Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CV - Nº 937 - PREÇO AVULSO: R$1,00

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

www.fundacaonazare.com.br

Mantendo a VIDA com renovada esperança Arquidiocese de Belém recebeu e já destinou para instituições de saúde os respiradores doados pelo Papa Francisco. Equipamento é fundamental para ajudar a manter a vida de pacientes em estágio grave da covid-19. CADERNO 2, PÁGINA 1 LUIZ ESTUMANO

n ARCEBISPO Dom Alberto recebendo em Belém, os respiradors doados pelo Santo Padre, o Papa Francisco DIVULGAÇÃO

NOVO diácono ordenado Devair Nunes Delgado foi Mistério da Transfiguração do ordenado diácono em Missa Senhor, no Curuçambá, em presidida por Dom Alberto Ananindeua. Taveira Corrêa na Paróquia CADERNO 2, PÁGINA 5 LUIZ ESTUMANO

IMAGEM Peregrina: começam visitas oficiais O município de Santarém recebeu a ima- sitas da programação oficial da festa de Nossa gem Peregrina na retomada da agenda de vi- Senhora de Nazaré 2020. CAD. 2, PÁG. 4

n O NOVO diácono, Devair Delgado

Instalação de PARÓQUIA

EXPANSÃO missionária

Dedicada a Santa Teresinha da Amazônia, Conj. Império Amazônico, em Belém. CAD. 2, PÁG. 1

Acompanhe série de reportagens sobre a evangelização nas Áreas Missionárias. CAD. 2, PÁG. 6


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OPINIÃO

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

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inda não tive coragem de voltar a assistir à missa de forma presencial. Alguns amigos sacerdotes me incentivam, mas, talvez pelo hábito de ficar em casa e não sair para quase nada, não retornei. Outro dia fui à Basílica encomendar missa pela alma do meu sogro, morto há três anos, e me comovi profundamente, porque pude passar alguns instantes na casa de nossa Mãe. No templo com capacidade controlada, havia muita gente

JOÃO CARLOS PEREIRA Jornalista e professor (jcparis1959@gmail.com)

PRIVILÉGIO DE SER CATÓLICO

O nome das intenções da missa ajoelhada no chão e isso me deixou ainda mais emocionado. No dia da missa, a lista nominal das pessoas pelas quais a Sagrada Eucaristia estava sendo celebrada passava na tela da televisão, em ordem alfabética, num letreiro em movimento. Para minha

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omo eu vos amei” (João 15,12). Nesta passagem do evangelho está a medida do nosso amor pelos irmãos e irmãs para construirmos as bases para que se realize a outra passagem do evangelho, aquela de Mateus 18,20, na qual Jesus garante estar presente entre seus discípulos. Trata-se de uma medida exigente até a morte, pois foi assim que Jesus nos amou. A pergunta que surge espontaneamente é esta: Quem entre nós está de verdade morrendo pelo irmão? Às vezes, quando temos que suportar

da condição de seres vivos para a de cadáver, os títulos, os haveres, o orgulho, tudo vira pó. Impossível pensar que Nossa Senhora chamará alguém pela profissão que exerceu na Terra: “Dra. Fulana, venha cá”... Isso existe apenas aqui, para separar os homens e mos-

surpresa, apareceu um “doutor” fulano de tal. Achei tão estranho alguém apresentar à comunidade o propósito de oração, informando o grau de instrução do falecido. Era “doutor”. Será que isso muda alguma coisa? Tenho certeza de que, quando passamos

trar falsamente que um é maior que outro. Diante de Deus, não há doutor, nem operário. Há almas melhores, mais puras do que outras. Só isso. Conheço muita gente que exige o tratamento formal e protocolar e não abre mão dele. Parece que

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...

Recomeçar sempre a amar um pouco, que cara feia fazemos, e com frequência logo desistimos de construir relacionamentos fraternos. Se, de um lado, é verdade que isto acontece, por outro, é inegável que sempre podemos recomeçar. Aliás, devemos recomeçar, e é neste contínuo recomeçar que vivemos aquela outra passagem do evangelho: “quem perseverar

até o fim, este será salvo” (Mateus 24,13). Nós somos chamados a viver segundo o modelo da Santíssima Trindade (Lembre-se do título desta coluna: “Assim na terra como no céu”). E quando vivemos a vida do céu? Quando Jesus está em nosso meio. E o que fazer para ter Jesus no meio? Devemos nos amar uns aos outros

como Ele nos amou: até morrer. Portanto, precisamos entender esta morte. Eu devo amar você, cada próximo, pronto a morrer, mas não só assim, com uma intenção: “se me pedissem, eu daria a minha vida”. Não, é preciso morrer pra valer. Então, amar você significa, para mim, renunciar a mim mesmo, ser nada

por amor, e tentar entrar em você, para tentar compreender você, entender você nas alegrias, nos sofrimentos, nos problemas e em todas as coisas. E você deve fazer o mesmo. Qual é o resultado desta atitude? Se eu morro para mim mesmo, se me esvazio de mim, se sou nada, sou amor, e, se sou amor, sou Jesus. Portan-

o título ou a função se grudaram de tal forma ao nome de batismo, que passaram a integrá-lo. Alguns são conhecidos apenas pela função. “Ah! O doutor saiu. Ligue depois”. O “doutor” perdeu a identidade. Ele é apenas o “doutor”. Quando me aposentei, entendi que voltei a estaca zero. No fim das contas, quero apenas que, ao chegar ao outro lado, preferencialmente no andar de cima, escute Nossa Senhora me chamar de João. João, meu filho. to, para que Jesus esteja em nosso meio, devemos primeiramente ter Jesus, primeiramente ser Jesus, estar mortos antes; depois, o amor recíproco se manifesta, e quando o amor recíproco se manifesta, Jesus está em nosso meio. Devemos nos amar desta maneira, estando sempre prontos a morrer pelo próximo, sendo primeiramente Jesus e sendo Jesus também depois, quando Ele estiver em nosso meio. E quando Ele está entre nós, temos paz, tranquilidade, serenidade, desejo de fazer o bem. Entramos no dinamismo da vida cristã. É a vida trinitária.

Atenta à PANDEMIA, a juventude solidária no Brasil

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e modo profético e exemplar as juventudes do Brasil estão expressando em suas vidas e missão o serviço e a caridade transformadora que o Papa Francisco deixou eternizado na sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho): “Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização… a esperança… a comunidade… o Evangelho… o ideal do amor fraterno… a força missionária”. O exemplo disso é que desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, os jovens de todo o país tem se unido e realizado gestos de solidariedade olhando as realidades de vulnerabilidade e, principalmente, os necessitados. A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem um importante papel nesse processo, pois tem incentivado e intensificado, no período, o cuidado dos jovens com o próximo através de uma caminhada como uma Pastoral Juvenil Samaritana. Dom Nelson Francelino, presidente da Comissão, convidou por diversas vezes as juventudes do Brasil para rezarem e cumprirem ações de

compaixão principalmente com as pessoas idosas e moradores de rua. Neste sentido, para manter acesa a chama da evangelização, principalmente em tempos de pandemia, os jovens estão inovando e produzindo conteúdos atrativos através das redes sociais. Irmã Valeria Andrade Leal, assessora interna da Comissão, apontou em entrevista ao portal da CNBB, que são estes jovens que estão ligados à tecnologia e imersos no ambiente virtual que têm contribuído para as transmissões das missas e das atividades das paróquias. Além disso, de acordo com ela, são eles que iniciam nas próprias redes sociais a divulgação de muitas ações solidárias. Na região sul do país, por ser de temperaturas mais elevadas, irmã Valéria cita que os jovens estão empenhados na arrecadação de agasalhos e cestas básicas. Outro ponto destacado por irmã Valéria são os grupos paroquiais que estão fazendo serenatas para os idosos. JUVENTUDE MARIANA VICENTINA Seguindo o exemplo, a Juventude Mariana Vicentina (JMV) no Brasil, que mantém

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

DIVULGAÇÃO

n JUVENTUDE mantém inúmeros trabalhos de assistência

inúmeros trabalhos de assistência às pessoas e famílias em vulnerabilidade econômica, colocou em prática as ações de compaixão trazidas pela Pastoral Juvenil Samaritana. Um dos projetos é desenvolvido pela JMV Sagrado Coração de Jesus, de Campina Grande (PB), que busca arrecadar alimentos, produtos de higiene pessoal e roupas em prol de comunidades carentes da cidade. É a Campanha Quarentena Solidária. Nela, a maioria dos jovens contribui a distância, cada um nas suas residências e as do-

DIRETOR GERAL Padre Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira

ações são recolhidas por um responsável que passa na casa de cada doador. A separação das doações é feita por um pequeno grupo de até quatro pessoas, que organiza os produtos recebidos e prepara as quentinhas que serão entregues às pessoas em situação de rua. A distribuição é semanal, feita por poucos membros, que mudam a cada semana em uma espécie de rodízio, possibilitando a participação de todos os jovens do grupo que não se enquadram no grupo de risco da doença. A próxima meta da JMV SCJ é a confecção de 200

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

cestas básicas para distribuição entre comunidades carentes da região. FRATERNIDADES FRANCISCANAS O dom de servir é fundamental dentro do carisma franciscano e a juventude tem se dedicado à ações de solidariedade especialmente durante a pandemia, levando a sério o serviço e o cuidado com os irmãos. Para Frei Diego Melo, coordenador da Frente da Solidariedade para com os Empobrecidos, o protagonismo jovem tem feito a diferença.

