Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CV - Nº 931 - PREÇO AVULSO: R$1,00

www.fundacaonazare.com.br

BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

Arquidiocese ENTREGA doações nas ilhas de Belém Perante a dífícil realidade da pandemia, ajuda do Papa Francisco e da organização católica Adveniat foi entregue às comunidades atendidas pela Arquidiocese de Belém, por meio da Pastoral das Ilhas. CADERNO 2, PÁGINA 1. FOTOS: DIVULGAÇÃO

n DONATIVOS foram entregues pela Caritas Arquidiocesana de Belém às comunidades ribeirinhas da área missionária do Baixo Acará LUIZ ESTUMANO

MENSAGEM de otimismo projetada na fachada da Basílica de Nazaré

Luzes, som, fé e MENSAGEM Espetáculo virtual de luzes, som e

movimento transformou símbolos do

MISSA do Sétimo Dia por pe. Bruno Sechi, presidida por Dom Alberto

ESPERANÇA "SERVIR a com Terço Deus, a maior Mariano alegria"

Iniciativa da CNBB pelo fim da pandemia foi transmitida ao vivo pela "Padre Bruno se gastou no amor cebispo Dom Alberto na Missa de TV Nazaré para todo o Brasil. CAD. 1, PÁG. 4 a Deus e ao próximo", afirmou Ar- Sétimo dia. CADERNO 2, PÁGINA 5

AMOR a Deus: Padre Bruno

Círio em alegria para os devotos da Rainha da Amazônia. CAD. 2, PÁG. 4

Dom Antônio de Assis Ribeiro celebra aniversário de Ordenação. CADERNO 2, PÁGINA 2


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OPINIÃO

BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

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esde o século XIII, este foi o primeiro ano em que a Festa de “Corpus Christi” não pode ser celebrada no mundo católico, com a dignidade exigida pela Santa Igreja. O risco de contágio entre as pessoas, motivado pelo corona vírus, impediu a sua realização. A única procissão em que Jesus Cristo, em carne e sangue se faz presente, foi cancelada. Há mais ou menos 700 anos, o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Dioce-

JOÃO CARLOS PEREIRA Jornalista e professor (jcparis1959@gmail.com)

PRIVILÉGIO DE SER CATÓLICO

“Corpus Christi”: 756 anos depois sano de Liège, na Bélgica, depois feito papa Urbano IV, recebeu o segredo da freira Juliana de Mont Cornillon acerca das visões que teve de Cristo. A religiosa disse que o Senhor desejava que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

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omo é possível perceber a presença real de Jesus entre nós? Pelos efeitos. Acompanhe-me no raciocínio. Quando você entra numa sala refrigerada, vindo da rua aquecida pelo sol chegando a 36º, você sente imediatamente a mudança de temperatura. Estando algumas horas neste ambiente, sentindo-se muito bem no clima interno da sala, eis que repentinamente, sem nenhum aviso prévio, os aparelhos condicionadores deixam de funcionar. Em poucos minutos, ou mesmo imediatamente, você sente a mudança do clima. A presença de “Jesus em nosso meio”, conforme a sua promessa em

Na cidade de Bolsena, próxima a Orvieto, na Itália, onde estava instalada a corte papal, por volta de 1264, aconteceu um milagre que daria origem a esta grande tradição. Um sacerdote presidia a santa missa, quando a Hóstia Consagrada começou a sangrar. Era

junho de 1264, para, depois, enviá-los para a catedral de Santa Prisca, em Roma. A solenidade de “Corpus Christi” foi descrita na bula “Transiturus”, de 8 de setembro de 1264, 529 anos antes da realização do primeiro Círio. Ela

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...

Jesus entre nós, uma presença real Mt 18,20: “Onde dois ou três estão reunidos no meu nome, aí estou Eu no meio deles”, é dom divino e, ao mesmo tempo, efeito da nossa resposta ao seu pedido. Este “no meu nome” é condição fundamental. Estar com todos na atitude do mandamento do amor fraterno deixado por Jesus, e quando este amor se torna recíproco, então acontece a Sua presença. Somente assim

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m 2007 os Bispos da América Latina se reuniram em Aparecida para programar soluções para nossos problemas urgentes. Lá surgiu o famoso ‘Documento de Aparecida’. Nos números 131 a 153, os Bispos constataram que são poucos os católicos que conhecem bem Jesus Cristo e, menos ainda, são os católicos que, na prática, se tornaram seus discípulos e missionários. Os Bispos nos lembraram que todos nós somos chamados a seguir Jesus mestre e a sermos, de fato, seus discípulos. Ser discípulo significa aprender do mestre, imitar o mestre, agir como o mestre. O Evangelho é o livro que

se sentirão os efeitos do amor e, logicamente, se realizará a sua promessa de estar presente. “Não é que se trata de uma fórmula, ou uma virtude, ou a bondade, ou o divino; aí há uma pessoa! Nós não o vemos com os nossos olhos, mas Ele nos ouve e perscruta cada pensamento nosso, cada batimento do nosso coração, cada adesão da nossa alma. Ele está aqui!...Se

estamos unidos, Jesus está entre nós. E isto vale. Vale mais do que qualquer outro tesouro que o nosso coração possa possuir: mais que a mãe, que o pai, que os irmãos, que os filhos. Vale mais que a casa, que o trabalho, que a propriedade; mais que as obras de arte de uma grande cidade como Roma, mais que os nossos afazeres, mas que a natureza que nos circunda

com as flores, os prados, o mar e as estrelas; mais que a nossa alma! Foi Ele que, inspirando os seus santos com suas verdades eternas, marcou época em cada época. Também esta é a sua era: não a de um santo, mas Dele; Dele entre nós, Dele vivente em nós, que edificamos, em unidade de amor, o seu Corpo Místico e a comunidade cristã. Mas é preciso dilatar o Cris-

PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)

CURSILHO DE CRISTANDADE

A vocação missionária nos mostra Jesus: suas palavras, suas atitudes comportamentais e como nós devemos fazer. De fato, ser cristão é pensar e agir como Jesus pensava e agia. Sem conhecer e sem imitar a Jesus, é impossível ser cristão de fato. Não é tão fácil ser discípulo de Jesus. Jesus mesmo disse: “Quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome sua cruz de cada dia, ve-

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emos sido convidados e provocados a nos reinventar, a todo momento, nesse tempo de crise, nos levando a utilizar nossa fantástica capacidade humana de adaptação às mudanças e intempéries da vida. Estamos diante de um momento importante da nossa história, momento de repensar atitudes e escolhas, para construirmos uma sociedade muito mais humana, empática e cooperativa. No distanciamento social há um “forçoso” tempo de recolhimento e silêncio, um tempo de incertezas que convida à descoberta e vivência de novas habilidades. É es-

nha e me siga” (Mc 8, 34). Os Bispos nos lembram que quem se torna discípulo de Jesus tem a missão de anunciar Jesus e o seu Evangelho (Mt 28, 19 e Lc 24, 46-48). É por isso que todo o discípulo também deve ser missionário para testemunhar Jesus e participar da missão de salvar o mundo. Ser missionário não é uma opção para quem quer, mas

é essencial: é uma obrigação essencial que nasceu do nosso batismo. Discipulado e missão são duas faces da mesma moeda (At 4, 12). Se faltar uma das faces, a moeda é falsa. Assim, sem missão não existe cristão verdadeiro. Desde o início da Igreja, todos os primeiros cristãos se tornavam missionários. É o

BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)

HUMANUS

Reinvente-se! se o convite aos nossos novos possíveis, inspirado na célebre frase: Na crise, crie! Ou, “faça do limão uma limonada”. Reinventar-se é se permitir viver novas experiências, é buscar desenvolver novas habilidades, é se transformar, sair da zona de conforto, é, basicamente, se desafiar. Também é

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

tanto sangue, que o corporal ficou empapado. Sabendo do fato, já conhecido com “o milagre de Bolsena”, o Papa determinou que todos os objetos milagrosos fossem levados até ele, numa grande procissão, ocorrida no dia 19 de

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

se adaptar às novidades, mudar a forma de pensar e, ainda, se desapegar de objetos, pensamentos, crenças e emoções que já não nos agregam ou que não se adequam mais às nossas novas escolhas e necessidades. É fácil se reinventar, podem perguntar. Não, já respondo. É um desafio grandioso

DIRETOR GERAL Padre Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira

que exige sair da passividade do “deixa a vida me levar” e construir-se, reconstruir-se a cada dia. É tomar a decisão de seguir em frente, driblar e vencer as adversidades. Exige querer, decidir avançar e esforço, muito esforço. Algumas sugestões para ajudar: Persista e não desista, reinventar-se é

