ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CVIII - Nº 985 - PREÇO AVULSO: R$2,00
www.fundacaonazare.com.br
BELÉM, DE 18 A 24 DE JUNHO DE 2021
ILHAS festejam Santo Antônio O rio foi o caminho por onde o povo de Deus conduziu em procissão fluvial a imagem do padroeiro Santo Antônio de Lisboa no festejo realizado pela Pastoral das Ilhas, concluído com Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. CADERNO 2, PÁGINA 1 LUIZ ESTUMANO
n PROCISSÃO fluvial pelo rio Piriquitaquara conduziu a imagem de Santo Antônio de Lisboa até o local da Santa Missa, na ilha do Combu, região insular de Belém DIVULGAÇÃO
Área Santa Maria Mãe da Igreja em ASSEMBLEIA
Expansão da Arquidiocese de Belém na Área Missionária Santa Maria Mãe da Igreja, no entorno do bairro da Castanheira, realizou avaliação da atuação missionária que vemsendo realizada. Referencial da Arquidiocese para essa atenção pastoral, o bispo auxiliar Dom Antônio coordenou a atividade que encerrou com a Santa Missa. CAD. 2, PÁG. 6
Escuta e
ASSEMBLEIA
n ASSEMBLEIA da Área Missionária Santa Maria Mãe da Igreja encerrou-se com a Santa Missa LUIZ ESTUMANO
PEREGRINA
Arquidiocese de Belém prepara-se para participar da Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe, organizada pelo CELAM. CAD. 2, PÁG. 2 LUIZ ESTUMANO
no Maranhão
Pe. Luzimar Moura, da Diocese de Montes Altos, está em Belém preparando a visita da imagem Peregrina ao Estado do Maranhão. CAD. 2, PÁG. 5
Missa pela Família NAZARÉ n PE. LUZIMAR está preparando a visita da imagem Peregrina a Montes Altos
Ação de Graças belos benfeitores da Família Nazaré com a Comunidade Maíra. CAD. 1, PÁG. 6
n PE. ALAN presidiu Missa pelos benfeitores
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OPINIÃO
BELÉM, DE 18 A 24 DE JUNHO DE 2021
V
ivemos em um tempo marcado por profundas polarizações: nas questões da economia mundial, na política dos países, e até mesmo em questões religiosas surgem visões contrastantes que não admitem pensamentos outros, e consideram as pessoas e grupos que pensam diferente do seu próprio grupo como “inimigos”. Esquecemse ou simplesmente não levam em consideração o mandamento cristão do amor ao próximo (que, inclusive, abrange o amor ao inimigo) e abrem-se assim críticas ferrenhas de uns para com os outros. É neste contexto que a meditação de Chiara
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Muitas vezes, o amor mão é amor Lubich com este título “Muitas vezes o Amor não é amor”, no seu livro Meditações, publicado pela editora Cidade Nova, SP, 2005, ilumina e esclarece como pensar e agir. Eis aqui alguns trechos significativos: “Porque muitas vezes o amor não é amor no mundo, vale para ele o ditado: “O amor é cego”. Mas, se uma alma começa a amar como Deus ensina – Deus que é Amor – vê logo que o
amor é luz. De resto, Jesus o disse: “E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu o amarei e a ele me manifestarei” (Jo 14,21). Um turbilhão de vozes, de procedências as mais variadas, inunda com frequência a nossa alma, sobretudo quando ela não sabe bem o que seja amar a Deus. São vozes insonoras, mas fortes: vozes do coração, vozes do intelecto, vozes de remorso, vozes de sauda-
D
urante a pandemia que estamos vivendo, as redes sociais têm sido um instrumento importante de proximidade afetiva, visto os impedimentos justificados que nos distanciaram fisicamente. No entanto, faz-se necessário refletir sobre os impactos do uso excessivo e indiscriminado das redes de relacionamento em nossa saúde mental, no que diz respeito à superexposição da felicidade apresentada, ostentada, produzida e ilegítima, gerando uma espécie de pressão para que todos sejam felizes da mesma forma.O problema é quando a busca incessante por essa felicidade gera efeitos colaterais em quem consome diariamente a “vida perfeita dos outros”. Como enxergamos a vida dos amigos que seguimos? E como enxergamos a nossa própria vida? Será que nas redes sociais somos ver-
de, vozes das paixões... E nós seguimos ora uma, ora outra, preenchendo o nosso dia com atos que concretizam aquelas vozes ou ao menos são, de algum modo, determinados por elas. Por isso, às vezes, a vida, ainda que vivida na graça de Deus, tem somente breves réstias de sol; e tudo o mais fica imerso em um tédio, que uma voz, mais forte do que as outras, levanta-se amiúde para con-
denar, como a dizer que aquela não é a verdadeira vida, a vida plena. Se, ao contrário, a alma se volta para Deus e começa a amá-lo, e seu amor é verdadeiro, é concreto, é de cada instante, de vez em quando percebe uma voz, entre as muitas que acompanham a vida. Mais do que voz, é uma luz que se infiltra suavemente no intrincado concerto da alma. É um pensamento quase imperceptível que a ela
Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
A vida perfeita das redes sociais dadeiramente quem somos? Quando tentamos assumir a forma e o comportamento de outra pessoa que seguimos, porque ele alcançou algo na vida que desejamos alcançar, há um caminho equivocado, posto que a felicidade é uma experiência interna, individual, única, embora possamos entender que a felicidade tem como que dois pilares comuns: uma vida com um pouco mais de emoções positivas do que negativas, significativa e com propósitos. Nas redes sociais, somos inteligentes, engajados, empáticos, temos a família mais bonita,
como se estivéssemos em uma competição para mostrar mais felicidade, mais beleza, mais alegria, mais perfeição, mais, mais... E, cá entre nós, todos sabemos que essa “perfeição” não existe, apesar de toda a maquiagem. Você já parou para pensar o quanto de dor e possibilidades de problemas de ordem emocional pode viver uma pessoa que está triste porque não conseguiu alguma coisa e, ao olhar as redes sociais, se depara com a constante alegria, vitória e comemoração dos outros? É quase inevitável comparar-se, medir-se pela felicidade do outro,
provocando autoestima mais detonada ainda, pois “na sua vidinha nada dá certo”... Sim, porque como consequência dessa superexposição da felicidade, as emoções negativas, os fracassos, os medos, as falhas não são expostas... Não há dias tristes nem ruins... Então, o que temos? De um lado, pessoas se esforçando muito para mostrar uma vida inventada e do outro, pessoas cada vez mais frustradas e tristes por não conseguirem essa tal “vida perfeita”, como que invejando o irreal. O resultado de ambos? Uma vida de infelicidade, um vazio.
se oferece, mais delicado talvez do que os outros, mais sutil. Esta é, às vezes, a voz de Deus. Então, a alma que se decidiu pelo Senhor, que com Ele não regateia, mas a Ele tudo quer dar, extrai do pântano aquele repuxo límpido e sereno; é uma safira em meio a tantos seixos; é como o ouro em meio ao pó. ... Tudo isto é sumamente desejável, até que o nosso coração seja imerso o dia inteiro só em pensamentos de Céu, a ponto de transbordar; e a nossa vida, alimentada pelos sacramentos, seja por eles deificada. É somente vivendo assim que o nosso coração se alarga e supera as polarizações.
Já existem diversos estudos associando as redes sociais a doenças como depressão, transtorno de ansiedade e síndrome do pânico. E precisamos parar para refletir e repensar o uso das mesmas. É para abandonar? Não, se você não quiser. Mas, sim, é para usar de forma racional e equilibrada, lembrando que existe mundo fora das redes, mundo real, com lazer, trabalho, encontros de família, fracassos, tristezas, etc, ou seja, a vida real. Estipule quanto tempo você vai ficar navegando nas redes, configure seu feed para mostrar o menos possível da vida dos outros e viva a sua vida, a que está acontecendo aqui, agora. Tenha em mente: as redes sociais são como que vitrines onde se mostra aquilo que se deseja mostrar, ou seja, não é a vida real! Até a próxima!
