Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CV - Nº 922 - PREÇO AVULSO: R$1,00

www.fundacaonazare.com.br

BELÉM, DE 3 A 9 DE ABRIL DE 2020

Igreja inicia a SEMANA Santa Acontecimento máximo da Igreja Católica, a Semana Santa começa no Domingo de Ramos, dia 5. Afetados pela pandemia do corona vírus, fiéis vivenciarão celebrações com ritos litúrgicos alterados. Arquidiocese de Belém adapta-se também. NESTA EDIÇÃO. LUIZ ESTUMANO

n CATEDRAL DE BELÉM concentrará boa parte da programação. Fiéis acompanham celebrações pascais ao vivo pela TV Nazaré, canal 30

Pandemia e FRATERNIDADE Missa pela Família Igreja pede ao povo de Deus em to- pandemia pela COVID-19. NAZARÉ do o mundo que una-se pelo combate à CADERNO 2, PÁGINA 6.

DIVULGAÇÃO

Em razão da pandemia, rá pela TV Nazaré, ao vivo. CAD. 1, PÁG. 6. Missa pelos benfeitores se-

LUIZ ESTUMANO

n CÔN. SEBASTIÃO Missa pelos benfeitores

Adiado o CEN 2020

n TRAJETÓRIA acelerada da pandemia pelo mundo exige a fratenidade universal

Congresso Eucarístico Nacional na Arquidiocese de Recife foi transferido para 2021. Adiamento do evento ocorre por causa da pandemia mundial pelo corona vírus. CADERNO 2, PÁGINA 2


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OPINIÃO

BELÉM, DE 3 A 9 DE ABRIL DE 2020

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enho recebido, pelas redes sociais, mensagens de todo tipo, falando sobre uma Semana Santa “diferente”. Ospróximos dias serão, no máximo, atípicos, mas nada haverá de diferente nas sagradas celebrações, a não ser a ausência de pessoas nas igrejas e o adiamento das procissões. De fato, isso modifica todo um cenário, mas a celebração da Paixão do Senhor não é um cenário. O cenário somos nós, pobres seres humanos, pelos quais Ele morreu. A essência, o espírito, desta

JOÃO CARLOS PEREIRA Jornalista e professor (jcparis1959@gmail.com)

PRIVILÉGIO DE SER CATÓLICO

Semana Santa mais perto do Senhor Semana especial não sofreram nenhuma alteração. Graças às redes sociais e à Fundação Nazaré de Comunicação poderemos assistir, com extrema segurança, a todos os rituais deste momento estranho que estamos vivendo. Quem sabe, no isolamento a que

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Ordem é o Sacramento pelo qual Deus escolhe, consagra e envia um homem para representá-lo visivelmente na terra e exercer as funções de celebrar, perdoar, ensinar e pregar a sua Palavra. Preocupado com sua saída deste mundo, Jesus chamou homens para continuarem o seu trabalho de servir e animar o povo. Jesus chamou discípulos e lhes disse: “Ide em toda parte anunciar o meu Evangelho. Eu estarei convosco todos os dias até o fim do mundo. O que vós ligardes na terra será ligado nos céu e o que vós desligardes na terra será desligado no céu”. Ligar e desligar significa ter

fomos confinados, consigamos compreender melhor a solidão de Jesus, quando orou sozinho, até suar sangue. E depois, ao ser abandonado por seus amigos, sofrer todo tipo de humilhação, até morrer, sozinho, também, na cruz, ao lado de dois malfeitores.

Claro que Deus, o Pai, sempre esteve com Ele, mas os olhos humanos viram apenas um homem que se despedia da vida, solitariamente, entre meio-dia e três da tarde, para retornar, triunfante e avisar ao mundo que a morte este estava dominada.

Mesmo distantes dos altares e da Eucaristia, não estaremos impedidos de nos aproximar ainda mais dos mistérios da redenção e da história da salvação. Basta que paremos de verdade nossas atividades, nos concentremos e participemos, com o coração, daqui-

PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)

CURSILHO DE CRISTANDADE

O sacramento da Ordem toda a autoridade para dirigir a comunidade cristã em nome do próprio Jesus. Jesus lhes disse ainda: “Eu estarei convosco. Tudo o que os homens vos fizerem, a mim o terão feito. Quem vos ouve, a mim ouve e quem vos despreza a mim despreza” – Lc 10,16. Com essas palavras Jesus se iden-

tificou com seus sacerdotes. O sacerdote não é um anjo e nem um super-homem. Ele é um homem normal, com qualidades e limitações, com virtudes e falhas, mas amado, escolhido e consagrado pelo Deus invisível para ser o seu representante visível na terra. Jesus Cristo ressuscitado é in-

visível. Por isso, o sacerdote o representa visivelmente na forma humana como era Jesus antes. Bispos, Cardeais e Papa são sacerdotes que ocupam cargos especiais na Igreja, não para impor, mas para servir. Os diáconos também recebem o Sacramento da Ordem para servir.

lo que é mostrado na TV. Com a Santa Missa, essa prática funcionou bem, inclusive a comunhão espiritual é uma grande bênção. Essa hora incomum não será suficientemente forte para manter o cristão apartado das verdades da semana sagrada e participar ativamente, de casa, de tudo que nos aproxima de Cristo e de sua igreja. Que a pandemia seja, para além da dor, motivo de dar graças a Deus pelas grandes lições que não param de chegar.

Ser diácono não é uma honra pessoal, mas é um serviço para o bem do Corpo de Cristo que é a Igreja. Um dia, a grande mística e doutora da Igreja Santa Tereza de Ávila disse: “Se pelo caminho eu encontrar um anjo e um sacerdote, saudaria primeiro o padre e depois o anjo, porque o sacerdote representa visivelmente o próprio Jesus Cristo”. Nenhum padre é perfeito como Jesus, mas o representa. Amigo, ajuda teus sacerdotes e reza por eles para que possam cumprir bem a sua missão de representar Cristo visivelmente. Cada um de nós é responsável pelos seus padres.

BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)

HUMANUS

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empos difíceis e desafiadores nos pedem, na verdade nos exigem que nos reinventemos. Somos humanos e, por essência, somos seres de contato, de relacionamento, mas, agora, necessitamos, por sobrevivência, nos afastar... A imensa maioria de nós não está isolada, mas sim distanciada socialmente, o que nos leva a aprender ou reaprender comportamentos e a

O que estamos aprendendo? lidar com novos sentimentos e emoções. Realmente não está sendo fácil, mas há uma certeza: vai passar! Esses dias, ouvi o depoimento de filho e mãe que, recolhidos em casa, estavam conversando mais e descobriram que estavam gostando! Quantas novas relações familiares têm sido es-

tabelecidas em consequência da proximidade... quantas redes cobertas... quanta criatividade desabrochada. Se buscarmos observar tudo o que estamos vivendo com a “lupa do positivo” certamente teremos reforçada a certeza na nossa capacidade de renovação e de nos esperançar,

diante de uma explosão de empatia e solidariedade! Há vizinhos que se olham e trocam gentilezas; há profissionais ofertando serviços gratuitos (show’s em sacadas, música e cantos de apoio e coragem...), tantas e tantas e tantas pessoas se entregando em prol do outro... Um tempo em

que, mesmo sem abraços, nos tem levado a verdadeiras conexões! Estamos em meio a uma grande crise, mas em toda crise temos três situações: um tempo para acabar, novas oportunidades e ensinamentos para a vida. Sem crise, estagnação. Com crise, mudanças! É fato, nós não somos mais os mesmos... Mas vejo muitos sendo melhores do que eram!

CHIARA LUBICH PALAVRA DE VIDA “Bem-aventurados os que não viram, e creram!” (Jo 20,29)

O Evangelho de João descreve os encontros que os apóstolos, Maria Madalena e outros discípulos tiveram com Jesus Ressuscitado. Ele se apresenta várias vezes, com as marcas da crucifixão, afim de abrir de novo seus corações para a alegria e a esperança. Em uma dessas ocasiões, o apóstolo Tomé está ausente. Os outros, que tinham se encontrado como Senhor, lhe contam essa maravilhosa experiência, querendo de certo transmitir-lhe a mesma alegria. Mas Tomé não consegue aceitar esse testemunho indireto; quer mesmo ver e tocar Jesus pessoalmente. Isso acontece alguns dias depois: Jesus se apresenta novamente a um grupo de discípulos, entre os quais finalmente tam-

bém se encontra Tomé. Porfim, este proclama a sua fé, declara pertencer totalmente ao Ressuscitado: “Meu Senhor e meu Deus!”. E Jesus lhe responde:

palavra e do testemunho de outros que todos nós encontramos Jesus, o Evangelho, a fé cristã, e acreditamos. Por isso “somos bem-aventurados”.

“Bem-aventurados os que não viram, e creram!”

“Bem-aventurados os que não viram, e creram!”

Esse Evangelho foi escrito depois que as testemunhas oculares da vida, morte e ressurreição de Jesus já tinham falecido. Para que a mensagem evangélica fosse confiada às gerações seguintes, era inevitável que a sua transmissão se fundasse no testemunho daqueles que, por sua vez, tinham recebido o anúncio. Começa aqui o tempo da Igreja, povo de Deus que continua anunciando a mensagem de Jesus, transmitindo fielmente a Sua palavra e vivendo-a com coerência. Também foi por meio da

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

Essa Palavra de Vida nos estimula a sermos criativos e generosos, a tomarmos a iniciativa em favor de quem quer que seja, a lançarmos pontes, inclusive em direção a quem não é nosso amigo, tal como o próprio Jesus disse e fez. Isso exige de nós a capacidade de sairmos da nossa zona de conforto, para darmos, assim, com credibilidade, um testemunho da nossa fé. “Bem-aventurados os que não viram, e creram!”

