ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CV - Nº 976 - PREÇO AVULSO: R$2,00
www.fundacaonazare.com.br
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
Virtual, a ASSEMBLEIA da CNBB une bispos DIVULGAÇÃO
n INÉDITO, a Assembleia Geral da CNBB realiza-se pela primeira vez de forma virtual
O ambiente virtual substitui a Basílica de Aparecida e a reunião presencial na 58ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aberta dia 12 pelo presidente, Dom Walmor de Oliveira Azevedo. O encontro do episcopado brasileiro acontece pela primeira vez de modo remoto na história da Conferência, em função da pandemia da covid-19. Movidos sob forte sentimento de unidade, os bispos não poderão votar um documento, mas debatem pela manhã e à tarde a realidade da Igreja norteados pelo tema central “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias”. CADERNO 2, PÁGINA 1
AÇÕES Evangelizadoras nas Casas Penais A Pastoral Carcerária realizou no último dia 10 de abril mais uma etapa de formação contando com a presença de Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém e Referencial da Pastoral Carcerária na Arquidiocese de Belém. Diversas representações
DIVULGAÇÃO
participaram do encontro de formação, onde, na oportunidade foi apresentado o novo Organograma da Pastoral Carcerária, um sistema de coordenação que vem ao encontro das necessidades de dinamização das ações da Pastoral Carcerária . CADERNO 2, PÁGINA 6
Paróquias festejam PADROEIROS Paroquianos da Paróquia São Jorge, na Marambaia, em Belém, e da Paróquia Divina Misericórdia, em Icoaraci, estão em festividade para homenagear seus santos pasdroeiros. A programação destaca a Santa Missa
diária e, quem quiser, pode ir às igrejas que recebem apenas a metade da lotação dos templos. E para maior participação de fiéis, apesar da pandemia, redes sociais transmitem as celebrações ao vivo. CADERNO 2, PÁGINA 5
n DOM ANTÔNIO, Bispo Auxiliar e Referencial da Pastoral Carcerária, durante o encontro LUIZ ESTUMANO
Alegria do
EVANGELHO
no rádio
n ESTREIA Equipe da Rádio Nazaré, à frente a coordenadora Elyvane, prestigiou padre Wagner no programa "Na alegria do Evangelho"
A mensagem de Deus é o principal argumento do programa "Na algeria do Evangelho", que estreiou na Rádio Nazaré FM na última segunda-feira, 12. Apresentado pelo padre Wagner Maria, o programa vai animar as manhãs da emissora da Arquidiocese de Belém com entretenimento e evangelização. A Rádio Nazaré FM quer impactar positivamente a vida dos ouvintes com uma programação dinâmica e interativa. Será possível a interatividade por mensagens instantâneas. A alegria será marcante nos quadros e a mensagem da Palavra de Deus relevante nas músicas e noticiário evidenciando a Igreja. CAD. 1, PÁG. 6
2
OPINIÃO
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
C
ontinuo trazendo as lições de vida da Páscoa apresentadas pelo Papa Francisco na sua homilia na Vigília pascal deste ano. A primeira lição é: em Cristo Ressuscitado nossa vida recomeça. A segunda é esta: a fé não é um repertório do passado, Jesus não é um personagem ultrapassado. Ele está vivo, aqui e agora. Caminha conosco todos os dias, na situação que estamos vivendo, na provação que estamos atravessando, nos sonhos que trazemos dentro de nós. Abre novos caminhos onde nos parece que não existem, impele-nos a irmos contracorrente relativamente a nostalgias e ao “já visto”. Mesmo que tudo nos pareça perdido, por favor – insiste o Papa Francisco –, abramo-nos maravilhados à sua novidade: Ele sur-
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Cristo está vivo, aqui e agora! preender-nos-á. O anúncio do anjo, na manhã da Páscoa, dizia às mulheres: “Ele precede-vos a caminho da Galileia; lá O vereis”. Ir para a Galileia significa ir ao lugar mais distante, isto é, naquela região em que moram aqueles que estão mais longe da pureza ritual de Jerusalém. Foi lá que Jesus começou a sua missão, dirigindo o anúncio a quem carrega fadigosamente a vida diária, dirigindo o anúncio aos excluídos, aos frágeis, aos pobres, para ser rosto e presença de Deus que incansavelmente vai à procura de
N
o Êxodo 20, 17 e Dt 5, 18 Deus escreveu isto com o seu dedo: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem sua casa, nem seu servo ou sua serva, nem seu jumento e nem coisa alguma que lhe pertença”. Cobiçar é buscar apossar-se indevidamente de bens alheios. Cobiçar é querer conquistar a mulher ou o marido de outrem. Cobiçar é querer ‘tirar’ a namorada, o empregado, a terra e outras coisas do próximo. O cristão deve ser honesto, praticar a lei de Deus, dominar seus instintos de
quem está desanimado ou perdido, que Se move até aos confins da existência porque, a seus olhos, ninguém é último, ninguém está excluído. Também nos dias de hoje é lá que o Ressuscitado pede aos seus para irem, também hoje nos pede para irmos à Galileia, para esta “Galileia” real. É o lugar da vida diária, são os caminhos que percorremos todos os dias, são os recantos das nossas cidades onde o Senhor nos precede e Se torna presente, precisamente na vida de quem se encontra ao nosso lado e partilha co-
nosco o tempo, a casa, o trabalho, as fadigas e as esperanças. Na Galileia, aprendemos que é possível encontrar o Ressuscitado no rosto dos irmãos, no entusiasmo de quem sonha e na resignação de quem está desanimado, nos sorrisos de quem exulta e nas lágrimas de quem sofre, sobretudo nos pobres e em quem é marginalizado. Ficaremos maravilhados ao ver como a grandeza de Deus se revela na pequenez, como a sua beleza resplandece nos simples e nos pobres. A terceira lição de vida do anúncio de Páscoa é
este: Jesus, o Ressuscitado, ama-nos sem fronteiras e visita todas as situações da nossa vida. Ele plantou a sua presença no coração do mundo e convida-nos todos a superar as barreiras, vencer os preconceitos, aproximar-nos de quem está ao nosso lado dia a dia, para redescobrir a graça da quotidianidade. Reconheçamo-Lo presente nas nossas “galileias”, na vida de todos os dias. Com Ele, a vida mudará. Porque, para além de todas as derrotas, do mal e da violência, para além de todo sofrimento e para além da morte, o
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
Não cobiçarás o que é do próximo cobiça e desejos de possuir prejudicando o irmão. O cristão nunca deve fazer ao irmão que não gostaria que alguém fizesse a ele. O mundo está muito voltado ao egoísmo desenfreado que produz infelicidade às vítimas. Educa teu coração para o respeito e a justiça, para nunca fazer a outrem o que não gostarias que fizes-
sem a ti. Quem prejudica o próximo peca e não merece o Reino do céu. O Salmo 119, 36 nos ensina a rezar assim: “Senhor, dirige o meu coração para os teus mandamentos e nunca para a minha cobiça”. O Apóstolo Tiago diz: “Cada um é tentado pela própria cobiça que atrai e seduz,
mas ela conduz ao pecado e à morte” - Tg 1, 14-15. Jesus diz que é do coração que nascem os maus desejos, os adultérios, os assassinatos, os roubos e toda a cobiça – Mt 15, 19. Por isso, o cristão deve dominar seus desejos e educar seu coração. No mundo há muita maldade, um mar de sofrimen-
Ressuscitado vive e guia a história. ... Se você, amigo leitor, amiga leitora, neste tempo tem no coração uma hora escura, um dia que ainda não raiou, uma luz sepultada, um sonho despedaçado, coragem! Abra o coração maravilhado ao anúncio da Páscoa: “Não tenhas medo, Cristo ressuscitou! Ele espera você na Galileia”. Os seus anseios serão realizados, as suas lágrimas serão enxugadas, os seus medos serão vencidos pela esperança, porque – você sabe? – o Senhor sempre nos precede, caminha sempre à nossa frente. E, com Ele, a vida sempre recomeça. Por isso, ainda uma vez quero desejar-lhe: “Feliz Páscoa”. Neste tempo de incertezas, dores e perdas de pessoas queridas, que a presença do Cristo ressuscitado traga luz, consolo, esperança e alegria!
tos, rios de lágrimas amargas e nós perguntamos: de onde vem tanta maldade? A resposta é esta: da cobiça, do egoísmo e do orgulho. Todos temos direito de querer ter bens, ter boa casa, bom carro, ótimo celular e tanta outra coisa boa. Que Deus te ajude a ter tudo isso e muito mais. Mas Deus te livre de cobiçar qualquer do teu próximo. Bom seria rezar sempre assim: Deus Pai, defendeme e livra-me de toda a cobiça. Dá-me um coração puro, sincero e honesto para jamais querer apoderarme indevidamente de bens alheios. Amém.
CF 2022: lançados os editais para a escolha do cartaz e da letra do hino A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou dois editais para a Campanha da Fraternidade (CF) 2022. Um contém as regras para a escolha da identidade visual e o outro para a letra do hino da campanha. No próximo ano, a CF terá como tema “FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO” e o lema: “FALA COM SABEDORIA, ENSINA COM AMOR” (Cf Pr 31,26). O objetivo da CF 2022 é promover um diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário. Além disso, buscar conhecer o contexto da educação e seus desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de
uma educação humanizadora; e refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino. CONCURSO PARA A IDENTIDADE VISUAL O edital para a escolha da identidade visual (cartaz) da CF 2022 pretende oferecer elementos teóricos que ajudem na elaboração da arte além de estimular a criatividade dos artistas. O número de participantes é ilimitado. E cada candidato(a) poderá apresentar uma proposta de criação tanto individual como coletiva. O Cartaz deverá conter, além da arte, os dizeres do tema e lema, dando ênfase à passagem bíblica. Sua elaboração também deve primar pela técnica e criatividade, mas, acima de tudo, pela
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
inspiração e meditação que o lema e o tema podem trazer. Além disso, o candidato ao concurso deverá pensar uma arte viável para ser aplicada além do Cartaz, como por exemplo: adesivo, camiseta, bonés, mochilas. O Cartaz deverá ser enviado à CNBB até o dia 17 de maio de 2021. CONCURSO PARA A LETRA DO HINO O edital para a letra do hino da CF 2022 traz algumas características que devem ser observadas pelos compositores. Com relação à letra, o candidato deverá traduzir em linguagem poética os conteúdos do tema, lema e objetivos evitando explicitações desnecessárias, moralismos ou chavões. Além disso, deve buscar inspiração na Sagrada Escritura e no Magistério da Igreja. A força do texto deverá reavivar a esperança, a criatividade, o compromisso cristão.