Evento destaca os CÍRCULOS BÍBLICOS na Igreja Durante a Semana Bíblica Nacional, de 7 a 10 de junho,uma iniciativa proposta pela Comissão para a Animação BíblicaCatequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), houve a reflexão sobre a importância dos círculos bíblicos, especialmente no Mês da Bíblica, na perspectiva da Carta aos Gálatas, tema central do Mês da Bíblia de 2021. Um dos convidados foi o professor do Programa de Pós-Graduação em Teologia da UNICAP, Claudio Vianney Malzoni. Ele falou sobre a preparação que os biblistas têm para elaborar materiais para ajudar as comunidades. Ainda de acordo com ele, é importante que o biblista saiba ouvir, participar junto com a comunidade eclesial. “Se só falarmos e não ouvirmos, então o trabalho que a gente faz vai refletir
só a nós mesmos. Por isso, é importante sairmos do espelho, conversarmos com as pessoas, ouvir”, disse. Já sobre a dinâmica dos círculos bíblicos, Claudio disse que os círculos são um incentivo a ouvir a Deus que fala na vida e na Bíblia. “Nós temos essas duas palavras de Deus: a palavra de Deus na vida e a palavra na Bíblia. Por isso que na dinâmica dos círculos bíblicos, esse ouvir a vida ganha uma importância muito grande”, diz. “Quando nós que somos biblistas fazemos o estudo da Bíblia, nós também temos que fazer esse exercício de ouvir o que Deus nos fala na vida, na vida de cada um, na nossa vida, então essa dinâmica é também a de deixar os ouvidos abertos para escutar aquilo que Deus fala através da vida”, salienta. “As vezes é difícil com-
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
preender a Bíblia, as vezes é difícil compreender a vida, mas a vida ajuda a compreender a Bíblia e a vida ajuda a compreender a Bíblia”, finalizou. O segundo convidado da live foi o padre João Batista Maroni, doutorando em Teologia pela PUC-Rio. Ele falou sobre a importância dos círculos bíblicos no caminho de animação bíblica da pastoral. Padre João explicou que os grupos se reúnem continuamente para estudar a Palavra de Deus. “Ora a fonte são os momentos temáticos da Igreja, como a CF, o Mês da Bíblia, o Mês Missionário, Mês Vocacional”, disse. Para o padre, a experiência do círculo bíblico vem ajudando a definir um pouco o lugar do círculo bíblico, a sua identidade, o seu papel na vida da Igreja. Mariana Aparecida Ve-
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
nâncio, Doutorando em Estudos Literários pela UFJF, foi a terceira convidada e partilhou um pouco de sua experiência. Mariana defendeu que os círculos bíblicos promovem a aproximação das comunidades com a Palavra de Deus. “A experiência dos círculos bíblicos difunde a Palavra de Deus. Ela faz com que a Palavra de Deus seja visita nos nossos
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
encontros litúrgicos, nas celebrações dos nossos sacramentos, mas que ela esteja mesmo na mão do povo, em pequenos grupos para refletir sobre a Palavra de Deus, para falar da Palavra de Deus, então além de um espaço de reflexão o círculo bíblico acaba sendo também um espaço de catequese, que é um espaço muito importante dentro das nossas comunidades”, disse.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 18 A 24 DE JUNHO DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
A
s águas, os rios e os mares sempre provocaram a humanidade, ao mesmo tempo que são fonte de vida e alimento, meio de transporte e comunicação entre as pessoas. Nossa Arquidiocese de Belém, com seus vários núcleos insulares de assistência pastoral, convive com embarcações de todo porte, desde os grandes navios e balsas, passando pelos barcos, lanchas, rabetas e simples “casquinhas” que transportam pessoas e gêneros alimentícios. Nossos portos e trapiches, de todo tipo e tamanho, podem servir para o bem e, infelizmente, muitas vezes servem para o terrível tráfico humano e de drogas. Convivemos com as águas, ouvimos tantas vezes as pessoas dize-
Jesus também, em tempos de Galileia, atravessou muitas vezes o Lago, que de grande era chamado de Mar, percorrendo as vilas e cidades rem que o rio é nossa rua, assumimos juntos o desafio de conservar as imensas riquezas de nossas águas, educando as novas gerações ao trato mais respeitoso com os dons que Deus nos prodigalizou em abundância. Há poucos dias, indo à Comunidade de Santo Antônio, na Ilha do Combú, mais uma vez impressionou-me o gosto com
CONVERSA COM MEU POVO que os ribeirinhos e as muitas embarcações com que cruzamos nos cumprimentavam e se cumprimentavam reciprocamente. Durante a missa, uma embarcação cheia de turistas, todos apetrechados com seus equipamentos e remos, interrompeu sua viagem, permanecendo próxima do trapiche para escutar a homilia. Depois, viagem adiante, certamente com a semente parecida com o grão de mostarda do Evangelho daquele domingo, cujos frutos certamente aparecerão, na hora e na medida de Deus! Jesus também, em tempos de Galileia, atravessou muitas vezes o L ago, que de grande era chamado de Mar, percorrendo as vilas e cidades. Quem está no cimo do Monte das Bem-aventuranças, onde pronunciou o Sermão da Montanha, tem uma visão privilegiada. Foi à beira do lago que Jesus determinou que os discípulos de ontem e de hoje se aventurassem por águas mais profundas (Cf. Lc 5,111). Tabga, lugar do primado de Pedro, às margens do Lago, onde Jesus, não uma sombra ou um fantasma, mas o próprio Senhor, os mandou lançar as redes e preparou-lhes uma refeição mais do que simbólica, ou Cafarnaum, quem sabe, Magdala, Tiberíades e outros tantos lugares. É possível ver, do outro lado do Lago, áreas que pertencem hoje à Síria. Por aquelas bandas Jesus foi à região da Decápolis, onde mostrou também sua força, poder e missão. Foi também pelo Lago que Jesus foi a Gerasa (Cf. Mc 5,1-20), onde expulsou demônios e foi rejeitado pelos moradores. Muitos os fatos, todos eles carregados de ensinamentos, que não estamos diante de um livro de histórias edificantes,
A OUTRA MARGEM
LUIZ ESTUMANO
n DOM ALBERTO durante celebração na Comunidade de Santo Antônio, na Ilha do Combú
mas do Evangelho! Entretanto, a Liturgia do décimo segundo Domingo do Tempo Comum (Jó 38,1-8.11; 1 Cor 5,14-17; Mc 4, 35-41) oferece oportunidade privilegiada para uma reflexão a partir do receio provocado pelas águas e a força de Deus Criador e Senhor, que aliás se manifesta diante dos discípulos, acostumados ao medo das águas revoltas, por muitos dos antigos consideradas habitação de monstros e sinal de morte! Provavelmente não lhes era claro o que já se encontrava no livro de Jó, pronunciado pelo Senhor: “Quem fechou com portas o mar, quando ele irrompeu como se saísse das entranhas, quando eu lhe dava a nuvem por vestido e o envolvia de escuridão como de fralda? Eu o demarquei com meus limites e lhe pus ferrolho e portas, dizendo: ‘Até aqui chegarás, e não além; aqui dominarás as tuas ondas encapeladas!’” (Jó 38,8-11) Jesus determina aos discípulos a viagem para outra margem (Mc 4,3541). Noutra ocasião, mandou-os à frente, para depois caminhar sobre ás águas (Jo 6,1620), quando podemos imaginá-lo “cavalgando sobre as águas” (Cf. Sl 46,1-12; Sl 68,1-5). Agora Jesus está placi-
damente dormindo dentro da barca, e o vento e a chuva se enfurecem. Pensam estar perecendo por não terem tomado consciência daquele que os acompanhava, cujo poder faz as águas se acalmarem. Agora, os discípulos de hoje. Não basta repetir o que tenhamos feito até hoje! Os desafios são novos e diferentes. O apelo do Papa Francisco ressoa a atitude de Jesus, lançando-nos a descobrir caminhos novos, sair missionariamente ao encontro dos mais afastados. Aceitar a provocação positiva que nos lança a buscar águas mais profundas (Cf. Lc 5,1-11), mesmo quando nos sentimos frágeis e pecadores, pois o Senhor vai além de nossos pecados e fraquezas, fazendo de todos nós pescadores de homens, como aconteceu com os primeiros discípulos. A atitude a ser assumida é a coragem vinda da fé, lançando-nos a buscar caminhos novos, criatividade, ousadia. Em meu primeiro encontro com o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, ao apresentar-me como Arcebispo de Belém, ouvi palavras fortes, à época transmitidas ao povo de Belém: “Sejam corajosos, sejam ousados. Se não forem
ousados, já estarão errando de princípio”. E nossa Igreja há de retomar esta proposta. Temos abertas algumas estradas! Retomamos o caminho do Primeiro Sínodo da Arquidiocese de Belém – “Belém, Igreja de Portas abertas” – com as diversas atividades nas Paróquias, Regiões Episcopais e outros organismos arquidiocesanos. Abriu-se recentemente o processo da Primeira Assembléia Eclesial L atino-americana e Caribenha, “Somos todos discípulos missionários em saída”, programada para o mês de novembro, na Cidade do México. Todos os que desejarem podem enviar suas propostas pessoais ou em grupo, acessando na Internet “Assembléia Eclesial”. Mais ainda, começa a preparação do Sínodo dos Bispos, a ser realizado em 2023, com a fase de “escuta”, em processo em nossas Paróquias e Regiões Episcopais. É um tempo novo e desafiador, com outras margens e águas mais profundas. Podemos rezar e cantar nestas intenções, dizendo assim: “Mesmo na tempestade, mesmo que se agite o mar, te louvo, te louvo em verdade. Mesmo longe dos meus, mesmo na solidão, te louvo, te louvo
em verdade. Pois somente tenho a ti, tu és a minha herança, te louvo, te louvo em verdade. Mesmo que me faltem as palavras, mesmo que eu não saiba louvar, te louvo, te louvo em verdade” (Rosa de Saron).