Para vivermos essa Palavra,

DIRETOR GERAL Padre Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira

lembremo-nos deste convite de Chiara Lubich: Ele quer imprimir em você e em todos os homens que não conviveram com Ele a convicção de que possuem a mesma realidade dos Apóstolos. Jesus quer lhe dizer que você não se encontra em desvantagem com relação àqueles que o viram. De fato, você tem a fé, que é, por assim dizer, o novo modo de “ver” Jesus. Pela fé você pode encontrar-se com Ele, compreendê-lo profundamente, encontrá-lo no mais íntimo do seu coração. Pela fé você pode descobri-lo entre dois ou mais irmãos unidos no Seu nome, ou na Igreja que lhe dá continuidade.(...) Essas palavras de Jesus constituem ainda, para você, uma pelo no sentido de reavivar a sua fé, de não esperar apoios ou determinados sinais para progredir na sua vida

espiritual, de não duvidar da presença de Cristo na sua vida e na história, mesmo quando Ele pode lhe parecer distante.(...) Ele quer que você acredite no Seu amor, ainda que você se encontre em situações difíceis, ou se sinta oprimido por circunstâncias absurdas. 1Anne é uma moça australiana que nasceu com uma grave limitação física. Ela nos conta: Durante a adolescência eu me perguntava porque eu não tinha morrido logo, tanto era grande o peso dessa minha deficiência. Meus pais, que vivem a Palavra de Vida, sempre me davam a mesma resposta: “Anne, Deus a ama imensamente e tem um plano especial para você”. Diante das minhas limitações físicas,ajudaram-me a não permitir que as dificuldades me paralisassem, mas ensi-

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Sérgio Santos (DRT/PA 579) Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

naram-me a “tomar a iniciativa de amar” os outros, como Deus fez conosco. Vi que muitas situações ao meu redor mudaram e que muitas pessoas, por sua vez, se mostraram mais abertas com relação não só a mim, mas também aos outros. Recebi de meu pai uma mensagem pessoal, a ser aberta só após a sua morte, na qual estava escrita apenas uma frase: “A minha noite não conhece escuridão”. É essa a minha experiência do dia a dia: toda vez que me decido a amar e a servir quem está ao meu lado, não encontro mais trevas e consigo experimentar o amor que Deus tem para comigo. LETIZIA MAGRI

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LUBICH, Chiara, Acreditar sem ver. Palavra de Vida, Abril de 1980.

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

BELÉM, DE 3 A 9 DE ABRIL DE 2020

DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

CONVERSA COM MEU POVO

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urante o ano inteiro a Igreja celebra a Páscoa do Senhor! Missa é memorial permanente, em toda parte, do nascer ao pôr do sol, da Morte e Ressurreição do Senhor. Domingo, dia do Senhor - e não dos senhores! – é Páscoa semanal, o dia daquele que é a Luz do Mundo. A data da Páscoa, estabelecida a partir do dia da Ressurreição do Senhor, celebrada como a festa maior da vida da Igreja, não pode ser mudada, pois é a festa das festas! Sua preparação é feita com uma Quarentena, Quaresma de Oração, Penitência e exercício da Caridade. O Tríduo Pascal, Páscoa da Ceia, Páscoa da Cruz Redentora e Páscoa da Ressurreição, é o coração de toda a vida litúrgica da Igreja, fonte inesgotável de santidade e vida na graça para todos os cristãos! Na Páscoa

Como nos é doloroso celebrar a Páscoa com os limites determinados pelas autoridades sanitárias o verdadeiro Cordeiro Pascal, aquele que pode abrir o livro da vida (Cf. Ap 5,1-14), se imola e se dá para a vida plena da humanidade. Nele, todos os nossos segredos mais íntimos são revelados e nos é dada a chave de compreensão de tudo o que vivemos e de toda a história humana. Após o Tríduo Pascal, a Páscoa se prolonga por cinquenta dias, até o Pentecostes, quando o fruto da Ressurreição de Cristo, o Dom do Espírito, infundido sobre os fiéis, é derramado em abundância! Entende-se assim como nos é doloroso celebrar a Páscoa com os limites determinados pelas autoridades sanitárias, como acontece, de forma inusitada, para toda a Igreja. No

Uma SEMANA SANTA diferente DIVULGAÇÃO

nDOMINGO DE RAMOS quando se abre a Semana Santa

entanto, justamente no mistério da dor, vemos o Cordeiro Imolado abrindo-nos a compreensão de tudo isso. Podemos logo recordar que a Páscoa dos hebreus era celebrada nas casas.“O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: ‘Este mês será para vós o começo dos meses, será o primeiro mês do ano. Falai assim a toda a comunidade de Israel: No dia dez deste mês, cada um tome um animal por família – um animal para cada casa. Se a gente da casa for pouca para comer um animal, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Devereis guardá-lo até o dia catorze deste mês, quando, ao cair da tarde, toda a comunidade de Israel reunida o imolará. Tomarão um pouco do sangue e untarão as ombreiras da porta das casas onde comerem. Deverão comer a carne assada ao fogo, com pães sem fermento e ervas amargas, com os cintos na cintura, os pés calçados, o cajado na mão; e comereis às pressas, pois é a Páscoa (isto é, Passagem) do Senhor. Nessa noi-

te eu passarei pela terra do Egito e matarei todos os primogênitos no país, tanto das pessoas como dos animais. Farei justiça contra todos os deuses do Egito. O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora quando eu ferir a terra do Egito. Este dia será para vós um memorial em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua’” (Cf. Ex 12,1-14). “Quando vossos filhos vos perguntarem: ‘Que significa este rito?’, respondereis: ‘É o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou ao lado das casas dos israelitas no Egito, quando feriu os egípcios e salvou as nossas casas’” (Ex 12,26-27). E foi numa casa, que chamamos “Cenáculo”, que Jesus reuniu seus discípulos para a Ceia Pascal judaica e ali antecipou a sua própria Páscoa, na instituição da Eucaristia. Ali deu de presente seu Mandamento novo. Ali lavou os pés de seus discípulos, para que todos encontremos nosso modo de

fazer o lava-pés. No mesmo lugar, os discípulos se reuniram em oração, com Maria, a Mãe de Jesus, preparando a efusão do Espírito Santo.Após o Pentecostes, foi nas casas que as primeiras Comunidades se reuniam, perseverando na doutrina dos Apóstolos, na Comunhão dos bens, na oração e na Fração do Pão, o primeiro nome da celebração Eucarística. Podemos dar um salto no tempo para acolher a Páscoa nas casas, à qual a Igreja nos convida, diante de fatos dolorosos que exigem nossa vigilância, a prudência e a prática da caridade. Os pais e mães de família são convidados a reunir, na intimidade e no recolhimento dos lares, sem muita gente, apenas o pequeno núcleo da casa, para rezar juntos, ouvir a Palavra de Deus, partilhar a refeição fraterna. Para estarem todos unidos à Igreja que vive a sua Páscoa, mesmo com os membros dispersos, temos o serviço da transmissão das celebrações da Semana Santa pelos Meios de Comunicação da Fundação Nazaré de

Comunicação, Rádio, TV, Portal de Internet, assim como grande quantidade de Paróquias que transmitirão as celebrações atrás das mídias sociais. Para o Domingo de Ramos, quando se abre a Semana Santa, nasceu entre nós uma proposta, que providencialmente se une ao que a CNBB sugeriu ao Brasil inteiro, de as famílias colocarem ramos em lugar de honra em suas casas. Muitas famílias poderão afixálos em janelas, portas de apartamentos, portões, ou outras formas de manifestação do que gostaríamos todos de fazer, com a costumeira procissão de Ramos, que não acontecerá neste ano. Nas Missas transmitidas pela TV Nazaré, assim como nas Missas de nossas Paróquias, transmitidas pelas Redes Sociais, haverá a bênção dos Ramos, após a leitura do Evangelho que narra a entrada de Jesus em Jerusalém, logo no início da Missa, no lugar do Ato Penitencial. Nenhuma casa fique sem a acolhida jubilosa de Jesus, portador de salvação, vida, saúde e liberdade: “Bendito o que vem em

nome do Senhor!” Temos um bonito costume de celebrar a Sexta-feira Santa com muita dignidade. Um dos pontos altos, segundo tradição secular, é o Sermão das Sete Palavras nas três horas da Agonia, realizado cada ano na Capela do Colégio Santo Antônio. O Sermão será pregado pelo Cônego Vladian Silva Alves, apenas com a presença do Coral. Nosso sinal de televisão da TV Nazaré será disponibilizado para os outros meios de comunicação, e todos são convidados a acompanhá-lo em suas casas. Todas as outras celebrações da Semana Santa serão transmitidas pelos nossos Meios de Comunicação. Na Noite de Páscoa, cada família providencie uma vela para cada um de seus membros, a fim de participar da renovação dos compromissos batismais. Da parte do Arcebispo, fica o convite a que todos possam fazê-lo acompanhando a Vigília Pascal da Catedral. Nossa Semana Santa será diferente, celebrada em nossas casas, mas será igualmente santa e bem vivida!

De forma inusitada, para toda a Igreja

A data da Páscoa, estabelecida a partir do dia da Ressurreição do Senhor, celebrada como a festa maior da vida da Igreja


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IGREJA

BELÉM, DE 3 A 9 DE ABRIL DE 2020

Um paulista PARAENSE (IV)

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ão se pode falar de Líbero Luxardo sem abordar seus quatro filmes de longa-metragem – pela ordem: “Um dia qualquer”, em 1962, matéria da edição passada aqui de “Miscelânea”; depois, em 1964, “Marajó: barreira do mar”; em 1969, “Um diamante e cinco balas”; enfim, em 1974, seis anos antes de ele partir deste mundo, “Brutos inocentes” - todos eles rodados aqui no Pará. Tive a honra e a alegria de atuar nos quatro.

A vida, seu dotô, semonóis mermo que andemo sobre a quar”. Ó que belo conceito de vida Em “Um dia qualquer”, sobre o qual escrevi na semana passada, interpretei um pai de santo em quem, à meia-noite, baixa o tranca-rua, segundo o Novo Dicionário da Gíria Brasileira de Manuel Viotti, Livraria Tupã Editora, “espírito que paira nas encruzilhadas ou esquinas.” A cena em que o interpretei foi filmada na Pedreira, tarde da noite, no terreiro de Raimundo Silva, já falecido, que também aparece no filme. Saí todo chamuscado no peito pelas velas,