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

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Igreja conhece, em sua história, pessoas que enfrentaram desafios imensos. Há inclusive santos, como São Sebastião, invocados para situações muito difíceis, como a peste, a fome e a guerra. E Deus tem concedido à sua Igreja a lucidez para se pronunciar e agir, dando a resposta que lhe é possível e suscitando o engajamento dos fiéis nas lutas pela dignidade da vida humana e sua sustentação. Recentemente, a ONU fez um apelo ao qual o Papa Francisco aderiu imediatamente, convidando todos os cristãos a se unirem a ele. Foram estas as palavras do Papa: “As Nações Unidas pediram um cessar-fogo global e imediato para enfrentar a Covid-19 e fornecer assistência humanitária. Faço votos de que esta Resolução seja aplicada o quanto antes pelo bem de quem sofre e se torne um

Três respiradores doados pelo Papa, um para a Diocese de Marabá, outro para o Barco Hospital Papa Francisco, e o terceiro para a Arquidiocese de Belém primeiro passo para um futuro de paz”. Duas das terríveis pragas que assolam a humanidade assim se apresentam: a peste e a guerra! E a fome está também bem perto de nós. Basta ver a multiplicação de campanhas de cestas básicas promovidas não só pela Igreja, como também por tantas instituições que se despertaram para a solidariedade nos tempos difíceis que vivemos! Nós

CONVERSA COM MEU POVO mesmos fomos alcançados diretamente pela caridade do Papa, que nos enviou importância significativa, destinada à aquisição de cestas básicas e kits de higiene. E nestes dias chegaram três respiradores doados pelo Papa, um para a Diocese de Marabá, outro para o Barco Hospital Papa Francisco, na Diocese de Óbidos, e o terceiro para a Arquidiocese de Belém, doado ao Hospital da Divina Providência, em Marituba. E a Cáritas Arquidiocesana continua suas campanhas! No último dia 14 de julho, celebramos São Camilo de Lellis. A seu tempo um herói da caridade. Ao final da vida, realizava-se um desejo que o conduziu, ter um coração grande como o mundo. Passou São Camilo por várias etapas em seu caminho. Paixão pela caserna, sofrimento na família, tornando-se órfão muito novo e ainda uma vida desenfreada, gastando a herança recebida. Certa feita, o encontro com o amor de Deus, acompanhado de uma ferida na perna que o incomodou vida afora e o levou a sucessivas internações. Veio o desejo de se consagrar a Deus como Capuchinho, intento que viu frustrado posteriormente. Dedicou-se depois a cuidar dos doentes, entendendo um dia, ao lavar os pés de um enfermo, que ele era Jesus, sentindo, então, a alegria de poder cuidar do seu Senhor. Viu gravar-se em seu coração a palavra do Evangelho: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,40). E veio a vocação, e uma nova Congregação religiosa, os “Ministros dos Enfermos”, os Camilianos. Ordenado depois sacerdote, viu crescer sua família espiritual. De São Camilo recolhemos lições oportunas para reconhecer o valor de tantas pessoas que estão se prodigalizando no cuidado dos doentes, animadas de verdadeira paixão pela vida humana (Cf. “Il santo del giorno”, Città Nuova Editrice,

A LUTA pela vida, para um tempo de paz

Roma, 2009, volume 2, páginas 329-334). E estamos todos aprendendo que é necessário, ao falar do amor de Deus ao próximo, socorrer quem sofre. São Camilo aprendeu e ensinou a cuidar do corpo e da alma das pessoas, a cuidar do corpo para chegar ao cuidado da alma, e cuidar do corpo e da alma por causa de Deus, sabendo que tudo é feito a Jesus. Repetia sempre que se deve cuidar dos doentes com um amor dedicado, o mesmo amor de uma mãe pode ter por um filho único, como o amor de Maria aos pés do Filho Crucificado. Ele fez a experiência pessoal da condição de pecador e também de doente incurável, aprendendo assim a se aproximar dos doentes, sabendo que estes, com muita frequência, além das feridas físicas trazem escondidas chagas muito mais profundas que só o amor verdadeiro pode curar. Junto com São João de Deus, é padroeiro dos hospitais e considerado um precursor do que hoje é a Cruz Vermelha no mundo. Esta é a ocasião propícia para manifestar o reconhecimento a todos os profissionais da saúde, homens e mulheres, que têm oferecido o melhor de si mesmos para cuidar dos doentes em tempo de pandemia. Quantos deles se descobriram maiores do que sua capacidade profissional, encontrando a reserva de amor sobrenatural plantada em seus corações! Aprenderam, com sua prática e dedicação, a imolar-se verdadeiramente, colocando em risco a própria vida. E, se muitos desses heróis sucumbiram, temos a certeza de que foram feitos sementes de vida para a humanidade. Neles se realiza palavra do Evangelho: “Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica

LUIZ ESTUMANO

n DOM ALBERTO com um dos respiradores doados pelo Papa Francisco

só. Mas, se morre, produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna” (Jo 12,24-25). O cuidado com a saúde significa a valorização da vida. Tanto no corpo, como nos afetos e na vida espiritual, um passo importante é a prevenção. Já ouvimos tantas vezes que é melhor prevenir do que remediar, e aqui vem uma lista de atitudes, passando pela alimentação balanceada, os exercícios físicos, a superação dos vícios, o sono, além do cuidado com o ambiente. Desejo ir ao encontro da sabedoria de velhos e menos velhos, capazes de multiplicar e transmitir valores milenares e adequados para uma vida saudável. Na presente etapa da vida do planeta, vale repetir as recomendações especiais e adequadas, quais sejam o uso de máscaras, o distanciamento social, o álcool em gel, a busca de assistência médica. Tudo muito bonito e importante, mas o cuidado da vida – “é tempo de cuidar”, repete uma campanha da CNBB –, vai de encontro às graves necessidades decorrentes da situação social, da pobreza endêmica, do desemprego e da falta de trabalho. Um dos princípios da Doutrina Social da Igreja, a Solidariedade, seja acolhido na busca de maior equidade

nas relações sociais e superação dos imensos desníveis existentes, para que todos tenham vida (Cf. Jo 10,10)! “As novas relações de interdependência entre homens e povos, que são de fato formas de solidariedade, devem transformar-se em relações em vista de uma verdadeira e própria solidariedade ético-social, que é a exigência moral inerente a todas as relações humanas. A solidariedade, portanto, se apresenta como princípio social e virtude moral. A solidariedade deve ser tomada no seu valor de princípio ordenador das instituições, para a superação das estruturas de pecado, que dominam os relações entre as pessoas e os povos, e que devem ser superadas e transformadas em estruturas de solidariedade, mediante a criação ou a oportuna modificação de leis, regras do mercado, ordenamentos. Ela é também uma virtude moral, não um sentimento de compaixão vaga ou de enternecimento superficial pelos males sofridos por tantas pessoas próximas ou distantes. Pelo contrário, é a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum; ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos. A solidariedade é uma virtude social fundamental, pois se coloca na dimen-

são da justiça, virtude orientada por excelência para o bem comum, e na aplicação em prol do bem do próximo, com a disponibilidade, em sentido evangélico, para “perderse” em benefício do próximo em vez de explorá-lo, e para “servi-lo” em vez de o oprimir para proveito próprio (Cf. Mt 10, 40-42; 20, 25; Mc 10, 42-45; Lc 22, 25-27 - Cf. Catecismo da Doutrina Social da Igreja, 193). Pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos responsáveis por todos

O cuidado com a saúde significa a valorização da vida. Tanto no corpo, como nos afetos e na vida espiritual, um passo importante é a prevenção


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IGREJA

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

SANTUÁRIO de Aparecida reabrirá a partir de 28 julho

OS ROMEIROS ao ingressarem na Basílica mariana seguirão algumas normas estabelecidas

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valizada por decreto do dia 29 de junho, a Prefeitura de Aparecida (SP) autorizou a reabertura do Santuário Nacional a partir do dia 28 de julho. O documento, emitido pela administração municipal, permite a retomada gradual da presença de público em celebrações litúrgicas na Basílica da Padroeira do Brasil, e o retorno das atividades econômicas na cidade, desde que sigam todos os protocolos de prevenção à covid-19. PREPARATIVOS

Equipes da Secretaria de Saúde e do Comitê de Crise da Prefeitura de Aparecida visitaram o Santuário Nacional dia 26 de junho. Na ocasião, foram apresentados protocolos desenvolvidos pelos responsáveis pela Basílica para uma possível retomada de atividades celebrativas com os fiéis presentes. O documento explica em detalhes todo o fluxo que deverá ser seguido pelos devotos ao ingressarem no Santuário, desde a aferição de temperatura corporal até a orientação sobre os lo-

cais que os fiéis deverão ocupar dentro da igreja.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

TREINAMENTO

Medidas de higienização foram reforçadas, contando inclusive com aquisição de novos totens com álcool em gel, bombas costais para higienização de grandes espaços e a aquisição de equipamentos de proteção individual para os funcionários. Treinamentos práticos e teóricos estão sendo realizados por equipes de atendimento direto ao público do Santuário, que já se sentem aptas para co-

n BASÍLICA de Aparecida começa a acolher fiéis no dia 28 de julho

locar em prática todo o plano de ação descrito no protocolo. De acordo com a prefeitura de Aparecida, as datas para rea-

bertura gradual das diferentes atividades do município foram definidas com base na modelagem SEIR, utilizada pelo Estado de

São Paulo, que projeta os números de casos (confirmados e suspeitos) de coronavírus em Aparecida, em diferentes cenários.