Lançando-nos a buscar caminhos novos
Viagem adiante, certamente com a semente parecida com o grão de mostarda do Evangelho daquele domingo, cujos frutos certamente aparecerão, na hora e na medida de Deus
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IGREJA
BELÉM, DE 18 A 24 DE JUNHO DE 2021
CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um PEQUENO grande livro (25)
C
ontinuemos os feitos de Dom Hélder Câmara no tempo em que bispo auxiliar de Dom Jaime de Barros Câmara, arcebispo do Rio de Janeiro. Uma coincidência: ambos tinham o mesmo sob re n o m e , C â m a r a , muito embora não fossem parentes. Sua grande capacidade de articulação possibilitou a realização lá, em 1955, do 36º Congresso Eucarístico Internacional, para o que foi preciso
Para o que foi preciso aterrar-se uma parte da Baía de Guanabara, no Flamengo aterrar-se uma parte da Baía de Guanabara, no Flamengo, hoje popularmente conhecida como aterro do Flamengo. A título de curiosidades: à época eu acabara de chegar ao Rio em busca de empre g o, i n c e n t i v a do por um companheiro
de trabalho na Companhia Internacional de Seguros aqui em Belém, o Laércio, que lá já estava. “Se eu, que não tenho o estudo que tiveste no Seminário, facilmente arranjei aqui um bom emprego, quanto mais tu. Trata de vir o quanto antes. É só me avisares o dia e a hora do teu voo, que estarei à tua espera no aeroporto. Fui num avião da FAB, voo pingapinga, vaga conseguida à última hora por uma jovem apaixonada por mim, coitada, quanto mau gosto! Em casa menti à minha família, dizendo que estava indo para o Congresso Eucarístico, quando, na verdade, pretendia ficar por lá. - Então, por que estás levando a Rosa Palmeirão (minha maquininha portátil de escrever, cujo nome uma homenagem a um dos personagens femininos de um dos romances de Jorge Amado) e tudo o mais que é teu? - perguntou minha mãe. - Doidice minha, respondi. - Tá bom. Feliz viagem e breve retorno.
DIVULGAÇÃO
a que horas. Deixei minhas coisas na pensão e saí para dar uma voltinha pela redondeza. Na praça do Congresso, por sorte, encontrei o hoje cônego Raul Tavares, então seminarista no Rio, que me levou a Dom Mário, nosso arcebispo, que tinha por mim, imerecidamente, um carinho todo especial. O que, então, aconteceu veremos na próxima edição de “Miscelânea”, que esta chegou ao fim. Até lá. Shalom!
Continuemos os feitos de Dom Hélder Câmara
Deus te abençoe. No táxi rumo ao aeroporto, fui chorando o tempo todo por ter mentido em casa, uma vez que, como escrevi linhas acima, minha intenção era me empregar e ficar por lá. Cheguei ao Rio, num sábado à tarde, véspera da abertura do Congresso Eucarístico. O aeroporto fervilhava, gente chegando de todas as partes do mundo, e nada do Laércio. Só chegou duas horas
n DOM Jaime de Barros Câmara
depois, atrasado como sempre. Enquanto o esperava, senti-me como uma pobre formiguinha perdida na imensidão do deserto. L evou-me a uma pensãozinha barata, contígua ao palácio São Joaquim, então sede da arquidiocese do Rio de Janeiro. Estava lotada. A maioria dos hóspedes era constituída por paraenses, o tal exército do Pará, como denominava nossa saudo-
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
sa cronista Eneida de Moraes aos migrantes paraenses, também ela um deles, embora forçada pelas circunstância, obrigada a deixar sua terra por perseguição política. Como os ocupantes de um dos quartos eram paraenses, todos amigos do Laércio, deixaram-me pernoitar nele, uma vez que passariam a noite fora, na farra, só devendo voltar no dia seguinte, sabe Deus
Grande capacidade de articulação possibilitou a realização lá, em 1955, do 36º Congresso Eucarístico Internacional
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 4,35-41
35E disse-lhes naquele dia ao cair da tarde: “Passemos para a outra margem”. 36Deixando a multidão, eles o levaram, do modo como estava, no barco; e com ele havia outros barcos. 37Sobreveio então uma tempestade de vento, e as ondas se jogavam para dentro do barco, e o barco já estava se enchendo. 38Ele estava na popa, dormindo sobre o travesseiro. Eles o acordam e dizem: “Mestre, não te importa que pereçamos?” 39Levantando-se, ele conjurou severamente o vento e disse ao mar: “Silêncio! Quieto!” Logo o vento serenou, e houve grande bonança. 40Depois, ele perguntou: “Por que tendes medo? Ainda não tendes fé?” 41Então ficaram com muito medo e diziam uns aos outros: “Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?” B) COMENTÁRIO
“Quem é este a
quem até o vento e o mar obedecem?” (v 41). Quem é Jesus? É a última pergunta e primeira a ser respondida, para melhor entender o texto. É importante que conheçamos as pessoas com as quais nos relacionamos. A nossa vida, e a dos outros, se revela na medida em que convivemos afrontando os desafios cotidianos. E é na dificuldade que se testa a capacidade e a amizade de alguém. Entre os evangelistas, Marcos é quem mais destaca a ligação entre os feitos de Jesus e sua pessoa, para que se entenda quem ele é; para eles, é um homem. Porém, tal homem faz coisas que ultrapassam o limiar humano. Nas curas operadas pelo mestre diziam os circunstantes: “Nunca vimos coisa igual!” (Mc 2,12). Quando fazia exorcismos sem recorrer à fórmula alguma de oração, ou impreca-
ção contra o inimigo, mas apenas no comando de sua palavra, diziam: “Que é isto? Um novo ensinamento com autoridade! Até mesmo aos espíritos impuros dá ordens, e eles lhe obedecem!” (Mc 1,27). E indagam: “Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?”. Sua atuação é encantadora! Ora, o domínio sobre o mal natural ou sobrenatural, e até mesmo sobre os elementos incontroláveis do cosmo como: tempestades, água, etc.... eram prerrogativas apenas de Deus. Portanto, Jesus se revela em suas atuações, como sendo, Filho de Deus, pois faz “proezas” que só o Eterno seria capaz. Como se diz: “Filho de peixe, peixinho é”. Jesus herdou do Pai; pelo seu agir; ele se manifesta “Filho de Deus”, suscitando admiração e indagações. Mas ele também questiona: “Por que tendes medo? Ainda
não tendes fé?” (v 40). Pela dupla indagação de Jesus, a fé, ela mesma, é alavanca que deve remover o medo. Quantas e quantas vezes nos vemos acuados pelo medo! Medo de várias modalidades e procedências. Em tantas e tantas situações nos encontramos faltos de fé! Quem não tem passado por tais experiências: De medo ou falta de fé? Jesus falando aos apóstolos nos diz que devemos cuidar de nossa fé. Ela nos dará coragem e energias suficientes para a superação do medo. Há ocasiões em que as tempestades da vida nos surpreendem, e parece que o Senhor não se importa conosco. Embora estando no barco, parece que está dormindo. E o que fazer em tais circunstâncias? A sugestão do texto é despertá-Lo. E o despertar do Senhor se dá pela oração. Roguemos a Ele, que prontamente nos acudirá.
n 18/06 - SEXTA Cor: Verde 1ª Leitura - 2Cor 11,18.21b-30 Salmo - Sl 33,2-3. 4-5. 6-7 Evangelho - Mt 6,19-23 n 19/6– SÁBADO Cor: Verde 1ª Leitura - 2Cor 12,1-10 Salmo - Sl 33, 8-9. 10-11. 12-13 Evangelho - Mt 6,24-34 n 20/06 – DOMINGO Cor: Verde 1ª Leitura - Jó 38,1.8-11 Salmo - Sl 106,23-24.2526.28-29.30-31 2ª Leitura - 2Cor 5,14-17 Evangelho - Mc 4,35-41 n 21/06 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Gn 12,1-9
Salmo - Sl 32,12-13. 18-19. 20.22 Evangelho - Mt 7,1-5 n 22/06 – TERÇA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Gn 13,2.5-18 Salmo - Sl 14, 2-3ab. 3cd-4ab. 5 Evangelho - Mt 7,6.12-14 n 23/06 – QUARTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Gn 15,1-12.17-18 Salmo - Sl 104,1-2. 3-4. 6-7. 8-9 Evangelho - Mt 7,15-20 n 24/06 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Is 49,1-6 Salmo - Sl 138(139),1-3.1314ab.14c-15 2ª Leitura - At 13,22-26 Evangelho - Lc 1,57-66
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
A Igreja é Una por sua ESSÊNCIA, vocação e missão (parte 3) INTRODUÇÃO
A
Igreja, povo de Deus, é um mistério marcado pela unidade, diversidade e comunhão. Na Encíclica Ecclesiam Suam (N.16), o Papa Paulo VI, nos convida a refletir sobre esse mistério para que possamos descer às suas consequências práticas nos mais variados contextos e níveis eclesiais. Esse mistério de unidade é um alerta e requer de nós discípulos de Jesus Cristo uma consciência de fé adulta e vivida. Num mundo pro-
Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade fundamente marcado por tantas divisões, somos cada vez mais interpelados pelo mistério do amor que mantém e alimenta a unidade da Igreja. Afirma o Papa Paulo VI, ”Cristo derrama n o s s e u s m e m b ro s místicos as comunicações admiráveis da sua verdade e da sua graça, e dá ao seu Corpo Místico, peregrino no tempo, a organização visível, a unidade ilustre, a funcionalidade orgânica, a variedade harmônica e a beleza espiritual” (ES,16). A Verdade une a Igreja, por isso nela não há espaço para o voluntarismo e subjetivismo. Portanto, a unidade da Igreja não é consequência da sua política interna e nem por força da organização hierárquica, mas é dom de Deus que chama os fieis discípulos de Jesus a serem autênticos zelando pelo cumprimento daquilo que ele suplicou ao Pai: «Eu não te peço só por estes, mas também por aqueles que vão
DIVULGAÇÃO
acreditar em mim por causa da palavra deles, para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (Jo 17,20-21). Somos convocados a aprofundar o sentido dessa unidade, o seu conteúdo, suas consequências e atitudes concretas que devemos cultivar e outras a evitar. Essas são importantes questões que precisam ser respondidas para que a nossa consciência de ser Igreja possa ser autêntica.
