ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CV - Nº 977 - PREÇO AVULSO: R$2,00
www.fundacaonazare.com.br
BELÉM, DE 23 A 29 DE ABRIL DE 2021
A CRISMA na Área São Clemente
A Área Missionária São Clemente Maria Rofbauer, no Benguí, rejubila-se pelos 30 jovens que receberam o sacramento da Crisma em celebração presidida por Dom Antônio; um grande momento para todos, primeiros frutos da evangelização nessa região. CAD. 2, PÁG. 1 DIVULGAÇÃO
n DOM ANTÔNIO com os jovens que receberam a Crisma: " frutos dessa evangelização, se dispõem a ser testemunhas do Senhor e a fazer transbordar esse amor no mundo" DIVULGAÇÃO
Capela da Fundação INAUGURADA Obras de reforma na capela da Fundação vivo a Missa de inauguração no dia 26, quando Nazaré de Comunicação estão concluídas. A ocorrerá também a dedicação do altar. Rede Nazaré de Comunicação transmitirá ao CADERNO 1, PÁGINA 6 LUIZ ESTUMANO
n REFORMA possibilitou que a Fundação Nazaré tivesse a sua capela inteiramente renovada n PARÓQUIA Cristo Redentor localizada na rodovia Mario Covas
Nova PARÓQUIA A Paróquia Cristo Redentor é a 97ª da Arquidiocese de Belém. A nova sede paroquial, localizada no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, foi des-
membrada da Paróquia Santo Antônio de Pádua e integrará a Região Episcopal Coração Eucarístico de Jesus. CADERNO 2, PÁGINA 5
COMUNICADO A Arquidiocese de Belém comunica que a partir de 26 de abril, o expediente na Cúria Metropolitana será
das 8h às 14h. Todas as atividades que funcionam na instituição serão atendidas sem intervalo para almoço.
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OPINIÃO
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H
oje, quarto domingo da Páscoa, a Igreja celebra o 58º “Dia mundial de oração pelas vocações”. E a mensagem do Papa Francisco para este dia, traz como título: “São José: o sonho da vocação”. Eis alguns trechos: - “São José não sobressaía, não estava dotado de particulares carismas, não se apresentava especial aos olhos de quem se cruzava com ele. Não era famoso, nem se fazia notar: dele, os Evangelhos não transcrevem uma palavra sequer. Contudo, através da sua vida normal, realizou algo de extraordinário aos olhos de Deus. Deus vê o coração (cf. 1 Sam 16, 7) e, em São José, reconheceu um coração de pai, capaz de dar e gerar vida no dia a dia. É isto mesmo que as vocações tendem a fazer: gerar e regenerar vidas todos os dias. O Senhor deseja moldar corações de pais, corações de mães: corações abertos, capazes de grandes ímpetos, generosos na doação, compassivos para consolar as an-
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Sonho, serviço, fidelidade gústias e firmes para fortalecer as esperanças. Disto mesmo têm necessidade o sacerdócio e a vida consagrada, particularmente nos dias de hoje, nestes tempos marcados por fragilidades e tribulações devidas também à pandemia que tem suscitado incertezas e medos sobre o futuro e o próprio sentido da vida. São José vem em nossa ajuda com a sua mansidão, como Santo ao pé da porta; simultaneamente pode, com o seu forte testemunho, guiarnos no caminho”. - “Todos sonham realizar-se na vida. E é justo nutrir aspirações grandes, expectativas altas, que objetivos efémeros como o sucesso, a riqueza e a diversão não conseguem satisfazer. Realmente, se pedíssemos às pessoas
para traduzirem numa só palavra o sonho da sua vida, não seria difícil imaginar a resposta: «amor». É o amor que dá sentido à vida, porque revela o seu mistério. Pois só se tem a vida que se dá, só se possui de verdade a vida que se doa plenamente. A este propósito, muito nos tem a dizer São José, pois, através dos sonhos que Deus lhe inspirou, fez da sua existência um dom”. - “Uma segunda palavra marca o itinerário de São José e da vocação: serviço. Dos Evangelhos, resulta como ele viveu em tudo para os outros e nunca para si mesmo. ... O serviço, expressão concreta do dom de si mesmo, não foi para São José apenas um alto ideal, mas tornou-se regra da vida diária. Empe-
A
raiva é uma das emoções humanas mais intensas, derivada de sentimentos de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, tendo diferente intensidade de acordo com a situação, o motivo e as diferenças individuais. A raiva excessiva e constante pode ser muito nociva, mas essa emoção também pode funcionar como um mecanismo de proteção e de movimento,de ação em prol do que acreditamos, diante, por exemplo, de uma injustiça. Quando acontece alguma ameaça à vida, a raiva se faz presente como uma defesa espontânea/natural, surgindo como uma força vital.Além disso, a liberação da raiva ajuda a descarregar uma carga de tensão acumulada.
nhou-se para encontrar e adaptar um alojamento onde Jesus pudesse nascer; prodigalizou-se para O defender da fúria de Herodes, apressando-se a organizar a viagem para o Egito; voltou rapidamente a Jerusalém à procura de Jesus que tinham perdido; sustentou a família trabalhando, mesmo em terra estrangeira. Em resumo, adaptou-se às várias circunstâncias com a atitude de quem não desanima se a vida não lhe corre como queria: com a disponibilidade de quem vive para servir. Com este espírito, José empreendeu as viagens numerosas e muitas vezes imprevistas da vida: de Nazaré a Belém para o recenseamento, em seguida para Egito, de-
pois para Nazaré e, anualmente, a Jerusalém, sempre pronto a enfrentar novas circunstâncias, sem se lamentar do que sucedia, mas disponível para dar uma mão a fim de reajustar as situações. Pode-se dizer que foi a mão estendida do Pai Celeste para o seu Filho na terra. Assim não pode deixar de ser modelo para todas as vocações, que a isto mesmo são chamadas: ser as mãos operosas do Pai em prol dos seus filhos e filhas”. - “Além do chamado de Deus – que realiza os nossos sonhos maiores – e da nossa resposta – que se concretiza no serviço pronto e no cuidado carinhoso –, há um terceiro aspeto que atravessa a vida de São José e a vocação cristã, cadencian-
BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
As emoções humanas – parte 2 Os problemas surgem quando se torna descontrolada e destrutiva, podendo afetar o trabalho, a escola, as relações pessoais e a qualidade de vida no geral. A maneira mais natural e instintiva de expressar raiva é com respostas agressivas, mas as normas sociais e o senso comum estabelecem limites à sua expressão, sendo importante aprendermos a lidar coma raiva de um modo eficaz e socialmente adequado. Veja essas “dicas”: Expres-
sar os sentimentos de um modo assertivo (e não agressivo); Suprimir os sentimentos (inibir e converter em comportamentos mais construtivos, focar em coisas positivas)e, Acalmar/relaxar (controlara expressão e também as respostas internas).É claro que momentos estressantes fazem parte da vida e a raiva pode acontecer, mas, para não ser refém da emoção, precisamos aprender como administrá-la para que a mesma não nos
afete negativamente. Agora, vamos falar sobre a emoção humana mais positiva, a Alegria, diretamente associada ao prazer e à felicidade. Os impulsos gerados pela alegria nos fortalecem e protegem, por exemplo,de acidente vascular cerebral, de resfriados, aumenta nossa resistência à dor e prolonga nossas vidas. No entanto, é fundamental sabermos que é impossível ser feliz o tempo todo e, portanto, é preciso
do o seu dia a dia: a fidelidade. José é o «homem justo» (Mt 1, 19) que, no trabalho silencioso de cada dia, persevera na adesão a Deus e aos seus desígnios. Num momento particularmente difícil, detém-se «a pensar» em tudo (cf. Mt 1, 20). Medita, pondera: não se deixa dominar pela pressa, não cede à tentação de tomar decisões precipitadas, não segue o instinto nem se cinge àquele instante. Tudo repassa com paciência. Sabe que a existência se constrói apenas sobre uma contínua adesão às grandes opções. Isto corresponde à laboriosidade calma e constante com que desempenhou a profissão humilde de carpinteiro (cf. Mt 13, 55), pela qual inspirou, não as crônicas da época, mas a vida quotidiana de cada pai, cada trabalhador, cada cristão ao longo dos séculos. Porque a vocação, como a vida, só amadurece através da fidelidade de cada dia”. Rezemos pelas vocações.
estar prontos para lidar com dificuldades e frustrações. Os estudiosos da Felicidade explicam que é importante experimentar estados de espírito positivos com moderação, pois, níveis muito elevados de sentimentos positivos podem gerar consumo de álcool e drogas, compulsão alimentar e, ainda, a negligenciar as ameaças, nos tornaringênuos e egoístas. Vale, então, refletir que nem só de emoções positivas nós vivemos e que experienciar as emoções negativas pode melhorar nosso jeito de lidar com o mundo. A raiva nos prepara para lutar, o medo nos ajuda a fugir e a tristeza nos deixa atentos aos detalhes. Ou seja, equilíbrio é tudo! Fique bem, até a próxima.
