribuições do povo de Deus na Igreja de Belém. Isso reflete o que chamamos de sinodalidade, isto quer dizer, caminhar juntos, daí a importância de todos cobtribuírem, participando do processo”.
n PAPA Francisco
1ª ASSEMBLEIA ECLESIAL DA AMÉRICA LATINA E CARIBE PARTICIPE!! Site oficial: https://assembleiaeclesial.com.br Instagram: instagram.com/assembleaeclesial/
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SENSUS Fidei na Igreja
n Por Pe. Helio Fronczak - Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Benevides Na semana passada, nesta coluna, citei que uma atitude sinodal é aquela que desenvolve “processos de discernimento comunitário”, isto é, processos que buscam perceber as autênticas manifestações do sensus fidei”. O que significa esta expressão “o sentido da fé dos fiéis”? Um artigo da “Comissão Teológica Internacional” (ligada ao Dicastério da Doutrina da Fé), em artigo publicado a um tempo atrás, responde assim: “Por meio do dom do Espírito Santo, “o Espírito da verdade, que vem do Pai” e que dá testemunho do Filho (Jo 15,26), todos os batizados participam da missão profética de Jesus Cristo, “a testemunha fiel e verdadeira” (Apoc 3,14). Eles precisam dar testemunho do Evangelho e da fé dos apóstolos na Igreja e no mundo. O Espírito Santo lhes dá a unção e dons para esta alta vocação, conferindo-lhes um conhecimento
muito pessoal e íntimo da fé da Igreja. Na sua primeira carta, são João diz aos fiéis: “vós, porém, tendes a unção que vem do Santo, e todos vós possuis a ciência”, “a unção que recebestes dele [Cristo] permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine (...) mas como sua unção vos ensina tudo” (1Jo 2,20.27)”. Daí decorre que “os fiéis têm um instinto para a verdade do Evangelho, o que lhes permite reconhecer quais são a doutrina e prática cristãs autênticas e a elas aderir. Esse instinto sobrenatural, que tem uma ligação intrínseca com o dom da fé recebido na comunhão da Igreja, é chamado de sensus fidei, e permite aos cristãos cumprir a sua vocação profética. Em seu primeiro Angelus, o Papa Francisco citou as palavras de uma senhora idosa humilde, que ele havia encontrado certa vez: “Se o Senhor não perdoa tudo,
o mundo não existiria”; e o Papa comenta com admiração: “Essa é a sabedoria dada pelo Espírito Santo”. A intuição dessa mulher é uma manifestação marcante do sensus fidei, que, ao mesmo tempo, lhe permite algum discernimento no que diz respeito às questões de fé, nutre a verdadeira sabedoria e suscita a proclamação da verdade, como neste caso. É, portanto, claro que o sensus fidei representa um recurso vital para a nova evangelização, que é um dos principais compromissos da Igreja de hoje”. E continua o artigo dizendo que “de uma parte, o sensus fidei refere-se à aptidão pessoal que tem um crente, no seio da comunhão da Igreja, para discernir a verdade da fé. Por outro lado, o sensus fidei refere-se a uma realidade comunitária e eclesial: o instinto da fé da própria Igreja, por meio do qual ela reconhece o seu Senhor e
proclama sua palavra. O sensus fidei entendido neste sentido se reflete no fato de que os batizados convergem em uma adesão vital a uma doutrina de fé ou a um elemento da práxis cristã. Esta convergência (consensus) desempenha um papel vital na Igreja. O consensus fidelium é um critério seguro para determinar se uma doutrina ou uma determinada prática faz parte da fé apostólica”. E no n. 4 o artigo cita que “a importância do sensus fidei na vida da Igreja foi fortemente enfatizada pelo Concílio Vaticano II. Descartando a representação distorcida de uma hierarquia ativa e um laicato passivo e, particularmente, a noção de uma rigorosa separação entre a Igreja docente (Ecclesia docens) e a Igreja discente (Ecclesia discens), o Concílio ensinou que todos os batizados participam, cada um a seu modo, dos três ofícios de Cristo, profeta, sacerdote e rei. Em particular, ele ensinou que Cristo cumpre o seu papel profético não só através da hierarquia, mas também por meio dos leigos”.
