ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CVIII - Nº 999 - PREÇO AVULSO: R$2,00
www.fundacaonazare.com.br
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
Preparativos para o CÍRIO LUIZ ESTUMANO
Em toda parte, Belém já vive um clima festivo, refletindo a devoção e a confiança do povo de Deus na intercessão da Virgem Maria. A Arquidiocese segue com a visita da imagem Peregrina a várias instituições e paróquias. A Fundação Nazaré intensifca seu trabalho para concluir a programação do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. NESTA EDIÇÃO LUIZ ESTUMANO
n CÔNEGO Claudio Barradas
CLAUDIO BARRADAS deixa o Voz de Nazaré
n IMAGEM da Virgem Maria inspira homenagens e motivo dos preparativos para o Círio de Nazaré
A animada presença na redação, o zelo com a coluna "Miscelânea" e a dedicada missão de revisor do Jornal Voz de Nazaré passam a ser memória para o cônego
Cláudio Barradas. Limitado por motivos de doença, o sacerdote deixa rico legado e despede-se dos leitores do semanário arquidiocesano. CADERNO 1, PÁGINA 4 DIVULGAÇÃO
Nova área de missão: PRATINHA A expansão da Arquidiocese de Belém continua. O Bispo Auxiliar, Dom Antônio Ribeiro de Assis, acompanha a comunidade na Pratinha 2, onde será instalada a Área Missionária São Vicente de Paulo, que iniciará a sua atuação vinculada à Paróquia Santo Afonso. Os primeiros momentos já reúnem alguns comunitários e a prévia programação pastoral contará com especial atenção de seminaristas e padres diocesanos. CADERNO 2, PÁGINA 2
n COMUNIDADE prepara-se para implantação de nova área missionária na Arquidiocese de Belém: Pratinha 2
2
OPINIÃO
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
O
lá, meu irmão e minha irmã! Nos encaminhamos para o fim de setembro, “mês da Bíblia”. Porém, setembro também é marcado pela celebração litúrgica dos Arcanjos Rafael, Gabriel e Miguel. Aliás, Miguel, será o assunto de nossa conversa. Quero lhes contar, poeticamente, a vitória sobre o Mal. Miguel, nos conta a Tradição, seria aquele que defende “os direitos de Deus”. Ele é “Quem como Deus?”. A resposta: Ninguém. Nessas expressões estão contidas a virtude e a humildade. O oposto da humildade é a soberba. Acaso há maior soberba do que querer o lugar de Deus? É satânico! Esse foi o pecado de Lúcifer. Diante da soberba de Lúcifer, Miguel foi o primeiro que o enfrentou: Quem como Deus?”. O humilde (Miguel ) enfrentou o poderoso (Lúcifer). D e a c o rd o c o m a obra Summa Angelo-
PROF. RICARDINO LASSADIER Especialista em Filosofia e Especialista em Teologia
SERVINDO À VERDADE
Celebração pelo Arcanjo Miguel rum, de Ferdinand Helbok (Paulus, 2016), a hierarquia angelical é dividida em três escalões (coros): 1-Serafins, Querubins e Tronos; 2- Dominantes, Potestades e Virtudes; 3- Principados, Arcanjos e Anjos. Miguel é Arcanjo. Lúcifer é Serafim. Este estaria no topo, aquele seria do oitavo grupo. Como o mais fraco venceu o mais forte? Pela humildade. Três verdades reveladas por Deus fizeram Lúcifer se revoltar: 1- Deus se faria Homem; 2- Morreria na cruz; 3- Se encarnaria no seio de uma mulher. Lúcifer achou inconcebível tudo isso.
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
Essas realidades não seriam dignas da majestade divina: Como Homem, Deus se tornaria inferior aos anjos, logo, indigno de adoração. Morto numa
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
cruz, mortal, portanto, indigno de ser servido. Encarnado no ventre de uma mulher, uma criatura inferior. Isso era insuportável para o “poderoso Lúcifer”.
Como alguém inferior seria sua rainha? Mas a humildade de Maria reflete a majestade de Deus. Logo, com essas três negações, ele rejeita Deus. Revoltou-se. DIVULGAÇÃO
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
No entanto, uma vez se faz ouvir: Quem como Deus? Era aquele Arcanjo, cuja expressão passou a significar seu nome: Miguel. Miguel foi capaz de reconhecer no rebaixamento, na fraqueza, na encarnação no seio de Maria, na entrega da Cruz a absoluta manifestação do seu Poder, que é Amor. Desse modo, o pequeno Miguel, o humilde Miguel, o obediente Miguel derrota o poderoso, soberbo e forte Lúcifer (cf. Ap 12, 7segs). Para nós, fica a lição: Satanás não vence, não suporta um coração humilde, pois, num coração humilde reina o amor de Deus, num coração humilde ecoa a voz de Miguel: Quem como Deus? Por Misericórdia, sigamos buscando pensar com a Igreja no serviço da Verdade. Fique com Nossa Senhora e São José.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
3
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
CONVERSA COM MEU POVO
O
Papa Francisco tem percorrido todo o mundo nas visitas apostólicas, com as quais leva a boa nova do Evangelho, colocase à disposição de pessoas, de grupos e de governos para mediar o diálogo e ações efetivas em busca do bem comum e do desenvolvimento sustentável, que leve em conta os direitos humanos, com a dignidade inalienável de todas as pessoas. O mundo inteiro se volta para aquele que acolheu o chamado de Deus e o realiza construindo pontes entre os povos. Afinal, ele é “Pontífice”! E nós, cristãos, damos graças a Deus por esta magnífica estação de evangelização planetária, com gestos e palavras que tocam os corações
Dizem alguns que um dos maiores milagres realizados pela Providência Divina é oferecer a cada época o Papa adequado para as situações existentes no mundo e na Igreja das pessoas e abrem as portas dos povos à verdade do Evangelho. Dizem alguns que um dos maiores milagres realizados pela Providência Divina é oferecer a cada época o Papa adequado para
as situações existentes no mundo e na Igreja. Sim, porque o Papa tem, pela vocação que lhe é própria, uma missão de serviço universal, que se estende a todos os homens e mulheres de boa vontade, dialogando com todos, valorizando o que é bom em todos os ambientes. O espectro que se abre diante do Papa Fr a n c i s c o é m u i t o amplo. Quem vai a Roma e participa da Oração do Angelus, nos domingos, ao ver e ouvir o Papa, pode olhar em torno e verificar a variedade das p e s s o a s p re s e n t e s , quanto à cultura, raça, cor, convicção religiosa. A Basílica de São Pedro é repleta de turistas vindos de todas as partes. Certamente, as milhares de pessoas que ali entram não são sempre católicos e nem mesmo cristãos. São pessoas destinadas à salvação, que nos é merecida pelo sacrifício de Jesus Cristo, mas tantas nem acolheram diretamente o apelo da evangelização. Para muitas, será a arte e a beleza o caminho para ouvirem falar de Jesus Cristo. Muita gente trará em sua bagagem interior o bem que é capaz de fazer, sobretudo no serviço aos pobres, o que tem muito valor aos olhos de Deus. Para outras, tenho a certeza, será o sorriso aberto do Papa Francisco que abrirá as vias para o conhecimento de Jesus Cristo e da Igreja. Com certa frequência a religião se torna motivo de discussão e mesmo de disputa de espaço ou, ainda mais grave, razão para agressão recíproca no meio da sociedade. No entanto, é sua tarefa justamente “religar” as pessoas com Deus e umas com as outras. Já Moisés teve que ensinar ao seu jovem ajudante Josué, que não era necessá-