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

prevê que a realização do desejo do próprio Cristo aconteça na quinta-feira, depois da festa da oitava de Pentecostes, que vem a ser a semana seguinte à festa da Santíssima Trindade. Uma curiosidade a respeito da história desse fato histórico é o belo Ofício cantado para dar mais solenidade e brilho à celebração de “Corpus Christi”. Cantado até os dias de hoje, ele recebeu o nome de “Louva Sião”, ou Lauda Sion, e foi composto por ninguém menos do que São Tomás de Aquino. to; acresce-Lo em outros membros; tornar-se, como Ele, portadores do Fogo, que dissolva todo o humano no divino, que é a caridade em ato. Fazer de todos “um” em todos o Uno! E então, vivamos a vida que Ele nos dá momento por momento. É mandamento-base a caridade fraterna: “Acima de tudo...” De nodo que tudo tem valor na medida que é expressão de sincero amor fraterno. Nada do que fazemos tem valor, se nisso não há o sentimento de amor pelos irmãos; pois Deus é Pai e tem no coração, sempre e unicamente, os filhos” (cf. Chiara Lubich, Jesus no meio, Editora Cidade Nova, 2019, p. 39-40).

que Jesus exige de cada um de seus discípulos. Jesus é o Salvador, o único Salvador. Sem Jesus não há salvação. Não basta saber que Jesus existe, mas é preciso aceitá-lo como mestre, seguir seus ensinamentos e imitar os seus exemplos. Jesus é a luz do mundo. Ele disse: “Quem me segue anda na luz, mas quem não me segue anda nas trevas”. Muitos falam de Jesus, mas não o conhecem e nem o seguem. Por isso eles estão nas trevas e no caminho da perdição. Todo o cristão, católico ou evangélico, tem o dever de anunciar Jesus e promover o seu seguimento. um processo ininterrupto; Viva o momento presente (Carpe diem); Busque ser otimista; Acredite em você mesmo! Ou seja, o reinventar-se não é adotar uma mudança radical, mas sim uma contínua decisão de fazer ajustes e mudanças necessárias, a cada momento. E, para começar, o primeiro passo é se autoavaliar: quem é você, o que você quer mudar, o quanto você quer mudar, o quanto você precisa mudar, como você pode mudar? Pergunte-se, conheça-se, mude!

Mudar-se é uma das maiores atitudes de coragem (Ziza Fernandes)

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

CONVERSA COM MEU POVO

CORPO entregue, Sangue derramado, Sacramento de Amor "Q uando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos e disse: “Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de padecer. Pois eu vos digo que não mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus” (Lc 22,14-16). Celebramos com grande alegria a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, que costumamos chamar “Festa de Corpus Christi”. Passado o Tempo Pascal, quando a Eucaristia foi celebrada com tanta dignidade em todas as partes, do nascer ao pôr-do-sol, mesmo com as atuais e provocadoras

O alimento que ele oferece é a sua carne e o seu sangue para a vida do mundo circunstâncias de saúde pública em que nos encontramos, a sabedoria da Igreja nos faz contemplar e viver este Mistério que a acompanha, cume e fonte de toda a atividade apostólica. Para as finalidades da Eucaristia – tornar-nos um só corpo e um só coração com Cristo – tudo converge, anúncio da Palavra, Catequese, organização da Igreja, e tudo nasce, como a vida na caridade, o anúncio do Reino de Deus e seus valores, o relacionamento com as pessoas e a sociedade, e também a profecia. Além disso, cada pessoa que comunga torna-se portador de Cristo, procissão viva, para que todos os que

consomem seu tempo e sua capacidade de amar recebam misteriosamente o Senhor que nos sustenta a todos. “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo” (Jo 6,51). Ao final de sua pregação sobre o Pão da Vida, Jesus faz uma revelação, certamente surpreendente, para a multidão e também para seus discípulos. O alimento que ele oferece é a sua carne e o seu sangue para a vida do mundo. Anunciava a sua presença permanente, que os outros três evangelistas descrevem na narrativa da última Ceia, assim como São Paulo, no magnífico texto da Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 11,23-26): “Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: na noite em que ia ser entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazeio em minha memória’. De fato, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha”. Vale trazê-lo da memória, “na ponta da língua”, de “cor”, no coração, para ter presentes as palavras que são a referência para aquilo que a Igreja repete na Consagração, em cada Missa! “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém, em síntese, o próprio núcleo

do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: ‘Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo’ (Mt 28, 20); mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança. O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é ‘fonte e centro de toda a vida cristã’. Com efeito, ‘na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o Pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo’. Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor” (São João Paulo II, Ecclesia de Eucaristia, 1). Não estamos diante apenas de uma lembrança, mas de uma presença viva e real, capaz de sustentar toda a nossa vida. Para nos aproximarmos da Eucaristia, Mistério da Fé, é necessário justamente esta atitude de fé, na certeza de que o Senhor mesmo nos garantiu sua presença neste Sacramento. Ainda se pede de cada pessoa que comunga a disposição do coração para estar em plena sintonia com o Senhor, a sua Palavra e a sua Igreja. Cada um reveja com sinceridade sua própria vida, antes de participar da Eucaristia. Não que já sejamos perfei-

LUIZ ESTUMANO

DOM ALBERTO na procissão de Corpus Christi

tos, até porque não merecemos, mas precisamos do Senhor e de sua presença salvadora, Pão vivo descido do Céu, Pão para a caminhada nesta terra. Uma das condições para comungar, e comungar bem, é viver na caridade com os irmãos e irmãs, prontos inclusive a nos reconciliar com as pessoas, restaurando a caridade com o próximo. E não se trata apenas de fazer as pazes com as outras pessoas, mas fazer as pazes com o sentido de caridade e fraternidade que deve caracterizar a vida cristã. Olhar ao nosso redor, com a sensibilidade apurada de quem não deixa qualquer pessoa passar em vão ao nosso redor, é uma boa estrada para preparar-nos bem à comunhão. Recordemo-nos que a Eucaristia é Sacramento do amor de Cristo por nós. Seu único Sacrifício se encontra ali presente, como fonte inesgotável de vida, para que todos tenhamos vida e para a vida do mundo. A Eucaristia que nos sustenta é presença real do Senhor. Na Solenidade de Corpus Christi e em todas as nossas Paróquias, voltamo-nos para o Senhor, presente no

Tabernáculo ou exposto diante dos fiéis, para adorá-lo. Edifica muito a todos nós a quantidade de pessoas, homens e mulheres, jovens, adultos, crianças, tanta gente que entra em nossas igrejas, buscando ansiosa a luz que indica o local do Sacrário, para visitar Jesus Sacramentado. Ele está ali, e quantas são as histórias alegres ou tristes, lamentações e desabafos, agradecimento e súplica, prolongados silêncios, olhares e recolhimento! Tudo diante dele, que está ali, porque antes ou depois entenderemos que nele está o Paraíso. Está ali, sempre a esperar-nos, para fazer-nos compreender, no silêncio, quando nos parece não podermos fazer mais nada, diante das dificuldades. Realizando por amor a sua vontade, momento por momento, com Jesus, chegamos a toda a humanidade. Ele está ali para fazer-nos compreender que nunca estamos sós, que nossa casa é o Céu que quando vem a nós no Sacramento, ele entra em nós e, mais ainda, nós entramos nele. (Cf. Canção do Conjunto Gen Verde). Todas as dimensões da Eucaristia, Sacrifício, Comunhão e Presença

estão presentes na sede e fome de Deus que estamos assistindo em nossas Paróquias! Desejo da Comunhão, Horas de adoração, acompanhamento das celebrações possíveis através dos meios de comunicação e, agora, como fruto de um esforço de nossos padres e de tantas pessoas, o retorno progressivo às celebrações presenciais. Viva Cristo! Tornar-nos um só corpo e um só coração com Cristo

A Eucaristia é Sacramento do amor de Cristo por nós. Seu único Sacrifício se encontra ali presente, como fonte inesgotável de vida.


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IGREJA

BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

TERÇO da Esperança e da Solidariedade transmitido ao vivo por rádios e TVs católicas TV NAZARÉ, da Arquidiocese de Belém, transmitiu ao vivo a programação, exibida em cadeia nacional LUIZ ESTUMANO

PE. WAGNER MARIA conduziu o Terço da Esperança

E

m comunhão com toda a Igreja no Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) continua sua iniciativa de conectar o país em oração rezando juntos o Terço

da Esperança e da Solidariedade como caminho de superação da pandemia do coronavírus. O terço de quartafeira, dia 10, às 15h30, foi transmitido ao vivo pela TV Nazaré e exibido, em cadeia nacioLUIZ ESTUMANO

nal, nos canais de TVs e emissoras de rádio de inspiração católica do país. Também foi transmitido simultaneamente pelas páginas oficiais da CNBB no Facebook e no Youtube. O momento de ora-

ção foi conduzido pelo padre Wagner Maria, do clero da Arquidiocese de Belém do Pará. O Terço da Esperança e da Solidariedade é uma iniciativa da CNBB que, frente

à pandemia do novo coronavírus e em comunhão com o Papa Francisco no compromisso de intensificar as orações neste período, une todo o Brasil em um momento comum de oração.

Para compartilhar os momentos de oração nas redes sociais use a hashtag adotada pelo Papa Francisco: #rezemosjuntos. Acompanhe também pelo www.facebook. com/cnbbnacional

Brasileiros invisíveis n Por Irmã Marília Menezes Ele pedia comida em uma casa Tinha três máscaras em suas mãos E ele as sacudia e levantava certo de que uma porta se abriria. Mas ninguém lhe atendia, Ninguém lhe dava nada.