Surgem certamente algumas perguntas que precisam ser respondidas: - O que exatamente é o sensus fidei, e como se pode identificá-lo? - Quais são as fontes bíblicas dessa ideia e qual é a função do sensus fidei na tradição de fé? - Qual é a relação do sensus fidei do Magistério eclesiástico do Papa e dos bispos, assim como da teologia? - Quais são as condições para um autêntico exercício do sensus fidei? - O sensus fidei é algo diferente do que a opinião da maioria dos fiéis em um determinado tempo e lugar? - E se isso acontecer, como ele se diferencia? - A estas perguntas é necessário responder, para que a ideia de sensus fidei seja compreendida mais perfeitamente e utilizada com mais confiança na Igreja de hoje. Aguardem as próximas publicações. O processo sinodal que nós estamos vivendo rumo nosso primeiro sínodo arquidiocesano e também rumo à assembleia eclesial latino-americana é uma atuação desta verdade: a Igreja é o povo de Deus que faz um caminho junto.
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ARQUIDIOCESE
Missa em Ação de Graças: 30 ANOS de Ordenação Episcopal de Dom Alberto Taveira Corrêa HOMILIA do Arccebispo Metropolitano de Belém durante a celebração eucarística na Sé Catedral
C
aríssimos irmãos, caríssimas irmãs, hoje um diácono me dizia no início da missa, da alegria de começar a ver a Catedral se enchendo de novo. Durante mais de um ano, nós também tivemos muitas dificuldades, sofremos por não poder estar reunidos em nossas igrejas, mas Deus nos tem dado a graça, pouco a pouco, de recompor as nossas assembleias. E o nosso trabalho agora, de todas as paróquias, é superar a dispersão, que veio como consequência desse período difícil, complicado, pelo qual o mundo todo está passando e nós também. Para nós, hoje é Dia de celebrar Eucaristia, é Dia de Ação de Graças, dia de fazer festa com Nosso Senhor pelos seus dons. Aqui no altar, ou vários deles também em suas paróquias, temos um grupo grande de sacerdotes que fazem aniversário de ordenação no dia de hoje. Temos um grupo que completa dez anos de ordenação, outro sete, outro três. Então, quero falar em nome deles e junto com eles, para trazer-lhes, queridos irmãos e queridas irmãs, alguns pontos de reflexão que nos ajudem a entender a graça com a qual Deus nos chamou, e deu também missões específicas a tantos de nós. Começando, é claro, com a missão que ele nos deu, e é para todos, na graça do Batismo. O que eu reflito com vocês agora serve, na justa medida, para a vocação de cada um de nós. Os textos escolhidos para a missa de hoje foram os mesmos que há trinta anos foram usados na Missa de minha ordenação episcopal, quando Deus me deu a graça dirigir-me, em agradecimento, primeiro à pessoa mais simples e pobre que estivesse no Estádio, onde aconteceu a celebração. Vocação!Uma das coisas mais bonitas da vida é você não dizer o que quer fazer, o que pensa, mas buscar com santa avidez a vontade de Deus! Gosto de perguntar aos casais se já indagaram aos seus filhos, ou se já os educaram para fazerem esta pergunta: “O que Deus quer de você na vida?”. Este é o nome de uma coisa chamada vocação, chamado
de Deus. E aqui devo recordar São João Paulo II, para quem não existe cristão sem vocação. E vocação, dizia ele, é um olhar direto e pessoal que Deus tem para cada um. Deus me vê diretamente, pessoalmente. Nosso Senhor me deu a graça especial, deste o início de meu ministério, de acompanhar tantas e tantas vocações, para as várias realidades da Igreja e de forma especial para o sacerdócio, a vida religiosa e as Novas Comunidades. Deus me deu a graça de contemplar o processo que ele faz na vida de tantos, e aqui estão muitos jovens que respondem ao chamado de Deus. Deus me deu esta graça de perceber, ter esta sensibilidade para o chamado de Deus na vida das pessoas. E o chamado se manifesta da mesma forma que as pessoas sensatas procuram discernir a vontade de Deus. É assim que alguém descobre também o seu lugar na Igreja, com o bom senso de perguntar o que Deus quer e identificar os muitos sinais que ele oferece na vida cotidiana (Cf. Rito de Admissão entre os candidatos à Ordem Sacra). A minha história é certamente diferente de tantas outras pessoas. Quando eu meditava antes da ordenação episcopal, este texto do profeta veio à tona, justamente porque eu fui chamado ao episcopado sabendo que era muito novo. Então eu podia dizer pessoalmente “eu sou muito novo, eu não sei falar!”, e podia ouvir o Senhor que me dizia “deixe de ser bobo, você está sendo chamado!”