ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CV - Nº 974 - PREÇO AVULSO: R$2,00
BELÉM, DE 02 A 05 DE ABRIL DE 2021
www.fundacaonazare.com.br
CRISTO RESSUSCITOU!
VERDADEIRAMENTE, ALELUIA!
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OPINIÃO
BELÉM, DE 02 A 08 DE ABRIL DE 2021
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ocês ressuscitaram com Cristo! Busquem as coisas do alto!” Esta é a forte recomendação do Apóstolo Paulo aos cristãos de seu tempo e de todos os tempos. Também para nós, hoje! Mas o que significa “buscar as coisas do alto”? Antes de tudo, penso eu, “buscar as coisas do alto” é ter nossa mente e nosso coração voltado para Deus, isto é, ter Deus como referência primeira para toda e qualquer decisão que possamos tomar. Trata-se de levar em consideração o que Deus nos propõe em sua Palavra, antes de qualquer decisão que pensemos em tomar, em todas as dimensões de nossa vida. Não somente na dimensão espiritual, naquilo que
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Cristo ressuscitou! Aleluia! se refere diretamente a Deus, como são os atos de religião propriamente ditos. Levar em consideração a Palavra de Deus também naquelas dimensões que podemos talvez pensar que nem entra Deus nelas. A pandemia, e a morte de tanta gente em nosso Brasil por causa dela, nos leva quase a perder nossas esperanças, e pode até levar-nos a pensar que estamos “no mato sem cachorro”, isto é, completamente perdidos; sem rumo e sem saber
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o Êxodo 20, 16 Deus escreveu isto com o seu próprio dedo: “Não levantarás falso testemunho contra o próximo”. Levantar falso testemunho é acusar falsamente alguém de um mal que ele não fez, é caluniar. Levantar falso testemunho é ser falso, desonesto e mentiroso com o objetivo de enganar e de prejudicar o próximo. Caluniar é destruir a fama e o bom nome de alguém. Quem caluniou, para ser perdoado por Deus, deve reparar o mal que causou. Isto não é nada fácil e às
como será nosso futuro! Somos desafiados por questões de toda ordem: na política, na econômica, na convivência social e religiosa; e em meio a tantas polaridades ferrenhas, notamos posições contrárias e contraditórias de uns contra os outros. Num quadro sombrio pintado com tintas escuras, a Palavra de Deus resplandece e continua a nos dizer que a última palavra não é do medo e da morte, mas sim da Ressurreição. É Jesus mesmo quem nos encoraja: “No mundo,
tereis tribulações, mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Se é verdade que, de uma parte, a covid transtornou nosso dia-adia e nossas relações humanas, de outra parte, em meio a esta dolorosa situação, a celebração da Páscoa, reafirmando nossa fé na ressurreição de Cristo, nos leva a proclamar a vitória da vida. Mesmo se não poderemos nos reunir em nossas igrejas, como tradicionalmente fazíamos, não deixaremos de celebrar o grande
mistério do Cristo que entrega sua vida pela humanidade, morre na cruz, e ressuscita vencedor da morte e nos convida a vivermos do mesmo modo. “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13,13-15). Como acontece a Páscoa? Antes de tudo ela deve acontecer dentro
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
Não levantarás falso testemunho vezes até impossível. Quem fala mal de alguém facilmente erra e diz falsidades. Por isso cada um deve ser prudente e vigiar a sua língua. Não se pode falar mal de outra pessoa, mesmo se ela errou. Se ela errou, o cristão deve estar sempre pronto a compreender e a desculpar.
Jesus pede a seus discípulos de fazer ao próximo tudo o que gostaria que outros fizessem a mim. A Bíblia manda: “Não faças a outrem o que não gostarias que alguém fizesse a ti”. A nossa tendência é ser demais duros e severos ao julgar os outros, mas extremamente complacentes em
julgar a nós mesmos. Ao julgar o próximo é fácil usar dois pesos e duas medidas. O correto é julgar o próximo como julgamos a nós mesmos. Algumas pessoas são falsas, mentem muito e acham normal, mas não é normal. Jesus disse: “Dizei sim quando é sim e não quando é não, pois toda a mentira vem
do diabo” – Mt 5,37. E disse também: “O mentiroso tem por pai o diabo que é mentiroso e assassino” – Jo 8, 44. O cristão precisa ter muito cuidado com suas palavras. Alguns são fofoqueiros e falam mal do próximo. Quem fala mal do próximo erra quase sempre. Se tu queres falar do próximo, fala bem dele,
de nós. Como sabemos, Páscoa significa passagem da morte para a vida, da tristeza para a alegria, do pecado para a graça. É tempo de olharmos para nosso interior, reafirmar nossa fé em Cristo e fortalecer nossa esperança no amor de Deus que nos ama imensamente. “Em tudo somos vencedores, graças ao amor de Cristo” (cf. Rm 8,35-37) derramado em nossos corações. Que a celebração da semana santa nos faça entrar na lógica do Amor divino, e uma vez dentro, modificados, renovados, plasmados, transfigurados pelo Amor divino, possamos viver cada dia, todas as semanas, em todos os meses, durante todos os anos da nossa vida, buscando as coisas do alto. Feliz Páscoa! aponta suas boas qualidades, suas virtudes e o bem que ele faz. Tiago Apóstolo, depois de dizer que precisamos pôr freio em nossa língua, pergunta: “Quem és tu para jugar o teu irmão? Quem te constituiu o seu juiz”? – Tg 4, 11-12. Jesus nos adverte: “Com o mesmo julgamento com que tu julgas o teu irmão, também serás julgado; e com a mesma medida com que medires o teu irmão, tu também serás medido” – Mt 7, 1-5. É fácil desculpar a si mesmo, mas é preciso desculpar o próximo.
Catedral recebe MEMORIAL em homenagem às vítimas da Covid-19 As colunas e paredes seculares da Catedral Metropolitana da Arquidiocese de Olinda e Recife, em Pernambuco, agora expõem memórias de 500 famílias que tiveram suas vidas marcadas pelo coronavírus. São rostos que humanizam os números da pior crise sanitária que o Brasil atravessa nos últimos 100 anos. Além de prestar homenagens a todas as vítimas da doença no país, o Memorial Covid-19 também parabeniza os profissionais da área de saúde. “Nas colunas centrais [em vermelho] colocamos as fotos
das pessoas que morreram e no centro dessas fotos está o círio pascal, que é o símbolo da ressurreição, para dizer que essas pessoas hoje são ressuscitadas em Cristo. E nas paredes das laterais [em azul], quase que no mesmo alinhamento, estão as fotos dos profissionais da saúde. Ainda nessa imagem do abraço que queremos dar”, explicou a irmã Paula Souza, integrante da equipe de liturgia da catedral. Inaugurado no último dia 15, data que marcou um ano do primeiro diagnóstico de
Covid-19 em Pernambuco, o memorial foi aberto com uma vigília conduzida pelo arcebispo, dom Fernando Saburido. “Essa vigília é um momento orante em que pedimos a Deus pelas pessoas que partiram para a casa do Pai vítimas de Covid-19, por seus familiares de maneira especial, e rezamos pelos profissionais da saúde, verdadeiros heróis que estão servindo com muita disposição todos os que são vítimas dessa enfermidade”, afirmou. Em outro gesto simbólico, dom Saburido entregou flores à médica Rita de Cássia Ferrei-
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ra e à enfermeira Rita Martins que cuidaram dele durante o tempo em que esteve infectado pelo coronavírus.
O Memorial Covid-19 seguirá exposto até o dia 23 de maio – Domingo de Pentecostes – na catedral, em Olinda (PE).
Edições CNBB lança texto-base para o MÊS DA BÍBLIA 2021 A Edições CNBB acaba de publicar o texto-base e os encontros bíblicos para o Mês da Bíblia deste ano, cujo tema é a Carta de São Paulo Apóstolo aos Gálatas e o lema:
“pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). Encaminhados pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Na-
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
cional dos Bispos do Brasil, os dois subsídios têm o objetivo de auxiliar as comunidades e paróquias no aprofundamento bíblico, na preparação e vivência do Mês da Bíblia 2021.
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira
O professor titular de Ciências da Religião na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Joel Ferreira, é o autor do texto-base. O texto-base e os encontros bíblicos
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
sobre a Carta aos Gálatas, subsídios preparatórios ao Mês da Bíblia 2021, podem ser encontrados no site da Edições CNBB no link que segue: www.edicoescnbb.org.br
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 02 A 08 DE ABRIL DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
CONVERSA COM MEU POVO
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hegou o dia dos Pães sem Fe r m e n t o , quando se devia sacrificar o cordeiro pascal. Jesus mandou Pedro e João, dizendo: ‘Ide fazer os preparativos para comermos a ceia pascal’. Eles perguntaram: ‘Onde queres que a preparemos?’ Jesus respondeu: ‘Quando entrardes na cidade, virá ao vosso encontro um homem carregando uma bilha de água. Segui-o até a casa onde ele entrar e dizei ao dono da casa: ‘O Mestre manda perguntar: ‘Onde está a sala em que poderei comer a ceia pascal com os meus discípulos? Ele então vos mostrará uma grande sala arrumada, no andar de cima. Preparai ali’. ‘Eles foram, encontraram tudo como Jesus tinha dito e prepararam a ceia pascal’” (Lc 22,7-13). Durante toda a Quaresma, os cristãos
Esta semana é feita para o acolhimento do dom inefável da Salvação, na Páscoa de Cristo, de onde brota o Rio da Vida. Celebrar a Páscoa é extasiar-se com o dom de Deus estiveram procurando o andar de cima de suas casas e da Casa de todos, a Igreja, para celebrar a Páscoa. Desde o Domingo de Ramos, estamos vendo a Casa da Páscoa, a Igreja, a partir de vários ângulos, recolhendo tudo o que é humano e divino, para viver o Mistério de Cristo, e passar com ele da morte para a vida.
