ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CV - Nº 972 - PREÇO AVULSO: R$2,00
BELÉM, DE 19 A 25 DE MARÇO DE 2021
www.fundacaonazare.com.br
Suspensas MISSAS públicas em Belém Altos índices da pandemia na região metropolitana de Belém levam a Arquidiocese a suspender as celebrações com a presença de fiéis durante novo lockdown por sete dias. A Santa Missa volta a ser acompanhada pelos meios de comunicação e pela internet. CADERNO 2, PÁGINA 1 LUIZ ESTUMANO
n NOVAMENTE as igrejas em Belém não podem receber os fiéis nas celebrações públicas da Santa Missa. Trata-se de restrições de mais um lockdown. DIVULGAÇÃO
n PARA Francisco completa oito anos da sua eleição pontifícia DIVULGAÇÃO
n IGREJAS transmitirão Missas ao vivo na Arquidiocese de Belém
LUIZ ESTUMANO
Papa há OITO anos Dias após sua primeira viagem apostólica durante a pandemia, o Papa Francisco chega a oito anos da sua eleição pontifícia, período marcado por iniciativas e reformas para envolver todos os cristãos em um novo impulso missionário. A paz e apelos para enfrentar e combater a covid-19 tem sido temas recorrentes nas catequeses e discursos do Santo Padre. CAD. 2, PÁG. 6
Evangelho pela TV e web Lockdown devido à pandemia impõe rigor no distancimento social. Sem poder ir às igrejas, fiéis são incentivados a acompanhar a celebração da Missa pela televisão e pelas mídias sociais. Arquidiocese de Belém, mais uma vez, prioriza a Eucarsistia e programações visando a espiritualidade e a mensagem do Evangelho para o rebanho. CAD. 2, PÁGI. 1
Semanário DIGITAL Prezados leitores, esta edição do Jornal Voz de Nazaré estará disponível para leitura nos veículos eletrônicos da Arquidiocese de Belém, em razão do lockdown em vigor em nossa capital. A rotina modificada em todo o país e no mundo pela pandemia afeta a circulação de nosso jornal, limita a chegada dos exemplares nas nossas comunidades diocesanas. Você pode fazer sua leitura com segurança e de maneira digital. Acesse o site oficial da Fundação Nazaré de Comunicação (www.fundacaonazare.com.br). Clique na aba
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OPINIÃO
BELÉM, DE 19 A 25 DE MARÇO DE 2021
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m 06 de março de 2021, o encontro inter-religioso em Ur, no Iraque, foi um dos pontos-altos da viagem apostólica do Papa Francisco, ocasião na qual cristãos de várias denominações, muçulmanos, judeus, e também representantes de outras minorias, como yazidis, mandeus, sabeus, fizeram uma importante celebração no local das raízes comuns das três religiões monoteístas, a terra de Abraão. Na ocasião o Papa Francisco fez um importante discurso do qual reporto alguns dos pensamentos que os considero muito importantes para todos nós, e muito em sintonia com a Campanha da Fraternidade Ecumênica que estamos vivendo no Brasil, neste ano. - “Olhamos para o céu. Ao contemplarmos o mesmo céu de alguns
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Olhamos para o céu – caminhamos sobre a terra (1) milênios depois, aparecem as mesmas estrelas. Iluminam as noites mais escuras, porque brilham juntas. O céu oferece-nos assim uma mensagem de unidade: sobre nós, o Altíssimo convida a não nos separarmos jamais do irmão que está ao nosso lado. O Além de Deus envianos mais além de nós, ao outro, ao irmão. Mas, se quisermos salvaguardar a fraternidade, não podemos perder de vista o Céu. Nós, descendência de Abraão e representantes de várias religiões, sentimos que a nossa função primeira
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o Êxodo 20, 15 Deus escreveu isto com o seu dedo na 2ª tábua de pedra: “Não furtarás’. Em português há essa diferença entre furtar e roubar: Furtar é apoderar-se de coisa alheia às escondidas. Roubar é apoderar-se de coisa alheia com violência ou com ameaças. É pecado grave tirar do próximo algo que é propriedade dele. Toda a vítima de furto ou de roubo se sente muito mal e sofre. Quanto mais alguém sofre por ter sido furtado ou roubado, maior
é esta: ajudar os nossos irmãos e irmãs a elevarem o olhar e a oração para o Céu. E disto todos precisamos, porque não nos bastamos a nós próprios. O homem não é onipotente; sozinho, não é capaz. E se escorraça Deus, acaba por adorar as coisas terrenas. Mas os bens do mundo, que fazem muitos esquecer-se de Deus e dos outros, não são o motivo da nossa viagem sobre a terra. Erguemos os olhos ao Céu para nos elevarmos das torpezas da vaidade; servimos a Deus, para sair da escravidão do próprio
eu, porque Deus nos impele a amar. Esta é a verdadeira religiosidade: adorar a Deus e amar o próximo. No mundo atual, que muitas vezes se esquece do Altíssimo ou oferece uma imagem distorcida d’Ele, os crentes são chamados a testemunhar a sua bondade, mostrar a sua paternidade através da nossa fraternidade”. - “Neste lugar fontal da fé, da terra do nosso pai Abraão, afirmamos que Deus é misericordioso e que a ofensa mais blasfema é profanar o seu nome odiando o irmão. Hostilidade,
extremismo e violência não nascem dum ânimo religioso: são traições da religião. ... Não permitamos que a luz do Céu seja ocultada pelas nuvens do ódio! Sobre este país, acumularamse as nuvens negras do terrorismo, da guerra e da violência. Com isso, sofreram todas as comunidades étnicas e religiosas; ... Rezemos para que em toda a parte se respeitem e reconheçam a liberdade de consciência e a liberdade religiosa: são direitos fundamentais, porque tornam o homem livre para contemplar o Céu para o
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
Não furtarás é o pecado, mesmo se a cousa roubada tem pouco valor comercial. Quem ama a Deus deve respeitar os filhos de Deus e seus bens. Quem não respeita os bens alheios se disser que ama, é mentiroso. Furtar e roubar é sempre pecado contra Deus e contra o próximo. Para um ladrão ser
perdoado não basta pedir perdão a Deus, mas deve devolver o que levou. Veja o que fez Zaqueu em Lc 19,8-10. Ainda existem povos que cortam a mão do ladrão; e se ele for pego novamente roubando, lhe cortam a cabeça para não roubar mais. É absurdo um cristão furtar achando que é ser
esperto. Não é ser esperto, mas é ladrão, pecador e criminoso que precisa se converter. Apoderar-se de bens públicos é ser ladrão, pois rouba do povo. Políticos corruptos que roubam dinheiro ou bens públicos são ladrões, bandidos e criminosos. Infelizmente no Brasil há muitos cor-
ruptos e ladrões. O apóstolo Paulo disse que no céu não há lugar para ladrões. Invadir propriedade alheia ou pública também é ser ladrão. Alguns adoram o dinheiro acima de tudo como se ele fosse o seu Deus. Na prática esses são idólatras. Quem gostaria de
qual foi criado”. - “É importante peregrinar rumo aos lugares sagrados: é o sinal mais belo da saudade do Céu na terra. Por isso, amar e preservar os lugares sagrados é uma necessidade existencial em memória do nosso pai Abraão, que em vários lugares ergueu para o céu altares ao Senhor (cf. Gn 12, 7.8; 13, 18; 22, 9). Que o grande patriarca nos ajude a tornar oásis de paz e de encontro para todos os lugares sagrados de cada um. ... O Céu não se cansou da terra: Deus ama cada povo, cada uma das suas filhas e cada um dos seus filhos! Nunca nos cansemos de olhar para o céu, de olhar para estas estrelas, as mesmas que outrora viu o nosso pai Abraão”. - “Caminhamos sobre a terra”. Continua na semana próxima. ser assaltado, roubado ou furtado? Ninguém, pois todo assalto e roubo traumatiza gravemente a vítima por anos e anos. Infelizmente o poder público brasileiro tem muita responsabilidade, pois 90% desses crimes não levam nenhuma punição. E os poucos punidos levam pena é tão branda que os encoraja a roubar novamente. No Brasil o crime compensa. Amigo, ajuda Jesus Cristo a evangelizar essa geração perversa que não respeita o próximo e nem os bens alheios.
