ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CV - Nº 964 - PREÇO AVULSO: R$2,00
www.fundacaonazare.com.br
BELÉM, DE 22 A 28 DE JANEIRO DE 2021
Santa Sé altera rito de Quarta-feira de CINZAS devido à Covid 19 Devido à pandemia da Covid-19, o Rito de Imposição das Cinzas sofreu adaptações. A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou novas disposições a serem seguidas para a celebração desse ano. CADERNO 2, PÁGINA 1. DIVULGAÇÃO
n PAPA FRANCISCO durante o rito de imposição das Cinzas no início da Quaresma de 2020. Este ano esta cerimônia será diferenciada de acordo com a determinação do Vaticano
Preparativos para o 25º Nova IGREJA Dia da VIDA Consagrada matriz “No próximo dia 02 de fevereiro, terça-feira, a Igreja celebra o 25º Dia da Vida Consagrada. Uma data que deve ser festejada, por sua história e importância. A CNBB apresenta uma proposta de Tríduo preparatório num esquema de Ofício Divino, que po-
derá ser utilizado num dos momentos orantes da Comunidade Religiosa preferencialmente nas Vésperas, ou num horário prévio à realização das missas na comunidade eclesial, favorecendo também a participação de todos. CADERNO 2, PÁGINA 1
LUIZ ESTUMANO
A Paróquia Cristo Peregrino está construindo a sua Nova Igreja Matriz. O novo templo pretende ser um espaço maior. As pastorais têm realizado promoções diversas. CADERNO 2, PÁGINA 1 DIVULGAÇÃO
n OBRA da capela da Fundação Nazaré de Comunicação
REFORMA da capela da FNC Ajude na conclusão da reforma da capela da Fundação Nazaré. Obra de ampliação encontra-se em estágio avançado. Colabore e faça parte de processo
histórico de evangelização através dos meios de comunicação. Espaço também passa por uma modernização da arquitetura. CADERNO 1, PÁGINA 6
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OPINIÃO
BELÉM, DE 22 A 28 DE JANEIRO DE 2021
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capítulo dois d a s D i re t r i zes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB 2019-2023 aborda como a Igreja é chamada a acolher, contemplar, discernir e iluminar com a Palavra de Deus os elementos culturais, sociais, políticos e éticos da sociedade. Sabendo que o Brasil passa por profundas transformações e muitos princípios éticos se tornam frágeis e relativos, preocupa a Igreja a difusão da ideologia do gênero que subverte a compreensão do gênero humano, atingindo a família que é a célula da sociedade. Neste complexo contexto social do Brasil precisamos ter o “olhar de discípulos missionários”. A fé nos ensina que
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Olhar de discípulos missionários Deus vive na cidade com suas alegrias, desejos, esperanças, dores e sofrimentos. Cabe à Igreja iluminar e colaborar para que a cidade efetivamente seja “a Nova Jerusalém que desce do céu” (Ap 2, 7ss). É aí que se inspira o tema escolhido para o primeiro sínodo da arquidiocese de Belém: “A cidade se encheu de alegria” (cf. At 8,8). Muitas análises de especialistas na sociologia e na política atestam que no Brasil
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m Ex 20, 8-11 Deus escreveu com o seu dedo: “Santificarás o sábado”. E acrescentou: “com o descanso e a oração na comunidade”. Desde então, o povo de Deus santificava o dia do Senhor nas sinagogas ou no templo. Lá eles ouviam a Palavra de Deus com suas reflexões, louvavam a Deus com cânticos e salmos. No dia de sábado não se podia trabalhar para ter tempo para Deus. Jesus também santificava o dia do Senhor. Assim faziam também a Sagrada Família, os Apóstolos e todos os que ouvem a Deus.
temos uma sociedade demais individualista, consumista, com muita corrupção, que busca legalizar a morte de quem ainda não nasceu, e que não considera com seriedade a gravidade da pandemia que o mundo vive. Tudo isto contradiz os valores do Evangelho; e não podemos sucumbir e deixar prosperar a “cultura de morte” que se espalha de muitas formas em nossa sociedade. Igualmente preocupa a Igreja a
fragilização das instituições responsáveis pelo desenvolvimento estável da sociedade. E entristece-nos ver que, num mundo individualista e consumista, até a religião às vezes é assumida sob a ótica comercial e da prosperidade financeira (Jo 12,2-17). Diretamente ligada a essas características, encontra-se a pobreza com a ausência do necessário para viver com a dignidade humana dos filhos de Deus. Foi
por isto que a Campanha da Fraternidade do ano passado alertou para a falta de cuidado que já não é capaz de enxergar o irmão caído à beira do caminho (cf. Lc 10,31-37). Outra grave preocupação é a degradação do ambiente que “provoca os gemidos da irmã terra”. Não podem ser negados os perigos da devastação do planeta, da violência e das rivalidades. Também a verdade é relativizada e individualizada e os valores como
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
Santificarás o dia do Senhor Aos poucos, após a ressurreição de Jesus, os cristãos começaram santificar o domingo. Domingo é o 1º dia da semana, dia do sol e da luz. Por que o dia do sol? Porque Jesus é o nosso sol, a nossa luz, a fonte da vida, de calor e de energia. Ele é a vida e a luz do mundo.
Todo fiel deve imitar Jesus e santificar o dia do Senhor. Para santificá-lo, os filhos de Deus se reúnem nas igrejas e nas comunidades onde celebram a Eucaristia ou da Palavra de Deus. É nessa celebração que Jesus marca especial presença junto a seu povo como ele
disse: “Onde estiverem reunidos pelo menos 23 em meu nome eu estarei ali no meio deles” – Mt 18, 20. É na celebração que formamos a Igreja, que somos membros de Cristo, ramos da videira que é Cristo. É na celebração dominical que celebramos a ressurreição
de Jesus, a sua Páscoa e a nossa Passagem. Abandonar a celebração dominical é violar a Lei de Deus, é deixar de alimentar a fé, é voltar a pensar e agir como pagão ou ateu. Abandonar a celebração da comunidade no dia do Senhor é enveredar pelo caminho largo da perdição e tor-
honestidade, integridade e renúncia correm grande risco de serem absorvidos pela mentalidade de pensar só em si mesmo. Faz-se necessário redescobrir os caminhos de uma autêntica democracia na qual, através da justiça social e da participação, se constrói o bem comum, o respeito às diferenças e a preocupação com os mais frágeis. Os documentos oficiais da Igreja nos impulsionam a trilhar num estilo novo de evangelizar. Não podemos ficar tranquilos na espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir a toda parte lançar a semente do Evangelho e espalhar um punhado de fermento que levedará toda a massa. nar-se falso cristão. É na santificação do dia do Senhor que as pessoas ouvem a Palavra de Deus, refletem, rezam, cantam e crescem como filhos do Deus. Eu também devo imitar Jesus, Maria, José, os Apóstolos e os santos de todos os tempos santificando o dia do Senhor na comunidade. Amigo, nunca quebres a Aliança que fizeste com Deus no teu Batismo e a renovaste na Crisma. Assume também o seu 3º mandamento. Nos próximos artigos deste Jornal veremos a 2ª tábua da Lei.
IGREJA no Brasil agora conta com o serviço de um Observatório da Comunicação Religiosa DIVULGAÇÃO
n REUNIÃO virtual da equipe do Observatório
Desde o final do ano passado, a Igreja conta com o trabalho de um Observatório da Comunicação Religiosa no Brasil. Trata-se de uma iniciativa que foi puxada pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), com a adesão da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP). Este observatório está a serviço da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Reunião do Observatório da Comunicação Religiosa no Brasil, dia 26 de outubro de 2020. Neste encontro, a equipe foi oficialmente con-
firmada. O órgão é composto por uma equipe de reflexão permanente e conta com a participação de religiosos, religiosas, leigos e leigas. O trabalho está sob a coordenação da irmã Neusa dos Santos, doutora em Comunicação e Semiótica, do padre Dário Dário Bossi, provincial dos Missionários Combonianos, e do professor emérito da Faculdade de Comunicação da Unb, em Brasília-DF, Venício A. de Lima, também pesquisador e autor de vários livros referenciais sobre o diálogo no campo de comunicação. As reuniões do observatório
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
contarão, em momentos específicos, com a presença da presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Maria Inês Ribeiro, e do bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Mol. Segundo a irmã Neusa dos Santos, membro da coordenação, este Observatório inspirase no valor da comunicação como processo evangelizador a serviço de uma autêntica cultura do encontro e quer contribuir para qualificar sempre mais a comunicação da Igreja Católica no País. Tem por objetivo oferecer à Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação e à Assessoria de Comunicação da CNBB uma análise permanente e concreta das diversas formas e meios de comunicação da Igreja no Brasil, incluindo os veículos de massa (Televisão, Rádio e Jornal), as mídias sociais e analisando
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira
também a interação da comunicação religiosa com a sociedade. O Observatório proporá um calendário de ações voltado para a Comunicação da Igreja Católica em suas
diversas esferas, oferecendo à Comissão para a Comunicação da CNBB e ao Conselho Permanente da entidade uma análise de mídia ou de tema de aprofundamento ao longo do ano
MEMBROS DO OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO Coordenação: - Irmã M. Neusa dos Santos, religiosa da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, (jornalista, doutora em Comunicação e Semiótica e mestra em Comunicação e Consumo) - Padre Dário Bossi, MCCJ, provincial dos Missionários Combonianos - Venício Lima, professor emérito da Universidade de Brasília - Irmã Helena Corazza, FSP, diretora do SEPAC Paulinas (Serviço à Pastoral da Comunicação) - Irmã Patrícia Silva, FSP, assesso-
COORDENAÇÃO Pe. Nilton Cezar Reis (DRT 2840) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
ra de comunicação da CRB) - Irmão Alan Patrick Zuccherato, C.Ss.R, diretor de programação da TV Aparecida) Padre Antônio Iraildo Alves de Brito, SSP, diretor da FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Robson Sávio, especialista em Teoria e Prática da Comunicação, coordenador do Nesp/ PUC Minas e membro do grupo de análise de conjuntura política da CNBB - Milton Rondó Filho, diplomata aposentado pelo Instituto Rio Branco
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
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DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
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á um texto na Sagrada Escritura extremamente provocante, podendo ser lido, meditado e praticado em nosso tempo e em nosso mundo, como descrição do modo de agir de Deus, “lento para a ira e rico em misericórdia e bondade” (Ex 34,56). Trata-se do Livro de Jonas, com apenas quatro capítulos, mais do que uma profecia, uma pequena e rica história cheia de sabedoria, ambientada numa grande cidade, Nínive, na área mais ou menos correspondente a Mossul, cidade do Iraque praticamente destruída em recentes conflitos. Jonas é chamado por Deus para pregar àquela cidade, para denunciar-lhe as injustiças praticadas pela população. O profeta se enche de medo e foge de suas responsabilidades. Mais tarde, e é o que
Vivemos em plena pandemia, com um vírus invisível que deixa perplexa toda a humanidade não sendo poucos os que o veem como um castigo do Céu nos atrai nesta reflexão, é chamado mais uma vez, pondo-se então a caminho da imensa cidade. Foi-lhe difícil entender a missão recebida, pelo que saiu pelas ruas anunciando a destruição. O mais simpático é que, das autoridades até as pessoas mais simples, aos olhos de Jonas, todos parecem entender errado! Ouviam ameaças e entenderam chamado à
CONVERSA COM MEU POVO conversão! Com muito humor, a Bíblia conta justamente o mau humor de Jonas, ao ver a misericórdia de Deus. “Foi por isso que eu corri, tentando fugir, pois eu sabia que és um Deus bondoso demais, sentimental, lerdo para ficar com raiva, de muita misericórdia e tolerante com a injustiça. O Senhor lhe respondeu: ‘Será que está correto ficares tão irritado?’ Jonas saiu da cidade e foi para o lado do nascente, onde fez um abrigo. Ali sentou-se à sombra, para ver o que ia acontecer à cidade. O Senhor Deus providenciou uma mamoneira que cresceu sobre Jonas, de forma a fazer sombra na sua cabeça, refrescando-a da raiva que sentia. Jonas ficou muito satisfeito com a mamoneira. Deus, porém, providenciou um verme que na madrugada seguinte atacou a mamoneira e ela secou. Após o nascer do sol, Deus mandou um vento oriental muito quente e o sol passou a castigar a cabeça de Jonas, que se sentiu mal. Tornou a pedir a morte, dizendo: ‘Prefiro morrer a ficar vivo!’ E Deus lhe disse: ‘Será que está correto tu ficares tão irritado por causa da mamoneira?’ Ele respondeu: ‘Está certo, sim, eu ficar com raiva e até pedir a morte!’ O Senhor lhe disse: ‘Estás com pena de uma mamoneira que não te deu trabalho, que não foste tu quem a fez crescer e que numa noite nasceu e numa noite morreu. Pois eu não terei pena de Nínive, esta enorme cidade onde moram mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem distinguir entre a direita e a esquerda, além de tantos animais?’” (Cf. Jn 4,1-11) Nossas cidades e o nosso mundo são muito mais provocantes em seus problemas e maldades do que o ambiente em que vivia Jonas. Vivemos em plena pandemia, com um vírus invisível que deixa perplexa toda a humanidade, não sendo poucos os que o veem como um
Que MUNDO é este?