Aprendemos com a Igreja que a Páscoa começa do alto, pois “a Liturgia é o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta a Deus o culto público integral. Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada por excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja” (Cf. Sacrosanctum Concilium 7). E estamos vivendo o coração da Liturgia da Igreja, bebendo da fonte mais genuína da salvação. Esta semana é feita para o acolhimento do dom inefável da Salvação, na Páscoa de Cristo, de onde brota o Rio da Vida. Celebrar a Páscoa é extasiar-se com o dom de Deus, é contemplar! Celebrar a Páscoa é mergulhar na vida Sacramental da Igreja, especialmente na Eucaristia. Nesta Quintafeira Santa, na Páscoa da Ceia, acolhemos o Mandamento Novo de Jesus e o memorial permanente, que faz acontecer sua presença e que contém todo sabor, até que ele venha! É o nosso compromisso perene, reunirnos em torno da Palavra e do Pão Eucarístico, Pão de Vida Eterna! Celebrar a Páscoa é participar da Ceia do Senhor! Celebrar a Páscoa na Sexta-feira Santa, Páscoa da Cruz, é estar presentes ao sacrifício de Jesus em sua Morte, adorar o mistério de sua Cruz, ouvir de novo e de pé, como sinal de prontidão, a saga inigualável da sua Paixão, viver as trevas que cobriram a terra de meio-dia só até as três da tarde (Cf. Mc 15,33), sabendo que dali para frente a escuridão não pode mais dominar. Neste dia, celebrar a Páscoa é reconhecer em todas as dores, abandono, tristeza, angústias, persegui-
Celebrar a PÁSCOA
ções, marcas do pecado, enfermidades, mortes de pessoas queridas, provações, tudo passa, porque mergulhado na entrega de Cristo em sua Cruz. É dia de doar tudo, não guardar ressentimentos e mágoas, reconhecer Jesus Crucificado e Abandonado em todas as dores, as mais absurdas em que possamos tocar. Nele e com ele aprendemos de novo a dizer “Em tuas mãos entrego o meu espírito” (Cf. Lc 23,46), e não guardar nada para nós.É hora de acolher o mistério do perdão, que vem ao nosso encontro, a misericórdia que jorra da Cruz de Cristo. Nada de lamentações, tudo de esperança, porque a luz vai surgir de novo. Esta é a nossa fé, esta é a nossa certeza. Celebrar a Páscoa é entender que a Igreja nos pede para procurar o Sacramento da Penitência. Quem não se confessa sacramentalmente acaba por desabafar com alguém, ou em situação extrema, quer fazê-lo mergulhando nos vícios ou na busca insaciável de prazeres que esvaziam o corpo e a alma, em gestos ou conversas que nunca terminarão com as palavras certas e consoladoras do juízo de Deus: “Deus, Pai de Misericórdia, que pela morte e ressurreição de seu Filho reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para o perdão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Que alegria poder dizer “Amém” depois de tal gesto de amor, através do ministério dos sacerdotes, portadores da graça e do perdão! Celebrar a Páscoa é recolher-se em silêncio no Sábado Santo, aprofundando o mistério de Cristo em nosso coração e em nossa mente. Pode ser uma oportunidade para ler com calma os
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n VENHA o Senhor Jesus a todo o seu povo, com a força de sua Ressurreição
Cânticos do Servo Sofredor, no profeta Isaías (Is 42,1-7; 49,1-6; 50,4-9; 52,13–53,12). Experimentar o silêncio daquele que foi anunciado: “Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimentado na dor, indivíduo de quem a gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento. Eram na verdade os nossos sofrimentos que ele carregava, eram as nossas dores, que levava às costas. E a gente achava que ele era um castigado, alguém por Deus ferido e massacrado.Mas estava sendo traspassado por causa de nossas rebeldias, estava sendo esmagado por nossos pecados. O castigo que teríamos de pagar caiu sobre ele, com os seus ferimentos veio a cura para nós.Como ovelhas estávamos todos perdidos, cada qual ia em frente por seu caminho. Foi então que o Senhor fez cair sobre ele o peso dos pecados de todos nós.Oprimido, ele se rebaixou, nem abriu a boca! Como cordeiro levado ao matadouro ou ovelha diante do tosquiador, ele ficou calado, sem abrir a boca” (Is 53,3-7). O povo de Israel aprendeu do Senhor: “Quando tiverdes entrado na terra que o Senhor vos dará, conforme prometeu, observareis este rito. Quando vossos filhos vos perguntarem: ‘Que significa este rito?’ respondereis: ‘É o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou ao
lado das casas dos israelitas no Egito, quando feriu os egípcios e salvou as nossas casas’” (Ex 12,2527). Na Páscoa cristã, celebramos o Cordeiro Pascal, Jesus Cristo, que se imolou uma vez por todas para nossa vida e salvação. Celebrar a Páscoa é entrar de coração na mãe de todas as celebrações litúrgicas, a Vigília Pascal na Noite Santa, proclamando aquele que é a luz do mundo e pelo qual damos graças a Deus. É noite para escutar a história da salvação, celebrar os sacramentos da Iniciação Cristã e alimentar-nos do Corpo e Sangue do Senhor, pois todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice anunciamos a morte do Senhor e proclamamos a sua Ressurreição, até que ele venha! Por isso brota o aleluia pascal de nossos corações e de nossos lábios! Venha o Senhor Jesus a todo o seu povo, com a força de sua Ressurreição. Venha sobre todos nós a genuína vida nova recebida no Batismo, agora renovada. Acolhamos como nosso programa de vida para esta Páscoa as palavra de São Paulo: “Como eleitos de Deus, santos e amados, vesti-vos com sentimentos de compaixão, com bondade, humildade, mansidão, paciência;suportai-vos uns aos outros e, se um tiver motivo de queixa contra o outro, perdoaivos mutuamente. Como o Senhor vos perdoou,
fazei assim também vós. Sobretudo, revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição. Reine em vossos corações a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um só corpo. E sede agradecidos. Que a palavra de Cristo habite em vós com abundância. Com toda a sabedoria, instruívos e aconselhai-vos uns aos outros. Movidos pela graça, cantai a Deus, em vossos corações, com salmos, hinos e cânticos inspirados pelo Espírito. E tudo o que disserdes ou fizerdes, que seja sempre no nome do Senhor Jesus, por ele dando graças a Deus Pai (Cf. Cl 3,1217). São estes os nossos votos de santa e verdadeira Páscoa!
Santa e verdadeira Páscoa
Celebrar a Páscoa é entrar de coração na mãe de todas as celebrações litúrgicas, a Vigília Pascal
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IGREJA
BELÉM, DE 02 DE 08 DE ABRIL DE 2021
CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um pequeno GRANDE livro (14)
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esta edição de “Miscelânea” veremos o que o pastor Henrique Vieira diz,na carta de 8 de maio de 2020, uma sexta - feira, em resposta à carta da mesma data, na qual o monge beneditino Marcelo Barros fala de seu medo da morte.
Quero tanto a morte da morte e a morte do que nos faz morrer em vida Com a palavra Henrique Vieira: “Sim, irmão. Sinto medo da morte. Desculpe-me a afirmação aparentemente redundante, mas devo dizer:
a morte é um grande desperdício de vida. Eu queria tanto viver em plenitude e para sempre. Sinto saudades de coisas que não vi e nem vivi, de pessoas que não conheci e de lugares para onde ainda não fui. Quero uma eternidade para ir juntando as diversas partes que me habitam e ir desfrutando das potencialidades do meu ser. Quero tanto mergulhar no oceano da comunhão e contemplar a riqueza que existe em cada ser humano! Quero tanto um lugar livre das amarras que impedem a humanidade de ser plena! Quero tanto a morte da morte e a morte do que nos faz morrer em vida: E prossegue: “Nesta utopia reside minha espiritualidade. Não sei se é ingênuo demais, mas habita em mim um lugar que não existe, e nesse lugar
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sível é possibilíssimo. Concorda comigo, prezado leitor? No final dessa carta, o pastor afirma: “Quero fazer as pazes com a morte e viver intensamente a vida.” Queiramos o mesmo, amigo leitor. Shalom!
Medo da morte
a morte não tem vez. Gosto de pensar que, de alguma maneira, estamos rumando para Deus e que no coração divino seremos uma nova humanidade. Guardo em mim uma briga com a morte.” Ainda nessa carta: “Um dia espero olhar para a morte, como irmã, como parte do
n TEÓLOGO Leonardo Boff
ciclo vital e como entrega definitiva à vida como disse Leonardo Boff: “Não vivemos para morrer, mas morremos para ressuscitar.” Humanizar a morte e olhar para ela com serenidade também significa preencher a vida de sentido. Quero muito, como já disse, viver o milagre do tem-
po presente, não ser refém do medo nem me alimentar de preocupações. Como é difícil, meu irmão.” Euzinho aqui tomo a liberdade de acrescentar: difícil, sim, concordo. E mais que difícil, dificílimo. Mas, estando-se com Deus, o difícil se torna fácil, penso eu, e o impos-
Quero fazer as pazes com a morte e viver intensamente a vida. Queiramos o mesmo, amigo leitor
Monjas CARMELITAS rezam pela 58ª Assembleia Geral da CNBB Comunidades Carmelitas do Brasil começaram a rezar pelo episcopado do Brasil que participarão da 58ª Assembleia Geral da Conferência Na-
cional dos Bispos do Brasil de 12 a 16 de abril. As religiosas do Carmelo de Cachoeiro do Itapemerim (ES) intensificaram suas orações pelo en-
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contro. Quem também está em oração pelos bispos e pelo encontro dos bispos brasileiros é o Carmelo São José de São Luís (MA).