rio impedir pessoas de profetizarem (Cf. Nm 11, 25-29). E Jesus explicou a João (Cf. Mc 9, 38-48) e aos seus outros discípulos a lição até hoje aberta a todos: “Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9, 40). O cristão não é contra ninguém, mas contra a maldade e o pecado e a favor de todas as pessoas humanas. No mundo pluralista em que vivemos, não se trata de criar cavalos de batalha para combater quem quer que seja, mas lançar cordas de amor capazes de alcançar as outras margens, como faz o Senhor com seu povo: “Eu os lacei com laços de amizade, eu os amarrei com cordas de amor; fazia com eles como quem pega uma criança ao colo e a traz até junto ao rosto. Para dar-lhes de comer eu me abaixava até eles” (Os 11, 4). Alcançando outras margens, tratase de construir pontes com pessoas e grupos existentes na sociedade, superando barreiras que antes pareciam intransponíveis. Aliás, vale apena dizer que, dentro de poucos dias, Belém espalhará sua corda do Círio de Nazaré, com a qual Nossa Senhora une com cordas em amor, em nome de seu Filho, pessoas muitas vezes indiferentes e distantes. De fato, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem
A nosso FAVOR
DIVULGAÇÃO
n PAPA O mundo inteiro se volta para aquele que acolheu o chamado de Deus
da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história... Já que por todos morreu Cristo e a vocação última de todos os homens é realmente uma só, a saber, a divina, devemos manter que o Espírito Santo a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de Deus conhecido” (Gaudium et Spes 1. 22). Se esta é a nossa vocação, nascem algumas exigências irrenunciáveis para a vida cristã. Olhar ao redor é verificar o bem que as pessoas fazem, ajudando a afofar a terra do coração humano, para que cresça este bem. Descobrir a bondade existente nas pessoas afastadas, nos que estão presos, nos que se encontram mergulhados no mundo da droga, naquelas pessoas para as quais a sociedade não acende uma luz de esperança. Depois, fazer sempre o bem, evitando o olhar e as atitudes de suspeita, diante de quem é diferente ou pensa e age de forma diversa. Vale o dito popular de “fazer o bem sem olhar a quem”. Tanto é verdade que Jesus valoriza até um copo d’água dado por amor (Cf. Mc 8, 41).
Outra exigência é prestar atenção nas sementes de verdade que se encontram na cabeça e nas palavras de pessoas que se fazem indiferentes ou até agressivas a nosso respeito. Certamente muitos de nós poderão tomar a dianteira, com iniciativas corajosas de diálogo com quem é diferente. Entretanto, o relacionamento e o diálogo com o mundo e as pessoas diferentes não significam relaxamento de nossa parte, quanto às convicções e práticas de vida. De fato, dos discípulos que empreenderam o caminho de seu seguimento, o Senhor pede radicalidade. Não escandalizar quem quer que seja, viver com coerência o Evangelho, não ceder à mediocridade (Cf. Mc 9, 42-47). Um princípio cheio de sabedoria afirma que “comigo, o máximo de exigência, com os outros, o máximo de misericórdia”. Estar prontos à radicalidade, cortar radicalmente a prática da maldade, escolher o caminho da verdade e da justiça, pois sabemos que “àqueles que, perseverando na prática do bem, buscam a glória, a honra e a incorruptibilidade, Deus dará a vida eterna. Para aqueles, porém, que por rebeldia desobedecem à ver-
dade e se submetem à iniquidade, estão reservadas a ira e a indignação. Tribulação e angústia para todo aquele que faz o mal, primeiro para o judeu, mas também para o grego, glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem, primeiro para o judeu, mas também para o grego, pois Deus não faz acepção de pessoas” (Rm 2, 5-9). Peçamos a Deus esta mudança de vida: “Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais. Amém” Peçamos a Deus esta mudança de vida
Sim, porque o Papa tem, pela vocação que lhe é própria, uma missão de serviço universal
4
IGREJA
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
Cônego Cláudio BARRADAS, nossa gratidão!
A
Diretoria de Comunicação da Fundação Nazaré de Comunicação comunica ao leitor do Jornal Voz de Nazaré que, a partir desta edição, o cônego Cláudio Barradas deixa de contribuir com o semanário da Arquidiocese de Belém, veículo em que o sacerdote atuou ACERVO VOZ DE NAZARÉ
por mais de 10 anos como revisor e articulista, titular da coluna que primeiro denominou-se “Cidadela”, depois mudou de nome, atribuído pelo autor, passando a chamar-se “Miscelânea”. Cumprimos o dever de informar nossos leitores que cônego Cláudio está afastando-se de sua habitual contribuição com o Jornal Voz de Nazaré por motivos de saúde. A seguir, transcrevemos a mensagem que ele enviou esta semana à redação do jornal informando do seu afastamento em definitivo deste espaço. “É com grande tristeza que venho comunicar a coordenação desse jornal que, a partir de agora, muito a contragosto, deixo de ser um de seus articulistas. A razão para isso: fui acometido por uma doença incurável, irreversível e degenerativa, por nome mielopatia. Estou perdendo todos os movimentos corporais, já não ando mais, a não ser em cadeira de rodas, perdi as forças nas mãos, não consigo segurar sequer uma folha de papel ou uma caneta, falo com dificuldade. Portanto, para a minha tristeza, o jeito é ficar assim. Muito obrigado”. Receba, cônego Cláudio Barradas, o nosso muito obrigado em nome da Arquidiocese de Belém e da Fundação Nazaré de Comunicação pela sua inestimável colaboração durante todos esses anos. Seguimos, em particular, a equipe do Jornal Voz de Nazaré, cumprindo a missão de fazer o semanário arquidiocesano, inspirados pela sua valiosa convivência conosco e recordando sempre do seu zelo pela boa comunicação realizada por este semanário arquidiocesano. Em unidade e oração permanente pelo senhor. MÁRIO JORGE ALVES DA SILVA
n CÔNEGO Cláudio Barradas
Diretor de Comunicação Fundação Nazaré de Comunicação
Inscrições: CURSO gratuito sobre a Campanha Missionária 2021 A União Brasileira de Educação Católica (UBEC) e as Pontifícias Obras Missionárias (POM) oferecem curso livre, gratuito e de curta duração sobre a Campanha Missionária 2021. O curso é ofertado pela Universidade Católica de Brasília, por meio da Católica EaD, com emissão de certificado de extensão universitária. O objetivo do curso é de apresentar a história, os objetivos, os conte-
údos e articulação do mês missionário e da iniciativa da Campanha Missionária 2021 a ser desenvolvida na Igreja do Brasil. A Campanha deste ano tem como tema “Jesus Cristo é missão” e como inspiração bíblica a afirmação “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20). As Pontifícias Obras Missionárias (POM) têm a responsabilidade de organizar a Campanha Missionária,
realizada sempre no mês de outubro desde 1972. Colaboram nesta ação a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial. Qualquer pessoa interessada em aprofundar a temática do curso pode realizar a inscrição, assim como também conhecer outras possibilidades formativas como direitos humanos, educação po-
pular, gestão ambiental, entre outros. Os interessados poderão se inscrever no site ead.catolica. edu.br/esperancar. Link para inscrições: https://ead.catolica.edu.br/esperancar/ campanha-missionaria CURSO ESPERANÇAR
Desde a criação do projeto, chamado de “Esperançar Católica EaD”, foram beneficiadas mais de dez mil pessoas, de todas as regiões do país e do exterior.