Começou a tossir e a escarrar E foi pior – fez aumentar o medo do contágio E seminu, faminto e encurvado Juntou-se aos companheiros da calçada. AUTORA, Ir. Marília Menezes

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

Não adiantava ir a um hospital e suplicar: “Tô doente do vírus”. Documento nenhum para mostrar. Mais um dos brasileiros invisíveis: Nem CPF nem Identidade. És invisível, sem provar que existes. A Pandemia veio escancarar: Ninguém para ajudar Miseráveis, milhares, Para um triste dinheiro receber... Onde estão Dulce ou Madre Teresa? Para nesse problema se envolver?

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mt 9,36-10,8

Naquele tempo, 36 vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37 “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” 10,1Jesus chamou os doze discípulos e deulhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. 2Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; 3Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. 5Jesus enviou esses doze com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aon-

de moram os pagãos nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O reino dos céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!” B) COMENTÁRIO

Mateus apresenta seu programa evangélico em cinco partes: discursos, indicando a importância da obra, como a da “Torá hebraica”, que é de cinco livros, o Pentateuco; a Lei de Deus a seu povo. O capítulo 10 de Mateus trata do discurso apostólico, a missão dos doze apóstolos; imagem das 12 tribos: constituição do Povo eleito. A seleção dos discípulos, os apóstolos, que quer dizer “enviados em missão”, recebe aqui o poder e a progra-

mação de sua atividade. E a instrução dada é de que, antes da expansão se deve agir na recuperação: “Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!” (v 6). Portanto, nos indica que aos mais próximos: família, grupos, pesa a maior responsabilidade em nossa missão de promover a unidade. O empenho prioritário é voltado para a recuperação das energias desgastadas, de fazer as pazes, de envolver as pessoas no bom relacionamento querido pelo Pai e pelo Filho. É precioso perceber o olhar compassivo, amoroso e recriador do mestre: “vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas”. E o motivo? “Porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor” (9,36). O Salmo da liturgia de hoje diz: “Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, ele mesmo nos fez, e somos

seus, nós somos seu povo e seu rebanho” (Sl 99,2). E outrora, o livro dos salmos fala do valor da recuperação: “O Senhor é o Pastor que me conduz...e restaura as minhas forças” (Sl 22,2). Como é bom e faz bem, recuperar ou encontrar o que se tinha perdido! É notório que Deus age por si só na História da Salvação. Mas neste caso, pode se dizer que Ele necessita de colaboradores, e Jesus requer dos apóstolos a atenção e empenho em solicitar ajuda. “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” Quem chama é o mesmo que envia. Os apóstolos são elencados em dupla, e também enviados de “dois a dois” (Mc 6,7). A missão mais abençoada é aquela partilhada.

n 12/06 - SEXTA Cor (verde) Primeira Leitura (1Rs 19,9a.11-16) Responsório (Sl 26) Evangelho (Mt 5,27-32) n 13/06 - SÁBADO Cor (branco) Primeira Leitura (1Rs 19,19-21) Responsório (Sl15) Evangelho (Mt 5,33-37) n 14/06 - DOMINGO Cor (verde) Primeira Leitura (Êx 19,2-6a) Responsório (Sl 99) Segunda Leitura (Rm 5,6-11) Evangelho (Mt 9,36-10,8) n 15/06 - SEGUNDA Cor (verde)

Primeira Leitura (1Rs 21,1-16) Responsório (Sl5) Evangelho (Mt 5,38-42) n 16/06 - TERÇA Cor (verde) Primeira Leitura (1Rs 21,17-29) Responsório (Sl50) Evangelho (Mt 5,43-48) n 17/06 - QUARTA Cor (verde) Primeira Leitura (2Rs 2,1.6-14) Responsório (Sl30) Evangelho (Mt 6,1-6.16-18) n 18/06 - QUINTA Cor (verde) Primeira Leitura (Eclo 48,1-15) Salmo Responsorial (Sl 96) Evangelho (Mt 6,7-15)


5 SETORJUVENTUDE

BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ

A experiência do NAMORO: um caminho de amadurecimento

INTRODUÇÃO

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ais uma vez as publicidades se enchem de anúncios amorosos! Chegou o dia dos namorados! A linguagem comercial é imperativa, impondo a todos os usuários das mais variadas mídias uma ideia radical: “se você ama, dê um presente para o seu amor!”. É um amor que passa pelo consumo! O dia dos namorados é a quarta data mais importante para o comércio nacional, superado apenas pelo Natal, dia das mães e dia das crianças. Esse é somente um dos tantos apelos que recaem sobre os namo-

O amor exige que os dois tenham uma profunda reta intenção, um olhar para o mesmo rumo rados; lamentavelmente, o amor é vinculado às coisas, ao consumo e aos prazeres. A economia faz os seus apelos e a pastoral deve também fazer a sua parte. Por isso, achei oportuno nesta semana convidá-lo para refletir sobre a natureza do namoro, sobretudo para os jovens. Diante da banalização das relações humanas que gera múltiplos e dramáticos fenômenos como a violência, a indiferença, a solidão, o homicídio e o máximo dos prazeres, somos convidados a aproveitar da ocasião do dia dos namorados para convidar os jovens a refletirem sobre a experiência do namoro. Os crescentes dados sobre da violência contra a mulher (espancamento, assédio moral, feminicídio...) nos alertam para a urgente necessidade da educação para o amor e as relações de gênero na sociedade.

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Uma linda experiência humana Uma das mais profundas e confortantes experiências humanas é aquela de dar e rece-

ber afeto. Isso está no íntimo do nosso ser, em nossa mente e coração! Não somos somente seres sociais, capazes de interação com os outros, somos também dotados da capacidade de amar; de manifestar sentimentos, de revelar aos outros a nossa ternura, o nosso carinho, nossa admiração; somos portadores do sentimento de atração! Não existe o ser humano naturalmente bruto, violento, seco, vazio de afeto. Na verdade, somos naturalmente carentes de amor, sentimos necessidade de amar e ser amados; de dar e receber afeto. O namoro deve ser uma experiência fundada nesse húmus do coração humano e, por isso, deve ser um relacionamento no qual só deve haver espaço para acolhida gratuita, para a ternura, cuidado, proteção, sinceridade, confiança. No centro da palavra namorado(a) está a palavra amor (no+amor+ado); os namorados, por coerência do sentido da relação, deveriam ser aqueles que estão ancorados no amor. Essa relação perde todo sentido e sua positiva qualidade, quando um ou ambos se afastam do seu fundamento que é o amor, do qual brotam os devidos cuidados éticos e atitudes de ternura, respeito, perdão, paciência, etc. Se não houver essa consciência de amor enquanto cuidado com o bem do outro, restarão os impulsos, os instintos e os interesses pessoais que promoverão a violência.

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Experiência de

amadurecimento Na Exortação Apostólica Alegria do Amor (Amoris Leatitia), o Papa Francisco nos fala generosamente do desafio para o processo da preparação matrimonial. Nessa perspectiva a experiência do namoro deve ser um caminho de amadurecimento humano do casal. Apesar da liberdade, deve ser

DIVULGAÇÃO

uma experiência que pressupõe compromisso com o outro. Sem isso, tudo fica em risco; aqueles que estão verdadeiramente enamorados devem assumir o compromisso de amor um para com o outro que pressupõe amizade, gestos de cuidados e esforços para evitar a mesquinhez e egoísmo (cf. AL,132-133). Nesse dinâmico horizonte de relacionamento, o namoro é uma experiência formativa. Casais que não se educam não se amam! Namorados que evitam qualquer forma de descontentamentos recíprocos, que não se confrontam seriamente, não crescem, não amadurecem. Dessa forma, lamentavelmente, viverão um relacionamento baseado em concessões recíprocas. Isso vicia, alicia e infantiliza. Na perspectiva da vida matrimonial, nenhum namoro baseado simplesmente no consumismo prazeroso, será capaz de contribuir para sustentar a séria responsabilidade da constituição de uma nova família. A vida não é só feita de prazer, mas de luta, trabalho, suor, convivência e para saber superar os desafios é necessário virtudes.