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
DIVULGAÇÃO
Deverá trazer uma mensagem que ajudará o povo de Deus a pôr-se em marcha. Também deverá ter em todas as estrofes o mesmo número de sílabas e de acentos, ou seja, uma métrica regular e fluente. Além disso, a letra tem que ter alguma forma de rima, embora possam ser usados versos livres. Contudo, a rima, quando bem utilizada, deve facilitar a execução e a memorização do canto. As composições deverão
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
ser enviadas à CNBB até o dia 26 de abril de 2021, VIA SEDEX, trazendo apenas o pseudônimo (nome de fantasia) do(a) autor(a), no remetente. Dentro da correspondência, num envelope fechado, estejam o nome verdadeiro do(a) compositor(a), junto com o termo de Cessão de Direitos Autorais (Cf. ANEXO I). O edital para a música será lançado em breve, após definição do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) da CNBB.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
3
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
CONVERSA COM MEU POVO
J
O CAMINHO da Igreja e dos cristãos
esus ressuscitado apresentou-se aos seus discípulos por várias vezes, antes de sua Ascensão aos Céus, de onde desceu sobre a Igreja reunida em torno de Maria, a Mãe de Jesus, o Espírito Santo. Dali nasceu a missão, que aponta para a vinda do Senhor no fim dos tempos. Há um longo caminho a percorrer, no qual a Igreja quer envolver a todos os irmãos e irmãs, sabendo-se enviada pelo seu Senhor: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome será anunciada a conversão, para o perdão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois
O desafio da missão, com a qual o nome de Jesus e sua Morte e Ressurreição devem ser anunciados até os confins da terra, pela palavra e o testemunho as testemunhas destas coisas. Eu enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,46-49). Não foi fácil aos discípulos de Jesus, que num primeiro momento pensavam estar vendo um fantasma, ter a inteligência aberta à vida nova que se abria pa-
ra eles e para toda a humanidade, mesmo que tenha sido pelas palavras e gestos do próprio Senhor. Foram muitos os sinais, à mesa, no caminho de Emaús, junto ao sepulcro vazio, à beira do lago, no convite a tocar em seu corpo, a contemplar seus membros com chagas gloriosas, a serem levadas para o Céu como sinais de nossa humanidade por ele plenamente assumida: “As chagas são canais abertos entre ele e nós, que derramam misericórdia sobre as nossas misérias. As chagas são os caminhos que Deus nos patenteou para entrarmos na sua ternura e tocar com a mão quem é ele. E deixamos de duvidar da sua misericórdia. Adorando, beijando as suas chagas, descobrimos que cada uma das nossas fraquezas é acolhida na sua ternura” (Papa Francisco, Homilia na Festa da Divina Misericórdia de 2021). Ele mesmo, o Senhor Jesus, é Caminho, Verdade e Vida (Jo 14,6). Após o Pentecostes, muitas vezes a própria vida dos cristãos foi chamada de “Caminho”, como vemos na narrativa da conversão de São Paulo: “Saulo, entretanto, respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao sumo sacerdote e pediulhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse, adeptos do Caminho” (At 9,12). Mais tarde, em suas lides missionárias o caminho dos cristãos suscitou divergências, o que não impediu o Apóstolo convertido de seguir em missão: “A palavra do Senhor crescia e se firmava com grande poder. Paulo resolveu, no Espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e pela Acaia. Ele dizia: ‘Depois de ir até lá, eu devo ver
também Roma’. Paulo enviou à Macedônia dois de seus ajudantes, Timóteo e Erasto, e ficou ainda por algum tempo na Ásia. Foi nessa época que estourou um grave tumulto a respeito do Caminho”. (At 19,8-23). Ao defender-se num processo contra ele levantado, volta à mesma expressão: “Nem no templo, nem nas sinagogas, nem pela cidade, alguém me viu discutindo com outras pessoas ou provocando desordem na multidão. Eles não podem provar aquilo de que agora me acusam. Confesso-te, porém, uma coisa: é segundo o Caminho que eu sirvo o Deus de nossos pais. Acredito em tudo o que está conforme a Lei e em tudo o que se encontra escrito nos Profetas. Tenho em Deus a mesma esperança que eles têm: que há de acontecer a ressurreição dos justos e dos injustos. Por isso, eu também me esforço por manter sempre a consciência irrepreensível diante de Deus e dos homens” (Cf. At 24,1-16). Chagas de perseguição, dores e cansaço do caminho! Tudo assumido na luz e na força da Ressurreição. Quem acolhe o chamado à missão, e vale para todos nós, deverá estar disposto a tudo, mesmo que venha a ser necessário derramar o próprio sangue, como o Senhor. Até hoje, quem empreender este Caminho como escolha de vida há de encontrar o sentido para todas as lutas que lhe forem apresentadas, com coragem e ousadia para comunicá-lo aos outros. O desafio da missão, com a qual o nome de Jesus e sua Morte e Ressurreição devem ser anunciados até os confins da terra, pela palavra e o testemunho, nos conduz a refletir sobre algumas dimensões desse caminho. A meta é a plenitude da vida, a comunhão pela com Deus
DIVULGAÇÃO
n ELE MESMO o Senhor Jesus, é Caminho, Verdade e Vida
e entre nós, que sabemos será realizada quando Deus for tudo em todos! (Cf.1Cor15,23-28). Até lá, há muitas mudanças a serem empreendidas em nossa vida e na vida do mundo inteiro, ao qual deve chegar o anúncio da salvação. Após a cura do paralítico (Cf. At 3,1-26), São Pedro dirigiu-se à multidão reunida, para atribuir, como a Igreja sempre deverá fazer, as maravilhas realizadas e testemunhadas, ao nome de Jesus. E diante desse nome, o convite feito é o da conversão: “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados” (At 3,19). Faz parte do Caminho a mudança de vida, a transformação do coração, a superação da ignorância a respeito das coisas de Deus, a descoberta dos planos de Deus na história humana. Sabemos que a nossa condição, enquanto caminhamos nesta terra, é de fragilidade, mas o próprio Senhor, aquele que levou para o alto as chagas por nós provocadas, é o nosso defensor, pois foi a vítima de expiação pelos nossos pecados (Cf. 1 Jo 2,1-2). Tendo claras a meta e as lutas a serem empreendidas, o conhecimento de Jesus há de conduzir-nos ao caminho de fidelidade aos mandamentos: “O critério para saber que o conhecemos é este: se observamos os seus
mandamentos. Quem diz: ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. Com isso sabemos que estamos em Deus. Quem diz que permanece em Deus deve, pessoalmente, caminhar como Jesus caminhou” (1Jo 2,3-5). Entretanto, faz parte do Caminho descobrir que fomos chamados como corpo, do qual Cristo é a cabeça e nós somos os membros. Não corresponde à compreensão da fé cristã pensar que seja possível uma prática religiosa apenas pessoal e muito menos individualista! Ideias de tal ordem, mesmo quando espalhadas por meios de comunicação e até autoridades, não correspondem à vida dos cristãos. Ninguém caminha sozinho, e a dimensão da comunhão entre os irmãos e irmãs é constitutiva da vida cristã, não um acréscimo acessório! A vida cristã exige a partilha em todos os sentidos. Sempre atual é a perspectiva elencada justamente nos Atos dos Apóstolos, quando começou “o caminho”: “Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42), o que se confirma mais
adiante: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e sobre todos eles multiplicava-se a graça de Deus. Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro e o depositavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um” (At 4,32-35).
Ninguém caminha sozinho
Faz parte do Caminho descobrir que fomos chamados como corpo, do qual Cristo é a cabeça e nós somos os membros
4
IGREJA
BELÉM, DE 16 DE 22 DE ABRIL DE 2021
CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um pequeno GRANDE livro (16)
N
esta edição de “Miscelânea” continuaremos a ver o que se diz em “O monge e o pastor” sobre espiritualidade. Na carta de 17 de maio de 2020, do monge Marcelo Barros ao pastor Henrique Vieira, escreve Marcelo: “Atualmente aprendo com a teologia mais aberta que a espiritualidade é a energia interior de amor e comunhão que existe
a espiritualidade é a energia interior de amor e comunhão que existe em todos nós
em todos nós e que também pode ser vivida socialmente. As religiões e tradições espirituais reconhecem que essa energia é um dom divino e “diviniza” o ser humano.” E continua: “Passei a maior parte da vida em comunidade de monges que creem que podemos desenvolver a espiritualidade por meio de exercícios de centivação interior, silêncio e relação com o divino que há dentro e fora de nós. Esses caminhos são validos e úteis, principalmente em uma sociedade superficial como a nossa. Entretanto, fui mais tocado pela revelação bíblica e creio que esta nos ensina que o melhor caminho para o cultivo da espiritualidade é a solidariedade. Só na face do outro podemos reconhecer a presença divina.” E concluí: “No ato
DIVULGAÇÃO
mas rompe com todas as normas que o impedem de ser expressar.” Na próxima edição de “Miscelânea, voltarei ao assunto, pois ainda há muito que se ver sobre ele na obra que estamos estudando. Shalom!