castigo do Céu. Catástrofes naturais se repetem por toda parte, enchentes, terremotos, desastres de todo tipo. Mais ainda a corrupção, a maldade, a perseguição, a irresponsabilidade dos detentores de poder, a revolta. E aqui está o mistério da iniquidade! Identifica-se ainda uma orquestração contra a Igreja e os valores cristãos, em nome do pluralismo, indiferentismo e relativismo, a defesa acirrada de grupos que se afirmam acima dos outros, sem aceitar que se possa ter pensamentos diferentes! E podemos ler a história, identificando ondas de verdadeira destruição do edifício dos valores autênticos, nas chamadas mudanças de época, como aquela em que nos encontramos. Mas debaixo das cinzas, continua acesa a brasa soprada pelo Espírito, fazendo-nos acreditar mais e de novo, para reconstruir tudo. Jesus começou tudo com um pequeno grupo (Mc 1,14-20), proclamando a proximidade do Reino de Deus e chamando à conversão e a fé no Evangelho. Em seu ministério, houve etapas em que as multidões acorriam, houve tempos de crise e deserção dos que o seguiam, medo, dúvidas, insegurança. No entanto, para referir-nos ao Evangelho de São Marcos, que será proclamado em boa parte dos domingos do ano corrente, o Senhor foi arregimentando discípulos, sem excluir ninguém, dando a todos a oportunidade de participar da vida que lhes oferecia, e desde lá o caminho é o mesmo. Quem quer ser seu discípulo chegará a proclamá-lo Filho de Deus, de pé, aos pés de sua Cruz, como o centurião que acompanhou a cena da paixão e morte do Senhor (Mc 15,39). Pedro, André, Tiago e João, assim como todos os outros chamados por Jesus eram homens limitados e frágeis. Há um verdadeiro tesouro numa
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n JESUS começou tudo com um pequeno grupo
palavra de São João Crisóstomo: “Por meio de homens ignorantes a cruz persuadiu a terra inteira. Não falava de coisas sem importância, mas de Deus, da verdadeira religião, do modo de viver o Evangelho e do futuro juízo. De incultos e ignorantes fez amigos da sabedoria. Vê como a loucura de Deus é mais sábia que os homens e a fraqueza, mais forte. De que modo mais forte? Cobriu toda a terra, cativou a todos por seu poder. Sucedeu exatamente o contrário do que pretendiam aqueles que tentavam apagar o nome do Crucificado. Este nome floresceu e cresceu enormemente. Mas seus inimigos pereceram em ruína total. Sendo vivos, lutando contra o morto, nada conseguiram... Tudo o que, pela graça de Deus, souberam realizar aqueles publicanos e pescadores, os filósofos, os reis, numa palavra, todo o mundo analisando inúmeras coisas, nem mesmo puderam imaginar. Pensando nisto, Paulo dizia: O que é fraqueza de Deus é mais forte que todos os homens (1Cor 1,25). Com isso se prova a pregação divina... Doze homens, sem instrução, morando em lagos, rios e desertos, que se lançam a tão grande empresa? Quando se pensou que pessoas que talvez
nunca houvessem pisado em uma cidade e, em sua praça pública, atacassem o mundo inteiro? Quem sobre eles escreveu, mostrou que eram medrosos e pusilânimes, sem querer negar ou esconder seus defeitos. Ora, este é o maior argumento em favor de sua veracidade. Que diz então a respeito deles? Que, preso o Cristo depois de tantos milagres feitos, uns fugiram, o principal deles o negou. Donde lhes veio que, durante a vida de Cristo, não resistiram à fúria dos judeus, mas, uma vez ele morto e sepultado – visto que, como dizeis, Cristo não ressuscitou, nem lhes falou, nem os encorajou – entraram em luta contra o mundo inteiro? Não teriam dito, ao contrário: ‘Que é isto? não pôde salvar-se, vai proteger-nos agora? Ainda vivo, não socorreu a si mesmo, e morto, nos estenderá a mão? Vivo, não sujeitou povo algum, e nós iremos convencer o mundo inteiro, só com dizer seu nome? Como não será insensato não só fazer, mas até pensar tal coisa?’ Por este motivo é evidente que, se não o tivessem visto ressuscitado e recebido assim a grande prova de seu poder, jamais se teriam lançado em tamanha aventura. (Cf. Homilias sobre a Primeira Carta
aos Coríntios, de São João Crisóstomo, bispo, Hom. 4,3.4: PG 61,34-36). Os imensos desafios e provocações de nosso tempo exigem de nós cristãos clareza no seguimento de Jesus, coragem para deixar para trás a vida no pecado, ousadia no testemunho e no anúncio do Evangelho, superação das divisões que tanto ferem a Igreja e das tentações de usar as mesmas armas do mundo, fidelidade estrita à Igreja, acolhimento da palavra do Papa e dos Bispos, vida de oração e vida em comunidades cristãs autênticas, nas quais seremos sustentados em nossa árdua batalha, certos da vitória que brota da Cruz de Cristo e de sua Ressurreição. Na cidade ou no campo e em qualquer ambiente em que nos encontrarmos, poderemos, desde já testemunhar que Deus vê as obras de conversão, as pessoas se afastam do mau caminho, ele se compadece e se mostra lento na ira e cheio de misericórdia (Cf. Jn 3,10)..
Deus vê as obras de conversão
Catástrofes naturais se repetem por toda parte, enchentes, terremotos, desastres de todo tipo. Mais ainda a corrupção, a maldade, a perseguição
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IGREJA
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CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um PEQUENO grande livro (4)
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omecemos esta edição de “Miscelânea” vendo as críticas do monge beneditino pernambucano Marcelo Barros ao atual presidente da República nas cartas de 16 e 20 de maio de 2020, endereçadas por e-mail devido à atual pandemia ao pastor batista Henrique Vieira, no, em meu entender, pequeno grande livro “O Monge e o Pastor”, editado pela Objetiva, ficadas de fora na edição passada, por meu espaço neste
a pandemia escancara a irracionalidade e a perversidade deste governo... jornal ter então chegado ao fim. Na carta de 16 de maio: “todos sabem que o atual presidente se elegeu rejeitando o debate, fabricando notícias falsas, se aproveitando da ignorância de muitos e fazendo promessas que
vão ao encontro dos interesses da elite econômica”. Mas adiante, na mesma carta: “já temos muitos sinais de que ele gostaria de fazer isso (dar um golpe, fechar o Congresso e se impor ao Judiciário) e, das mais variadas formas, ele tem mostrado vocação para ditador. Por outro lado, como ele é incompetente e intelectualmente limitado não me parece que isso vá acontecer.” Enfim, na carta de 20 de maio: “enquanto o Brasil caminha para ser um imenso cemitério, o presidente cuida de garantir a impunidade para seus filhos e familiares – o Governo parece o Titanic, afundando enquanto os passageiros dançam e fazem brindes ao Ano Novo”. Henrique Vieira, o pastor batista, também faz suas críticas a sua excelência, embora toque no assunto em apenas duas de suas 13 cartas a Marcelo Barros: na de 9 de maio e na do dia 15 do mesmo mês. Essas palavras, se bem que poucas são, porém, todas, acerbas, contundentes. Na de 9 de maio, falando de modo geral, e
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n O TITANIC afundando
sem citar nomes, entre os quais, com certeza, inclui-se o do nosso atual presidente, ele afirma que “a pandemia revela ainda mais o caráter absurdo de nossa sociedade e a insensibilidade patológica e conveniente de alguns governantes,” um dos quais, acrescento eu, está na cara ser o nosso “Bolsonero brasileiro” como chama, numa de suas cartas, o monge Marcelo Barros. Na carta de 15 de maio, textualmente: “estamos diante de um governo diabólico. Ele
assim o é em sua essência, funcionamento e propósito. Trata-se de um neofascismo com dispositivos de eliminação da diferença – adversários políticos tidos como inimigos dignos de morte, grupos humanos descartáveis apego declarado por regrinhas ditatoriais, aversão à democracia, exaltação deliberada da tortura e de torturadores, relação intrínseca com milícias armadas, enfim, não é algo exótico ou mero devaneio, mas um projeto de governo autoritário e ge-
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
nocida.” Mas adiante, na mesma carta: “a pandemia escancara a irracionalidade e a perversidade deste governo... E o fato é que este governo nega a ciência e tira qualquer crédito do saber científico e assim subestima os efeitos da Covid-19. Contudo, não se trata apenas de negligência, mas de algo ainda mais perverso: eugenia. Sim, quando o governo estimula o fim do isolamento social, sem respaldo científico para isso, com o número de mortes crescendo a cada dia e com o sistema de saúde dos estados e municípios quase entrando em colapso, ele está deliberadamente autorizando e estimulando mortes. E, quando essa percepção vem atravessada de frases como “é só uma gripezinha” ou “quem tem histórico de atleta não vai ter nada”, está-se admitindo que determinados grupos vulneráveis (idosos, pessoas com diabetes, cardiopatias, problemas respiratórios e outras comorbidades) podem morrer. É assustador. O presidente joga com a vida dos brasileiros ao criar uma falsa polarização
entre saúde e economia e assim o Brasil não cumpre o isolamento social de forma adequada (fica um meio termo estranho e não tão eficiente). E o número de mortes continua a crescer.” Enfim: “estamos sendo governados pelo esgoto da política, pelo que há de pior.” Reeleger esse Senhor? Citando o poema “O Corvo”, de Edgar Allan Poe: “never more!” Nunca mais! Não somos suicidas, nem masoquistas. Ou somos? Shalom!