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Dez pistas reflexivas para os jovens 1) Não existe verdadeiro namoro se não houver amor entre os dois. O Amor não é atração física; o amor é querer o bem do outro; o amor é compromisso, é responsabilidade, é pacto com a verdade. Não existe verdadeiro amor onde não há honestidade, autenticidade, sinceridade; 2) O amor exige que os dois tenham uma profunda reta intenção, um olhar para o mesmo rumo e com liberdade. Jamais um deverá fazer do outro objeto a ser manipulado. Toda espécie de chantagem afetiva é sinal de dependência e imaturidade; 3) O amor exige dos dois um processo de contínuo confronto e discernimento daquilo que é bom e justo para ambos. Não é bom sinal quando os dois estão sempre se acusando e se defendendo, sem buscar o entendimento e a comunhão; 4) O ciúme é a insegurança que machuca qualquer relacionamento amoroso; aliás, quem é doentiamente ciumento, é afetivamente imaturo e tenta

transformar o outro num objeto a ser possuído e manipulado; o ciumento doentio tende a ser a violento; 5) O amor exige amadurecimento humano, processo, etapas; essa dinâmica de relação estimula a formação humana integral das pessoas, porque o amor é íntegro. Quem diz que ama deve estar disposto a crescer e a se educar; amor e verdade caminham juntos; por sua própria natureza, o amor evita tudo o que é inconveniente; 6) O namoro é um caminho de descobertas e conhecimento recíproco; não deve ser aprisionamento no prazer; por isso, o casal é chamado a se conhecer, a se revelarem, a serem confrontados em seus modos de pensar e agir olhando para o futuro; 7) Quem ama não força um relacionamento. Os namorados devem manter-se livres e responsáveis! Relacionamento forçado, quase sempre termina em violência. Não existe namoro, por favor, por piedade, por compaixão, por pena do outro; 8) Não existe verdadeiro amor sem Deus,

porque Deus é Amor. Sem fé, os namorados serão continuamente arrastados pela impulsividade irresponsável; mas o amor é paciente, tudo espera! Sem a experiência da oração, tendem a se afogar nos prazeres; a fé educa para o verdadeiro amor; 9) O engajamento na Igreja purifica a experiência do amor do casal; jovens casais de namorados, discípulos de Jesus, devem estar participando ativamente da vida da Igreja; Essa é uma experiência que irá proporcionar-lhes grande crescimento humano e espiritual; 10) Enfim, o casal de namorados que pensa em vida matrimonial seriamente, deverá pouco a pouco, caminhando para o noivado, elaborar o próprio projeto de vida familiar (tema já tratado em artigos anteriores). Sem projeto de vida, tudo será antecipado e atropelado, gerando fracasso PARA A REFLEXÃO PESSOAL: Quais apelos a mídia apresenta para os namorados atualmente? Como os jovens namorados podem crescer reciprocamente? Qual dos dez itens elencados mais lhe chamou a atenção?

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A natureza do namoro

O amor exige dos dois um processo de contínuo confronto e discernimento daquilo que é bom e justo para ambos.


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

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FAMÍLIA NAZARÉ

Santa Missa pelos benfeitores da FAMÍLIA NAZARÉ PARÓQUIA do Perpétuo Socorro rezou pelos benfeitores da evangelização

"A

Mãe do Perpétuo Soc o r ro e s t á aqui para cuidar de todos nós, com amor, como aquela em quem podemos confiar, e que nos mostra o caminho para a solução de todos os nossos problemas, que é o seu Filho Jesus!”. Com estas palavras, o padre Márcio Halmenschlager, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, presidiu a Santa Missa mensal em Ação de Graças pela Família Nazaré, os benfeitores da evangelização na Arquidiocese de Belém do Pará. Perante o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e presença de poucos paroquianos – em cumprimento às recomendações de segurança devido à pandemia-, a celebração aconteceu na capela da Fundação Nazaré e foi transmitida ao vivo pela Rede

FRAME TV NAZARÉ

PE. MÁRCIO presidiu a Santa Missa pela Família Nazaré

Nazaré de Televisão, canal 30, e em cadeia pela Rádio Nazaré FM e redes sociais da Arquidiocese de Belém. Na ocasião, o celebrante também informou a programação festividade paroquial que acontece este mês naquela igreja, situada no bairro do Telégrafo. A Missa em intenção da Família Nazaré é celebrada sempre na primeira sexta-feira do mês, como louvor a Deus pelas pessoas que ajudam a anunciar a mensagem do Reino de Deus pelos meios de comunicação pela Fundação Nazaré de Comunicação.

DOAÇÕES - A Família Nazaré é formada por pessoas que contribuem mensalmente com doações de recursos financeiros que ajudam a Arquidiocese de Belém a manter a obra de evangelização desenvolvida pelo Jornal Voz de Nazaré, TV Nazaré, Rádio Nazaré FM e Portal Nazaré. A capela da Fundação Nazaré fica na av. Gov. José Malcher, 915 - edifício Paulo VI, bairro Nazaré. Ajude-nos! Seja um integrante da Família Nazaré. Para cadastrar-se, ligue: (91) 4006-9211 e torne-se um evangelizador!

NOSSOS ANIVERSARIANTES Raimundo Caldas Furtado Neidirce Gomes Rodrigues Adolfo Da Silva Pereira Lima Antonia Garcia Da Paixao Rodrigues Francisca Francinete Da Silva Lopes Clea Da Veiga Aguilar Rios Mario Jorge Alves Da Silva Juana Rodrigues Da Silva Raimunda Inez Da Silva Ferreira Antonio Carlos Tavares Do Rosario Domingos Savio Alves De Campos Andrea Marilene Vasconcelos Gama Anderson Santos Dos Santos Sheule Rogerio Souza Mororo Raimundo Da Silva Barra Raimunda Machado Monteiro Martinha Antonia Raposo Silva Solange Marlene De Sousa Lopes Antonio Cunha Coutinho Antonia Felizarda E Costa Marideusa Mendes Ferreira Iolita Alencar De Souza Maria De Lourdes Barbosa Morais Therezinha De Jesus Da Silva Lopes Yolanda Deise Xavier Veloso

Veronica Da Costa Goncalves Maihra De Fidalgo Alves Rafael De Oliveira Mattos Teresa Dias Oliveira Osmarina Maia De Macedo Antonina Menezes Dos Santos Maria Das Neves Seixas Maria De Lourdes Ferreira Zeira Carneiro De Figueiredo Maria Celia Silva Sarmento Antonio Lobato Miriam Chaves Pinheiro Francisca Das Chagas Silva Luiz Guilherme Soares Moura Joaquim Jose Nogueira Neto Silvia Cristina Braga Dantas Lena Claudia Monteiro Ribeiro Nathalie Rodrigues Coutinho Thamires De Loudes Batista Nascimento Aurelia Mendes De Araujo Joao Santos De Mendonca (In Memorian) Ruth Mary Do Amaral Seawyrigth Jose Walllace Correa Pantoja Joveniano Batista Fernandes Francisco R. Da Silva Edineide Pessoa De Matos

Fernando Geovane Maciel Da Silva Marcelim Soares Do Nascimento Junior Solana Villacorta Tavares Isolda Maria De B Rebello Santos Ana Maria Figueiredo Goncalves Ana Alice Sacramento Mendes Junior Oliveira

Fernando Jose Da Silva Santos Lecy De Nazare P. Silva Mario Lima De Oliveira E Iracema Oliveira Conceicao Martins Pessoa Maria Raimunda Miranda Ribeiro Francisco Dos Santos Dantas Marcia Lilian Da Silva Oliveira Shirley Aguiar Da Rocha Licinete Pinheiro De Medeiros Renato Da Cruz Xerfan

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 12/06 – Diác. Antônio Iran Gonçalves Ribeiro 13/06 – Pe. Antônio Moraes Oliveira 13/06 – Diác. Antônio Fabiano Fonseca Bastos 13/06 – Pe. Antonio José Garcez de Oliveira 14/06 - Pe. Vandilson Sousa Lima 16/06 – Diác. Aroldo Vitor dos Anjos Monteiro 16/06 – Pe. Ederaldo da Mata Silveira 18/06 – Pe. Wellington da Silva n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 14/06 - Diác. José Otávio Alves Maia 15/06 – Pe. Flavio Piccolim 15/06 – Pe. Fábio Luiz Quintal Gama


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CADERNO DOIS

PASTORAL das Ilhas promove entrega de cestas para comunidades do Baixo Acará FOTOS: LUIZ ESTUMANO

ALIMENTOS e kits de limpeza foram adquridos com ajuda do Papa Francisco

N

a manhã de terça-feira, 8, a Ar-

quidiocese de Belém, por meio da Pastoral das Ilhas, concluiu a entrega de cestas básicas para as 14 comunidades da Região do Baixo Acará. A iniciativa foi possível com a doação de R$ 10 mil reais do Papa Francisco para a Arquidiocese para auxiliar as atividades de assistência das famílias mais necessitadas. A ação coordenada pela Caritas está doando cestas básicas para a população ribeirinha das comunidades de Outeiro, Cotijuba e

Baixo Acará. Além das 266 cestas adquiridas com o valor doado pelo Santo Padre, a Arquidiocese recebeu também mais uma ajuda através da CNBB Norte 2, no valor

de R$ 8 mil reais, doados pela organização católica Adveniat. Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano, deliberou que o valor fosse também destinado para a região das ilhas, possibilitando a aquisição de mais 156 cestas básicas e 156 kits de materiais

de higiene e de limpeza. Elas vão ajudar famílias como a da pescadora Arlete Moraes, que reside na Comunidade Nossa Senhora de Nazaré, no Rio Genipaúba. “Essas cestas representam muitas coisas, porque tem muita gente necessitada nas ilhas. Há pessoas que não podem vir a Belém, pessoas idosas, eles vão pescar, apanhar açaí para sobreviver. Com a ajuda da Arquidiocese, dá um alívio nesse momento para essas famílias”. As ações estão sendo coordenadas pela Caritas Belém, segundo orientações de Dom Alberto. Comunidades de Outeiro e Cotijuba já receberam cestas em outra ação. Para o presidente da entidade, diá-

cono Raimundo Nonato, essa ação tem sido um “momento de graça”. Ele pontua a ajuda do Papa Francisco para ajudar as famílias necessitadas da região do Baixo Acará. “O Santo Padre é sensível a essa realidade de sofrimento de pandemia, das famílias necessitadas e fez essa doação. E a partir da autorização do nosso Arcebispo estamos atendendo as comunidades da região das ilhas. Para nós é um momento de graça poder partilhar com essas famílias”.