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 9,3843.45.47-48
38 João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39 Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagre em meu nome para depois falar mal de mim. 40 Quem não é contra nós é a nosso favor. 41Em verdade eu vos digo, quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na vida sem uma das mãos do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É me-
lhor entrar na vida sem um dos pés do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arrancao! É melhor entrar no reino de Deus com um olho só do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre e o fogo não se apaga’”. B) COMENTÁRIO
Hoje é o Dia da Bíblia por ser o de S. Jerônimo, cuja vida foi dedicada à tradução das línguas originais da bíblia,a que chegasse ao vernáculo. Para os santos, a morte é o seu dia, por começar o nascimento perene. Assim, em seu falecimento (30.09) homenageamos a bíblia. Temos o diálogo de João com Jesus, onde o mestre ensina ao evangelista e a todos os Quando João lhe diz: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, por-
que ele não nos segue”; Jesus o repreende (v 39), com uma abertura genial para o ecumenismo. Ninguém se arrogue o direito de impedir que se faça o bem em nome de Jesus, só porque não é de seu grupo. Jesus não é posse exclusiva de ninguém; ele é de todos e para todos. O grupo de João foi sempre ciumento (3,17; 10,35-40; Lc 9,54-55) e Jesus controla os ânimos. Pelo texto, parece que a responsabilidade do triunfo do bem sobre o mal fosse tarefa só de um grupo ou Igreja. Mas o espírito de Deus pode agir em qualquer pessoa independentemente do seu credo, sentencia Jesus. Quem combate a mesma luta com Cristo, está com ele. Às vezes nossa mentalidade impede a ação ecumênica em vencer o mal. Quando Jesus usa o pronome “nós” (v 3840) indica a perfeita comunhão entre ele e os
discípulos, e vice-versa. Jesus denuncia a gravidade do escândalo (v 42). O discípulo que se encontrar na alternativa entre o dano do pequeno e a morte violenta, deve escolher a segunda como opção. De igual maneira, diante do dano espiritual e a renúncia dolorosa na imagem da amputação (pé, mão, olho), deve escolher esta última. A fé dos pequenos é preciosa aos olhos de Deus. Claro que Jesus não nos quer mutilados, mas ensina que a vida com ele é o bem de valor supremo e até mais que nossa vida terrena. O rompimento com Deus neste mundo não se restaura no outro. O preferir Deus nasce do amor por Ele, da fé imensa em sua riqueza e bondade capaz de preencher qualquer desejo e não pelo temor do inferno. Quem conhece Deus como Jesus nos revela, não se escandaliza com este texto do evangelho.
n 24/09 – SEXTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Ag 1,15b-2,9 Salmo - Sl 42,1-4 Evangelho - Lc 9,18-22 n 25/09– SÁBADO Cor: Verde 1ª Leitura - Zc 2,5-9.14-15a Salmo - Jr 31,10-13 Evangelho - Lc 9,43b-45 n 26/09 – DOMINGO Cor: Verde 1ª Leitura - Nm 11,25-29 Salmo - Sl 18,8.10.12-14 2ª Leitura - Tg 5,1-6 Evangelho - Mc 9,38-,43.45.47-48 n 27/09 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Branco
1ª Leitura - Zc 8,1-8 Salmo - Sl 101, 16-21. 29.22-23 Evangelho - Lc 9,46-50 n 28/09 – TERÇA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Zc 8,20-23 Salmo - Sl 86, 1-7 Evangelho - Lc 9,51-56 n 29/09 – QUARTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Dn 7,9-10.13-14 Salmo - Sl 137(138),1-5 Evangelho - Jo 1,47-51 n 30/09 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Ne 8,1-4a.5-6.7b-12 Salmo - Sl 18(19), 8-11 Evangelho - Lc 10,1-12
5 BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
A identidade da CATEQUESE no Diretório Geral para a Catequese (parte 4) INTRODUÇÃO
O
Concílio Ecum ê n i c o Va ticano II (de 1962-1965), muito sensível às questões derivadas da evangelização, pediu a elaboração de um Diretório para a orientação da catequese em todo o mundo com o objetivo de estar a serviço do Povo de Deus contribuindo para o fortalecimento da comunhão da Igreja. O Papa Paulo VI, atendendo a esse pedido, convocou uma
A catequese autêntica e profunda estimula processos de conversão das pessoas comissão internacional de teólogos que ficou com a responsabilidade da elaboração desse documento, coordenada pela Congregação para o clero. O trabalho foi concluído e o primeiro Diretório foi promulgado em 1971 pelo referido pontífice. Com o passar dos anos, devido mudanças socioculturais, com novos documentos da Igreja como as Exortações Apostólicas Evangelii Nuntiandi (1975), Catechesi Tradendae (1979) e o Catecismo da Igreja Católica, sentiu-se a necessidade da atualização da primeira versão. O D i re t ó r i o G e ral para a Catequese (DGC) é um docum e n t o d a C o n g re gação para o clero, aprovado pelo Papa São João Paulo II no ano 1997. Essa já é a segunda versão.
1
A estrutura e importância do DGC O referido documento é de fundamental importância para toda a Igreja por muitos motivos. Antes de tudo, revela a grande preocupação
da Igreja para com a catequese com sua exigência fundamental de unidade e comunhão na fé e na vida eclesial. Por outro lado, é necessário que haja clareza na exposição dos princípios fundamentais da evangelização e da catequese para que possam iluminar o processo de inculturação da fé e do encontro com Jesus Cristo, nos mais variados contextos socioculturais do mundo entre povos e culturas diferentes, mas conservando a fidelidade doutrinal e moral. Cada Conferência Episcopal, a partir da sua própria realidade, foi convocada a traduzi-lo em Orientações específicas aplicandoo à própria realidade. Dessa forma, na 43ª Assembleia Geral da CNBB em 2005, foi aprovado o Diretório Nacional da Catequese (Documento 84). O atual DGC é c o mpo s t o po r u ma introdução, quatro partes e uma conclusão. Na exposição introdutória, apresenta-se os desafios do anúncio do evangelho no mundo contemporâneo, com seus múltiplos contextos e dimensões. Os evangelizadores e catequistas de toda a Igreja são chamados a identificar os clamores humanos onde se encontram, em todas as culturas e povos, bem como a perceber a sensibilidade religiosa do povo e a sua situação moral. A catequese autêntica e profunda estimula processos de conversão das pessoas. A segunda postura a ser cultivada pelos catequistas e evangelizadores é o cultivo de um olhar de fé, sereno, crítico, profético e cheio de esperança sobre a própria comunidade eclesial, avaliando a situação geral da catequese com suas conquistas, problemas, desafios, necessidades de mudanças e potencialidades.