DIVULGAÇÃO

umas quantas, que me enchiam ambas as mãos e que eu, dançando aos rodopios, fazia passear por ele, isto é, pelo meu peito, de cima a baixo e de um lado a outro. Noites e noites, o Líbero ia pessoalmente me apanhar, em seu carro, na SAI, Sociedade Artística Internacional, hoje sede da Academia Paraense de Letras, contígua ao Paes de Carvalho, onde aconteciam os ensaios da Escola de Teatro. Às vezes, quando o Líbero chegava, o ensaio ainda não tinha acabado e ele pacientemente esperava o final e lá ia eu ao tal terreiro, para ensaiar minha cena. Modéstia à parte, eu encarnava tão bem o seu tranca que as mães-de-santo juravam que eu estava mesmo, como se costuma dizer, atuado. Atuado nada. Puro teatro. Tendo, na edição pas-

n CENAS “Marajó: barreira do mar”, filme foi todo rodado na Fazenda Livramento

sada, como já o disse acima, escrito sobre “Um dia qualquer”, nesta de agora atenho-me ao segundo, “Marajó: barreira do mar”, cujas filmagens começaram, salvo engano, no dia 12 de junho de 1967. O filme foi todo rodado na Fazenda Livramento, de propriedade da família Martins, cuja residência, em Belém, era contígua ao Cinema Olympia e hoje não mais existe, engolida que foi por uma parte das lojas Americanas. Ficamos todos – o Líbero, o elenco e a equipe técnica – hospedados num casarão de madeira. A título de curiosidade: fiz amizade com o homem que a fizera e que respeitosamente me chamava de “seu dotô”. Numa de nossas conversas ele me disse: - Essa casa aí, seu dotô, fui eu mermo que

fiz com estas mãos que a terra um dia há de comer. Só que adispois que a acabei, nunca mais cheguei a entrar nela. Mas meu consolo é que adonde o hominum vai seu grito chega. Essa sua afirmação calou tão forte em mim que a coloquei, literalmente, na boca do narrador de meu conto “Ilha dos quinze”, relato de um acontecido lá e que o dito senhor me contou. O relato, sinteticamente: um caboclo, empregado da fazenda, fugiu de lá com uma cabocla, por quem apaixonado e, não tendo, ou não sabendo, para onde ir, escondeuse quinze dias num girau feito por ele, no alto de uma árvore, situada numa ilha, nome dado pelo povo de lá às partes que, por serem muito elevadas, ficam secas nos dias de enchente. Outra grande frase

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

do tal caboclo: “A vida, seu dotô, semonóis mermo que andemo sobre a quar”. Ó que belo conceito de vida! Um filósofo, o homem, embora analfabeto de pai e mãe. No elenco, mesclados, nós do Pará, - Lenira Guimarães, Eduardo Abdelnor, um belo rapaz de origem libanesa, já falecido, Zélia Porpino, Raimundo Silva e os componentes de seu terreiro – e de fora: Maria Gracinda, aparentada com o Líbero, e dois atores, não lembro mais se do Rio ou de São Paulo, Milton Vilar e Luiz Mazeei, trazidos como chamariz quando o filme fosse projetado por lá. Em meu entender, um engano do Líbero, pois eles, além de, na minha opinião, inexpressivos, pertenciam ao, digamos, segundo time e, portanto, não atraiam espectadores nem aqui, nem no Rio de Janeiro ou em São Paulo.

Por hoje ficamos por aqui. Na próxima edição voltarei a “Marajó: barreira do mar”. Olha o Coronavírus, que como adora um paraense. Shalom!

Todos eles rodados aqui no Pará

A título de curiosidade: fiz amizade com o homem que a fizera e que respeitosamente me chamava de “seu dotô”

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mt 27,11-54 11Jesus foi posto diante de Pilatos e este o interrogou: Tu és o rei dos judeus? Jesus declarou: É como dizes. 12 E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou: Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam? 14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15 Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Na ocasião, tinha um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17 Então Pilatos perguntou à multidão reunida: Quem vós quereis que eu solte: Barrabás ou Jesus, a quem chamam de Cristo? 18 Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 1920os sumos sacerdotes

e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21 O governador tornou a perguntar: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Eles gritaram: Barrabás. 22 Pilatos perguntou: Que farei com Jesus, que chamais de Cristo? Todos gritaram: Seja crucificado! 23-38Com ele também crucificaram dois ladrões, um a direita e outro à esquerda de Jesus. 39 As pessoas que passavam por ali o insultavam... 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da lei e os anciãos... 44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificado com Jesus, o insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46 Pelas três horas da tardem Jesus deu um forte grito: Eli, Eli, lamásabac-

tâni?... 50 Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. 51-54O oficial e os soldados... guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram: Ele era mesmo Filho de Deus! B) COMENTÁRIO

Na condenação de Jesus destaca-se a covardia, condutora da injustiça. Foi covarde tanto Pilatos, quanto os sacerdotes e os anciãos. A covardia de Pilatos está em que “sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja” (v 18). E a dos demais, porque “convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer” (v 20). Quantas pessoas sabem da verdade e pecam por omissão! E quantas outras que trabalham “pelos bastidores” para fazer o mal perpetrado com outras coniventes! Jesus salva os homens

da maldade, morrendo entre condenados, estando “um a direita e outro à esquerda” dele (v 38). E de modo similar suplica o perdão do Pai, sendo condenado injustamente: “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Certo dia uma mãe pedia a Jesus o melhor para seus filhos: “Dize que estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino” (Mt 20,21). O grande Moisés, cumpre sua missão e morre, diz a bíblia: “sua vista não havia enfraquecido e seu vigor não se esgotara” (Dt 34,7). E Jesus, o novo Moisés, é muito mais que ele, pois é senhor de sua própria vida: morre entregando o seu espírito ao Pai com brado de vigor (v 46.50). O evangelho conclui com a profissão de fé do oficial e os soldados, sobre Jesus, que disseram: “Ele era mesmo Filho de Deus!” (v 54).

n 03/04 - SEXTA Cor: Roxo 1ª Leitura - Jr 20,10-13 Salmo - Sl 17, 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 Evangelho - Jo 10,31-42 n 04/04 - SÁBADO Cor: Roxo 1ª Leitura - Ez 37,21-28 Salmo - Jr 31, 10. 11-12ab. 13 Evangelho - Jo 11,45-56 n 05/04 - DOMINGO Cor: Vermelho 1ª Leitura - Is 50,4-7 Salmo - Sl 21,8-9.17-18a.1920.23-24 2ª Leitura - Fl 2,6-11 Evangelho - Mt 26,14-27,66 Evangelho - Procissão - Mt 21,1-11 n 06/04 - SEGUNDA Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 42,1-7

Salmo - Sl 26, 1. 2. 3. 13-14 Evangelho - Jo 12,1-11 n 07/04 - TERÇA Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 49,1-6 Salmo - Sl 70, 1-2. 3-4a. 56ab. 15.17 Evangelho - Jo 13,21-33.36-38 n 08/04 - QUARTA Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 50,4-9a Salmo - Sl 68, 8-10. 21bcd22. 31. 33-34 Evangelho - Mt 26,14-25 n 09/04 - QUINTA Cor: Branco 1ª Leitura - Ex 12,1-8.11-14 Salmo - Sl 115,12-13.1516bc.17-18 2ª Leitura - 1Cor 11,23-26 Evangelho - Jo 13,1-15


5 SETORJUVENTUDE

BELÉM, DE 3 A 9 DE ABRIL DE 2020

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ

A PASTORAL JUVENIL em tempos de quarentena (parte 2)

INTRODUÇÃO

A

tualmente, nesta experiência de quarentena, temos milhões de jovens confinados em suas residências com seus familiares. O que eles estão fazendo? Enquanto educadores e evangelizadores do público infanto-juvenil o que podemos estimular como experiências educativas evangelizadoras? Tanto a educação quanto a evangelização trazem consigo um dinamismo e horizontes sem fronteiras; por outro lado hoje, para ambas atividades, temos à disposição uma diversidade de meios que nos oferecem muitas possibilidades. Em circunstâncias

Nesse contexto os jovens devem ser estimulados ao senso de gratidão pelo dom da vida como estas somos chamados a crescer na propositividade criativa.

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Gratidão e prudência preventiva É bom recordarmos que crianças, adolescentes e jovens, em geral, estão sendo poupados do agravamento dos sintomas da COVID-19, mas são vetores, ou seja, portadores assintomáticos... Esse fato requer, da parte deles, muito cuidado no relacionamento com os outros, sobretudo com os idosos. Portanto, a distância social é necessária; é uma questão de prudência preventiva. Nesse contexto os jovens devem ser estimulados ao senso de gratidão pelo dom da vida, pela robustez física, experiência de jovialidade, pelo dom da saúde. Essa

experiência da gratidão a Deus é chamada a ser expressa através das virtudes do cuidado, da compaixão com os doentes, da disponibilidade ao serviço aos necessitados e tantas outras formas de atividades beneficentes como segue na lista abaixo. É chegada a hora da saída do comodismo para dar mais atenção aos outros; é hora do aprofundamento do sentido da vida e da promoção da firmeza de ânimo. Como maduros “bons cristãos e honestos cidadãos” é necessário também que estimulemos crianças, adolescentes e jovens ao exercício da obediência às determinações das autoridades civis, sanitárias e eclesiásticas. É hora de incentivar a vivência da cidadania, do amor ao próximo, da visão do bem comum, da solidariedade, da consciência ética e a evangelização.

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Oportunidade educativopastoral A sadia ocupação do tempo na era contemporânea tem se tornado cada vez mais um desafio, tanto para os adultos como também para os jovens. Muito mais agora em tempo de quarentena compulsória. Essa deve ser uma forte preocupação para pais, pedagogos, evangelizadores, educadores sociais e profissionais da saúde uma vez que o vírus do tédio tem muitas consequências. Dentro desse contexto de cuidado e da necessidade da manutenção da saúde integral, abre-se a oportunidade para estimularmos a criatividade do protagonismo juvenil saudável. Essa experiência de quarentena é uma importante oportunidade educativo-pastoral. Bem sabemos, de acordo

com a atual realidade cultural, que a maioria dos jovens que estão em casa passam a maior parte do tempo nas redes sociais... Pois bem, as redes sociais, através da modalidade virtual, são também instrumentos de serviços pastorais. Há diversos campos possíveis de atividades, de modalidades de serviços, instrumentos, ferramentas que podem ser usadas se programadas... Isso requer critérios e coordenação! É possível também promovermos o “home office pastoral” (a pastoral a partir de casa!).

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Questões a serem consideradas A criatividade educativo-pastoral, nas atuais circunstâncias com pouca mobilidade social e maior concentração das pessoas nas residências, nos sugerem pensar em diversas questões as serem consideradas quanto às atividades a serem possivelmente programadas, tais como: A) MODALIDADES:

há duas formas de atividades educativas e evangelizadoras, a presencial e a virtual (que ainda pode ser ao vivo ou gravada); B) PÚBLICOS: há uma diversidade de públicos para os quais as atividades podem ser direcionadas, como por exemplo, os parentes, crianças, adolescentes, jovens, idosos... C) ABRANGÊNCIA: a abrangência depende de cada programação, podendo ser uma atividade para um grupo restrito (amigos, parentes, colegas de grupos...) ou aberta, disponível para quem quiser acessá-la; D) ÁREA DA TIVIDADE: há diver-

sos campos de ações; a escolha vai depender dos interesses de quem quiser promovê-las: catequese,

lazer (jogos, brincadeiras, músicas, teatros, artes...), práticas de piedade, liturgia, ecologia, educação (reforço escolar) etc. E) MEIOS DISPONÍVEIS: dependendo da

modalidade da atividade pode ser presencial ou virtual; virtualmente temos muitos recursos tecnológicos, sobretudo, as redes Sociais tais como: whatsapp, instagram, facebook, youtube, twitter, aplicativos vários etc.