Irmã Carmem Silva, da Pastoral das Ilhas, diz que a ajuda à população ribeirinha é providencial, porque muitos estão impedidos de comercializar os produtos cultivados em suas comunidades. “Os nossos irmãos que residem nessa área, próximos aos igarapés, que conhecemos muito bem como ri-

PASTORAL das Ilhas embarca com donativos para a entrega

beirinhos, e moram nas ilhas, são pessoas que vivem da agricultura, da pesca e do extrativismo do açaí. Essas atividades são fonte de renda para todos e nessa realidade que nós vivemos, eles não podem chegar até as feiras”, explica a religiosa. E complementa: “Por isso, chegou em bom momento, e a obra é de Deus que olhou

com sua infinita bondade e misericórdia para essas famílias que estavam, sim, passando fome. E o Papa solucionou tantos problemas, um deles, a fome. Pedimos que Deus abençoe a sua missão. E Deus está para servir, acolher todos os seus filhos, os prediletos, e aqui destacamos os nossos irmãos e irmãs que residem nas ilhas.”

DOAÇÃO e solidariedade do Papa Francisco com a Igreja

CATRITAS BELÉM coordena a ação

Com informações do site da Arquidiocese. Na Igreja Católica em todo o mundo, são inúmeras as iniciativas promovidas por Conferências Episcopais, Dioceses, Paróquias,

Congregações religiosas, Movimentos Eclesiais, iniciativas individuais de leigos e famílias em favor das pessoas atingidas direta ou indiretamente pela pandemia da covid-19. Considerando as necessidades da Arquidiocese de Belém, em meio a

tantas iniciativas para auxílio das pessoas menos favorecidas e até marginalizadas pela sociedade, principalmente em tempos de pandemia, o Santo Padre, Papa Francisco, destinou uma doação de R$ 10 mil reais para auxílio as atividades de assistências para as famílias mais necessitadas. Em carta dirigida ao Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, comunicou o envio de uma importância de dez mil reais, “um gesto de solidariedade do Santo

Padre Francisco para com os mais necessitados, acompanhado das suas orações nesta difícil circunstância”. A doação do Santo Padre foi recebida pelo Arcebispo de Belém com muita alegria. “A ajuda do Santo Padre será destinada às ações que estão sendo desenvolvidas pela Caritas Arquidiocesana, que tem atuado na Região Metropolitana (nos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara) contemplando parte das comunidades das 94 paróquias e áreas missionárias.

As iniciativas atendem famílias em situação de vulnerabilidade, idosos, residentes em áreas de periferias, nos limites dos territórios paroquiais, com grande representação de subemprego e até mesmo muitos desempregados, sem nenhuma fonte de renda. As famílias beneficiadas do projeto são identificadas e cadastradas por agentes das pastorais e voluntários da Caritas Arquidiocesana. As ações visam doação de cestas de alimentos e kits de higiene e limpeza”, pontua o Arcebispo.


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IGREJA

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

DOM Antônio festeja Jubileu de Prata de sua Ordenação Sacerdotal

NAZARÉ REPÓRTER DIVULGAÇÃO

MISSA e convívio com fiéis marcam a data especial para o Bispo dia 17

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apróxima quarta-feira, 17, Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, festeja 25 anos de sacerdócio e a comemoração será de modo simples no meio do povo, com muita alegria, atenção e carinho. A Comunidade de São Judas Tadeu, uma das que compõe a Área Missionária Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Marituba, acolhe a celebração eucarística, às 19h30, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano. Em seguida as comunidades da área oferecem um jantar de agradecimento ao bispo auxiliar pelo seu trabalho na área missionária. O rd e n a d o s a c e r dote em 17 de junho de 1995, em Ourém (PA), por Dom Miguel Maria Giambelli, à época Bispo da Diocese de Bragança, Dom Antônio em conversa com o jornal Voz de Nazaré lembra do início de sua caminhada sacerdotal desses 25 anos dedicados ao pastoreio: “nos meus primeiros cinco anos de vida sacerdotal vivi algumas experiências muito estimulantes: a missão de formador e professor, o aprofundamento dos estudos teológicos em Roma e diversas experiências pastorais, sobretudo na periferia”. Dom Antônio recorda que foram campos de experiências profundamente enriquecedoras porque o possibilitaram fazer uma síntese entre experiência de fé pessoal, o aprofundamento teológico e a experiência pastoral: “São experiências que devem acompanhar toda vida de um sacerdote. Sobre as dificuldades, tive várias!

Uma delas foi o fato de, desde muito cedo, os superiores me pedirem para assumir sérias responsabilidades, sendo uma delas o papel de formador. Por outro, houve o desafio de harmonizar o serviço interno na comunidade formadora com as responsabilidades pastorais com o povo”. A maior parte desses 25 anos de sacerdócio foi dedicado ao serviço dos mais carentes na periferia das grandes cidades da Amazônia (em Belém, Porto Velho, Manaus), bem como no interior com os ribeirinhos e povos indígenas. “As experiências pastorais sempre me levaram a recordar as minhas origens. Por outro lado, comecei o meu sacerdócio trabalhando numa área missionária em Manaus, num lugar de muita pobreza, violência e desafios pastorais na zona leste de Manaus, onde hoje é a Paróquia São Domingos Sávio no bairro Armando Mendes. Comecei o meu sacerdócio com os pés no chão, na lama subindo e descendo ladeiras”, afirma. DINAMISMO DO BOM PASTOR Como lema sacerdotal, Dom Antônio escolheu dois trechos do Evangelho de São João “que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu; eu vim para que todos tenham vida” (Jo 6,39;Jo 10,10). Considerando que seu mote de perfil sacerdotal está baseado na síntese do dinamismo do Bom Pastor, Dom Antônio avalia que nesses dois versículos está contida a beleza do ideal de vida do Bom Pastor: seus valores, atitudes, dinamismo, sensibilidade, paixão. “Eu sempre peço a Deus a graça de ser um sacerdote-pastor, próxi-

LUIZ ESTUMANO

EM BUSCA DA PAZ A Comunidade Nossa Senhora da Paz, pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua, realizou dia 7 deste mês, sua primeira carreata. Animada pelo tema “Igreja de portas abertas em busca da Paz”, o momento marcou a festividade da Comunidade que, mesmo em meio à pandemia, buscou uma forma para evangelizar e propiciar alento para o povo. A carreata saiu do Residencial Ana Augusta, situado na rua 2 de Junho, e percorreu várias ruas do bairro, recebendo diversas homenagens ao longo do percurso até chegar à capela da Comunidade Nossa Senhora da Paz, na rua Júlia Cordeiro, centro de Ananindeua, onde encerrou-se a atividade.

CONGRESSO DA RCC BRASIL

mo ao povo, assumindo estilo de vida simples, falando linguagem do povo, inserido nas várias realidades quanto possível, mas também com uma postura educativa; sou admirador da paixão do Bom Pastor pela salvação das pessoas, sua operosidade incansável, sua ousadia, sua inquietude, sua sensibilidade humana para com os mais pobres e injustiçados”. Inspirado por esse dinamismo, Dom Antônio pontua o combate ao comodismo, seja na vida sacerdotal, religiosa ou leiga: “o comodismo é tremendo. Quando isso atinge a alma de um sacerdote, o seu sacerdócio morreu porque perdeu a paixão pela salvação das pessoas. Infelizmente o comodismo pastoral nos leva à mediocridade. É sempre um risco para todo nós”. Ele completa: “sei dizer que as atitudes do Bom Pastor bíblico me inspiram. Mas uma coisa é verdade, há sempre muitas tentações. Não é fácil. Enfim, não sou eu a fazer a minha avaliação, é o povo, sobretudo, aqueles com os

quais trabalhei e Deus que me chamou, me ac ompanha e t e m paciência para comigo. Rezem por mim e me ajudem. A história continua!” Para Dom Antônio chegar a marca dos 25 anos de vida sacerdotal faz brotar um enorme sentimento de gratidão a Deus: “Sinto-me profundamente grato a Deus. A fidelidade e a perseverança na vocação são dons divinos. Sempre senti um grande carinho de Deus para comigo, dando-me dons, a força necessária para superar todas as dificuldades pessoais, desafios pastorais e momentos de obscuridade”. Sobre a celebração na comunidade São Judas Tadeu ele conclui: “será de modo muito simples no meio dos pobres, mas contando com muita alegria, atenção e carinho do povo. Nesse clima de pandemia tudo deve ser sóbrio e limitado. Vai ser numa pequena comunidade, numa área de ocupação, porque o povo foi sempre uma fonte de estímulo para o meu sacerdócio”.