DOM FERNANDO reforça convite para participar do 18º CEN O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, reforçou convite ao episcopado brasileiro e confirmou que o 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN) será realizado de 11 a 15 de novembro, em 2022, na arquidiocese de Olinda e Recife (PE). Inicialmente a 18ª edição do CEN estava marcada para acontecer nos mesmos dias, mas neste ano, mas precisou ser adiada devido à pandemia. Dom Fernando ressaltou que todos os envolvidos na organização do 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN) estão muito animados, apesar da pandemia: “realmente
todos os bispos do regional acham que devemos manter essa data, porque acreditamos que no próximo ano estará um pouco melhor e também porque esse congresso vai ser um alento em meio a tanto sofrimento e tanta dor. Vem o congresso com uma perspectiva de esperança, de unidade, porque estamos empenhados para que tudo aconteça no próximo ano”. CASA DO PÃO Como gesto concreto do evento, em resposta ao tema do congresso, “Pão em Todas as Mesas”, será criada a “Casa do Pão”, que ficará como legado à popula-
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
ção da arquidiocese de Olinda e Recife, principalmente a mais carente. A Casa do Pão será instalada na antiga Casa de Misericórdia, no Centro de Recife. O espaço foi doado ao projeto e receberá uma reforma, que deve acontecer ainda esse ano, com recursos levantados com a realização do Congresso Eucarístico Nacional. O imóvel fica no centro antigo, onde há muitas pessoas em situação de rua e vulneráveis, que serão o público-alvo do projeto . Com o objetivo de servir mais do que o pão que alimenta, haverá a oferta de diversos serviços. A manutenção da casa será feita por uma
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
equipe da arquidiocese de Olinda e Recife. PROGRAMAÇÃO A programação preliminar do 18º Congresso Eucarístico prevê a realização de uma Feira Católica, Exposições dos Santos e Servos de Deus do Regional NE2 e das Pastorais Sociais do Brasil, Simpósio Teológico, Catequeses Populares, Catolicidade em Diversos Ritos, Vigília da Juventude, Cantata Eucarística, Inauguração Casa de Acolhida e do Selo Comemorativo, Procissão com Santíssimo Sacramento e muito mais. Dom Fernando informou que já há mais de 200
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
bispos inscritos e pediu ao episcopado para que estimulem os membros de suas Dioceses e as famílias a adquirirem o livro com o Texto-Base do evento. O 18º Congresso Eucarístico Nacional iniciou as atividades em 2019. O objetivo, de acordo com o arcebispo da arquidiocese pernambucana é “promover a comunhão das Igrejas em torno da Eucaristia, no desejo de que esse evento, que reúne o Brasil em terras do Nordeste, nos leve a entender que o ‘Pão da Vida’ move a Igreja a sair de si, das zonas de conforto, para alcançar as periferias existenciais bem lembradas pelo Papa Francisco”.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 23 A 29 DE ABRIL DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
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x i s t e n a I g re j a uma ladainha dos nomes de Jesus, uma lista extensa com cento e cinquenta invocações, para serem usadas em partes ou no seu conjunto durante o ano litúrgico, todas elas com fundamento bíblico. Para o Tempo Pascal, ele é chamado, dentre outros títulos, de Senhor Jesus (Mt 15,22.20,30; At 7,59; At 16,31; Ap 22.20), Primogênito dentre os mortos (Cl 1,18; Ap 1,5), Estrela brilhante da manhã (Ap 22,16), O mais belo dos filhos do homens (Sl 44,3), Glória do Povo de Israel (Lc 2,32), Vencedor do Mundo (Jo 16,33), Vencedor do Maligno (Jo 12,31; At 2,14; 2 Ts 2,8), Novo Adão (Rm 5,14.19), Novo Moisés (Cf. Mt 5,21s; Mt 17,3), Senhor da Paz (2 Ts 3,16), Testemunha fiel
O Pastor que vai à frente do Rebanho indica a todos nós atitudes de iniciativa, liderança, criatividade, coragem para dar o primeiro passo quando podemos fazer algo pelos outros e verdadeira (Ap 1,5; Ap 3,14; Ap 19,11), Luz do Mundo (Jo 8,12; Jo 9,5; Jo 12,46), Luz da Vida (Jo 8,12), Bom Pastor (Ez 34,23; Jo 10,1-18; 1 Pd 2,25; 1 Pd 5,4; Hb 13,20). E cada ano a Igreja nos apresenta de
CONVERSA COM MEU POVO
O PASTOR e seu rebanho
novo esta figura de intenso significado para o ambiente bíblico e também próxima de nós, mesmo para quem se encontre envolvido pela grande cidade. A Liturgia nos faz celebrar o Bom Pastor com textos do Evangelho de São João (Jo 10,1-18). É bom lembrar que era de confronto o contexto com o qual o Evangelho conta as parábolas do Bom Pastor, quando Jesus se via cercado de incompreensões e ameaças, tanto que as figuras do mercenário, o assaltante e ainda o ladrão acirraram mais ainda seus adversários. No entanto, cabe-nos acolher a força evangelizadora do quarto Evangelho, tirando lições que ultrapassam os tempos e chegam bem vivas à nossa mente e à nossa vida. Vida plena é o que o Bom Pastor deseja e oferece a todo o seu rebanho (Jo 10,10). Rebanho que é diferente dos conceitos que temos a respeito dessa palavra. No Rebanho de Jesus, todas as ovelhas têm nome, são conhecidas profundamente e por elas o Pastor é capaz de dar a própria vida. Nas parábolas da misericórdia (Lucas 15,1-32), uma ovelha perdida faz o Pastor caminhar por estradas difíceis, reencontrá-la e fazer festa por causa dela. Diante de Jesus Bom Pastor, haveremos de desenvolver uma atitude de docilidade. Quem se deixa acompanhar, abrindo ouvido e coração, com certeza encontrará atitudes do Pastor que sustentem sua vida. “O pastor precisa usar o cajado como um bastão contra os animais selvagens que querem irromper no meio do rebanho; contra os salteadores que procuram enganá-lo. Também a Igreja deve usar o bastão do pastor, o bastão com que
DIVULGAÇÃO
n VIDA PLENA é o que o Bom Pastor deseja e oferece a todo o seu rebanho
protege a fé contra os falsificadores, contra as orientações que, na realidade, são desorientações. Por isso mesmo este uso do cajado pode ser um serviço de amor” (Bento XVI). Seu cajado, erguido com firmeza para ir à frente do rebanho, tem também as curvas da ternura, para recolher quem está fragilizado pelas suas próprias limitações ou as circunstâncias do mundo, para abraçar o pecador. O Pastor que vai à frente do Rebanho indica a todos nós atitudes de iniciativa, liderança, criatividade, coragem para dar o primeiro passo quando podemos fazer algo pelos outros. Um sadio otimismo da fé, que não significa o tantas vezes vazio “pensamento positivo”, poderá ajudar-nos a descobrir o bem que cada pessoa pode fazer, inclusive com a certeza de que seu exemplo arrastará outras muitas! Superar a mentalidade mercenária será mais uma atitude capaz de levar adiante o Rebanho de Cristo, já que por ele somos todos responsáveis. Não tenha preço nossa consciência, não seja leviano nosso modo de envolver-nos com os outros, seja superada toda tendência a “enrolar” outras pessoas, tenhamos
rejeição absoluta a toda forma de corrupção! Estar no rebanho do Bom Pastor que é Jesus pede de todos nós a paixão pela unidade, com a qual buscaremos aquilo que nos aproxima dos outros. Num tempo de radicalizações e risco de ódio e extremismo, aos que acreditam no Senhor Bom Pastor caberá estabelecer os fios capazes de costurar a aproximação com quem é diferente. Vale esta proposta de modo especial quando o prudente afastamento social por motivos sanitários, pode isolar as pessoas, torná-las autossuficientese acirrar o individualismo e o egoísmo ou a ideia de que a religião é apenas trato entre Deus e a pessoa. É ainda premente a exigência de uma revisão corajosa de vida, na qual identifiquemos nossas eventuais responsabilidades. Uma palavra forte foi-nos dirigida pelo Cardeal Raniero Cantalamessa, na última Sexta-feira Santa: “A fraternidade católica está dilacerada! A túnica de Cristo foi cortada em pedaços pelas divisões entre as Igrejas; mas – o que não é menos grave – cada pedaço da túnica, por sua vez, é frequentemente dividido em outros pedaços. Naturalmente, falo do elemento humano de-
la, porque a verdadeira túnica de Cristo, seu corpo místico animado pelo Espírito Santo, ninguém jamais poderá dilacerar. Aos olhos de Deus, a Igreja é “una, santa, católica e apostólica”, e assim permanecerá até o fim do mundo. Isto, contudo, não desculpa as nossas divisões, mas as torna ainda mais culpáveis e deve nos impulsionar, com mais força, a restaurálas. Qual é a causa mais comum das divisões entre os católicos? Não é o dogma, não são os sacramentos e os ministérios: coisas estas que, por singular graça de Deus, mantemos íntegras e unânimes. É a opção política, quando ela se sobrepõe àquela religiosa e eclesial e desposa uma ideologia, esquecendo completamente o sentido e o dever da obediência na Igreja. É isto, em certas partes do mundo, o verdadeiro fator de divisão, ainda que tácito ou indignadamente. Isto é um pecado, no sentido mais estrito do termo. Significa que o “o reino deste mundo” se tornou mais importante, no próprio coração, do que o Reino de Deus. Creio que sejamos todos chamados a fazer um sério exame de consciência sobre isso e a nos convertermos. Esta é, por excelência, a obra da-
quele cujo nome é “diábolos”, isto é, o divisor, o inimigo que semeia o joio, como o define Jesus em sua parábola” (Cf. Mt 13,25). Palavras exigentes que devem suscitar novas atitudes para contribuir com a unidade da Igreja!