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Jo 20,1-9
1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entro no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas
enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. B) COMENTÁRIO
“4º Evangelho” é visto em quatro blocos ou livros, sendo o 4º, tido como “O livro da Ressurreição (Jo 20,129)”, pelos episódios narrados ai sobre ela. Hoje (Jo 20,1-9), Domingo da Páscoa, o tema é o “túmulo vazio”. O primeiro impacto após a morte do mestre foi o de encontrar o túmulo vazio. Não concluíram de imediato de que ele tivesse ressuscitado, mas que o seu corpo teria sido “roubado”, pois não o encontraram (v 2). É bonito perceber que as verdades da fé não se apresentam de golpe,
mas paulatinamente! Só depois, entenderam sobre a Ressurreição: fundamento da fé. Ora, o “primeiro dia da semana” (v 1) destaca a importância litúrgica do dia especial da Eucaristia, ligado ao dia da Ressurreição de Jesus, no 1º dia da semana – o domingo: o dia do Senhor - (Ap 1,10). Por que Maria Madalena, “sai correndo” e fala aos discípulos usando o verbo no plural: “não sabemos...”(v 2)? Certamente estaria com outras mulheres (Mt 28,1-8; Mc 16,1-8; Lc 24,1-10), pois não seria prudente que ela fosse sozinha ao túmulo de madrugada. São João, só ele, a menciona sozinha, além dela vir em primeiro lugar na lista dos demais evangelistas. “Ela saiu correndo” (v 2). Diante de fatos emotivos, nosso coração dispara. Nas ações divinas na bíblia, as pessoas disparam, correm, têm pressa em
agir: Abraão; Sara; o servo (Gn 18,1-8). Na Páscoa o Senhor indica sua urgência em salvar o seu povo, não havia tempo para fermentar a massa e teriam que comer “pão ázimo” e tudo às pressas (Ex 12,11); logo, o pai correu para recuperar o filho, e determinou rapidez nos preparativos da festa (Lc 15,20s). E aqui, Maria corre, assim como os discípulos (v 4). “Tiraram o Senhor do túmulo”. Desde os primeiros momentos, “Senhor” é o título dado a Jesus Ressuscitado (Kyrios). “O outro discípulos correu mais depressa que Pedro” (v 4). E por que ele deixou Pedro entrar por primeiro ao túmulo? Provavelmente por respeito ou ênfase ao Primado apostólico de Pedro. O discípulo amado entra depois; porém só dele se diz que “viu e acreditou” (v 8); visão profunda de quem ama e chega à fé.
n SEXTA – 02/04 Cor: Vermelho 1ª Leitura - Is 52,13 - 53,12 Salmo - Sl 30,2.6.12-13.1516.17.25 (R.Lc 23,46) 2ª Leitura - Hb 4,14-16; 5,7-9 Evangelho - Jo 18,1-19,42 n SÁBADO - 03/04 Cor: Roxo 1ª Leitura - Gn 1,1 - 2,2 3ª Leitura - Ex 14,15-15,1 4ª Leitura - Is 54,5-14 5ª Leitura - Is 55,1-11 6ª Leitura - Br 3,9-15.32-4,4 7ª Leitura - Ez 36,16-17a.18-28 Salmo - Sl 103,1-2a.5-6.10.12.1314.24.35c (R.30) Salmo - Sl 15,5.8.9-10.11 (R.1a) Salmo-Sl29,2.4.5-6.11.12a.13b(R.2a) Salmo - Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R. 3) Salmo - Sl 18,8.9.10.11 (R.Jo 6,68c) Salmo - Sl 41,3.5bcd;42,3.4 (R. 41,2) 2ª Leitura - Gn 22,1-18 Evangelho - Mc 16,1-7 n DOMINGO – 04/04 Cor: Branco
1ª Leitura - At 10,34a.37-43 Salmo-Sl117,1-2.16ab-17.22-23(R.24) 2ª Leitura - Cl 3,1-4 Evangelho - Jo 20,1-9 n SEGUNDA – 05/04 Cor: Branco 1ª Leitura - At 2,14.22-33 Salmo-Sl15,1-2a.5.7-8.9-10.11(R.1) Evangelho - Mt 28,8-15 n TERÇA- 06/04 Cor: Branco 1ª Leitura - At 2,36-41 Salmo-Sl32,4-5.18-19.20.22(R.5b) Evangelho - Jo 20,11-18 n QUARTA - 07/04 Cor: Roxo 1ª Leitura - At 3,1-10 Salmo-Sl104,1-2.3-4.6-7.8-9(R.3b) Evangelho - Lc 24,13-35 n QUINTA - 08/04 1ª Leitura - At 3,11-26 Salmo - Sl 8, 2a.5. 6-7. 8-9 (R.2ab) Evangelho - Lc 24,35-48
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
Sentido, mensagens e compromissos do TRÍDUO PASCAL DIVULGAÇÃO
INTRODUÇÃO
A
celebração do tríduo pascal constitui uma experiência de memória e profecia, onde passado e futuro se encontram no presente e ressignificam a vida do sujeito de fé. Por isso é tão importante o ato celebrativo. A participação em cada uma das celebrações do Tríduo Pascal só será significativa para nós, se a memória do passado, se atualizar no presente nos consolidando na experiência do amor e da fé que qualifica
Celebrar o Tríduo Pascal não é simplesmente ação litúrgica; é também renovação da consciência vocacional de sermos filhos de Deus em Cristo, chamados à fraternidade. a vida e nos anima na esperança. Fazer memória dos principais mistérios da nossa fé não é um frio retrocesso histórico e visita ao passado como quem olha uma fotografia ou um documento num arquivo. Na celebração dos mistérios da nossa fé cri s t ã vi ven c i a mos uma realidade espiritual contínua, que permanece viva, atual e, ao mesmo tempo, é nova (contextualizada) e profética (voltada para o futuro).
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A centralidade de Jesus Cristo A personagem principal da celebração da Semana Santa é Jesus Cristo! Portanto, ela
não existe sem Ele! Fora da perspectiva cristocêntrica a semana santa é um “feriadão” como, infelizmente, muitos já consideram. Por isso há tantas ofertas de viagens! Em Cristo encontramos o ser humano realizado segundo a vontade de Deus Pai; Nele está o sentido para a vida, para crise, o sofrimento, a cruz e o mistério da morte. Nele admiramos a beleza de uma vida movida pela compaixão e misericórdia. Nele contemplamos a vitória sobre as tentações, sobre o pecado, sobre a morte, sobre Satanás. Em Cristo a Igreja encontra a humanidade plenamente realizada e renova a sua vocação, missão, o sentido da sua existência. C e l e b r a r o Tr í d u o Pascal, portanto, não é simplesmente ação litúrgica; é também renovação da consciência vocacional de sermos filhos de Deus em Cristo, chamados à fraternidade. Com a celebração do Tríduo Pascal, a comunidade cristã animada pela fé, fazendo memória das suas origens (Cristo e a comunidade primitiva), retoma e reaviva a percepção da sua verdadeira dignidade de comunidade da comunhão fraterna e assim, se avalia, se confronta, amadurece, se renova espiritualmente e se torna mais consciente da sua dignidade fazendo-se aberta aos mais necessitados, pobres e sofredores. Isso significa relançamento da sua paixão missionária. Não há autêntica celebração do Tríduo Pascal sem essa perspectiva missionária. Por quê? Exatamente porque sem a sua paixão pela salvação da humanidade, como fiel missionário do Pai, não aconteceria a sua obediência e morte. Aquele que se entregou à morte, foi quem que cumpriu a risca o projeto missionário do Pai e confirmou dizendo: “eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
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A QUINTA-FEIRA SANTA
À noite, se inicia o Tríduo Pascal com celebração da Ceia do Senhor com seus discípulos. Nas catedrais (sede das dioceses), pela parte da manhã, se celebra a “missa do Crisma” (ou missa dos santos óleos) presidida pelo bispo diocesano. É a comemoração da instituição do Sacerdócio. Nessa missa os sacerdotes re n o v a m s u a s p ro messas sacerdotais. À noite há a celebração da última Ceia de Jesus: não houve o tradicional cordeiro porque ele era o tal; Jesus lavou os pés dos discípulos e instituiu o sacerdócio e a Eucaristia (cf. Jo 13,1-11; Mc 14,22-25; Lc 21,1420). Essa celebração acontece nas Igrejas e capelas. A Igreja com o rito do “lava-pés” renova o compromisso de ser servidora da humanidade. Jesus, instituindo a Eucaristia concretiza o seu desejo de estar presente entre nós em forma de pão, porque quem ama, alimenta e se faz sempre presente na vida da pessoa amada. Assim Jesus através da Eucaristia perpetua sua presença na Igreja concretizando que disse: “Eu estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20). A espiritualidade da Quinta-feira Santa nos convida pensar numa série de virtudes e atitudes tais como: a importância da humildade para servirmos gratuitamente (sacerdócio), a necessidade da generosidade, a exigência da comunhão fraterna e da amizade sincera, a coerência entre o culto e a vida, o amor à Igreja.