PORTAL NAZARÉ n PORTAL NAZARÉ: ORIENTAÇÕES E COMBATE À COVID-19 Curta, siga e faça sua inscrição em nossas redes sociais e fique por dentro de toda a programação religiosa na Igreja de Belém e participe das celebrações eucarísticas diárias às 12h. Faça parte da Família Nazaré e ajude-nos a continuar evangelizando pelos veículos de comunicação. Contamos

FESTIVAL GASTRONÔMICO Nos dias 19, 20 e 21 de junho, a Paróquia da Santíssima Trindade, no bairro da Campina, promove o Festival Gastrômico com venda de comidas na praça da Igreja, com sistema de drive thru, obedecendo todos os procedimentos de higiene contra o Covid-19. Na próxima sexta-feira, 19, das 18h às 21h, haverá noite do hamburguer. No sábado, 20, das 18h às 21h, noite da yakissoba com porções de 500g e, encerrando, no domingo, 21, pela manhã, das 10h às 13h, feijão maravilha com feijoada com porção para duas pessoas. Informações: 99280-5232.

FESTIVIDADE EM CASA A Paróquia da Santíssima Trindade de 14 a 18, sempre às 20h, promove a programação “Festividade em Casa” com lives solidária com artistas que já passaram pelo palco da tradicional festividade em anos anteriores. Todas as lives serão transmitidas pelo Youtube, é só buscar pelo perfil da paróquia e objetivam arrecadar fundos. No dia 14, domingo, o festejo virtual inicia com a Lucinha Bastos, às 20, no dia 15, é a vez de Sérgio Leite. Na terça-feira, 16, Alexandre Souza apresenta-se e no dia seguinte, quarta, Heraldo Ramos. A programação encerra na quinta-feira, 18, com a apresentação de Markinho Duran.

BOA DICA DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA: A misericórdia Divina na minha Alma - Livro (PAULUS, R$ 66,00)

E

sta obra, que está na 41ª edição, foi escrita por ordem expressa do próprio Jesus para que toda a humanidade conheça o verdadeiro rosto de Deus. Leitura indispensável nos dias atuais. Por meio dos diálogos de Jesus com Santa Faustina e das reflexões dessa Santa e dos relatos das suas vivências místicas - o leitor mergulhará profundamente no mistério da Divina Misericórdia. n NÃO EU, MAS DEUS – Biografia espiritual de Carlo Acutis - Livro (Paulinas, R$30,50)

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WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

Acesse o Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br) e confira o material de orientação e prevenção para participar das atividades religiosas presenciais na Arquidiocese de Belém. Em nosso portal você também pode encontrar o Protocolo de Retomada das atividades religiosas presenciais, na íntegra.

Estão abertas as inscrições para o II Congresso do Ministério de Pregação, que será realizado entre os dias 12 e 14 de junho. O evento é inteiramente online. Nesta edição o tema será “Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos” (Sl 118,105). O congresso é uma oportunidade para crescer na intimidade com a Palavra de Deus, renovando o entusiasmo para anunciar a Boa Nova e conduzir mais pessoas para o Senhor. Como diz Santo Agostinho, “só se ama aquilo que se conhece”. Então, venha crescer no conhecimento da Palavra por meio de formações e estudos de documentos da Igreja.

com você! Para mais informações, entre em contato: (91) 4006-9200 ou envie uma mensagem para nosso WhatsApp: (91) 99315-5743.

autor, que é um jovem sacerdote português, resolveu escrever este livro, uma biografia espiritual de Carlo Acutis, que será em breve beatificado por determinação do Papa Francisco, com objetivo de divulgar aos jovens de língua portuguesa a vida deste jovem exemplo de santidade. Quando conheceu a vida de Carlo Acutis, chamou sua atenção o fato de ele ter nascido no ano a seguir a ele. Portanto, era um ano mais novo que ele, e já tinha um processo de beatificação aberto. Então pensou: E eu? Que tenho feito? Foi um grande incentivo para procurar crescer na vida espiritual. A Igreja, através do Papa Francisco, reconhece que o jovem Carlo Acutis viveu as virtudes cristãs a um nível heroico, o que permite que seu processo de beatificação dê um passo mais até reconhecida aprovação pública do seu culto.


VATICANO

CADERNO DOIS

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COVID-19: Papa cria fundo para trabalhadores em dificuldade devido à pandemia UMA INICIATIVA do Papa para ir ao encontro dos mais necessitados, é o Fundo “Jesus Divino Trabalhador”

C

om informaç õ e s Va t i c a n Nes. Chama-se Fundo “Jesus Divino Trabalhador” e partirá inicialmente com um milhão de euros para todas as categorias mais fracas atingidas pelas consequências da pandemia na diocese de Roma. Mais uma iniciativa do Papa Francisco para ir ao encontro dos mais necessitados, desta vez da cidade de Roma. Trata-se do Fundo “Jesus Divino Trabalhador”, comunicado através de uma carta enviada ao seu cardeal-vigário, Angelo de Donatis. Semanas atrás, o Pontífice instituiu a “Comissão para o pós-Covid”, justamente para estudar os efeitos da pandemia. PARA OS MAIS VULNERÁVEIS O Fundo, que receberá primeiramente um milhão de euros

destinado à Caritas diocesana, pretende “restituir a dignidade do trabalho”, escreve o Pontífice, para aquela “grande fileira de trabalhadores ocasionais”, com contratos não renovados ou pagos por hora. São eles: estagiários, trabalhadores domésticos, pequenos empresários, autônomos. Entre estes, constata o Papa, “muitos são pais e mães de família que, com dificuldade, lutam para pôr à mesa os filhos e garantir a eles o mínimo necessário”. “Alegra-me pensar que possa se tornar uma verdadeira aliança por Roma em que, cada um, segundo seu papel, se sinta protagonista do renascimento da nossa comunidade depois da crise.” PELO BEM COMUM O Papa reconhece a ação de um “gran-

de número de pessoas que, nesses dias, arregaçou as mangas” para ajudar e amparar os mais fracos, como demonstra o aumento das doações para quem assiste os doentes e os pobres. Francisco citou também as manifestações de solidariedade da população, como os aplausos dos romanos nas janelas e balcões aos médicos e agentes de saúde ou os cantos para romper a solidão. Exemplos não de uma emoção passageira, mas de pessoas que querem agir pelo bem comum. POLÍTICAS DE TUTELA O Pontífice se dirige também aos representantes da sociedade civil, que são chamados “a ouvir estes pedidos e transformá-los em políticas e ações concretas pelo bem da cidade”. Políticas que tutelem sobretudo quem corre o risco de permanecer excluído das

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n FUNDO pretende “restituir a dignidade do trabalho”

medidas institucionais. A FLOR DA SOLIDARIEDADE Uma palavra de encorajamento vai também aos sacerdotes, para que sejam “os primeiros a contribuir com o Fundo” e sejam seus apoiadores mais entusiastas. Por fim, o pedido é dirigido ao “bom

coração dos romanos”, para que não compartilhem somente o supérfluo. “Gostaria de ver florescer na nossa cidade a solidariedade.” A GRATIDÃO DO CARDEAL Ao definir-se “profundamente grato” pela criação do Fundo, o cardeal De Donatis

– refere uma nota do Vicariato – sente na carta “todo o amor e a solicitude” que o Papa, Bispo de Roma, “não cessa de demonstrar aos homens e as mulheres da nossa cidade”. O Fundo, precisa a nota do Vicariato, será apresentado à imprensa na sexta-feira, 12 de junho.

PAPA celebra missa de Corpus Christi na Basílica de São Pedro No próximo domingo, 14 de junho, o Papa Francisco vai presidir a missa por ocasião da Solenidade de Corpus Christi no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro. Cerca de 50 fiéis irão participar da ce-

lebração que começa às 9h45 no horário italiano (4h45 no horário de Brasília), com transmissão ao vivo do Vatican News e comentários em português. A cerimônia se conclui com a exposição

N

os momentos obscuros, de pecado, de desorientação, há sempre um encontro com Deus. Mas justamente ali, não devemos temer, porque Deus transformará o nosso coração e nos dará a bênção reservada a quem se deixou transformar por Ele. (10 de junho)

P A

ara sair da espiral de violência há duas respostas cristãs: a oração e o dom de si mesmo. (09 de junho)

s Bem Aventuranças nos ensinam que Deus, para se doar a nós, muitas vezes escolhe caminhos impensáveis, aqueles de nossos limites, de nossas lágrimas, de nossas derrotas. (08 de junho)

E

m muitos países a Covid19 ainda está provocando muitas vítimas. Desejo expressar minha proximidade a essas populações, aos doentes e a seus familiares, e a todos aqueles que cuidam deles. (07 de junho)

N

ão podemos tolerar nem fechar os olhos sobre qualquer tipo de racismo ou exclusão. Ao mesmo tempo, devemos reconhecer que a violência é autodestrutiva e autolesionista. Nada se ganha com a violência. Rezemos pela reconciliação e pela paz. (06 de junho)

do Santíssimo Sacramento e a bênção eucarística concedida pelo Pontífice, assim como aconteceu durante as missas transmitidas via streaming ao mundo, diariamente, de 9 de março a 17 de

maio. Nesse período, a Itália e outros países não podiam realizar as celebrações com a participação dos fiéis por causa da pandemia. Já no ano passado, o Papa Francisco presidiu a missa

de Corpus Christi no adro da Igreja de Santa Maria Consoladora, no bairro de Casal Bertone, zona leste de Roma. Em 2018, a celebração foi realizada na praça em frente à paróquia de San-

ta Mônica, no bairro de Ostia, no litoral de Roma. De 2013 a 2017, a missa foi celebrada na Basílica de São João de L atrão, seguida da procissão eucarística até a Basílica de Santa Maria Maior.