DISPONÍVEL primeiro episódio da série de áudio-reportagens “É Tempo de Cuidar” O primeiro episódio da série de áudio-reportagens “É Tempo de Cuidar” traz como tema o ‘Panorama geral da Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil’. Nesta matéria, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira apresentam o objetivo da a Ação Solidária Emergencial – “É tempo de Cuidar” que teve início com o agravamento da pandemia da covid-19. “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil através do importantíssimo organismo, Cáritas Brasileira convoca a par-

ticipação na Ação Solidária Emergencial muitos estão sofrendo, precisados de nós. Somos chamados, de momo muito especial, percorrer os caminhos do nosso mundo, das nossas ruas, indo ao encontro dos pobres”. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo fala do objetivo dessa iniciativa. Dom Walmor ressalta ainda que “É tempo de vier uma nova experiência de solidariedade. Vamos juntos dando nos as mãos, indo ao encontro deles, dos que predicam

mais para sim darmos testemunho daquilo que de fato é a razão e o selo de autenticidade da nossa fé cristã católicos abetos a colaboração de todos os segmentos da sociedade e de todos àqueles que professam a fé no Cristo e se abrem ao amor de Deus”. O assessor nacional da Cáritas Brasileira, Fernando Zamban, diz que a Cáritas organizou o plano de contingência para ajudar as comunidades a mobilizar doações de forma segura. “O plano de contingência Cáritas Brasileira define processos e procedimentos pra adoção de

medidas de prevenção, cuidados com a equipes, recomendação para as campanhas de doação. Assim como, recomendação para atendimento a migrantes, refugiados, população e situação de rua e pra incidência polícia durante o tempo da pandemia. A Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil: “É Tempo de Cuidar” teve início no dia 12 de abril de 2020 e até o momento já atendeu 540 mil pessoas e arrecadou cerca de 3.161.552 toneladas de alimentos, segundo os dados do último levantamento da campanha.

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

A série de reportagens “É Tempo de Cuidar” é uma produção da Rede de Comunicadores da Cáritas Brasileira

e da CNBB e está disponível nas plataformas digitais da CNBB e da Cáritas Brasileira, como SoundCloud e spotify.

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mt 13,24-43

24 Jesus contou outra parábola à multidão: “O reino dos céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25 Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora.... Queres que vamos arrancar o joio? 29 O dono respondeu: Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo... 31 Jesus contou-lhes outra parábola: “O reino dos céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo...” 33 Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O reino dos céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”... 37 Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao reino. O joio são os que perten-

cem ao maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. O Filho do homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu reino todos os que fazem outros pecarem e os que praticam o mal;... 43 Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai. “Quem tem ouvidos ouça”. B) COMENTÁRIO

O capítulo 13 de Mateus é pleno de parábolas. No domingo passado versava sobre “a palavra de Deus” e hoje, sobre “o reino de Deus” anunciado por Jesus. No texto hodierno há três parábolas explicando o que é o reino de Deus. A primeira nos conduz à situação de Jesus (os fariseus se admiravam que Jesus não se isolasse do mundo pecador, numa comunidade à parte) e da Igreja primitiva (pois escandalizava a muitos de que nela nem todos

fossem santos). Portanto não devemos espantar-nos, pois a Igreja não é a comunidade de santos e sim “local de santificação”, “de salvação”. Muitas das vezes somos intolerantes. Nós, cristãos, devemos aprender a viver no ambiente de adversidade. A melhor maneira de transformar o mundo é viver nele, como fermento na massa. O tema eclesiológico está presente na parábola com o do juízo final. Entre os servos dedicados existem os impacientes que querem antecipar o juízo final (v.28) e os humanos não devemos julgar as consciências por dois motivos: 1º porque Deus estabelece o tempo de julgamento e o homem não deve antecipá-lo; 2º porque o homem não sabe julgar o interior de alguém sem incorrer no erro. A expressão: “Enquanto dormiam...”

revela a nossa preguiça ou “corpo mole” na ação evangelizadora. É mais fácil atribuir a satanás, que assumir nosso descuido e interesse na luta pelo triunfo do bem. Jesus descreve satanás, mais como instigador e não como autor do mal. As outras duas parábolas têm um ângulo comum: o surpreendente contraste entre a pequenez do ponto de partida e a grandeza daquele de chegada. Também aponta o Reino grandioso já presente na pequena semente (minúsculo grupo dos discípulos), e sua força já operante no punhado de fermento; efeito magnânimo. Agora, cabe a todos nós o empenho maior no desafio que nos corresponde, de ser fermento na transformação benéfica da sociedade em que vivemos! E que o Senhor nos faça potentes com suas bênçãos! Amém!

n 17/07 - SEXTA Cor (vermelho) Primeira Leitura (Is 38,1-6.21-22.7-8) Salmo Responsorial (Is 38,10-12.16) Evangelho (Mt 12,1-8) n 18/07 - SÁBADO Cor (verde) Primeira Leitura (Mq 2,1-5) Salmo Responsorial (Sl 9B) Evangelho (Mt 12,14-21 n 19/07 - DOMINGO Cor (verde) Primeira Leitura (Sb 12,13.16-19) Responsório (Sl 85) Segunda Leitura (Rm 8,26-27) Evangelho (Mt 13,24-43) n 20/07 - SEGUNDA Cor (verde)

Primeira Leitura (Mq 6,1-4.6-8) Responsório (Sl 49) Evangelho (Mt 12,38-42) n 21/07 - TERÇA Cor (verde) Primeira Leitura (Mq 7,14-15.18-20) Responsório (Sl 84) Evangelho (Mt 12,46-50) n 22/07 - QUARTA Cor (branco) Primeira Leitura (Ct 3,1-4a) Responsório (Sl 62) Evangelho (Jo 20,1-2.11-18) n 23/07 - QUINTA Cor (verde) Primeira Leitura (Jr 2,1-3.7-8.12-13) Salmo Responsorial (Sl 35) Evangelho (Mt 13,10-17)


5 BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

SETORJUVENTUDE

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ INTRODUÇÃO

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criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (...), a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”. Eis uma parte do artigo terceiro da lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, o famoso Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que nesta semana está completando 30 anos. O conteúdo desse artigo prospecta um horizonte e conceitos totalmente diferentes daqueles vigentes an-

O ECA é uma referência de concepção e de justo tratamento da criança e do adolescente no Brasil passando a ser referência para outros países tes do ECA. Antes de tudo, a criança e o adolescente (CA) são vistos e reconhecidos como pessoas e sujeitos de direitos fundamentais; depois, evidencia a proteção integral da qual emerge a necessidade de cuidados em suas múltiplas necessidades; por último, o referido artigo afirma, em consequência, a exigência da promoção do seu desenvolvimento integral. O ECA não está i s o l a d o, e l e é p a r te integrante de um caminho de desenvolvimento jurídico que busca esmiuçar os direitos decorrentes da dignidade humana nas suas mais variadas dimensões e contextos. Dessa forma, há outros Estatutos Humanitários no Brasil como, por exemplo, Estatuto do

ESTATUTO da Criança e do Adolescente: 30 anos de luta DIVULGAÇÃO

Nascituro, o Estatuto da Igualdade Racial, o Estatuto da Juventude, o Estatuto do Desarmamento, o Estatuto do Idoso, Estatuto do Índio e o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Todos eles se baseiam em importantes convenções internacionais.

mento do conteúdo das questões sociais, das políticas públicas, das Instituições de controle social e da pedagógica e justa metodologia de enfrentamento dos dramas infanto-juvenis. Não bastava a repressão; era necessária uma visão humanitária e preventiva!