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Sugestões de atividades educativopastorais: 1. Dar a máxima atenção aos avós, vizinhos e parentes idosos que precisam de ajuda, organizando atividades com eles (modalidade presencial e virtual); 2. Colocar-se à disposição para fazer compras, limpeza e outros pequenos serviços domésticos (presencial e virtual); 3. Primar pelo espírito de iniciativa dentro de casa: varrendo, limpando os ambientes, lavando louças, roupas etc. Não ser peso, não ser acomodado, egoísta! Testemunhar virtudes, maturidade, senso de corresponsabilidade! (presencial); 4. Promover o entretenimento com as crianças em família, sobretudo, através de jogos educativos; seria o “oratório festivo” em família ou virtualmente (presencial e virtual); 5. Estimular a promoção de dinâmicas de grupo em família ou pequenos grupos extraindo mensagens e reflexões para a vida (presencial e virtual); 6. Promover momentos de lazer educativo através de jogos on line... (presencial e virtual); 7. Estimular a apre-

sentação de testemunhos de fé, de graças alcançadas, de experiências de vida ressaltando ideias, virtudes, lições, problemas superados (presencial e virtual); 8. Promover uma gincana com diversas atividades a distância em grupos virtuais: questionários (sobre a bíblia, Jesus, Igreja, cidadania...), jogos, músicas... (virtual); 9. Promover a leitura orante da Palavra de Deus em família ou com pequenos grupos de amigos... Leitura, meditação, oração, partilha da Palavra, compromissos (presencial e virtual); 10. Promover a reza de ladainhas e terço mariano ou da misericórdia... (presencial e virtual); 11. Meditar a Via Sacra em família, ou com outros públicos... (presencial e virtual); 12. Dedicar-se à educação formando grupos de estudos sobre língua portuguesa, matemática, ciências, história, ética, cidadania, ecologia, política, idiomas... (presencial e virtual); 13. Promover a catequese em família ou com grupos: estudo do Catecismo da Igreja Católica, YouCat (Catecismo da Igreja Católica na perspectiva juvenil), oficinas de oração, estudo do subsídios da JDJ, outros... (presencial e virtual); 14. Promover o “cineforum” – assistir a um filme juntos pelas Redes Sociais e depois fazer um debate sobre questões apresentadas, ideias, personagens... (presencial e virtual); 15. Promover momentos de shows, músicas, apresentações on line ... (virtual); 16. Contar histórias ressaltando suas mensagens e lições concretas

(presencial e virtual); 17. Articular uma equipe para produzir mensagens educativas, de incentivo e de Esperança para serem postados nas redes sociais... (virtual); 18. Formar um grupo de jovens profissionais médicos, psicólogos, terapeutas, pedagogos, assistentes sociais, religiosos para o serviço de aconselhamento voluntário (virtual); 19. Combinar, pelas redes sociais, momentos oração, louvor... (virtual); 20. Produzir breves “podcasts” sobre temas variados de interesse atuais e permanentes para serem disseminados nas redes sociais (virtual). PARA A REFLEXÃO PESSOAL: Como você está vivenciando este tempo de quarentena? Como está sendo em sua família a ocupação do tempo livre? Você concorda que, apesar das privações, temos também uma oportunidade para educar e evangelizar?

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A distância social é necessária

Essa experiência de quarentena é uma importante opor tunidade educativopastoral

PROTAGONISMO JUVENIL em tempos de quarentena O Setor Juventude Belém iniciou no dia 30 de março, última segunda-feira, a Mobilização Juvenil da Solidariedade, projeto com o qual busca promover o protagonismo juvenil em tempos de pandemia. O projeto contempla seis eixos que contemplam um conjunto de propostas educativo-pastoral, para promoção da caridade e valorização da integralidade da vida.

“Em tempos de isolamento, mas próximos do amor, queremos construir com criatividade, ousadia, organização e empatia ferramentas que visem evangelização. Nesta mobilização queremos da especial atenção, as seguintes dimensões: Atenção aos idosos; Educação, Atenção às Crianças e Acolhida; Lazer, Arte e Cultura; Espiritualidade; e Comunicação”,

destaca o comunicado do Setor Juventude. O projeto possui certos aspectos sobre as atividades que devem ser considerados: quanto a modalidades, o projeto prevê duas formas de atividades, a presencial e a virtual (que ainda pode ser ao vivo ou gravada. Sobre o público, o projeto evidencia uma diversidade de públicos para os quais as atividades

podem ser direcionadas, como por exemplo, os parentes, crianças, adolescentes, jovens, idosos. No item abrangência, depende do tipo da programação, podendo ser uma atividade para um público restrito ou aberto, disponível para quem quiser acessá-la. Sobre a área da atividade há diversos campos. A escolha dependerá dos inte-

resses de cada um; algumas áreas a serem exploradas: catequese, lazer, práticas de piedade, liturgia, ecologia, educação (reforço escolar. Sobre os meios disponíveis o Setor Juventude destaca que dependerá da modalidade da atividade, que pode ser presencial ou virtual. No quesito virtual, o projeto exemplifica vários recursos tecnológicos, sobretudo, as redes sociais.

O projeto começou a ser elaborado no dia 20 de março sendo finalizado no dia 29. A Mobilização será colocada em prática até o final da pandemia, com avaliações da Comissão Coordenadora, previstas para 3 e 10 de abril. O projeto Mobilização Juvenil da Solidariedade encontra-se disponível no perfil do Setor Juventude no Facebook (/SetorJuventudeBelem).


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

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RÁDIO NAZARÉ

FAMÍLIA NAZARÉ

SEMANA SANTA com a Fundação Nazaré CELEBRAÇÕES do tempo pascal serão transmitidas ao vivo FOTOS: LUIZ ESTUMANO

FM 91 .3 MHZ

n SEMANA SANTA NA RÁDIO NAZARÉ A Rádio Nazaré FM apresenta o Especial Semana Santa 2020 a partir desta segunda-feira, 6, e convida os seus ouvintes a se prepararem e viver de modo especial

a celebração da Páscoa do Senhor. Seguindo as recomendações das autoridades sanitárias e governamentais, e orientações da Arquidiocese de Belém, quanto ao

combate a expansão do Coronavírus (COVID-19), convidamos todos os fiéis para acompanharem as transmissõesdas celebrações da Semana Santa pela 91,3 MHz.

PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

n SEMANA SANTA: ACOMPANHE TUDO PELO PORTAL

n CÔN. VLADIAN Sermão das Sete Palavras - ao vivo - TV Nazaré

A Fundação Nazaré de Comunicação segue priorizando a assistência espiritual dos fiéis na Arquidiocese de Belém, uma vez que eles não podem ir às igrejas devido ao isolamento social determinado pelas autoridades em todo o mundo frente à pandemia pelo corona vírus. As celebrações pascais estão canceladas em todas as paróquias diocesanas. E em meio a esse tempo diferente, a Igreja adentra a Semana Santa, o ápice da vivência da fé na Igreja Católica. Por essa razão, a programação dos veículos arquidiocesanos fará transmissão ao vivo das cele-

brações pela Rede Nazaré de Televisão (canal 30, ou na sintonia da sua cidade), em cadeia com a Rádio Nazaré FM e as redes sociais da Fundação, com transmissão simultânea das programações religiosas, tudo em tempo real. Direto da Catedral Metropolitana de Belém, a programação especial começa no Domingo de Ramos, dia 5, às 8h, com a transmissão da Missa, presidida pelo Arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa. Segunda-feira, 6, às 9h, a Missa do Santo Crisma (ou dos Santos Óleos) e Quinta-feira Santa, 9, a Missa da Ceia do Senhor às 18h.

A Sexta-feira Santa, 10, também será vivida piedosamente. A Rede Nazaré exibirá ao vivo o Sermão das Sete Palavras, a partir das 12h, direto da Capela do Colégio Santo Antônio, com a pregação do cônego Vladian Alves, e a partir das 17h, direto da Catedral de Belém, a Ação Litúrgica da Paixão do Senhor. A Vigília Pascal poderá ser acompanhada ao vivo pela TV Nazaré, ao vivo, direto da Catedral, a partir 17h, encerrando-se a cobertura especial com a Missa da Páscoa da Ressurreição do Senhor, às 9h.

Participe online da Semana Santa da Arquidiocese de Belém pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br) e pelas redes sociais: Facebook.com/FNCBelem e Twitter:@FundacaoNazare e Youtube.com/FNComunicacao Acompanhe tudo, desde o Domingo de Ramos, 5, com a Missa às 8h30 até o Domingo de Páscoa, dia 12. Entre 6 e 8 de abril, acompanhe as Missas às 12h, direto da residência episcopal. Curta, siga e compartilhe nossas redes sociais e fique informado com as notícias da Igreja de Belém: Missa do Crisma, segunda-feira, dia 6, às 9h; Ceia do Senhor, na Quinta-feira, às 18h; Sermão das Sete Palavras, na sexta-feira, 10, a partir das 12h; às 17h, a Ação Litúrgica da Paixão do Senhor; a Vigília Pascal, no sábado, 11, às 17h, e a Missa da Páscoa, dia 12, as Missa das 9h e 12h.

Missa pela Família Nazaré

n CÔN. FIALHO

Diante da grave crise sanitária no mundo devido à pandemia pelo coronavírus, e o isolamento social determinado pelas autoridades, a Arquidiocese de Belém informa ao povo de Deus que a Missa mensal em Ação de

Graças pela Família Nazaré será nesta sexta-feira, 6, às 15h, na capela da Fundação, como de costume, mas sem a presença dos fiéis. O Terço, antes da Missa, será gravado, exibido às 14h30. Recomenda-se que os benfeitores que ajudam a manter a evangelização pelos veículos da Fundação Nazaré de Comunicação, acompanhem a Missa pela TV Nazaré, canal 30 – ou na sintonia da sua cidade. A Missa é

celebrada sempre na primeira sexta-feira do mês e o cônego Sebastião Fialho, pároco da Paróquia São José, e assessor eclesiástico da Fundação Nazaré de Comunicação é quem presidirá a celebração eucarística de abril. Mantenha-se fiel. O Senhor continue abençoando suas famílias. Graças a sua fidelidade como evangelizador da Família Nazaré que seguimos em missão neste tempo de dificuldades.