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A SEXTA-FEIRA SANTA Nela a Igreja celebra a paixão e morte do Senhor. Paixão quer dizer um profundo Amor que o motivou a encarar a morte com alegria pela nossa Salvação. A Igreja se confronta com o servo sofredor, com o mistério do sofrimento e morte do inocente; é chamada a reconhecer as múltiplas formas de continuação do sofrimento de Cristo em nossos dias. Jesus foi vítima do fanatismo legal, da arrogância religiosa, da negligência política, da ignorância moral. À tarde há a adoração do Cristo na Cruz: adora-se o Crucificado e considera-se a cruz como instrumento de passagem para a glória. A Cruz é símbolo daquilo que deve ser enfrentado com sabedoria, firmeza e ser superado para podermos chegar à glória. A espiritualidade da Sexta-feira da Paixão nos convida a aprofundar o sentido do sofrimento, do perdão (das ofensas, calúnias, injustiças, desprezo...) porque Jesus Cristo inocente morreu perdoando; somos chamados a aprofundar o mistério da iniquidade que pode agir no coração humano e levar o homem a perder por completo a sua ternura e senso de respeito pela dignidade do outro.
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O SÁBADO SANTO Nesse dia a Igreja contempla o corpo de Jesus, sepultado, que repousa no túmulo (cf. Mt 27,57-66; Mc 15,42-47). É um dia de silêncio para a meditação e oração
sobre o mistério da morte. Por outro lado, é um dia de expectativa, por isso durante o dia não há missa. À noite há a celebração da Vigília Pascal que é a mais importante celebração do Ano Litúrgico. Nela se concentra a reflexão dos principais eventos da história da nossa fé: a criação, Abraão, Êxodo, os Profetas... Através das leituras percebemos, em síntese, a beleza do mistério da história da Salvação: Deus cria, Deus convoca, Deus liberta, Deus inspira, Deus anima, Deus conduz a humanidade a caminho do encontro com o seu Filho. Tudo aponta para o Messias, Jesus Cristo, o Senhor da história.
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O DOMINGO DA PÁSCOA A Igreja tendo já na vigília pascal proclamado a ressurreição do Senhor se alegra jubilosamente com Aquele que venceu a morte confirmando definitivamente a sua divindade e ser o Senhor da Vida e da morte. A imagem do sepulcro vazio, escancarado, que era vigiado com toda segurança, nos convoca à meditação sobre a resposta de Deus à toda forma de violência. Jesus Ressuscitou! Difund i u - s e , e n t ã o, u m movimento de grande dinamismo (todos correm!), ressurgiu a esperança; os discípulos se encontram, se comunicam, voltam a sonhar com alegria (cf. Jo 20,118; Lc 24,1-12). A nossa fé cristã se fundamenta na Ressurreição de Jesus Cristo. Se Cristo não ressuscitou, então a pregação sobre
a Esperança da nossa Ressurreição é vazia e nossa fé é ilusória, diz São Paulo (cf. 1 Cor 15,14-17). Celebrar a Páscoa é renovar o compromisso de viver com alegria, com entusiasmo, promovendo a vida e combatendo tudo aquilo que gera a morte. Celebrar a páscoa é reavivar a espiritualidade da luz que afugenta as “trevas”. É renovar a paixão pela vida que rejeita os sinais de morte. É sempre nos esforçarmos para viver de cabeça erguida aspirando às coisas do alto (cf. Col 3,1). Feliz Páscoa! PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Qual das celebrações da Semana Santa mais lhe chama a atenção, por quê? Po r q u e m u i t o s fieis dão demasiada importância à via sacra da sexta-feira ou à procissão do Senhor morto e não participam da Vigília Pascal? O que podemos fazer para que aquilo que celebramos não se reduza ao ato litúrgico, mas se transforme em compromisso?
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Eperiência de memória e profecia
A participação em cada uma das celebrações do Tríduo Pascal só será significativa para nós, se a memória do passado, se atualizar no presente
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 02 A 08 DE ABRIL DE 2021
FAMÍLIA NAZARÉ
PROGRAMAÇÃO da Semana Santa na Fundação TV, RÁDIO E INTERNET levam até os fiéis a programação, transmitindo-as ao vivo e simultaneamente LUIZ ESTUMANO
UNIDOS PELO SANTO TERÇO A Rádio Nazaré FM também estará conectada aos seus ouvintes, transmitindo, simultaneamente, as programações da Rede Nazaré de Televisão. E neste período de recolhimento você pode rezar também o Santo Terço junto com a rádio. Sintonize 91.3 Mhz e reze o Terço de São José e o Terço Mariano nos seguintes horários: 5H05 - No programa “Cura-me, Senhor!” (Terço
n CELEBRAÇÕES da Semana Santa: maior parte, pelos meios de comunicação da Arquidiocese
A
Igreja Católica está vivendo o momento mais importante de seu calendário litúrgico, a Semana Santa, onde se celebram a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Passado o Domingo de Ramos, a programação segue até o dia 4, Domingo da Páscoa. Toda a programação se dará ainda em meio ao contexto da pandemia. A participação dos fiéis será limitada até o
total de 50% da capacidade das igrejas e, por isso, a Arquidiocese de Belém pede que o povo de Deus sintonize os veículos da Fundação Nazaré de Comunicação para, assim, acompanharem a programação da Semana Santa, de suas casas. Acompanhe nossa programação pela televisão e pelas nossas redes sociais. A Missa do Crisma, Missa da Ceia do Senhor, Sermão das
Sete Palavras, a Ação Litúrgica da Paixão do Senhor, Vigília Pascal e Missa de Páscoa, todas estas celebrações, você poderá acompanhar com nossos veículos. Todas as paróquias da Arquidiocese de Belém adotam protocolos de saúde para que se viva bem a Semana Santa, dentro das condições impostas pelas autoridades de saúde em combate à covid-19. As medidas vão desde o controle
de acesso, limitação da quantidade de pessoas por ambiente até a suspensão de público no Sermão das Sete Palavras e na Celebração do Crisma.
de São José - celebração do Ano de São José) 5H30 - Terço Mariano 15H - Terço da Misericórdia (ao vivo) – Intenções pelo WhatsApp (91 9 8814-0275) 18H15 - Terço Mariano 22H15 - Terço Mariano DIVULGAÇÃO
n ASSISTA AO VIVO! TV Nazaré : Canal
30.1 http://bit.ly/TVNazare Facebook : https:// bit.ly/FacebookFNC Youtube: http://bit. ly/TVNazareYoutube
NOSSOS ANIVERSARIANTES Dolores de Castro Souza Terezinha Rodrigues Candeira Benedita Rodrigues Begot Joana Marques Chaves Joana Marques Chaves Zebina Costa dos Santos Estefânia Chagas Neyrão Raimundo Alves de Sousa Josefa Andrade de Souza Ricardo Coutinho Martins Maria Eliana Da C. Rocha AnalinaConduru Ribeiro Silvia Teixeira Pereira Maria Renee Costa dos Reis Luiz Claudio Braga Cavalcante Everton Antonio Soares da Silva Edmundo Clemente Nogueira (In Memoria) Cleonice Fernandes Oliveira Maria da Conceição Barros Lobato Francisca Fortunata Favacho dos Santos Waldemir Barbosa Guimarães Maria de Jesus Cordeiro Bentes José Pantoja dos Prazeres Maria Rosalina Faria Gonçalves Raimunda de Castro Alvarenga Ana Maria Dantas de Carvalho
Márcia Maria Dantas de Carvalho Everaldo Pedro Lobato de Moraes Maria do Rosário Cavalcante Carvalho Lourenço Eliana Farias de Moraes Luciane Solon de Souza Raimunda do Vale Lucas Maria Helena Duarte Brito Eudocia Sales de Lima Maria Cilda Moreira Maués Hermínia dos Santos Rodrigues Trindade RosaliceBordalo Pantoja Zuleide Nascimento de Souza Rita de Cássia Guerreiro Martins Leonilde dos Santos Rosa Maria de Nazaré dos Santos Moura Maria de Guadalupe Leal Bittencourt GiorgeSimonet Junior Eliane Maria Mota de Oliveira Antonio Marcos Costa de Freitas Elder Anderson Santos Sousa Francisca Silbene Cunha da Silva Neuza Santiago da Silva Magnólia da Silva de Souza Márcia Maria Augusta Moraes Helia Lima Lopes Rabelo Vanessa Pereira de Souza Chagas
Gilson Rufino Gonçalves Filho Jose Carlos da Silva Barroso Maria Lucia Lopes Barreto Antonio Raiol Ferreira Alexandre da Costa Linhares Edna Maria Fonseca da Cruz Renilda das Graças Bezerra Falcão Rosilda Lima de Souza João Roberto Pinheiro dos Santos Maria Izabel de Souza Melo Ana Marta Costa Elarrat Cleiton Almeida de Souza Maria Franciscleuma Coutinho de Araújo Maria Jose Santos Nunes Yolanda Moreira de Oliveira Carlos Alberto Siqueira
Maria José Simões Álvaro Alves da Cruz Maria Luiza Teixeira Alves José de Ribamar Cardoso da Silva Edinalva Barroso da Silva Nery Alda Maria de Pinho Couto Valdenora Santiago da Gama Alyssangela Souza Palmerim Rita Lee Sena Coelho Emelina de Lima Ribeiro Ubiratan de Souza Dias Maria de Jesus Benjamim da Silva Rosa Maria de Deus S. Monteiro Francisco Nelson Belarmino Andre Guerreiro Milhomem de Sousa Izabela Carolina Monteiro Freitas Magalhães Zilvandro Menezes Mendes Maria Iolanda Leão Pimentel
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 02/04 – Côn. Sílvio da Silva Trindade 02/04 – Pe. Arnaldo Sodré Martins 02/04 – Pe. Frei Benedito Rôxo de Melo 06/04 – Diác. Ariovaldo Pires de Oliveira 07/04 – Pe. Angelino Bento da Costa
BELÉM, DE 02 A 08 DE ABRIL DE 2021
CADERNO DOIS
ÁPICE da Grande Semana em Belém PARTICIPAÇÃO dos fiéis na Arquidiocese de
Belém é pela TV e internet, devido à pandemia
A
s celebrações da Semana Santa em Belém iniciaram dia 28, Domingo de Ramos. Este ano, mais uma vez, foram necessárias adequações em razão da pandemia da covid-19 e do lockdown decretado em Belém e região metropolitana. As celebrações foram realizadas a portas fechadas nas igrejas, onde os fiéis não puderam fa-
zer a procissão dos ramos, bastante tradicional no dia desta celebração em memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. As alternativas para propiciar a participação dos fiéis incluíram a realização de lives pelas igrejas diocesanas. O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, celebrou a Missa de Ramos na Sé Catedral perante padres e servidores do altar somente. Apesar do fim do lockdown no dia 29, a Arquidiocese de Belém orientou os fiéis para acompanhar as celebrações da
Semana Santa em casa através da Rede Nazaré de Comunicação e redes sociais tanto da Fundação como da Arquidiocese. Perante a pandemia da covid-19, as procissões de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores que ocorrem na Sexta-Feira Santa não serão realizadas. O tradicional “Sermão das Sete Palavras”, na capela do Colégio Santo Antônio foi mantido, mas não terá a presença dos fiéis. A programação iniciará ao meio-dia. A seguir, o itinerário da programação da Semana Santa. Acompanhe!