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Um grave drama social A dramática situação social em que viviam milhões de crianças e adolescentes na década de 70, 80 e 90 constituía um forte e incômodo grito de alerta que envergonhava o país mundo afora: milhares de crianças nas ruas e “de ruas” (que viviam nas ruas), milhões de crianças exploradas no trabalho no campo e nas cidades, evasão escolar e alto índice de crianças sem escola, abuso e exploração sexual, violência doméstica, vícios (sobretudo a disseminação da cola de sapateiro por todo o país), gangues de adolescentes, alto índice de gravidez de meninas adolescentes; duro, violento e ineficiente sistema de internação da FEBEM (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor), etc. Em 1981 o Pe. Zezinho manifestou sua indignação sobre essa realidade social estimulando a Igreja a cantar essa realidade para não esquecer o dever para com a promoção da sua dignidade. Recordemos a letra da música “menores abandonados”. “Dizem que este pa-

ís é feliz porque o povo ainda canta nas ruas. Dizem que nossa nação não vai mal porque o povo ainda faz carnaval. E eu queria somente lembrar que milhões de crianças sem lar, não partilham da mesma visão: há tristeza no seu coração. Menores abandonados! Alguém os abandonou! Pequenos e mal amados o progresso não os adotou. Pelas esquinas e praças estão desleixados e até maltrapilhos. Frutos espúrios da nossa nação, são rebentos,

tos e deveres, independentemente das suas circunstâncias, exigiu do Estado, um repensa-

porém, não são filhos. Vivem à margem da nossa nação, assaltando e ferindo quem passa; tentam gritar do seu jeito infeliz, que o país os deixou na desgraça! E eu queria somente lembrar que milhões de crianças sem lar, são os frutos do mal que floriu num país que jamais repartiu!”

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Um longo caminho histórico O Estatuto da Criança e do Adolescente não caiu do céu! É fruto de uma longa história de aprofundamento das consequências do reconhecimento da dignidade humana aplicada à infância e à adolescência. Essas três décadas de grandes lutas foram precedidas por outras, recheadas de muita reflexão, movimentos, associações, debates, convenções internacionais, campanhas, conferências, eventos nacionais e internacionais sobre a dignidade humana e seu dinamismo na infância e na adolescência. A forte sensibilidade que temos hoje para com os direitos da Criança e do Adolescente tem origens remotas que foram inspirando sonhos e espírito crítico diante da realidade que culminaram no surgimento do ECA. Recordemos alguns desses notáveis fatos: 1948, promulgação da Declaração Universal dos direitos humanos; 1962, em Belém é

fundada a Escola Salesiana do Trabalho; 1964, é criada a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM); 1970, surgiu em Belém a República do Pequeno Vendedor; 1973, em Belo Horizonte é fundado o CESAM (Centro Salesiano do Menor). Em 1979, a ONU declarou como o Ano Internacional da Criança; nesse mesmo ano houve a promulgação do Código de Menores; 1983, fundação da Pastoral da Criança no Paraná; 1983, fundação do “Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Emaús” (CEDECA EMAÚS) fundado pelo Pe. Bruno Sechi em Belém, foi o primeiro Centro de defesa dos direitos da CA do Brasil; 1985, fundação do Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua. Em 1987 a Igreja Católica lançou a Campanha da Fraternidade com o lema: “quem acolhe o menor, a mim acolhe”; 1988, promulgação da nova Constituição federal dedicando um artigo (227) para tratar dos direitos da criança e do adolescente; 1989, Convenção Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; no dia 13 de julho de 1990 foi promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente.

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A importância do ECA

Muito mais que uma lei que institucionaliza direitos e deveres sobre a relação entre adultos, crianças e adolescentes, o ECA é uma referência de concepção e de justo tratamento da criança e do adolescente no Brasil passando a ser referência para outros países. Essa lei para ser efetivada criou novas estruturas políticas e permanentes que pudessem dar suporte às suas exigências como, por exemplo, o CONANDA (Conselho Nacional da Criança e do Adolescente), os CEDCAs (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente), os CMDCAs (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) e os Conselhos Tutelares. A política de proteção integral e o sistema de garantia de direitos, princípios basilares que permeiam a totalidade do ECA, retomam os conteúdos fundamentais da Convenção Internacional dos Direitos da Criança aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 1989. N ã o p o d e re m o s compreender a beleza e nem a profundidade do ECA, nem o Estatuto da Juventude e nem aquele da Pessoa Idosa, se não aprofundarmos o conceito de dignidade humana em todas as suas fases e situações. A concepção de criança e adolescente como sujeitos de direi-

Por outro lado, toda lei humana é histórica, dinâmica, revela conquistas e limites, é filha do seu tempo e, por isso, ao longo do tempo deve ser aprimorada. Mas nada justifica a violência! A situação tem mudado bastante; mas os problemas ainda não desapareceram totalmente, foram apenas atenuados. Então a luta continua! É necessário conhecermos o ECA para não continuar com preconceitos por causa da ignorância. Dar a máxima atenção pastoral a crianças, adolescentes e jovens é dever da Igreja por todos os seus sujeitos. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

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Você já leu o Estatuto da Criança e do Adolescente? Como você entende a expressão “criança como sujeito de direitos”? Quem e como se deve educar as crianças para a consciência de direitos e deveres?

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Direitos da Criança e do Adolescente

É necessário conhecer o ECA para não continuar com preconceitos por causa da ignorância


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

SAUDADE, versos e canções na Rádio Nazaré FM

HÁ MAIS DE 8 ANOS, músicas antigas e contemporâneas animam ouvintes na sexta-feira, às 20h

A

esperança de viver dias melhores e a confiança são sentimentos que tem animado as pessoas a seguir em frente diante dos difíceis tempos determinados pela pandemia do novo coronavírus e a gravidade face à covid-19, cujo noticiário gira em torno de uma extensa pauta na mídia que gera também muita preocupação e pânico. A busca por algum alento faz as pessoas encontrarem um conforto importante: a programação da Rádio Nazaré FM, emissora da Arquidiocese de Belém, sintonizada na frequência 91.3 Mhz. A programação é de forte conteúdo espiritual, dentre eles o Terço da Misericórdia, a Hora da Misericórdia, a Santa Missa, revistas pela manhã e temas sociais e de saúde na parte da tarde, mas tem uma opção de variedade musical nas noites de sexta-feira. Há mais de oito anos, o programa "Saudade em versos e canções" vai ao ar das 20h às 22h, apresentado por Jota Cardoso, sempre às sextas-fei-

ras. Jota cuida pessoalmente da produção. "É uma responsabilidade muito grande para nós e um compromisso, mantermos esse desafio de levar ao ar um painel de canções que perpassa gerações e abraça nosso ouvinte naquilo de mais precioso para a sua vida, a saudade tempos bons, bem vividos". O "Saudade" começou a cativar ouvintes desde a estreia no dia 5 de maio de 2012, mesma data de aniversário da Rádio Nazaré. Sempre contou com uma expressiva audiência, mas neste tempo de isolamento social estabelecido pela pandemia, tornouse uma boa opção para mais pessoas, conforme relato de Jota. "Sempre houve uma preocupação de darmos retorno a todas as participações durante o porgrama, mas neste perído do pandemia, as ligações aumentaram e essa audiência exige de nós redobrada atenção com o nosso ouvinte", diz Jota. O roteiro do programa "Saudade em versos e canções" inclui músicas que são

LUIZ ESTUMANO

n JOTA CARDOSO, apresentador do programa "Saudade em versos e canções"

sucessos clássicos, desde de anos idos bem antigos, assim como faz uma passagem pelos estilos musicais até as mais pedidas canções de artistas consgarados pela música até por volta do ano 2000, e dessa forma, alcançamos diversas faixas etárias de ouvintes, sendo notável a participação de pessoas de meia idade até a melhor idade", observa Jota Cardoso. O consolo em tem-

po de pandemia foi uma nova razão que elevou a audiência do programa. J o t a re v e l a q u e muitas das ligações dos para o programa realizado ao vivo são de ouvintes que agradecem pelo roteiro de músicas do seu agrado, porém, muitos declaram, emocionados, que esperam a hora do "Saudade", pois os tem ajudado a afastar a tristeza e também a depressão", conclui o apresentador.