NOSSOS ANIVERSARIANTES Ulisses Jose A. Campos Ana Marcy Souza de Oliveira Iclea Figueiredo da Silva Maria José Porto Lima Ricardo Paulo Lima Sampaio Maria Benedita Sampaio de Andrade Neide Baia Pinheiro Lourenço Ana Gracinda Nery da Silva Maria Tomazia Santos Duarte Maria Neide R. Morais Antônio de Padua Pereira de Freitas Glauderita Peres Pinheiro Souza Dario Augusto Macedo Pereira Silvia Regina Ferreira Garcia Creuzenir da Silva Santos de Freitas Ana Paula Costa Oliveira Jonilson da Silva Formigoza

AvanirLeao De Araujo Lindalva Barreto Pinto Vicentina Lemos E Silva Francelina Ferreira Pinheiro Raimunda De Barros Nunes Maria das Graças Ribeiro Lopes Divanira de Araújo Brito Irene Leal Ferreira Rossana Maria do Carmo Soriano de Melo Marco Antônio Maués Matos Carlos Daniel Vale da Rosa Carlos Daniel Vale da Rosa Raimundo Nonato Nogueira da Silva Ineluce Nazaré Rocha Ribeiro

Josina Sousa da Costa e Silva Liege Lima Cavalcante Maria Benedita Palheta Lindalva Freitas de Lima Maria Cristina Borges Celso Davi Ribeiro da Silva Rodolfo José Pereira Amâncio Helenita Pimentel Coimbra Alexandre Souza Parente

Celeste Correa Campos Clarice Begotda Ressureição Celso Maciel de Castro Maria do Socorro Nascimento dos Santos José Roberto Rodrigues Maceió Benedito dos Anjos Sodré Lucimar Brito Picanço Mariana Conceiçãoda Trindade Barbosa Alexandre Lobato Farias

Gabriela Elisa Mambrini Ferri Maria Eneida de Oliveira Silva Anilce Socorro de Souza Ferreira Otilia Maria do Vale Santiago Lima Ibrael de Seixas Tork Joaquim Marinho de Queiroz Júnior Maria de Nazaré de Miranda Silva Liete de Jesus Silva Márcia Vania Maria Paes da Consolação Ana Celeste Pereira Ferreira Silveira Gaya Carlos Rocha Maria Altamira Vieira Espíndola

Zeneide Oliveira da Silva Ana Maria do Couto Pinto Elias dos Santos Silva Nelcy Ribeiro Marques Casal Rildo da Costa de Alcântara e Simone Cristina Dornelas de Alcântara Marina Costa Ribeiro de Miranda Acácio Jose da Costa José Jorge Lima Frazão Sandra Suely Magalhaes Pereira Maria de Nazaré Furtado Ferreira Maria Helena Nascimento de Souza Valdemir Conceição da Silva Maria de Jesus Reis Oliveira Mirian de Holanda Cardim

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 06/04 – Diác. Ariovaldo Pires de Oliveira 07/04 – Pe.Angelino Bento da Costa 09/04 – Pe. Frei Josimar Aguiar Lameira 10/04 – Diác.Fernando Antônio Souza Bemerguy n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 08/04 – Diác. José Narciso Filho


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A

CADERNO DOIS

partir do próximo domingo, 5, a Igreja no Brasil e no mundo dará início às celebrações da Semana Santa, que neste ano, diante da pandemia de Coronavírus (COVID-19), serão vividas de forma diferente. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) traduziu o Decreto de 25 de março de 2020, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com uma atualização das indicações e sugestões sobre as celebrações da Semana Santa, com propostas de adequação para a realidade brasileira e que a arquidiocese replicou às paróquias de Belém. O Decreto sobre a Semana Santa 2020 reitera que a data da Páscoa não pode ser transferida e que, nos países afetados pela doença, onde estão previstas restrições às reuniões e movimentos de pessoas, “os bispos e padres celebram os ritos da Semana Santa sem a participação do povo e em local adequado, evitando concelebração e omissão da troca de paz”. A orientação é que os fiéis sejam informados do horário de início das celebrações, para que possam participar da oração em seus lares. “Poderão fazer uso diretamente dos meios de comunicação social. Em qualquer situação, continua sendo importante dedicar um tempo adequado à oração, principalmente aprimorando a Liturgia das Horas”, lê-se no decreto. DOMINGO DE RAMOS

A Semana Santa inicia-se no Domingo de Ramos, marcada com Santa Missa às 8h30, sendo transmitida pelos meios de comunicação. Neste dia a Igreja celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado

SEMANA SANTA este ano com programação alterada ADEQUAÇÕES ocorrem a partir do dia 5 de abril, no Domingo de Ramos FOTOS: LUIZ ESTUMANO

dade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, a presidência da CNBB acolhe algumas sugestões e submete à avaliação dos bispos as datas de 16 e 17 de novembro, Dia Mundial dos Pobres, para esta coleta. Os bispos podem enviar suas manifestações para o endereço secretariogeral@ cnbb.org.br. QUINTA-FEIRA SANTA

n DOMINGO DE RAMOS a Igreja celebra a entrada de Jesus em Jerusalém

em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Em 2020, o Domingo de Ramos seja celebrado com sobriedade, sem procissão. Valha também para outras celebrações a necessária preparação para celebrar os ritos litúrgicos com simplicidade, concisão e piedade. A CNBB convida a todos a viverem de forma muito especial o Domingo de Ramos. Cada um e cada família, em suas casas, são chamados a celebrar o próximo domingo com fé e esperança. Por isso, os bispos propõem cinco pontos para ajudar os fiéis na celebração do Domingo de Ramos: Rezar pedindo a graça de bem viver a Semana Santa, ainda que em recolhimento em casa; colocar no portão ou na porta de casa (em lugar bem visível) alguns ramos. Marcar a casa é uma característica do povo de Deus; participar das celebrações transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais; comprometer-se a, no futuro, par-

ticipar ativamente da Coleta da Campanha da Fraternidade, que ajuda os mais pobres; e motivar pelas redes sociais, telefonemas ou outros meios que

mantenham o distanciamento social, outras pessoas a também celebrarem o domingo de Ramos desse mesmo modo. Sobre a Coleta da Solidarie-

n CATEDRAL, local da celebração do Domingo de Páscoa

Iniciando o Tríduo Pascal, a Quinta-feira Santa é a preparação para a grande celebração da Páscoa, a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o pecado, o sofrimento e o inferno. Na Arquidiocese de Belém a Santa Missa do Crisma, com a renovação dos compromissos dos presbíteros, será celebrada na segunda-feira santa, dia 6 de abril, às 9h, na Catedral da Sé, somente com a presença dos presbíteros e dessa forma, sem acesso ao público. São dispensados os padres que fazem parte dos grupos de risco. Na Missa na Ceia do Senhor, transmitida a partir das 18h, serão omitidos o Lava-Pés, a procissão e o Santíssimo Sacramento seja guardado no Sacrário. Todas as celebrações da Semana Santa, presididas pelo Arcebispo, na Catedral, sempre seguindo as normas emanadas pelas autoridades competentes, serão transmitidas pelos seus meios de comunicação TV Nazaré, Rádio Nazaré e Portal Nazaré.

CONFIRA AS MUDANÇAS EFETUADAS NOS EVENTOS Não haverá o Sermão do Encontro na Praça das Mercês nem o Sermão do Descendimento da Cruz, realizado normalmente após a Celebração da Morte do Senhor. O Sermão das Sete Palavras nas três horas da Agonia será realizado na Capela do Colégio Santo Antônio apenas com a presença do Coral e do Pregador, Cônego Vladian Silva Alves. Os fiéis podem acompanhá-lo devotamente em suas casas, pela transmissão dos meios de comunicação da Arquidiocese. SÁBADO SANTO

A programação da Semana Santa prossegue até o domingo da Páscoa do Senhor, 12 de abril. Confira quais as mudanças serão efetuadas nos eventos: SEXTA-FEIRA SANTA

A Vigília Pascal seja celebrada de forma reservada apenas na Catedral, nas sedes das paróquias e áreas e no Carmelo Santa Teresinha. Para o início da Vigília, omite-se o acendimento do fogo, acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precônio pascal. Na Liturgia da Palavra, reduza-se o número de leituras para o que é previsto como essencial. Para a Liturgia batismal, apenas se renovam as promessas batismais. As expressões de piedade popular e as procissões que enriquecem os dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal, poderão ser transferidas para outros dias convenientes, por exemplo, 14 e 15 de setembro, na Festa da Exaltação da Santa Cruz e a Memória de Nossa Senhora das Dores.

O beijo da Cruz, na sexta-feira santa, substituído pela seDOMINGO DA RESSURREIÇÃO gunda fórmula, ou seja, adoração solene, como previsto no No Domingo de Páscoa haverá missa às 09h, na Catedral Metropolitana, presidida pelo Cônego RoberMissal Romano. to Emílio Cavalli Junior, Cura da Sé, e às 12h na Capela da Residência Episcopal presidida pelos bispos. Todas as procissões ficam canceladas na Semana Santa As duas serão transmitidas pelos meios de comunicação da Arquidiocese de Belém. Cada paróquia terá em todas as paróquias da arquidiocese. programação e transmissão própria.


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IGREJA

aderno2

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ADIADO o XVIII Congresso Eucarístico Nacional EVENTO sediado pela Arquidiocese de Olinda e Recife DIVULGAÇÃO

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...

“Conviver juntos”– variante de caminhar juntos

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n DOM Antônio Fernando Saburido, OSB é o 8º Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife

O

Arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Antônio Fernando Saburido, anunciou dia 30 de março, o adiamento do XVIII Congresso Eucarístico Nacional (XVIII CEN) para 2021. Por conta da pandemia do novo coronavírus e das incertezas em decorrência deste momento, foi definida a nova data para o período de 12 a 15 de novembro do próximo ano, também na arquidiocese pernambucana. “Feita a devida consulta aos bispos do Regional Nordeste 2 e à Presidência da CNBB recebi, através de telefonema do Secretário Geral da CNBB – Dom Joel Portella Amado, a confirmação de que toda a presidência está de acordo com o adiamento do XVIII Congresso Eucarístico Nacional, a ser sediado pela Arquidiocese de Olinda e Recife, para o período de 12 a 15 de novembro de 2021, em comunhão com os 21 bispos do Regional que também se manifestaram favoráveis, devido à pandemia da Covid19 presente em todo o mundo”, anunciou Dom Saburido. A P residência da CNBB manifestou,

por unanimidade, a concordância quanto ao adiamento do XVIII Congresso Eucarístico Nacional para 2021. Em comunicado, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da entidade, Dom Joel Portella Amado, elogiou a decisão: “Trata-se de atitude de profundo bom senso diante de um quadro imprevisível, não apenas quanto ao tempo de duração da pandemia causada pelo coronavírus quanto em relação às sequelas econômicas que poderão advir”. O EVENTO

do com dom Fernando Saburido, é “promover a comunhão das Igrejas em torno da Eucaristia, no desejo de que esse evento, que reúne o Brasil em terras do Nordeste, nos leve a entender que o ‘Pão da Vida’ move a Igreja a sair de si, das zonas de conforto, para alcançar as periferias existenciais bem lembradas pelo Papa Francisco”. Além de Recife, os municípios de Olinda e São L ourenço da Mata, região metropolitana da capital pernambucana, também sediarão alguns eventos do

Congresso. A realização do XVIII CEN acontece com a participação das províncias eclesiásticas de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte, pertencentes ao Regional Nordeste 2 da CNBB. Os Congressos Eucarísticos Nacionais acontecem em todo o mundo, e no Brasil é realizado normalmente a cada quatro anos. O encontro visa reunir os fiéis católicos em torno da Eucaristia, que é o centro da fé católica: Corpo e Sangue de Jesus Eucarístico.