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A Igreja é Una por essência O Concílio Vaticano II afirmou a unidade e a unicidade da Igreja; ela é una e única (cf. LG, 23). De fato, Jesus não fundou uma pluralidade de Igrejas, mas uma só! Isso está bem claro nas palavras dirigidas a Pedro: “você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). São Paulo afirma que “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5, 25). Ela, assim, é una e única, apesar da pluralidade das suas expressões e níveis organizacionais. Levando a sério esse caráter de unidade e unicidade, a Igreja é sacramento da una, única e indivisível Trindade Santa. A Igreja, portanto, não tem essas propriedades por força da sua estrutura política, mas por sua identidade natural. “A Igreja, em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano, pretende ela, na sequência dos anteriores Concílios, pôr de manifesto com maior insistência, aos fiéis e a todo o mundo, a sua natureza e missão universal. E as condições do nosso tempo tornam ainda mais urgentes este dever da Igreja, para que deste modo os homens todos, hoje mais estreitamente ligados uns aos outros, pelos diversos laços sociais, técnicos e culturais, alcancem também
n A MISSÃO DA IGREJA é apresentar ao mundo a pessoa de Jesus Cristo, com tudo aquilo que ele fez e ensinou
a plena unidade em Cristo” (LG,1). A Igreja é UNA e integrada por sua essência, porque é o resultado da ação do Espírito de Cristo que convoca. “Embora sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo” (Rm 12,5). A Igreja é una porque “há um só corpo e um só Espírito, assim como a vocação de vocês os chamou a uma só esperança: há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, que age por meio de todos e está presente em todos” (Ef 4,4-6).
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A Igreja é Una por sua vocação A Igreja é formada a partir de um chamado. Recordemos o que diz o evangelista Marcos falando da convocação dos discípulos: “Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar...” (Mc 3,13-15). Po r p r i m e i r o , o evangelista ressalta a questão da intimidade com Jesus Cristo. Jesus chamou os que ele quis para que ficassem com ele. A Igreja é una porque está arraigada em Cristo. Estar em Cristo, é viver inserido na Comunidade do Amor. A Igreja nasce do mistério de Amor da Santíssima Trindade, por isso nela, se inspira, dela se alimentar e com ela é chamada a se confron-
tar continuamente (cf. ES, 41) A Igreja é una porque é uma realidade consequente de uma união que se formou a partir da convocação de cada fiel. É o Espírito de Deus que a mantém na unidade, que a sensibiliza à conversão e renova continuamente o senso de comunhão entre seus membros. A unidade eclesial é dom e, ao mesmo tempo, é responsabilidade de cada fiel porque respondeu ao chamado recebido. Deus reúne sujeitos dispostos a testemunharem o amor de Cristo. De fato, por isso São Paulo recomenda aos fiéis da comunidade de Éfeso: “peço que vocês se comportem de modo digno da vocação que receberam. Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportemse uns aos outros no amor. Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade do Espírito” (Ef 4,1-3). Esse mesmo esforço pela fidelidade vocacional é também expresso na Carta aos Filipenses: “se há um conforto em Cristo, uma consolação no amor, se existe uma comunhão de espírito, se existe ternura e compaixão, completem a minha alegria: tenham uma só aspiração, um só amor, uma só alma e um só pensamento” (Fl 2,1-2).
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A Igreja é Una por missão Ela tem uma só
missão e esta lhe foi dada pelo próprio Jesus: “vão, pois, e ensinem a todas as nações; batizem-nas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinem-nas a observar tudo o que lhes prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,19-20). A missão da Igreja é apresentar ao mundo a pessoa de Jesus Cristo, com tudo aquilo que ele fez e ensinou e, dessa forma, é serva do Reino de Deus. O evangelista Marcos afirma que após receberam o mandato missionário, “os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e, por meio dos sinais que os acompanhavam, provava que o ensinamento deles era verdadeiro” (Mc 16,20). “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa Ressurreição” (EN,14). A alegria da Igreja é continuar a missão de Jesus Cristo como fizeram os primeiros apóstolos (cf. Lc 10,17). A Igreja vive a mesma experiência, exulta de alegria no Espírito Santo e lou-
va o Pai, porque a sua revelação chega aos pobres e aos pequeninos (cf. Lc 10,21) e às mais variadas categorias dos marginalizados e sofredores dos nossos dias. Promovendo o Reino de Deus Jesus foi ao encontro dos pobres, doentes e sofredores e desprezados do seu tempo: curou cegos, surdos e mudos; libertou aprisionados, saciou famintos; confortou angustiados, curou leprosos e fez paralíticos andarem; perdoou os pecadores, ensinou os pobres e libertou possuídos pelo demônio... Uma vez que toda a vida de Jesus Cristo foi dedicada à salvação integral da pessoa humana, tocando todas as suas dimensões, a Igreja, animada pelo Espírito da Verdade, pode dizer como Cristo: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância!” (Jo 10,10). Essa missão é una, única e indivisível! Significa que jamais deverá reduzida, desviada e nem fragmentada. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Por que a unidade é importante para a Igreja? Porque a unidade é Dom e Responsabilidade? O que significa: “Embora sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo” (Rm 12,5)?
Mistério de unidade
A alegria da Igreja é continuar a missão de Jesus Cristo como fizeram os primeiros apóstolos
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 18 A 24 DE JUNHO DE 2021
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rotina é de celebração de Ação de Graças, às sextas-feiras, às 16h, para a Fundação Nazaré de Comunicação. O dia em que a Igreja volta-se ao Sagrado Coração de Jesus, a Arquidiocese de Belém escolheu para louvar a Deus pela vida das pessoas que fazem parte da Família Nazaré, e essa gratidão manifesta-se com a Santa Missa na Capela Nossa Senhora de Nazaré, localizada no térreo da instituição. E na sexta-feira, 11, a Comunidade Católica Maíra uniu-se à Arquidiocese de Belém e à Fundação Nazaré para rezar pela Família Nazaré, a exemplo de outras comunidades diocesanas que tem feito o mesmo. A Missa em intenção dos benfeitores que ajudam a Fundação Nazaré a manter o trabalho de divulgação da Arquidiocese de Belém pelos meios de comunicação é partilhada com todo o povo de Deus, pois é transmitida ao vivo pela
FAMÍLIA NAZARÉ
Ação de GRAÇAS pela Família Nazaré FOTOS: LUIZ ESTUMANO
MISSAS ocorrem sempre às sextas-feiras, às 16h, ao vivo,
na rede Nazaré de Televisão, canal 30 Rede Nazaré de Televisão, canal 30, e retransmitida, simultaneamente pelo veículos da mídia arquidiocesana assim como pelas duas respectivas redes sociais. As celebrações estiveram paradas durante a reforma da Capela Nossa Senhora de Nazaré no segundo semestre do ano passado. Foram retomadas no dia 7 de maio, quando a Ação de graças pela Família Nazaré foi presidida pelo padre André Teles, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, e vigário episcopal da Região São Vicente de Paulo. Dia 14 de maio foi a vez de padre Thiago, assistente eclesial da
Renovação Carismática Católica de Belém (RCC) da Região São João Batista, e membro da Comunidade Sementes do Verbo. Padre Nilton Cezar Reis, pároco da Paróquia Cristo Peregrino, celebrou a Missa dia 21 de maio. Padre Paulo João Fernandes rezou pelos benfeitores no dia 28 de junho, com a participação da Comunidade Caju. As celebrações de junho tiveram início no dia 4 com a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do Telégrafo, cuja Santa Missa foi presidida pelo padre Leonilson Brandão. E nesta sexta-feira, as
intenções pelos sócios evangelizadores serão elevadas a Deus com auxílio da Paróquia São Pedro e São Paulo e pelo celebrante, padre Evandro Araújo, vigário paroquial. A Missa em intenção da vida dos sócios evangelizadores na Arquidiocese de Belém é celebrada na Capela Nossa Senhora de Nazaré, situada no prédio João Paulo VI, no bairro de Nazaré, localizadana av. Governador José Malcher, 915, nas instalações da Fundação Nazaré de Comunicação. Seja um sócio evangelizador. Seja membro da Família Nazaré. Ligue para (91) 4006-9211.