2
Catequese, revelação e processos (I parte) A primeira parte do DGC, com três capítulos, retoma a convicção de que a catequese não nasce a partir da vontade da Igreja, mas é sinal de fidelidade a Jesus Cristo. É consequência da missão evangelizadora da Igreja que lhe foi confiada por nosso Senhor. O mandato missionário exige o aprofundamento dos dados da Revelação de Deus à humanidade, através do processo de assimilação das palavras, gestos, feitos e atitudes de Jesus. Cristo é o mediador e, ao mesmo tempo, a plenitude da Revelação de Deus. A Transmissão de tudo aquilo que nos foi revelado através da pessoa de Jesus Cristo, constitui a missão da Igreja e é conduzida e animada pelo Espírito Santo. A Igreja nada nega e nem acrescenta. Por isso Jesus afirmou: ”o Espírito vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês” (Jo 16,15). Assim como Deus se revela processualmente ao longo da história até chegar à sua plenitude na pessoa de Jesus de Nazaré, da mesma forma, acontece também com a evangelização e a catequese. Não se pode pensar em evangelização e catequese que não respeitem processos. Começa com a qualidade do anúncio da Palavra com suas múltiplas funções e formas de ministérios em vista da promoção da fé e da conversão dos fiéis. Muitas vezes a assimilação dos conteúdos da evangelização depende também dos meios, atitudes e linguagem dos catequizadores que devem atuar em sintonia com as situações sociorreligiosas de cada contexto. Sem a assimilação da Palavra de Deus não há conversão. É necessário pensar a conversão como processo permanente de crescimento na santidade. A Catequese está a serviço da promoção
da iniciação à vida cristã, que implica uma diversidade de processos, experiências de vida, compromissos, formação de convicções. Por isso, a catequese é serviço da educação permanente à fé, que gera atitudes novas promovendo conscientes discípulos de Jesus Cristo e favorecendolhes o engajamento na vida comunitária. Esse processo de múltiplas experiências pode ser estimulado pelo ensino religioso escolar, testemunho de fé da família, a piedade popular. A catequese, tendo como finalidade a comunhão com Jesus Cristo, exige a profissão de fé no único Deus trinitário, o Pai, Filho e Espírito Santo; a mesma sendo um processo permanente de educação à fé, abraça todas as fases da existência humana tendo como tarefa fundamental ajudar o fiel a conhecer, celebrar, viver e contemplar o mistério de Cristo.
3
A Catequese tem normas e critérios (II parte) A Catequese por ser a apresentação da mensagem evangélica que estimula a conversão em vista da salvação do fiel, é orientada por normas e critérios. Se, em algum contexto os
critérios normativos não forem levados a sério, a catequese perde a sua consistência. São critérios já extensivamente apresentados em diversos documentos do Concílio Vaticano II e pós-conciliares. Recordemos alguns desses critérios normativos apresentados no DGC: - A Palavra de Deus é a fonte da catequese e é inseparável da Tradição da Igreja; - A apresentação da pessoa de Jesus Cristo deve constituir o centro da vida da catequese; - A catequese não se ocupa meramente com o estudo dos mistérios da fé, mas é a apresentação da mensagem da Salvação e, por isso, tem força capaz de gerar libertação, conversão, vida Nova; - A catequese deve estar sempre profundamente vinculada à vida da Igreja (eclesialidade), por isso deve estimular o sentido de pertença e o engajamento eclesial; - A catequese tem uma dimensão histórica, seja por sua origem como também por seu dinamismo transformador (ser Sal e Luz), por isso não pode estar desencarnada da realidade, eis porque é importante a inculturação; - A catequese au-
têntica deve zelar pela integridade do aprofundamento da mensagem evangélica, isso significa que nenhum aspecto do mistério de Cristo deve ficar alheio à catequese; - A catequese, orientada pelo critério da integridade, preserva a organicidade da exposição dos conteúdos da fé e respeita a hierarquia deles; - A catequese é chamada a ser fiel à pessoa, respeitando, sobretudo o processo de desenvolvimento humano, fazendo uso de métodos, linguagem e atividades mais adequadas; - A catequese deve se orientar por aquilo que propõe a Igreja já presente no Catecismo da Igreja Católica; o a p ro f u n d a m e n t o das verdades da fé, a partir de cada realidade, não pode contrariá-lo, apesar da possibilidade da liberdade e da criatividade; deve haver uma fidelidade dinâmica em sintonia com os mistérios da fé professados pela Igreja. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
1
Qual e a importância do Diretório Geral da Catequese para os Catequistas? Po r q u e a I g re ja define normas e orientações para a Catequese? Por que os catequistas devem identificar os clamores humanos onde se encontram?
2 3
Com o objetivo de estar a serviço do Povo de Deus
Não se pode pensar em evangelização e catequese que não respeitem processos
6
FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
FAMÍLIA NAZARÉ
Pastoral FAMILIAR intercede pela Família Nazaré foi presidida pelo padre Carlos José, pároco da Paróquia Santa Teresinha, do Tenoné MISSA
n MISSA na Capela Nossa Senhora de Nazaré
n LITURGIA com participação da Pastoral Familiar Arquidiocesana
C
omo ocorre às sextas-feiras, dia 17, na Capela Nossa Senhora de Nazaré, a Santa Missa dedicada à Família Nazaré e seus benfeitores que contribuem com a obra de evangelização na Amazônia, foi transmitida ao vivo pela Rede Nazaré de Televisão, canal 30. Mais uma vez, a Santa Missa foi a expressão da gratidão da Arquidiocese de Belém aos sócios
evangelizadores, tão importantes para a manutenção da obra que é a Fundação Nazaré. A celebração eucarística, presidida pelo padre Carlos José, pároco da Paróquia Santa Teresinha, no Tenoné, teve a intenção de colocar aos pés do Senhor, todas as pessoas que, com zeloso compromisso, ajudam a manter a Fundação com doações, todos os meses, fielmente.