A espiritualidade
n COMUNIDADE beneditina em oração
concreto do amor solidário e transformador nos convertemos e nos divinizamos. Se Deus é amor, ou seja, solidariedade, o caminho para ele também tem de ser esse.” Já Henrique Vieira, na carta de 18 de maio de 2020, uma segunda – feira, escreve a Marcelo Barros:
...”Espiritualidade é a abertura do mistério da vida. Abertura ao Sagrado que em tudo habita. É uma pulsão que nos sensibiliza diante da magnitude do universo, da natureza e do ser humano. E também uma busca permanente por plenitude e reinvenção. Na mesma carta,
mais adiante: “a espiritualidade é também busca pelo próximo, gera empatia e comunhão, e tem como resultado a solidariedade. Não se fecha em dogmas ou doutrinas mas namora as perguntas, acolhe o desamparo, aposta na bondade e abre novos horizontes. Ela conserva a essência do amor,
podemos desenvolver a espiritualidade por meio de exercícios de centivação interior, silêncio e relação com o divino
Colabore: Fazenda da Esperança realiza SORTEIO SOLIDÁRIO Há 37 anos a Fazenda da Esperança recebe dezenas de milhares de pessoas no Brasil e em 24 países. No Brasil, conta com mais de 100 unidades que atendem
crianças, adolescentes, jovens e adultos. Devido à pandemia, a comunidade decidiu abrir as suas casas para acolher mais pessoas em situação de rua.
Só no ano passado 2200 pessoas foram atendidas. Para continuar a missão foi lançado um apelo de adesão ao Sorteio Solidário Esperança para todos.
Ao adquirir um número da sorte, no valor de R$15,00 através do site https://esperancaparatodos.org.br/?kla231 é possível contribuir para que a Esperança seja
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
a força transformadora na sociedade. Além disso, concorrer aos seguintes prêmios: • 1 Smartphone Samsung Galaxy S10 (o sorteio ocorrerá em 1
de maio de 2021) • 1 Notebook Dell i15 (o sorteio ocorrerá em 5 de junho de 2021) • 1 Onix 2021 (o sorteio ocorrerá em 3 de julho).
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Lc 24, 34-48
35 os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando ... Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco”! 37Eles ficaram assustados e cheios de medo pensando que estavam vendo um fantasma. 38 Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Um fantasma não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. 40E, dizendo isso, ... mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles, ainda não podiam acreditar, ... estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois,
disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos”. 45 Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras 46e lhes disse: “Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”. B) COMENTÁRIO
O Ressuscitado nos ordena a sermos testemunhas: “Vós sereis testemunhas de tudo isso” (v 48). O que é “ser testemunha”? Demonstrar que ele vive em nós! Vida nova (Rm 6). De “de tudo isso” indica: o amor do Pai expresso na Criação; o do Filho na
Redenção; e o do Espírito na Santificação. Ora, “testemunha” na língua original do Novo Testamento se diz “mártir”. Portanto, ser testemunha é ser mártir; é integrar e entregar a vida até as últimas consequências, pela causa do Cristo; assim devemos ser. Estamos decididos a sermos testemunhas, mártires? (v 39). A experiência do caminho de Emaús (Lc 24,13-34) registrada um pouco antes deste texto (Lc 24,35-48) é o sustentáculo da força do missionário, com a energia do Espírito Santo: “sereis minhas testemunhas” (At 1,8). Em Emaús, o Ressuscitado entra em nossa vida e faz caminho conosco. E a certeza de o reconhecermos está na “fração do pão” (v 35), na Eucaristia, ao participarmos da santa missa. Logo, quando Jesus convida para tocá-lo ou
vê-lo (v 39), está chamando a ter a experiência do Ressuscitado. Ele evoca a caridade, o amor: força e superação. A dúvida nos vem na mente, mas ele aponta o coração: “Por que estais preocupados e por que tendes dúvidas no coração?” (v 39). Ora, “coração partido eu não o quero, quando dou o meu é por inteiro”! O amor de Cristo por nós é até o fim (Jo 13,1), é pleno; como também deve ser o nosso (Jo 13,34). A bíblia, na cultura hebraica, é referenciada como: torah; nebiim; ketubim (Lei; Profetas; Escritos) ou somente “Escrituras”, indicando o Antigo Testamento. Portanto, o estudo, o conhecimento do Antigo Testamento dará condições para entender melhor quem é Jesus (vv 44-46); nele se cumpre tudo o que foi programado pelo Pai, para a salvação da humanidade.
n 16/04 – SEXTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 5,34-42 Salmo - S. 26, 1. 4. 13-14 Evangelho - Jo 6,1-15 n 17/04 – SÁBADO Cor: Branco 1ª Leitura - At 6,1-7 Salmo - Sl 32, 1-2. 4-5. 18-19 Evangelho - Jo 6,16-21 n 18/04 – DOMINGO Cor: Branco 1ª Leitura - At 3,13-15.17-19 Salmo - Sl 4,2.4.7.9 2ª Leitura - 1Jo 2,1-5a Evangelho - Lc 24,35-48 n 19/04 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 6,8-15
Salmo - Sl 118, 23-24. 26-27. 29-30 Evangelho - Jo 6,22-29 n 20/04 – TERÇA-FEIRA Cor:Branco 1ª Leitura - At 7,5l - 8,1a Salmo - Sl 30, 3cd-4. 6ab.7b.8a. 17.21ab Evangelho - Jo 6,30-35 n 21/04 – QUARTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 8, 1b-8 Salmo - Sl 65, 1-3a. 4-5. 6-7a Evangelho - Jo 6,35-40 n 22/04 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 8,26-40 Salmo - Sl 65, 8-9. 16-17. 20 Evangelho - Jo 6,44-51
5 SETORJUVENTUDE
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
A espiritualidade PASCAL: promoção da liberdade autêntica INTRODUÇÃO
C
onforme narra o livro do Êxodo, a festa da Páscoa está intimamente relacionada à memória da libertação dos hebreus escravizados no Egito. A Páscoa, celebração da passagem da escravidão para a libertação, não foi vista como iniciativa humana, mas um projeto divino, foi uma intervenção de Deus (cf. Ex 3, 7-10; Ex 12,1). De fato, Deus que nos criou para a liberdade, os quer sempre livres e responsáveis (cf. Ez 18). A celebração da Pás-
A liberdade que brota da Páscoa é a restauração da consciência vocacional que nos impele a viver com generosidade e paixão. Pois Deus nos criou para a liberdade coa, como memória da saída da escravidão, convocou o povo ao compromisso de zelar pela dignidade da vida. Se de um lado a liberdade é dom, a libertação é processo que implica um paciente e longo caminho. Para esse povo, a memória da libertação era a condição fundamental para que conservassem a liberdade e vivessem na fidelidade a Deus. Mas em tantos momentos, o povo caiu no cansaço, na impaciência e esqueceu a misericórdia de Deus que o libertou da casa da escravidão. Quando o povo esquecia o Evento Pascal do Egito, como consequência, caíam em graves males como a idolatria, exílio, sofrimento, vio-
DIVULGAÇÃO
lências (cf. Jz 3,7; 1Sm 12,9; Ed 9; Dn 9). Da mesma forma também acontece com os cristãos quando esquecem do Ressuscitado.
4
1
A Páscoa de Jesus A segunda páscoa, aquela de Jesus que vence a morte assumindo a Vida gloriosa, também é obra da Misericórdia de Deus Pai que alimenta, continuamente, a vida do discípulo do Ressuscitado. A fé na Ressurreição de Jesus é compromisso de vida nova para os seus discípulos. Nas diversas narrações dos evangelhos, após a morte de Jesus os discípulos tinham se dispersado, estavam entristecidos, fechados, vazios, frustrados, com medo, angustiados, deprimidos, sem liberdade (cf. Lc 24, 1-11). To d a v i a , c o m o anúncio da ressurre i ç ã o, a m u d a n ç a psicológica deles foi radical: despertaram para uma nova postura, assumiram novo ânimo, colocaram-se em movimento, partilharam a boa notícia, tornaram-se comunicativos, encheram-se de alegria. Os discípulos reencontraram a liberdade e a paz (cf. Jo 20, 1-18; Lc 24, 1-12). Se no Êxodo o símbolo do caminho da liberdade foi o mar aberto para a vida nova, liderados por Moisés, nos Evangelhos encontramos o sepulcro vazio e a pessoa de Jesus Ressuscitado gerando vida nova em todos aqueles com os quais se encontrou. A experiência do encontro com o Ressuscitado foi forte, restauradora dos ânimos, das memórias, dinamizadora dos afetos e geradora de um novo ardor missionário. Quando Jesus Ressuscitado apareceu a Maria Madalena, ela que estava triste e chorando, imediatamente, ao reconhecer a voz de Jesus, apesar do medo, correu com alegria para dar a notícia aos apóstolos que estavam de luto e chorando (cf. Mc 16, 10-11). A fé no Ressuscitado nos liberta do cárcere dos sentimentos negativos.
a orienta, convida-a à transcendência.
2
Páscoa, liberdade e alegria A festa da páscoa está sempre relacionada a movimento, mudança positiva, dinamismo, superação, esperança, otimismo, entusiasmo, alegria, coragem... Para os hebreus que saíram da escravidão no Egito, a páscoa representou a festa da conquista da liberdade, da alegria de viver, da possibilidade de decidir os próprios rumos, da retomada do brilho da dignidade humana. Era a festa da esperança. Não existe alegria onde não há esperança e, onde não se vive a esperança também não há liberdade e nem visão de futuro. A l i b e rd a d e q u e brota da Páscoa é a restauração da consciência vocacional que nos impele a viver com generosidade e paixão. Pois Deus nos criou para a liberdade, mas a verdadeira liberdade não deve ser confundida com a pura capacidade de tomar decisões (livre arbítrio), mas como escolha do bem. “Desde o princípio, Deus criou o homem e o entregou ao poder de suas próprias decisões. Se você quiser, observará os mandamentos, e sua fidelidade vai depender da boa vontade que você mesmo tiver. Ele pôs você diante do fogo e da água, e você poderá estender a mão para aquilo que quiser.” (Eclo 15, 1517). Mas, iluminado pela fé, o fiel deve escolher a vontade de Deus para ser feliz: “eu lhe propus a vida ou a morte, a bênção ou a maldição. Esco-
n ESSE “GRÃO” é o próprio Jesus
lha, portanto, a vida, para que você e seus descendentes possam viver, amando a Javé seu Deus, obedecendo-lhe e apegando-se a ele, porque ele é a sua vida e o prolongamento de seus dias” (Dt 30,19-20). A liberdade é dom que nos foi concedido (potencial) e, ao mesmo tempo, é tarefa, responsabilidade, porque não é pronta; para podermos usufruir dela é preciso amadurecimento, esforço, discernimento, senso de responsabilidade! Os discípulos de Emaús saíram da própria prisão à medida que caminhavam na companhia do Ressuscitado que os educava, abria-lhes a inteligência. O ser humano, desde o ventre materno, é chamado a ser livre! Esse é um dos vínculos mais profundos com seu Criador que é a suma Liberdade, Verdade e Bem supremo.