n PADRE Alan Henrique Silva
próxima semana G.O. Exército de Maria 10 n COMUNIDADE Católica Maíra
NOSSOS ANIVERSARIANTES Mariza Calandrini Muribeca Maria do Perpetuo Socorro de Sousa Vilhena João Barbosa Ranieri Luciana Miranda Lisboa Manoel Antonio Pereira Branco
Margareth da Silva Almeida Haroldo Furtado Tavares Jaciara Joana Darc Sarmento da Costa Souza Maria Claudia Cardoso de Montalvão Katia Cristina de Lima Furtado
Maria das Graças Delgado Neuza Maria Fernandes Mendes Suely Cristina Siqueira Carolina Pinto da Silva Francisco Jair Aviz Margareth Feitosa da Costa Gomes Izabeth Ferreira Diniz de Miranda Márcia Vanja da Silva Gomes
Luzia da Silva Veiga Osmarina Sales Dias Raimundo Rodrigues Freitas e Joana Batista Freitas Zolima Viana Garcia Joana Daibes Couto Aurora Batista Pereira Mendes Maria da Conceição Noronha dos Santos Izanilde Silva de Sena
Florentina da Silva Câmara Doris Ferraz Braga Maria Lucia Couto Carrera Raimundo Carlos Moreira Costa e Maria das Dores Lima Costa Raimunda Lima Nascimento Olgarina dos Santos Figueiredo Ana Alice Sousa da Silva Jose Rocha da Poca Najla Maria Resque Luciclea da Conceição da Silva Marques Vanilza Malcher Helia Regina Maranhao Braga Roosemilia Ferreira Rosário Rodrigues
Leonor da Trindade Soares Francisca Pinto Fiel Cinira Lopes da Silva Arlette Pinho de Carvalho Maria Estela Moreira Cardoso Maria José Espírito Santo Teixeira Maria Auxiliadora Modesto de Sousa Irland Barroncas Gonzaga João Batista Rodrigues dos Santos Fredson Luiz Figueiredo da Silva Marcos Antonio Moura da Silva Paola Fagundes Milhomem Pedro Fagundes Milhomem
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS
Maria Pontes Barros Salomé Quintino de Araújo Camila Martins de Queiroz Cloves Souza Silva Filho Maria de Lourdes da Silva Bastos Carlos Aurélio Falcão Amorim Maria Auxiliadora Modesto de Souza Carla de Goes Cardoso Francisco Fernando de Castro Medeiros
Maria Pereira de Mendonça Maurilo Mendes dos Santos Hugo de Oliveira Rocha Maria do Espirito Santo Silva da Costa Rosemira Martins Correa Dinair Valadares da Silva Herondina Lira da Costa João Batista Pantoja Cardoso Rosana Maria Correa de Sousa
Fernando José da Silva Santos Lecy de Nazaré P. Silva Mario Lima de Oliveira e Iracema Oliveira Conceição Martins Pessoa Maria Raimunda Miranda Ribeiro Francisco dos Santos Dantas Danilce Cristina Correa de Souza Márcia Lilian da Silva Oliveira Shirley Aguiar da Rocha Marilena Peres Licinete Pinheiro de Medeiros Renato da Cruz Xerfan
Joana das Graças Airosa Pinto Francisco Sidney Amaral Joana Maria Lopes de Souza João Batista dos Santos Macedo Izabel de Souza Mota Maria da Penha Costa e Silva Sonia Maria Barral Secco Maria do Rosário Ribeiro Wanderley Joanilda Ferreira Sena João de Jesus Fontel Santana Zelio Batista Moraes da Costa João Batista da Silva Brabo Margarete do Socorro da Cruz Figueiredo Leidiane da Silva Costa Alessandra Patrícia Ferreira Soares João Emilio Santana Pinto
18/06 – Pe. Wellington da Silva 20/06 – Pe. Jailton Barros dos Santos (Padre Tiago) 22/06 – Diác. Jesus Nazareno Ugulino 23/06 – Pe. Osmar Antônio dos Santos 23/06 – Pe. José Agripino Brito Filho 24/06 – Diác. João Batista Aragão Alencar 24/06 – Diác. João Fabiano Tavares de Souza 24/06 – Pe. Rogério Ribeiro de Oliveira n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 19/06 – Pe. Agostinho Filho de Sousa Cruz 19/06 – Pe. Antônio Luís Farias de Oliveira 19/06 – Pe. Edvaldo Andrade Amaral 19/06 – Pe. Ivan da Silva Conceição 19/06 – Pe. Rafael da Costa Brito 19/06 – Pe. Rangel Anderson Campos Bentes 22/06 – Diác. Jesus Nazareno Ugulino 22/06 – Pe. Leonardo Nazareno das Neves 24/06 - Mons. Raimundo Possidônio Carrera da Mata 24/06 – Pe. Carlos Augusto Azevedo da Silva
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CADERNO DOIS
Santo Antônio FESTEJADO na Pastoral das Ilhas FOTOS: LUIZ ESTUAMANO
DOM ALBERTO Taveira Corrêa, Arcebispo
Metropolitano de Belém, presidiu a Missa
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ábado, 12, pela manhã, o Arcebispo Metropolitano de Belém foi à ilha do Combu. Acompanhado da equipe arquidiocesana da Pastoral das Ilhas, ele presidiu a Santa Missa da festividade em honra ao padroeiro, Santo Antônio de Lisboa, junto com aquela comunidade ás margens do rio Piriquitaquara, após a procissão fluvial que conduziu a imagem do homenageado. Para chegar à ilha do Combu, a equipe da Arquidiocese de Belém deslocou-se do porto da praça Princesa Isabel às
8h, no bairro da Condor, para a viagem de barco que durou de cerca de 40 minutos até o porto da comunidade Santo Antônio. À chegada da procissão, as comunidades e a imagem de Santo Antônio foi recebida com festa para a Missa a ser presidida pelo Arcebispo Dom Alberto. A equipe litúgica contou com a participação de pessoas da comunidade e a celebração contou com o serviço do diácono Gilmar. A celebração eucarística marco o ponto alto da festividade em honra a Santo Antônio de Lisboa. O envolvimento das comunidades para realizar a celebração do padroeiro foi marcada por festiva alegria, mesmo sendo reduzida a participação das comunidades assistidas pela Pastoral das Ilhas, em razão dos protocolos de segurança
n ARCEBISPO Dom Alberto prepara-se para a Missa
n VIAGEM de barco levou a Arquidiocese até a ilha do Combu, à frente, o Arcebispo Dom Alberto
contra a pandemia do novo coronavírus, o que não minimizoua disposição dos presentes à Missa. A participação expressiva da comunidade é reflexo do esforço missionário empreendido pela Arquidiocese de Belém em tornar-se cada vez mais presente na vida dos nativos,
moradores das ilhas. "Nos causa muita satisfação, uma alegria evangélica, a força da vida de Igreja nestas nossas comunidades. Fazemos uma programação com espiritualidades, novenas, formações, retiros, a Missa em nossas igrejas por esses caminhos de rio", comentou Dom Alberto. Atendidas pela Pastoral das Ilhas, a Arquidiocese de Belém está presente em 14 ilhas, um trabalho realizado com ajuda de irmãs religiosas, sacerdotes, diáconos permanentes, seminaristas, leigos e leigas, além do Movimento Arquidiocesano do Terço dos Homens Mãe Rainha (MTHMR). Banhada pela Baía do Gua-
jará, a cidade de Belém tem, diante de si, o Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, e ao seu redor, dezenas de pequenos ilhotes de natureza ainda preservada, lar para ribeirinhos que vivem basicamente da pesca e da extração do açaí, abundante na região e base também da alimentação das famílias. E foi em meio a essa natureza exuberante que Santo Antônio recebeu festa da Arquidiocese de Belém, mais uma atividade missionária insular que foi coordenada por bispos auxiliares de Belém, como Dom Irineu Roman e Dom Teodoro Mendes, e hoje caminha com o Arcebispo Metropolitano Dom Alberto Taveira Corrêa.