CRB convoca momento de Oração Solidária pelo Brasil A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) iniciou, na quarta-feira, 10 de março, o projeto de união e solidariedade, que propõe um momento de Oração Solidária junto com toda a Igreja do Brasil. A proposta é que todas as comunidades, consagrados e consagradas, rezem a novena de São José, até o dia 19 de março – data em que se celebra a festa do esposo da Virgem Maria. A CRB estimula o uso, no momento de Oração Solidária, da “Novena de São José, Padroeiro Universal da Igreja”, publicada pela Edições CNBB. O subsídio, em
forma orante, convida as famílias e as pequenas comunidades a olharem para José e com ele contemplarem o mistério de Deus em Maria e no Verbo encarnado. A iniciativa da CRB Nacional partiu de sua presidente, irmã Maria Inês Ribeiro, diante da imagem que circulou pelo mundo na internet no domingo, 28 de fevereiro, da freira Ann Nu Thawng ajoelhada em frente à uma coluna de policiais durante um protesto contra o golpe militar dado em Myanmar. Diante dessa realidade, a irmã Maria Inês Ribeiro, convida a todas as comuni-
dades a se organizarem para juntos e juntas rezarem a novena de São José. “Nós queremos nos unir no momento orante e na solidariedade porque não podemos cansar. Não podemos cansar diante de quase duas mil mortes por dia. Não podemos cansar e queremos orar com profundidade, com coragem diante dos desafios, sermos profetas da esperança, profetas da oração, profetas da solidariedade”, destacou. ANO DE SÃO JOSÉ Para celebrar os 150 anos da declaração do esposo de Maria como padroeiro da Igreja Ca-
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tólica, o Papa Francisco convocou no dia 8 de dezembro de 2020, o “Ano de São José” com a Carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”. Segundo o Vatican News, com o decreto “Quemadmo-
dum Deus”, assinado em 8 de dezembro de 1870, o Beato Pio IX quis dar este título a São José. O “Ano” especial será celebrado pela Igreja Católica no mundo até o 8 de dezembro de 2021.
Abertas INSCRIÇÕES para o II seminário curando as próprias feridas Já estão abertas as inscrições para o II Seminário Sanando as próprias feridas promovido pela Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e o Núcleo Lux Mundi. O seminário vai acontecer
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
de 8 a 10 de abril totalmente online. Esta edição vai aprofundar o pedido de conversão e promoção de ações concretas, expresso na Carta Apostólica “Vos Estis Lux Mundi”,
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira
do Papa Francisco, com ênfase em tópicos, como: Escuta e cuidado das vítimas no seu aspecto pastoral e espiritual, visando à cura das feridas e a reconciliação e, enfrentamento
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
de casos de denúncias e seus aspectos jurídico e canônico. A inscrição custa R$ 50,00 e os interessados podem fazer a inscrição pelo link: http:// bit.ly/38dDJbY
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 19 A 25 DE MARÇO DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
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esmo à distância de tantos anos, impressiona-nos a atualidade das constatações do Concílio Vaticano II, na introdução da Constituição Gaudium et spes, que descreve profeticamente a mudança de época de nossos dias: “A humanidade vive hoje uma fase nova da sua história, com profundas e rápidas transformações... Provocadas pela inteligência e atividade criadora do homem, elas reincidem sobre o mesmo homem, sobre os seus juízos e desejos individuais e coletivos, sobre os seus modos de pensar e agir, tanto em relação às coisas como às pessoas. Podemos já falar duma verdadeira transformação social e cultural, que se reflete também na vida religiosa. Como acontece em
De repente, todos estão caídos por terra, desejosos de uma luz que lhes possibilite enxergar os passos a serem dados qualquer crise de crescimento, esta transformação traz consigo não pequenas dificuldades. Assim, o homem, que tão imensamente alarga o próprio poder, nem sempre é capaz de colocá-lo a serviço da própria humanidade. Ao procurar penetrar no interior de si mesmo, aparece frequentemente mais incerto a seu próprio respeito. E, descobrindo gradualmente com maior clareza as leis da vida social, hesita quanto à direção a tomar. Nunca o gênero humano
CONVERSA COM MEU POVO teve ao seu dispor tão grande abundância de riquezas, possibilidades e poderio econômico; e, no entanto, uma imensa parte dos habitantes da terra é atormentada pela fome e pela miséria... Nunca os homens tiveram um tão vivo sentido da liberdade como hoje, em que surgem novas formas de servidão social e psicológica. Ao mesmo tempo que o mundo experimenta intensamente a própria unidade e a interdependência mútua dos seus membros na solidariedade necessária, ei-lo gravemente dilacerado por forças antagônicas; persistem ainda, com efeito, agudos conflitos políticos, sociais, econômicos, raciais e ideológicos... Aumenta o intercâmbio das ideias, mas as próprias palavras com que se exprimem conceitos da maior importância assumem sentidos diferentes segundo as diversas ideologias. Finalmente, procura-se com todo o empenho uma ordem temporal mais perfeita, mas sem que a acompanhe um progresso espiritual proporcionado” (Cf. Gaudium et spes 4). Um olhar apenas humano, ainda que justificado por muitos fatos, pode dizer que os tempos que vivemos são maus. Não são raras as pessoas que entreveem até o fim dos tempos nos acontecimentos atuais, numa longa agonia que deixa perplexa toda a humanidade, quando poderíamos imaginála capaz de resolver todos os seus problemas, dado o crescimento dos conhecimentos e a incrível capacidade das nações e dos poderes econômicos. De repente, todos estão caídos por terra, desejosos de uma luz que lhes possibilite enxergar os passos a serem dados. O chama do “novo normal” tão esperado certamente será muito diferente e extremamente exigen-
As LIÇÕES do tempo te, de modo que nossas cabeças e nossas vidas serão obrigatoriamente reprogramadas, sejam quais forem as consequências do que vivemos hoje. Já no Antigo Testamento, o autor do Eclesiastes refletia sobre o tempo, nem sempre com muito otimismo! “Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de destruir e tempo de construir; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de as ajuntar; tempo de abraçar e tempo de se afastar dos abraços; tempo de procurar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de jogar fora; tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar; tempo do amor e tempo do ódio; tempo da guerra e tempo da paz” (Eclesiastes 3,1-8). Não nos convém transformar tais palavras num fatalismo destruidor, com o qual as pessoas venham simplesmente a se renderem diante dos fatos e acontecimentos, mas reconhecer a existência de situações difíceis e até contraditórias. A plenitude dos tempos (Cf. Gl 4,4) veio com a Encarnação do Verbo de Deus e seu mistério pascal de morte e ressurreição, quando tudo ganhou um sentido novo. Em Jesus Cristo e só nele se encontra o sentido da vida das pessoas e o rumo para o mundo. Daí a busca de caminhos para reagirmos no tempo presente! Quando chegaram pessoas de longe com
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n HÁ UM MOMENTO oportuno para cada coisa debaixo do céu
o desejo de “ver Jesus” (Jo 12,20-33), ele mesmo anuncia que chegou a hora de sua glorificação. E estava para acontecer sua prisão, condenação e morte! Aos gregos que chegam, Jesus logo propõe perder a vida, no serviço e na entrega da existência, como o grão de trigo caído e morto na terra. Cada situação crítica na história pessoal ou da humanidade pede a saída de nós mesmos. Será livre e feliz quem se dispuser a entregar a sua vida. No meio de tantas dores geradas pela presente pandemia, consegue superar as dificuldades quem vai ao encontro dos outros, começando da própria família. Pensemos em nossa capacidade de rever nosso relacionamento familiar, descubramos os caminhos para consolar os que sofrem, dediquemo-nos nestes dias à oração em família, redescubramos a riqueza da Palavra de Deus e multipliquemos os gestos de fraternida-
de e solidariedade. O tempo presente, que a carta aos Hebreus (Hb 3,13) chama de “hoje” nos leve justamente a não perder tempo, mas lançarmos mão de todos os imensos recursos plantados por Deus em nossa alma, para passar continuamente da morte à vida, lembrando-nos de que recebemos esta graça na fonte batismal. Poderemos então desde já cantar com o salmista: “Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheuse de sorrisos nossa boca, nossos lábios, de canções. Entre os gentios se dizia: ‘Maravilhas fez com eles o Senhor!’ Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria! Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão,
carregando os seus feixes” (Salmo 125,1-6).