O Monge e o Pastor
Por outro lado, como ele é incompetente e intelectualmente limitado não me parece que isso vá acontecer
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 1,14-20
14 Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para Galileia, pregando o evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho!” 16“E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17 Jesus lhes disse: “Segui.me e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. 19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai, Zebedeu, na barca com os empregados e partiram seguindo Jesus. B) COMENTÁRIO
O chamado é de Je-
sus, mas a resposta é minha, é sua! Marcos nos mostra o início do ministério de Jesus com suas primeiras palavras e ações, chamando à conversão pela fé, exigência ou condição indispensável: “Convertei-vos e crede no evangelho!” (v 15). O mestre acentua o fato de já ter passado o tempo de preparação, e agora chega o de atuação do Reino. O “Convertei-vos e crede no evangelho!” é expressão densa, em que os três conceitos estão conjugados: A conversão é mudança necessária; a fé no evangelho é a base; e a missão é o desempenho da ação transformadora do mundo. O m e s t re c h a m a seus primeiros discípulos em dois pares de irmãos, no exercício de suas atividades corriqueiras, no seio familiar. Os chama enquanto estão ocupados. É tática de Jesus: chamar e ainda mais enviar os discípulos “de dois em dois” (Mt
10,1). Deste modo, além do apoio mútuo, um serve de espelho ao outro. Sabe-se que o espelho deve estar limpo, para que a imagem refletida nele seja perfeita. O manter-se limpo exige na vida da dupla, que se torna missionária, e de todos os cristãos engajados: vigilância constante! Daqui resulta a necessária e contínua conversão: manter o espelho limpo, conservar a vida limpa, por ser sinal ou boa referência para todos. O mundo demanda referências: Qual é a referência que tens? Qual é a que indicas com segurança para as pessoas? “Vós sois o sal da terra”. Jesus forma sua Igreja, sinal do Reino, convocando pessoas que prontamente respondam ao aprendizado e sequela dele. O mestre vai associando novos agentes na ação construtora do Reino. A convocação inicial
de pescadores faz com que a Igreja veja no “peixe”, o símbolo do cristão. É bom recordar que na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra “peixe” com base em cada letra dela, significa: “Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador”. Em contemplando a vertente da vocação, observa-se que Jesus aproveita as qualidades de cada um em suas atividades: eles continuarão de certo modo, sendo o que são; sendo pescadores; só que de modo diferente, pois os “peixes” serão gentes; serão pescadores sim, mas de pessoas. Eis a nossa missão de convocados: atrair pessoas para o Reino. E só podemos fazer isso, no seguimento do mestre: “e partiram seguindo Jesus” (v 20). Não se pode ficar parado à beira do caminho da vida, mas ter o olhar fixo no mestre, e segui-lo com amor e prontidão!
n 22/01 – SEXTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Hb 8,6-13 Salmo - Sl 84, 8.10.11-12.13-14 Evangelho - Mc 3,13-19 n 23/01 – SÁBADO Cor: Verde 1ª Leitura - Hb 9,2-3.11-14 Salmo - Sl 46, 2-3. 6-7. 8-9 Evangelho - Mc 3,20-21 n 24/01 – DOMINGO Cor:Verde 1ª Leitura - Jn 3,1-5.10 Salmo - Sl 24,4ab-5ab.6-7bc.8-9 2ª Leitura - 1Cor 7,29-31 Evangelho - Mc 1,14-20 n 25/01 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Branco
1ª Leitura - At 22,3-16 Salmo - Sl 116(117),1-2 Evangelho - Mc 16,15-18 n 26/01 – TERÇA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - 2Tm 1,1-8 Salmo - Sl 95(96),1-2a.2b-3.7-8a.10 Evangelho - Lc 10,1-9 n 27/01 – QUARTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Hb 10,11-18 Salmo - Sl 109,1. 2. 3. 4 Evangelho - Mc 4,1-20 n 28/01 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Hb 10,19-25 Salmo - Sl 23 (24),1-2. 3-4ab. 5-6 Evangelho - Mc 4,21-25
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ INTRODUÇÃO
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o texto precedente refletim o s s o b re a dignidade humana e sua pluridimensionalidade. Disso decorre a necessidade da educação integral. Nenhuma dimensão humana deve ficar fora da atenção da educação porque o ser humano é uma totalidade de dimensões unificadas e interdependentes. Mas em que consistem essas dimensões humanas? Quais consequências isso tem para a gestão da educação? Como o processo educativo interfere no dinamismo de cada uma delas? São questões importantes
Iniciemos um breve passeio por cada das principais dimensões humanas para melhor entendermos a sua identidade, dinamismo e a necessidade da intervenção da educação a serem refletidas por um educador. Iniciemos um breve passeio por cada das principais dimensões humanas para melhor entendermos a sua identidade, dinamismo e a necessidade da intervenção da educação. Certo, é que os educadores católicos, não devem ter uma visão reducionista da pessoa humana. A educação vai muito além da oferta de informações e produção de conhecimentos.
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A dimensão volitiva Diz respeito à vontade. A vontade deve ser educada. Os primeiros educadores a perceberem essa necessidade são os pais e, em particular, a mãe obser-
EDUCAÇÃO CATÓLICA: educar a vontade, a liberdade, a inteligência, a sociabilidade... (III parte) vando as exigências de seu filho quando criança. A pessoa humana traz consigo um natural “apetite” que a impulsiona rumo à satisfação de seus desejos («querer»). Independente das circunstâncias o ser humano sempre quer, deseja, busca... O desejo é sempre transcendente. Quando criança, exigimos tudo e protestamos contra quem não nos satisfaz porque “pensamos” que querer e poder se identificam. A criança sempre quer ter aquilo que lhe atrai e foge daquilo que é estanho e lhe incomoda. Todavia, na sociedade não vivemos sozinhos. Então, a vontade individual deve ser disciplinada. Isso é papel da educação que começa na família. Aos poucos vamos compreendendo que, nem tudo podemos ter e nem fazer; que há limites a serem respeitados, critérios a serem seguidos. Sem a educação da vontade pessoal nos tornamos animalescos.
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A dimensão libertária Diz respeito à liberdade. O ser humano é livre e responsável, mas para o exercício da liberdade e da responsabilidade ele precisa ser educado para compreender que a liberdade não se reduz a fazer a vontade pessoal. A luz sobre a liberdade, através da educação, nos leva à experiência do discernimento. A pessoa humana é capaz de decidir sobre os rumos de sua vida pessoal, de fazer opções (livre arbítrio). Deus nos criou para a liberdade (cf. Eclo 14,15-20). Mas a liberdade, enquanto capacidade de escolher o Bem, a Verdade, aquilo que é justo, é uma conquista. Nos primeiros anos de nossa existência o único critério que temos é o prazer; de modo que é avaliado bom aquilo que nos dá prazer e conforto; e ruim, é tudo aquilo
DIVULGAÇÃO
n A SOCIABILIDADE é uma das dimensões mais profundas e significativas do ser humano
que nos provoca dor e incômodo. Mas esse critério é superficial. Com a educação vamos superando e percebendo que, muitas vezes, o bem nem sempre é prazeroso. Em nossa infância, essa realidade é inexistente: tudo queremos, independente da natureza das coisas. Assumimos tudo, mas sem consciência de escolhas avaliadas. A capacidade de fazermos escolhas justas, construtivas, alicerçadas sobre valores, que nos enobrecem e edificam os outros, vem através da educação! A Vontade e a Liberdade capacitam o ser humano par ir «além dos instintos». É por isso que podemos falar de educação moral. Aqui entra o discurso sobre a importância dos valores e das virtudes, como critérios que nos orientam nas decisões.
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A dimensão racional Diz respeito ao dinamismo da nossa inteligência, a nossa razão. A razão é aquilo que mensura, avalia, pesa, pondera, questiona. Somos racionais. É através da inteligência que somos capazes de questionar e buscar respostas para os problemas. Mas o usufruto desse potencial depende de um processo de formação. É preciso que o ser humano seja educado para a sadia exploração do seu potencial intelectual. A pessoa humana traz consigo a capacidade de conhecer. A
dimensão intelectual da pessoa humana a predispõe para resolver problemas, valorizar as coisas que nos rodeiam, investigar enigmas, especular possibilidades, articular planos, dar sentido para as experiências existenciais, adotar estratégias em vista de um projeto, tirar lições para a vida, confrontar experiências. Com sua capacidade racional a pessoa humana dinam i z a seu agir, transforma a natureza, modifica o meio onde vive, inventa instrumentos técnicos para superar seus limites (tecnologia), posiciona-se criticamente diante daquilo que se põe à sua frente: concorda, discorda, critica, defende, ataca, corrige, acolhe, propõe etc. Mas tudo deve ser mediado pela visão do Bem Comum. A razão mal educada se transforma numa arma. Quando a inteligência é colocada a serviço da criminalidade o ser humano investe na sua própria morte. A razão pode estar profundamente enganada!