O XVIII Congresso Eucarístico Nacional já iniciou algumas atividades desde 2019, como o Ano Eucarístico na arquidiocese de Olinda e Recife, sede do evento, e trabalha o tema “Pão em todas as mesas” e o lema “ R e partiam o Pão com alegria e não havia necessitados entre eles”. O propósito, de acor-

a semana passada começou a circular a revista Gama, “uma revista digital que chega para pensar sobre as possibilidades e os dilemas do mundo contemporâneo”, segundo seus editores. É uma publicação do grupo Nexo, de quem recebo o jornal digital Nexo, a cada dia. Se lhe interessa visite www.nexojornal.com. br onde encontrará como tornar-se assinante. Chamou-me particularmente a atenção o título de um de seus artigos: REGRAS DE OURO DA CONVIVÊNCIA, no qual encontrei ótimas indicações para nosso dia a dia. Transcrevo-as aqui, pensando que os autores citados não negarão seu consentimento para divulgá-los: - Laís Bodanzky, diretora de cinema, afirma: “Tem uma expressão em inglês que, eu acho, tem um conceito por trás muito bom: put yourself in someone else’s shoes, ou tente andar com o sapato dos outros. Normalmente, a gente só sabe andar com o próprio sapato. Experimentar o do outro é interessante, muda a ótica, fica tudo muito diferente. Outra regra básica é prestar atenção se estamos fazendo aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem com a gente. Existe uma dificuldade de se colocar no lugar da outra pessoa, de ver de outro ponto de vista. Esse exercício é difícil, mas necessário.” - Janaína Rueda, chef e restaurateur, diz: “Conviver é ser flexível, amar e perdoar. É difícil e talvez seja a maior missão que temos no planeta. Quando formos

capazes de conviver, não haverá mais sofrimento. O grande segredo é respirar fundo, sempre. Respira e imagina que todos nós somos mortais, que a vida é passageira. Tem também a tática da transparência: ser o mais transparente possível resolve 70% dos casos. A falta de comunicação correta é a maior causadora das discórdias, e a verdade é sempre a solução.” - Débora Garofalo, professora da rede pública de São Paulo, comenta: “Muitos dizem que viver junto é uma arte. Não acredito que exista uma receita, mas a educação tem um papel fundamental nisso. Como professora, foco sempre na questão socioemocional dos alunos (do autocuidado ao autoconhecimento). Tento estimulá-los a aprender juntos. Para nos tornarmos pessoas melhores, a gente precisa exercitar mais isto: se colocar no lugar do outro, aprender a ouvir, ter uma escuta atenta. Disponibilizar um tempo para ouvir os anseios do outro, seus problemas e colaborar de forma construtiva, mostrando caminhos, mas não soluções. É preciso permitir que as pessoas também reflitam sobre as atitudes delas.” Resumindo, as regras de ouro para a convivência humana são: - fazer aos outros o que queremos que os outros façam a nós; - ser flexível, amar e perdoar de modo transparente e verdadeiro; - saber colocar-se no lugar do outro, aprender a ouvir e ter uma escuta atenta. Existem mais outras. Conheça-as na semana próxima. Até mais.

BOA DICA n VOCÊ JA SABE: QUEREMOS QUE VOCÊ FIQUE EM CASA!

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om esta recomendação a Paulus Editora está disponibilizando gratuitamente, através de download, diversos materiais religiosos, entre folhetos, liturgias e livros para que “neste tempo de recolhimento seja frutífero e prazeroso para você e sua família”. Tudo isso sem sair de casa, por meio da internet. É só acessar https:// www.paulus.com.br/portal/conteudo-gratuito n MENSAGEM DE PÁSCOA Renilda Formigão (Paulinas, R$ 5,00)

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J R

esus assumiu sobre si os nossos pecados a ponto de fazer-se pecado por nós. Não é fácil entender isso, nunca o entenderemos em profundidade. Podemos somente contemplar, rezar e agradecer. (31 de março) ezemos Juntos por aqueles que não têm uma moradia fixa neste momento em que nos é pedido para ficarmos em casa, para que a sociedade os ajude e a Igreja os acolha. (31 de março)

icamente ilustrado, o livro apresenta a narrativa da ressurreição de Jesus, um fato extraordinário, que mudou o rumo da história humana. Com base nos Evangelhos e acompanhado de ilustrações, o texto acompanha os acontecimentos, desde o momento em que Maria e outras mulheres encontraram a pedra do túmulo removida e perceberam que o corpo do Senhor não estava ali até a visita dele aos discípulos após alguns dias e o testemunho de Paulo, anos depois. Um belo e delicado presente para lembrar aos familiares e amigos que Jesus ressuscitou e continua vivo entre nós!


ARQUIDIOCESE

Caderno2

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SANTA SÉ divulga celebrações da Semana Santa presididas pelo Papa Francisco VATICANO indicou os horários atualizados das celebrações litúrgicas

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om o surgimento da situação extraordinária e devido à propagação da pandemia do COVID19, e levando em consideração as disposições da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos com um Decreto de 25 de março de 2020, tornou-se necessária uma atualização em relação às próximas celebrações litúrgicas presididas pelo Papa Francisco. O Vaticano indicou que, devido à situação extraordinária produzida pela propagação do coronavírus COVID19, o Santo Padre celebrará todos os ritos da Semana Santa no Altar da Cátedra na Basílica

de São Pedro “sem a participação popular”. No domingo, 5 de abril, Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o Pontífice celebrará a Santa Missa da Comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém, às 11h (horário de Roma). O Tríduo Pascal presidido pelo Papa Francisco começará na Quinta-feira Santa, 9 de abril, com a Missa da Ceia do Senhor, às 18h (hora local). No dia seguinte, Sexta-feira Santa, o Papa presidirá a celebração da Paixão do Senhor às 18h e a oração da Via sacra no átrio da Basílica de São Pedro, às 21h. A vigília Pascal do Sábado Santo será rea-

DIVULGAÇÃO

lizada em 11 de abril, às 21h. Por último, o Papa Francisco presidirá a Santa Missa da

ressurreição do Senhor no Domingo de Páscoa, 12 de abril, às 11h e, ao finalizar,

n PAPA Francisco presidirá as celebrações

concederá a Bênção “Urbi et Orbi”. Confira a programação dos Ritos da Se-

mana Santa da Santa Sé (os horários, correspondem a hora na Itália), abaixo:

PROGRAMAÇÃO DOS RITOS DA SEMANA SANTA DA SANTA 5 DE ABRIL DE 2020, 11H

Domingo de Ramos e a Paixão do Senhor Comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém e Santa Missa 9 DE ABRIL DE 2020, 18H

Quinta-feira Santa Santa Missa na Ceia do Senhor 10 DE ABRIL DE 2020

Sexta-feira Santa 18h: Celebração da Paixão do Senhor 21h: Via Sacra (no sagrado da Basílica de São Pedro)

11 DE ABRIL DE 2020, 21H

Domingo de Páscoa - Ressurreição do Senhor Vigília Pascal na noite santa 12 DE ABRIL DE 2020, 11H

Domingo de Páscoa - Ressurreição do Senhor Santa Missa do dia No final da Santa Missa, o Santo Padre concederá a bênção “Urbi et Orbi”. n ALTAR da Cátedra na Basílica de São Pedro DIVULGAÇÃO

VATICANO

Em praça vazia, Papa Francisco concedeu bênção especial URBI ET ORBI

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Papa Francisco rezou na sexta-feira, 27, sozinho diante da imensa Praça de São Pedro vazia e deu a bênção e a indulgência plenária ao mundo pela pandemia de coronavírus que o assola. Não há registro de gesto semelhante na história do Vaticano. A Praça de São Pedro, parte do Vaticano, foi fechada como parte de um bloqueio na Itália para tentar conter a propagação do vírus. Foi um ritual inédito, durante o qual ele deu a bênção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo) a todos os fiéis. A bênção “Urbi et Orbi normalmente é concedida apenas no Natal e na Páscoa. A bênção permite que

mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária, ou seja, o perdão de seus pecados, em um momento tão difícil, com medidas de confinamento que afetam mais de 3 bilhões de pessoas. A oração e bênção Urbi et Orbi foi transmitida ao vivo pelos canais de notícias do Vaticano. 'UM MUNDO DOENTE’

Na oração, o papa ressaltou a avidez pelo lucro, que fez com que muitos não despertassem face a guerras e injustiças planetárias. “Não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo”, disse. “Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre

saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: ‘Acorda, Senhor!’”, rezou. Ele também aproveitou para valorizar aqueles que estão se dedicando a cuidar dos doentes. “É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida... É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetá-

n PAPA durante a bênção extraordinária de Urbi et Orbi, na Praça São Pedro

culo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho...”, prosseguiu.

UM EVENTO EXTRAORDINÁRIO

“Se trata de um evento extraordinário presidido pelo papa, em um momento específico, quando o mundo cai de joelhos pela pandemia. Um momento de graça extraordinária que nos dá a oportunidade de viver esse tempo de sofrimento e medo com fé e esperança”, explicou o Vaticano em uma nota. Desde que a epidemia de coronavírus eclodiu na

Europa, o Papa Francisco se pronunciou em várias ocasiões, lembrando em particular dos médicos e enfermeiros, que estão na linha de frente da luta, e pedindo aos padres para acompanhar os doentes e moribundos. Francisco, que teve que limitar suas ações e agenda para evitar possíveis contágios, se prepara para celebrar a primeira Semana Santa da era moderna, sem fiéis nem procissões.