A plenitude dos tempos
Cada situação crítica na história pessoal ou da humanidade pede a saída de nós mesmos. Será livre e feliz quem se dispuser a entregar a sua vida.
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IGREJA
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CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um PEQUENO grande livro (12)
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esta edição de “Miscelânea” continuaremos a ver o que no, a meu ver, precioso livrinho “O monge e o Pastor”, se diz sobre a morte. Na carta de oito de maio de 2010, do monge beneditino Marcelo Barros ao pastor batista Henrique Vieira, começada a ser estudada em nossa edição passada, lê-se: “Entre os monges antigos, era comum essa convivência com a morte não por desprezo à vida, mas ao contrá-
Entre os monges antigos, era comum essa convivência com a morte rio, por uma integração entre vida e morte. Um dos monges que mais me impressionou nesse assunto era músico. Foi compositor e autor de vários hinos que durante anos cantamos. Ele soube pelo médico que estava com câncer
de fígado em estado terminal. Não tardou para a doença consumi-lo. Um dia, despertou em um momento de coma. Ouviu o toque do sino, olhou ao redor e viu a comunidade reunida, renovando sua consagração. Compreendeu o que aquele rito significava. Deixou os irmãos acabarem o cântico e fez sinais de que queria falar ao Abade. Este se aproximou e ele sussurrou: “já que vou morrer, quero comer uma maçã assada e beber um cálice de vinho.” Comeu, bebeu e entregou o espírito a Deus.” E continua Marcelo Barros: “devo lhe confessar que ainda não cheguei a essa integração tão tranquila da morte na vida. Com a experiência da idade percebo que em geral (claro que há exceções), as pessoas morrem como viveram. Nos mosteiros cristãos, comunidades indígenas e afrodescendentes que vivem de acordo com suas culturas originais, as pessoas envelhecem em meio ao grupo, inseridas na teia comunitária. Nada de asilos e ninguém se aposenta da fé, da comunhão com os outros e do
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ela possa permitir à pessoa emergir no universal. De acordo com essa sabedoria, a morte faz parte da vida.” Como meu espaço está chegando ao fim, vou ficando por aqui. Na edição vindoura, voltaremos ao assunto em tela, pois ainda há muito a se ver sobre ele no livro que vimos dissecando. Da minha parte, uma sugestão: não esqueça, prezado leitor: morre bem quem viveu bem, ou, em outras palavras, quem soube viver. Shalom!
os vivos convivem com seus mortos
n “FALECEMOS como uma vela que vai se apagando”
louvor em cada elemento da natureza. Ao contrário, os mais velhos se tornam bibliotecas vivas de sabedoria e de apoio aos mais jovens. Assim sendo, as pessoas falecem – em geral já muito idosas - como uma vela que se apa-
ga. Os vivos convivem com seus mortos.” E prossegue: “no universo, há um equilíbrio entre a vida e a morte. Falando a partir das antigas culturas do Oriente, o escritor H er ma n He s s e d i z que a cada chamado da vida, o coração de-
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
ve estar pronto para a despedida e para novo começo, com ânimo e sem lamúrias. Penso que nas culturas muito fiéis às antigas tradições, sejam cristãs, sejam de outra fonte espiritual, a morte é uma invenção sábia da vida para que
"devo lhe confessar que ainda não cheguei a essa integração tão tranquila da morte na vida"
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Jo 12,20-33
20Havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. 22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23 Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo;... 25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-laá para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora, sinto-me angustiado.
E que direi? Pai, livrame desta hora? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28 Pai, glorifica o teu nome! Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo! 29A multidão que ai estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão... 30 Jesus respondeu e disse: Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32 e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim. 33 Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer. B) COMENTÁRIO
Aqui temos a atração de Jesus e intercessão dos que já o conhecem, estão com ele: os discípulos. Outras culturas buscam Jesus – ele é atração - e estão representadas na expressão:
“alguns gregos”, que se manifestam dizendo: “gostaríamos de ver Jesus” (v 21). E o “ver” no caso, não é só contemplar com a vista e sim conhecer: “De onde me conheces? Pergunta Natanael. Antes que Felipe... eu te vi”(Jo 1,48). E é nesta busca de Jesus, e mediação dos discípulos, que o mestre fala de sua hora (v 23), se “auto interroga” sobre ela (v 27), e responde mostrando a essência de sua missão: “foi precisamente para esta hora que eu vim” (v 27). Que hora é esta de Jesus (Jo 2,4; 7,30; 8,20; Jo 17,1)? Que angústia é esta (v 27) que padece um filho diante de seu pai? É como a angústia de Issac o filho amado de Abraão: “Meu pai... onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22,7). Deus compadeceu-se de Abraão; Issac não foi imolado, houve um cordeiro em seu lugar (Gn 22,13). Porém Deus não teve compai-
xão de si mesmo; nenhum cordeiro substituiu seu filho amado, Jesus; ele é o próprio “cordeiro de Deus” (Jo 1,36), “que tira o pecado do mundo”. Esta é a hora; é a hora do sacrifício! Da entrega total de Jesus no patíbulo da cruz; entrega absoluta até a última gota: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,43). O que é entregue ao Pai, está seguro. E por isso veio a resposta paterna: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!” (v 28): A Ressurreição. Como é bom perceber e entender que a intercessão se dá na comunhão! Que nossa ação missionária leve as pessoas a Jesus, principalmente quando nos buscam para ver, para conhecê-lo (v 21). Aí acontece a colaboração de um Felipe combinando com um André (v 22): Na humilde troca de experiência e melhor eficiência; na pastoral partilhada!