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A dimensão social: Refere-se à capacidade que o ser humano tem de relacionarse e interagir com os seus semelhantes. A sociabilidade é uma das dimensões mais profundas e significativas do ser humano. O homem é um ser social, mas deve ser educado para as sadias e respeitosas re-
lações interpessoais; assim descobre a beleza da alteridade. Por causa da sociabilidade sentimos uma natural necessidade de entrar em relação com os outros. Todavia, muitos são aqueles que sofrem de solidão e não conseguem conviver em harmonia com os outros: na família, no trabalho, na sociedade, etc. Nascemos para estar com os outros, para interagir com eles, pois isso nos enriquece. O nosso processo de formação pressupões interação com os outros. Formação é relação! Isolados não crescemos e permanecemos levados por fragilidades e impulsos antissociais. Educar para a convivência é imprescindível. Sem educação à sociabilidade não encontramos com dignidade o nosso espaço na sociedade. Acolher os outros, escutar, dialogar, saber trabalhar em equipe, desculparse, negociar, aprender a compartilhar, tolerar... são maravilhosas atitudes humanas. Mas já são consequentes de um processo de educação! Sem formação somos intolerantes e autodefensivos. Eis porque, desde cedo, quando há bons educadores na família nos ensinam a importância das pequenas chaves mágicas que abrem grandes portas que ficam conosco por toda a vida: bom dia, boa tarde, boa noite, por favor, com licença, por gentileza, de nada, pois
não, seja bem-vindo, parabéns, muito obrigado, me desculpe, posso lhe ajudar?! Quem faz uso delas, conquistou a virtude da gentileza. Quando a educação não proporciona o justo desenvolvimento da sociabilidade a pessoa permanece na infância social: conserva o egoísmo, a agressividade diante das frustrações, o medo do diferente, vive num reduzido círculo afetivo e social e sempre se sente vítima de tudo. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Como se manifesta a vontade mal educada? Por que liberdade e responsabilidade são inseparáveis? É possível que o ser humano coloque sua inteligência a serviço do mal? Por que isso pode acontecer?
Dimensão humana
Certo, é que os educadores católicos, não devem ter uma visão reducionista da pessoa humana
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 22 A 28 DE JANEIRO DE 2021
AJUDE na conclusão da reforma da capela SEJA um colaborador na obra de ampliação da capela da Fundação Nazaré de Comunicação
A
obra de ampliação da capela d a Fu n d a ç ã o Nazaré já encontra-se em estágio avançado. Iniciada em novembro do ano passado, o trabalho está previsto para terminar em fevereiro próximo. Localizada no térreo, ao lado da recepção do prédio localizado na Avenida Governador José Malcher, bairro Nazaré, a capela é o local onde funcionários e sócios evangelizadores se re-
únem para a celebração da Santa Missa a cada primeira sextafeira do mês, em Ação de Graças pela Família Nazaré. Desde 2018 já pensava na possibilidade de reformar e ampliar o espaço para ficar ainda mais próximo ao público e maior participação de todos os membros evangelizadores e funcionários em momentos de oração e celebração. Com a reforma, a
Capela deixa de ser vinculada aos estúdios de gravação da Rede Nazaré de Comunicação, permitindo mais tempo aberto aos fiéis. “Com essa nova estrutura da Capela, a gente está buscando desvincular a capela de nossos estúdios e com isso abrir e deixar mais tempo aberta ao público para que possa vir fazer a sua oração e adoração. A Capela, hoje, fisicamente está dobrando
de tamanho, embora, seja uma Capela pequena mas a gente já está dobrando o espaço físico. Também ela passa por uma modernização da arquitetura e com isso também a modernização das câmeras e áudio.”, explicou Marco Aurélio, Diretor Administrativo e Financeiro da Fundação Nazaré de Comunicação. A partir da conclusão das obras os fiéis terão a possibilidade de parti-
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
cipar de missas diárias, e ainda, Adoração ao Santíssimo Sacramen-
to com transmissão pelos veículos de comunicação.
SEJA FAMÍLIA NAZARÉ, SEJA UM BENFEITOR DA EVANGELIZAÇÃO Ajude-nos a concluir a reforma da capela da Fundação Nazaré de Comunicação. A obra propiciará aos fiéis um ambiente mais amplo e mais acolhedor para a Santa Missa e para a sua oração. A Família Nazaré tem nos ajudado. Você também pode ajudar. Acesse www.fundacaonazare.com.br/cadastro ou ligue 4006-9211/4006-9212 99315-5743 (WhatsApp).
CONTAS PARA DOAÇÃO FAVORECIDO: FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO CNPJ: 83 36 94 70 / 00 01-54 BANCO DO BRASIL AGÊNCIA: 1686-1 CONTA CORRENTE: 122460-3 BANCO BRADESCO AGÊNCIA: 2398-1 CONTA CORRENTE: 27900-5
BANCO DA AMAZÔNIA (BASA) AGÊNCIA: 07 CONTA CORRENTE: 076106-0 BANPARÁ AGÊNCIA: 024 CONTA CORRENTE: 301491-6
NOSSOS ANIVERSARIANTES Luzia Rosa Faro Baulo Maria do Carmo Ferreira Franco Heloise Helena Gavin da Silva Marco Antonio da Costa Azevedo Alcinea Silva Lima Raimundo Nonato Pereira Filho Sheila Bechir Nogueira Aldalita Sarmento Cunha Maria Teixeira Chagas Dirce da Silva Paes Joana da Graça da Costa Souza Elcinda de Lima Pinheiro Maria das Graças Távora de Albuquerque Maria de Nazaré das Neves Fernandes Arnaldo Guimarães de Oliveira Cinthya Lucia Nahmias de Oliveira Leão Mauro Francisco Cardoso dos Santos Messias Rodrigues Pacheco Roberto Basile Rodrigo Salles Duarte Roseane Serra dos Santos Carla Nathalie Nunes Biancard Maria Jose de Souza Pereira Maria do Amaral Mota (In Memorian) Eduardo Nicolau Demetrio Maria da Paz de Souza Ferro Celina da Paz Ramos Lima Lourdes de Fátima Gonçalves Furtado Maria Nelci da Paz Coelho Ana Rosa Zwicker Martins Francisco Ferreira Risuenho Esmeralda Macedo da Cruz
Antonio Carlos da Silva Rosemeire Regina de Almeida Souza Rainice dos Santos Lopes Rayssa Pires de Farias Paula Pinheiro Goes Zenaide dos Santos da Paixão Raimunda Rodrigues da Silva Ana Rosa Guimarães Ferreira Graciete Barbosa Gonçalves João Arruda Siqueira Maria de Lourdes de Lima Amarante Paulo da Costa Maués Padre Manoel Pereira dos Santos Ronaldo Braga Charlet Ana Paula Tomas de Oliveira Fabio Ney Maia Nara Casal Raimundo Ferreira e Elizabeth Nazaré Casal Nildo Rodrigues Amaral Junior e Carla Tatiana Fonseca de S. Amaral Raimunda Freitas dos Reis José de Ayres Leite Sol Benitah Salgado Vitor de Souza Farias Marieta Alves Gomes Manoel Jose Monteiro José de Nazaré da Silva Silvia Cristina da Silva Coutinho Monica de Nazaré Fernandes Bezerra Manoel de Cristo Teixeira Junior Rosana Olivia Mendes Campos Sidnei Alves dos Santos Casal Jurandir da Conceição Ribeiro Jurandir e Paloma Chaves Pimentel de Souza
Daniel Silva Bastos Shirley Goncalves de Freitas Elcy Lima da Silva João Crisostomo dos Santos Eliud Aparecido Costa e Silva Maria das Graças Silva Barroso Marli Ramos Alves dos Santos Diácono Ronald Augusto Barra Cordeiro José Adriano Santos do Nascimento Taliny Mara Costa de Oliveira Maria N. S. Ribeiro Silva Ribeiro
Manoel Oliveira Cardoso Ana Maria Pinto Merca Maria Regina Vieira Rodrigues Lucimar Bastos de Oliveira Creuza de Sousa Carvalho Manoel Oliveira Cardoso Marizete Portal Lago Maria Jose Costa de Freitas Rosa Laura Barra e Silva Vera Lucia Álvares Ataliba Antonia Vanderleida de Souza Maria Lucia da Silva Souza Maria Marluce Modesto da Costa Maria Regina Arruda Barreto
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 23/01 – Pe. Levi Joaquim de Oliveira 23/01 – Diác. João Bosco Pessoa Chaves 26/01 – Diác. Ronald Augusto Barra Cordeiro
n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 23/01 – Côn. Jaime de Moura Pereira 25/01 – Côn. Cláudio de Sousa Barradas 25/01 – Pe. Francisco Nicodemos de Sousa 25/01 – Pe. Luiz Rabelo Santos 25/01 – Pe. Marcos Paulo Talon de Oliveira 26/01 – Pe. Francisco Javier Martinez Rodrigo 26/01 – Pe. José Antônio da Paixão da Silva 26/01 – Diác. Rui Pereira da Silva 28/01 – Pe. Valdir Gomes da Silva
BELÉM, DE 22 A 28 DE JANEIRO DE 2021
CADERNO DOIS
PANDEMIA: Vaticano modifica o Rito de Imposição das Cinzas neste ano LUIZ ESTUMANO
PUBLICADA as disposições a serem seguidas
pelos celebrantes no início da Quaresma
A
crise pandêmica do coronavírus continua exigindo atenções que também se refletem em âmbito litúrgico. Em vista o início da Quaresma deste ano, na quarta-feira 17 de fevereiro, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou as disposições a serem seguidas pelos celebrantes no rito de imposição das Cinzas. Segundo o documento os sacerdotes deverão seguir o seguinte procedimento.