3
Liberdade, Cruz e glória A páscoa está vinculada à liberdade e à responsabilidade. Recordemos o que disse Jesus: “o Pai me ama, porque dou a minha vida para retomá-la” (Jo 10,17); “Ninguém a tira de mim; mas eu a entrego, dou livremente” (Jo 10,18). O mistério da páscoa nos educa para dar sentido à cruz. Em Jesus de Nazaré temos a chave para interpretar os mistérios da vida, do sofrimento e da morte. Dessa forma, à luz da páscoa, podemos compreender que a verdadeira liberdade
também é capaz de abraçar a cruz, o sofrimento e o martírio por amor. Quem por primeiros nos ensina isso é o próprio Deus com sua iniciativa de amor (cf. Jo 3,16; 1Jo 4,19). A fé liberta o dinamismo da liberdade e a leva a não ser refém das paixões e nem da lógica autodefensiva que rejeita o sofrimento (cruz). Foi esse o horizonte que Jesus apresentou aos gregos que andavam em Jerusalém dizendo “queremos ver Jesus”. Jesus lhes propôs, com firmeza e decididamente, a necessidade de ultrapassarem a lógica da razão e a abraçarem aquela do grão de trigo que morre para dar vida, em vez de ficar intacto e esperar a glória. Esse “grão” é o próprio Jesus. A liberdade, iluminada pela Páscoa, gera desapego, gratuidade, serviço (cf. Jo 12, 25-26). Para os “filósofos da morte de Deus”, pensadores declaradamente ateus e críticos da religião (como Georg Hegel, Karl Marx, Friederic Nietzsche, J e a n Pa u l S a r t re , Freud... etc.) a fé conflita com a liberdade humana; por isso, não davam espaço para Deus. Para eles, ateísmo e liberdade caminham juntos. Todavia, aos olhos da páscoa, Deus não é um concorrente do homem: “Nele que vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,28). A fé em Deus não nega a liberdade humana, ao contrário, a possibilita, a potencia, a enobrece, a robustece,
A liberdade dos filhos de Deus Muitos hoje, em nome da própria liberdade, vivem na escravidão. Esse fato acontece por um grave erro de desconexão entre liberdade e verdade. A experiência da verdadeira liberdade é consequência da harmonização da vontade com a verdade, porque a Verdade Liberta (cf. Jo 12, 32-33). A finalidade da liberdade livre é capacitar a vontade para o amor. Quem não é livre não ama. Segundo São Paulo, o verdadeiro sentido da liberdade do discípulo de Jesus Cristo está na sua dependência do dinamismo do Espírito de Deus. Quem Nele vive sua liberdade não se torna submisso aos instintos egoístas, mas coloca-se a serviço dos outros através do amor (cf. Gl 5, 12-15). Aquele que ainda não entendeu o sentido da liberdade, alerta São Pedro, usa da mesma para promover a própria escravidão. Mas, ao contrário, a liberdade autêntica nos leva a sermos servos de Deus promovendo o nosso bem e a promoção dos outros (cf. 1Pe 2,16). PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
1 2 3
Qual relação há entre Páscoa e Liberdade? O que significa dizer que a liberdade é dom e tarefa? Qual é a diferença entre livre arbítrio e liberdade?
Passagem da escravidão para a libertação
O mistério da páscoa nos educa para dar sentido à cruz
6
FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
D
irecionado ao público ouvinte da manhã, o programa “Na alegria do Evangelho”, estreiou na programação da Rádio Nazaré, 91, 3 Mhz, na segunda-feira, dia 12, às 9h. O programa tem a missão de evangelizar especialmente aqueles que sintonizam a emissora no horário matutino e, sobretudo, potencializar a alegria contida na Palavra de Deus, e estimular o cuidado com o próximo. Com duas horas e meia de duração, sob os cuidados do padre Wagner Maria, o programa é dinâmico e substitui o “Nazaré em revista”, com orientação e dicas para os ouvintes sobre vida financeira, saúde, higiene e receitas. Os telespectadores serão orientados em todos os blocos quanto ao trânsi to
FAMÍLIA NAZARÉ
A alegria do EVANGELHO no rádio RÁDIO NAZARÉ tem novo programa nas manhãs da emissora da Arquidiocese de Belém de Belém e da região metropolitana, dentre outras informações. Quadros interativos possilitam a participação dos ouvintes na "frase do dia", extraída dos Salmos, livros sapienciais , Provérbios, etc; "Na alegria do Evangelho" que explana sobre a Liturgia Diária, ensinamentos de "como" e o "quê" rezar" (alento nos dramas pessoais), "Seja mais um!" (para tratar da importância evangelizadora da Família Nazaré. A coordenadora da Rádio Nazaré FM, Elyvane Barbosa, exolica que "o programa é fruto do desejo da
Arquidiocese de Belém em implantar no horário da manhã na rádio, uma maneira de difundir a alegria de se viver à luz da esperança que vem da Palavra de Deus, justamente, o que dá nome ao programa". "Uma opção para levar não só o entretenimento, mas uma atenção especial com a espiritualidade dos nossos ouvintes. Em tempo de pandemia, a tristeza tem sido relevante entre as pessoas. Nosso programa chega para alegrar mais os momentos daquele que sintoniza a rádio em busca de conforto, e nada é mais forte do que a alegria que vem do Senhor, que é a nossa força em todas as tribulações", comenta
LUIZ ESTUMANO
o apresentador, padre Wagner Maria. Segundo o Diretor de Comunicação, da Fundação Nazaré de Comunicação, Mário Jorge Alves, o programa é uma iniciativa da Fundação Nazaré em “promover uma animação missionária ao ouvinte da Rádio Nazaré, dando mais visibilidade à mensagem de Deus, nossa maior esperança".
SERVIÇO Sintonize o programa “Na alegria do Evangelho” - Rádio Nazaré FM 91,3 Mhz, segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30.
n NO AR, o apresentador, padre Wagner Maria
NOSSOS ANIVERSARIANTES Inercita da Costa Conde Armindo Campos da Silva Ruinal Viana Xaviar Gracia Holanda Melo Maria das Graças da Silva Sousa João Batista Bentes de Miranda Benedito Edson Mendes Silva Clelia Maria Rodrigues da Cunha Alexandre Saulo Lima Alencar Geovane da Silva Monteiro Alzenir Gomes Soares Clauber Roberto Santos de Moraes Priscila do Socorro Guimarães Climenie Bernadette de Araújo Pontes Guaraci Fabiano P Guimarães Sebastiana Lobato Pinheiro Belmira Del Castilho Maria Suely Assef Sousa Jose Rocha da Silva Antonia Maria Bezerra Machado Maria das Graças Abreu Ana Elisabeth de Oliveira Barros Dulcirene dos Reis Dias Valquíria Silva Garcez Maria do Socorro Damasceno Santos Sandra Sueli Moreira Ramos Maria Jose Costa Martins Verônica Pereira Lamarão Irlan Rodrigues de Melo Maria da Gloria J. Castro Ana Lidia Felix de Lima Afonso N R Dam
Franklin Rabelo da Silva Doroti Pinto Debs João Bosco de Lima Campos Teresinha de Sousa Rodrigues Elvina dos Santos Gomes Esmeralda de Oliveira Almeida Osvaldino Brasil Brito Domingas Maria Nunes da Piedade Corrêa Maria das Graças Rodrigues Saavedra Maria de Fátima Soares Silva Hilda de Goés Cardoso Jose Ferreira Espírito Santo Maria Antezaldina Magno Alves Luzia de Fátima Peixoto Vasconcelos Telcilene Guimarães Corrêa de Melo Albanize Reis de Abreu Pina Leonardo Lima de Oliveira José Marinho Gemaque Junior Erica Fernanda Pinto Corrêa Ermelinda Joaquina Pereira de Carvalho Maria Crinaurea de Souza Silva Luiz de Gonzaga Lima Fontenele Izamir Carnevali de Araújo Bartira da Conceição Feio Francisco Augusto Nunes M. da Silva Osvaldino Vieira da Silva Débora Celeste Cunha Santa Brígida Rosangela do Socorro Cantuaria da Silva Ferreira Rosa Maria Serra Portal Jail José Alves Silva Junior Izabella Iris Machado Martins
Maria Tereza Ferreira de Sousa Marilena Bandeira Costa Olinda Antunes Maria de Lourdes da Silva Garcia Maria Jose Santos Mesquita Iracema da Silva Feitosa Marcela de Lima Melo e Família João Iara Daibes Raimundo Walter Ribeiro de Paiva Maria das Graças Monteiro da Silva Cleonice Barbosa Lopes Maria das Graças Melo Machado Pedro Paulo Oliveira de Vasconcelos Antonio Flavio Pereira Américo
Helenice Batista Baia Elcyr Antonio Godinho de Souza Junior Bismarck Lima da Conceição Rodrigo Jose de Araújo Rocha Ivana Maria das Dores Silva Izete Santana Tadaiesky Narciso Correia Pinto/Ivanilde Ferreira Pinto Maria de Fátima Neves Capela Bisbo Maria de Nazaré Lima Borges Maria Teuria Barreto Gomes Ana Lúcia Silva Rodrigues Raimunda Trindade Ferreira José Gomes Batista Mary Helena Pinheiro Soares Vera Lúcia Nunes Rodrigues
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 16/04 – Pe. Idamor da Mota Júnior 19/04 – Diác. José Maria de Araújo 19/04 – Pe. Marco Antônio de Souza 19/04 – Diác. Fábio Lobato Cândido Silva 20/04 – Pe. Cícero Roberto de Araújo 20/04 – Pe. Edinaldo Duarte Sobrinho 20/04 – Pe. Cícero Roberto de Araújo n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 18/04 – Pe. Valdemir Batista de Sena Júnior
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
CADERNO DOIS
58ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB
FOTOS: DIVULGAÇÃO
“CORAÇÃO do serviço eclesial prestado pela CNBB”
A
58ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou dia 12. O encontro que reúne todo o episcopado brasileiro ocorreu, pela primeira vez na história, de forma virtual, por conta da pandemia da covid-19, um desafio imposto pelo contexto atual e que exige aprendizado de ferramentas e suporte técnico para os ajustes que se fazem necessários no início dessa experiência nova. O Ar-
cebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, abriu oficialmente o encontro às 8h, horário de Brasília. “Este caminho é de grande importância, é o ponto alto do coração do serviço eclesial prestado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Somos desafiados a abrir o coração e a vivenciarmos esse caminho sob as luzes de Cristo ressuscitado, guiados e movidos pela ação do seu Espírito Santo”, motivou Dom Walmor. Durante a abertura da Assembleia, Dom Walmor reforçou a comunhão e a “irrestrita fidelidade” do episcopado brasileiro ao
n ABERTURA da Assembleia Geral da CNBB virtual foi dirigida pelo presidente, Dom Walmor
Papa Francisco; saudou os participantes, entre bispos, administradores diocesanos, assessores, secretários executivos de regionais, representantes dos Organismos do Povo de Deus; falou sobre o contexto e propósito do en-
contro e da tarefa educativa da Igreja, reconhecendo humildemente, a condição também de aprendizes. O presidente da CNBB também recordou o Santuário Nacional de Aparecida, que acolhe as assembleias da
COMUNHÃO COM O PAPA “Nossa comunhão filial e irrestrita fidelidade ao Santo Padre, o Papa Francisco, unidos e missionariamente empenhados da árdua e insubstituível tarefa da evangelização, a razão de ser de nossa Igreja no mundo a
caminho do reino, deixando ecoar forte, neste tempo pascal o forte mandato do Senhor Jesus Ressuscitado dirigindo aos discípulos operários da primeira hora ‘como o Pai me enviou, assim também eu vos envio’”.