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EM NAZARÉ

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NAZARÉ EM DESTAQUE

PROGRAMAÇÃO completa pela TV e internet

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ASSISTÊNCIA espiritual é mantida

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esde o início do decreto de isolamento social, os Padres Barnabitas elaboraram uma programação completa, pela TV e Internet, para que os fiéis se previnam do vírus ao mesmo tempo em que mantêm sua assistência espiritual. Atualmente, direto de sua Capela, na Basílica Santuário, os padres se revezam entre celebrações de missas, adoração, novenas e terços, tudo ao vivo. A Santa Missa é transmitida por meio das redes sociais da Basílica Santuário e da TV Nazaré. De

segunda a sábado, são três missas diárias: às 7h, 12h e 18h. Aos domingos, as missas das 10h e 18h também são transmitidas, ao vivo, pela TV Nazaré, Facebook e YouTube. Além disso, são feitas celebrações exclusivas pelo Facebook e YouTube, de segunda a sábado: às 9h, novena do santo e médico Antônio Maria Zaccaria; às 11h30, novena de Nossa Senhora de Nazaré; às 15h, Terço da Misericórdia; às 17h, Terço Mariano e, às quartas-feiras, às 19h30, Adoração ao Santíssimo Sacramento.

n CELEBRAÇÕES são transmitidas pelas redes sociais oficias do Santuário da Rainha da Amazônia

NOVO HORÁRIO: Basílica Santuário de Nazaré objetiva proteção e bem-estar dos fiéis Os Padres Barnabitas – que estão à frente da Basílica Santuário de Nazaré –, entendem que é preciso respeitar o momento de isolamento social, sem descuidar de sua missão cristã e evangelizadora. Por ser um serviço essencial, a Basílica Santuário de Nazaré permanece aberta todos os dias de 8h às 12h e das

15h às 18h, sempre seguindo as normas decretadas pelas autoridades sanitárias e de saúde do país. O Setor de Atendimento também está com funcionamento de forma presencial, diariamente, no mesmo horário, observando todas as recomendações de prevenção ao novo Coronavírus, como os cuidados com

a higiene pessoal por meio da lavagem das mãos com água e sabão, o uso de álcool em gel e o controle da entrada de pessoas, para evitar aglomerações. As duas creches e o Cantinho São Rafael – mantidos pela Basílica Santuário –, o Centro Social, o espaço Memória de Nazaré e a Loja Lírio Mimoso permanecem fechados.

DOAÇÕES A pandemia do Covid19 tornou a vida de todos muito atribulada e, nestes momentos difíceis, a assistência espiritual é imprescindível. Os Padres Barnabitas se empenham em prestar seu auxílio, porque acreditam que a força do cristão está na fé inabalável em Jesus e na devoção à Virgem de Nazaré. A Basílica Santuário

de Nazaré é a única Igreja Católica do Pará que está transmitindo a Santa Missa e outras celebrações por meio de suas redes sociais e pela TV Nazaré, visando à proteção, principalmente dos idosos, e cumprindo sua missão evangelizadora. Mas o custo desse serviço é muito elevado. Por isso, os Padres Barnabitas recorrem ao sentimento de

solidariedade que tão bem caracteriza o povo paraense. Eles ressaltam que é importante que os devotos mantenham suas doações e os ajudem nas ações preventivas. Os fiéis podem utilizar os canais online e fazer a sua doação com segurança, sem sair de casa. Na avaliação dos padres, é desse modo que os Cristãos cuidam dos Cristãos.


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ARQUIDIOCESE

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PASTORAL DA CRIANÇA lança ferramenta de informação sobre Coronavírus COM INFORMAÇÕES específicas e atualizadas para ajudar as lideranças

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o momento de crise por conta da pandemia que todos estão vivendo, informações científicas corretas costumam demorar a chegar, principalmente aos mais pobres, e, quando chegam, nem sempre são em linguagem compreensível. Soma-se a isso as fakenews e as informações populares incorretas que circulam pelos grupos de whatsapp,com possibilidade de agravamento da situação pela falta de cuidados simples que podem salvar muitas vidas. Neste sentido a Pastoral da Criança lançou, no App Visita Domiciliar, um material de “E-capacitação” sobre coronavírus, com informações específicas e atualizadas para ajudar as lideranças e famílias a enfrentar a pandemia. São conteúdos científicos escritos em uma linguagem acessível e com diagramação amigável e que podem ser acessados inclusive offline, servem para toda a família e contam com a revisão de especialistas. Além desse material, por meio da funcionalidade correio do AppVisita, a Pastoral da Criança disponibiliza uma ferramenta eficaz para organizar a Rede de Solida-

riedade que está acontecendo em muitas comunidades, facilitando as ações e minimizando as falhas. “Entendemos que, por nossa natureza de atuação, devemos estar ainda mais a serviço e continuar nossa missão, ainda que com adaptações. Afinal, assim como hospitais católicos não são fechados, pelo contrário, aumentam sua capacidade, os serviços preventivos também devem ser ampliados”, explica o doutor Nelson Arns Neumann, Coordenador Internacional da Pastoral da Criança, médico epidemiologista e Doutor em Saúde Pública Com a Rede de Solidariedade. Segundo ele a ideia é mapear via GPS as pessoas próximas (evitar deslocamentos), controlar quem foi atendido, não sobrecarregar de pedidos os voluntários, ao mesmo tempo que se preserva a privacidade dos que ajudam (as mensagens são trocadas via aplicativo, não divulgando o telefone ou outros dados pessoais). “Sugerimos também que os voluntários da Rede de Solidariedade leiam o material de e-capacitação e façam o teste que faz parte do material sobre Coronavirus, pois

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sem o conhecimento adequado quem está com boa intenção de ajudar também pode se contaminar e contaminar os outros”, ressalta o coordenador. Além desses conteúdos, o Aplicativo Visita Domiciliar, que tem como objetivo auxiliar as famílias no cuidado com seus filhos, traz outros sobre temas de saúde, nutrição, desenvolvimento infantil, brinquedos e brincadeiras etc. São materiais educativos, vídeos, orientações, sinais de alertas e informações especí-

ficas para cada semana de gestação e até os seis anos de idade da criança, atualizadas periodicamente. O AppVisita pode ser utilizado em modo offline, sem conexão com a internet, em celulares ou tablets, e por meio dele também é possível ter acesso à e-Capacitação, que contém ainda mais materiais educativos sobre a gestação, temas ligados ao acompanhamento de crianças, brinquedos e brincadeiras e enfrentamento ao Coronavírus.

Para facilitar o aprendizado e o aperfeiçoamento, cada etapa é dividida em três níveis: Básico, Complementar e Opcional. A grande maioria dos conteúdos conta também com um QUIZ, que traz perguntas e respostas sobre o tema e serve como instrumento de aprendizado e avaliação. Para ter acesso a essas e outras funcionalidades, é só baixar o AppVisita Domiciliar e Nutrição - Pastoral da Criança na playstore, a loja virtual do sistema Android.

COMBATE AO CORONAVÍRUS: entidades da sociedade civil arrecadam doações A pandemia é uma ameaça maior em populações empobrecidas que sobrevivem à ausência das condições básicas de cidadania. Buscando diminuir os impactos socioeconômicos gerados pelo COVID-19 nas comunidades da Amazônia, organizações da sociedade civil e instituições religiosas realizam a arrecadação de alimentos, materiais de limpeza e recursos financeiros para ajudar famílias que estão sem qualquer possibilidade de geração de renda. “É uma iniciativa para reafirmar nosso compromisso, fazer de nós um coletivo para exigir as políticas necessárias e ao mesmo tempo ser um espaço que, embora em isolamento social, mantém-se unidas/os para superar essa crise”, explicou Aurilene da Silva, coordenadora do Centro Alternativo de Cultura (CAC). “Este gesto está em consonância com a conversão quaresmal da Campanha da Fraternidade deste ano, que aponta atitudes concretas de responsabilidade na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária”, destaca Cristiane Araújo, secretária executiva da CNBB do Regional Norte 2. Além da mobilização de doações, a campanha ainda quer aproximar ainda mais as informações acerca do

COVID-19 nas comunidades, orientado de forma segura e com linguagem acessível, incentivar a cidadania participativa e a solidarie-

dade como prática contínua e fortalecer ainda mais a participação da sociedade na superação dos problemas sociais e construção do

bem viver. Haverá postos de arrecadação e para quem quiser fazer doação por transferência ou depósito ban-

cário para: 001. Banco do Brasil, Agência: 3024-4, Conta Corrente: 128095-3, Associação Antônio Vieira (CNPJ:92.959.0044-49).

INSTITUIÇÕES QUE ESTÃO RECEBENDO AS DOAÇÕES - COLABORE! Interessados podem ainda procurar uma das instituições envolvidas nesta rede de solidariedade para viabilizar quer a entrega de alimentos e materiais de limpeza. 1 – CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – CNBB N2

Ponto de arrecadação de segunda a sexta-feira, das 08 às 12h Trav. Barão do Triunfo, 3151 – Entre Almirante Barroso e Rômulo Maiorana Contatos: 3266-0055 2 – CENTRO ALTERNATIVO DE CULTURA – CAC

Doações por transferência ou depósito bancário para: Associação Antonio Vieira - CNPJ 92.959.006/0044-49 Contatos: Aurilene 982030443 / Juscelio 980490244 3 – COMITÊ DOROTHY

Contato: 983322502 Alcidema Coelho 4 – IRMÃS FRANCISCANAS DO SAGRADO CORAÇÃO

De segunda a sexta-feira das 08 às 12h Rodovia Augusto Montenegro 1264 – próximo do Colégio Impacto Contato: Ir. Iacy 981316477

7 – COLETIVO MARIAS

Segunda a sexta-feira das 8 às 11h Radio Cabana FM Av. Magalhães, 746 – Guanabara (atrás do líder da BR) Contato3237-1107 /Paula Pimentel - 984145261 8 – MOVIMENTO PELA SOBERANIA POPULAR NA MINERAÇÃO

Contato: Lailson - 981874261 / 992579031

9 – CURSO DE EDUCADORES POPULARES NA AMAZÔNIA

Contato: Rev. Cláudio - 984189913 10 – MOVIMENTO TELA FIRME

Segunda a sexta-feira das 8 às 18h Passagem comissário 579 (no fim da rua) Terra Firme Contato: 982601045. Ingrid - 988733112 / Fabrício 985625374 11 - COLETIVO MULHERES DE ANANINDEUA EM MOVIMENTO

5 – IRMÃS DE NOTRE DAME DE NAMOUR

Contatos 993207020 Ir. Lu / 993288575 Ir. Carla

Segunda a sexta-feira das 8 às 12h Cidade Nova V, WE 56 nº 1092 – Ananindeua

6 – RESF

12 – IR. MONICA (SALESIANA FILHA DE MARIA AUXILIADORA)