Após abençoar as cinzas e aspergir em silêncio com água benta, o sacerdote se dirige aos presentes, recitando uma vez a fórmula do Missal Romano: “Arrependei-vos e crede no Evangelho” ou “Lembrai-vos de que sois pó, e para vos espanar deve voltar”. IMPOSIÇÃO DAS CINZAS EM SILÊNCIO Em seguida, o sacerdote limpará as mãos, colocará uma máscara no rosto, protegendo seu nariz e boca, e distribuirá as cinzas aos que forem até ele ou, se for o caso, irá até os fiéis, que permanecerão em seus lugares. Por fim, pegará as cinzas e a deixará cair na cabeça de cada um dos fiéis sem dizer absolutamente nada.
n NOVOS procedimentos para o rito deste ano devem ser seguidos pelos celebrantes
CAMPANHA da Fraternidade Ecumênica em 2021 já tem tema e lema Em 2021, a Campanha da Fraternidade será realizada de forma ecumênica pela quinta vez, num processo de construção e vivência que já está em curso em todo o país, com formações já realizadas em alguns regionais. Esse modo ecumênico de refletir sobre a realidade e dialogar numa perspectiva de conversão é muito decisivo. O tema escolhido pela Comissão da Campanha da Fraternidade Ecumênica para este ano é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef. 2.14). A Comissão é formada por representantes das igrejas membro do Conic, da qual a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) participa, a Igreja Betesda, como igreja observadora, e o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e à Educação Popular (Ceseep), como membro fraterno. O Conic é constituído pelas Igrejas Católica Apostólica Romana (ICAR), Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Presbiteriana Unida (IPU), a Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISOA) e a Aliança de Batistas do Brasil. Segundo a secretária-geral do Conic, Romi Bencke, realizar mais uma Campanha da Fraternidade Ecumênica, neste contexto de polarização e agressões, demonstra, na prática, compromisso
com o diálogo, um mandato inegociável do Evangelho. “O tema da Campanha pretende afirmar que as diferenças nos enriquecem ao invés de nos ameaçar. Apesar de parecer que a Fraternidade ficou fora de moda, acreditamos que o Batismo nos torna irmãos e irmãs”, avaliou. CAMPANHAS ECUMÊNICAS A última Campanha da Fraternidade Ecumênica realizada pela CNBB e pelo Conic foi em 2016 com tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24), com foco no saneamento básico, desenvolvimento, saúde
integral e qualidade de vida aos cidadãos. A primeira Campanha da Fr a t e r n i d a d e Ecumênica foi re a l i z a d a e m 2000, com o tema “Dignidade humana e paz” e lema “Novo milênio sem exclusões”. A segunda, em 2005, abordou “Solidariedade e Paz” e “Felizes os que promovem a paz”. A Campanha de 2010 tratou da “Economia e Vida”, a partir do lema “Vocês
não podem servir a Deus e ao dinheiro”.
CONSTRUÇÃO da nova igreja matriz Cristo Peregrino “A paróquia é uma certa comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja partícula, cuja cura pastoral, sob a autoridade do Bispo diocesano, está confiada ao pároco, como a seu pastor próprio” (Cân. 515 -§ 1). A Paróquia Cristo Peregrino, adequando-se às urgências do seu tempo, e da nova evangelização, está construindo a sua Nova Igreja Matriz pensando em adequação de espaço, estrutura e modernidade. A Nova construção sucede
à antiga, de trinta anos, estilo Oca, aberta nas extremidades, que abrigou no inicio da evangelização do bairro Atalaia os anseios e desejos da Igreja Católica, quando ainda o local era apenas um grande curvão de areias. O Novo templo pretende ser um espaço maior, adequado ao crescente numerode fiéis, pastorais e serviços, com garagem no primeiro piso, e praça de alimentação, apropriado às necessidades do bairro, que localizado entre a BR 316 e a Avenida Au-
n AS OBRAS seguem avançando com sua equipe de trabalho
gusto Montenegro tem acesso privilegiado de pessoas de várias localidades. As obras seguem avançando com sua equipe de trabalhos durante a semana e os mutirões nos finais de semana, graças as constantes doações de benfeitores e paroquianos. Para a realização das primeiras etapas da construção as pastorais têm realizado promoções de vendas de comidas e rifas para levantarem as colunas. Tem sido um trabalho de formiguinhas, mas que está dando muito certo. A paróquia se mobiliza para celebrar no dia 27 de fevereiro, a missa em ação de graças ao seu jubileu de estanho (dez anos), às 19h, com Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano. Apesar da pandemia da Covid-19, que nos impôs algumas limitações presenciais, este começo tem sido um tempo de grande alegria e expectativa na
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n NOVA IGRJA adequação de espaço e modernidade
construçãodas futuras instalações e comemorações. CONTRIBUIÇÕES A paróquia conta com a sua contribuição. Doações na conta do Banco do Brasil - Agencia: 4.451-2,
Conta Corrente:16.054-7. CNPJ: 04.814.851/0062-40 - Arquidiocese de Belém, Paróquia Cristo Peregrino. n Pe. Nilton Cezar
Reis, Jornalista
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PANORAMA
CADERNO DOIS
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Alimentação das CRIANÇAS
NAZARÉ REPÓRTER
LIVRO mostra os cuidados necessários durante a pandemia
I
nformações dirigidas às crianças e seus responsáveis sobre higienização adequada dos alimentos, alimentação saudável e os cuidados com o novo coronavírus compõem a cartilha ‘Covid-19: Alimentação e Cuidados com as Crianças Durante a Pandemia’, elaborada por alunas do curso de Tecnologia de Alimentos da Universidade do Estado do Para (Uepa), sob orientação da professora Luciane do Socorro Nunes dos Santos Brasil, nutricionista e doutora em Química. Publicado pela Editora da Uepa (Eduepa), em formato digital, o livro encontrase disponível para ser baixado gratuitamente no site da Uepa De acordo com a professora Luciane Brasil, no contexto pandêmico de Covid-19, as crianças, pelo fato de não serem vistas como grupo de risco da doença, não foram tão priorizadas no conjunto de ações educativas. “De modo geral, a preocupação voltou-se ao papel das crianças na
disseminação do SARSCoV-2 e a ideia de fazer a cartilha surgiu dessa observação”, explica Luciane. Para a aluna Ádria Diva dos Santos Pereira, “não se tinha algo simples para que as crianças entendessem, mas elas precisam captar a informação e tomar os cuidados necessários, para que possam ajudar a si mesma e a seus familiares. Por isso, nós trouxemos uma linguagem mais simples e didática”. Integrada por ilustrações que acessam a dimensão lúdica do universo infantil, feitas pelo ilustrador da Eduepa, Flávio Araújo, as autoras encaminharam a esse público os conhecimentos obtidos nas disciplinas Ciências e Tecnologia de Frutas e Hortaliças, Fundamentos da Nutrição e Higiene e Controle de Qualidade na Indústria de Alimentos, ministradas pela professora Luciane Brasil em períodos alternados da graduação. Além de alcançar as crianças, a estudante Clara Beatriz Negrão de Almeida explica que as
DEVOLUÇÃO DE REMÉDIOS VENCIDOS
autoras tinham uma preocupação de que o material fosse de fácil compreensão também para os pais, em questões que vão desde a atenção com a higienização até o preparo das receitas sugeridas. E por falar em receitas, na sessão Receitinhas, Luciane Brasil comenta que elas priorizaram “coisas simples de fazer, com ingredientes saudáveis e de forma higiênica”. Sobre o processo de elaboração coletiva, que respeitou as medidas de distanciamento físico, tudo feito remotamente. APRENDIZADOS Em rápidas 17 páginas, as autoras não apenas compartilham
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ
os aprendizados obtidos no curso de Tecnologia de Alimentos, como traduzem o que aprenderam em relação à Covid-19. “Nosso maior aprendizado foi em relação à própria doença e o entendimento de como tudo o que nós aprendemos dentro da universidade pode contribuir com a sociedade”, conta a estudante Yasmin Lima Cruz. Como a pandemia de Covid-19 continua fazendo parte da realidade deste ano de 2021, a cartilha, publicada em dezembro de 2020, continua sendo um instrumento útil, sobretudo para os cuidados com as crianças.
A partir do segundo semestre, as farmácias terão que adotar um esquema de logística reversa para devolução de produtos vencidos ou em desuso. O consumidor entregará
RECONHECIMENTO A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) foi classificada como a instituição de ensino superior mais sustentável da região Norte do Brasil. Na classificação geral da América Latina, ela aparece em 103º lugar entre as mais sustentáveis, de acordo com a pesquisa UI Greenmetric Wold University Ranking 2020.
CERCO DE JERICÓ 2020 Iniciado na quinta-feira, 21, o Cerco de Jericó, promovido pela Comunidade Nova Aliança, é uma prática de oração que consiste numa incessante recitação do Rosário, durante sete dias e seis noites, rezados diante do Santíssimo exposto. Sempre iniciada com Santa Missa, às 19h, na sede da comunidade, situada na Rua Doutor Assis, 130, Cidade Velha, próximo à Catedral de Belém, a programação será desenvolvida até esta quinta, 28.
NOVOS CATEQUISTAS A Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Cremação, está com inscrições para novos catequistas. As inscrições vão até 31 de janeiro, depois das missas do final de semana. Após as inscrições será promovida uma formação, que ocorre de 5 a 7 de fevereiro, no Salão Paroquial.
n INFECÇÃO URINÁRIA É TEMA NA RÁDIO NAZARÉ O Programa Saúde e Cidadania da próxima segundafeira, 25, apresentará o tema “infecção urinária: como saber se o quadro é grave?”. A infecção urinária sempre desperta muitas dúvidas e preocupações no público feminino por conta
de sua alta incidência entre as mulheres. Um especialista vai falar sobre o assunto. Os ouvintes podem acompanhar o programa Saúde e Cidadania a partir das 16h. Envie suas dúvidas para o WhatsApp 9.8814-0275. Participe!!!
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n PROGRAMA “JANELA ABERTA” O programa “Janela Aberta” da segunda-feira, dia 25, aborda dois temas distintos: a Pandemia pela Covid-19 e o mercado de trabalho. A apresentação é do Diácono Théo Cruz. “Janela Aberta” traz sempre entrevistas
com especialistas para discutir temas atuais, no contexto social, político e educacional com um olhar cristão. Vai ao ar segundafeira, às 21h pela Rede Nazaré de Televisão, Canal 30 ou na sintonia de sua cidade.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n TODOS OS DIAS SANTA MISSA ÀS 12H Todos os dias você participa da Santa Missa às 12h, ao vivo, direto da residência episcopal, com o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e com o Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, pela página da Rede Nazaré de Comunicação no Facebook. com/FNCBelem, pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.
com.br) e pelo nosso canal da Fundação Nazaré no Youtube. com/FNComunicacao. Ajude-nos a continuar realizando esta e outras transmissões fazendo parte da Família Nazaré. Contamos com você e fique em casa. Para mais informações, entre em contato: (91) 4006-9200 ou envie uma mensagem para nosso WhatsApp: (91) 99315-5743.
tais medicamentos nas farmácias, e estas darão a destinação adequada. A Anvisa estima que 30 mil toneladas de remédios são jogados fora todo ano.