n 19/03 – SEXTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - 2Sm 7,4-5a.12-14a.16 Salmo - Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 2ª Leitura - Rm 4,13.16-18.22 Evangelho - Mt 1,16.18-21.24a n 20/03 – SÁBADO Cor: Roxo 1ª Leitura - Jr 11,18-20 Salmo - Sl 7, 2-3. 9bc-10. 11-12 Evangelho - Jo 7,40-53 n 21/03 – DOMINGO Cor: Roxo 1ª Leitura - Jr 31, 31-34 Salmo - Sl 50,3-4.12-13.14-15 2ª Leitura - Hb 5,7-9 Evangelho - Jo 12,20-33 n 22/03 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Roxo
1ª Leitura - Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62 Salmo - Sl 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 Evangelho - Jo 8,1-11 n 23/03 – TERÇA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Nm 21,4-9 Salmo - Sl 101, 2-3. 16-18. 19-21 Evangelho - Jo 8,21-30 n 24/03 – QUARTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95 Salmo - Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 Evangelho - Jo 8,31-42 n 25/03 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Is 7,10-14; 8,10 Salmo - Sl 39(40),7-8a.8b-9.10,11 2ª Leitura - Hb 10,4-10 Evangelho - Lc 1,26-38
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
O CORAÇÃO de Pai de São José
INTRODUÇÃO
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m comemoração aos 150 anos da declaração de São José como padroeiro universal da Igreja, pelo papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1870, o papa Francisco com a carta “Patris Corde” nos convida a celebrar em 2021 o ano de São José. Tendo como objetivo lhe estimular a leitura dessa bonita carta, apresento-lhe algumas ideias dos diversos tópicos da mesma. José amou a Jesus com o coração de Pai providenciando-lhe todos os cuidados necessários. Nos evangelhos ele nos é apresentado como o humilde carpinteiro
Tendo como objetivo lhe estimular a leitura dessa bonita carta, apresentolhes alguma ideias dos diversos tópicos da mesma.. composta por sete pontos (cf. Mt 13,55), esposo de Maria (cf. Mt 1,18; Lc 1,27), «homem justo» (Mt 1,19) e sonhador (cf. Mt 1,20;2, 13.19.22). Em Belém, ajustando-se num estábulo, com sua esposa assistiu o nascimento do Messias (cf. Lc 2,7) e foi testemunha da adoração dos pastores (cf. Lc 2,8-20) e dos Magos (cf. Mt 2,1-12). José foi com Maria ao templo, quarenta dias após o nascimento do Menino Jesus para apresentá-lo e oferecêlo ao Senhor, pois era o primogênito (cf. Lc 2,22-35). Como zeloso pai e guardião, para defender o menino Jesus da maldade de Herodes, José fugiu para o Egito (cf. Mt 2,13-18) e de lá só regressou quando tudo já estava totalmente seguro (cf. Mt 2,20-23), testemunhando, assim, a sua
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prudência e sensibilidade preventiva. Em meio a tantos desafios pelos quais passamos hoje por causa da pandemia e outros problemas em relação à família, somos chamados a olhar para a figura de São José e encontrar nele, o homem da presença quotidiana discreta, o intercessor, o amparo e o guia nos momentos difíceis. A carta do Papa Francisco é composta por sete pontos.
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São José, pai amado A grandeza de São José consiste no fato de ter sido amável esposo de Maria e cuidadoso pai de Jesus colocandose, inteiramente, a serviço do filho de Deus e, dessa forma, do plano de salvação. A paternidade de José assumiu muitas características, como, por exemplo, o serviço generoso, a capacidade de sacrifício, a ação conjunta (Maria e José), o espírito de proteção à sua esposa e ao filho, a preservação da vida, a dedicação ao trabalho.
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São José, pai na ternura Jesus experimentou a ternura de José, pois ao seu lado cresceu em sabedoria, estatura e graça diante de Deus, dos homens e por ele era acompanhado (cf. Lc 2,52). José ensinou Jesus a andar segurando-o pela mão como diz o profeta Oséias: era para ele como o pai que levanta o filho contra o seu rosto e inclinava-se para ele a fim de lhe dar de comer (cf. Oséias 11,3-4). Jesus experimentou a ternura de Deus a partir do carinho paterno de José. A experiência da virtude da ternura está profundamente vinculada à misericórdia de Deus. A ternura é a capacidade de acolher a fragilidade do outro. Dessa forma, Deus acolhe as nossas fragilidades e os pecados de todos os pecadores através do Sacramento da reconciliação e nos perdoa.
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São José, Pai na obediência Conforme encontra-
mos nos evangelhos, José se tornou pai adotivo de Jesus obedecendo aos planos de Deus e se fez obediente. Quando ficou sabendo que Maria estava grávida, ele viveu uma profunda angústia. Para não denunciá-la, decidiu abandonar Maria em segredo (cf. Mt 1,1921). Nessa situação Deus vem ao seu encontro através do anjo confirmando que tudo era plano de Deus. Ele obedece! José também é testemunha da beleza da obediência quando parte para o Egito em vista de proteger a criança porque Herodes queria matá-la (cf. Mt 2,13-15). A mesma coisa também aconteceu quando chegou o tempo de voltar para a terra de Israel; o caminho de volta se fez após o chamado de Deus (cf. Mt 2,21-23). José também se fez obediente diante das prescrições legais cumprindo o que exigia a lei em relação à circuncisão do Menino Jesus, a purificação da mãe e a oferta dos primogênitos a Deus (cf. Mt 2,21-24).
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São José, pai no acolhimento Outra característica muito significativa de São José é a experiência do acolhimento. José acolheu Maria como sua esposa, as palavras do anjo, as exigências da lei. José acolheu os desafios de cada situação que enfrentou conservando o respeito às pessoas, a serenidade espiritual, a firmeza de ânimo, não se deixando aba-
lar pela frustração e nem se fixando em seus raciocínios. Com responsabilidade e espírito de fé, em tudo ele nos testemunha profunda vida espiritual e capacidade de acolher as circunstâncias desagradáveis. Em José encontramos não simplesmente um homem resignado, mas também o protagonista corajoso, forte e que testemunha o dom da Fortaleza.
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São José, Pai com coragem criativa José passou por muitas situações difíceis em sua vida, mas enfrentou todas elas com coragem criativa, não se deixando vencer. Encontramos a manifestação da sua criativa coragem quando arranjou um estábulo e o preparou para ser a casa onde nasceu o filho de Deus. José enfrentou, corajosamente, a fuga para o Egito para defender a vida do Menino Jesus da fúria de Herodes. Com São José aprendemos que, em certas situações desafiadoras da nossa vida, não podemos nos paralisar no medo, mas reorganizar nossa vida, confiar em Deus, erguer a cabeça, orar e buscar a melhor saída. José fez isso graças a sua grande sensibilidade espiritual, abertura para com a Palavra de Deus e capacidade de discernimento. Por causa da sua atitude de grande confiança em Deus e preocupa-
ção criativa diante dos problemas humanos, São José é o padroeiro dos pobres, atribulados, moribundos, forasteiros, e de todos os necessitados.
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São José, pai trabalhador José era um profissional (carpinteiro) que vivia honestamente do trabalho de suas mãos e do suor do seu rosto para sustentar a sua família. Através do trabalho o ser humano colabora com a obra da salvação colocando suas potencialidades, competências e virtudes a serviço do Reino de Deus. O trabalho é uma necessidade humana e uma exigência fundamental para a serenidade da vida na sociedade. Em nossa sociedade, atualmente, temos muitos problemas em relação ao trabalho e à economia, como, por exemplo, a questão do desemprego, o subemprego, a exploração trabalhista, as indignas condições de trabalho, a crise econômica, etc. Que São José interceda por todos os jovens sem emprego, sem trabalho e pelas famílias que estão passando por graves dificuldades econômicas.
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São José, pai na sombra O escritor polonês Jan Dobraczynski (Editora Cultor de livros, 2018) escreveu um livro sobre São José com o título “A sombra do Pai”, refle-
tindo sobre a sua atitude de humilde carpinteiro em sua luta cotidiana de pai e esposo. Fe z t u d o i s s o c o m fidelidade “à sombra do Pai”. José foi para Jesus a sombra do Pai Celeste que o guardou, o protegeu seguindo seus passos sem se afastar dele. Assim exerceu a sua paternidade durante toda a sua vida. No exercício da sua paternidade José experimentou um profundo senso de responsabilidade para com seu filho adotivo. À sombra do Pai, José foi obediente a Deus e respeitou em tudo a vida, a vocação e a missão de Jesus Cristo. Hoje na sociedade, infelizmente, há pais que querem decidir completamente a vida dos seus filhos, mas isso gera infelicidade, tristeza e frustração. Celebrando o ano de São José busquemos conhecê-lo melhor, imitar suas virtudes e peçamos-lhe a sua intercessão por todos os trabalhadores, esposos e pais. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Qual dos tópicos mais lhe chama a atenção? Há hoje na sociedade “crise de paternidade”... se sim, como isso se manifesta? Dentre as diversas virtudes de São José, qual delas são mais significativas para os esposos de hoje?