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EM NAZARÉ

CADERNO DOIS

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NAZARÉ EM DESTAQUE

COMUNIDADES da Paróquia de Nazaré retornam as celebrações presenciais SEGUINDO todas as medidas preventivas recomendadas pelas organizações de saúde

A

s missas realizadas pelas comunidades da Paróquia de Nazaré retornam gradativamente para a alegria da alma dos fiéis. Diante o regulamento do protocolo de ações divulgado pela Prefeitura de Belém no início deste mês, as Comunidades Sagrado Coração de Jesus e Santo Antônio Maria Zaccaria já es-

tão realizando, aos domingos, as santas celebrações presenciais nos horários de 7h30 e 8h30, respectivamente. Pensando na saúde e segurança dos fiéis, os Padres Barnabitas, junto às coordenações das comunidades, seguirão o protocolo e normas de ações sanitárias para evitar a disseminação do COVID-19.

FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

Nas duas Comunidades as missas presenciais devem ter público de até 15% da capacidade, ou seja, de 200 pessoas por celebração. Além disso, é necessário seguir todas as medidas preventivas recomendadas pelas organizações de saúde tais como o uso obrigatório de máscara, utilização de álcool em gel e o distanciamento de 1,5m.

NA BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ, AS CELEBRAÇÕES CONTINUAM. CONFIRA OS HORÁRIOS: Segunda a Sexta-feira: 7h, 8h30, 12h, 18h e 19h30

Domingo: 6h30, 8h, 10h, 12h, 16h, 18h e 20h

Sábado: 7h, 8h30, 12h e 18h

ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL Desde o início do decreto de isolamento social, os Padres Barnabitas elaboraram uma programação completa, pela TV e Internet, para que os fiéis se protejam do vírus ao mesmo

tempo em que mantêm sua assistência espiritual. Para levar a Palavra de Deus ao povo do mundo inteiro, os padres se revezam entre celebrações de missas, adoração e terços.

DOAÇÕES A pandemia do Covid-19 tornou a vida de todos muito atribulada e, nesses momentos difíceis, a assistência espiritual é imprescindível. Os Padres Barnabitas se empenham em prestar seu auxílio, porque acreditam que a força do cristão está na fé inabalável em Jesus e na devoção à Virgem de Nazaré. Colabore com as transmissões da Basílica Santuário de Nazaré, faça sua doação online, acesse: www.ba-

silicadenazare.com.br ou através de transferência bancária: Obras Sociais da Paróquia de Nazaré – CNPJ 04.746.442/0001-32 • Banco SICOOB (756), Agência 4609 / Conta Corrente: 3.156-9 • Banco Bradesco (237) Agência 2398-1 / Conta Corrente: 3-5 • Banco do Brasil (001), Agência: 1686-1 / Conta Corrente: 122005-5 • Caixa Econômica Federal (104), Agência 0820 / Conta Corrente: 501-3

SINOS da Basílica Santuário de Nazaré completam 90 anos O primeiro conjunto de sinos eletrificado do país é um dos maiores ícones que representam a capital paraense. Conhecidos por entoarem diariamente a canção “Vós Sois o Lírio Mimoso”, hino à Virgem de Nazaré, e relembrarem a emoção da Grande Festa da Rainha da Amazônia, o conjunto

de sinos da Basílica Santuário de Nazaré completam 90 anos neste dia 15 de junho. Para complementar a beleza dos sinos, cada um traz o nome de padroeiro que corresponde a uma nota musical. No grande: São José, e nos outros oito: Sagrado Coração, a Imaculada Conceição, São Gabriel, São

Miguel, São Joaquim e Santa Rosa de Lima, Sant´Ana e Santa Isabel. Foram produzidos pela empresa Barigozzi, de Milão e abençoados em 1930, por Dom Irineu Joffily. Segundo registros de livros sobre a história da construção da Basílica, os sinos foram consagrados no dia 15 de junho de 1930.

ENTOANDO os hinos nazarenos

DEVOTOS se emocionam com vídeo mapping projetado na fachada da Basílica Santuário A partir de uma iniciativa dos Padres Barnabitas e da Diretoria da Festa de Nazaré, que contou com o apoio da CN Produções, os devotos da Rainha da Amazônia assistiram a um espetáculo inesquecível, na noite de terçafeira, dia 09. Belamente iluminada, a fachada da

Basílica Santuário exibiu em formato de vídeo mapping um histórico dos diversos momentos do Círio de Nazaré. Para cumprir as determinações do isolamento e evitar aglomerações, o evento não teve divulgação prévia nem audiência presencial, apenas foi transmitido ao

vivo pelas redes sociais da Basílica Santuário. A pandemia do Coronavírus impôs um severo distanciamento aos devotos da Mãe de Nazaré. Para aplacar essa dura realidade, os Padres Barnabitas têm se empenhado em promover programações diferenciadas que congregam os fiéis em torno do amor e devoção à Virgem, além das celebrações litúrgicas. INOVAÇÃO O vídeo mapping, espetáculo de luzes, som e movimento, transformou os principais símbolos da maior festa religiosa do

Mundo em puro deslumbramento. A técnica representa uma inovadora forma de arte e destacou a Berlinda, uma linha do tempo dos cartazes, a Imagem Peregrina, a Corda e o fervor dos devotos ao som das mais emocionantes canções do Círio. O processo visual consiste em projetar imagens sobre superfícies – nesse caso a fachada da Basílica Santuário –, para criar efeitos e animações tão impactantes que parecem ganhar vida. O vídeo mapping pode ser acessado nas plataformas digitais da Basílica Santuário de Nazaré.


ARQUIDIOCESE

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

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MISSA de Sétimo Dia do Padre Bruno Sechi reúne fiéis e amigos CELEBRAÇÃO ocorreu na Igreja Matriz da Paróquia de São João Paulo II, no bairro do Souza

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a última quinta-feira, 4, na Igreja Matriz da Paróquia de São João Paulo II, no bairro do Souza, fiéis, amigos e sacerdotes em memória ao Padre Bruno Sechi, participaram da Missa de sétimo dia presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo de Belém, e concelebrada por Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, e Cônego Ronaldo Menezes, Vigário Episcopal da Região Santa Cruz. Padre Bruno Sechi, falecido em 29 de maio, em decorrência de um mal súbito, estava em recuperação após ter sido diagnosticado com a COVID-19. Seu sepultamento ocorreu no dia seguinte, com traslado até o cemitério Recanto da Saudade, no município de em Ananindeua/ PA, onde foi enterrado. Na Missa de sétimo dia, devido ao protocolo de retorno das atividades da Arquidiocese, a presença de pessoas foi limitada. Apenas paroquianos da Paróquia São João Paulo II, membros da Paróquia São Domingos de Gusmão e do Movimento República de Emaús estiveram presentes. A celebração foi transmitida pelas redes sociais para comodidade de todos que não puderam estar presencialmente. Em sua homilia, Dom Alberto sobre o Evangelho daquele dia, mais precisamente a segunda carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 2,8-15),

“‘lembra-te de Jesus Cristo, da descendência de Davi ressuscitando dentre os mortos’. Mais adiante se morrermos com ele, com ele vamos viver, com ele vamos ressuscitar. Estamos vivendo nesta noite o encontro que tem como base a nossa fé na ressurreição. Aquelas pessoas que morrem na fé em Deus, é o caso do Padre Bruno, é claro, são chamadas a contemplar a face do Senhor.” O Arcebispo lembrou de quando chegou na Arquidiocese e Padre Bruno o solicitou para permanecer na República de Emáus: “Se alguém pensasse que Padre Bruno morou sozinho, nada de sozinho. Com uma comunhão, um relacionamento imenso com todo mundo. (..) Uma atenção a todo mundo e aquilo que a pessoa pensava talvez diferente dele, mas fiel aquilo que era essencial, fiel a Igreja, fiel a seu ministério”. Dom Alberto atestou a capacidade do Padre Bruno de exercer com dedicação seu ministério mesmo nos momentos mais duros: “quando na quinta-feira ele me dizia ‘olha eu fui testado positivo com covid-19 mas sem sintoma, fiz um exame e farei outro na segunda-feira’. Não deu tempo de fazer o outro, né? Falava para outras pessoas se cuidarem. Quer dizer, até o fim ele foi amor e serviço. Padre Bruno se gastou no amor a Deus e no amor ao

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n MISSA presidida por Dom Alberto e concelebrada por Dom Antônio e outros religiosos

próximo. Por isso que vocês devem ter percebido que a expressão que eu usei não era de lamentar, de reclamar, mas de fazer um ato de entrega.” No que completou: “entregamos nas mãos de Deus um irmão nosso que viveu bem sua vocação como homem, como cristão, como sacerdote, como servidor, como gente que amou aos pobres, como pessoa criativa, livre, então é essa pessoa entregamos a Deus. Deus seja louvado por esse presente que ele nos concedeu e que Deus receba esse presente que a terra, a paróquia, a Arquidiocese, o Emaús entregam nas mãos Dele.”

cido no dia 31 de julho de 1939, na Sardenha, foi ordenado padre 29 de junho 1968, ainda jovem veio para o Brasil como missionário. Em 1970 fundou o Movimento República de Emaús, organização que atende crianças e adolescentes, um dos seus trabalhos com grande reconhecimento da sociedade. Pa d re B r u n o s e m p re atuou com direitos humanos, na defesa das crianças e adolescentes. Na Arquidiocese de Belém atuava na comissão de justiça e paz, na Paróquia São Domingos de Gusmão e, até então, era Pároco da Paróquia São João Paulo II, no Marco.