Referindo-se à presença da Pastoral Familiar na Missa, padre Carlos manifestou dupla gratidão. "Esta celebração nos coloca diante de Deus para agradecer pela família. A família, dom de Deus, é a razão desta celebração. Aproveito a participação da Pastoral Familiar nesta Mis-
sa e rogo a Deus que abençoe as famílias, a Igreja Doméstica. No ensejo da nossa oração, muito nos alegra rezar também pela Família Nazaré, esses irmãos cujas casas adentramos hoje pela presteza da TV Nazaré, capaz de levar a Santa Missa para além desta capela onde estamos, porque você, atencioso e fiel com a graça de Deus, retribui nos ajudando a manter esta bela obra que é a Fundação". A celebração que acontece às sextas-feiras, às 16h, foi transmitida pela Rede Nazaré de Televisão, é também retransmitida em tempo real pelas redes sociais da Fundação para celebrar a importância da contribuição da Família Nazaré para o anúncio da Palavra. Esta contribuição permite a manutenção da Fundação e toda a sua infraestrutura. Retransmitindo a Missa para o povo de Deus, a Rádio Nazaré FM e o Portal Nazaré também foram citados pelo padre Carlos, pois o trabalho de ambos permite a comodidade daqueles que não podem comparecer à Capela Nossa Senhora de Nazaré para evitar os problenmas decorrentes da pandemia, ainda vigente no mundo. Padre Carlos também reportou a impor-
FRAME TV NAZARÉ
n O CELEBRANTE, padre Carlos José
tância da Fundação Nazaré para o fortalecimento do clero. "Sua ajuda nos ajuda a nos fortalecer nas nossas comunidades. Nos ajuda a rezarmos uns pelos outros. Nesta oprtunidade, lembremos de rezar pelo nosso Arcebispo, Dom Alberto, que também é o presidente da Fundação Nazaré, que está se recuperando em sua saúde, assim como pedimos pela missão do nosso Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro". Todos os benfeito-
res acompanham este momento de graça e bênção pela TV, visto que ainda persiste a pandemia do novo coronavírus. Na Capela Nossa Senhora de Nazaré fica a presença de pessoas limitadas aos celebrantes, serviço do altar e equipe litúrgica. SEJA BENFEITOR Cadastre-se na Família Nazaré. Acesse www.fundacaonazare. com.br/cadastro ou ligue para os números (91) 4006-9211 / 4006-9212.
Grupo responsável pela missa na próxima semana, dia 01/10: MINISTÉRIO SERÁFICO - PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE
NOSSOS ANIVERSARIANTES Alda das Mercês Moreira da Cunha Raimunda Vale Feio Maria das Mercês Reis Rosa Geraldo Moura Cascaes Maria Lucia Pereira Torres Elizabeth Conceição Braga Teixeira Monteiro e Gerardo Monteiro Filho Alzira Santos Pinheiro Selma do Socorro da Costa Maciel Rossilene Conceição do Carmo Wanda da Silva Oliveira Maria Elizangela Araujo Queiroz Klebson Campos Nascimento Ana Flavia Borges Silva Casal Ronalt Alves Santos e Suzana Alves Teixeira Celina Antonia da Conceição Almeida Francisca de Moraes Teixeira Edna Martinha Nascimento Maria de Fátima Bessa da Silva Elizete Rodrigues Maria Cleomar Cordeiro Lima Regina Lucia Lourenço da Silva Graci Chaves de Sousa Helder Aoob da Silva Luzilene Maria Gonçalves Mendes Casal Roberto Esteves Carneiro e Emily Cristina Gomes do Nascimento Liberia Helizette da Silva Santos Olinda Monteiro da Costa
Francisca Bezerra da Silva Leomar Cabral Neves Ode Maria Santos Rosa Paulo Sergio Pinto Prado Casal Isan e Dulcineia Nascimento Antonio Santo Ferreira Celita Carvalho Gonçalves
Rosilene da Graça da Silva Pimenta Jadir Seramucim Jacilene da Silva Brandão Walbert Clei de Oliveira Maria Edivania Lino Lima Valdinei Gonçalves Lira Selma Maria Garcia Cunha
Maria Alice da Silva Andrade Maria Nazarena Viana Oliveira Ângela Maria Santos Ferreira Jorge Trindade Lago Lilian Mendes Acatauassu Nunes Mariclea de Nazaré Cardoso dos Santos Samia Vitoria Trindade Moraes
Osmarina Praia Anselmo Guilhermina da Conceição Caldas Jerônimo Correa Sodré Maria Ivone R. de Souza
Maria de Fátima Dantas Anaissi Zilda Gomes dos Santos Maria de Jesus Beltrão da Silva Araujo Pedro Paulo Garcia de Montalvão Dorinha Raiol Dias Georgete do Socorro de Souza Costa Amanda Silva Silveira Dalila Brito Meireles Raimunda Miguelita Santos de Oliveira Raimunda Braga Silva Arlete Resque de Lima Dolores Miranda Cardoso Maria de Jesus Pires Farias Luiz Gonzaga Pereira Sobrinho
Maria Fátima Ataíde Nascimento Maria Iris Sampaio de Melo Alnice Garcia de Amorim Sonia Maria Mendes Mareco Luna de Andrade Brito Maria Terezinha Sena Pinto Neusa Maria Monteiro Muribeca Paula Francinete de Oliveira Davi Iracema F Vieira Farias Maria de Nazaré Ferreira de Souza Rosineide do Socorro Ferreira Brito de Souza Claudia Nazaré Moreira Seabra
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 24/09 – Diác. Alexandre Théo de Almeida Cruz 24/09 – Diác. Roberto Jaime Almeida da Silva 25/09 – Côn. Cristóvão Santos Freitas 26/09 – Diác. Leonildo de Oliveira Borges 27/09 – Diác. José dos Santos Cordeiro 30/09 - Pe. Claydson Fraga Lacerda 30/09 – Pe. Frei Paulo Alessandro Moureira Dias 30/09 – Pe. Gabriel Aparecido Paes n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 24/09 – Pe. Giovanni Martoccia 25/09 – Pe. Valter Parise
BELÉM, DE 24 A 30 SETEMBRO DE 2021
CADERNO DOIS
CORDA do Círio em exposição em Belém LOCAIS ainda serão divulgados pela Diretoria
LUIZ ESTUMANO
da Festa de Nazaré (DFN)
É
fato que alguns momentos do Círio de Nossa Senhora de Nazaré são muito significativos. Um deles é a chegada da corda que, em tempos normais, envolve a berlinda com a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, fato que já antecipa fortes emoções da maior festa mariana do Pará, no segundo domingo de outubro. A corda chegou dia 16 em Belém. O símbolo tradicional das grandes pro-
cissões do domingo do Círio e da Trasladação é uma peça que segue sendo acolhida com grande importância pelos devotos de Nossa Senhora. Embora as procissões não sejam realizadas este ano, devido às normas de prevenção contra a covid-19, a corda será exposta para que os fiéis que geralmente pagam promessas com seu uso, possam cumprir com a tradição, mesmo que de forma diferente do usual. A corda chegou às 10h. Foi produzida em Santa Catarina, da mesma forma que nos anos anteriores, possui 800 metros de comprimento, 50 milímetros de diâmetro e é produzida em Sisal. À chegada na capital paraense, ela foi dividida em duas partes de 400 metros. Uma parte dela ficará em exposição em alguns locais da cidade, que ainda serão divulgados pela Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), já a outra seguirá uma programação definida pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, entre as 95 paróquias de Belém. Além disso, a corda passará por uma vistoria na tarde do dia 25 de setembro.