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somos chamados a olhar a figura de São José
A grandeza de São José consiste no fato de ter sido amável esposo de Maria e cuidadoso pai de Jesus
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
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erante novo lockdown para conter a disseminação do novo coronavírus, a Arquidiocese de Belém segue envidando todos os esforços possíveis para continuar evangelizando, apesar da pandemia. “Sabemos que não podemos ir às nossas igrejas nesses dias, participar da Santa Missa, mas podemos chegar a sua casa pelos nossos veículos de comunicação”, diz Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, e presidente da Fundação Nazaré de Comunicação, ao falar com o rebanho, face às restrições impostas pelo decreto estadual com rigorosas recomendações sanitárias à população. Respeitando e acatando as recomendações das autoridades, a Arquidiocese de Belém suspendeu as Missas públicas desde o dia 16 de março e, desde então, empenha-se para manter ativa a assistência espiritual do rebanho, servindo-se dos veículos arquidiocesanos. Durante todo o período do lockdown, a Rede Nazaré de Comunicação estará com a programação voltada a privilegiar, especialmente, a
FAMÍLIA NAZARÉ
ACOMPANHE a Igreja de Belém com a Fundação FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO prioriza programas de evangelização durante lockdown DIVULGAÇÃO
n ADORAÇÃO uma das oprtuniaddes para os fiéis rezarem com a Fundação Nazaré
Santa Missa. A programação consta, além da Santa Missa, de programas como a Adoração ao Santíssimo Sacramento, o Terço da Misericórdia, o Terço Mariano, o Terço de São José, tudo transmitido a
partir da Rede Nazaré de Televisão e retransmitido pelas redes sociais da Fundação Nazaré de Comunicação. A Arquidiocese de Belém tem na Fundação Nazaré de Comunicação o seu principal sustentá-
culo para realizar o seu projeto de evangelização, “contando, sempre, com o todo o nosso esforço possível e compromisso de nossos veículos: TV Nazaré, Rádio Nazaré FM, Portal Nazaré e o Jornal Voz de Nazaré
para seguir propagando a mensagem de Deus e, assim, fortalecer a fé do povo de Deus, semeando esperança para esse tempo difícil que estamos vivenciando”, enfatiza Mário Jorge Alves da Silva, Diretor de Comunicação
da Fundação Nazaré.ão. Todas as recomendações sanitárias previstas pelo decreto de lockdown estão sendo respeitadas e, reforçando as medidas de segurança e a preservação da vida dos fiéis, a Arquidiocese de Belém convida todos a acompanharem a programação religiosa dos veículos de comunicação arquidiocesanos e, pede, sobretudo, às pessoas idosas e demais pessoas do grupo de risco, mantenham-se em suas casas. Comunicado oficial da Arquidiocese informa aos fiéis que, durante a vigência do lockdown, o preceito dominical está dispensado, pedindose ao povo de Deus que acompanhem as celebrações diretamente de suas residências, visto que os meios de Comunicação da Arquidiocese (Rede Nazaré de Comunicação) e suas redes sociais transmitirão a celebração da Santa Missa ao vivo.
NOSSOS ANIVERSARIANTES Maria José da Costa Silva Idaliana Marinho de Azevedo Maria José Fonseca Santos Maria das Graças Bastos de Castro Maria de Lourdes Souza de Almeida José Costa Aleixo Maria da Conceição Borges Silva José Antônio de Paula Guimarães Maria José Nogueira Odair Jose de Souza Hilda Heloisa Silva Nascimento Casal José Malaquias Rodrigues Brito e Maria de Lourdes Maria José Fonseca Koury Darcy Dias da Silva Maria José Da Silva Linhares Mercia do Socorro de Souza Rodrigues Claudia de Oliveira Brandão Pedro Paulo Rodrigues Ferreira Albenize Gatto Cerqueira Maria Célia Rabelo Sonia Maria Saraiva Pereira Francisco de Assis Reis Miranda Maria José Gonçalves Silva José Bento Marruaz da Silva Maria do Socorro Sampaio da Cruz Doralice Batista da Costa Ana Lucia Brasil Casal Paulo Roberto Almeida
e Claudia R.C. Peixoto Almeida Silvia Sabrina de Castro de Macedo Maricel Candida Martins e Martins Luciana Silva Bastos Rubenval Freitas Costa Junior Terezinha Dias Garces Henrique Guerreiro Diniz Alvarenga Guiomarina Rocha Sales Luiz Gonçalves dos Santos Maria Georgina Mesquita de Freitas Lucideia Oliveira Maia Nelcy Maria Machado Pereira Walquiria de Nazaré Corrêa de Souza Maria Marcilene Batista dos Reis Carmen Hage Cecim Rolin Antonieta Couto de Oliveira Darcy M. Quintela Maria de Nazaré do Vale Lucas Nazira Salomão Reis Manoel Marques de Oliveira Sandra de Fátima Luz Morais Solange Maria de Souza Ribeiro Jose Pedro dos Santos Maria Marilea Modesto da Costa Diácono Marcus Vinicius Amaral Soares Claudia Fernanda Soares Silva de Jesus Gisele Taiana Velasco Cerqueira Pinheiro José Leonidas Rodrigues Santos Rosa Barra E S
Maria das Graças Martins da Silva Maria de Fátima Cesar Beckman Adarcy Brasil Felix Fonseca Waldenyr Martins de Sousa Araci Andrade dos Anjos Lucas Rodrigues Fuertes Antônio Henrique Matheus Souza
Ana Maria Fernandez Mileo Mirian Alcantara Carvalho Maria Anunciação Barbosa Paraense Leonidas Ernesto de Souza Nazaré Silva Carlos Rubem da Silva Guedes Reginaldo e Raimunda Helena Santos Silvia Tânia Braga Maria da Anunciação Santos Reis Gabrielle Tereza Costa de Souza
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 19/03 – Pe. Frei Arilson Lopes Uchôa 19/03 - Pe. Vicent Inalegwu Isa 20/03 – Pe. Chigurupati Vijayachandar 20/03 – Diác. Robert Taylor Miranda Lima 21/03 – Côn. Roberto Emílio Cavalli Júnior 21/03 – Diác. José Bento Marruaz da Silva 22/03 – Pe. Cleber Willian Lopes Pombal 23/03 – Diác. Marcus Vinícius Amaral Soares 24/03- Pe. Francisco Monteiro Ferreira (Padre Red) 24/03 – Pe. Valdinei de Lima Silva 25/03 – Diác. Evandro Raimundo da Costa Pinheiro n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 19/03 – Pe. José Maria da Silva Ribeiro 19/03 – Pe. Raimundo Nonato Viana de Souza 24/03 – Pe. Nilton Cezar Reis 25/03 – Pe. Humberto Paiva Brito 25/03 – Pe. Wiremberg José da Silva
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Missas públicas SUSPENSAS em Belém
FOTOS: DIVULGAÇÃO
COMUNICADO e orientações da Arquidioce-
se de Belém para o lockdown
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stão suspensas desde o dia 16 de março todas as celebrações públicas da Santa Missa, enquanto durar o lockdown decretado pelas autoridades competentes, ao qual aderimos no sentido do bem comum e preservação da vida”, anuncia a Arquidiocese de Belém do Pará por meio de comunicado oficial para o povo de Deus no último dia 15. A decisão do Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, considera que
“dada a evolução atual dos números de casos de infecções pelo novo coronavírus, bem como as ações promovidas pelas autoridades de saúde e sanitárias, considero que não podemos mais adiar decisões”. As orientações arquidiocesanas se estendem também ao presbitério e aos movimentos, pastorais e serviços. “Ficam suspensas, até nova orientação, todas as reuniões presenciais, inclusive do presbitério, assim como outras atividades, inclusive a catequese e encontros de pastorais, grupos e movimentos”. O comunicado para os idosos é que eles evitem sair de casa. O lockdown abrange a Região Metropolitana de Belém, e inclui a localização das comunidades diocesanas no mapa pandêmico.
CELEBRAÇÕES PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DA ARQUIDIOCESE O Arcebispo Dom Alberto determina que enquanto durar o lockdown “as paróquias que tiverem equipamentos adequados, transmitam celebrações reservadas, através de mídias sociais. Para tanto, contamos com o discernimento e o bom senso de nosso presbitério”.