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n DOMINGO DE RAMOS necessárias adequações em razão da pandemia
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA O lockdown encerrado na região metropolitana de Belém ensejou novas orientações para os fiéis, sendo a principal que as igrejas que vão sediar as celebrações só poderão receber os fiéis no limite de 50% da capacidade de lotação. Ficam mantidas todas as medidas de proteção sanitária contra a disseminação do novo coronavírus. A Arquidiocese de Belém orienta os fiéis para que acompanhem as celebrações da Semana Santa em casa, pela transmissão ao vivo, da Rede Nazaré de Comunicação. Sexta-feira Santa, dia de intensa piedade cristã, e devido à pandemia, não serão realizadas as procissões de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores, a chamada de Pro-
cissão do Encontro, que ocorrem na Sexta-Feira Santa, sempre na programação da manhã. Durante a celebração da Missa da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa, por medidas de segurança sanitária, será omitido o rito do lava-pés assim como o beijo da Cruz, na Ação Litúrgica da Paixão do Senhor. O tradicional “Sermão das Sete Palavras”, recordando as três horas da agonia de Jesus Cristo na Cruz será proferido pelo cônego Roberto Cavalli, Cura da Sé Catedral. A pregação será na capela do Colégio Santo Antônio, mas não terá a presença dos fiéis, iniciando ao meio-dia, transmitido pela Rede Nazaré de Comunicação. A seguir, a programação. Anote, agende-se e acompanhe. A Arquidiocese de Belém expressa votos de Feliz Páscoa a todos!
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
Iniciou na Celebração Penitencial (absolvição comunitária) quarta-feiras, 31/03, em todas as paróquias de acordo com horário próprio. O Sacramento da Penitência comunitário ocorre em celebrações específicas, como agora, quando é necessário restringir o excesso e circulação de pessoas. Durante a celebração, houve uma preparação conjunta para confissão, mas cada fiel fesz em silêncio o exame de consciência dos seus pecados e o padre fez a absolvição geral para os presentes. Desde quinta-feira, 1 de abril, os meios de comunicação da Arquidiocese de Belém - TV Nazaré, canal 30.1, a Rádio Nazaré FM - 91,3 e as redes sociais da Fundação e da Arquidiocese de Belém conectam os fiéis com todas as celebrações da Semana Santa. Além disso, a Rede Nazaré transmite outras Missas ao vivo, de segunda a
n CELEBRAÇÕES na Catedral Metropolitana, transmitidas ao vivo pela TV
n SERMÃO das Sete Palavras, na 5º Feira Santa, pregador cônego Roberto Cavalli
sexta-feira, às 7h, 12h e 18h e, aos sábados e domingos, às 8h, 12h e 18h. n QUINTA-FEIRA SANTA
• 8h - Missa do Crisma • 18h - Missa - Ceia do Senhor n SEXTA-FEIRA SANTA
• 11h15 - Oração do Terço • 12h - Sermão das 7 Palavras • 17h - Ação Litúrgica da Paixão do Senhor n SÁBADO SANTO
• 19h - Vigília Pascal
n DOMINGO DA PÁSCOA
• 19h - Missa - Páscoa da Ressurreição do Senhor n ACOMPANHE AO VIVO!
TV Nazaré: Canal 30.1 http:// bit.ly/TVNazare Facebook: https://bit.ly/FacebookFNC Youtube: http://bit.ly/TVNazareYoutube
n MISSA DOS SANTOS ÓLEOS celebração tradicional durante a Semana Santa
n ADORAÇÃO da Cruz na Sexta-Feira Santa
n VIGÍLIA Pascal no Sábado Santo
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BELÉM, DE 02 A 08 DE ABRIL DE 2021
PANORAMA
CADERNO DOIS
RADIOGRAFIAS: protetores faciais
NAZARÉ REPÓRTER
PROJETO da Uepa ajuda na prevenção da Covid-19
U
ma iniciativa da Universidade do Estado do Pará (Uepa) está desenvolvendo o projeto Reutilização de Películas Radiográficas para Produção de Protetores Faciais Utilizados na Prevenção da Covid-19 para Escola Pública em Belém, atua não somente para combater o descarte inadequado do material quanto para prevenir a disseminação da Covid-19. Idealizado pelas estudantes Shirley Cristina Martins da Silva, do sétimo semestre do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), e Maria Carolina Carvalho Cruz, do sétimo semestre de Enfermagem, o projeto tem por objetivo produzir semanalmente 15 protetores faciais. O projeto está sob a coordenação da professora Cássia Regina Rosa Venâncio, integrante do Departamento de Ciências Naturais (DCNA), do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), o Campus I da Uepa. Shirley Silva relatou
que a coleta inicial das radiografias foi algo difícil, porém que pôde ser superado graças ao desenvolvimento de uma logística de divulgação do projeto. “Realizamos as coletas nas residências das pessoas que nos procuram, a partir da divulgação nas redes sociais”, afirmou. Maria Carolina disse que a produção é para auxiliar o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), utilizados para prevenir a contaminação pelo novo Coronavírus entre os alunos das escolas da rede pública. Após a coleta do material, todo o tratamento das radiografias foi realizado no Laboratório de Química do CCSE e os efluentes são encaminhados para instituições parceiras. “O tratamento destas películas é feito utilizando hipoclorito de sódio e todo o resíduo utilizado é armazenado e guardado para posterior tratamento e retirada do íon da prata, um metal pesado e responsável pela contaminação do meio ambiente”, explicou Shirley Silva.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
97% DOS IDOSOS ACESSAM A INTERNET
n ALUNAS que integram o Projeto
A estrutura, a base plástica e um elástico para a regulagem do protetor são produzidos em parceria com a Rede de Incubadoras de Tecnologia da Uepa (Ritu), no laboratório de impressão 3D, localizado no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT). A orientadora Cássia Venâncio pontuou que vê um grande potencial na proposta por dar suporte à sociedade para superar dois desafios como a reciclagem de material potencialmente danoso ao meio ambiente e o combate à Covid-19. “Quando unimos em um trabalho assuntos importantes como a preservação do meio ambiente e a proteção dos alunos ao voltarem para a sala de
aula podemos ver a importância deste trabalho”, analisou. A proposta, formulada no primeiro semestre de 2020, conta atualmente com o apoio do CCSE, do CCNT, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), e do Núcleo de Estudos em Educação Científica, Ambiental e Práticas Sociais (Necaps), todas unidades da Uepa. Os protetores serão entregues à Escola Estadual Vera Simplício tão logo as aulas presenciais forem retomadas. No momento, as 180 faceshields produzidas estão armazenadas no Campus I da Universidade, e a pesquisa segue na fase de coleta e produção de novos protetores. (Com informações Portal Uepa).
CRIADA a Semana Solidária Padre Bruno Sechi
O percentual de pessoas com mais de 60 anos no Brasil navegando na rede mundial de computadores cresceu de 68%, em 2018, para 97%, em 2021. É o que mostra pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a OfferWise Pesquisas. Entre os idosos conectados, a principal motivação é se infor-
mar sobre economia, política, esportes e outros assuntos. Também utilizam a web para manter o contato com outras pessoas e buscar informações sobre produtos e serviços. O principal meio de acesso é o smartphone. De 10 a 23 de fevereiro de 2021, foram entrevistadas 414 pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, residentes em todas as capitais brasileiras e pertencentes a todas as classes econômicas e escolaridades.