BOA DICA n ORAÇÕES DO PAPA FRANCISCO - Livro (PAULUS, R$ 35,00 )
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om o objetivo de ajudar cada batizado a estar em sintonia com o papa, nasceu a ideia deste livro. A presente coletânea de orações procura ajudar e motivar o cristão a rezar pelo papa e, sobretudo, rezar “com” o papa, pois procurou-se reunir nele as diversas orações originais que Francisco proferiu ao longo do seu pontificado, expressão genuína e profunda da sua espiritualidade e estreita ligação com Cristo. n VOO DA FÉ - O milagre no Rio Hudson – Livro (Paulinas, R$ 17,40)
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rederick Berretta, um dos sobreviventes do voo 1549 da U.S. Airways, que fez um pouso de emergência no Rio Hudson, em Nova York, em 15 de janeiro 2009, narra essa experiência marcante, intercalando-a com o relato de sua vida e destacando os momentos em que se viu diante de situações difíceis. De família católica, Berretta afastou-se da religião durante a adolescência e abandonou-a de vez na juventude, ao entrar na faculdade. Anos depois de reencontrar-se com a religião, quando achava que a vivia de modo satisfatório, já que participava da missa, rezava e meditava a Palavra de Deus, nos minutos que antecederam o impacto do Airbus com as águas do rio, percebeu que até ali não fora mais do que uma criança em termos de fé. Para o autor, não se tratou apenas de sorte, mas da manifestação da Providência Divina, que, combinada com o trabalho humano, permitiu o desfecho feliz e o bem que dele derivou - no caso de Berretta, a descoberta do grande poder de Deus para salvar e proteger aqueles que recorrem a Ele com um coração contrito e amor sincero.
VATICANO
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"O chamado do SENHOR chega de mil maneiras" PAPA FRANCISCO destaca que do verdadeiro encontro com Jesus nunca se esquece
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om informações atican News. Da Biblioteca do Palácio Apostólico, no domingo, dia 17, também em observância às medidas adotadas pelo governo italiano para conter a difusão do coronavírus, Francisco começa sua reflexão descrevendo a cena de Jesus com dois de seus discípulos à beira do rio Jordão, um deles André. E foi o próprio João Batista – explicou - quem apontou o Messias para eles com estas palavras: “Eis o Cordeiro de Deus!” Em resposta às perguntas que começaram a lhe ser dirigidas, cheias de curiosidade, Jesus não apresenta “um cartão de visitas”, mas os convida para um encontro: “Vinde e vede!” “Os dois o seguem e naquela tarde permanecem com Ele”: Não é difícil imaginá-los ali sentados, fazendo perguntas a ele e, sobretudo, ouvindoo, sentindo que seus corações se aquecem sempre mais, enquanto o Mestre fala. Eles sentem a beleza das palavras que correspondem à sua maior esperança. E de repente descobrem que, à medida que escurece à
sua volta, explode neles, em seus corações, uma luz que somente Deus pode dar. Francisco chama então a atenção para a hora precisa deste encontro descrita por João: Uma coisa que chama a atenção: um deles, sessenta anos depois, ou talvez mais, escreveu no Evangelho - “era por volta das quatro da tarde” - escreveu a hora. E isso é algo que nos faz pensar: todo encontro autêntico com Jesus fica na memória viva, nunca é esquecido. Você se esquece de tantos encontros, mas o encontro com Jesus verdadeiro permanece sempre. E tantos anos depois eles se recordavam também da hora, não puderam esquecer aquele encontro tão feliz, tão pleno, que havia mudado a vida. E quando eles saem e voltam para seus irmãos – continua explicando o Papa – “essa alegria, essa luz transborda de seus corações como um rio caudaloso”. Então, um dos dois, André, diz a seu irmão Simão - a quem Jesus chamará Pedro quando o encontrar-: “Encontramos o Messias”.
Estavam certos que Jesus era o Messias: Detenhamo-nos por um momento nesta experiência do encontro com Cristo que chama a estar com Ele. Cada chamado de Deus é uma iniciativa do seu amor. É sempre Ele que toma a iniciativa. Ele te chama. Deus chama à vida, chama à fé e chama a um estado particular de vida: “Eu te quero aqui”. O primeiro chamado de Deus – explica Francisco – “é para a vida, com a qual nos constitui como pessoas; é um chamado individual, porque Deus não faz as coisas em série”. PLANO DE AMOR Depois – acrescenta – “Deus nos chama à fé e para fazer parte da sua família, como filhos de Deus. Por fim, Deus nos chama a um estado particular de vida: a doar-nos no caminho do matrimônio, no do sacerdócio ou na vida consagrada: São formas diferentes de realizar o projeto de Deus, aquele que Ele tem para cada um de nós, que é sempre um plano
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n PAPA da Biblioteca do Palácio Apostólico, no domingo, dia 17
de amor. Mas Deus chama sempre. E a maior alegria para cada crente (para cada fiel) é responder a este chamado, oferecer-se inteiramente ao serviço de Deus e dos irmãos. Mas diante deste chamado do Senhor – observa o Pontífice - que nos chega “de mil maneiras”, mesmo “por meio de pessoas, acontecimentos felizes e tristes, às vezes a nossa atitude pode ser de rejeição - “Não...“tenho medo”... Recuso porque nos parece em contraste com as nossas aspirações; e também o medo, porque o consideramos muito exigente e incômodo: “Oh, não conseguirei, melhor não, melhor uma vida
mais tranquila. Deus lá e eu aqui”: Mas o chamado de Deus é amor. Devemos procurar encontrar o amor que está por trás de cada chamado, e se responde a ele somente com o amor. Esta é a linguagem: da resposta a um chamado que vem do amor, somente o amor. No início há um encontro, aliás, há o encontro com Jesus, que nos fala do Pai, nos faz conhecer o seu amor. E assim também em nós surge espontaneamente o desejo de comunicá-lo às pessoas que amamos: “Encontrei o Amor”, “encontrei o Messias”, “encontrei Jesus”, “encon-
trei o sentido da minha vida”. Em uma palavra: “Encontrei Deus”. Que a Virgem Maria – foi o pedido do Papa ao concluir nos ajude a fazer da nossa vida um hino de louvor a Deus, em resposta ao seu chamado e no cumprimento humilde e alegre da sua vontade. E acrescenta: Mas recordemos isso: (para) cada um de nós, na sua vida, (houve) um momento em que Deus se fez presente com mais força, com um chamado. Recordemo-lo. Voltemos àquele momento, para que a memória daquele momento nos renove sempre no encontro com Jesus.
ECUMENISMO: Papa apela à «unidade» entre cristãos Com informações agência Ecclesia. O Papa destacou domingo, 17, no Vaticano a “importante” Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, transcorrida em muitos países de 18 a 25 de janeiro. “Rezemos juntos, nestes dias, para que se cumpra o desejo de Jesus: que todos sejam só uma coisa, a unidade, que é sempre superior ao conflito”, disse Francisco, no final da recitação do ângelus, na biblioteca do Palácio Apostólico, com transmissão online. O Papa vai presidir, a 25 de janeiro, à recitação das Vésperas na Basílica de São Paulo fora de muros (Roma), com representantes das Igrejas e comunidades cristãs presentes na capital italiana. No último dia 20 de outubro, Francisco participou num encontro ecumênico pela paz, promovido pela comunidade católica de Santo Egídio, pedindo que os cristãos sejam “unidos, mais fraternos”, rejeitando a indiferença perante quem sofre.
A proposta de reflexão que vai mobilizar este ano milhões de cristãos, na Semana de Oração pela Unidade, é este ano elaborada pelas monjas da comunidade ecumênica de Grandchamp, na Suíça. “ Pe r m a n e c e n d o em Cristo, a fonte de todo amor, o fruto da comunhão cresce: comunhão com Cristo exige comunhão com os outros. Quanto mais nos afastamos de Deus, mais nos afastamos uns dos outros; quanto mais nos afastamos uns dos outros, mais longe de Deus vamos ficando”, assinala o guia do ‘Oitavário pela unidade da Igreja’. A proposta refere que “pode ser um desafio” procurar a proximidade com outros, “viver juntos em comunidade”, com pessoas, às vezes, “bem diferentes”, mas as divisões entre cristãos, “que se afastam uns dos outros, são um escândalo, porque afastam também de Deus”. Muitos cristãos, movidos pela tristeza dessa situação, rezam fer-
ventemente a Deus pela restauração daquela unidade pela qual Jesus orou. A oração de Jesus pela unidade é um convite para voltarmos a ele e assim ficarmos mais próximos uns dos outros, alegrando-nos com a riqueza da nossa diversidade”. O guião do oitavário 2021 sustenta que espiritualidade e solidariedade “estão inseparavelmente ligadas” e através da solidariedade “com aqueles que sofrem” os cristãos vão permitir que “o amor de Cristo circule” através de si. O ‘oitavário pela unidade da Igreja’, hoje com outra denominação, começou a ser celebrado em 1908, por iniciativa do presbítero anglicano norte-americano Paul Wattson que mais tarde se converteu ao catolicismo. Ecumenismo é o conjunto de iniciativas e atividades que favorecem o regresso à unidade dos cristãos; as principais divisões entre as Igrejas Cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de
Éfeso e de Calcedónia – Igreja Copta, do Egito, entre outras; no século XI com a cisão
entre o Ocidente e o Oriente – Igrejas Ortodoxas -; no século XVI, com a Reforma
Protestante e depois a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).