SERVIÇO
vos enviei para irdes e produzirdes frutos que permaneçam’. Assim, sua misericordiosa compaixão para conosco nos disponha o coração e a mente para o propósito que nos congrega aqui, pensando sempre nossa responsabilidade primeira com a missão de nossa amada Igreja”.
A 58ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB Os bispos reuniram-se na 58ª Assembleia Geral de 12 a 16 de abril, por meio da plataforma Zoom. O tema central da AG referencia o Pilar da Palavra proposto pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019- 2023). Mesmo sem a possibilidade de votação de um documento, debateu-se o tema “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias”.
Com humildade, temos que aceitar que somos aprendizes de muitas coisas, também do tesouro de nossa fé, a Palavra de Deus, a nossa Tradição. O encontro nacional de 25 de novembro de 2020 foi uma estação de aprendizagens, precedido de muitas práticas e uso de novos recursos com muitos desafios espirituais e existenciais. O relatório do presidente trará uma ligeira mostra da intensidade e da grandeza missionária de nossa Igreja. É encantador o encaminhamento que cura e fortalece, basta escancarar o coração à misericórdia de Deus, a fonte inesgotável.”
n REUNIÃO do episcopado do Brasil ocorreu virtualmente
VOS ESCOLHI E VOS ENVIEI “Ao abrirmos esse itinerário, nesse exercício da comunhão e colegialidade, com exercícios concretos de sinodalidade em vista da missão dada pelo Senhor Jesus, nos emoldura aquela sua palavra do capítulo 15 do Evangelho de João: ‘Não fostes voz que me escolhestes, fui eu que vos escolhi e
CNBB há alguns anos, e homenageou os pobres, os mortos, os enlutados. Os bispos dedicaram a abertura da Assembleia também para rezarem as Laudes e invocarem o Espírito Santo com o “Veni, Creator”.
PANDEMIA “Olhando a humanidade e a nós mesmos, chegamos nessa 58ª Assembleia Geral da CNBB com os pés cansados e os joelhos enfraquecidos. Adiada essa 58ª Assembleia Geral duas vezes, abril e agosto de 2020, a pandemia nos vem exigindo aprendizagens e qualificados discernimentos de rumos em vista de ações assertivas e novas respostas. É irrenunciável a tarefa educativa da Igreja no mundo. Nossas fragilidades e do mundo expostas nos pedem retorno a fontes e unção de comunhão com os sofrimentos na pele nossa e do nosso povo, especialmente dos enlutados e dos enfermos.
AUXÍLIO DO ESPÍRITO SANTO “Invocamos o Espírito Santo, que ele venha para esse exercício de cinco dias de Assembleia Geral, pedindo de nós 35 horas de trabalhos, para nos trazer benção, serenidade, discernimentos, escolhas e paixão maior pela missão, ajudando o mundo a ter um novo estilo de vida ao sabor do Evangelho de Jesus.” […] “Estamos aqui para nos ungir com a fraternidade entre
nós, na força da fé no Ressuscitado, na consolação que vem do Espírito, conscientes do quanto precisamos estar fortalecidos pela comunhão e pela colegialidade, pela sinodalidade e pela missionariedade, porque a Igreja tem um grande, importante e insubstituível papel como bem sabemos. Seja muito abençoado este caminho e que o Espírito Santo venha em nosso auxilio”. Aparecida, mãe de consolação e misericórdia
“Essa sala virtual da 58ª Assembleia Geral Ordinária da CNBB nos fará lembrar saudosos a casa da Mãe Aparecida. A saudade e as gratas lembranças do tempo vivido ali, e que esperamos voltarmos muito em breve, nos encharquem com a certeza de sua intercessão e proteção. Inspirando-nos sempre como mãe de consolação e misericórdia, lembrando-nos dos pobres, enlutados, dos nossos falecidos, por isso, um instante de silêncio em reverência.”
MISSÃO e sinodalidade: mística presente no Novo Estatuto O caminho percorrido para a formulação do “Novo Estatuto da CNBB” foi o primeiro assunto a ser discutido pelo episcopado brasileiro no terceiro dia da 58ª Assembleia Geral da CNBB, em 14 de abril. A exposição do tema foi realizada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado. Neste caminho de reflexão e elaboração, que se iniciou, efetivamente, em setembro de 2020, Dom Joel destacou que houve uma preocupação quanto à mística que o docu-
mento deve conter. Dessa forma, sinodalidade e missão, constituem como uma grande moldura de todo trabalho de formulação desse Novo Estatuto, que também contempla três eixos: formação integral, gestão pastoral e diálogo com a sociedade. 1. Formação integral: uma questão a ser considerada não somente na formação dos futuros sacerdotes, mas de todo batizado e batizada. Pois todos precisam estar preparados para enfrentar os desafios atuais e dar as razões da esperança cristã.
2. Gestão pastoral: que vai desde os bens temporais até a gestão pastoral das igrejas. Considerar as exigências novas e as compreensões legais que se transformam, como a relação entre Igreja e Estado. Neste eixo, considera-se também as relações entre CNBB e as Igrejas Particulares. 3. Diálogo com a sociedade: Um processo que começou a ser desenvolvido com a comunicação institucional, mas que precisa ser discernido e ampliado. Os bispos identificam a necessidade de que a palavra dita à socieda-
de, como Conferência Episcopal, tenha a força da unidade e do testemunho. “É importante que o nosso Estatuto permita que os batizados e batizadas se preparem para enfrentar os desafios de hoje”, disse Dom Joel. O caminho percorrido até aqui para a elaboração do Novo Estatuto da CNBB foi coordenado e executado pelo Instituto Nacional de Pastoral Pe. Alberto Antoniazzi (INAPAZ) que, desde setembro de 2020, realizou consultas, escutou os arce/bispos por blocos regionais, os assessores
das comissões, os secretários executivos dos regionais, coordenadores de organismos relacionados e vinculados, peritos e colaboradores de instâncias, que constituem os diversos atores da Conferência Episcopal. O Instituto também promoveu uma série de eventos virtuais. Ao todo, foram abordados 6 temas gerais sobre os critérios: missão e sinodalidade e os eixos: gestão pastoral, formação integral e diálogo com a sociedade, que estão norteando a elaboração do Novo Estatuto.
2
PANORAMA
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
CONCERTOS disponíveis on-line
NAZARÉ REPÓRTER
SÃO mais de 80 concertos e espetáculos na internet
O
Palco Virtual do Theatro da Paz completou seis meses com mais de 80 concertos e espetáculos da Amazônia Jazz Band (AJB), Orquestra Sinfônica e do Festival de Ópera, disponibilizados gratuitamente ao público por meio de canal no YouTube. A iniciativa foi lançada em virtude da pandemia do novo coronavírus, em setembro de 2020. Ainda sem previsão de reabertura para apresentações no palco físico de uma das maiores casas de espetáculos do país, a modalidade digital segue como prioridade para apresentar a produção dos corpos artísticos. Somando o canal principal e os sub-canais, já são contabilizadas 1980 inscrições e mais de 12 mil visualizações. Para os maestros Miguel Campos Neto, regente titular da OSTP, e Nelson Neves, da AJB, passar das apresentações ao vivo e presenciais para as gravações dos concertos também trouxe novas dinâmicas. Em comum, a sensação de alento e alegria em
retomar os trabalhos com os corpos artísticos e mesmo que virtualmente, se reconectar com a plateia. As gravações com os músicos da OSTP foram realizadas no palco do Theatro da Paz e o repertório foi selecionado com o critério da viabilidade de ser executado por trios ou quartetos. Miguel conta que é como se tivesse dividido a sinfônica em várias orquestras, o que gerou a necessidade de pensar de forma detalhada no ensaio e na execução das obras. Além disso, uma preocupação constante entre o grupo era sobre o resultado da performance no vídeo. O maestro da Amazônia Jazz Band, Nelson Neves, também considera que a transição foi um desafio, mas ao mesmo tempo um bálsamo para a big bang, que estava sentindo falta de tocar e realizar apresentações. Os ensaios e as gravações foram feitas por naipes, ou seja, grupo de instrumentos, para depois unir o conteúdo como num concerto ao vivo. Ele revela que o entrosamento entre o grupo não foi preju-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
SEBRAE OFERECE CURSOS ONLINE
O Sebrae oferece mais de 130 cursos online e gratuitos que podem ser feitos por meio do portal da instituição. Com a pandemia do coronavírus, o Sebrae ampliou o seu cardápio de cursos e permitiu que qual-
CONCURSO CIÊNCIA E ARTE dicado e que o contato constante por troca de mensagens possibilitou até mesmo a criação de novos arranjos e composições para a jazz band. “Tudo que o músico quer é tocar e apresentar a sua arte, mostrar seu o trabalho. Trabalhamos em função do público, onde quer que a gente se apresente. A ideia de incentivar as apresentações nesse formato online foi maravilhoso, dentro das possibilidades que nós nos encontramos. Sentimos falta da pla-
RÁDIO NAZARÉ
teia, da interação, desse calor, da energia entre palco e espectadores, que corre as frisas, a plateia até o paraíso enquanto estamos nos apresentando”, diz.