De segunda a sexta-feira. Av. João Paulo II, 1437 entre Barão do Triunfo e Angustura Contatos: Maria Gercina Araújo 987253818/ 982303218

Colégio Centro Auxilium (Pedreira) Contato: 981290585


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IGREJA

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PANDEMIA e fraternidade universal Nota da PONTIFÍCIA Academia para a Vida, organismo vaticano

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om informações do site Vatican News, por Roberta Gisotti/Mariangela Jaguraba (Cidade do Vaticano) - A Pontifícia Academia para a Vida divulgou uma nota dia 30 de março sobre a emergência do Covid-19, intitulada “Pandemia e fraternidade universal”. “A pandemia do Covid-19 nos coloca numa situação de dificuldade sem precedentes, dramática e global: a sua força de desestabilização do nosso projeto de vida cresce a cada dia. Estamos vivendo um paradoxo que nunca teríamos imaginado: para sobreviver à doença, devemos nos isolar uns dos outros, e vivendo assim, percebemos que viver com os outros é essencial para a nossa vida”, ressalta o texto do organismo vaticano. “No meio de nossa euforia tecnológica e administrativa, nos encontramos social e tecnicamente despreparados para a difusão do contágio: custamos para reconhecer e admitir o impacto. E agora, estamos ansiosos para impedir sua propagação. Mas, tanto despreparo, para não dizer uma certa resistência, encontramos em relação ao reconhecimento de nossa vulnerabilidade física, cultural e política diante do fenômeno, se considerarmos a desestabilização existencial que está causando. Essa desestabilização está além do alcance da ciência e da técnica dos aparelhos terapêuticos. Seria injusto, e errado, cobrar os cientistas e técnicos dessa responsabilidade. Ao mesmo tempo, é certamente verdade que uma maior profundidade de visão e uma maior responsabilidade na contribuição reflexiva sobre o significado e os valores do humanismo, têm a mesma urgência que a busca por medicamentos e vacinas”. “O exercício dessa profundidade e responsabilidade”, ressalta a Pontifícia Academia para a Vida, “cria um contexto de coesão e unidade, de aliança e fraternidade, por causa de nossa humanidade partilhada que, longe de mortificar a contribuição de homens e mulheres da ciência e do governo, apoia e anima muito a sua tarefa. A sua dedicação, que já merece a grati-

dão de todos, deve certamente ser fortalecida e valorizada”. Nesse contexto, a Pontifícia Academia para a Vida, que por seu mandato institucional promove e apoia a aliança entre ciência e ética na busca do melhor humanismo possível, deseja ajudar com sua contribuição reflexiva. “O objetivo é colocar alguns elementos peculiares dessa situação dentro de um espírito renovado que deve alimentar a sociabilidade e o cuidado da pessoa. A situação excepcional que hoje desafia a fraternidade da comunidade humana terá que ser transformada em ocasião para que esse espírito humanista informe a cultura institucional no tempo ordinário: dentro dos povos e na harmonia dos laços entre os povos”. UM SISTEMA FRÁGIL

“Se pandemia evidencia a precariedade que marca radicalmente a nossa condição humana com uma dureza inesperada”, o organismo vaticano recorda que “em algumas regiões do mundo, a precariedade da existência individual e coletiva é uma experiência diária, devido à pobreza que não permite que todos tenham acesso aos tratamentos disponíveis, ou a alimentos em quantidades suficientes que, mesmo em todo o mundo, não faltam”. As regiões mais ricas e avançadas “pensavam que não fossem vulneráveis ou que podiam encontrar uma solução técnica para tudo”. “Devemos reconhecer que não é assim. Hoje, somos até levados a pensar que, junto com os recursos extraordinários de proteção e assistência que o nosso progresso acumula, também existem efeitos colaterais da fragilidade do sistema, sobre os quais ainda não supervisionamos o suficiente”. “Parece traumaticamente evidente que não somos donos do nosso destino”. Estamos todos conectados: “de fato, em nossa exposição à vulnerabilidade, somos mais interdependentes do que em nossos aparelhos de eficiência. Assim, descobrimos que a incolumidade de cada um depende da de todos”.

FOTO: AFP

espera “uma coordenação global dos sistemas de saúde” e a referência à autoridade que pode considerar as emergências com uma visão geral, tomar decisões e orquestrar a comunicação” para “evitar a desorientação gerada pela tempestade comunicativa que se desencadeia, com a incerteza dos dados e a fragmentação das notícias”. O PODER DA ORAÇÃO INTERCESSORA

n NOTA destaca a necessidade da fraternidade LIMITES DA CIÊNCIA

A Pontifícia Academia para a Vida exorta, por um lado, a criticar o atual modelo de desenvolvimento, especialmente “a exploração de áreas florestais até agora intocadas onde residem os microrganismos desconhecidos pelo sistema imunológico humano, com uma rede de conexões e transporte rápido e abrangente”, e por outro lado, considerar os limites da ciência e da tecnologia que não dominam os nossos afetos mais queridos e profundos, onde doença e morte não impõem “o abandono de sua justiça e a ruptura de seus laços”. “Os recursos de uma comunidade que se recusa a considerar a vida humana apenas como um fato biológico são um bem precioso, que também acompanha com responsabilidade todas as atividades de cuidado necessárias”. DEDICAÇÃO AOS OUTROS ALÉM DA LÓGICA DA REMUNERAÇÃO

“Nunca como agora a relação de cuidado se apresenta como o paradigma fundamental de nossa convivência humana”, da qual a dedicação dos agentes de saúde são expressão, cujo profissionalismo “se manifeta muito além da lógica dos vínculos contratuais, testemunhando que seu trabalho seja principalmente um âmbito de expressão de significado e valores, e não apenas ‘atos’ ou ‘bens’ a serem trocados por remuneração”. E também as “colaborações entre redes de centros de pesquisa para protocolos experimentais que garantem a segurança e eficiência dos medicamentos”, e também todos os homens e mulheres que “mesmo em situações objetivamente difíceis, continuam fazendo seu trabalho com hones-

tidade e consciência”, incluindo os milhares de voluntários que não deixaram de prestar serviço, dentre eles, as religiosas, os religiosos e os sacerdotes que continuam servindo as pessoas que lhes foram confiadas, mesmo a custo de suas vidas, como já aconteceu com muitos presbíteros contagiados e mortos. QUE A POLÍTICA RESPONDA ALÉM DOS INTERESSES NACIONAIS

A Pontifícia Academia para a Vida convida os responsáveis políticos “a terem uma visão ampla” das relações internacionais, evitando “uma lógica míope e ilusória, aquela que busca dar respostas em termos de ‘interesses nacionais’. Sem uma colaboração efetiva e uma coordenação eficaz, que enfrente, com decisão, as inevitáveis resistências políticas, comerciais, ideológicas e relacionais, não se detém o vírus”. Daí a advertência de não reduzir as escolhas políticas apenas com base em dados científicos, produzindo respostas técnicas e negligenciando o respeito “das diferenças entre culturas, que interpretam saúde, doença, morte e sistemas de assistência, atribuindo significados que em sua diversidade podem constituir uma riqueza que não pode ser homologada de acordo com uma única chave interpretativa técnico-científica”. ANTICORPOS DE SOLIDARIEDADE AO COVID-19

Derrota-se o Covid19 com “uma aliança entre ciência e humanismo que devem ser integrados e não separados, ou, pior ainda, opostos. Uma emergência como a do Covid-19 é vencida sobretudo com os anticorpos da solidariedade”. É

necessário “combater a tendência de selecionar as vantagens para os privilegiados e a separação dos vulneráveis com base na cidadania, renda, política e idade”. “As condições de emergência em que muitos países estão se encontrando podem forçar os médicos a tomar decisões dramáticas e dilacerantes sobre o racionamento de recursos limitados”. Nesses casos, a decisão nunca pode “basear-se numa diferença de valor da vida humana e na dignidade de cada pessoa, que são sempre iguais e inestimáveis”, mas devem estar relacionadas às “necessidades do paciente” e “à avaliação dos benefícios clínicos que o tratamento pode obter, em termos de prognóstico”. OS IDOSOS NÃO PODEM SER DISCRIMINADOS

“Não se pode supor a idade”, reitera a nota, “como critério de escolha único e automático, caso contrário, pode-se adotar uma atitude discriminatória em relação aos idosos e aos mais frágeis”. Por esse motivo, como já é o caso na medicina de catástrofes, “é necessário formular critérios, na medida do possível, partilhados e fundamentados, para evitar arbítrio ou improvisações em situações de emergência”. “De qualquer forma, nunca devemos abandonar a pessoa doente, mesmo quando não há mais tratamentos disponíveis: cuidados paliativos, tratamento da dor e acompanhamento são uma necessidade que nunca deve ser negligenciada”. OS RISCOS DA EPIDEMIA QUE ESPALHA INCERTEZAS

Em termos de saúde pública, a Pontifícia Academia para a Vida

“A proteção dos mais fracos, nesta época de pandemia, também testa a fé evangélica, como sinal da vitória de Jesus ressuscitado. Toda forma de solicitude, toda expressão de benevolência é uma vitória do Ressuscitado. É responsabilidade dos cristãos testemunharem isso. Sempre e para todos”, ressalta a nota da Pontifícia Academia para a Vida. Nesse momento, “não podemos esquecer as outras calamidades que atingem os mais frágeis, como os refugiados e os migrantes ou os povos que continuam sendo atormentados por conflitos, guerra e fome”. “É nesta luz”, explica o texto, “que devemos entender o significado da oração. Como intercessão para cada um e para todos aqueles que se encontram no sofrimento e que Jesus também viveu em solidariedade conosco, e como um momento para aprender Dele o modo de vivê-lo, confiando-se ao Pai”. A FRATERNIDADE EXPRESSA PELA FÉ EM AJUDA A TODOS

Uma atitude de fé bem expressa nas palavras do bispo de Bérgamo, cidade italiana flagelada pelo Covid19, é relatada no final da nota. Escreve dom Francesco Beschi: “As nossas orações não são fórmulas mágicas. A fé em Deus não resolve magicamente os nossos problemas, mas nos dá a força interior para exercer esse compromisso que, todos e cada um, de diferentes maneiras, somos chamados a viver, especialmente naqueles que são chamados a conter e vencer esse mal”. “Mesmo aqueles que não compartilham a profissão dessa fé”, conclui a nota da Pontifícia Academia para a Vida, “de qualquer forma podem extrair algo do testemunho dessa fraternidade universal que aponta para a melhor parte da condição humana”.


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