n MISSA envolveu as comunidades e equipe da Arquidiocese na capela de Santo Antônio
n PROCISSÃO fluvial com a imagem do padroeiro e presença das comunidades na Santa Missa abrilhantaram a festividade
n COMUNIDADES acompanhadas pela Pastoral das Ilhas participaram da programação em honra a Santo Antônio de Lisboa, sendo o ápice, a Missa
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A
Igreja na América Latina e Caribe estendeu até o dia 30 de agosto de 2021 o processo de escuta do povo de Deus para a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe. O processo coordenado pelo Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) já iniciou com a reflexão e a escuta dos diferentes integrantes da Igreja – leigos, religiosos consagrados e membros do clero. É a primeira vez que o Celam organizada essa Assembleia Continental, buscando uma participação mais ampla dos cristãos na atividade. A extensão do prazo foi acolhida pelo Celam a pedido de várias conferências episcopais na 38ª Assembleia Geral do organismo realizada de 18 a 21 de maio, quando a presidência aceitou a necessidade de prolongar o período de participação no processo de escuta. A escuta é uma proposta aberta a todos, na qual é possível participar
IGREJA
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 18 A 24 DE JUNHO DE 2021
ETAPA de escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe é prolongada até 30 de agosto ARQUIDIOCESE de Belém prepara-se para tomar parte no processo de escuta através de atividades comunitárias, fóruns temáticos e contribuições individuais que podem ser feitas diretamente no website da Assembleia Eclesial, na sua seção “Escuta”. Para participar é preciso inscrever-se no website asambleaeclesial. lat, específico do evento, onde um vídeo explica quatro passos para se inscrever na plataforma e fazer sua contribuição. O objetivo dessa preparação é “gerar diversos diálogos e atividades que serão o fio condutor de todo o processo de discernimento até e durante a Assembleia”, explica o Celam. Para facilitar as contribuições, o Celam disponibiliza dois documentos: o “Documento para o caminho”, que apresenta o conteúdo para as reflexões, na estrutura Ver, julgar e agir, conforme o número 19 do Documento de Aparecida; e o “Guia
metodológico”, que apresenta a forma de preparação da Assembleia Eclesial, de forma particular, como vai funcionar o processo de escuta, materiais disponíveis no website da Assembleia, https://asambleaeclesial.lat SISTEMATIZAÇÃO – O Celam realiza neste mês de junho a sistematização do processo de escuta da Assembleia. “O comitê de conteúdo, juntamente, com o comitê de escuta começa a trabalhar”, diz o comunicado assinado pelo presidente e secretário-geral do organismo emitido para as conferências episcopais, a fim de “assegurar a sistematização atempada de todas as contribuições do processo de escuta”. Concluído o processo de escuta, durante o mês de setembro, “procederemos à elaboração do Documento para o Discernimento”. O comuni-
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ
n RÁDIO NAZARÉ CHAMA A ATENÇÃO PARA CUIDADOS CONTRA A ASMA No próximo 21 celebra-se o “dia nacional de combate à asma” e este será o tema abordado no programa "Saúde e cidadania" na próxima segunda-feira, dia 21. Um profissional de saúde participará
do bate-papo com orientações no combate a esta doença inflamatória crônica das vias aéreas que afeta 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos. O programa vai ao ar as segundas-feiras, de 16h.
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n NOITE DE LOUVOR TODA QUARTA-FEIRA À NOITE Diretamente da Capela Nossa Senhora de Nazaré, localizada no térreo do prédio da Fundação Nazaré de Comunicação, você pode acompanhar o programa “Noite de Louvor, apresentado pelo padre Padre Paulo João Fer-
nandes Ribeiro, pároco da Paróquia Santa Madre Teresa de Calcutá. Um momento de intensa espiritualidade na tela da sua TV Nazaré, com louvor, oração e Adoração ao Santíssimo. Toda quarta-feira, pelo canal 30, sempre às 19h30.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n HORA DA MISERICÓRDIA Toda segunda, quarta e sexta-feira você reza junto conosco com o programa Hora da Misericórdia com transmissão pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br), pela nossa pá-
gina no Facebook.com/FNCBelem e também pela TV Nazaré (canal 30.1 ou sintonia de sua cidade), no horário de 14h30 às 15h30, conduzido pelo padre Gelcimar Santos.
cado destaca o trabalho que está sendo realizado pelas Equipes de Animação Pastoral da Assembleia nas Conferências Episcopais. Diz-se que “eles estão envolvidos, organizados, entusiasmados e empenhados”. O Celam oferece a sua disponibilidade para colaborar em caso de dúvidas ou dificuldades, confiando “que a Assembleia Eclesial será um sinal e uma expressão de proximidade e esperança no meio da
pandemia que o continente está vivendo”. O processo de escuta conta com a participação de Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que explica o passo a passo para quem deseja colaborar na construção da Assembleia Eclesial. Dom Joel afirma que “estamos olhando Aparecida, 14 anos depois, e nos perguntando, nas palavras do Papa Francisco, o quê de lá precisa, efetivamente, ser aplicado ainda mais e o
que há de novos desafios que à luz do discipulado missionário em prol da vida precisam ser enfrentados”. ARQUIDIOCESE DE BELÉM – A fim de participar da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, a Arquidiocese de Belém prepara-se para tomar parte no processo de escuta. À frente da mobilização, Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar de Belém, informa que no início do mês de julho, as forças vivas das comunidades diocesanas começam a ser envolvidas no processo participativo da Assembleia.
BOA DICA n SERMÕES Santo Antônio de Pádua, Livro (PAULUS, R$ 80,00 )
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aquele monte”, no qual os apóstolos também receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes, “ele fez hoje para todos os povos” que acreditavam nele “um banquete de carnes gordas”. É o que faz hoje a Igreja universal, para a qual Cristo preparou, sobre o monte Sião, um banquete esplêndido: deu seu verdadeiro corpo e ordenou que fosse dado também a todos os que haveriam de crer nele. Por isso, deve-se crer firmemente e confessar com a boca que aquele corpo que a Virgem deu à luz, que foi pregado na cruz, que jazeu no sepulcro, que ressuscitou no terceiro dia, que subiu à direita do Pai: Ele hoje realmente o deu aos apóstolos, e a Igreja todos os dias o “prepara” e o distribui a seus fiéis
n RECORDAÇÕES DA MINHA FÉ Mario de França Miranda, Livro (Paulinas, R$ 33,00)
O
livro expressa a experiência espiritual, intelectual e pedagógica do veterano teólogo jesuíta. A obra aborda temáticas centrais da fé cristã, como Deus, Jesus Cristo, Igreja, Salvação, Eucaristia, Oração etc., em um estilo inédito elaborado pelo autor. Trata-se de uma composição original das temáticas sintetizadas em pequenos parágrafos em forma de artigos de fé que vão compondo os 10 capítulos. Cada parágrafo tem sua autonomia lógica e conceitual, embora venha inserido em um capitulo temático e, esse, por sua vez no conjunto maior da profissão de fé que pretende ser o livro. Por essas características, o livro é de grande potencial pedagógico tanto para a cultura da informação atual, centrada no texto minúsculo, quanto para o uso catequético em grupos eclesiais.
VATICANO
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Um “NOVO OLHAR” para superar dificuldades PAPA FRANCISCO: a confiança é fundamental para “sair bem da pandemia”
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om informações agência Ecclesia. O Papa disse no Vaticano que a humanidade precisa de um “novo olhar” para superar as dificuldades, incluindo o atual momento de crise provocada pela pandemia. “O Evangelho pede-nos um novo olhar sobre nós mesmos e sobre a realidade; pede olhos maiores, que saibam ver além, especialmente para lá das aparências, para descobrir a presença de Deus que, como amor humilde, está sempre presente no terreno
da nossa vida e no da história”, disse da janela do apartamento pontifício, antes da recitação da oração do ângelus, no domingo, 13 de junho. Francisco referiu aos peregrinos presentes na Praça de São Pedro que a confiança é fundamental para “sair bem da pandemia”. “Cultivar a confiança de estar nas mãos de Deus, e ao mesmo tempo, comprometer-nos todos para reconstruir e recomeçar, com paciência e constância”, precisou. O Papa sublinhou
que o bem cresce “de forma humilde, oculta, muitas vezes invisível”. “Em muitas situações da vida, de fato, pode acontecer que fiquemos desanimados, porque vemos a fraqueza do bem comparada com a aparente força do mal. E podemos deixar-nos paralisar pela desconfiança”, advertiu. Francisco admitiu que esta situação se estende à própria Igreja, em particular perante “a crise da fé e o fracasso de vários projetos e iniciativas”, mas defendeu que os resultados
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n PAPA da janela do apartamento pontifício, antes da oração do ângelus
dependem da “ação de Deus” e não das próprias capacidades. “Que Maria San-
tíssima, a humilde serva do Senhor, nos ensine a ver a grandeza de Deus, que
atua nas pequenas coisas, e a vencer a tentação do desânimo”, concluiu..