SERVIÇO Acesse o Palco Virtual do Theatro da Paz no link www.youtube.com/c/theatrodapaz_TP. (Com informações Secult).
O Centro de Ciências e Planetário da Universidade do Estado do Pará (Uepa) está com as inscrições abertas para o segundo concurso de desenho e astrofotografia Ciência e Arte. O tema escolhido para esta edição é Olhando os Céus da Amazônia. O concurso visa promover e divulgar o interesse pela astronomia, com foco para a Amazônia e seus impactos, efeitos e possibilidades do ponto de vista da arte, da crítica, e do meio ambiente. O concurso está dividido em duas modalidades: desenho e astrofotografia. Podem participar nas categorias “Infantil” crianças de 4 até 12 anos; “Jovens” de 13 aos 17 anos; e “Adultos” de 18 anos em diante. A inscrição é gratuita e pode ser feita até às 18h do próximo dia 23 de abril, pelo site https://paginas.uepa.br/planetario/
CAMPANHA SOLIDÁRIA A campanha “TÊM CRIANÇAS PRECISANDO DE NÓS!”, lançada em março pela Justiça do Trabalho da 8ª Região, por meio da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem conseguiu mobilizar mais de três mil doações. A ação teve o objetivo de arrecadar resmas de papel A-4 para doar a escolas da rede pública de ensino, localizadas na Região Metropolitana de Belém, e contribuir com o aprendizado de milhares de alunos, já que para muitos acompanhar as aulas on-line se torna uma tarefa difícil, devido à falta de itens como computador, celular e acesso à internet.
FM 91 .3 MHZ n COMBATE À MENINGITE O Programa Saúde e Cidadania da próxima segundafeira, 19tira dúvidas sobre o tema “Meningite: como diagnosticar, tratar e prevenir”. Um especialista vai falar so-
bre o assunto. O programa saúde e Cidadania vai ao ar as segundas-feiras, de 16h às 17h30. Envie suas dúvidas para o WhatsApp 9.8814-0275. Participe!
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n NAZARÉ NOTÍCIAS - O SEU PROGRAMA JORNALÍSTICO DA TV As principais notícias do dia você acompanha sempre pela tela da Rede Nazaré de Televisão. Educação, saúde, meio ambiente, trabalho, arte, religião e muito mais de segunda a sexta no Nazaré Notícias, o
seu programa jornalístico da TV. Nazaré Notícias vai ao ar de segunda a sexta às 11h15 e, em horários alternativos às 19h e 22h. Fique ligado no Canal 30 ou através da sintonia da sua cidade.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n ORAÇÃO DO ROSÁRIO, AO VIVO Acompanhe de segunda a sexta-feira a Oração do Rosário, ao vivo, do Estúdio da Fundação Nazaré de Comunicação, às 17h, com transmissão pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br), Facebook (facebook.com/FNCBelem) e pe-
quer pessoa, mesmo quem ainda não tem um negócio formalizado, possa se qualificar. O resultado dessa iniciativa foi um recorde de 2,5 milhões de matrículas apenas em 2020.
lo canal do Youtube (youtube. com/FNComunicacao). Participe conosco enviando seu pedido de oração pelos nossos números de WhatsApp: (91) 98814-0275 ou (91) 993155743 e pelos veículos de comunicação da Rede Nazaré!
BOA DICA n FOI QUANDO A FAMÍLIA REAL CHEGOU... Lúcia Fidalgo, Livro (PAULUS, R$ 28,00 )
Q
ue tal voltarmos ao Brasil, no ano de 1808, e ver desembarcar no porto da cidade do Rio de Janeiro a Família Real portuguesa?! Além da família, havia também os exércitos com seus soldados, que defendiam os países de invasões e ataques. Na Europa, Napoleão Bonaparte, imperador da França, tinha a intenção de dominar todo o continente. Esses lugares estão descritos no texto e destacados com uma “letra diferente”. Depois, é só você olhar no final do livro que irá encontrá-los. n SABER ESPERAR Fabio Paglieri, Livro (Paulinas, R$ 12,50)
O
livro trata das dificuldades em exercer o autocontrole e ser perseverante nas decisões que envolvem objetivos e metas de longo prazo, buscando o equilíbrio e a moderação entre a impulsividade e a procrastinação - dois lados de um fenômeno que se relaciona com a forma como lidamos com o tempo e a nossa capacidade de gerenciá-lo. No primeiro capítulo, o autor fala sobre o lado bom de saber esperar. O segundo capítulo se ocupa da frequente incapacidade de perseverar nas decisões relacionadas a dietas, propósitos ou planos de longo prazo. O terceiro capítulo é dedicado aos custos da espera. O quarto capítulo se concentra sobre o lado ruim da espera. O quinto e último capítulo apresenta conselhos e estratégias para lidar com os maus hábitos e a impaciência, treinar a tolerância e o autocontrole.
VATICANO
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
3
PAPA: não vivamos uma FÉ pela metade JESUS RESSUSCITADO aparece aos discípulos com paciência, conforta os seus corações desanimados
C
om informações Vatican News. O Papa Francisco presidiu a celebração eucarística neste II Domingo de Páscoa (11/04), Domingo da Divina Misericórdia, na Igreja de Santo Espírito, em Sassia, Santuário da Divina Misericórdia, localizado nas proximidades do Vaticano, seguindo as normas contra a Covid-19. “Jesus ressuscitado aparece aos discípulos várias vezes; com paciência, conforta os seus corações desanimados. E assim, depois da sua ressurreição, realiza a «ressurreição dos discípulos»; e, solevados por Jesus, mudam de vida. Antes, inúmeras palavras e tantos exemplos do Senhor não conseguiram transformá-los; mas agora, na Páscoa, algo de novo se verifica; e verifica-se sob o signo da misericórdia: Jesus os levanta com a misericórdia; eles, obtendo misericórdia, tornam-se misericordiosos”, disse Francisco em sua homilia.
Segundo o Papa, os discípulos obtêm a misericórdia mediante três dons: Jesus oferece-lhes a paz, depois o Espírito e, por fim, as chagas. Em primeiro lugar, dá-lhes a paz. “Os discípulos estavam angustiados. Fecharam-se em casa assustados, com medo de serem presos e acabarem como o Mestre. Mas não estavam fechados só em casa; estavam fechados também nos seus remorsos: tinham abandonado e renegado Jesus; sentiam-se incapazes, inúteis e falhos. Chega Jesus e repete duas vezes: «A paz esteja com vocês!»”, disse o Papa. Em segundo lugar, Jesus usa de misericórdia com os discípulos oferecendo-lhes o Espírito Santo. Dá a eles a remissão dos pecados. “Temos sempre diante de nós o nosso pecado. Sozinhos, não podemos cancelá-lo. Só Deus o elimina; só Ele, com a sua misericórdia, nos faz sair das nossas misérias mais profundas. Como
aqueles discípulos, precisamos de nos deixar perdoar. O perdão no Espírito Santo é o dom pascal para ressuscitar interiormente”, disse ainda o Papa. Depois da paz que reabilita e do perdão que levanta, eis o terceiro dom com que Jesus usa de misericórdia com os discípulos: apresentalhes as chagas. As chagas são canais abertos entre Ele e nós, que derramam misericórdia sobre as nossas misérias. São os caminhos que Deus nos patenteou para entrarmos na sua ternura e tocar com a mão quem é Ele. E deixamos de duvidar da sua misericórdia. Adorando, beijando as suas chagas, descobrimos que cada uma das nossas fraquezas é acolhida na sua ternura. Tudo nasce da graça de obter misericórdia. Se, pelo contrário, nos apoiamos nas nossas capacidades, na eficiência das nossas estruturas e dos nossos projetos, não iremos longe. Só se acolher-
DIVULGAÇÃO
n PAPA durante a missa na igreja de Santo Espírito, em Sassia
mos o amor de Deus é que poderemos dar algo de novo ao mundo. Tendo obtido misericórdia, os discípulos se tornaram misericordiosos. Como conseguiram mudar assim? “Viram no outro a mesma misericórdia que transformou a sua vida. Descobriram que tinham em comum a missão, o perdão e o Corpo de Jesus: a partilha dos bens terrenos aparecia-lhes como uma consequência natural. Os seus medos dissolveram-se ao tocar as chagas do Senhor, agora não têm
medo de curar as chagas dos necessitados, porque ali vêem Jesus, porque ali está Jesus”, disse o Papa. Ao final da missa, o Papa Francisco rezou a oração do Regina Coeli e agradeceu “a todos aqueles que colaboraram para prepará-la e transmiti-la ao vivo”. Saudou também todos aqueles que participaram da celebração através dos meios de comunicação. A seguir, acrescentou: Saúdo de modo especial a todos vocês que estão presentes aqui na
Igreja de Santo Espírito em Sassia, Santuário da Divina Misericórdia: fiéis habituais, enfermeiros, detentos, pessoas com deficiência, refugiados e migrantes, Irmãs Hospitaleiras da Divina Misericórdia, e voluntários da Defesa Civil. Vocês representam algumas realidades nas quais a misericórdia se torna concreta, torna-se proximidade, serviço, atenção às pessoas em dificuldade. Desejo que vocês se sintam sempre misericordiados para, por sua vez, serem misericordiosos.