NOSSOS ANIVERSARIANTES Manoel Maria Caldas Antônio Walmir Fiock da Silva Graciete Naide de Barros Fima Lucidea Ferreira Margalho Ocivaldo Quintairos Seabra Evaldo Lopes de Freitas Filho Luiz Otavio Castro dos Santos Andre Augusto da Silva Nogueira Dayse Lima da Silva Newton Dias Maria Dulcirene da Silva Cunha Rutte Maria Lima de Sousa Antônio Carlos Alberio Maria de Nazaré Souza de Castro Santana Galdino e Sebastião Costa Reis João Afonso da Silva Conceição Walter Júnior Canelas de Figueiredo Benedito Francinaldo Brabo Alves Vicente Silva Risoleide Ferreira Souza Carolina de Nazaré Silva Pinheiro Adalcilinda Luiza Duarte Mufarrej Maria Raimunda Siqueira de Oliveira Ligia Araújo Moraes

Francisca de Sousa Pereira Oceanira Farias de Miranda Ubirajara Netto Inez Formigosa Siqueira Emiliana Cerdeira Teixeira Laurinda Damasceno Favacho Terezinha de Jesus Cardoso Magalhães Costa Laide Pereira do Nascimento Maria do Socorro Castro Maria José Palheta Suely Maria das Graças dos Reis Araújo Ana Rita Resende de Vasconcelos Carlos Sergio Fernandes da Silva João Vicente Vianna Longo Francisco dos Santos Pacheco Júnior Leidiane Gatinho dos Santos Dalgino dos Santos Monteiro Celina de Freitas Rodrigues Dorvalina Rodrigues da Silva Julia Furtado de Lima Maria Suely Amaro de Oliveira Maria do Carmo Souto Machado Rute Helena Correa de Jesus Marisa Campos de Melo Freitas Telma Cristina da Cruz Moreira

Arnu Torres dos Santos (In Memoria) Maria da Conceição Silva Elza Maria Lobo da Costa Maria Célia Silva Henriques Glaucia Aguiar de Oliveira Solange Maria Alves Mota Santos Edna Maria de Moura Palha Leila do Socorro Monteiro Leal Carlos Fabio Ferreira de Almeida Roseane de Fátima Rodrigues Alves

Fátima Aparecida de Oliveira Góes Maria Madalena Dias Rego Barros Maria de Lourdes Conceição Alvez Juracy Pimentel Pereira Rosalina Barbosa da Silva Silma Edna Ferreira Lara Maria do Socorro Batista de Almeida Salime Khaled Conceição Nonato Marcelo Custodio Maia Sá Andre de Jesus da Silva Cardoso Stefany Tavares Favacho

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 19/07 – Padre George Jenner Evangelista França 19/07 – Díác. Paulo Vicente Frenandes Galende

n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 17/07– Padre Evandro Rosendo Favacho do Carmo 19/07– Padre Hélio Fronczak 21/07 – Pe. Gbèyigbèna Pierre Agon 23/07– Padre Divã Anísio de Sousa


BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

CADERNO DOIS

ARQUIDIOCESE de Belém recebe respirador doado pelo Papa Francisco

FOTOS: LUIZ ESTUMANO

EQUIPAMENTO foi destinado ao Hospital

Divina Providência, em Marituba

N

a manhã da última segunda-feira, 13, no auditório da Cúria Metropolitana, ocorreu o recebimento de um ventilador pulmonar doado pelo Papa Francisco, por meio da Esmolaria Apostólica, departamento da Santa Sé responsável por doações e caridade, para ajudar no tratamento de pacientes de covid19 na região. Para o Brasil foram destinados quatro equipamentos, sendo três para o Pará: um em Marabá, outro em Belém e um para Óbidos. O ventilador pulmonar é um dos equipamentos essenciais para a manutenção da vida em momentos de crise como a deficiência em atividades cardiorrespiratórias. Ele pode manter a vida do paciente durante o tempo em que ele não consegue fazer o movimento respiratório sozinho. A circulação do oxigênio pelo corpo é fundamental para o funcionamento de diversos órgãos. Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, em nome da Arquidiocese, agradeceu o gesto do Papa Francisco “Queremos agradecer esse gesto. É simbólico. Várias dioceses receberam ligações di-

retas do Papa Francisco, a preocupação contínua dele. A Igreja nunca se omitiu e se fez presente em todas essas circunstâncias geradas por essa pandemia”. O Arcebispo lembrou, ainda, que este não é a primeira iniciativa do Santo Padre em prol do combate da pandemia de covid-19. No mês de maio, a Arquidiocese de Belém recebeu do papa a doação de dez mil reais para auxílio nas atividades de assistência para as famílias mais necessitadas. Por fim, Dom Alberto agradeceu à Nunciatura Apostólica, quem direcionou os respiradores, e à Aeronáutica, na pessoa do Arcebispo Militar do Brasil, Dom Fernando Guimarães, pelo empenho no transporte do equipamento saindo de Brasílica com destino final Belém, com parada em Marabá. “Agradecemos todas as pessoas envolvidas e queremos dizer que esses gestos que nascem no coração do Papa se multiplicam”. Em seguida, Eládio Nunes Campos, representando a Diocese de Óbidos e seu Bispo, Dom Bernardo Bahlmann, agradeceu pelo respirador que será destinado ao Barco Papa Francisco que atende toda a população ribeirinha do Rio Amazonas, no Pará. “Nossa gratidão ao gesto tão nobre e bonito do Papa Francisco para com os povos da Amazônia, com nossa Diocese de Óbidos. No nosso município estamos com um índice muito elevado de covid e esperamos que com esse respirador a nossa população seja beneficiada”. O aparelho destinado à Arquidiocese de Belém foi enviado ao Hospital Divina Providência (Marituba), administrado pela congregação religiosa dos Pobres

n DOM ALBERTO durante recebimento do ventilador pulmonar na Cúria Metropolitana

Servos da Divina Providência, há 22 anos. A entrega oficial teve condução de Dom Alberto e presença do padre Ângelo Gaio, um dos responsáveis pelo Hospital. O terceiro aparelho já foi entregue à Diocese de Marabá, recebido por Dom Vital Corbellini, bispo diocesano. Além do Brasil, também receberão quatro doações cada o Haiti e Venezuela, três para Colômbia, Honduras e México, já a República Dominicana, Bolívia, Equador, Camarões, Zimbábue, Bangladesh e Ucrânia receberão duas unidades cada. TRANSPORTE A chegada dos equipamentos em Belém ocorreu no domingo, 12, na Base Aérea da Aeronáutica. O voo saiu de Brasília às 7h30 com a primeira parada em Marabá, às 10h30. Por volta das 11h35, após a aeronave modelo bandeirante ser reabastecida, saiu com destino a Belém chegando à capital paraense às 12h55. O comandante da Ala 9, como é conhecida a base

ARQUIDIOCESE instala 95ª paróquia com devoção a Santa Teresinha da Amazônia Com informações do Portal Nazaré - A Arquidiocese de Belém instala a sua 95ª paróquia com a criação de mais uma igreja com devoção a Santa Teresinha da Amazônia, situada na passagem Santa Teresinha, no conjunto Império Amazônico, bairro do Souza, no dia 16 de julho. A data de instalação foi escolhida em memória da festa litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, celebrada no dia 16, e padroeira dos Carmelitas, ordem da qual Santa Teresinha fez parte. A programação de inauguração contou com um tríduo no período de 14 a 16 de julho, às 19h. O primeiro dia (14 de julho – terça-feira) foi com Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém. E o

segundo dia (15 de julho) foi com o padre Fábio Quintal, que já foi pároco na região. O terceiro e último dia foi com Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, que instalou a paróquia e empossou o primeiro pároco, padre Gabriel Aparecido Paes. A Santa Missa foi concelebrada pelo Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio Ribeiro de Assis, e padres da Região Episcopal Santa Cruz. A nova paróquia será integrante da Região Episcopal Santa Cruz, sendo desmembrada da Paróquia Jesus Ressuscitado e contará com três comunidades: Rosa Mística, Sagrada Família e São Arcanjo Gabriel. O padre Gabriel Aparecido Paes é natural de São

Paulo, 35 anos, com formação pelo Seminário São Pio X em Filosofia e Teologia. Foi ordenado no dia 6 de junho de 2018 e desde então está exercendo a função de vigário paroquial na paróquia Jesus Ressuscitado. A Região Episcopal Santa Cruz foi fundada em 1991 por Dom Vicente Zico. E em 1999 foi desmembrada para a criação da Região Episcopal São João Batista. O cônego Ronaldo Menezes é o vigário episcopal e atualmente a região conta com mais de 26 sacerdotes divididos em 15 paróquias nos bairros da Castanheira, Marambaia, Souza, Curió Utinga, Marco, Val-de-Cans, Sacramenta, Barreiro, Telégrafo, Pedreira e Umarizal.

aérea de Belém e a qual a aeronave é subordinada, Brigadeiro-do-Ar, Leonardo Chaves, fez o recebimento dos equipamentos e demonstrou a satisfação em colaborar em ações de combate à pandemia. “A atuação da Força Aérea Brasileira tem sido bastante intensa em apoio às ações da pandemia. Fico muito feliz de ter tido esse aproveitamento de um avião nosso que vinha de Brasília. Ficamos felizes por transportar esse tipo de equipamento tão essencial

nesse momento”. O arcebispo militar do Brasil, Dom Fernando Guimarães, foi quem auxiliou no contato com a Força Aérea para o transporte dos equipamentos. Na chegada, padre Edson Mendes de Souza, Capelão da Ala 9, representou o arcebispo militar. “Com a graça de Deus, a Igreja é sempre sensível à necessidade dos povos e das pessoas e zela por cada um de nós. Os equipamentos certamente contribuirão muito para salvar vida na nossa região”.

n CHEGADA dos equipamentos em Belém


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IGREJA

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

Vem aí a FESTIVIDADE de Santa Maria de Belém FESTEJO celebra a padroeira da Arquidiocese de 27 de agosto a 1º de setembro PASCOM CATEDRAL

n CARTAZ apresentado pelo côn Roberto

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enhora de Belém, Mãe da Esperança” é o tema que irá nortear de 27 de agosto a 1º de setembro a festividade 2020 em homenagem a Santa Maria de Belém, padroeira da Arquidiocese de Belém e da capital paraense. A notícia é do cônego Roberto Cavalli, Cura da Catedral Metropolitana, que no último dia 12, apresentou à comunidade o cartaz oficial durante a Santa Missa que ele presidiu na Sé, às 19h, celebração eucarística transmitida ao vivo pelos canais da Catedral no YouTube e Facebook. A estampa do cartaz oficial remete à esperança, “pois nosso co-

rações, mais do que nunca, se enchem de esperança”, sentimento representado pelo verde que predomina no cartaz, assim como as flores que adornam e cercam Nossa Senhora, representando as várias formas de homenagens que cada um

de nós deposita aos pés dela, para que fique ainda mais linda sua imagem”, trecho do descritivo. O cartaz mostra ao fundo da Imagem um vitral, o mesmo que encontra-se atrás do Órgão Cavaillé-Coll, referência ao jubileu de reinauguração do

instrumento no mês passado. “Assim estão devidamente representados todos os elementos que fazem parte da história de nossa Catedral, que junto à Arquidiocese de Belém do Pará comemorará o dia da Padroeira da Cidade de Belém no dia 1º de setembro.