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ezemos pelos nossos irmãos de Sulawesi, na Indonésia, atingidos por um forte terremoto. Que o Senhor os console e ampare os esforços das pessoas que levam socorro. Rezemos também pelas vítimas do acidente aéreo na Indonésia. (17 de janeiro)
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projeto que Deus tem para cada um de nós, é sempre um plano de amor. E a maior alegria para cada crente é responder a este chamado, oferecer-se inteiramente ao serviço de Deus e dos irmãos.(17 de janeiro)
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a vida estamos sempre a caminho. Escolhamos o caminho de Deus! Descobriremos que não há imprevisto, não há subida, não há noite que não se possa enfrentar com Jesus. (16 de janeiro)
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EM NAZARÉ
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 22 A 28 DE JANEIRO DE 2021
PLANEJAMENTO 2021 dos padres barnabitas INTEGRANTES da Província Norte dos Clérigos Regulares de São Paulo
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urante o período de 11 a 15 d e j a n e i ro o s Padres Barnabitas que fazem parte da Província Norte dos Clérigos Regulares de São Paulo participaram de um retiro espiritual realizado no Seminário Mãe da Divina Providência, localizado no município de Benevides. Na programação os religiosos participaram de momentos de reflexão e formação para que as missões deste ano sejam executadas com vigor e discernimento diante a intercessão de Santo Antônio Maria Zaccaria, fundador da Ordem. Rezemos pedindo a intercessão da Virgem de Nazaré para que os sacerdotes Barnabitas continuem dedicando sua vida e missão em prol da edificação do Reino dos Céus.
A Província Norte dos Clérigos Regulares de São Paulo está presente
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n RETIRO dos padres barnabitas da Província Norte dos Clérigos Regulares de São Paulo
nas seguintes regiões: PARÁ: Belém, São Miguel do Guamá, Bragança e
Capitão Poço DISTRITO FEDERAL: Brasília
CEARÁ: Fortaleza
Projeto Social SORENA atenderá famílias do bairro da Cremação Dando continuidade às mudanças realizadas nas instituições mantidas pela Basílica Santuário de Nazaré, na quinta-feira (14), os moradores do bairro da Cremação participaram de um momento
de orientação acerca do trabalho que será realizado pelo Projeto Social Sorena durante o ano de 2021. O objetivo foi conscientizar a população acerca da importância dos serviços a serem executadas, com
n PARTICIPAÇÃO na reunião de apresentação
crianças de 7 a 12 anos, contraturno das atividades escolares. A palestra foi ministrada pelos coordenadores do Núcleo de Projetos Sociais da Paróquia de Nazaré e da Unidade Sorena, Jair Júnior e César Lima, respectivamente. UNIDADE SORENA Com o objetivo de melhorar o atendimento da população tendo como estratégia social o investimento em atividades socioeducativas, pedagógicas e esportivas com o intuito de promover a cidadania por meio da educação, para a
formação de futuros adultos comprometidos com o bem, sendo eles instrumentos de transformação social. O P rojeto atende oitenta crianças, entre 7 a 12 anos, que recebem acompanhamento exclusivo realizado por educadores qualificados que realizam atividades lúdicas como incentivo à leitura, à escrita, às artes cênicas e plásticas, oficinas laborais e de escuta ao grupo das famílias, além do atendimento psicossocial e pedagógico. Para os familiares e demais pessoas que vivem nas comunida-
n APRESENTAÇÃO do projeto à comunidade
des próximas, os projetos proporcionam cursos profissionalizantes e oficinas em prol da qualificação e inserção no mercado de trabalho. A Unidade Sorena é localizada na Av.
Generalíssimo Deodoro 2130 (Entre Pariquis e Caripunas) – Cremação, Belém – PA. Para mais informações, ligue: 3241-0679
Família de DEVOTOS de Nossa Confira os atuais HORÁRIOS de Senhora de Nazaré funcionamento do Complexo de Nazaré O maior Santuário da Amazônia conta com uma rede de apoio solidária para dar continuidade aos projetos sociais que amparam famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social nas periferias de Belém e Ananindeua. As ações missionárias são executadas por meio das instituições São Rafael, Sorena e Casulo e mantidas pela Basílica de Nazaré. Tudo isso, graças à contribuição de uma família que se faz presente para com a Associação de Devotos de Nazaré. Seja um associado da Adenaza. Para mais informações, ligue: 4009-8448/ 984404957 (WhatsApp)
O Santuário da Rainha da Amazônia está de portas abertas para receber você. Aproveite, também, para conhecer a loja Lírio Mimoso e leve para quem você mais ama um presente que evangeliza. Confira os horários: Basílica Santuário de Nazaré: segunda a sexta-feira: 6h às 20h | quarta-feira: 6h às 21h| sábado: 6h às 19h| domingo: 6h às 13h e de 15h às 21h Loja Lírio Mimoso: segunda à sexta-feira 7h30 as 19h30 | sábado e domingo 7h30 as 13h30
ARQUIDIOCESE
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BELÉM, DE 22 A 28 DE JANEIRO DE 2021
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DIVULGADO o 55º Dia Mundial das Comunicações
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Igreja, em sua trajetória, tem sempre demonstrando especial atenção, zelo e, também, certa preocupação com as comunicações sociais. Inserir-se na realidade das pessoas, falar a sua linguagem própria, dado o seu tempo e lugar, sempre foi a vocação especial da Igreja. Nenhuma organização, nenhum povo, intuiu, ao longo da história, as razões mais fundamentais da humanidade do que a Igreja Católica animada pelos seus pastores e fiéis. A missão da Igreja é iluminar cada tempo, em suas invenções na área da comunicação, desde a imprensa, o cinema, o rádio, a tv e posteriormente a internet, com seus anseios, conquistas e preocupações, quanto o uso e responsabilidade da comunicação em prol da verdade que valorize a vida, seus esforços, e promova a paz, no uso adequado dos meios de comunicação. Com o Documento do Concilio Vaticano II - Inter Mirifica (1963), “considerado um divisor de águas na constelação dos documentos da Igreja sobre a comunicação” ( PASCOM, Élide M. Fogolari, Rosane da S. borges, 73 ), a Igreja compreende a necessidade dos pastores e do povo entenderem melhor a
n Pe. Nilton Cezar Reis, Jornalista
importância e funcionalidade destes meios e usá-los na Pastoral evangelizadora. Fruto das inúmeras iniciativas do documento Inter Mirifica, foi criado “um secretariado mundial especializado em meios de comunicação social,criação da Pastoral da Comunicação” e formação dos agentes e profissionais. A partir daí, todos os anos o Santo Padre nos presenteia com uma rica carta sobre o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Inicialmente evidenciou-se o “entendimento da presença das novas tecnologias de comunicação enquanto técnica e potencialidade, procurando entender as possibilidades de entrada da Igreja enquanto instituição evangelizadora e direcionadora”. Na atualidade, com o Papa Francisco, falase mais sobre efeito e responsabilidade da proximidade como elo de comunhão e comunicação das belezas que cada um traz em sua vida. O Papa Francisco
divulgou, no dia29 de setembro de 2020, o tema para o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais para o ano de 2021. Com o tema: “Vinde ver”. Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão. O Santo Padrefaz referência ao Evangelho de João (1, 43-46), que diz: “No
encontro com Jesus e, ao mesmo tempo, continuação da missão do seu Mestre. “Vinde ver”. Essas palavras do apóstolo Filipe são centrais no Evangelho: o anúncio cristão, ao invés de palavras, é feito de olhares, testemunhos, experiências, encontros e proximidade.
dia seguinte, Jesus resolveu partir para a Galileia e encontrou Filipe. Jesus lhe disse: ‘Segue-me’. Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro. Filipe encontrou Natanael e lhe disse: ‘Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José, de Nazaré’. Perguntoulhe Natanael: De Nazaré pode sair algo de bom? Filipe lhe disse: ‘Vinde ver’”. O convite de Filipe a Natanael é fruto de seu convincente
Num tempo de mudança de época, obrigadosao distanciamento social por causa da pandemia da Covid-19, a comunicação pode tornar possível a proximidade necessária para reconhecer o que é essencial e compreender realmente o significado das coisas. Conhecer a verdade é fruto da experiência, do envolvimento de encontrar as pessoas, de participar de suas alegrias e tristezas. O velho ditado “Deus encontra você onde
você está” pode ser um guia para aqueles que trabalham na mídia ou na comunicação na Igreja. No chamado dos primeiros discípulos, com Jesus que vai ao seu encontro e os convida a segui-lo, vemos também o convite para usar todos os meios de comunicação, em todas as suas formas, para alcançar as pessoas como são e onde vivem. As paulinas propõem algumas sugestões paraa equipe da Pastoral da Comunicação (PASCOM) organizar as atividades do Dia Mundial das Comunicações Sociais, a saber: 1. Conhecer a mensagem do Papa enviada para o ano. Refletir sobre o conteúdo da mesma. 2. Motivar as equipes de liturgia para prepararem esta celebração – no dia da Ascensão do Senhor – incluindo o Dia Mundial das Comunicações. 3 . A Equipe da PASCOM poderá promover algum debate, seminário ou convidar alguém para fazer
palestra sobre o tema. 4. Pautar o tema do Dia Mundial das Comunicações em programas de Rádio, Televisão, Internet (blogs, facebook, twiter), Jornais paroquiais ou diocesanos, colunas em outros Jornais, roda de amigos (as). 5. Onde é possível, promover uma reunião com comunicadores (as) da cidade. Programar uma coletiva com a Imprensa sobre o tema e fazer uma confraternização para diálogo e aproximação. Ou ainda, entregar a mensagem aos comunicadores (as) cumprimentando-os por este dia. 6. Fazer uma exposição ou feira de comunicação para que as pessoas conheçam e valorizem os meios de comunicação católicos como: revistas, jornais, livros, CDs, DVDs, Sites, Boletins, Programas de Rádio, TV, Internet. 7. Mobilizar o mundo da educação: professores (as) com o tema, promovendo algum concurso de redação, desenhos e/ ou outras iniciativas. 8. Rezar a Comunicação. Ter momentos celebrativos, horas de oração, vigílias pela comunicação e pelos profissionais da comunicação. Agradecer, pedir perdão. Fonte: Vatican News
TCMPA têm novos dirigentes para o biênio 2021-2022 A conselheira Mara Lúcia foi empossada na noite desta sexta-feira (15) como nova presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCMPA), em sessão solene transmitida virtualmente, de forma pioneira na história da instituição, através das mídias sociais da Corte de Contas. Ela recebeu o colar presidencial do conselheiro Sérgio Leão, que esteve à frente do Tribunal entre os anos de
2019 e 2020 e agora assumirá a Corregedoria do TCMPA. Após ser empossada, Mara Lúcia fez o juramento e empossou o conselheiro Antonio José Guimarães como novo vice-presidente do TCMPA. Ele conduzirá também a Escola de Contas Públicas “Irawaldyr Rocha”, que desenvolve a função pedagógica do Tribunal junto às prefeituras, câmaras, servidores da Corte e toda sociedade.