IGREJAS SEM AGLOMERAÇÕES DE FIÉIS Atividades religiosas são reconhecidas como essencialidade no Pará, de acordo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Lei estadual 9.147, sancionada a 23 de novembro de 2020 e, por essa razão, as igrejas não fecharão totalmente. A Arquidiocese de Belém assegura aos fiéis que “as
n MISSAS na Arquidiocese de Belém: celebradas sem a presença de fiéis e transmitidas ao vivo
A própria Arquidiocese de Belém toma para si a responsabilidade de transmitir as celebrações eucarísticas. “Teremos três missas diárias transmitidas pela TV Nazaré, Rádio Nazaré FM e Portal Nazaré, celebradas em local reservado, às 7h, 12h e 18h. No sábado e no domingo, Missas pela TV Nazaré, às 18 horas”, informa o Arcebispo Dom Alberto. determinadas pelas autoridades com o lockdown, o Arcebispo Dom Alberto conforta o seu rebanho: “até que se encerre o período de lockdown, todas as pessoas estão dispensadas do preceito dominical, podendo acompanhar a Santa Missa pelos meios de comunicação”.
maneçam em suas casas e não se dirijam às igrejas de forma alguma”. Os idosos são parte do grupo de risco ante a pandemia. “Estes e outras pessoas que fazem parte do grupo de maior risco para desenvolver formas graves
da doença. Podem acompanhar as celebrações litúrgicas em suas casas, através de nossos meios de comunicação, até que seja superada a pandemia. Sintamse tranquilas no que diz respeito ao cumprimento do preceito dominical”.
igrejas permaneçam abertas, limpas e arejadas para a oração pessoal, adoração e visita ao Santíssimo Sacramento”. A presença de fiéis em grande número não poderá ocorrer nas igrejas em outras ocasiões, além da Santa Missa. Estão suspensas também “outras celebrações, como novenas e festividades, até novas e desejadas determinações diferentes”, determina o Arcebispo Dom Alberto. RECOMENDAÇÃO: IDOSOS E GRUPOS DE RISCO O comunicado para os idosos é que eles evitem sair de casa, assegurando-lhes que estão livres do preceito dominical. “Recomendamos, vivamente, que os idosos per-
IGREJA DOMÉSTICA O afastamento da igreja por força do lockdown favorece, mais uma vez, a vida cristã na Igreja doméstica, ressalta o Arcebispo Dom Alberto. “Incentivamos as práticas de piedade em
PRECEITO DOMINICAL DISPENSADO A participação dos fiéis na Santa Missa está profundamente ligada à participação no sacrifício de Cristo vivida no momento da Sagrada Comunhão. Mas, sem poder ir às igrejas, impedidos pelas medidas sanitárias
família – “Igreja Doméstica”. A igreja, em família, pode viver a “recitação do terço, novenas, Via Sacra, leitura orante da Palavra de Deus”, recomenda Dom Alberto, referindo-se às Sagradas Escrituras. “Além
disso, lembremo-nos da Palavra do Senhor: ‘Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa’ (Mt 6,6).
LOCKDOWN E PENITÊNCIA: ABSOLVIÇÃO GERAL O lockdown ocorre em plena quaresma, momento em que a Igreja vive um tempo penitencial e de conversão. E visando fortalecer a piedade entre o povo
de Deus, a Arquidiocese de Belém informa que “para a celebração do Sacramento da Reconciliação, faz-se necessário ter os devidos cuidados com a proximidade do confessor e do penitente”. Assim, “durante este
período, ficam as paróquias autorizadas a usar a terceira forma do Sacramento da Penitência, que comporta absolvição geral, sempre observando as normas constantes do Ritual do Sacramento da Reconciliação”.
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PANORAMA
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"Minha VIDA na Pandemia"
NAZARÉ REPÓRTER
OBRA de alunos de escola estadual sobre tempos de isolamento
A
Editora da Imprensa oficial do Estado fará em breve uma publicação de estudantes de Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Agostinho trazendo relatos de alunos sobre a pandemia do novo coronavírus, intitulada “Minha Vida em Tempos da Pandemia – Relatos dos Alunos da EEEF Santo Agostinho”. A escola está localizada no bairro do Marco, em Belém. Segundo a diretora da escola, Gorete Oliveira, desde o dia 18 de março de 2020 as aulas foram suspensas devido à pandemia, destacando que “foi o maior desafio que a escola já enfrentou em seus mais de 70 anos de existência. Foram organizadas as aulas remotas. “No início foi difícil, mas depois conseguimos com boa vontade e amor ao que fazemos realizar aulas a distância. Porém, percebemos que faltava saber como estava o cotidiano dos nossos alunos em casa, sem a rotina interativa, alimentar, protetiva e afetiva que a escola ofere-
ce as crianças”, ressaltou a diretora. A Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc) preparou um cronograma especifico de acompanhamento assim que as aulas foram suspensas, tendo visitas diretas às escolas para acompanhar o processo de adaptação das aulas remotas. Foi durante essas visitas que os representantes da Seduc se depararam com o projeto que estava sendo realizado na Escola Santo Agostinho o mesmo trabalhava com a percepção dos alunos acerca da pandemia e como ela afetou a vida escolar, afetiva e familiar. Nesse sentido foi feita a intermediação com a Editora Dalcídio Jurandir, da Ioepa, para saber da possibilidade de publicar uma obra com esses relatos. De acordo com a diretora Gorete Oliveira a maior intenção era ajudar as crianças a passar por esse momento difícil com o mínimo ou até nada de trauma, assim como, por meio dos desafios de escrita, desenvolver a leitura, a produção textual e a
FOTOS: DIVULGAÇÃO
FESTA DE SÃO JOSÉ NA CATEDRAL No ensejo do Ano de São José, a Arquidiocese de Belém, com suas comunidades devotadas ao Patrono da Igreja, realizou diversas celebrações para festejar as virtudes do pai adotivo do Menino Jesus. Côn. Roberto Cavalli, Cura da Catedral de Belém, convida o povo de Deus a acompanhar de forma on line a Missa Solene em hon ESCOLA localizada no bairro do Marco
criatividade para contarem suas histórias.. O projeto foi desenvolvido totalmente a distância, os textos produzidos em casa pelos alunos e as fotos dos momentos da produção eram enviados via WhatsApp pelos responsáveis. O trabalho de pesquisa a partir dos inúmeros relatos dos alunos já está sendo efetivado pela edi-
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ
tora. A escola Santo Agostinho está trabalhando na digitalização de imagens e digitação de textos, e o lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano ainda. A Editora Pública da Ioepa fará todo o processo de editoração, que vai desde a diagramação, revisão até a impressão final da obra.
INSCRIÇÕES PARA TEATRO E DANÇA A Escola de Teatro de Dança (Etdufpa) do Instituto de Ciências da Arte (ICA/UFPA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) inscreve para o Processo Seletivo de Cursos Técnicos de Nível Médio, a fim de formar profissionais para a produção de conhecimento e para o mercado de trabalho na área das artes cênicas no Pará. A seleção para 30 vagas em cada curso: Técnico em Cenografia, Técnico em Dança: Dança Clássica e Intérprete-Criador, Técnico em Figurino Cênico e Técnico em Teatro. Concorrem candidatos com 16 anos, no mínimo, cursando a partir do 2º ano do ensino médio ou ensino médio concluído. A inscrição, sem taxa, deve ser feita via site do Centro de Processos Seletivos da UFPA (CEPS), até às 22h do dia 31 de março de 2021.
SEJUDH SUSPENDE ATENDIMENTO A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) suspendeu o atendimento presencial ao público externo na sede, em todos os Núcleos Regionais (Paragominas, no Sudeste, e Santarém, no Oeste, e no Procon Pará, para evitar a proliferação dos casos da covid-19. Os serviços também estão suspensos na sede da secretaria, assim como a emissão de carteiras de identidade, e os agendamentos já efetuados serão remarcados. O Procon também fica sem atendimento presencial. Os usuários serão direcionados a canais alternativos de atendimento e reclamações, como o e-mail: proconatend@procon.pa.gov.br, os telefones: 151 e (91) 3073-2827, e a plataforma: www.consumidor.gov.br.