CONTRIBUIÇÃO: A Catedral de Belém segue evangelizando neste tempo especial em que vivemos e conta com a sua ajuda. Participe da Campanha Solidária (https://abacashi.com/p/livesolidariacatedralbelem). Você também pode fazer doações através de depósitos bancários nas seguintes contas: -- SICOOB -Ag: 4609 Cc: 3857-1 CNPJ: 04.814.851/0088-80 Arquidiocese de Belém

-- BRADESCO -Ag: 2398-1 CC: 19408-5 Nome: Arquidiocese de Belém CNPJ 04.814.851/0088-80

ARQUIDIOCESE manifesta pesar pelo falecimento da Irmã Marisô A Arquidiocese de Belém comunica com profundo pesar o falecimento da Irmã Maria Marisô da Silva, conhecida como Irmã Marisô, ocorrido no final da manhã de quarta-feira, 15. O diagnóstico indica câncer no fígado, recém descoberto.

Irmã Marisô integrava a Congregação das Missionárias do Coração Eucarístico de Jesus, era natural de Fortaleza, (CE), tinha 56 anos. Dedicou mais de 18 anos à Paróquia de Sant’Ana da Campina, Paróquia Santíssima Trindade e, atu-

almente trabalhava na Reitoria das Mercês (Comércio), sempre atuando como administradora econômica. As exéquias da Ir. Marisô, com a presença de familiares da religiosa, foram presididas pelo Arcebispo de Belém, Dom

Alberto Taveira Corrêa na manhã de sexta-feira, 17, na casa da congregação (BR 316, Km 6, Águas Lindas). A Arquidiocese pede a todos, orações em sufrágio de sua alma, rogando a Deus pelo conforto de familiares e amigos.

RÁDIO NAZARÉ

FM 91 .3 MHZ

n RÁDIO NAZARÉ FALA DO PERIGO DA AUTOMEDICAÇÃO O programa “Saúde e cidadania” da próxima segundafeira, 20, abordará os riscos da automedicação. Muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, tomar remédio

sem prescrição médica pode trazer consequências mais graves do que se imagina. Sintonize a Rádio Nazaré FM (91.3) e saiba tudo sobre o assunto. O programa será das 16h às 18h.

TV NAZARÉ

CANAL 30.1

n ENCANTOS DA AMAZÔNIA NA TV NAZARÉ A cultura, a religiosidade e os traços arquitetônicos das primeiras igrejas erguidas na capital paraense são o destaque do programa “Encantos da Amazônia”, veiculado nas noites de quarta-feira pela Rede Nazaré de Televisão, canal 30. A riqueza da paisagem amazônica, o

potencial econômico e a grande manifestação cultural de cada recanto poderão ser vistos novamente em breve. Marcos Valério, coordenador da TV Nazaré, informa que o programa retorna à grade da emissora no vindouro mês de agosto, totalmente renovado! Aguarde!

PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

n HORA DA MISERICÓRDIA NO PORTAL NAZARÉ Toda quarta e sexta-feira você reza junto conosco por meio do programa Hora da Misericórdia com transmissão pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br), pela nossa página no Facebook. com/FNCBelem e também pela TV Nazaré (canal 30.1 ou sinto-

nia de sua cidade), no horário de 14h30 às 15h30, conduzido pelo padre Wagner Maria, diretor de programação da Rádio Nazaré. Participe conosco enviando seu pedido de oração pelos nossos números de WhatsApp: (91) 988140275 ou (91) 99315-5743.

BOA DICA nEM BUSCA DA PALAVRA DE DEUS - Livro (PAULUS, R$ 19,00 )

A

obra aborda o livro do Deuteronômio, cujos capítulos centrais giram em torno do mandamento: “Abra a mão em favor do seu irmão, do seu pobre e do seu necessitado, na terra onde você está” (Dt 15,7-8.11). Como os autores mencionam na obra, o livro do Deuteronômio não é um simples livro de leis. Além da apresentação de leis e regras, encontra-se, nas entrelinhas algo mais profundo e provocador, ou seja, ele motiva e convence o leitor e ouvinte, que busca o bem comum, a seguir e cumprir as leis em defesa dos pobres e marginalizados da sociedade. nO DOM DA LEITURA . HELDER CAMARA E SUAS BIBLIOTECAS – Livro (Paulinas, R$ 22,61)

A

presente obra narra um percurso humano digno dos heróis e dos santos. É impossível não se encantar com o trajeto pessoal de Dom Helder Camara, que vai mostrando como simplicidade e grandeza podem ser pares perfeitos na construção dos grandes homens. Dom Helder soube cuidar do dom da vida, do dom da razão e do dom da fé na construção de si mesmo nos mundos em que foi habitando e nas missões que foi assumindo.Este livro convida o leitor a passear por entre as estantes das bibliotecas pessoais de Dom Helder. O objetivo é apresentar o Helder leitor, pouco conhecido do grande público, para quem os livros representaram muito mais do que uma fonte de informações.


VATICANO

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

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PAPA: “Podemos tornar-nos terreno fértil para a Palavra de Deus”

FOTOS: DIVULGAÇÃO

SEGUNDO ELE “a Palavra de Deus é uma semente que em si mesma é fecunda e eficaz”

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om informações Vatican News. Antes de rezar o Angelus no domingo 12 de julho, o Papa Francisco propôs aos peregrinos presentes na Praça São Pedro uma reflexão sobre a parábola do semeador que lança a semente da Palavra de Deus em quatro diferentes solos. Que segundo o Papa é a “mãe das parábolas porque fala em ouvir a Palavra”. “Existem diferentes formas de receber a Palavra de Deus. Podemos fazê-lo como um caminho, onde as aves vêm imediatamente e comem as sementes. É a distração, um grande perigo do nosso tempo”. Que podem levar a perder facilmente

a fé, principalmente quando se perde o gosto pelo silêncio e o recolhimento. O segundo modo de acolher a Palavra de Deus é quando a recebemos como um solo pedregoso. “Nele a semente brota depressa, mas também seca rapidamente, porque não consegue criar raízes profundas”. Este caso caracteriza-se pelo entusiasmo momentâneo que permanece superficial, não assimila a Palavra de Deus. “ Po d e m o s a i n d a acolher a Palavra de Deus como um solo onde crescem arbustos espinhosos. E os espinhos são o engano da riqueza, do sucesso, das preocupações mundanas... Aí a Pa-

lavra permanece sufocada e não dá fruto” Por fim, Francisco nos ensina que: “Podemos acolhê-la como um bom terreno. Aqui, e só aqui é que a semente ganha raízes e dá fruto. A semente que caiu neste solo fértil representa aqueles que ouvem a Palavra, a acolhem, a guardam no coração e a põem em prática na vida quotidiana”. Francisco afirma que sempre “a Palavra de Deus é uma semente que em si mesma é fecunda e eficaz” e que “Deus espalha-a por toda a parte com generosidade, independentemente do desperdício. Assim é o coração de Deus! Cada

n PAPA FRANCISCO durante o Angelus do domingo, dia 12

um de nós é um solo onde cai a semente da Palavra, ninguém é excluído!” Por fim o Papa pede para refletirmos

“que tipo de terreno sou eu? Pareçome com o caminho, com o solo pedregoso, com os arbustos? Mas, se quisermos,

podemos tornar-nos terreno fértil, lavrado e cultivado com cuidado, para que a semente da Palavra amadureça”

DECISÃO de converter antiga basílica de Santa Sofia em mesquita entristece o Papa Francisco

n A BASÍLICA de Santa Sofia, Turquia, torna-se mesquita

Com onformações agência Ecclesia. O Papa manifestou no domingo, 12 de julho, a sua tristeza perante a decisão da Turquia de voltar a converter a antiga basílica de Santa Sofia, em Istambul, numa mesquita.