n SÍMBOLO tradicional do Círio de Nazaré
2
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
IGREJA
CADERNO DOIS
PREPARAÇÃO da Área Missionária São Vicente de Paulo ARQUIDIOCESE de Belém expande sua ação evangelizadora na Pratinha II FOTOS: DIVULGAÇÃO
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ n PROGRAMA “NOS PASSOS DA FÉ”
A
A Rádio Nazaré FM apresenta de 27 de setembro a 8 de outubro, o especial “Nos passos da fé”. Padre Benedito Rocha (foto) é um dos sacerdotes que conduzirá um dos programas. Sintonize 91,3 Mhz e acompanhe todas as emoções da grande Festa da Rainha da Amazônia: As romarias, eventos, homenagens, horários das missas solenes, música e oração. De segunda a sexta, às 16h. Ligue: (91) 4006-9253/4006-9254 /WhatsApp 9.8814-0275. Participe!
n DOM ANTÔNIO em reunião comunitária na Pratinha
Arquidiocese de Belém segue ampliaando sua atuação missionária e prepara a Área Missionária São Vicente de Paulo, na Pratinha II. Em recente reunião, Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, esteve em conversa com as comunidades, inforemando-as que receberão especial atenção pastoral de seminaristas e padres apoiadores, e continuará juridicamente vinculada à Paróquia Santo Afonso até ser oficialmente instalada.
O objetivo desse reforço pastoral é preparar o processo de instalação da Área Missionária, seguindo as orientações da Arquidiocese de Belém no livreto sobre as Áreas Missionárias. O processo de preparação da Área Missionária inclui o mapeamento de toda a área geográfica a ser evangelizada, com atenção aos limites, de acordo com os párocos. Requer a organização de um planejamento definindo e uma agenda de atividades pastorais.
PROVIDÊNCIAS Formação da Equipe Animadora da organização da Área missionária: sacerdotes, diáconos e o coordenador de cada comunidade. A referida equipe deverá reunir-se para estudar a Cartilha de Orientações e fazer a agenda da mesma. Haverá um Tríduo Missionário de 21 a 23 de outubro, e dia 25 de novembro, a Missa de relançamento da Área Missionária, presidida por Dom Antônio de Assis Ribeiro.
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n PROGRAMAÇÃO ESPECIAL NA TV NAZARÉ Às proximidades do 229º Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Rede Nazaré de Televisão ultima os preparativos da programação especial que irá deixar os telespectadores da emissora conectados com todas as homenagens que o povo de Deus irá dedicar à Rainha Da Amazônia. Pelo segundo ano sem as grandes romarias, a festa para Nossa Senhora será divulgada integralmente pela TV Nazaré, um dos veículos da Comunicação Oficial do Círio de Nazaré.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n SANTA MISSA, ÀS 12H, AO VIVO Acompanhe de segunda a sextafeira a Santa Missa, às 12h, ao vivo, direto da residência episcopal, com o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e com o Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro pela página da Rede Nazaré de Comunicação no Facebook.com/FNCBelem, pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br) e pelo nosso canal da Fundação Nazaré no Youtube.com/ FNComunicacao.
BOA DICA n AMOR À MANEIRA DE DEUS Padre Júlio Lancellotti, Livro (PAULUS, R$ 42,90 )
O
amor é uma das virtudes fundamentais do cristianismo. É também uma característica essencial de Deus. Mas o que significa o amor cristão? Como o Evangelho o define? E quais são suas implicações práticas para a vida neste mundo, neste contexto histórico? Amor à maneira de Deus sugere respostas a essas questões. Em cinco capítulos, o Padre Júlio Lancellotti apresenta ao leitor o amor divino como um exercício de compaixão e de misericórdia. A partir de meditações bíblicas centralizadas na pessoa de Jesus, e também com base em suas experiências pessoais e ministeriais, Padre Júlio apresenta uma visão renovada sobre amor que se faz extremamente necessária. n 50 ANOS 1971-2021 - MÊS DA BÍBLIA Edinaldo Medina Batista, Livro (Paulinas, R$ 25,80)
E
ssa obra objetiva celebrar o jubileu de ouro do Mês da Bíblia, contemplando o passado (1971-2021), mas também apresentando novos desafios e perspectivas para a área bíblica nos nossos dias. Essa história teve seus inícios com a contribuição das Irmãs Paulinas que começaram os Movimentos Bíblicos, as Semanas Bíblicas Populares e o “Mês da Bíblia” no Brasil, como fruto do próprio carisma da congregação e de sua inserção na pastoral da Igreja local. Também recordamos os 100 anos da Arquidiocese de Belo Horizonte, berço da iniciativa do “Mês da Bíblia”, e que sempre teve a preocupação de “proclamar a Palavra”.
VATICANO
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
3
Papa Francisco: Quer se destacar? SIRVA! DISSE dirigindo-se aos peregrinos e turistas na Praça São Pedro no tradicional encontro dominical
c
om informações Va t i c a n N e w s . Quer se destacar? Sirva! Nossa fidelidade ao Senhor depende de nossa disponibilidade em servir. O serviço não nos diminui, mas nos faz crescer. E ao servirmos os esquecidos, que não podem nos retribuir, “também nós recebemos o terno abraço de Deus”. O “serviço”, um tema caro ao Papa esteve no centro de sua alocução que precedeu a oração mariana do Angelus no 25º Domingo do Tempo Comum, 19: “Se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço.” Dirigindo-se aos peregrinos e turistas reunidos na Praça São Pedro para o tradicional encontro dominical, Francisco começou explicando a discussão entre os discípulos narrada por Marcos sobre quem entre eles era o maior. E citou a frase que Jesus disse a eles, uma frase “que vale também para nós hoje”
- “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” -, acrescentando que quem ser o primeiro, deve ir para a fila, pegar o último lugar “e servir a todos”. E justamente esta frase pronunciada pelo Mestre marca uma inversão nos critérios daquilo que realmente importa: “O valor de uma pessoa não depende mais do papel que ela desempenha, do sucesso que tem, do trabalho que faz, do dinheiro no banco; não, não, não, não depende disso; a grandeza e o sucesso, aos olhos de Deus, têm um padrão, uma medida diferente: são medidos no serviço. Não no que se tem, mas no que se dá. Quer se sobressair? Sirva. Este é o caminho”. Hoje em dia a palavra “serviço” – disse o Papa – “parece um pouco desbotada, desgastada pelo uso. Mas no Evangelho tem um significado preciso e concreto. Servir não é uma expressão de
cortesia: é fazer como Jesus que, resumindo em poucas palavras a sua vida, disse que veio «não para ser servido, mas para servir». Portanto, se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço: “Nossa fidelidade ao Senhor depende de nossa disponibilidade em servir. E isso, bem o sabemos, custa, geralmente isso custa, “tem gosto de cruz”. Mas, à medida que aumenta o cuidado e a disponibilidade para com os outros, tornamo-nos mais livres interiormente, mais semelhantes a Jesus. Quanto mais servimos, mais sentimos a presença de Deus, sobretudo quando servimos aqueles que não têm nada para nos restituir, os pobres, abraçando suas dificuldades e necessidades, com a terna compaixão: e ali descobrimos ser, por sua vez, amados e abraçados por Deus”.