Os santos lembram que a SANTIDADE pode florescer em nossas vidas “Rezar em comunhão com os santos” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, da quartafeira (07/04), realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico. “Quando rezamos, nunca o fazemos sozinhos: mesmo que não pensemos nisso, estamos imersos num rio majestoso de invocações que nos precede e continua depois de nós. Nas orações que encontramos na Bíblia, e que muitas vezes ressoam na liturgia, há um vestígio de histórias antigas, de libertações prodigiosas, de deportações e de tristes exílios, de retornos comoventes, de louvores que fluem diante das maravilhas da criação. Estas vozes são transmitidas de geração em geração, num entrelaçamento contínuo entre a experiência pessoal e a do povo e da humanidade a que pertencemos”, frisou o Pontífice. As orações, as boas, se difundem, como todos os bons, se propagam continuamente, com ou sem mensagens nas “redes sociais”: das enfermarias dos hospitais, dos momentos de encontro festivo, assim como daqueles em que se sofre em silêncio. A dor de cada pessoa é a dor de todos, e a felicidade de um é transferida para a alma de outros. A dor e a felicidade! Uma
história que se torna história na própria vida, se revive a história com as próprias palavras, mas a experiência é a mesma. O SANTO RECORDA CRISTO “As orações renascem sempre: cada vez que juntamos as mãos e abrimos o coração a Deus, nos encontramos na companhia de santos anônimos e santos reconhecidos que rezam conosco, e que intercedem por nós, como irmãos e irmãs mais velhos que passaram por nossa mesma aventura humana”, disse ainda o Papa. “Na Igreja não há luto que permaneça solitário, não há lágrimas que sejam derramadas no esquecimento, porque tudo respira e participa de uma graça comum. Não é por acaso que nas igrejas antigas as sepulturas eram no jardim ao redor do edifício sagrado, como se dissesse que em cada Eucaristia a multidão dos que nos precederam participa de alguma forma. Há os nossos pais e os nossos avós, os padrinhos e madrinhas, os catequistas e outros educadores., frisou o Pontífice, acrescentando: Os santos ainda estão aqui, não muito longe de nós; e suas representações nas igrejas evocam aquela “nuvem de testemunhas” que sempre
nos circunda. São testemunhas que não adoramos - claro, não adoramos estes santos, mas que veneramos e que de mil maneiras diferentes nos remetem a Jesus Cristo, o único Senhor e Mediador entre Deus e o homem. Um santo que não nos remete a Jesus Cristo, não é um santo e nem mesmo cristão. O santo recorda Jesus Cristo, pois ele percorreu o caminho de viver como cristão. Os santos nos lembram que mesmo em nossas vidas, embora frágeis e marcadas pelo pecado, a santidade pode florescer. De fato, até no último momento. Segundo Francisco, “não é por acaso que lemos nos Evangelhos que o primeiro santo canonizado foi um ladrão e não canonizado por um Papa, mas por Jesus. A santidade é um percurso de vida, de encontro com Jesus, seja longo ou breve, seja em um instante. Mas é sempre um testemunho. Um santo é uma testemunha, um homem, uma mulher que encontrou Jesus e que seguiu Jesus. Em Cristo existe uma misteriosa solidariedade entre aqueles que passaram para a outra vida e nós, peregrinos nesta: nossos queridos defuntos, do céu, continuam cuidando de nós. Eles rezam por nós e nós rezamos com eles. Nós rezamos por eles e rezamos com eles”.
A ORAÇÃO MUDA O CORAÇÃO Para o Papa, “este vínculo de oração entre nós e os santos, já o experimentamos aqui, na vida terrena: rezamos uns pelos outros, pedimos e oferecemos orações. A primeira maneira de rezar por alguém é falar com Deus sobre ele ou ela. Se fizermos isso frequentemente, todos os dias, nosso coração não se fecha, permanece aberto aos nossos irmãos e irmãs. Rezar pelos outros é a primeira maneira de amá-los, e isso nos impulsiona à proximidade concreta”. Mesmo em momentos
de conflito, uma maneira de dissolver o conflito, de amenizá-lo, é rezar pela pessoa com quem estou em conflito. E algo muda com a oração. A primeira coisa que muda é o meu coração; é a minha atitude. O Senhor o muda para tornar possível um encontro, um novo encontro e evitar que o conflito se torne uma guerra sem fim. “A primeira maneira de enfrentar um momento de angústia é pedir aos nossos irmãos e aos santos, sobretudo, que rezem por nós. O nome que nos é dado no Batismo não é uma etiqueta ou uma decoração! Geralmente é o
nome da Virgem, uma santa ou um santo, que está esperando para “nos dar uma mão” na vida para obter de Deus as graças de que mais precisamos”, concluiu o Papa, recordando que nós “sabemos que aqui na terra existem pessoas santas, homens e mulheres santos que vivem na santidade. Eles não sabem, nós também não sabemos, mas existem os santos, os santos de todos os dias, os santos escondidos ou, como eu gosto de dizer, os “santos da porta ao lado”, aqueles que convivem conosco na vida, que trabalham conosco e levam uma vida de santidade”.
N
o meio das contradições e incompreensões que temos de enfrentar todos os dias, esmagados e até atordoados por tantas palavras e conexões, esconde-se a voz do Ressuscitado que nos diz: «A paz seja convosco!». (13 de abril)
J
esus é o Ressuscitado, o Senhor que passou pela morte para nos pôr a salvo. Mesmo antes de O começarmos a procurar, Ele já está presente ao nosso lado. E à medida que nos erguemos das nossas quedas, Ele faz-nos crescer na fé. (12 de abril)
A
misericórdia se torna concreta, torna-se proximidade, serviço, atenção às pessoas em dificuldade. Desejo que vocês se sintam sempre misericordiados para, por sua vez, serem misericordiosos. (11 de abril)
4
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
EM NAZARÉ
LÍRIO MIMOSO: atendimento especial aos fiéis UMA LEMBRANÇA que se torna significativa diante a simplicidade e importância do gesto
P
resentear um familiar, um amigo ou uma pessoa especial, é uma demonstração de cuidado e carinho. Uma lembrança que se torna significativa
diante a simplicidade e importância do gesto. A Loja Lírio Mimoso tem artigos religiosos exclusivos para fazer deste, um momento ainda mais especial.
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
Peças esculpidas em madeira, terços, chaveiros, broches, livros, Bíblias, Imagens de Nossa Senhora de Nazaré e de outros Santos padroeiros, e muito mais!
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Segunda a Sexta-Feira: 8h às 18h Sábado e Domingo: 8h às 12h Para visitar o espaço, é necessário seguir o protocolo de segurança contra a Covid-19: use Máscara, álcool em gel e respeite
o distanciamento social dentro do estabelecimento. Para mais informações, ligue: 4009-8428 Loja Lírio Mimoso. Presentes que Evangelizam!. n LOJA oferece os mais diversos artigos religiosos
n ARTIGOS RELIGIOSOS exclusivos para fazer deste, um momento ainda mais especial, peças esculpidas em madeira, terços, chaveiros, livros
“DOM ELISEU MARIA COROLI: o missionário feliz” Em continuidade a série documental que relata a história missionária do Padre Barnabita D. Eliseu Maria Coroli, escrita pelo Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante, nesta edição você conhece um pouco mais sobre a história pós-guerra. Momento em que o missionário volta ao convento para retomar os estudos. Confira abaixo:
O SOLDADO DE CRISTO RETORNA AO CONVENTO Ao término da Primeira Guerra Mundial, o jovem Barnabita Eliseu Coroli volta ao Convento para retomar seus estudos. Em 1920, após obter o diploma de Maturidade Clássica em Lodi, cidade localizada na região da Lombardia (Itália), foi enviado à Cidade
Eterna, a majestosa Roma, para cursar a sacra teologia. Em 15 de março de 1924, o jovem religioso foi ordenado sacerdote na Ordem dos Clérigos Regulares de São Paulo, religiosos Barnabitas, pelas mãos do Cardeal Basílio Pompili, na igrejinha do Pon-
tifício Seminário Laterano. Em julho de 1924, os habitantes de Castelnuovo transbordavam de alegria, porque o neossacerdote, filho daquele povoado, iria celebrar por primeira vez missa ali. A humilde família Coroli fez grande esforço
n DOM Eliseu Maria Coroli
para preparar uma linda festa, como sinal de seu júbilo por tão grandiosa graça. No fervor do festejo, Padre Eliseu Maria pede um presente de ordenação a seus pais: permissão para suas irmãs Adeli e Giuseppina s e re m re l i g i o s a s . Seus pais dão con-
sentimento e ambas entram na congregação das Irmãs da Caridade de Maria Menina. Em alguns anos, seu irmão Paulo Coroli – que nesse período tinha 12 anos –, iria também se juntar aos Soldados de Cristo na mesma Ordem Religiosa de seu ir-
mão. De tal acontecimento podemos inferir que se plantarmos com dedicação e generosidade, bons frutos colheremos: da família Coroli, quatro belos lírios foram colhidos para embelezar e perfumar o jardim do Senhor na vida religiosa.