BOA DICA
n TERÇO DE SÃO JOSÉ Em comemoração ao dia do Patrono das Famílias, a Rádio Nazaré FM inicia dia 19, o terço de São José. A oração vai ao ar em dois horários: 5h, dentro do pro-
grama “Cura-me, Senhor!”, apresentado pelo cônego Sebastião Fialho, e às 18h15, após a Voz do Pastor, com o Arcebispo Dom Alberto. Sintonize 91,3 Mhz e acompanhe!
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n MISSA POR SÃO JOSÉ, AO VIVO! Acompanhe pela Rede Nazaré de Comunicação a Missa Solene em homenagem a São José nesta sexta-feira, 19, ao vivo, direto da Paróquia São José, situada no bairro do Umarizal,
à rua Domingos Marreiros. Sintonize o canal 30 (ou a sintonia de sua cidade). Essa é uma das diversas celebrações realizadas na Arquidiocese de Belém para celebrar o pai adotivo de Jesus.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n ACOMPANHE A IGREJA DE BELÉM NO PORTAL Nestes dias de lockdown você participa, em casa com sua família, da Santa Missa. Uma vez que as igrejas estarão fechadas, as celebrações serão transmitidas ao vivo pelos veículos de comunicação da Arquidiocese de Belém e você pode acompanhar no Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br) e
pela página da Rede Nazaré no Facebook.com:/FNCBelem. Ajude-nos a continuar realizando esta e outras transmissões. Faça parte da Família Nazaré. Contamos com você. Informações: (91) 4006-9200 ou envie uma mensagem para nosso WhatsApp: (91) 99315-5743
menagem a São José nesta sexta-feira, 19 ,festa litúrgica para o santo. A celebração às 18h30, será transmitida pelas redes sociais da Catedral. A festa da Igreja Mãe para o Patrono da Igreja iniciou dia 15 com celebração eucarística às 18h30, seguida de tríduo de Missas sempre no mesmo horário, celebradas de 16 a 18 de março.
n O BEM E O MAL - Entre o amor de Deus e o sofrimento da humanidade - Livro (PAULUS, R$ 22,00 )
E
ste livro traz uma entrevista inédita com dom Odilo Scherer, feita por Rodrigo Alvarez, na qual o arcebispo de São Paulo fala sobre difíceis temas relacionados à fé e à natureza humana, como a existência do mal, o sofrimento humano, as respostas do homem ao sofrimento e a busca do ser humano por Deus. Além disso, são abordados, também, relevantes temas da atualidade, como o uso compulsivo da internet e das redes sociais, globalização, violência, desenvolvimento social e desigualdade. A obra torna-se, assim, uma valiosa contribuição a todos que desejam compreender melhor o que diz a fé cristã sobre essas questões. nA GRAÇA DE RECOMEÇAR – Quinze palavras para renascer da dor do luto - Livro (Paulinas, R$ 21,50)
A
autora conta como, num período curto de sua vida, tornou-se mãe e viúva, passando assim pelas maiores emoções da vida de uma mulher. A perda súbita do marido a fez pensar que poderia tratar a morte da mesma forma que o fizera com a sua gravidez, gerando vida através deste livro em que buscou falar sobre os significados e a elaboração do luto. Ao longo de 15 capítulos, intitulados com palavras-chave, ela narra a experiência de viver a morte de um ente querido: as lembranças, os gestos e as emoções sobre as quais questiona o leitor para provocar a sua reflexão. Ao final de cada capítulo, sugere um filme que ilustra o tema abordado. Um livro bonito e sincero, que ajuda o leitor a reconhecer e elaborar seu sofrimento para então recomeçar a viver.
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WHATSAPP: comunicação com os devotos
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APLICATIVO de mensagens vai facilitar interação dos fiéis com a Basílica Santuário
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s Padres Barnabitasadaptaram-se às novas ferramentas de comunicação para facilitar o contato para com o fiel. Além das redes sociais, serviços exclusivos dedicados aos fiéis dizimistas e aos devotos asso-
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
ciados da ADENAZA, o público conta com mais um canal de comunicação. Sem sair de casa, o fiel pode tirar dúvidas, enviar intenções, marcar missas, doar, atualizar o cadastro da ADENAZA ou tornar-se um dizimista pelo WhatsApp.
Para falar com alguma das colaboradoras basta você adicionar os seguintes números na agenda do seu celular: ATENDIMENTO: (91) 8417-5342 PASTORAL DO DÍZIMO: (91) 8519-4265 ADENAZA: (91) 8440-4957 Em seguida, mande uma mensagem para solicitar o atendimento que deseja. Pronto! Logo em seguida você será atendido. Fique em casa, se possível e cuide do próximo!
n PLANTÃO do dízimo para os fiéis
n CANAL possibilita tirar dúvidas dos devotos junto à Basílica Santuário
“D. ELISEU MARIA COROLI: o Missionário feliz” A partir desta semana, iniciaremos uma série documental acerca da história missionária do Padre Barnabita D. Eliseu Maria Coroli, escrita pelo Pároco de Nazaré, Pe. Francisco Maria Cavalcante. Confira: História do Servo de Deus Dom Eliseu Maria Coroli OS PRIMEIROS ANOS O Servo de Deus Dom Eliseu Maria Coroli nasceu num povoado chamado Castelonuovo, norte da Itália, em 09 de fevereiro de 1900. Seu nome de Batismo era Eliseu Elias Ferdinando Coroli. Seus pais se chamavam Anacleto Ludovico Corolie Maria Molinari. Eliseu era o quarto de
oito irmãos. Família de camponeses humildes. Já na infância, Eliseu conheceu a dureza da vida do agricultor. Mesmo com as dificuldades do rigoroso inverno europeu e larga distância da escola, os pais do pequeno se esmeravam em possibilitar meios para os filhos estudarem e freqüentarem as missas. A indubitável presença da fé cristã em sua família ajudou a forjar em seu coração profundidade na vivência espiritual. Os sólidos valores morais e religiosos que ele recebeu no seio familiar, foi-lhe inculcado o zelo pelo trabalho, estudo e oração, os três pilares que um religioso observante deve conservar. “A família é um ninho
natural que Deus criou para entrarmos no mundo amparados pelo calor dos pais e dos irmãos” (Dom Eliseu M. Coroli). QUERO SER FELIZ Eliseu era uma criança vivaz, garoto cheio de interrogações; certa vez, em conversa com sua mãe indagava sobre a felicidade, o texto abaixo é fruto de um colóquio que ele fez partilhando um pouco de sua história. Para conservar essa memória gravou-se um áudio que é conservado no seu memorial, em Bragança, no Instituto Santa Terezinha. Esse precioso momento de sua vida foi imortalizado também na obra “O Missionário Feliz”, de autoria da Irmã Terezinha Colares: Eliseu: Mamãe, eu
quero ser feliz... Como é que eu posso ser feliz, mamãe? Maria Molinari: Se você quer ser feliz tem que ser um menino bom, muito bonzinho mesmo, e amar muito a Jesus! Eliseu: Mas eu quero ser muito feliz, muito feliz mesmo... O que devo fazer quando for grande? Maria Molinari: Bem meu filho, para ser feliz quando for grande, seja Padre, eles são felizes no que fazem. Eliseu: Mamãe, eu quero ter certeza de ser feliz de verdade sendo padre, mas muito feliz mesmo, feliz, muito feliz! Maria Molinari: Meu filho, você quer ser muito feliz mesmo? Então, vá ser Missionário para ser muito mais feliz!
n D. ELISEU Maria Coroli
Eliseu: Pois, mamãe, eu vou ser Missionário para ser muito feliz, feliz mesmo, feliz de verdade. O desejo de felicidade fez com que o jovem Eliseu buscasse servir a Deus na vida religiosa.