O Rebanho de Cristo
O pastor precisa usar o cajado como um bastão contra os animais selvagens que querem irromper no meio do rebanho; contra os salteadores que procuram enganá-lo
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IGREJA
BELÉM, DE 23 DE 29 DE ABRIL DE 2021
CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um pequeno GRANDE livro (17)
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ontinuemos a ver, nesta edição de Miscelânea, o que se diz sobre espiritualidade no livro “O monge e o pastor”, que aqui venho estudando, com esta, há dezesseis semanas. Assim como, no chamado “Hino à Caridade”, no capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios, meu padrinho de ordenação presbiteral São Paulo conceitua-a belamente, nos versículos 4 a 7, mostrando o que ela é e o que não é, o que
Espiritualidade é uma afirmação da nossa singularidade ela faz e o que não faz,
na tradução da Bíblia de Jerusalém, página 2010, – relembrando: “a caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” – o mesmo faz o pastor batista Henrique Vieira, quanto à espiritualidade, na carta de 18 de maio de 2020, uma segunda feira, endereçada ao monge beneditino Marcelo Barros. Tudo tão semelhante ao que diz Paulo sobre a caridade, que chega parecer plágio, embora, creio eu, não o seja. Transcrevamos, literalmente, o que ele afirma:
“A espiritualidade não é arrogante, não é bélica, não persegue as diferenças nem suprime a adversidade. E sabe se deixar atravessar pelo mistério de Deus. Não é tomar Deus para si, mas ser tomado por Deus. Não é só falar de Deus mas falar de dentro de Deus a partir de uma experiência de amor. Não é se fechar na culpa, no medo e em verdades preestabelecidas, mas se abrir ao diálogo e à comunhão.” Mas adiante, na mesma carta: “espiritualidade é uma afirmação da nossa singularidade. Quanto mais somos nós mesmos, mais somos de Deus.” E finalizando: ... “a espiritualidade se prova e se comprova no gesto concreto da solidariedade. É amando que se experimenta Deus. O fruto da espiritualidade é a compaixão, a misericórdia,
DIVULGAÇÃO
adiado que procria. Você, meu possível leitor, quer ser assim? Caso sim, meus pêsames. Caso não, urgentissimamente escancare sua vida à verdadeira espiritualidade, deixe que ela se aproprie de todo o seu ser e o preencha por inteiro. Shalom!
Sobre espiritualidade
n PASTOR Henrique Vieira
o senso de pertencimento à sacralidade da humanidade e da natureza como um todo. A espiritualidade exige o cuidado com tudo o que existe. Exigência não como dever ou obrigação, mas fruto da ética do amor ...” A espiritualidade pode nos deixar mais humanos.”
Se assim for – e assim o é, segundo penso, creio que acertadamente – uma pessoa que não tenha uma profunda espiritualidade, seja ela quem for, é como sopa sem sal, ou café sem açúcar. Ou, apropriando-me das palavras do grande poeta português Fernando Pessoa, um cadáver
A espiritualidade não é arrogante, não é bélica, não persegue as diferenças nem suprime a adversidade
Resultados da Ação Emergencial “É TEMPO DE CUIDAR” Um dos temas apresentados no plenário da 58ª Assembleia Geral da CNBB foi o balanço da Ação Solidária Emergencial “É tempo de cuidar”, conduzido por
bispo de Roraima (RR) dom Mário Antônio da Silva. Dom Mário, também preside a Cáritas Brasileira, uma das entidades que atuam na implementação
da ação, relembrou que a Ação Solidária foi lançada no Domingo de Páscoa do ano passado, com a intenção ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade ali-
mentar, e entrou em sua segunda fase em 11 de abril. om um alcance de mais de 1,1 milhão de pessoas beneficiadas, foram arrecadados em recursos
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
financeiros mais de R$ 4,5 milhões e distribuídos cerca de 5,9 milhões de quilos de alimentos. O balanço aponta ainda que as populações em situação de vulnerabili-
dade receberam 713 mil refeições prontas, 675 mil peças de roupas e calçados, além de 405 mil kits de higiene pessoal e 409 mil equipamentos de proteção individual.
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Jo 10,11-18
Disse Jesus 11“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida por suas ovelhas. 12O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. 13Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas. 14Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. 16Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. 17É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida para depois recebê-la novamente. 18Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente;
essa é a ordem que recebi do meu Pai”. B) COMENTÁRIO
No texto, Jesus apresenta-se como o bom pastor (v 11). Tal qualidade exemplar de pastor, pastor ideal, já é identidade de Iahweh, de Deus, no Antigo Testamento. Deus é o pastor que conduz o seu povo e repreende os pastores de Israel quando estes não atuam bem, quando não são bons pastores (Ez 34,11-34). Assim, Jesus tem as mesmas prerrogativas de Deus, e agindo como Ele, se mostra sendo bom pastor, que cuida das ovelhas, e que o conhecimento entre ovelhas e pastor é mútuo (v 14). Este conhecimento como relação entre Jesus e suas ovelhas é um conhecimento muito mais que intelectual, ele é vital, que gera e renova a vida, pois é o mesmo que ele tem com o Pai: “Conheço as
minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai” (vv 15-16). É um modo vital de conhecer; é “como o dele com o Pai”, um conhecimento que é trato familiar, como deveria ser toda e qualquer ação pastoral, característica própria ou concernente ao pastor. “Eu dou minha vida pelas ovelhas” (v 15), diz Jesus. Esta postura é o que diferencia o pastor do mercenário, que não se dispõe e nem põe em risco a própria vida; é egoísta e não se preocupa com a situação das ovelhas. Em ocasião limite, o privilegiado dos discípulos disse a Jesus: “eu darei a minha vida por ti” (Jo 13,37). O mestre o faz pensar e pesar na balança da vida a fragilidade humana na negação diante do medo (Jo 13,38). O mercenário amedronta-se diante do lobo que ataca as ovelhas. Pedro, que com medo negara o mestre,
recupera a coragem na força do amor por Jesus que acolhe a resposta do apóstolo e finalmente lhe confia seu rebanho – se me amas - “apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,17). O mestre declara ainda no texto: “É por isso que o Pai me ama” (v 17). E qual é a razão deste amor? É a de que Jesus pode dar a sua vida e logo recuperá-la (vv 17-18). Portanto, toda pessoa que se empenha na luta pela recuperação de vidas, seja a sua que a de outros, certamente está envolvida e movida pelo amor eterno de Deus, senhor da vida. Jesus tem como meta de sua atividade e que deve ser a de todo cristão, a unidade: “haverá um só rebanho e um só pastor” (v 16). Enquanto o ódio desagrega, só o amor congrega. O pastor dos pastores nos ensina que a única via de valor para a unidade é o amor. Aprendamos, pois!