PROJETO CARROCEIRO A Ufra continua com o Projeto Carroceiro onde são atendidos cerca de 20 animais por mês, contando ainda com as ações itinerantes dos bairros. O tratamento odontológico, ultrassom e raio-x também fazem parte dos serviços gratuitos oferecidos pelo projeto. Desde 2003 é realizado o atendimento veterinário clínico, cirúrgico e de reabilitação psicológica em equinos utilizados no trabalho de tração, vítimas de maus tratos e apreendidos pelos órgãos de fiscalização (ou encaminhados pelos próprios carroceiros.Durante a pandemia o atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 08h às 12h, na sede do projeto, localizado no campus da Ufra em Belém, na Avenida Perimetral.
DIREITOS PARA AUTISTAS Para assegurar os direitos das pessoas austistas, foi aprovado na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) o Projeto de Lei 11/2020, que dispõe sobre a inclusão de informações sobre os sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na carteira de vacinação. O projeto será encaminhado para sanção do governador.
BOA DICA n NÃO MORRO... ENTRO NA VIDA Santa Teresinha, Livro (PAULUS, R$ 46,00 )
U
n PADRE Bruno Sechi, idealizador e fundador do Movimento República de Emaús
Depois de tramitar na Assembleia Legislativa do Estado do Pará por menos de um ano, foi sancionada pelo governo do Estado, no último dia 24 de março, a Lei N° 9.231 que institui, no mês de maio, a “Semana Padre Bruno Sechi”, como estímulo à pratica da solidariedade. De acordo com a lei a semana referida “será em tributo a esse expoente da humanidade e solidariedade, pelo extenso trabalho da garantia aos direitos das crianças e adolescentes, principalmente aos que se encontram em maior
vulnerabilidade social e objetiva intensificar ações, inclusive intersetoriais com a finalidade de estimular a população em práticas solidárias”. A semana solidária Padre Bruno Sechi será comemorada, anualmente, na semana do dia 29 de maio, data de falecimento do sacerdote. Durante o período serão realizadas ações como prestação de serviços à comunidade, a entidades e órgãos que prestam serviços sem fins lucrativos; promoção de eventos culturais, artísticos, esportivos e recreati-
vos voltados às ações solidárias; medidas que visem dar suporte e visibilidade a boas práticas solidárias, em especial aquelas voltadas para segmentos sociais mais vulneráveis, como crianças na primeira infância, pessoas idosas, apoio a doentes e mulheres vítimas de violência. O LEGADO Em 29 de maio de 2020, o padre Bruno Sechi faleceu aos 80 anos de idade. O padre salesiano foi o idealizador e fundador do Movimento República de Emaús, entidade que atua
em prol de crianças e adolescentes de famílias de baixa renda de Belém. Natural da Sardenha, na Itália, Bruno Sechi tem uma história de mais de 50 anos em Belém do Pará, terra onde ele se sensibilizou com a vida difícil de famílias de moradores da periferia e criou o então chamado Movimento da República do Pequeno Vendedor, para retirar das ruas meninos e meninas que sobreviviam da venda de produtos diversos e estavam expostos ao risco de violência, além de afastados da escola.
ma mensagem cheia de realismo e otimismo, capaz de arrastar consigo primeiramente os que sofrem, os que pretendem vivenciar a fé, valorizando as realidades cotidianas. Santa Teresinha nos mostra que a morte é a entrada de uma vida plena em Cristo. O encontro definitivo com o Amado. Ela não tinha medo do “Ladrão” chegar... pelo contrário sua alma já esperava confiante que Deus já tinha lhe preparado um lugar no Céu... A casa de meu Pai existe várias moradas. n ESPÍRITO FAZ NOVAS TODAS AS COISAS Novena ao Espírito Santo, Livro (Paulinas, R$ 12,50)
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novena do Espírito Santo é um momento privilegiado para contemplar o amor misericordioso de Deus por nós. É um tempo oportuno para retomar as promessas feitas por Deus aos nossos ancestrais da fé, conforme as Escrituras. É ocasião propícia para reavivar a fé, realimentar a esperança e consolidar o amor em nossas relações com Deus e com os irmãos e irmãs. A novena aqui apresentada tem por objetivo favorecer esse momento de preparação para a Festa de Pentecostes. Ela procura retomar a ação do Espírito no cosmo, na história, na vida do povo de Israel e de Jesus, bem como na comunidade primitiva. Os encontros são diários e têm uma estrutura comum, com conteúdo próprio cada dia. A fim de aprofundar a fé e alimentar a esperança, a Palavra de Deus perpassa todos os encontros. É proposto também um momento de reflexão, com uma pergunta orientativa, seguida de uma partilha de vida.
VATICANO
CADERNO DOIS
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Semana Santa: RECOMENDAÇÕES do Papa PANDEMIA condiciona celebrações mais importantes do calendário católico pelo 2º ano consecutivo
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om informações agência Ecclesia. O Papa destacou domingo, 28, no Vaticano o início da segunda Semana Santa consecutiva vivida em tempos de pandemia, evocando o sofrimento provocado pela Covid-19. “Entramos na Semana Santa. Pela segunda vez, vivemo-la no contexto de pandemia. No ano passado ficamos mais chocados, este ano estamos mais provados. E a crise económica tornou-se pesada”, referiu, antes da oração do ângelus com que se concluiu a celebração do Domingo de Ramos, na
Basílica de São Pedro. “Nesta situação histórica e social, o que faz Deus? Ele toma a cruz. Jesus toma a cruz, ou seja, encarrega-se do mal que esta realidade acarreta, o mal físico, psicológico e sobretudo espiritual, porque o maligno aproveita as crises para semear desconfiança, desespero e discórdia”, acrescentou. A Igreja Católica inicia hoje a celebração da Semana Santa, os momentos centrais do ano litúrgico que recordam os momentos da Paixão de Jesus, com a evocação da
sua entrada messiânica em Jerusalém e a bênção dos ramos. Francisco pediu que os católicos estejam particularmente atentos aos sofrimentos dos seus próximos. “Ao longo da Via Sacra diária, encontramos os rostos de muitos irmãos e irmãs em dificuldade: não passemos ao largo, deixemos que o coração se mova com compaixão e aproximemo-nos”, apelou. No momento, como o Cireneu [Simão, o homem que ajudou Jesus a transportar a cruz], podemos pensar: ‘Por que eu?’. Mas
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n PAPA na celebração do Domingo de Ramos, na Basílica de São Pedro
então descobriremos o dom que, sem nosso mérito, nos tocou”, acrescentou. Francisco destacou
a importância de assumir um momento de “sofrimento, escuridão, perplexidade”, imitando a atitude da
Virgem Maria, que “percorreu o caminho da Paixão, mantendo a lâmpada da fé acesa no seu coração”
NÚMERO de católicos continua a aumentar, com impulso da África Com informações agência Ecclesia. Os novos dados estatísticos sobre a Igreja Católica, divulgados em 26 de março passado pelo Vaticano, mostram que em 2019 o número de católicos aumentou 1,12% face ao ano anterior. O crescimento vem na sequência do que se tinha verificado entre 2013 e 2018, quinquénio em que se registou um aumento de 6% no número de católicos em todo o mundo: o número de batizados passou de 1,25 mil milhões para 1,33 mil milhões de pessoas. O total de batizados registado pelo ‘AnnuariumStatisticumEcclesiae’ chegava, em 2019,
a 1,34 mil milhões, um aumento de 16 milhões de pessoas face a 2018; a percentagem de católicos face ao total da população mundial mantém-se nos 17,7%. Os dados do Departamento Central de Estatística da Igreja são relativos ao número de católicos em todo o mundo, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, diáconos permanente e seminaristas. O Anuário Pontifício 2021 e o ‘AnnuariumStatisticumEcclesiae 2019’ procuram retratar a presença e da ação pastoral da Igreja Católica nas 3026 circunscrições eclesiásticas do planeta. Na África, registou-se um aumento de 3,4%
do número de católicos na África, situação que se verifica também nos continentes asiático e americano (1,3% e 0,84% respetivamente), bem como na Oceânia (1,1%); na Europa, constata-se uma “ligeira diminuição do número de católicos”, informa a Santa Sé. A América representa quase metade do total de católicos a nível mundial (48,1%) seguindose a Europa (21,2%) e a África (18,7%). O número de sacerdotes, quer diocesanos como religiosos, manteve-se estável nos 414 mil, com aumentos na África e Ásia (3,45% e 2,91%, respetivamente) e quebras na Europa e América (1,5% e 0,5%).
Já o total de diáconos permanentes aumentou 1,5% em 2019, face ao ano anterior, superando os 48 mil. A Santa Sé destaca a “clara diminuição” do número de religiosas, que em 2019 caiu
em 1,8% face a 2018, situando-se agora num total de 630 mil; o total de seminaristas também desceu, em 1,6%, registando-se 114 mil candidatos ao sacerdócio. O continente com
m a i o r n ú m e ro d e seminaristas foi a Ásia, com 33 821; seguem-se a África, com 32 721; a América, com 30 664; a Europa, com 15 888; e a Oceânia, com 964 seminaristas.
Vaticano oferece VACINAS a 1200 pessoas pobres, durante a Semana Santa Com informações agência Ecclesia. O Vaticano ofereceu vacinas contra a Covid19 a cerca de 1200 pessoas, “entre as mais frágeis e vulneráveis” de Roma, durante a Semana Santa. A informação foi repassada em 26 de março passado pela Esmolaria Apostólica
(Santa Sé), os serviços de caridade do Papa, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA. A iniciativa visa proteger pessoas que estão “mais expostas ao coronavírus”, procurando “concretizar os vários apelos do Papa Francisco, para que ninguém seja excluído
da campanha de vacinação anti Covid-19”. As doses da vacina da Pfizer, adquiridas pela Santa Sé, foram oferecidas pelo Hospital LazzaroSpallanzani, através da Comissão Covid-19 do Vaticano. A vacinação ocorreu no auditório Paulo VI, da mesma forma do que aconteceu em
janeiro, por profissionais de saúde que já prestaram assistência a mais de 1200 pessoas marginalizadas, de 96 países, com testes e tratamentos. O Vaticano pede a ajuda dos católicos de
todo o mundo, “para partilhar o milagre da caridade com os irmãos mais vulneráveis”, promovendo uma campanha de donativos para a conta de caridade do Papa Francisco, em www.
elemosineria.va. Em janeiro, quando começou a campanha de vacinação no Vaticano, 25 pessoas sem-abrigo foram vacinadas e recebidas por instituições de caridade locais.