DIVULGAÇÃO
n PAPA na janela do apartamento pontifício para o Angelus
DOAÇÃO GRATUITA Para ilustrar a importância da doação gratuita, Jesus coloca uma criança entre os discípulos, pois “os gestos de Jesus são mais fortes que as palavras que usa”, observou o Papa. “A criança, no Evangelho – explicou – não simboliza tanto a inocência mas a pequenez. Porque os pequenos, como as crianças, dependem dos outros, dos grandes, têm necessidade de receber. Jesus abraça aquela criança e diz que quem acolhe um pe-
quenino, uma criança, o acolhe”: “Eis antes de tudo a quem servir: aqueles que têm necessidade de receber e não tem como retribuir. Acolhendo quem está à margem, abandonado, acolhemos Jesus, porque Ele está ali. E em um pequeno, em um pobre a quem servimos, também nós recebemos o terno abraço de Deus”. Interpelados pelo Evangelho, o Papa sugere que nos interroguemos: “Eu, que sigo Jesus, me interesso por quem é mais aban-
donado? Ou, como os discípulos naquele dia, estou em busca de gratificações pessoais? Eu entendo a vida como uma competição para abrir espaço para mim mesmo às custas dos outros ou acho que se sobressair significa servir? E, concretamente: dedico tempo a algum “pequeno”, a uma pessoa que não tem meios para retribuir? Eu cuido de alguém que não pode me retribuir ou apenas de meus parentes e amigos? São perguntas que podemos nos fazer”.
4
EM NAZARÉ
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
Círio SOLIDÁRIO faz arrecadação de alimentos
CAMPANHA lançada em abril de 2020, já doou 5.450 cestas, beneficiando mais de 21 mil pessoas
A
partir de agora, oEm 2020, a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) lançou a campanha do Círio Solidário, que já está em sua quarta edição, através da arrecadação de valores e alimentos para produção de cestas básicas. Inicial-
mente o projeto ofereceria diversos serviços gratuitos para a população, como atendimento médico, jurídico, odontológico, emissão de documentos, entre outros. Por conta do atual momento, a DFN precisou transformar o projeto inicial, e assim surgiu a possibilidade de arrecadação de valores para compras de cestas básicas. “Nesta quarta edição, além de parceiros importantes, como o TRT8, estamos aceitando arrecadação de alimentos e absorventes
femininos em um dos carros de milagres em exposição na Praça Santuário, além de valores através de pix. Essas doações serão destinadas para as paróquias mais carentes e para cerca de 30 instituições de caridade, e esperamos, nesta edição, conseguir cerca de 2.000 cestas”, ressalta Albano Martins, coordenador da DFN. Além dos depósitos e doações na Praça Santuário, as arrecadações também podem ser realizadas no Centro Social de Nazaré, na sala da Diretoria da Festa de Nazaré. Outros locais serão disponibilizados
posteriormente. Ainda segundo Albano, a ideia da arrecadação de absorventes íntimos femininos surgiu por conta da necessidade de combater a pobreza menstrual. “Esse é um problema recorrente que acomete as adolescentes e jovens estudantes da rede pública, que por vezes deixam de frequentar as aulas em razão de não disporem deste item. No último dia 14 de setembro, o Senado aprovou por unanimidade, o projeto de lei 4968/2019, que cria o Programa Nacional de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual.”.
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
Desde o início, a DFN conseguiu produzir com o dinheiro arrecadado através de doações, 5.450 cestas básicas que foram entregues para cerca de 30 instituições, entre as Obras Sociais da
ESPETÁCULO em homenagem à Virgem de Nazaré
n ESPETÁCULO em homenagem à Virgem de Nazaré
Iniciado no ano 2000, o espetáculo “Um Canto para Maria” é mais uma tradição dentro da programação cultural que acontece na capital paraense, na semana que antecede o Círio de Nazaré. Esse ano será realizado no dia 6 de outubro, com a parceria da CN Produções. Com mais de 20 anos, o evento se inclui entre as extensas homenagens prestadas a Nossa Senhora de Nazaré, valoriza os artistas pa-
raenses e tem caráter solidário, pois incentiva a arrecadação de alimentos e doações. A edição 2021 será em favor da campanha para a modernização do Sistema de Transmissão da Basílica Santuário de Nazaré. ATRAÇÕES O espetáculo, coordenado pelo Pároco e Reitor da Basílica Santuário, Padre Francisco Cavalcante, e pela cantora lírica Patrícia Oliveira, é fruto do em-
penho e grande devoção dos artistas à Rainha da Amazônia. O repertório exclusivo é composto por canções de temática mariana e contempla variados estilos musicais, dando destaque às tradicionais canções que são entoadas durante as procissões do Círio. Nesta edição, “Um Canto para Maria” terá a participação dos consagrados artistas paraenses, Salomão Habib, Gigi Furtado, Andrew, Patrícia Oli-
veira, David, Coral da Guarda de Nazaré e do Padre Cavalcante. TRANSMISSÃO O público poderá apreciar o espetáculo na Basílica Santuário de Nazaré, que estará de portas abertas, respeitando o limite de lotação, além de observar as normas de distanciamento social e o uso de álcool em gel. O show também será transmitido, ao vivo, pelas redes sociais da Basílica Santuário.
Espiritualidade: reunião de LIDERANÇAS
n PARTICIPANTES lideranças pastorais da Paróquia de Nazaré
No sábado, 18, as lideranças pastorais da Paróquia de Nazaré participaram de um momento dedicado à espiritualidade e formação que objetivou reavivar o sentido do espírito missionário vivido pelos grupos. Aproximadamente 35 pessoas participaram da reunião. Em função do cenário pandêmico, as atividades estavam suspensas. Este ano, seguindo as recomendações das organizações oficiais de saúde, o trabalho retornará de forma gradual.
n CÍRIO Solidário 2021
Paróquia da Nazaré (OSPAN) e outras. Nesta quarta etapa, a arrecadação vai até 24 de outubro, e as entregas das cestas serão realizadas durante todo o mês de outubro pela DFN.