PADRE BRUNO SECHI De origem italiana, nas-

DESTAQUE NACIONAL Nos anos 80, o padre

Sechi aplicou-se a liderar a causa da criança através de movimentos nacionais. Ele foi o primeiro coordenador do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, cargo que exerceu de 1985 a 1988, interferiu em favor do menor na Assembleia Constituinte que elaborou a Constituição de 1988 e contribuiu para a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990. Foi vencedores do 5º Prêmio USP de Direitos Humanos 2004, nas categorias Individual. Sob a responsabilidade da Comissão de Direitos Humanos da USP, o prêmio é concedido anualmente a pessoas e instituições que contribuem para a promoção da cidadania, da paz e da solidariedade.

CARTA ABERTA AO PADRE BRUNO SECHI EM MEMÓRIA n Por Pe. Luis Mosconi - Organização Religiosa Santas Missões Populares

Caro pe. Bruno: PAZ e BEM! Onde você está? Por que foi para essa viagem sem retorno, sem se despedir de ninguém? Isso não combina com o seu jeito. Maldito vírus! Tristeza, choro, dor inconsolável, tomaram conta do coração de milhares de pessoas que sempre tiveram amor e amizade por você. Covid-19 sem vergonha! Em questão de algumas horas roubou do nosso meio um grande irmão, um companheiro de luta, um homem de fé, um exemplo de cidadão do Reino de Deus na sociedade de hoje. Aquela sua despedida da sede do Emaús, no dia seguinte, já morto, no carro fúnebre, sem parar, o povo chorando à beira das ruas, doeu demais. E agora? O que fazer? Nesses dias parei, pensei, mergulhei na sua vida. Há só uma saída digna: tranformar a sua saudosa lembrança em memória viva, fonte de energias inesgotáveis. Sim, padre Bruno, você é dos mortos cuja memória não pode morrer. O prejuízo de nossa parte seria incalculável.Você já ressuscitou

à vida sem morte. Você está ressuscitando na vida de tanta gente. Bendito seja Deus Pai! Então, como faz bem repassar o filme de sua vida para nunca mais esquecer. Quando na Europa irrequieta da década de 1960, a juventude foi às praças gritando: “Proibido proibir, quem manda no meu eu sou eu!”, você quis dar um rumo certo à sua vida, sem gritarias inúteis. Você pegou um navio qualquer, deixou a sua bela e agitada Itália e chegou à sua nova pátria, o Brasil. Aqui terminou os estudos, consagrou a sua vida, se tornou padre e no início da década de 1970 chegou em Belém, ‘casa do pão’. Tá difícil resumir a sua vida tão cheia de vida, e tão bem vivida. Há um dado de fato, que me toca profundamente: você foi uma pessoa de periferia. Foi sua opção: periferia geográfica (sempre morou em bairros de periferia); periferia ‘existencial’ (você deu prioridade às pessoas carregando dificuldade de todo tipo); periferia social (escolheu os últimos da sociedade); periferia econômica, política (não foi atrás de poder, não encheu o seu bolso de dinheiro). Até periferia eclesial (não foi atrásde primeiros lugares, de títulos, nunca presidiu celebrações famosas). A sua vida foi uma pregação ao vivo, sempre houve coerência entre o seu falar e o seu agir. Por isso, a sua palavra possuía uma grande autorida-

de moral. E desde as periferias questionou os centros. Escolheu a periferia das periferias: adolescentes e crianças abandonadas, em situação de rua, tachadas de marginais, desprezadas e feridas. Começou com uma espécie de restaurante do pequeno vendedor com e para crianças do Ver-o-Peso. E daí partiram belas e revolucionarias iniciativas. Surgiu, sempre em Belém, o belo Movimento República de Emaús com as seguintes frentes de trabalho: República do pequeno vendedor, Campanha de Emaús, Escola Cidade de Emaús, Centro de Defesa dos Direitos da Criança e Do adolescente (CEDECA), o primeiro criado no Brasil e foi a base do Estatuto da Criança eAdolescente (ECA) e do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua. Em todas essas frentes de trabalho contou com o apoio criativo e entusiasta de muitos jovens. Quantas maravilhas! Você, pe. Bruno, foi a voz dos sem voz, uma voz corajosa, teimosa. Nunca vimos sinais de ódio no seu rosto e nas suas posturas. Indignação sim, ódio nunca. Indignação capaz de gerar projetos de vida, de esperança, pois numa sociedade dividida, conflitiva, não há amor verdadeiro ficando em cima do muro, sem indignação ética. Você soube unir ternura e vigor, misericórdia e rugido de leão. Teve um coração ecumênico, capaz de jun-

tar todas as energias positivas, sem preconceitos. Em 1999, quando era pároco na Terra Firme, pediu Santas Missões Populares. Trabalhamos juntos. Foram dois anos fecundos. O bairro tornou-se um laboratório de belas iniciativas populares; o povo se sentiu sujeito corresponsável na vida da Igreja e nas ruas. Belos milagres aconteceram. Surgiram cerca de 20 comunidades. Coisa linda! Eu sempre me perguntava: onde está a força que sustenta a caminhada do pe. Bruno? Não foi difícil encontrar resposta. Você, pe. Bruno, foi um humilde discípulo de Jesus de Nazaré. Mas do Jesus verdadeiro, o da Galileia, que foi o profeta itinerante do Reino de Deus, o poeta da ternura e da misericórdia, o missionário da vida e da dignidade para todos, o curador das feridas, o libertador de todos os males, chamados de demônios, o defensor firme das crianças e adolescentes numa época em que era proibido ser criança. Queremos guardar sua memória viva; queremos continuar o seu testemunho de vida, gritando aos quatro ventos que uma nova sociedade é possível, é necessária, é urgente. Urgentíssima, especialmente nesses tempos do vírus Covid-19. E tem que começar de cada um de nós. Jesus de Nazaré dizia isso aos seus discípulos e discípulas, sem cessar (Mc 8,15): Cuidado com a mentalidade dos fariseus (símbolos de uma religião moralista, legalista, ra-

cista, hipócrita, desligada da vida); cuidado com a mentalidade de Herodes (símbolo do poder corrupto, da ganância sem medida). A conversão pessoal é a mais revolucionária. Obrigado por ter me convidado a morar na sua casa. Não foi possível por causa dos serviços. Obrigado também em nome da grande família das Santas Missões Populares com a qual você tanto sintonizava. A sua maior riqueza – como sempre dizia – era o apoio solidário da sociedade belemense. Tomara que nunca falte essa solidariedade, sobretudo nesses tempos difíceis, pois tem gente corajosa decidida a continuar a sua bela missão. Ela não tem prazo de vencimento! Obrigado pe. Bruno: pequeno e grande guerreiro indomável da dignidade dos descartados, dos que não contam. Pode dizer o que confessava o grande missionário Paulo de Tarso em sua última carta antes de ser morto: “Combati o bom combate, terminei a minha missão, guardei a fé” (2Tm 4,6). Você viveu uma vida feliz e abençoada. Valeu. A nossa saudade vira compromisso. Seguir o seu exemplo de vida é a poderosa vacina capaz de derrubar os vírus mortíferos da indiferença, do ódio, da exclusão, que circulam perigosamente e vergonhosamente em certos ambientes políticopartidários e nas relações sociais do nosso mundo de hoje. Grande abraço. Eterna gratidão!


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BELÉM, DE 12 A 18 DE JUNHO DE 2020

CADERNO DOIS

ARQUIDIOCESE

Arquidiocese REITERA cuidado nas Missas presenciais BISPOS da Igreja em Belém seguem recomendando a máxima cautela nas celebrações com a presença dos fiéis

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Arquidiocese de Belém segue com a programação de Missas transmitidas pelos seus veículos de comunicação oficiais, mas já retomou as celebrações eucarísticas presenciais nas suas paróquias. Entretanto, o Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, ao lado do seu Bispo Auxiliar,

Dom Antônio de Assis Ribeiro, continuam recomendando ao rebanho que todas as medidas de segurança sanitária sejam mantidas, "uma vez que ainda estamos em vigência da pandemia", observa Dom Alberto, sempre que possível. Desde o dia 2 de junho junho, a Arquidiocese de Belém vem

empenhando-se para que “todas as nossas iniciativas estejam em sintonia com as orientações e determinações das autoridades civis e sanitárias", assinala parte do texto do protocolo de retomada das atividades religiosas presenciais, contendo as orientações dos Bispos para o povo de Deus em Belém do Pará.

Neste resumo do protocolo, convidamos nossos irmãos a observar atentamente "as medidas sanitárias do distanciamento social evitando, dessa forma, a reunião desordenada de fiéis. Para toda e qualquer iniciativa é necessário considerar a nossa responsabilidade civil e penal”, ressalvam os Bispos.

LUIZ ESTUMANO

n MISSAS: cuidados nas celebrações


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