A
o longo da via-sacra de todos os dias, encontramos os rostos de tantos irmãos e irmãs em dificuldade: não passemos além, deixemos que o coração se comova de compaixão e aproximemo-nos. (30 de março)
J
esus sobe à cruz para descer ao nosso sofrimento. Por nós, para tocar até ao fundo a nossa realidade humana. Para Se aproximar de nós e não nos deixar sozinhos no sofrimento e na morte. Para nos recuperar, para nos salvar. (30 de março)
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Igreja entra nestes dias na grande meditação da Paixão do Senhor. O Cristo sofredor está presente na pessoa pobre, excluída, doente, faminta, que carrega com Ele o mistério da Cruz. (29 de março)
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CADERNO DOIS
EM NAZARÉ
Programação da SEMANA SANTA na Basílica
TANTO na Basílica Santuário quanto nas comunidades da Paróquia de Nazaré haverá limite de fiéis
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pandemia ainda não acabou. Neste período de tamanha importância para os cristãos, se faz necessário vivenciar, mais uma vez, a Semana Santa de uma forma diferente. Sabendo da importância de permanecer em casa, os Padres Barnabitas planejaram a programação deste momento para que todos pudessem participar e vivenciá-lo em sua totalidade. O número de
fiéis será limitado a cada celebração, tanto na Basílica Santuário quanto nas comunidades da Paróquia de Nazaré. Isso não muda a importância e magnitude de tal momento para aqueles que optarem por ficar em casa. Os fiéis devem preparar-se espiritualmente. Com um novo pico da proliferação do coronavírus (covid-19), é necessário experienciar a Semana Santa
em profunda oração, buscando sempre a comunhão espiritual por meio das transmissões feitas pelas plataformas digitais oficiais do Santuário da Rainha da Amazônia: Facebook e YouTube (inscreva-se no canal do Youtube: www/youtube.com/ basilicadenazare). Confira a programação da Basílica Santuário de Nazaré e das comunidades da Paróquia de Nazaré:
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n BASÍLICA SANTUÁRIO número de fiéis será limitado
“Dom ELISEU Maria Coroli: o missionário feliz” Nesta edição, Padre Francisco Maria Cavalcante, relata acerca da experiência vivida por Dom Eliseu Maria Coroli durante a guerra ocorrida em 1920. Num cenário complexo, o sacerdote conta as nuances dos desafios enfrentados por um jovem missionário entre a miséria do mundo e os desafios de sua caminhada espiritual. RELIGIOSO SOLDADO Ao concluir os estudos na escola apostólica, foi ao noviciado em Monza, em agosto de 1916. Em 22 de novembro de 1917, faz sua profissão Perpétua, com 17 anos. Em 1918, período em que cursava o Liceu, em Lodi, teve que interromper os estudos, pois foi convocado para servir como soldado na guerra. Eram tempos complexos e o jovem religioso teve que ser arrancando no seio do convento para servir no 23º Regimento de Infantaria. Foi transferido em janeiro de 1920 a Navaro, para ser escrivão da Primeira Companhia de Sanidade. Alguns testemunhos de Eliseu desse período: “Devo agradecer ao Senhor e à Nossa boa
Mãe Santíssima que sempre me protegeram com grande amor e não permitiram que a minha fraqueza fosse, gravemente, tentada”. Em meio à correria do quartel, às vezes, distante de uma igreja, a dificuldade de participar das missas, confes-
n DOM Eliseu Maria Coroli
sar, realizar suas práticas de piedade, eram fardos que o jovem religioso enfrentava com muito pesar. Mas Deus sempre manda anjos que nos ajudam a encontrar a luz onde há abundante escuridão: “Tive Superiores bons e condescendentes;
ocasião para cumprir as minhas práticas de piedade”. “Finalmente, em 5 de dezembro, o Senhor e Maria Santíssima concederam-me a nova graça de entrar como escrivão, neste hospital e onde posso ter conforto de rezar”.
IGREJA
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"A presença de CRISTO Ressuscitado nos ilumine”
DIVULGAÇÃO
CNBB divulgou mensagem esta semana
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Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, na quinta-feira, 25 de março, dia da Anunciação do Senhor, uma mensagem de Páscoa. Após a reunião do Conselho Permanente, reunido virtualmente nos dias 24 e 25 de março, os bispos motivam a vivência da Semana Santa com os cuidados com a vida e desejam que “Cristo Ressuscitado, bálsamo da vitória da vida sobre a morte, seja perseverança em nosso caminhar”. CONFIRA O TEXTO NA ÍNTEGRA ABAIXO
“E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS “ (JO 1,14) Hoje, nosso caminho quaresmal é iluminado pela festa da Anunciação do Senhor, a encarnação do Verbo, início de nossa salvação. Nesta oportunidade, ao concluir a reunião do Conselho Permanente da CNBB, congregando os bispos da Presidência, presidentes e representantes de Conselhos Episcopais Regionais, presidentes de Organismos do Povo de Deus e assessores, compartilhamos nossa mensagem Pascal. Vamos vivenciar a Semana Santa, seguindo os passos de nosso Mestre e Salvador, atentos aos limites das circunstâncias locais, impostos pela pandemia da COVID-19, cuidando da vida de cada irmão e irmã, dom inviolável, como Igreja que celebra, anuncia, ora em família, acolhe e consola. Inspire-nos a palavra do apóstolo Paulo: “Nosso cordeiro pascal, Cristo, foi imolado. Assim, celebremos a festa, não com o velho fermento nem com o fermento da maldade ou da iniquidade, mas com os pães ázimos da sinceridade e da verdade” (1Cor 5, 7b-8). A presença amorosa de Cristo Ressuscitado nos ilumine e, em diálogo e solidariedade, possamos contribuir para que o conjunto da sociedade civil, cuidando especialmente dos pobres, enfermos e vulneráveis, vença a pandemia, na esperança de um tempo novo ao sabor do Evangelho. Cristo Ressuscitado, bálsamo da vitória da vida sobre a morte, seja per-
severança em nosso caminhar, especial sustento para os profissionais e servidores da saúde, consolação para os enlutados e feridos no coração. Feliz e Santa Páscoa! Brasília, 25 de março de 2021 WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO
Arcebispo de Belo Horizonte, MG Presidente JAIME SPENGLER
Arcebispo de Porto Alegre, RS 1º Vice-Presidente MÁRIO ANTÔNIO DA SILVA
Bispo de Roraima, RR 2º Vice-Presidente
JOEL PORTELLA AMADO
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ Secretário-Geral
Comissão lança “SELO” comemorativo pelos 50 anos do Mês da Bíblia Por ocasião dos 50 anos do Mês da Bíblia, a ser celebrado no mês de setembro, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou um selo especial para a comemoração. Segundo o padre Jânison de Sá, assessor da Comissão, a ideia da logo é torná-la conhecida por todas as comunidades do Brasil, por ocasião da celebração do jubileu de ouro. “Desejamos motivar também as regionais e dioceses a utilizarem a nosso logo colocando seus nomes”, encoraja padre Jânison. Para esse jubileu do “Mês da Bíblia”, em 2021, o tema escolhido é a Carta de São Paulo aos Gálatas e o lema é “todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d), extraído do “hino batismal”, descrito em Gl 3,26-28, quando Paulo afirma que todos são filhos e filhas de Deus. Esse tema e o lema do “Mês da Bíblia 2021” estão em sintonia com o evangelho do Domingo da Palavra de Deus, que é extraído de Mc 1,1420, quando Jesus inicia a sua missão, após a prisão de João Batista. Segundo o padre Jânison, celebrar o jubileu de ouro do mês da Bíblia é muito importante para fortalecer a animação bíblica, o estudo, a reflexão e a oração a partir da Bíblia em toda a Igreja no Brasil. “Comemoramos essa caminhada tão bonita na Igreja no Brasil, nas comunidades e paróquias celebrando
o mês da Bíblia em setembro, com um livro estudado a cada ano, e ao mesmo tempo, neste ano celebrativo/formativo, apontamos novos caminhos passando de uma pastoral bíblica para a animação bíblica de toda a pastoral. Todas as pastorais e movimentos são motivadas a assumir a animação bíblica”, afirma o padre Jânison. Para a irmã Izabel Patuzzo, também assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, este é um jubileu que deixou marcas na vida de tantas comunidades que se reúnem ao redor da Palavra de Deus para dela se alimentar. “A organização dos círculos bíblicos são encontros fecundos de grupos, comunidades e pastorais que partilham a Palavra de Deus e a colocam como alma de toda ação evangelizadora. Esta leitura comunitária da Bíblia tem como objetivo que a Palavra de Deus seja fonte de vida e esperança para todos os povos. Com metodologias simples e profundas ao mesmo tempo, ajudam o povo de Deus a descobrir nas Escrituras, o valor sagrado da dignidade humana e o convite ao discipulado missionário de Jesus em nossos dias”, diz. “Nas pequenas comunidades missionárias, a mensagem Evangelho é atualizada e se propõe a ser fermento em todas as dimensões da vida e das relações econômicas, sociais, culturais, políticas, religiosas e ecológicas. Nestes 50 anos a Palavra
de Deus, tem sido conhecida, meditada, iluminado e transformado tantas realidades”, diz a irmã. Para ela, o Mês da Bíblia muito tem ajudado os discípulos e discípulas de
Jesus a abeirar-se de sua Palavra. “Queremos que esta celebração chegue nos regionais, dioceses, paróquias, comunidades, pastorais e movimentos. Que a celebração do jubileu de
MÊS DA BÍBLIA A Igreja no Brasil instituiu o Mês da Bíblia a partir da urgência de anunciar a Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que renova e impulsiona à missão. À luz do Concílio Vaticano II, o Mês da Bíblia foi criado para mobilizar o aprofundamento e a vivência da palavra, através de um itinerário com a Palavra com um tema específico para cada ano.