“O meu pensamento vai para Istambul. Penso em Santa Sofia e estou muito entristecido”, disse Francisco, falando de improviso desde a janela do apartamento pontifício, perante milhares de peregrinos reuni-

dos na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus. A breve intervenção foi saudada pelos presentes com uma salva de palmas. Construída no século VI, a antiga basílica, que já foi a maior catedral

do Cristianismo, seria convertida em mesquita no século XV, após a captura de Constantinopla em 1453. Em 1934, a basílica foi transformada num museu e em 1985 entrou para a lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. O Conselho de Estado, o mais alto tribunal administrativo da Turquia, aceitou na sextafeira, 9 de julho, o pedido de diversas associações, tendo revogado a medida governamental de 1934; o edifício vai estar aberto às orações muçulmanas a partir de 24 de julho, sexta-feira. O patriarca ecumênico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bar-

tolomeu, alertou para o impacto negativo desta decisão, que pode virar “milhões de cristãos em todo o mundo contra o Islão”, falando uma “rutura” entre Oriente e Ocidente. “Santa Sofia, um lugar que agora permite que os dois povos se encontrem e admirem a sua grandeza, passa a tornarse novamente um motivo de oposição e confronto”, referiu o líder ortodoxo. Em novembro de 2014, o Papa Francisco esteve no local, tal como o Papa emérito Bento XVI, em novembro de 2006. Também o Conselho Ecumênico das Igrejas

contestou a decisão do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, sublinhando que Santa Sofia é desde 1934 “um local de abertura, encontro e inspiração para pessoas de todas as nações e credos”. A Catedral bizantina da Divina Sabedoria foi inaugurada em 537 pelo imperador Justiniano. No dia 5 de fevereiro de 2018, o Papa Francisco recebeu o presidente Erdogan, com quem debateu a situação no Médio Oriente, especialmente o estatuto de Jerusalém, naquela que foi a primeira visita de um chefe de Estado turco ao Vaticano desde 1959.

PAPA agradece aos que acompanham os doentes durante a pandemia Com informações agência Ecclesia. O Papa agradeceu a todos os que acompanharam e continuam a ajudar os doentes durante a pandemia de Covid-19. “Saúdo com gratidão os representantes da Pastoral da Saúde da Diocese de Roma, pensando nos muitos sacerdotes, religiosas, religiosos e leigos que estiveram e estão ao lado dos doentes, neste período de pandemia”, disse.

“Obrigado pelo que fizeram e pelo que estão a fazer. Obrigado”, acrescentou, perante centenas de pessoas reunidas na Praça de São Pedro no domingo, 12. Na sua reflexão dominical, Francisco sublinhou a importância da leitura da Bíblia, em particular dos Evangelhos, na vida dos católicos. “Tragam sempre com vocês uma edição de bolso dos Evangelhos,

na mala, e leiam cada dia uma passagem, para que se habituem a ler a Palavra de Deus e perceber bem qual é a semente que Deus oferece e pensar com que terra a recebo”, recomendou aos presentes. A intervenção partiu da passagem do Evangelho lida hoje nas igrejas de todo o mundo, a “parábola do semeador”, que lança a semente da Palavra de Deus em quatro solos diferentes.

N N

o dia do Juízo, não seremos julgados por nossas ideias, mas pela compaixão que tivemos. (14 de julho)

este DomingodoMar, confiemos a Maria, Estrela do Mar, os marítimos, os pescadores e suas famílias, que, com sacrifícios mesmo durante o lock-down, continuaram a trabalhar para fornecer aquilo de que precisamos. (12 de julho)

S

ãoBento, padroeiro da Europa, mostra a nós cristãos de hoje, como da fé brota sempre uma esperança alegre, capaz de mudar o mundo. (11 de julho)


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BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

CADERNO DOIS

EM NAZARÉ

NAZARÉ EM DESTAQUE

IMAGEM Peregrina retornou às visitas oficiais FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

DIRETORIA DA FESTA retomou compromissos com uma visita a Santarém

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omo parte da programação da agenda de visitas oficiais da R ainha da Amazônia, a Diretoria da Festa de Nazaré retomou os compromissos com uma visita a Santarém durante os dias 11 e 12 de julho. As visitas estavam suspensas desde

o início da pandemia do novo coronavírus. Na programação, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré visitou o Hospital Regional, Hospital Sagrada Família, Hospital de C a m p a n h a e U PA para bênçãos aos enfermos da covid-19 e outras doenças e aos

n PROGRAMAÇÃO com visitas a hospitais

profissionais de saúde. Na oportunidade, também, aconteceu um sobrevoo pela cidade. A última visita realizada com a Imagem foi para a Jornada Vocacional da Arquidiocese de Belém, no Centro de Cultura e Formação, na BR 316, em 15 de março. De-

pois ocorreram apenas três momentos de peregrinação: dois sobrevoos pela Região Metropolitana de Belém nos dias 28 de março e 4 de abril, e o trajeto pela orla da cidade e alguns furos da Ilha do Combu a bordo de embarcação da Marinha, no dia 11 de abril.

n SOBREVOOS da imagem Peregrina

n DOM IRINEU durante a visita da imagem

“CANTOS PARA A MÃE DE NAZARÉ” emocionou fiéis no Brasil inteiro

n CONCERTO contou com a participação do pároco, padre Francisco

Com um formato totalmente inovador, a terceira edição da live “Cantos para a Mãe de Nazaré” emocionou os fiéis que acompanharam a apresentação durante o show acústico realizado na Basílica Santuário de Nazaré, no sábado, dia 11. O evento é promovido pelos

Padres Barnabitas com o objetivo de levar uma mensagem de conforto dedicada ao povo do mundo inteiro que ainda vive este momento de fragilidade social. No repertório, canções marianas e músicas regionais emocionaram os fiéis que participaram de forma virtual pe-

las plataformas digitais oficiais do Santuário da Rainha da Amazônia, e também, de forma presencial. Canções como “Maria Santa e Fiel”, “Maria passa na frente”, “Alegria da Minha Juventude”, dentre outras obras religiosas dedicadas a Nossa Senhora de Nazaré.

O concerto contou com a participação do Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante, da cantora e compositora Amanda de Paula e do cantor Romano Pereira, acompanhados dos instrumentistas Meg Beltrão, no violino, Diego Oliveira, teclado e violão, Marco D’Oliveira, percussão e Alcyr Meireles na flauta e teclado. No repertório, canções marianas e canções regionais. A apresentação foi transmitida pelas redes sociais da Basílica Santuário: Facebook (www.facebook.com/ basilicadenazareoficial) e Youtube (www.youtube.com/basilicadenazare). A live “Cantos para a Mãe de Nazaré” teve o patrocínio da Loja Lírio Mimoso e o apoio da CN Produções.

n SHOW ACÚSTICO realizado na Basílica

SETOR de atendimento está pronto para receber você

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n SERVIÇOS de atendimento ao fiel

Pensando no bem estar de todos que frequentam o Santuário da Rainha da Amazônia, os Padres Barnabi-

tas revitalizaram o espaço de atendimento da Basílica de Nazaré. Em um espaço integrado serão prestados

n REVITALIZAÇÃO total do espaço

os serviços de atendimento ao fiel, quanto ao agendamento de intenções para a Santa Missa, solicitação do documento do Batistério, informações sobre o Sacramento do Batismo, tanto na Basílica Santuário, quanto nas capelas da Paróquia de Nazaré,

além de atendimentos referentes à Loja Lírio Mimoso, Pastoral do Dízimo e Associação de Devotos de Nossa Senhora de Nazaré. O setor funciona de segunda-feira a sextafeira de 7h às 19h, aos sábados 7h às 17h, e aos domingos 7h às 11h e 15h às 20h.