. Quando estive com meu Arcebispo da época, que veio a ser Cardeal, Dom Serafim Fernandes de Araújo, contando que tinha recibo aquela convocação, ele me disse “você já respondeu?” “Sim”, foi minha resposta, e aceitei o chamado! Sua palavra foi forte e iluminou os meus passos:“Ainda bem, porque quem diz não à Igreja perde a paz o resto da vida!”. Eu devo testemunhar-lhes, que com tudo que possa ter acontecido nesses anos, quase quarenta e oito de padre e trinta de bispo, nada tirou a paz do meu coração. Eu confiei nesta palavra do Arcebispo, assegurando que “quem diz sim à Igreja fica em paz o resto da vida!”. Vocação! São diversas as vocações, como um jardim florido, plantado por Deus. O apóstolo São Paulo descobriu o que chama de mistério, na Carta aos Efésios no dia de hoje, o que podemos chamar de uma vocação universal! Entendeu que o chamado de Deus à vida e a graça é para todos e ninguém ficaria excluído. “Eis o
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n DOM ALBERTO durante a Missa em que celebrou 30 anos de missão episcopal
mistério: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo e beneficiários da mesma promessa, no Cristo Jesus, por meio do evangelho. Desse evangelho eu fui feito ministro, pelo dom da graça que Deus me concedeu segundo a força de seu poder” (Ef 3,6-7). Com esta compreensão, abriu-se o grande campo da missão, no qual Paulo foi pioneiro! Lembro-me que quando estava para se ordenado padre, havia feito um belo estudo sobre a Carta aos Efésios, e esta frase veio a ser o lema de minha ordenação sacerdotal: “A mim, o menor de todos, foi concedida a graça de anunciar a todos o evangelho das riquezas insondáveis de Cristo” (Cf. Ef 3, 8). Caríssimos irmãos, de forma especial os padres, seminaristas e os diáconos, nós fomos chamados a ser homens que ampliamos os horizontes para as pessoas se aproximarem. Que ninguém seja excluído pela nossa falta de amor. Antes, alcancemos a todos, pagãos, limitados, pecadores, frágeis, abandonados, excluídos, drogados, mendigos, seja lá o que for, seja qual for a situação das pessoas, pobre ou rico, jovem ou velho, que ninguém se sinta desprezado e abandonado por nós. O mistério é dizer que a salvação se destina a todos, e nós somos anunciadores dessa salvação. Esta é a nossa missão, ir ao encontro, e aqui foi outra realidade que Nosso Senhor colocou em meu coração, a paixão pelas situações mais difíceis, mais complicadas, os pecadores, os afastados, aqueles que estão clamando misericórdia, e ele tem me dado esta graça durante toda a minha vida. O Evangelho apenas proclamado de São João, capítulo seis, bem no finalzinho do discurso sobre o Pão da vida: “O Pão, que eu darei, é a minha Carne para vida do mundo” (Cf. 6, 51).
Fico apenas nesta frase, de onde foi tirado o meu lema episcopal. Uma pessoa tinha me dado, Chiara Lubich, esta palavra para eu viver: “O Pão que eu darei é a minha Carne para vida do mundo” e me disse, “que você seja eucaristia para o mundo. Que as pessoas ao consumirem seu tempo, sua vida, sua capacidade de amar, recebam o Jesus que alimenta vocês todos os dias”. Caríssimos irmãos, de forma especial eu me dirijo aos sacerdotes, todos os dias nós dizemos “Isto é meu corpo, Isto é meu sangue!”.Todos os dias nós experimentamos ser instrumentos da graça de Deus para todas as pessoas. E eu quero convidar o povo todo a rezar afim de que os sacerdotes sejam eucaristia para o mundo, e os seminaristas que desejam ser padres, sejam de verdade Eucaristia para o mundo. Que se deixem consumir, que se deixem gastar, que não se reservem para si mes-
mos, mas sejam totalmente entregues, para o bem da Igreja, para o crescimento do Reino de Deus e para glorificar o Senhor. Eu peço especialmente aos padres, que hoje fazem aniversário de ordenação, que tomem posse destas reflexões que fiz durante o dia de hoje, envolvendo-me com o gesto da imposição das mãos, com o qual eu pude ordenar esses vários que fazem aniversário hoje, assim como tantos outros, entre diocesanos e religiosos, nestes trinta anos, cerca de duzentos foram aqueles que tive a graça de ordenar sacerdotes pelos vários lugares em que fui chamado a servir. Presente de Deus, sem nenhum merecimento da minha parte! E por todos eles eu quero rezar hoje e dizer que vale a pena entregar a vida para que mais e mais jovens se sintam chamados e sigam o chamado de Deus e se consagrem para serem enviados, em missão, para que o Reino de Deus se espalhe e cresça a sua Igreja.
n INTERECESSÃO Devotado à Virgem de Nazaré, Arcebispo sustém a imagem Peregrina na celebração eucarística