n 23/04 – SEXTA-FEIRA Cor: Vermelho 1ª Leitura - At 9,1-20 Salmo - Sl 116, 1. 2 Evangelho - Jo 6,52-59 n 24/04 – SÁBADO Cor: Branco 1ª Leitura - At 9,31-42 Salmo - Sl 115, 12-13. 14-15. 16-17 Evangelho - Jo 6,60-69 n 25/04 – DOMINGO Cor: Branco 1ª Leitura - At 4,8-12 Salmo-Sl117,1.8-9.21-23.26.28cd.29 2ª Leitura - 1Jo 3,1-2 Evangelho - Jo 10,11-18 n 26/04 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Branco
1ª Leitura - At 11,1-18 Salmo - Sl 41, 2-3; 42, 3.4 Evangelho - Jo 10,1-10 n 27/04 – TERÇA-FEIRA Cor:Branco 1ª Leitura - At 11,19-26 Salmo - Sl 86, 1-3. 4-5. 6-7 Evangelho - Jo 10,22-30 n 28/04 – QUARTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 12,24 - 13,5a Salmo - Sl 66, 2-3. 5. 6.8 Evangelho - Jo 12,44-50 N 29/04 – QUINTA-FEIRA
Cor: Branco 1ª Leitura - At 13,13-25 Salmo - Sl 88, 2-3. 21-22. 25.27 Evangelho - Jo 13,16-20
5 BELÉM, DE 23 A 29 DE ABRIL DE 2021
SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
Espiritualidade PASCAL: a força provocadora da conversão INTRODUÇÃO
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eguindo as narrações dos evangelhos e dos Atos dos Apóstolos, outra consequência da fé no Ressuscitado é a experiência da conversão. A fé no Ressuscitado gera radical mudança de vida: atitude de reconhecimento dos males (a falta de fé, a ignorância, a violência etc.), o arrependimento, o pedido de perdão, a vida nova com a conversão! Esse novo dinamismo de vida percebemos desde os primeiros sinais da ressurreição com a constatação do sepulcro
O testemunho de vida e a pregação sobre Jesus Ressuscitado gerava nas pessoas o arrependimento dos males cometidos, estimulava o desejo do perdão dos pecados vazio, que se transforma num movimento expansivo e profundo com as aparições de Jesus. Quem se encontra com o Ressuscitado tem a sua vida transformada! Esse dinamismo positivo é primeiramente atestado por Madalena e as mulheres que vão bem cedo ao túmulo, depois por Pedro, João, os discípulos de Emaús, as comunidades dos discípulos, Tomé, Paulo de Tarso e aos poucos, crescendo atingindo o povo com a pregação dos apóstolos gerando milhares de conversão. O processo de conversão se exemplifica e se consolida na comunidade primitiva.
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O i m p a c t o da Ressurreição O impacto da ressurreição de Jesus não foi uma realidade sentida somente por seus discí-
pulos e discípulas, mas também por aqueles que pareciam seguros, corajosos e inabaláveis, como narra Mateus descrevendo a reação dos guardas. Com a aparição dos anjos eles tremeram de medo, e ficaram como mortos, paralisados (cf. Mt 28,4). A ressurreição de Jesus freia os promotores da morte de modo que se sentiram ameaçados e confusos. As mulheres estavam cheias de medo, paradas e chorando. Com a notícia de que Jesus havia Ressuscitado, elas se levantam, saem correndo com alegria, superando o medo (cf. Mt 28,8; Mc 16,8). O próprio Ressuscitado, sabendo o que se passava no coração delas, cheios de ansiedade, lhes acalma dizendo-lhes: «Alegrem-se!» (Mt 28,9). «Não tenham medo. Vão anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.» (Mt 28,10). A fé no Ressuscitado nos desinstala do pessimismo, da tristeza, do comodismo, do saudosismo e nos transforma em missionários da alegria e da esperança. O evangelista Lucas nos apresenta um detalhe muito significativo no processo de mudança do ânimo das mulheres. Elas foram questionadas pelo anjo: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se de como ele falou, quando ainda estava na Galiléia: ‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado, e ressuscitar no terceiro dia’.» Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. Voltaram do túmulo, e anunciaram tudo isso aos Onze, bem como a todos os outros” (Lc 24, 7-9). Temos aqui a importância da memória que desperta a fé e gera transformação. Algo muito semelhante também acontece com os discípulos de Emaús; mas quem provoca a memória, que desperta a fé e os transforma é o próprio Ressuscitado. A conversão desses discípulos passou por um processo e o condutor do mesmo é o próprio Jesus. A mudança pela qual eles pas-
DIVULGAÇÃO
n A FÉ NA RESSURREIÇÃO nos comunica a misericórdia do Pai que contém uma força de vida que penetra o mundo
sam, a partir desse encontro com o Ressuscitado, é extraordinária e profunda. Eles estavam decepcionados, abatidos, tristes, frustrados, como que cegos, e se afastavam de Jerusalém (cf. Lc 24,11-15). Após escutá-los, com sua intervenção, Jesus Ressuscitado abriu-lhes as mentes para entender as Escrituras (cf. Lc 24,25-27). Ao final comentaram entre si: “Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?» (Lc 24,32). Mas essa experiência de conversão não ficou somente na mente e no coração deles, mas se traduziu em compromisso missionário. Por isso diz o evangelista que, “na mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros” (Lc 24,33). Recordemos também a mudança das atitudes do apóstolo Tomé; antes do encontro com Jesus Ressuscitado, ele era um homem isolado, fora da comunidade, desconfiado, negacionista e descrente em relação ao testemunho comunitário. Todavia, após o encontro pessoal com Jesus Ressuscitado, com sua atitude de acolhida do mistério confessa a sua fragilidade fazendo uma profunda profissão de fé (cf. Jo 20,24-29). Além dessas narrações individuais temos também fatos comunitários que se referem à comunidade dos apóstolos. Eles estavam fechados e cheios de medo dos judeus (cf. Lc 24,36-42), mas após o encontro com Jesus Ressuscitado
tudo mudou. Antes de tudo, Jesus lhes deseja a Paz (cf. Lc 24,36; Jo 20,21), e após mostrarlhes as mãos e os pés, eles ficaram espantados e cheios de alegria (cf. Lc 24,37-43). Mais uma vez, também nesse encontro comunitário aparece a importância da memória. O que foi feito com Madalena, com os discípulos de Emaús, também acontece com a comunidade: a memória do testemunho da Sagrada Escritura expõe o plano de Deus (cf. Lc 24,44-47). Na pesca milagrosa, temos também outro exemplo de conversão da comunidade dos apóstolos. Eles tinham passado a noite pescando, mas não pegaram nada. De manhã estavam cansados, sonolentos, famintos. Jesus não esteve com eles na pescaria, mas após a aparição de Jesus dando-lhes orientações precisas, eles obedecem, tudo muda e vem a abundância de peixe (cf. Jo 21,1-11). Essa pescaria é símbolo da atividade missionária da Igreja que não tem sustento, consistência e nem eficácia se não for alimentada pela fé na presença do Ressuscitado que nutre o dinamismo missionário com a força da sua Palavra que tudo anima e transforma.
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A pregação gera conversão Aquilo que São Paulo afirma, que a fé depende da pregação e a pregação é o anúncio da palavra de Cristo (cf. Rm 10,17), é o que encontramos em diversas narrações nos Atos dos Apóstolos. A fé no
Ressuscitado gerou nos apóstolos a consciência do dever do anúncio daquilo que eles testemunharam e a proclamação desse anúncio através a pregação despertou a fé em milhares de ouvintes. O testemunho de vida e a pregação sobre Jesus Ressuscitado gerava nas pessoas o arrependimento dos males cometidos, estimulava o desejo do perdão dos pecados, provocava a vontade de mudança de vida (cf. At 3,19), promovia a restauração da saúde (cf. At 3,7-8), abria a todos a esperança da salvação (cf. At 3,20). A mensagem desta primeira fase da pregação é que a fé em Jesus Ressuscitado deve atingir a totalidade da vida de quem crê, causando-lhe profundo impacto dentro da sua pessoa levando-a sentir algo diferente dentro de si que a faz mudar de estilo ou dinâmica de vida. Quando a nossa dimensão afetiva e intelectual não é tocada pela fé, também não há consequências consistentes para assumirmos os mesmos sentimentos de Jesus Cristo (cf. Fl 2,5). A Ressurreição não é um “conto”, não é um “mito”, não é produto da fantasia dos discípulos em estado de carência paterna; é um fato histórico e é sobre ele que se fundamenta a nossa fé e nos compromete ao testemunho e anúncio (cf. 1Cor 15,1-19).