A felicidade seria uma marca indelével em sua caminhada. “Jesus, quero sorrir a Ti vivo na Hóstia consagrada, continuando lá fora o meu sorriso, a todos com terno amor” (Dom Eliseu M. Coroli).
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VATICANO
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FRANCISCO: oitavo aniversário da eleição pontifícia MARCADOS por iniciativas e reformas, para envolver todos os cristãos em um novo impulso missionário
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om informações agência Ecclesia. O Papa Francisco comemora este mês o oitavo aniversário da sua eleição pontifícia, dias depois da primeira viagem internacional durante a pandemia, fase em que multiplicou apelos globais pela solidariedade e fraternidade. O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é também o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja. EM FAVOR DA PAZ Francisco, que tem repetido mensagens em favor da paz nas várias regiões do mundo afetadas por conflitos, assume como prioridade a defesa dos cristãos no Médio Oriente, destino da sua mais recente visita internacional, a viagem ao Iraque, que aconteceu de 5 a 8 de março. Esta é considerada por vários analistas como a mais importante do pontificado e o próprio Francisco a qualificou como “emblemática”, com vários gestos em favor do diálogo entre religiões e pelas vítimas do autoproclamado Estado Islâmico. Em fevereiro, Francisco recebeu representantes de mais de 180 Estados, referindo-se aos conflitos no mundo e às consequências da pandemia, para afirmar que a fraternidade e a esperança “são remédios de que o mundo precisa, hoje, tanto como as vacinas”. O Papa tem sido uma das vozes mais ativas na defesa do acesso universal à vacina contra a Covid-19, tendo ele próprio sido vacinado, no Vaticano. TODOS IRMÃOS O último ano fica marcado pela publicação, em outubro, da encíclica ‘Fratelli Tutti’ (Todos Irmãos), na qual Francisco traça um cenário de “sombras” para denunciar o que qualifica como “globa-
lismo” do mercado de capitais, que responsabiliza pelo aumento de desigualdades e injustiças sociais. O atual pontificado foi retratado no documentário ‘Francesco’, que estreou mundialmente em outubro de 2020, mostrando um Papa que “chora com a humanidade”, através de várias das viagens internacionais e alertas para a crise socioambiental. O filme de Evgeny Afineevsky, realizador já nomeado para os Óscares, começa com o Papa a caminhar, à chuva, antes da inédita oração e bênção extraordinária ‘urbi et orbi’ de 27 de março de 2020, numa Praça de São Pedro deserta por causa da pandemia. Esta oração tem sido referida como “símbolo” do primeiro impacto da pandemia, por crentes e não crentes, marcada pela afirmação de Francisco de que toda a humanidade estava “no mesmo barco” e só assim se poderia salvar. MUDANÇA DE RUMO Ainda em 20202, numa mensagem à 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o Papa defendeu uma “mudança de rumo”, a nível global, depois da pandemia da Covid-19, com particular atenção aos mais novos. A educação foi uma das áreas prioritárias, nestes últimos meses, com alertas para uma “catástrofe educativa” provocada pela pandemia, que afastou milhões de crianças das escolas e fez aumentar as desigualdades. Em 15 de outubro, o Papa lançou um ‘Pacto Educativo Global’ (Global Compact on Education), propondo sete compromissos por um mundo diferente, na promoção do diálogo ente culturas, da paz e da ecologia integral. Outro encontro global juntou 2 mil participantes, de 120 países no evento online ‘A Economia de Francisco’, encerrado a 21 de novembro, pelo Papa, com o desafio à criação de uma “narrativa econômica diferente”, com a ajuda das novas gerações.
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n PAPA tem repetido mensagens em favor da paz nas várias regiões do mundo
APELOS Um dia antes, Francisco tinha reforçado em Roma os seus apelos a uma resposta conjunta à pandemia de Covid-19, considerando que a comunidade mundial “viaja no mesmo barco” e ninguém pode “salvar-se sozinho”. “Só nos salvamos juntos, encontrando-nos, negociando, desistindo de combater-nos, reconciliandonos, moderando a linguagem da política e da propaganda, desenvolvendo percursos concretos para a paz”, disse, durante uma cerimônia pelas vítimas da pandemia, que reuniu líderes religiosos e políticos no Capitólio, centro de Roma. VIAGENS O Papa fez até hoje fez 33 viagens internacionais,
nas quais visitou 50 países, passando pelo Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão e Iraque; bem como as cidades de Estrasburgo (França), onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia),
Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia). Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas ‘Fratelli Tutti’, sobre a fraternidade humana e a amizade social; ‘Laudato si’, dedicada a questões ecológicas; a ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI; as exortações apostólicas ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho); ‘Amoris Laetitia’ (A alegria do amor), após as duas assembleias sinodais sobre a família; “Gaudate et Exsultate”, sobre o chamamento à santidade no mundo atual); “Christus Vivit”, dedicado aos jovens, após o Sínodo de 2018; e “Querida Amazónia”, na sequência do Sínodo especial dedicado a esta região, em 2019.
V S E
iver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19. (15 de março)
e Deus ama tanto que Ele mesmo se doa, também a Igreja tem esta missão: não é enviada para julgar, mas para acolher; não para impor, mas para semear; não para condenar, mas para levar Cristo que é salvação. (14 de março)
m Jesus, Deus veio procurar-nos nos lugares onde estávamos perdidos; N’Ele veio levantar-nos das nossas quedas; N’Ele chorou as nossas lágrimas e curou as nossas feridas; N’Ele abençoou as nossas vidas para sempre. (14 de março)
“ANO ESPECIAL” começa em 19 de março O “ano especial” dedicado à família começa a partir de 19 de março de 2021, assinalando o 5.º aniversário da exortação ‘Amoris Laetitia’, resultado de duas assembleias do Sínodo dos Bispos. O Papa Francisco, durante a oração do ângelus do domingo, 14, enfatizou a iniciativa. “Convido a um impulso pastoral renovado e criativo para colocar a família no centro das atenções da Igreja e da sociedade”. O Papa disse que este quer ser um “ano especial para crescer no amor familiar”.
“Rezo para que cada família possa sentir, na própria casa, a presença viva da Sagrada Família de Nazaré, que enche as nossas pequenas comunidades domésticas de amor sincero e generoso, fonte de alegria, mesmo nas provações e dificuldades”, acrescentou. O ano especial foi convocado a 27 de dezembro de 2020, dia em que a Igreja Católica celebrava a festa litúrgica da Sagrada Família (primeiro domingo depois do Natal). A iniciativa começa na solenidade de São José (19.03.2021) e de-
corre até à celebração do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma (26.06.2022). O Papa publicou a 8 de abril de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor), uma reflexão que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo. Ao longo de nove capítulos, em mais de 300 pontos, Francisco dedica a sua atenção à situação atual das famílias e os seus numerosos desa-
fios, desde o fenômeno migratório à “ideologia de gênero”; da cultura do “provisório” à mentalidade “antinatalidade”, passando pelos dramas do abuso de menores. A exortação apresenta um olhar positivo sobre a família e o matrimônio, face ao individualismo que se limita a procurar “a satisfação das aspirações pessoais”. O Papa observa que a apresentação de “um ideal teológico do matrimônio” não pode estar distante da “situação concreta e das possibilidades efetivas” das fa-
mílias “tais como são”, desejando que o discurso católico supere a “simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais”. Nesse sentido, propõe uma pastoral “positiva, acolhedora” e defende um caminho de “discernimento” para os católicos divorciados que vol-
taram a casar civilmente, sublinhando que não existe uma solução única para estas situações. A Santa Sé preparou, para o ano especial dedicado às famílias, um conjunto de propostas espirituais, pastorais e culturais, além de 12 percursos de reflexão.