COMO SURGIU O MÊS DA BÍBLIA? O Mês da Bíblia surgiu em 1971, na Arquidiocese de Belo Horizonte, por ocasião da celebração do seu cinquentenário. As Irmãs Paulinas, através do Serviço de Animação Bíblica (SAB) deram o primeiro impulso, e posteriormente a CNBB assumiu-o como uma proposta nacional.
ouro do mês da Bíblia seja uma oportunidade para dinamizar a animação bíblica de toda pastoral, pois o encontro com o Jesus na Eucaristia e na Palavra alimentam a espiritualidade cristã no dia a dia da vida”, enfatiza irmã Izabel. Entre seus objetivos estão o de contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação e facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.
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ARQUIDIOCESE
PÓS LOCKDOWN: orientação da Arquidiocese PARÓQUIAS: 50% da capacidade de lotação, distanciamento social, uso de máscaras e álcool gel
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Arquidiocese de Belém atualizou as orientações para os fiéis sobre os cuidados a serem tomados após pronunciamento do Governo do Estado e prefeituras da região metropolitana, ocorrido dia 27 de março, suspendendo o lockdown a partir das 21h de segundafeira, 29 de março. A Arquidiocese de Belém reforça o compromisso na prevenção do coronavírus (covid-19), respeitando e propagando todas as orientações proferidas pelos órgãos competentes para os cuidados com saúde, sempre prezando pela espiritualidade do povo de Deus. O território da Arquidiocese de Belém engloba os municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Barbara, os quais retornaram
para o bandeiramento vermelho, com diversas restrições. Assim, a Arquidiocese retoma as orientações proferidas no dia 4 de março, após reunião do Conselho Episcopal, que tratou de ações nas igrejas perante a situação, orientando todo o território arquidiocesano a realizar as celebrações, sempre obedecendo as recomendações sanitárias como prevenção ao coronavírus. “Reforçamos que as recomendações seguem em conformidade com o determinado pelas autoridades competentes que primam pela saúde da sociedade, bem como as publicações anteriores da própria Arquidiocese. Dentre as principais orientações, destacamos a limitação de 50% da capacidade de lotação das paróquias nas celebrações, o distanciamento
RECOMENDAÇÕES AOS FIÉIS As celebrações litúrgicas só poderão ser realizadas obedecendo todas as exigências dos órgãos de saúde e sanitários, bem como as demais orientações da Arquidiocese: 1. Seja respeitado o limite máximo de pessoas estabelecido pelos decretos das autoridades municipais; onde houver regulamentações próprias, se dialogue com as autoridades competentes; 2. Sejam oferecidas, na medida do possível, o maior número de celebrações, multiplicando os horários das Missas; 3. As igrejas devem disponibilizar para os fiéis o álcool gel ou álcool líquido 70% ou outro produto desinfetante (água e sabão), para uso obrigatório dos fiéis que adentrarem e ao saírem do templo; 4. Sempre que possível, deve-se disponibilizar inscrições e agendamentos para a participação nas celebrações mediante as secretarias paroquiais, preferencialmente pelo telefone, ou se possível pelo e-mail, ou ainda conforme a decisão do pároco; 5. Seja feita aferição da temperatura corporal, com termômetro eletrônico à distância, dos fiéis. Se detectada temperatura superior a 37°C, a entrada da pessoa não será autorizada, sendo orientada a procurar uma unidade de saúde para atendimento
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n CAPACIDADE de lotação nas igrejas: celebrações somente com 50% da capacidade
social, o uso permanente de máscaras e disponibilização de álcool gel”, afirma o comunicado arquidiocesano. Novamente, enfatiza-se que idosos e pessoas que fazem parte do grupo de risco
devem acompanhar as celebrações litúrgicas de suas casas, através dos meios de comunicação da Arquidiocese de Belém (TV Nazaré - canal 30.1 e Rádio Nazaré - 91,3), que mantém pro-
médico; 6. Na igreja e demais dependências da paróquia/comunidade, é obrigatório o uso de máscara, que só devem ser retiradas no momento da Sagrada Comunhão; 7. Sempre que possível, manter todos os ambientes com portas e janelas abertas, para que o ambiente esteja arejado; 8. Os bancos e cadeiras devem ser marcados para manter o distanciamento social; 9. A igreja deve ser higienizada entre as celebrações. Os ambientes e bancos devem ser desinfetados, com material de limpeza adequado; 10. A Eucaristia deve ser recebida pelos fiéis nas mãos, continuando a suspensão de entrega da comunhão na boca e sob as duas espécies. E estes devem comungar em frente do sacerdote ou ministro; 11. As igrejas podem estar abertas durante o dia para visitas individuais de oração ou adoração ao Santíssimo Sacramento, desde que se observem os requisitos determinados pelas autoridades de saúde; 12. Recomenda-se que todos os que pertencem ao grupo de risco, idosos, hipertensos, diabéticos e gestantes, bem como crianças abaixo de 12 anos,
gramação diária com Missa ao vivo, de segunda a sexta-feira, às 7h, 12h e 18h, e aos sábados e domingos às 8h, 12h e 18h, bem como transmissões diárias pelas redes sociais das paróquias.
que permaneçam em casa e acompanhem as celebrações pelos meios de comunicações. 13. Para a celebração do Sacramento da Reconciliação, faz-se necessário ter os devidos cuidados com a proximidade do confessor e do penitente, preferencialmente, as confissões sejam em lugares abertos. Durante este período, ficam as paróquias autorizadas a usar a terceira forma do Sacramento da Penitência, que comporta absolvição geral, sempre observando as normas constantes do Ritual do Sacramento da Reconciliação. 14. Sempre que possível, deve-se disponibilizar inscrições e agendamentos para a participação nas celebrações mediante as secretarias paroquiais, preferencialmente pelo telefone, ou se possível pelo e-mail, ou ainda conforme a decisão do pároco. 15. Todas as atividades programadas nas paróquias podem ser revistas, contando com o bom senso dos nossos sacerdotes e seus respectivos conselhos. Caso seja necessário e possível, sejam adiadas aquelas que possam ser realizadas posteriormente; 16. Incentivamos as práticas de piedade em família, como a recitação do Terço, Novenas, Via-sacra, Leitura Orante da Palavra de Deus.
Sacerdotes são tema de novo LIVRO de Dom Alberto
n LANÇAMENTO do livro realizado dia 30
O livro “Sacerdotes seguindo Cristo no caminho das bem-aventuranças” é a mais nova obra de autoria de Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, lançada na manhã de terça-feira, 30 de março, no Colégio do Carmo. A pregação realizada por Dom Alberto na 40ª edição do Retiro Nacional de Seminaristas (RENASEM) organizado pelo Ministério para Seminaristas da Reno-
vação Carismática Católica (RCC) do Brasil, a qual aconteceu de 6 a 10 de janeiro de 2020, na Casa São Francisco de Sales na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) é o conteúdo do livro. O RENASEM reuniu centenas de padres, diáconos e seminaristas e a temática explanada no encontro motivou a Comunidade “Sementes do Verbo” a incentivar Dom Alberto a publicá-la, resultando no
livro em que o Arcebispo e assessor eclesiástico da RCC Brasil, partilha com o leitor As Bem-Aventuranças (Mt 5,1-12). “A primeira atitude que Deus quer de um seminarista e um sacerdote é a pobreza interior, uma entrega total de sua vida a Ele. As Bem-Aventuranças nos ajudam neste caminho, sobretudo, as da pobreza e da misericórdia, pois o discípulo-missionário deve esvaziar-se de tudo a fim de ganhar o tudo, o Reino dos Céus. Portanto, não saia de casa para
ser expectador na Igreja ou no mundo, saia para ser participante, aí você verá a Deus”, partilhou o autor, na época do retiro no Rio de Janeiro. O lançamento do livro ocorreu durante o retiro de Páscoa para o clero da Arquidiocese de Belém, realizado atualmente no Colégio do Carmo, espaço administrado pela Comunidade Sementes do Verbo”. E o livro de Dom Alberto é o primeiro editado pela editora “Sementes do Verbo’, que já planeja editar outras obras a partir desta obra.
n MOTIVAÇÃO RENASCEN realizado no RJ
SERVIÇO O livro “Sacerdotes seguindo Cristo” pode ser adquirido no Colégio do Carmo, na Fundação Nazaré de Comunicação e algumas livrarias católicas. O valor arrecadado será repassado às obras da Casa de Retiro da Comunidade Sementes do Verbo, instalada no Colégio do Carmo, e também à Fundação Nazaré de Comunicação.