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A fé na ressurreição em nossa vida Todas essas referên-
cias nos convidam insistentemente a refletir sobre quais são as consequências da fé em Jesus Ressuscitado no nosso cotidiano. Na exortação Apostólica Evangelii Gaudium o Papa Francisco nos convida a traduzir a nossa fé na Ressurreição em atitudes de vida: a cultivar um amor inabalável pela dignidade humana, levantar a cabeça e sempre recomeçar, nunca dar-se por morto suceda o que suceder (cf. EG, 3). A fé na ressurreição nos comunica a misericórdia do Pai que contém uma força de vida que penetra o mundo; por isso não devemos ceder às injustiças, maldades, indiferenças e crueldades; é preciso crer no mundo novo que surge dos dramas da história; a força da ressurreição é a força de todo evangelizador, por isso é necessário manter a esperança viva (cf. EG, 276-279). A fé no Cristo Ressuscitado enche o coração e a vida inteira daqueles que o encontram. E todos aqueles que se deixam conduzir por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento e renascem para a alegria sem cessar (cf. EG,1). PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Como você testemunha a fé em Jesus Ressuscitado em sua vida? Por que apesar da fé na Ressurreição, há tristeza na vida religiosa de muitos cristãos? Qual personagem apresentado teve uma mudança que mais lhe tocou?
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Sinais da ressurreição
E todos aqueles que se deixam conduzir por Ele são libertados do pecado
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 23 A 29 DE ABRIL DE 2021
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Fundação Nazaré de Comunicação concluiu a reforma da capela no seu interior, lugar onde celebra-se a Missa duas vezes na semana, também o mesmo espaço onde é celebrada a Ação de graças pelos benfeitores da Família Nazaré toda primeira sexta-feira do mês. No próximo dia 26 será a bênção inaugural com a Santa Missa e a dedicação do altar, transmitido ao vivo pela Rede Nazaré de Comunicação. Iniciada no segundo semestre do ano passado, a reforma conferiu à capela um lugar mais apropriado ao encontro dos fiéis com o Senhor. É que antes das obras, o espaço da capela unia-se aos estúdios da Rede Nazaré de Televisão e, por todo o tempo, as celebrações eucarísticas eram um acontecimento quase sempre simultâneo ao trabalho realizado no espaço de estúdio pela produção da emissora. O uso compartilhado do mesmo espaço como capela e estúdio da emissora televisiva requisitou da Fundação Nazaré uma readequação para que a capela tivesse um lugar definitivo. Assim, veio a reforma que tornou a capela um local independente para a Santa Missa e para a oração pessoal de fiéis, de funcionários da Fundação Nazaré, assim como
FAMÍLIA NAZARÉ
CAPELA da Fundação será inaugurada MISSA e dedicação do altar trasmitidas aovivo marcarão ato inaugural no dia 26 FOTOS: LUIZ ESTUMANO
para visitantes. E para marcar a inauguração da capela, o presidente da Fundação Nazaré de Comunicação e Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, celebrará a Santa Missa no dia 26 de abril, às 12h, apenas com a equipe litúrgica, sem a presença de fiéis, cuidado ainda necessário para evitar aglomeração de pessoas, haja vista a continuação da pandemia da covid-19. O povo de Deus poderá acompanhar a celebração pelos meios de comunicação, uma vez que a Missa será transmitida ao vivo pela Rede Nazaré de Comunicação, direto da capela. Sintonize o canal 30 – ou a sintonia de sua cidade, acesse nossas redes sociais e acompanhe a inauguração. AGRADECIMENTO – A Arquidiocese de Belém e a Fundação Nazaré de Comunicação agradecem a todas as pessoas que ajudaram com doações para a realização desta obra. Rogamos a Deus que abençoe você e sua família!
n DEDICAÇÃO do altar ocorrerá durante a Missa
n REFORMA capela agora é independente
NOSSOS ANIVERSARIANTES Josefa Lisboa da Silva Maria de Nazaré Oliveira Albuquerque Jorge Raimundo de Aquino Maria das Graças Soares Martins José Jorge da Silva Maria de Fátima Souza Sirotheau Corrêa Maria Dairza de Souza Antonia do Nascimento Monteiro Vera Maria Palheta Mattos Lucia Sales Antonio Jorge da Silva Costa Anete Maria Valente Barros Nazaré Eufrazia Alvim Silva Maria Ursulina Ferreira Gemaque Itamir da Rocha Cardoso Dea de Azevedo Martins Flavia de Paula Cardoso Madalena Siqueira Franco Maria da Graça Costa Miranda Maria Iracy Lola de Souza Manoel Américo Bittencourt da Silva Maria de Sousa Gomes Oscarina da Silva Souza Nilce Maria Pinheiro Evandro José Pinho da Silva Josemar Pinheiro de Andrade Alice Imbiriba de Souza Gomes Maria José Lopes dos Santos Maria Arlete Nascimento
Nerilda Nery dos Santos Marilia Hadma Montoril Santiago Maria José Teixeira de Souza Eurides Rodrigues dos Santos da Silva Valdinea Olivier e Silva Celso A. Trierweiler Carmem Lucia C. de Moraes Ângela Carla Pardal Possas Fabio Cleiton Vansconcelos Deise de Nazaré Silva Castro Thatyara Raiol do Nascimento
Antonio Cesar Azevedo Neves Maria Irismar Sales Paula Maria Clara Almeida da Silva Francisco Assis do Amaral Costa Janete de Sousa Ramos Galvão Mario Silvino da Paixão Monteiro Franci Olga da Conceição Pinheiro Andrea Cristiane Cales Casal Jose Erivan Souza da Fonseca e Ana Maria dos S. Oliveira Eliel Rodrigues Damasceno
Ivete Preciosa Figueiredo Costa Maria Conceição dos Santos Luiz Siilva Santos Maria dos Santos Antonio Nelson Felix Nascimento Carlos Martins Azevedo Cecília Alves Rodrigues Maria Iramalia Braga Oliveira Cleonice Mendes Ferreira Maria da Piedade Barbosa Tavares Sandra Maria Serrão Loureiro Ivanete do Socorro Abracado Amaral e Família Carlos Alberto Cardoso Brito Elizete Araujo Moreira Sandro Oliveira de Lima
Victal da Cruz Pinheiro Maria Terezinha Brito Oliveira Clara Virginia Falcão Garcia Maria Izabel Lucena
Angelina Nazaré Simões Maria de Lourdes Silva das Chagas Oneide da Silva Tavares Zita Dezincort da Silva
Raimundo Amaral Portal Sheila Diana Castro Ribeiro Maria de Fátima Leal Moraes Luiz Fernando Duarte Reis Rodrigo Soares de Freiras Maria Clarice Santo dos Santos Maria Oneide Gomes Barbosa Luzia Matilde Araujo Nunes Cezarina Costa Guimaraes Raimundo dos Santos Cardoso Walquiria Pinheiro da Silva Marcos Santana de Oliveira Alex Junior Sousa de Sousa Carmem Lucia Carneiro Braga
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 23/04 – Diác. Jorge Raimundo de Aquino 25/04 – Pe. Carlos Augusto Azevedo da Silva 26/04 – Diác. Iacyr Milhomem Fernandes 27/04 – Pe. Idair Bonadiman 28/04 – Pe. Genaro Tesauro n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 23/04 – Pe. Antônio Arcanjo Cruz 24/04 – Pe. Frei Josimar Aguiar Lameira
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CADERNO DOIS
CRISMA de jovens na Área São Clemente FOTOS: DIVULGAÇÃO
CELEBRAÇÃO do Sacramento é um dos primei-
ros frutos da evangelização no local
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omingo, 11 de abril de 2021. Uma data importante e um registro histórico para a comunidade da Área Missionária São Clemente Maria Rofbauer, localizada no bairro do Benguí, em Belém. Naquela ocasião, a Santa Missa presidida por Dom Antônio de Assis Ribeiro foi também a cerimônia de Crisma para 30 jovens que o Bispo auxiliar de Belém crismou perante a comunidade. “Foi um acontecimento muito importante para todos na área porque são os primeiros frutos da evangelização nessa região”, atesta o padre Danilo Brandão, administrador e Vigário da Área Missionária, que concelebrou a celebração eucarística. Dom Antônio destacou durante a homilia
que a cerimônia de Crisma naquela comunidade foi “um transbordar do amor de Deus”. Com base na liturgia do dia, Dom Antônio destacou: “trata-se desse transbordar do amor de Deus na comunidade, como aconteceu nas comunidades primitivas em que eles não retinham nada para si, mas davam de tudo o que possuíam. E agora esses jovens, frutos dessa evangelização que temos vivenciado na Comunidade São Clemente, se dispõem a ser testemunhas do Senhor e a fazer transbordar esse amor no mundo”. A pandemia requer cuidados com os fiéis nas celebrações, e cercada de todos os cuidados, a cerimônia de Crisma contou com a presença de familiares dos crismandos e demais pessoas da comunidade, além do padre Rinaldo Felipe e padre Danilo Brandão, e os diáconos Rômulo e Marcelo Baraúna, da Basílica Santuário de Nazaré, que atuam naquela área missionária. “Foi uma alegria na graça do Senhor. Pais, padrinhos e toda a comunidade em festa! Celebramos esta nova etapa na vida de serviço
n DOM ANTÔNIO com os jovens que receberam o sacramento da Crisma
à Igreja, na evangelização que temos nos empenhado aqui em favor da Área Missionária, concretizada pelo Sacramento ministrado aos nossos jovens hoje. Depois finalizamos com muitas fotos e um café compartilhado”, testemunha padre Danilo. A MISSÃO - A Área Missionária São Clemente Maria Rofbauer foi desmembrada da Paróquia Rainha da Paz por Dom Irineu Roman
em 2019. Mas a Capela dedicada a São Clemente Maria Rofbauer já existe desde 1959, fundada pelos padres Redentoristas em homenagem ao seu co-fundador São Clemente, junto com Santo Afonso Maria de Ligório. Hoje a Área Missionária é composta por cinco capelas: Santo Antônio, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, São José, Nossa Senhora do Carmo e “Jesus é Vida”. “Já contamos com
projeto social que ajuda cerca de 350 jovens, muitos de outras denominações. Diversos movimentos, pastorais e serviços já são atuantes nessa igreja. Recentemente, a Renovação Carismática Católica (RCC) iniciou suas atividades e, com a graça de Deus, com esses jovens crismados hoje, iniciaremos um grupo de jovens na região que desenvolverá suas atividades todo sábado, às 16h”, informou padre Danilo.