Durante seu discurso de posse, a presidente Mara Lúcia agradeceu a familiares, membros e servidores do TCMPA, além de instituições parceiras do Tribunal. Um dos pontos de destaque no discurso dela foi ao ressaltar o protagonismo feminino à frente dos Tribunais no Pará, sendo um marco histórico, e dentro da própria instituição que contempla mais de 50% do quadro total de funcionários. A nova presidente também comentou sobre a coragem e humildade que marcaram a passagem de Sérgio Leão enquanto p re s i d e n t e da Corte, c o m re c o nhecimento do trabalho dele pelos conselheiros n POSSE atendeu às normas de segurança em saúde e servidores.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n CONSELHEIRA Mara Lúcia durante posse no Tribunal de Contas dos Municípios Ela agradeceu também às autoridades presentes e àquelas que participaram virtualmente do evento híbrido, que por meio deste formato adotado, foi possível contemplar até mesmo conselheiros de Tribunais de Contas de outros estados. Entre as participações virtuais, o senador da República, Jader Barbalho,
gravou uma mensagem à conselheira ressaltando a história de vida pessoal e profissional de Mara Lúcia. O governador do Pará, Helder Barbalho, participou ao vivo da cerimônia e destacou a importância do trabalho desenvolvido pela Corte de Contas em todas as regiões do estado. Por restrições de público
e atendendo ao protocolo de segurança em saúde de combate à pandemia de Covid-19, durante toda a sessão solene foi exibido vídeo com fotos de todos os servidores do TCMPA em televisores do auditório do TCMPA e na transmissão ao vivo pelas mídias sociais, como homenagem da nova presidente ao corpo de funcionários da Corte.
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IGREJA
TRÍDUO preparatório para o 25º Dia da Vida Consagrada
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IGREJA celebra no próximo dia 02 de fevereiro
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o próximo dia 02 de fevereiro, terça-feira, a Igreja celebra o 25º Dia da Vida Consagrada. Uma data que deve ser festejada, por sua história e importância. Assim, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta uma proposta de Tríduo preparatório ao dia 02, num esquema de Ofício Divino, que poderá ser utilizado num dos momentos orantes da Comunidade Religiosa, preferencialmente nas Vésperas, ou num horário prévio à realização das missas na comunidade eclesial, favorecendo também a participação de todo o povo de Deus. No subsídio há, ainda, mensagens das presidentes de importantes organismos da Igreja no Brasil – Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Comissão Nacional dos Institutos Seculares do Brasil (CNISB) e Instituto de Pastoral Vocacional – representando todas as pessoas de vida consagrada. Que o Dia da Vida Consagrada “produza frutos abundantes para a santidade e a missão da Igreja. Especialmente, ajude a
fazer crescer na comunidade cristã a estima pelas vocações de especial consagração, a fazer com que se torne sempre mais intensa a oração para obtê-las do Senhor, fazendo amadurecer nos jovens e nas famílias uma generosa disponibilidade para receber esse dom. A vida
eclesial no seu conjunto será beneficiada, e disso há de haurir força a nova evangelização” (São João Paulo II). A sugestão de tríduo pode ser acessada através do site: https://www. cnbb.org.br/wp-content/uploads/2021/01/ 25anosVC.pdf
DIA DA VIDA CONSAGRADA O Dia da Vida Consagrada foi celebrado pela primeira vez em 02 de fevereiro de 1997. Na mensagem do Papa São João Paulo II por ocasião deste primeiro dia, o pontífice da época recorda a estreita ligação entre a Festa da Apresentação do Senhor e a vocação específica dos consagrados e consagradas: “O Dia da Vida consagrada será celebrado na festa em que se faz memória da apresentação que Maria e José fizeram de Jesus no Templo ‘para o apresentarem ao Senhor’ (Lc 2,22). Nesta cena evangélica, revela-se o mistério de Jesus, o consagrado do Pai, que veio ao mundo para cumprir fielmente a sua vontade (cf. Hb 10,57). Simeão o aponta como ‘Luz para iluminar as nações’ (Lc 2,32) e preanuncia, com palavra profética, a oferta suprema de Jesus ao Pai e a sua vitória final (cf. Lc 2,32-35). Assim, a Apresentação de Jesus no Templo constitui um eloquente ícone da total doação da própria vida, para todos os que foram chamados a reproduzir na Igreja e no mundo, mediante os conselhos
evangélicos, ‘os traços característicos de Jesus virgem, pobre e obediente’ (Vita Consecrata, 1)”. São João Paulo II, na mensagem, faz também uma comparação entre Maria e a Igreja: “A Virgem Mãe, que leva o Filho ao Templo, para que seja oferecido ao Pai, exprime bem a figura da Igreja que continua a oferecer seus filhos e filhas ao Pai celeste, associando-os à única oblação de Cristo, causa e modelo de toda a consagração na Igreja”. Por fim, a mensagem exprime o desejo do Papa para que o Dia da Vida Consagrada “produza frutos abundantes para a santidade e a missão da Igreja. Especialmente, ajude a fazer crescer na comunidade cristã a estima pelas vocações de especial consagração, a fazer com que se torne sempre mais intensa a oração para obtê-las do Senhor, fazendo amadurecer nos jovens e nas famílias uma generosa disponibilidade para receber esse dom. A vida eclesial no seu conjunto será beneficiada, e disso há de haurir força a nova evangelização”.
COMO CELEBRAR OS 25 ANOS DA VIDA CONSAGRADA? A Carta Encíclica Fratelli Tutti, sobre a Fraternidade e a Amizade Social, do Papa Francisco convida-nos a pensar e lutar por uma Vida Consagrada cada vez mais aprendiz, especialmente nesse contexto, interpelada a aprender da tragédia global como a pandemia. Nesse ano jubilar somos convidados a deixar que o AMOR desperte em nós a consciência de sermos uma Vida Religiosa Consagrada universal, interdependente de tudo e de todos. É como gostamos de cantar: “Tudo está interligado, como se fôssemos um!” Que o AMOR nos sensibilize, cada vez mais, a sermos uma Vida Consagrada em saída, de mulheres e homens que têm pressa e disposição para correr ao encontro da vida que clama. Nesta celebração do jubileu de prata do Dia da Vida Consagrada, é tempo de nos
deixarmos inspirar pelo Evangelho do dia. Como o Velho Simeão, pegar Jesus no colo e, com gratidão, rezar: “Agora, Senhor, podes deixar teu servo partir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação!” (Lc 2,29-30). Jubileu é ação de graças, é alegria, é renascimento, é nova oportunidade, é recomeço porque, olhando o passado, há tanto que agradecer, vendo o presente, há tanto que abraçar e, vislumbrando o futuro, há uma missão que chama. Deus seja louvado pelas maravilhas que espalhou no mundo ao longo da história por meio dos Consagrados e Consagradas. O Pai dê a cada um e a cada uma um coração cheio de paz e incendiado de ardor para iluminarem o mundo”, afirma o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom João Francisco Salm.
“Feira da Família Católica” PROGRAMAÇÃO virtual em 27 de janeiro A Rede Juan Diego (Juan Diego Network - JDN), organização focada na evangelização, formação e entretenimento dos latino-americanos no mundo, convidou os diferentes movimentos católicos da América Latina a se encontrarem virtualmente, em 27 de janeiro, em vista da primeira “Feira da Família Católica”, organizada em sua plataforma. “Uma feira que visa divulgar e promo-
ver algumas iniciativas que permitiram que as famílias católicas fossem “Igreja doméstica” neste momento difícil para o mundo”, explica José Manuel De Urquidi, fundador do apostolado, segundo o site “Vida Nueva Digital”. Membros de alguns apostolados, ministérios ou ordens religiosas, que de diferentes maneiras trabalharam a favor da família, foram convidados a
participar gratuitamente. Eles apresentarão projetos realizados neste tempo de pandemia, eventos, revistas, cursos ou histórias que giram em torno do ser uma “Igreja doméstica”. Além de apresentar o carisma de seu apostolado, história, eventos e atividades, os participantes poderão interagir uns com os outros e explorar juntos as diversas iniciativas realizadas em favor da família católica.
Milhares de fiéis em todo o mundo, graças à iniciativa, poderão se beneficiar de palestras, diálogos, painéis virtuais, oficinas, encontros interativos, momentos de oração, jogos, sessões de perguntas e respostas e participar da Santa Missa. Com este evento, a Rede Juan Diego quer lembrar o que o Catecismo da Igreja Católica afirma, ou seja, que o lar cristão é o lugar onde as crianças recebem o
primeiro anúncio da fé. Por este motivo, é chamado de “Igreja doméstica”, uma co-
munidade de graça e oração, uma escola de virtudes humanas e de caridade cristã.
“Por que devo me confessar?”: Edições CNBB lança versão revisada de livreto “A vida espiritual, se fortificada pelo Sacramento da Reconciliação, é capaz de dar estabilidade e força nas muitas dificuldades da vida de cada dia”. Esse é um dos ensinamentos oferecidos pelo cardeal Jorge Medina Estévez no livreto “Por que devo me confessar”, cuja segunda edição revisada foi lançada pela Edições CNBB.
A publicação faz parte da Coleção Perguntas da editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e apresenta o sentido do pecado e o significado do Sacramento da Penitência. “Essa obra é um ensaio de fácil leitura e compreensão que o autor, com o coração de Pastor, quer que as pessoas adentrem
nas águas da Reconciliação, para uma vida na companhia de Deus”, indica a Edições CNBB. A tradução brasileira do livro chega à segunda edição, após mais de 10 versões em língua espanhola e três em língua italiana.A obra é considerada de grande benefício para os fiéis, ainda hesitantes ou pouco informados, a respeito do Sacra-
mento da Penitência, tão importante para a vida cristã. Também é um convite ao aprofundamento do sacramento da penitência, favorecendo um novo olhar das pessoas “incertas ou desiludidas” que veem o sacramento com desconfiança, “porque não foram cuidadosamente guiadas ou instruídas na estrada que leva à intimidade
com Deus”. “O compromisso de descobrir cada vez mais o rosto misericordioso de Deus é nobre e fecundo, mas também fácil na companhia deste pequeno livro repleto de antiga sabedoria teológica, difundida por quem experimentou, na prática, a beleza restauradora da doutrina cristã”, afirma dom Gianfranco Girotti.