ARQUIDIOCESE
D
iscurso do Papa Francisco à diocese de Roma, em 18.09.2021. Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Como vocês sabem – não é uma novidade! –, está para começar um processo sinodal, um caminho em que toda a Igreja se encontra comprometida em torno do tema: “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”: três pilares. Estão previstas três fases, que se desenvolverão entre outubro de 2021 e outubro de 2023. Esse itinerário foi pensado como um dinamismo de escuta recíproca, quero sublinhar isto: um dinamismo de escuta recíproca, realizado em todos os níveis da Igreja, envolvendo todo o povo de Deus. O cardeal vigário e os bispos auxiliares devem se escutar, os padres devem se escutar, os religiosos devem se escutar, os leigos devem se escutar. E depois todos devem se “inter-escutarem”. Escutar-se, falar-se e escutar-se. Não se trata de coletar opiniões, não. Não é uma pesquisa; mas se trata de escutar o Espírito Santo, como encontramos no livro do Apocalipse: “Quem tem ouvidos escute o que o Espírito diz às Igrejas” (2,7). Ter ouvidos, escutar, é o primeiro compro-
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 124 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
SÍNODO ARQUIDIOCESANO DE BELÉM
“Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão” misso. Trata-se de ouvir a voz de Deus, captar a sua presença, interceptar a sua passagem e o seu sopro de vida. O profeta Elias descobriu que Deus é sempre um Deus das surpresas, até mesmo na forma como passa e se faz sentir: “Um vento forte e impetuoso fendia as montanhas e quebrava os rochedos [...], mas o Senhor não estava no vento; depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; depois do fogo, o sussurro de uma leve brisa. Quando Elias o ouviu, cobriu o rosto com o manto” (1Rs 19,11-13). Eis como Deus nos fala. E é para essa “brisa leve” – que os exegetas também traduzem também como “voz sutil do silêncio”, e outro como “um fio de silêncio sonoro” – que devemos preparar os nossos ouvidos, para ouvir essa brisa de Deus. O CAMINHO DA PALAVRA
A primeira etapa do processo (outubro de 2021 – abril de 2022) é aquela que diz respeito às Igrejas diocesanas individuais. E é por isso que eu estou aqui, como bispo de vocês, para compartilhar, porque é muito importante que a Diocese de Roma se empenhe com convicção nesse caminho. Seria um “papelão” se a diocese do papa não se empenhasse nisso, não? Um “papelão” para o papa e também para vocês. O tema da sinodalidade não é o capítulo de um tratado de eclesiologia, muito menos uma moda, um slogan ou o novo termo a ser usado ou instrumentalizados nos nossos encontros. Não! A sinodalidade expressa a natureza da Igreja, a sua forma, o seu estilo, a sua missão. E, portanto, falamos de Igreja sinodal, evitando, porém, considerar que esse seja um título entre outros, um modo de pensá-la que preveja alternativas. Não digo isso com base em uma opinião teológica, nem mesmo como
um pensamento pessoal, mas seguindo aquele que podemos considerar como o primeiro e mais importante “manual” de eclesiologia, que é o livro dos Atos dos Apóstolos. A palavra “sínodo” contém tudo aquilo de que precisamos para entender: “caminhar juntos”. O livro de Atosé a história de um caminho que parte de Jerusalém e, atravessando a Samaria e a Judeia, prosseguindo nas regiões da Síria e da Ásia Menor e, depois, na Grécia, conclui-se em Roma. Essa estrada narra a história em que caminham juntas a Palavra de Deus e as pessoas que voltam a atenção e a fé a essa Palavra. A Palavra de Deus caminha conosco. Todos são protagonistas, ninguém pode ser considerado um simples figurante. É preciso entender bem isto: todos são protagonistas. O papa, o cardeal vigário, os bispos auxiliares não são mais protagonistas. Não: todos somos pro-
tagonistas, e ninguém pode ser considerado um simples figurante. Os ministérios, naquela época, ainda eram considerados autênticos serviços. E a autoridade nascia da escuta da voz de Deus e das pessoas – nunca se deve separá-las – que mantinha “embaixo” aqueles que a recebiam. O “baixo” da vida, ao qual era preciso prestar o serviço da caridade e da fé. Mas essa história não é em movimento apenas pelos lugares geográficos que atravessa. Ela expressa uma inquietação interior contínua: essa é uma palavra-chave, a inquietação interior. Se um cristão não sente essa inquietação interior, se não a vive, alguma coisa lhe falta; e essa inquietação interior nasce precisamente da fé e nos convida a avaliar o que é melhor fazer, o que deve ser mantido ou mudado. Essa história nos ensina que ficar parado não pode ser uma boa condição para a Igreja (cf. Evangelii gaudium, n. 23). E o movimento é consequência da docili-
roco Raimundo Ribeiro. "Partindo do tema desse ano “O Evangelho da família na Casa de Maria”, essa visita se destaca como mais um convite a cada fiel ou família cristã, sob o impulso do exemplo e pela intercessão de Nossa Senhora, se
constitua testemunha do Evangelho da alegria e do serviço à vida, segundo a proposta de Jesus", enfatiza o sacerdote. Devido à pandemia, um pequeno grupo defiéis e o pároco Raimundo esperavam a imagem Peregrina. Seguiu-se en-
tronizaçao da imagem na igreja e a Santa Missa. Na homilia, padre Raimundo expressou o contentamento da comunidade e ao final da Missa, os devotos de Nossa Senhora aproximaram-se da sua imagem e expressar seus sentimentos.
dade ao Espírito Santo, que é o diretor dessa história em que todos são protagonistas inquietos, nunca parados. Pedro e Paulo não são apenas duas pessoas com os seus carácteres; são visões inseridas em horizontes maiores do que eles, capazes de se repensar em relação ao que ocorre, testemunhas de um impulso que os põe em crise – outra expressão para lembrar sempre: pôr em crise –, que os leva a ousar, perguntar, mudar de opinião, errar e aprender com os erros, sobretudo a esperar apesar das dificuldades. São discípulos do Espírito Santo, que os faz descobrir a geografia da salvação divina, abrindo portas e janelas, derrubando muros, rompendo correntes, libertando fronteiras. Então, pode ser necessário partir, mudar de estrada, superar convicções que nos retêm e nos impedem de nos mover e de caminhar juntos. Continua na próxima semana. DIVULGAÇÃO
Imagem Peregrina na Paróquia SÃO JORGE Dia 18, a Paróquia São Jorge, na Marambaia, recebeu a visita da imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. "Assim, nossa comunidade paroquial envolvida de modo especial na preparação da festa do Círio de Nazaré 2021", declara o pá-
5
n ACOLHIDA da imagem na Paróquia São Jorge
PEREGRINAÇÃO da imagem de Nossa Senhora em Belém continua A cada dia, os devotos ficam mais perto para render todas as homenagens à Rainha da Amazônia, pois está chegando a hora da realização do 229º Círio de
Nossa Senhora de Nazaré no dia 10 de outubro. Antes da grande festa de fé dos paraenses, acontece a vasta evangelização que antecede o Círio, com a visita da Ima-
gem Peregrina a diversos lugares, dentre eles, instituições e estabelecimentos da capital paraense. Acompanhe cada momento. Dia 29, às 12h, você pode ficar mais
perto da imagem da Virgem de Nazaré, que estará na Praça Central do Shopping Pátio Belém. É hora de agradecer e ir à Santa Missa, presidida por Dom Antô-
nio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém. O shopping fica localizado na avenida Padre Eutíquio, 1078, bairro de Batista Campos. Participe!
6
BELÉM, DE 24 A 30 DE SETEMBRO DE 2021
CADERNO DOIS
ARQUIDIOCESE