n "UM TRANSBORDAR do amor de Deus", destacou Dom Antônio durante celebração que reuniu familiares
n CELEBRAÇÃO realizada com todo cuidado necessário e contou com a presença de familiares dos crismandos e demais pessoas da comunidade
Arquidiocese eleva paróquia a SANTUÁRIO de Aparecida Será dia 1º de maio, às 9h, a Santa Missa em que o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, presidirá a cerimônia de elevação da Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida a Santuário dedicado a Padroeira do Brasil, instituindo oficialmente a existência do segundo santuário mariano na capital do Estado do Pará. Ainda sob a vigência das medidas sanitárias contra a propagação da pandemia, a cerimônia será marcada apenas pela Santa Missa de elevação, na presença do clero da
Região Episcopal Santa Cruz. Os fiéis serão acolhidos apenas até o limite de 50% da capacidade de ocupação da igreja. Mas, por que a paróquia deve tornar-se Santuário? A motivação remonta ao ano 2017, celebração dos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora da Conceição “Aparecida” nas margens do rio Paraíba. A paróquia tornouse depositária da réplica oficial da imagem da Padroeira do Brasil enviada à Arquidiocese de Belém naquele ano. Além deste grande marco, o expressivo movimento de fieis
durante toda a semana, e a fim de estimular a devoção à Nossa Senhora com o título de Conceição Aparecida, a elevação a Paróquia Santuário também carrega consigo a particularidade de representar a comunhão com a Igreja no Brasil. A iniciativa partiu de diálogos entre Dom Alberto e o pároco, pe. Wagner Maria, abraçada com alegria pela comunidade. A cerimônia estava marcada, primeiramente, para o dia 25 de março, Anunciação de Nossa Senhora, mas devido o lockdown foi adiada.
LUIZ ESTUMANO
n PARÓQUIA Nossa Senhora da Conceição Aparecida
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PANORAMA
CADERNO DOIS
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Museu com ACESSO virtual
NAZARÉ REPÓRTER
SERÃO disponibilizados digitalmente mais de 200 itens
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Academia Brasileira de Letras (ABL) abriu ao público desde o dia 15 passado o acesso virtual ao seu acervo museológico, com mais de 200 itens disponibilizados digitalmente. A data de abertura ao acervo coincide com a comemoração do Dia Mundial da Arte. De acordo com o professor Marco Lucchesi, presidente da ABL, dentro da transformação sociológica e do quadro de emergência sanitária que a pandemia do novo coronavírus trouxe para as pessoas, unindo o real e o virtual, a internet se mostrou um dos instrumentos mais eficazes para dar conta desse horizonte novo e inesperado. Por isso, a instituição considerou que era o momento oportuno para o lançamento do acervo museológico no processo de expansão natural do ‘site’. Além do acervo museológico, é possível também fazer consultas aos acervos arquivístico e
DOAÇÃO DE SANGUE – AGENDE-SE
bibliográfico da ABL. O acesso virtual permitirá inicialmente ao usuário fazer consultas às coleções de pinturas, desenhos, esculturas e diversos materiais pertencentes à academia. Pelo novo sistema, o usuário terá acesso às fichas catalográficas das peças e suas fotografias. DESTAQUES O p re s i d e n t e d a ABL acrescentou que depois do acesso museológico virão outras iniciativas, dependendo de um ritmo mais complexo da pandemia, “porque nós queremos preservar a vida de mortais e imortais. Estamos obedecendo à risca os procedimentos sanitários e, sobretudo, o isolamento social”. Passada a crise da covid-19, Marco Lucchesi afirmou que terá ampliação a oferta dos arquivos da ABL para o público e sua digitalização. As coleções do acervo museológico disponibilizadas hoje (15) trazem exemplares de
n INSTITUIÇÃO com acervo museológico aberto
diversos artistas da história da arte brasileira, em diferentes gêneros artísticos. A coleção de pintura, com mais de 100 itens, conta com exemplares de Portinari, Dimitri Ismailovitch e Rodrigo Soares. Já a coleção de escultura tem obras de Rodolfo Bernardelli, Bruno Giorgi e Celso Antônio de Menezes, dentre 140 peças. A coleção de mobiliário, que será disponibilizada em breve, totaliza mais de 400 unidades. Cada peça terá pertencido a algum acadêmico, desde o fundador da ABL, Machado de Assis. “São peças que
guardam em si mesmas um valor estético importante, dependendo de quem foi o dono anterior, mas é claro que em numa perspectiva mais intensamente ligada à cultura do Brasil, as peças acabam adquirindo valor agregado pela história de quem foi e por que chegaram à academia. É um ponto de orgulho a mais”, salientou Lucchesi. A parte de mobiliário deverá estar disponível no sistema ao longo dos próximos meses. Novos itens serão incluídos em breve ao acervo. (Com informações Agência Brasil).
RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ
n PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO Segunda-feira, o tema do programa “Saúde e cidadania” será o dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, celebrado a 26 de abril. Por conta da pandemia do novo coronavírus, os hipertensos devem ter um cuidado redobrado, pois quem tem pressão alta está no grupo
de risco e pode ter sintomas severos da covid-19. Um especialista vai esclarecer sobre os cuidados habituais para o controle da pressão arterial. Sintonize 91.3 Mhz e acompanhe o programa. Se tem dúvidas, envie mensagem para o WhatsApp 98814-0275. Participe!!!
WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n SANTA MISSA, AO VIVO: ACOMPANHE NO PORTAL! Acompanhe de segunda a sexta-feira a Santa Missa, às 12h, ao vivo, direto da residência episcopal, com o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e com o Bispo Auxiliar, Dom Antônio
de Assis Ribeiro pela página da Rede Nazaré de Comunicação no Facebook.com/FNCBelem, pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br) e pelo nosso canal da Fundação Nazaré no Youtube.com/FNComunicacao.