MENSAGEM: a pobreza não é fruto do destino; é consequência do egoísmo Com informações agência Ecclesia. O papa alertou para as consequências sociais e econômicas da pandemia, pedindo uma nova abordagem na luta contra a pobreza, na mensagem divulgada na segunda-feira, 14, pelo Vaticano. “A pandemia continua a bater à porta de milhões de pessoas e, mesmo quando não traz consigo o sofrimento e a morte, é portadora de pobreza. Os pobres têm aumentado desmesuradamente e o mesmo, infelizmente, continuará a verificarse ainda nos próximos meses”, escreve Francisco, na sua mensagem para o 5º Dia Mundial dos Pobres, que a Igreja Católica vai celebrar a 14 de novembro, penúltimo domingo do ano litúrgico. O texto tem como tema ‘Sempre tereis pobres entre vós’, inspira-
do numa passagem do Evangelho segundo São Marcos (Mc 14, 7). O papa aborda a multiplicação de novas formas de pobreza, questionando discursos políticos que fazem dos pobres “responsáveis pela sua condição” e mesmo um “peso intolerável” para o sistema econômico. “Um estilo de vida individualista é cúmplice na geração da pobreza e, muitas vezes, descarrega sobre os pobres toda a responsabilidade da sua condição. Mas a pobreza não é fruto do destino; é consequência do egoísmo”. Francisco aponta o dedo a agentes econômicos e financeiros “sem escrúpulos”, sem “sentido humanitário e responsabilidade social”. “Um mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos cria condições desumanas
que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias”, acrescenta. A situação global, indica, foi agravada pela crise da Covid-19, que exige, segundo o papa, respostas concretas para o desemprego, com mais solidariedade social e promoção humana. CONTRARIAR A CULTURA DA INDIFERENÇA “Não se trata de serenar a nossa consciência dando qualquer esmola, mas antes de contrariar a cultura da indiferença e da injustiça com que se olha os pobres”, afirma. A mensagem questiona o tipo de resposta que tem sido dada a milhões de pobres, muitas vezes deixados na “indiferença, quando não a aversão”, defendendo um maior protagonismo dos que são desfavorecidos na criação de novas políticas de solidarieda-
n O PAPA pede uma nova abordagem na luta contra a pobreza
de e a partilha. “Impõe-se uma abordagem diferente da pobreza. É um desafio que os governos e as instituições mundiais precisam de perfilhar, com um modelo social clarividente, capaz de enfrentar as novas formas de pobreza que invadem o mundo e marcarão de maneira decisiva as próximas décadas”, sustenta o pontífice.
Francisco insiste na ideia de evitar a culpabilização das pobres pela sua condição, considerando que este discurso coloca em causa “o próprio conceito de democracia”. “Servir eficazmente os pobres incita à ação e permite encontrar as formas mais adequadas para levantar e promover esta parte da humanidade, demasiadas vezes anônima e sem voz,
mas que em si mesma traz impresso o rosto do Salvador que pede ajuda”, diz. A mensagem do papa foi assinada, simbolicamente, a 13 de junho, dia da festa litúrgica de Santo Antônio. O texto conclui-se com votos de que este Dia Mundial dos Pobres se afirme cada vez mais na Igreja Católica, levando a “um movimento de evangelização”.
Francisco RECORDA a generosidade dos Doadores de sangue Com informações Vatican News. O Papa Francisco durante o Angelus do domingo, 13, agradeceu àqueles que garantem vida doando sangue. Ele o fez por ocasião do Dia Mundial do Doador de Sangue, que é celebrado a cada 14 de junho. No dia 14 de junho comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue. Em suas palavras após a oração mariana, o Papa Fran-
cisco recordou a data com um pensamento a todos aqueles que tornam possível este dom de vida: Agradeço de coração aos voluntários e os encorajo a continuarem seu trabalho, testemunhando os valores da generosidade e da gratuidade. Muito obrigado, muito obrigado! A Organização Mundial da Saúde escolheu a Itália este ano para sediar o evento global
n DOAÇÃO uma rede de solidariedade
no Auditório Parco della Musica, em Roma. Em 14 de junho, o programa inclui a inauguração da Aldeia Virtual dos Doadores. Às 21 horas, o Coliseu foi iluminado de vermelho. O slogan escolhido para 2021, “Doe sangue e faça pulsar o mundo”, é um apelo dirigido especialmente aos jovens. Em vista do Dia Mundial do Doador, o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus recordou que “os jovens sofreram imensamente durante esta pandemia, mas demonstraram uma incrível resiliência e capacidade de adaptação. Muitos doadores de sangue em todo o mundo”, acrescentou, “são jovens
e é o momento de reconhecer sua incrível contribuição para a saúde de suas respecti-
vas comunidades”. O sangue e as transfusões salvam milhões de vidas e melhoram a
saúde de muitos pacientes. Mesmo durante a pandemia, a rede de solidariedade não parou.
O C
nde não há honra pelos idosos não há porvir para os jovens. (15 de junho)
omo seria evangélico, se pudéssemos dizer com toda a verdade: também nós somos pobres, porque só assim conseguiríamos realmente reconhecê-los e fazê-los tornar-se parte da nossa vida e instrumento de salvação. (14 de junho)
H
oje é o Dia Mundial dos Doadores de Sangue. Agradeço de coração aos voluntários e encorajo-os a continuar a sua obra, testemunhando os valores da generosidade e da gratuidade. (14 de junho)
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CADERNO DOIS
BELÉM, DE 18 A 24 DE JUNHO DE 2021
LANÇADO mais um produto dedicado aos devotos da Virgem de Nazaré
EM NAZARÉ FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
A ARQUIDIOCESE de Belém, junto aos Padres Barnabitas e a Diretoria da Festa de Nazaré lançaram a camisa oficial do Círio 2021
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Arquidiocese de Belém, junto aos Padres Barnabitas e a Diretoria da Festa de Nazaré lançaram neste domingo, 13 de junho, a camisa Oficial do Círio 2021. A cerimônia aconteceu após a Santa Missa presidida pelo Reitor da Basílica Santuário, Pároco de Nazaré e Presidente da DFN, Padre Francisco Maria Cavalcante. Este é mais um produto dedicado aos devotos da Virgem de Nazaré. Uma lembrança alusiva à grande festa da Rainha da Amazônia. Os interessados podem adquirir o produto na Loja Lírio Mimoso.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO LÍRIO MIMOSO Segunda a Sexta-Feira: 7h30 às 19h30 Sábado e Domingo: 7h30 às 13h30
INSCRIÇÕES para o curso em preparação matrimonial estão abertas Todos os meses a Basílica Santuário de Nazaré oferece aos casais que desejam receber o Sacramento do Matrimonio o Curso de Noivos, não seria diferente no mês de julho. O encontro é de fundamental importância
e conta com palestras de orientação ao casal, momentos de espiritualidade, formação sobre a vida matrimonial, dedicação ao compromisso que assumirão, testemunhos de outros casais e construção da família atrelada aos en-
sinamentos de Deus. Em julho, o Curso de Noivos acontecerá nos dias 02, 03 e 04. Ao final, um certificado será disponibilizado aos concluintes. As inscrições custam R$ 80,00 e podem ser feitas no aten-
dimento da Basílica Santuário, em horário comercial. No ato da inscrição é necessário apresentar os documentos de identificação do casal. Mais informações pelos telefones: 40098400 / 4009-8407
Setor de ATENDIMENTO pronto para receber fiéis que chegam ao Santuário Para marcar intenções, agendar missas particulares, informações sobre os Sacramentos do
Batismo e Matrimônio, as colaboradoras que atuam no setor de Atendimento da Basílica de
Nazaré, estão preparadas para atender aos fiéis que chegam ao Santuário da Rainha da Amazônia.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Segunda a sexta-feira: 7h às 19h Sábado: 7h às 18h Domingo: 7h às 12h e 15h às 20h Para falar com alguma das colaboradoras, ligue: 4009-8400/8407
Santo Antonio Maria Zaccaria PROMOVE “Feijoada Drive Thru” Para angariar recursos que serão destinados à organização da festividade em honra a Santo Antonio Maria Zaccaria, a
Comunidade que leva o nome do padroeiro, da Paróquia de Nazaré, vende tickets para um almoço especial. Os interessados po-
dem adquirir o voucher da “Feijoada Drive Thru” na secretaria da Capela que fica na Rua Boa Ventura da Silva, nº 1796.
n ATENDIMENTO da Basílica Santuário de Nazaré
IGREJA
CADERNO DOIS
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VISITA da imagem Peregrina a Montes Altos A CHEGADA da imagem Peregrina está sendo aguardada com muita expectativa pelos católicos da Região.
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chegada da réplica oficial da imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré à Paróquia de Sant’Ana, na Diocese de Carolina, Regiões Sudoeste e Sul do Estado do Maranhão, foi adiada para o mês de julho. A data inicial era o dia 14 de maio deste ano e a nova data já será em meio à festa de Santa´Ana que acontecerá de 18 a 26 de julho. O pároco da Paróquia de Sant’Ana, padre Luzimar Moura da Luz, disse em nota distribuída para os fiéis e nas redes sociais, que a mudança deu-se após avaliação da situação da covid-19 no Maranhão e região e visa contribuir com os protocolos sanitários de contenção à pandemia contidos em decretos municipal, diocesano e estadual. “Vimos informar que a data de 14 de maio, para recebermos a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em Montes Altos se torna inviável. Aprovei-
tamos a oportunidade para sugerir outra data: 25/26 de julho, pois neste período, estaremos celebrando o festejo em honra a nossa padroeira, Santa´Ana”, diz trecho da nota. A chegada da imagem de Nossa Senhora de Nazaré está sendo aguardada com muita expectativa pelo povo de Deus em Montes Altos e representa um marco histórico para os devotos da santa padroeira dos paraenses, também, chamada de “Rainha da Amazônia”, no Maranhão e Estados vizinhos. “Achamos melhor fazer uma festa bonita para a chegada de Nossa Senhora com a presença de nosso povo e essa foi a razão principal: não deixar o povo de fora”, disse padre Luzimar em entrevista no dia 25 de maio, acrescentando, que até a nova data espera que a vacinação contra a covid19 tenha avançado no Maranhão, assim como a flexibilidade dos decretos.