IGREJA
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
Divina MISERICÓRDIA, força para os fiéis
5
ARCEBISPO Dom Alberto preside Missa dia 17. Festividade encerra domingo, dia 18, com Missas
A
inda há tempo de seguir rezando a e celebrando a devoção a Jesus Misericordioso. No Tenoné, os paroquianos iniciaram a festa no dia 10 e seguem até o dia 18. O Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro presidiu a Missa de abertura da festividade no dia 10, às 18h30. O pároco da Paróquia Divina Misericórdia, padre Gelcimar Santos, deu continuidade à festa no domingo, 11, quando celebrou a Missa das 8h, e padre Valdney Santos presidiu a Missa das 18h. Segunda-feira, 12, padre Amós Pereira presidiu a Missa das 18h30. Terça-feira, 13, foi a vez do padre Adalberto Brandão celebrar a Eucaristia, às 18h30. Padre Ulisses Albuquerque também cele-
brou Missa na festividade no dia 14, quartafeira, às 18h30, e na última quinta-feira, 15, o celebrante da Santa Missa às 18h30, foi o padre Gelcimar Santos. Nesta sexta-feira, 16, a festividade prossegue com a celebração das 18h3o, dessa vez, presidida pelo padre Paulo João. Momento especial da festividade será a celebração de sábado, dia 17, às 18h30, sob a presidência do Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. Domigo, dia 18, será o encerramento da festividade com a celebração de duas Missas. A primeira será pela manhã, às 8h30, presidida pelo padre Gelcimar. Às 18h, o padre Richard Santos predirá a última Missa.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
PARTICIPE E COLABORE COM A FESTIVIDADE! Padre Gelcimar Santos, pároco da Paróquia Divina Misericórdia, ressalta “a alegria de festejar a misericórdia infinita de Deus, que nestes tempos de tantas provações, nos permite seguir em missão para sermos instrumentos e canal de sua graça. Uma das missões, realizadas apesar das dificuldades, é mantermos nossas paróquias como locais de presença viva, testemunhas da graça de Deus. Assim, nos esforçamos para realizar a nossa festividade”. Realizar uma festividade paroquial, em tempos de pandemia, é uma tarefa de empenhado esforço. Por isso, padre Gelcimar pede ao povo de Deus que participe das celebrações, da forma mais segura possível por causa da covid-19. “Limitamos a quantidade de pessoas na igreja, mas pelas redes sociais da paróquia é possível acompanhar tudo”. Após
a Santa Missa, a programação cultural de todas as noites pode ser acompanhada por lives com as apresentações de expressões artísticas da comunidade paroquial. E para levar a êxito toda a programação, você pode ajudar a festividade da Paróquia Divina Misericórdia, e de outras paróquias. Faça uma doação para a campanha dos devotos da Divina Misericórdia na conta da Arquidiocese de Belém: Banco do Brasil - Agência: 1183-5; conta corrente: 415804; CNPJ: 04814851/0071-31 ou use o PIX (04814851/0071-31). Festa da Misericórdia é o primeiro domingo depois da Páscoa. O Papa João Paulo II, em 2000, instituiu a Festa para toda a Igreja, decretando que a partir de então o Segundo Domingo da Páscoa passasse a chamar-se Domingo da Divina Misericórdia.
n PE. GELCIMAR "Participe da festa da Divina Misericórdia
MISERICÓRDIA de Deus celebrada na Arquidiocese de Belém A Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro da Pedreira, em Belém, intercedeu pelo fim da pandemia e pelos enfermos no domingo, 11. Quando a Igreja festejou a Festa da Divina Misericórdia, a paróquia realizou uma tarde de intercessão pelo fim da doença covid19, que assola o mundo, e pelos enfermos. Representantes das diversas pastorais, grupos, movimentos e áreas missionárias estiveram presentes. Para o Pároco Padre Wagner Maria, foi uma bonita expressão de comunhão e unidade na paróquia. A programação, de responsabilidade do Grupo de Oração Maranathá (RCC), iniciou com a oração do Terço da Misericórdia cantado, seguida de pregação da Palavra “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). O pregador comentou que “é próprio do cristão ter paz, mesmo na tribulação, pois dentro de cada um de nós tem a força do Espírito”. Para concluir, o Santíssimo Sacramento foi exposto, e os representantes das expressões pastorais e missionárias da paróquia depositaram seus banners e cartazes abaixo do altar, como sinal de que a Paróquia de Aparecida se coloca aos pés de Jesus Sacramentado. Intercedendo pelos en-
fermos, o encontro recordou também todos os falecidos, especialmente, as almas levadas pela pandemia, e rezaram pelos enfermos, enlutados, desempregados, e necessitados. Clamaram a misericórdia divina sobre as autoridades constituídas, para que sejam conduzidas por Deus em seu governo, em prol do bem comum. A Sagrada Escritura diz em Romanos 5,1-5: “Justificados, pois, pela fé temos a paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Por ele é que tivemos acesso a essa graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus. Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” A festa da Divina Misericórdia não pode ser realizada com a tradicional procissão com a imagem de Jesus Misericordioso pelas ruas de Belém, como vinha sendo realizada pela Arquidiocese há alguns anos, em vista da segurança para os fiéis, e pela observância das reco-
n IMAGEM de Jesus Misericordioso conduzida pela Paróquia da Trindade pelo bairro
mendações sanitárias para evitar aglomerações de fiéis e conter a propagação do coronavírus. A alternativa encontrada foi a carreata com a imagem de Jesus Misericordioso pelas ruas de Belém, iniciativa do Movimento Apostólico da Divina Misericórdia que atua na Paróquia da Santíssima Trindade. De suas casas, os fiéis observaram a passagem da imagem e puderam vivenciar um pouco da festa, e fazer sua oração pessoal a Jesus Misericordioso.
n DIA DE INTERCESSÃO Paróquia N. Sra. Aparecida
6
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 16 A 22 DE ABRIL DE 2021
ARQUIDIOCESE
Marambaia reverencia o padroeiro São JORGE MISSAS diárias, transmitidas ao vivo pela rede social paroquial e dia 23, às 19h, pela TV Nazaré, canal 30
FOTOS: DIVULGAÇÃO
"C
om São Jorge, ser Igreja construindo fraternidade e amizade social” (Fratelli Tutti). Esse é o tema da festividade da Paróquia São Jorge, localizada no bairro da Marambaia, iniciada dia 14 e segue com celebrações diárias até o dia 23 deste mês, data da festa solene de São Jorge. As Missas diárias iniciadas no 14 estão sendo celebradas às 19h, assim como as dos período de 16 a 19. Domingo, 18, a celebração eucarística será às 18h e no dia 23, festa do padroeiro, haverá Missa em vários horários. Mediante a pandemia, a Paróquia de São Jorge estará recebendo os fiéis com limitação da capacidade de lotação da igreja. As Mis-
n PARÓQUIA São Jorge, na Marambaia, realiza a festividade de seu padroeiro até o dia 23
sas serão às 7h e às 10h. A celebração das 12h será também transmitida ao vivo pela página da Paróquia São Jorge no Facebook. A festa solene para São Jorge continua à tarde e às 16h haverá a Santa Missa. E para quem não puder ir à igreja, pode acompanhar a celebração ao vivo pela Rede Nazaré de Comunicação. Presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, a Missa das 19h será transmitida pela TV Nazaré, canal 30 (ou na sintonia da sua cidade). A Paróquia São Jorge realiza toda a programação da festividade de seu padroeiro observando rigorosamente todas as medidas sanitárias que visam a se-
gurança dos fiéis e líderes religiosos que participam das celebrações e da programação cultural, que ocorre por meio de lives. "Acolhendo as orientações das autoridades
sanitárias e da Arquidiocese de Belém, a participação presencial dos fiéis nas Missas está restrita a 50% da capacidade da igreja", enfatiza o pároco, padre Raimundo Ribei-
ro Martins. A Paróquia São Jorge reforça aos fiéis que nas Missas o distanciamento social, uso permanente de máscaras e higiene com álcool gel são obrigatórios.
PROGRAMAÇÃO DA FESTIVIDADE As pessoas que não puderem participar presencialmente das Missas, podem acompanhar as celebrações eucarísticas pelas transmissões ao vivo pela página da Paróquia São Jorge no Facebook: /saojorgeigreja Dia (16/04): Sexta-feira (Guarda de São Jorge: Adulta e Mirim) Dia (17/04): Sábado (Pastoral da Juventude / Pastoral da Comunicação - Pascom) Dia (18/04): Domingo (Catequese: Infantil e Adultos / Pastoral do Batismo) Dia (19/04): Segunda-Feira (Leigos Joseleitos / E.C.C / R.C.C)
Dia (20/04): Terça-feira (Terço dos Homens/ Pastoral do Dízimo/ Movimento Sacerdotal Mariano) Dia (21/04): Quarta-feira (MESCE / Coroinhas) Dia (22/04): Quinta-feira (CEB’s - Noite das Comunidades) Dia 23/04 - DIA DA FESTA: Sexta (Pastoral Litúrgica)
Pastoral CARCERÁRIA renova-se para evangelizar presídios Dando seqüência ao projeto de dinamização nas Ações Evangelizadoras nas diversas Casas Penais e visando ampliar o quadro de evangelizadores, a Pastoral Carcerária realizou no último dia 10 de abril mais uma etapa de formação contando com a presença de Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém e Referencial da Pastoral Carcerária na Arquidiocese de Belém, Diácono Ademir da Silva, atual Coordenador da Pastora Carcerária, Irmã Jucélia, Karla Tancredi e Bernadeth Barata, representantes dos Grupos Religiosos, Movimentos e Mães que oram pelos filhos, respectivamente, além dos alunos da Escola Diaconal Santo Efrem. A tônica do encontro girou em torno da proposta da descentralização dos trabalhos a partir da formação de uma Coordenação Colegiada composta por Diáconos Representantes das diversas Regiões Episcopais, ressaltando que cada Região terá autonomia
na suas ações, mas sempre em sintonia com os planos de ação acordado pelo Colegiado. Para o Diácono Ademir, autor da proposta, e que na oportunidade apresentou o novo Organograma da Pastoral Carcerária, esse sistema de Coordenação vem ao encontro das necessidades de dinamização das ações da Pastoral Carcerária, além de fortalecer o enfrentamento de forma mais efetiva, das dificuldades até então enfrentadas. Ademir destacou ainda, a importância da participação dos alunos da Escola Diaconal Santo Efrém, além da parceria com os Grupos Religiosos, Movimentos e Serviço da arquidiocese, ressaltando que os futuros Diáconos Permanentes serão vital importância nessa nova proposta de trabalho. Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Referencial da Pastoral e incentivador na revitalização da Pastoral Carcerária, destacou a importância de ações que realmente contribuam para que a Pastoral
n DIÁCONO Ademir da Silva, coordenador da Pastoral, durante o encontro
Carcerária cumpra efetivamente sua missão junto aos irmãos presos, contribuindo para o resgate da dignidade moral, social e religiosa desses irmãos. Na seqüência, Dom Antônio fez uma apresentação sobre a Justiça Restaurativa praticada por Jesus, seguida
de trabalho em grupo, com bons resultados. Segundo o Diácono Ademir, a nova estrutura organizacional da Pastoral Carcerária é irreversível e conta com total apoio e incentivo de Dom Antônio, já está em formação e será efetivada no início de
2021, contando, também, com a participação de um seminarista, além dos diáconos permanentes. O encontro foi concluído com a benção e envio de Dom Antônio. Ratificando a importância da participação dos Diáconos Permanentes.