O Sistema Braille é um sistema de escrita de leitura tátil para pessoas cegas e de baixa visão, constituído por um arranjo de seis pontos em relevo, dispostos em 63 combinações. Na UFPA, para garantir essa inclusão dos estudantes, a Superintendência de Assistência Estudantil (Saest) disponibiliza um serviço de transcrição de textos para o Sistema Braille para pessoas com deficiência visual. O sistema é o processo de escrita em relevo mais adotado em todo o mundo, é aplicado na leitura de língua portuguesa, mas também possui extrema importância para disciplinas que envolvem simbologia matemática, química, fonética, de informática, musical etc.
CAMPANHA MULTIPLIQUE ESPERANÇA Com o intuito de contribuir para melhorar os impactos provocados pela pandemia, o Time Enactus UFPA, em parceria com a Oficina de Criação UFPA, criou a segunda edição da campanha Multiplique Esperança. A iniciativa busca arrecadar fundos para ajudar a minimizar os impactos da pandemia na vida de comunidades de Belém. Em sua primeira edição, lançada em maio de 2020, a campanha distribuiu mais de 5,5 toneladas de alimentos e atendeu a mais de 7 mil pessoas de comunidades. Desta vez, o valor total arrecadado com a campanha será revestido na produção e doação de 300 máscaras e na distribuição de 200 kits de higiene e 200 cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, os mais afetados com a crescente alta da Covid-19.
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anual para as comunidades de base e para o povo simples, preparado pelas equipes de pastoral das dioceses mineiras de Araçuaí, Divinópolis e Teófilo Otoni. A primeira parte dá uma visão da natureza, da vida e da história, em capítulos breves, que terminam sempre com perguntas, um texto bíblico e um canto. A segunda parte apresenta orações e cânticos. A terceira parte oferece normas para vivenciar a fé, na esperança que leva a construir o Reino em comunidade. Um livro nascido do povo, na linguagem do povo, voltado para o povo.
n MISSA INAUGURA CAPELA DA FUNDAÇÃO
PORTAL NAZARÉ
INCLUSÃO DE ESTUDANTES
n ABRA A PORTA Cartilha do povo de Deus, Livro (PAULUS, R$ 20,00 )
CANAL 30.1
Fundação. A celebração será transmitida ao vivo pela Rede Nazaré de Comunicação. Você pode acompanhar a Santa Missa sintonizando a TV Nazaré no canal 30, ou na sintonia da sua cidade! A capela fica no piso térreo da Fundação Nazaré de Comu-
é rotineira a abertura aos sábados da sede, na Batista Campos e na unidade Castanheira, que fica na Rodovia BR 316 KM 0, no Pórtico Metrópole do Shopping Castanheira. O atendimento é de 7h30 às 17h.
BOA DICA
TV NAZARÉ
Dia 26, às 12h, a Arquidiocese de Belém vai inaugurar a capela da Fundação Nazaré de Comunicação. A celebração eucarística, sem a presença de fiéis, será presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, que também é o presidente da
Nos dias 10 e 11 de abril, a Fundação Hemopa vai abrir as unidades de coleta de Belém e Santarém para que a sociedade aproveite a oportunidade do final de semana para doar sangue. Em Belém, já
n SÃO JOSÉ, HOMEM JUSTO, ESPOSO E PAI José Bortolini, Livro (Paulinas, R$ 10,50)
nicação, localizada na avenida Governador José Malcher, nº 915, Edifício Paulo VI, no bairro de Nazaré, em Belém.
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o Brasil há inúmeras entidades religiosas que têm São José como Padroeiro ou Patrono. Este livro simples na aparência, mas profundo no conteúdo quer ajudá-lo a conhecer melhor quem foi São José, esposo de Nossa Senhora. O livro traz uma apresentação sobre quem foi São José, a presença dele nos Evangelhos, São José na liturgia e na vida da Igreja e breves indicações para uma novena a São José. Os Evangelhos são a fonte para a construção deste texto, mas os Evangelhos não registram sequer uma palavra saída da boca desse santo. Ele, no silêncio, revela que à frente da glória caminha a humildade. Graças ao Papa Francisco, estamos vivendo o Ano de São José. O texto que temos agora nas mãos não quer ajudar apenas durante o Ano no qual damos especial atenção a São José. São José, homem justo, esposo e pai veio para ficar e somar esforços para que o bem cresça e vença.
VATICANO
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Não existe um CRISTIANISMO à distância
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PAPA destaca: "não existe um Cristianismo apenas no plano do olhar. Não: o amor pede que se veja"
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om informações agência Ecclesia. O Papa disse no domingo, 18, no Vaticano que o Cristianismo exige a atenção ao próximo, a partir da “relação viva” com Jesus, superando visões que limitam a fé a questões de doutrina ou moral. “Ser cristão não é antes de tudo uma doutrina ou um ideal moral, é a relação viva com Ele, com o Senhor Ressuscitado: vejamo-lo, toquemo-lo, alimentemo-nos dele e, transformados pelo seu amor, vejamos, toquemos e alimentemos os outros como irmãos e irmãs”, sustentou. Francisco falou da janela do apartamento pontifício, onde voltou a presidir ao ‘Regina Caeli’, oração mariana que substitui o ângelus durante o período
pascal, com participação de peregrinos na Praça de São Pedro – o que não acontecia desde 21 de março. A intervenção dominical sublinhou que ver o outro é “o primeiro passo contra a indiferença, contra a tentação de virar o rosto diante das dificuldades e sofrimentos dos outros”. Depois de ter visto, assinalou o Papa, os cristãos são desafiados a “tocar” a vida de quem sofre. “Não existe um Cristianismo à distância. Não existe um Cristianismo apenas no plano do olhar. Não: o amor pede que se veja, mas também a proximidade, pede contato, a partilha de vida”, precisou. No terceiro domingo do tempo pascal,
Francisco refletiu sobre uma passagem do Evangelho que relata um encontro de Jesus com os seus discípulos, após a ressurreição, sublinhando que Cristo “não é um fantasma, mas uma pessoa viva”. O Papa destacou a importância das refeições de Jesus com os seus discípulos, “ao ponto de o banquete eucarístico se ter tornado o sinal emblemático da comunidade cristã”. “Comer juntos o Corpo de Cristo: isto é o centro da vida cristã”, observou. Francisco evocou, a este respeito, o testemunho de seis religiosos da congregação cisterciense de Casamari, na Itália, que foram beatificados no sábado, 17. Os mártires Simone, Domenico, Albertino, Modesto, Zosi-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
mo e Maturino foram mortos em 1799, num saque de soldados franceses, quando “resistiram com coragem heroica, até à morte, para defender a Eucaristia da profanação”. “Que o seu exemplo nos leve a um maior empenho de fidelidade a Deus, capaz também de transformar a
n PAPA falou da janela do apartamento pontifício
sociedade e de a tornar mais justa e fraterna”, disse o Papa, que pediu um aplauso para os novos beatos. A presença dos peregrinos foi destacada por Francisco, que se tem visto, várias vezes, confinado à biblioteca do Palácio Apostólico, por causa da Covid-19. “Graças a Deus,
podemos reunir-nos de novo nesta praça, para o nosso encontro dominical e festivo. Digo-vos uma coisa: sinto saudades da praça quando tenho de presidir ao ângelus, na biblioteca. Estou feliz. Dou graças a Deus e agradeço-vos a vós, pela vossa presença”, declarou.
Papa ORDENA novos sacerdotes para Roma, entre eles um brasileiro Com informações Vatican News. Entre os jovens a serem ordenados está o brasileiro Mateus Henrique Ataíde da Cruz, nascido em Afogados da Ingazeiras, presente em Roma há 7 anos para frequentar o Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. O Papa Francisco, como bispo de Roma, volta a ordenar sacerdotes para sua diocese. A celebração com o rito da ordenação terá lugar no próximo domingo, Domingo do Bom Pastor.
Os nove jovens que foram ordenados – entre os quais um brasileiro – preparam-se para este grande momento com um retiro em um Mosteiro. Sua formação foi realizada em seminários da Diocese de Roma. Seis deles estudaram no Pontifício Seminário Maior Romano: Georg Marius Bogdan, Salvatore Marco Montone, Manuel Secci, Diego Armando Barrera Parra, Salvatore Lucchesi e Giorgio Iuri. Dois deles foram formados no Colégio
diocesano Redemptoris Mater - Riccardo Cendamo e Samuel Piermarini – e um do Seminário Nossa Senhora do Divino Amor, o brasileiro Mateus Henrique Ataíde da Cruz. Mateus nasceu em Afogados da Ingazeiras, e mudou-se para Roma há sete anos, para frequentar o Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. “Quando eu tinha 15 anos comecei a trabalhar para um homem idoso, ajudavao com o computador. No contrato de trabalho estava escrito que
n ORDENAÇÕES sacerdotais na Basílica de São Pedro, em maio de 2019
todos os dias eu também teria que rezar junto com ele e reci-
tar o Rosário. O que a princípio experimentei como uma imposi-
ção, depois se tornou uma necessidade para mim”, contou ele.