ARQUIDIOCESE

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

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ARQUIDIOCESE acolheu novo diácono no Curuçambá, em Ananindeua ORDENAÇÃO DIACONAL TRANSITÓRIA de Devair Nunes Delgado, em Ananindeua

N

o sábado, 11, na Matriz da Paróquia do Mistério da Transfiguração do Senhor, no Curuçambá, município de Ananindeua, ocorreu a ordenação diaconal transitória de Devair Nunes Delgado, da Comunidade Mensageiros da Boa Nova. A celebração foi presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, concelebrada por Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar, e por alguns sacerdotes arquidiocesanos. Amigos seminaristas, da paróquia e da comunidade participaram da cerimônia. Há sete anos no Pará, Devair Delgado, 42 anos, é fruto da Comunidade Mensageiros da Boa Nova que tem sede em Vitória, no Estado do Espírito Santo e uma casa de missão no Pará. Natural de Nova Venécia, também no Espírito Santo, iniciou seu discernimento dentro da comunidade que integra há 11 anos: “Minha vida de comunidade, hoje falo com todo meu coração, é a alegria da minha alma, é o momento onde me encontro. Muito do que eu busco viver tenho experimentado dentro da comunidade.” Ao que continuou: “são 11 anos e a cada dia um novo aprendizado, cada dia um crescimento, a cada dia uma nova experiência com o Senhor, com os irmãos consagrados, com os irmãos vocacionados, com aqueles que são sinal do próprio Deus na minha história de comunidade”. Enquanto consagrado da comunidade realizou trabalho pastoral em Vila Velha (ES) e na Paróquia da Trans-

FOTOS: LUIZ ESTUMANO

figuração desenvolvendo a evangelização com jovens. Possui formação anterior em Pedagogia, e em Belém iniciou seus estudos em Teologia pela Faculdade Católica de Belém. Como a diácono transitório ordenado, Devair prepara-se para a ordenação sacerdotal que ocorrerá em dezembro deste ano junto com outros três diáconos. PALAVRA DECISIVA O lema, já escolhido, “sobre tua palavra lançarei minha rede” (Lucas 5,5) segundo o neo-diácono representa a palavra decisiva para seu discernimento e para o ‘sim’ ao chamado de Deus. “Foi o primeiro encontro que eu tive com a comunidade. Não foi um encontro da comunidade, mas com a comunidade e isso me fez querer fazer essa experiência de lançar as redes de poder encontrar com o Senhor. E isso foi me inspirando, foi palavra de discernimento para minha consagração dentro do carisma da comunidade. Devair, após a ordenação sacerdotal em dezembro, será o primeiro sacerdote da comunidade o que para Cheila Vago, co-fundadora , é motivo de muita alegria. “Para a gente é momento de graça e de festa muito grande. Hoje é fruto das orações e do próprio carisma do Mensageiros da Boa Nova presente em Isaías 61, que fala também sobre o sacerdócio. A gente acredita nessa palavra plenamente e que a vocação do Devair é fruto do chamado à vocação e fruto, principalmente, para a Igreja pois a grande missão de um sacerdote dentro da Igreja é

n IMPOSIÇÃO de mãos do Arcebispo Dom Alberto

n A APRESENTAÇÃO do novo diácono é um fator predominante do rito

ser um pastor”. Ela conclui: “é um presente para todos nós. Que bom que ele ouviu o chamado. Será o primeiro sacerdote da comunidade sendo um exemplo para todos”. Para Dom Alberto a resposta de Devair é a mesma da juventude que tem sido muito forte. “Não é verdade que os jovens não querem estar na Igreja. Eles são tocados pela força da Palavra de Deus e essa força que leva as pessoas a se aproximarem, a se engajarem e a descobrirem seu lugar dentro da Igreja”. O arcebispo pontuou que as ordenações iniciadas no dia 4 de julho demonstram o trato que a Igreja tem com as vocações. “Em todos os lugares nós temos vocações, temos o chamado de Deus, temos a resposta dos nossos jovens. É realmente algo muito significativo. Este ano teremos quatro novos sacerdotes, no próximo ano teremos cinco e, daí por diante, quer dizer, não passamos um ano sem sacerdote. É uma graça especial que Deus dá à nossa igreja. As vocações existem o que falta é o trato, é o carinho com essas vocações e nós sentimos que a nossa Igreja leva a sério e acompanha as vocações.” A CERIMÔNIA A cerimônia da ordenação diaconal transitória de Devair Delgado teve início com a procissão solene. A apresentação do candidato foi feita pelo fundador da comunidade Mensageiros da Boa Nova, Padre Vandaike Costa Araújo. Após a homilia de Dom Alberto, o rito prosseguiu com a prostração do candidato, ladainha de todos os santos e a oração consecratória de ordenação, realizada com a imposição de mãos do arcebispo. A entrega das vestes diaconais, realizada tradicionalmente pelos membros da família foi feita por membros da comunidade uma vez que por conta da pandemia os familiares não puderam es-

tar presentes. Em seguida houve a entrega do livro do Evangelho e a acolhida no presbitério. Agora Diácono Devair, enquanto desempe-

nha funções na Paróquia da Transfiguração, aguarda a ordenação sacerdotal marcada para 8 de dezembro, na Catedral Metropolitana.

n PROSTRAÇÃO um dos momentos sublimes da cerimônia

n NOVO DIÁCONO já servindo no altar na celebração

n MOMENTO da entrega das vestes diaconais


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BELÉM, DE 17 A 23 DE JULHO DE 2020

CADERNO DOIS

ARQUIDIOCESE

A ANIMAÇÃO pastoral da Área Missionária Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Marituba FOTOS: LUIZ ESTUMANO

FUNDADA há dois anos área destaca-se pelo crescimento de comunidades

n DOM ANTÔNIO Bispo Auxiliar de Belém acompanha a missão no local

C

o m a s á re a s missionárias em expansão, a Arquidiocese de Belém tem por objetivo alcançar pessoas e realidades que se encontram distantes da Igreja, para que ninguém sinta-se excluído e conheça o amor de Deus. Fundada em 27 de junho de 2018, no bairro de Canaã, periferia de Marituba, a Área Missionária Nossa Senhora do Perpétuo Socorro destaca-se pelo processo de expansão e de consolidação de suas comunidades com vistas à evangelização e o trabalho pastoral. Com auxílio de sa-

cerdotes, grupos, movimentos e benfeitores, acompanhados de Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, e assistência do padre Valdemir Batista de Sena Júnior, assistente paroquial, a área missionária coleciona vitórias no que diz respeito à animação pastoral. Nesses dois anos surgiram oito comunidades, cada uma com sua particularidade. São elas: São Francisco de Assis, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (sede), Mãe Rainha, Nossa Senhora Auxiliadora, São Judas Tadeu, Nossa Senhora das Graças,

n Á MAIS RECENTE comunidade: Sto. Antônio

n IMAGEM da padroeira, N. Sra. P. Socorro

São Vicente de Paulo e a última que surgiu oficialmente, Santo Antônio de Lisboa. Desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora das Vitórias, a área missionária, na Região Menino Deus, possui um longo e extenso território que inicia no KM 17 da BR-316, seguindo pela Rua dos Navegantes até o Rio Guamá. Do rio, o território segue até o limite com o município de Benevides e, por este limite, retorna até o ponto inicial. Fazem limite com Nossa Senhora do Perpétuo Socorro as paróquias de Nossa Senhora das Vitórias, Nossa Senhora da Conceição (Benfica) e Santa Rosa de Lima. M a rc o s re c e n t e s já estão presentes na história dessa área, o último deles a bênção da capela, ainda de madeira, da comunidade Santo Antônio, com cerimônia presidida pelo bispo auxiliar, Dom Antônio. As celebrações anteriormente realizavam-se na casa dos moradores ou debaixo de árvores. COMUNIDADES IRMÃS Construída pela própria comunidade em um grande mutirão, a capela possui apenas telhado e o chão em cimento. Há previsão de paredes, sacristia e espaço para reuniões e catequese, além de outros eventos. Mas o grande detalhe está na colaboração mútua entre as comunidades irmãs e o esforço de benfeitores e moradores para a obra de Deus crescer. Isso é percebido na questão do material investido na obra ser fruto de doações. Assim também foi em outra comunidade. Em março, após um ano e três meses de construção, a Capela de Nossa Senhora Auxiliadora recebeu a

n ATUANTE, comunidade destaca-se pelo mútuo esforço pastoral

primeira celebração eucarística. Com capacidade para abrigar até 250 pessoas, o projeto foi idealizado por Dom Antônio de Assis e projetado pelo engenheiro Oswaldo Marques, que auxilia na construção das edificações na área missionária. Naquela ocasião, Dom Alberto Taveira Corrêa, manifestou a todos a sua alegria pelo autêntico dinamismo eclesial da comunidade com seus ministros, leigos comprometidos, iniciativas pastorais várias. Em maio deste ano, por conta da pandemia, muitas famílias tiveram seu sustento prejudicado e, assim, sem fonte de renda, muitas passavam necessidades. A comunidade pode contar

com a ajuda do Regional Norte II, amigos, fundações e empresas tanto públicas como privadas e paróquias da arquidiocese. Foram distribuídas cestas básicas, ofertadas orientações sobre o auxílio emergencial, uso de máscaras e higiene pessoal. AGRADECIMENTO Assim, o clima na área missionária é de muito otimismo e as comunidades agradecem as pessoas solidárias que concretamente estão ajudando na edificação de novas comunidades e organização de estruturas para evangelização. Para França Barroso, coordenador geral da área missionária, todo esse processo tem sido um grande

desafio, mas ressalta que com apoio dos bispos, padres e diáconos, todas as metas têm sido alcançadas. “Graças a Deus temos benfeitores que têm nos ajudado muito. Nesses dois anos que estamos na área missionária ela cresceu muito, pelo fato das pessoas confiarem no nosso trabalho, no trabalho de Dom Antônio que sempre foi uma pessoa que motivou a gente, motiva ainda”. A equipe do Jornal Voz de Nazaré acompanhou a última visita de Dom Antônio à área missionária e nas próximas semanas você, leitor, poderá conhecer mais sobre a presença da Igreja de Belém no bairro de Canaã. Acompanhe!

n CRIAÇÃO decreto de criação da área missionária em 2018


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