LUIZ ESTUMANO
n PADRE LUZIMAR visita Belém com vistas a organizar a visita da imagem Peregrina
ENCONTRO DE MÃES A nova data, caso não passe por novo adiamento, vai possibilitar um momento único na história da Igreja Católica na Região que é o encontro de duas santas, Sant’Ana, a mãe de Nossa Senhora de Nazaré, à filha durante o festejo da padroeira de Montes Altos. A expectativa para o en-
contro já vem sendo sentida no contato dos fiéis pelas redes sociais, desde o anúncio da mudança de data de chegada da imagem Peregrina. Além do festejo, que promete ser inesquecível, a paróquia continua trabalhando de forma estratégica para a realização do Círio de Nazaré de Montes Altos, que está marcado
para o segundo domingo de setembro deste ano. Antes do Círio em setembro, está prevista a visita à cidade de Montes Altos, do coordenador do Cirio de Nazaré em Belém, para conhecer o complexo eclesial de Montes Altos e ministrar palestra para a equipe local de organizaçãodo evento religioso no estado maranhense.
Arquidiocese de SANTARÉM comunica a morte de Padre Valdir A Arquidiocese de Santarém comunica com pesar, mas com fé na Ressurreição em nosso Senhor Jesus Cristo, o falecimento do padre Valdir Soares Serra, aos 73 anos, ocorrido na tarde de sábado, 12 de junho, no Hospital Regional de Santarém. O Arcebispo de Santarém, Dom Irineu Roman comentou no sábado, 12, que Padre Valdir foi o primeiro Padre Diocesano de Santarém. O religioso estava internado no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) em Santarém.
“Louvado seja Deus pela vida do padre Valdir, que dedicou 44 anos de sua vida ao anúncio da Boa Nova. Que o Senhor Ressuscitado, Aquele que venceu a morte, receba padre Valdir no céu, junto à Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa”, disse Dom Irineu em nota da Arquidiocese. Padre Valdir Soares Serra nasceu no dia 16 de fevereiro de 1948 em Santarém – Pará (Remanso – Rio Arapiuns). Filho de Benjamin Moura Serra e Maria Madalena Soares Serra. Teve três
irmãos: Benjamin Soares Serra, Maria Helena Soares Serra e Edil Soares Serra. Foi Ordenado diácono em 21 de dezembro de 1975 e Presbítero em 30 de dezembro de 1976. VELÓRIO E SEPULTAMENTO - O corpo do padre Valdir Serra foi velado na Catedral Metropolitana de Santarém desde às 21h de sábado. Domingo, 13, houve Missa de Corpo presente, às 8h30 e o sepultamento ocorreu às 10h no cemitério São João Batista, no jazigo da família.
DIVULGAÇÃO
n PE. VALDIR faleceu aos 73 anos no últiomo dia 12
1ª edição do CICLO de estudos sobre nulidade matrimonial n Por Profª. Dra. Graciete Cardoso - Coordenadora do curso de Pós e Extensão da Faculdade Católica de Belém Nos dias 27 e 28/05/2021 - 09 e 10/06/2021 aconteceu, de forma remota, a I edição do Ciclo de Estudos sobre NULIDADE MATRIMONIAL, ofertado pela Faculdade Católica de Belém (Facbel). Este evento teve uma grande repercussão em todo o país, contando com a participação de 200 inscritos, de diversas partes do Brasil, entre estes, muitos diáconos, juízes e leigos que atuam diretamente nos Tribunais Eclesiásticos. Este ciclo de estudos foi uma opor-
tunidade que a Faculdade Católica de Belém ofereceu acerca do agir canonicamente da Igreja, em relação aos processos de nulidade matrimonial. O Palestrante, Prof. Dr. Pe. Evandro Stefanello, abordou questões referentes desde a instauração do processo, quais os elementos que podem levar o Tribunal Eclesiástico a declará-lo nulo, visto que alguns católicos podem ter contraído matrimônio na Igreja sem a devida preparação, ou seja, sem o equilíbrio ne-
NOTAS RÁPIDAS
n DEVOÇÃO AOS SANTOS JUNINOS Para retratar a tradição e religiosidade junina, o Museu de Arte Sacra está com a exposição “Junho, bendito seja!”. Visitação até 30 de julho, sempre de terça a domingo, das 9h às 17h.
cessário, sem a capacidade de formar boa comunhão de vida e de amor e sem a maturidade devida, ou ainda, sem a liberdade necessária. O evento foi dividido em dois momentos, o I ciclo aconteceu nos dias 27 e 28 de maio, de forma remota, às 15h, sobre “Direito Matrimonial: normativas que levam à nulidade” e o II Ciclo aconteceu nos dias 9 e 10 de junho, também às 15h de forma remota, com o tema “O processo de nulidade matrimonial”.
n MANUTENÇÃO DO ESTOQUE DE SANGUE O Hemopa está com atuação especifica na campanha Junho Vermelho, de nível nacional que se propõe alertar a população sobre a necessidade de manutenção do estoque de sangue, para atendimento satisfatório da demanda transfusional da rede hospitalar. A ação estratégica será realizada até 31 de junho em todas as unidades da Hemorrede: Sede Hemopa, Unidades de Coletas Pátio Belém e Castanheira e, ainda nos hemocentros.
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ARQUIDIOCESE
ASSEMBLEIA da Área Missionária Santa Maria Mãe da Igreja na Castanheira OBEJTIVO é fortalecer a caminhada missionária das comunidades rumo à futura paróquia
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oje assessorei a Assembleia da Área Missionária Santa Maria Mãe da Igreja. Foi um evento muito tranquilo, bem participado e animado com muitas boas idéias. Agradeço ao padre Antônio Moraes pelo acompanhamento pastoral, e peço a Deus que continuem avançando com o bom trabalho missionário que vem sendo realizado ali”. O trecho acima é parte das considerações de Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, que acompanha a expansão da Arquidiocese de Belém nas áreas missionárias. O bispo refere-se à realização da Assembleia realizada na Comunidade Nossa senhora Aparecida, no dia 12, na Área Missionária Santa Maria Mãe da Igreja, localizada na confluência dos bairros da Guanabara e da Castanheira, acompanhada do administrador arquidiocesano daquela área, padre Antônio Moraes. A programação iniciou pel manhã, comas boas vindas, às 8h30, com oração na acolhida feita pelo padre Antônio. Em seguida, Dom Antônio explicou para os participantes da assembleia. Na sequência, Dom Antônio, falou dos Eixos do Plano Pastoral da Arquidiocese de Belém, seguido do traba-
lho em grupo, propiciando maior engajamento dos presentes, e estabelecendo as linhas de ação para alcançar esse objetivo. Assim, a assembleia desenvolveu-se em explanações que trataram da Missionariedade, Avanço, Caridade, Serviços, Pastorais, Comunhão, Comunicação, Formação, Espiritualidade e Economia. Após o intervalo às 10h15, foi o momento do plenário discutir e encaminhar os assuntos tratados. Seguindo-se a programação, às 11h30, houve a Santa Missa, durante a celebração, um momento especial: a bênção da nova capela. Concluída a Santa Missa, as lideranças e comunidade reuniram-se emn torno deo almoço servido às 12h30. OBJETIVOS
Dom Antônio explica que o objetivo da Assembleia da Área Missionária é estimular o processo de convergência e comunhão entre as comunidades com todas as suas forças vivas. Outra finalidade é identificar comunitariamente os desafios missionários a serem enfrentados a partir do Plano Pastoral da Arquidiocese de Belém. Outra meta é contribuir para a elaboração do Proje-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n DOM ANTÔNIO tem acompanhado de perto a missão na comunidade
to Pastoral da Área Missionária. A assembleia realizou-se também com a incumbência de definir competências e responsabilidades pastorais. Outra contribuição importante da assembleia realizada éo de fortalecer a consciência de estar em caminho. Neste aspecto específico, Dom Antônio explica que a expressão ESTAR EM CAMINHO quer dizer que a comuni-
dade de uma área missionária deve estar sempre se esforçando para comprender a trajetória que está sendo vivenciada em direção a um grande passo na vida da Igreja. "Trata-se do amadurecer de processos e mentalidade em vista de ser Paróquia". Por sua vez, padre Antônio associa-se a Dom Antônio. "Essa discussão, esse acompanhamento que estamos tendo a graça de conduzir, é uma grande
responsabilidade, uma vez que caminhamos com a meta de ser uma futura paróquia. Isso precisa estar claro para todos que estamos nessa jornada". A Área Missionária Santa Maria Mãe da Igreja tem apenas cinco meses de instalação. A condução pastoral da Arquidiocese de Belém prepara quatro comunidades: Cristo Amigo, Rainha dos Corações, Nossa Senhora Aparecida e Cristo Salvador.
n EXPLANAÇÕES de eixos do Plano Pastoral foram discutidas com a comunidade da área Santa Maria Mãe da Igreja
n PADRE ANTÔNIO, administrador da área Santa Maria Mãe da Igreja acompanhou toda a programação da assembleia