SIMPÓSIO Teológico Internacional: uma reflexão sobre o sacerdócio Com informações Vatican News. Uma ampla reflexão sobre o sacerdócio, num contexto de mudança dos tempos e também da Igreja. Este é o ponto a partir do qual pretende iniciar o Simpósio Teológico Internacional intitulado “Por uma Teologia Fundamental do sacerdócio”, organizado pela Congregação para os Bispos em fevereiro . É um evento que foi abrangente, envolvendo toda a Igreja em sua análise, como explicou Michelina Tenace, professora de Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana. De acordo com a professora “o Simpósio é principalmente um Simpósio vocacional. É interessante entender que se apresenta no contexto de um caminho sinodal, desejado pelo Papa Francisco. Neste caminho, todos os fiéis são chamados a se envolver, a rever em que se baseia sua vo-
cação. Este Simpósio foi animado principalmente pelo cardeal Oullet, prefeito da Congregação para os Bispos, que afirma que os principais destinatários da iniciativa são os bispos. Isto nos mostra a particular importância do tema para toda a Igreja. O purpurado também afirma que é particularmente urgente relançar a questão do sacerdócio, “uma questão crucial para o nosso tempo”, afirma ele. O Simpósio deseja, então, ajudar a compreender por que a questão do sacerdócio é tão importante para o nosso tempo. É interessante porque significa que a questão do sacerdócio não atinge apenas algumas pessoas que, como sacerdotes, estão em dificuldade, mas diz respeito à transformação que está ocorrendo em toda a Igreja, e toda a Igreja deve ser entendida como um corpo anima-
do pela vida do Espírito, um corpo vivo em que cada membro deve seguir, deve relançar o impulso de vida onde o Senhor o chamou, onde se encontra”, destacou. TEOLOGIA FUNDAMENTAL Para a professora Michelina Tenace é “importante entender qual é o fundamento teológico do sacerdócio. A resposta pode parecer muito simples porque o fundamento é o sacerdócio de Cristo, mas na realidade não é tão simples assim. O próprio Papa Francisco diz que o povo santo de Deus ungido pelo Espírito é todo sacerdotal. Um Simpósio sobre o sacerdócio ministerial levará necessariamente a falar sobre o sacerdócio comum, o Batismo. Portanto, os ministros ordenados são indispensáveis para a Igreja, ninguém nega isso porque nos dão os sacramentos, a
Eucaristia, o perdão dos pecados, mas hoje se insiste muito em dizer que um sacerdote sozinho não é um sacerdote para si. O povo de Deus é indispensável porque expressa a vida que nos
vem da Eucaristia, do perdão, ou seja, uma vida de caridade, uma vida de crescimento de carismas, de cultura, de beleza. Portanto, a Teologia Fundamental do sacerdócio se concentrará
no fato de que todos somos chamados a expressar a presença de Deus na Terra. Este é o tema do sagrado. Então há muitas questões atuais. Dentre elas está como desclericalizar o clero.
D
eus não se resigna, se preocupa justamente com você, que ainda não conhece a beleza do seu amor, você que ainda não acolheu Jesus no centro da sua vida, que não consegue superar o próprio pecado. (19 de abril)
E
u os convido a rezar pela população da Ucrânia oriental. Faço votos sinceramente que se evite o aumento das tensões e, ao contrário, que sejam feitos gestos que promovam a confiança recíproca e favoreçam a reconciliação e a paz. (18 de abril)
S
er cristão não é antes de tudo uma doutrina ou um ideal moral, é a relação viva com o Senhor Ressuscitado. (18 de abril)
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EM NAZARÉ
MUSEU recebe fiéis com visita monitorada MEMÓRIA DE NAZARÉ tem um dos acervos mais ricos da cidade alusivos ao Círio de Nazaré
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ratrimônio material e imaterial da capital paraense referente à devoção mariana, o Museu Memória de Nazaré tem um dos acervos mais ricos, da cidade, alusivos à grande festa da Rainha da Amazônia. Ícones que representam a devoção dos fiéis
em agradecimento por uma graça alcançada, mantos oficiais utilizados pela Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré durante as procissões, objetos de cera, livros históricos, fotografias etc. O objetivo é divulgar uma das maiores manifestações religio-
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
sas do mundo. Para visitar o museu, é necessário seguir todas as recomendações de segurança do protocolo sanitário contra a covid-19, bem como a utilização de máscara, álcool em gel e respeitar o distanciamento social.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Localizado no estacionamento privativo da Basílica Santuário de Nazaré, o espaço funciona:
Segunda a Sexta-Feira: 9h às 14h e 14h às 17h Sábado: 8h às 12h
n ÍCONES que representam a devoção dos fiéis
n DIVERSOS objetos em exposição no museu
“DOM ELISEU MARIA COROLI: o missionário feliz” Em continuidade à série documental que relata a história missionária do Padre Barnabita D. Eliseu Maria Coroli, escrita pelo pároco de Nazaré, Pe. Francisco Maria Cavalcante, nesta edição você conhece um pouco mais sobre a história pós-guerra. Momento em que o missionário volta ao convento para retomar os estudos. Confira: Mesmo se sentindo realizado com o fato de já haver alcançado a graça de ser religioso clérigo Barnabita, Padre Eliseu Maria sentia que poderia galgar voos mais altos na busca pela autêntica felicidade; vê-se aqui expressada uma máxima do fundador de sua Ordem Religiosa: “Não progredir no caminho de Deus é parar, é voltar pra trás” (Santo Antônio M. Zaccaria); não poderia contentar-se com o que havia alcançado, era preciso dar um passo mais ousado e sabia que podia fazê-lo. O sonho de criança inflamava seu interior, não queria calar essa moção que marcara sua vida, no passado e na posteridade: “Ser missionário para ser muito feliz, feliz de verdade”. A doce voz de sua mãezinha imortalizou no seu ser esse ideal de vida. A realização desse projeto consistia na sua essência em responder ao chamado do
Divino Mestre, que nos olha com um olhar de amor transbordante e nos exorta dar sempre mais de nós mesmos em prol dos demais. Pe. Eliseu se colocou à disposição de seu Superior Geral para ir a missão fora da Itália. Eis que a Providência Divina une o sonho do jovem padre à necessidade de prover pastores que ajudem a apascentar as ovelhas no novo mundo. Sua destinação: o renomado Colégio Zaccaria dos Barnabitas, localizado no Rio de Janeiro. Depois de três meses de viagem de navio, chega ao Brasil em dezembro de 1924, com poucas malas, porém com o coração repleto de valiosos tesouros espirituais, prontos para partilhá-los com aqueles que Deus lhe confiaria. “Quando a disponibilidade é cordial e total, a obediência é perfeita”. (Servo de Deus Dom Eliseu Maria Coroli)
n PADRE ELISEU com um grupo de alunos desde os primeiros anos de seu compromisso missionário no Brasil
EM CASA: celebrações transmitidas pelas redes sociais A expressão “Fique em casa” é utilizada como uma das principais ações de prevenção à covid-19. Durante o início do isolamento social, muitos precisaram adaptar-se à nova rotina. Casados, solteiros, em família ou convivendo com a própria companhia. Dias difíceis. Para os cristãos, a celebração da Santa Missa, pelas redes sociais, foi o alimento da alma, acalento para o coração.
Os Padres Barnabitas, de forma virtual, levaram os fiéis para dentro da casa clerical localizada na Basílica Santuário de Nazaré. Intensificaram as transmissões das celebrações. Adoração ao Santíssimo Sacramento, Santa Missa, novenas e Terço da Divina misericórdia, além de lives musicais com temáticas marianas dedicadas ao entretenimento e evangelização dos fiéis. Um ano após o iní-
cio da pandemia, as limitações ainda existem por conta dos cuidados para com o novo vírus. Devido ao intenso uso durante aproximadamente quinze anos, os equipamentos de TV Basílica estão defasados. Para que os sacerdotes continuem com a missão de evangelizar através da comunicação digital, é necessário renovar o sistema de transmissão do Santuário da Rainha da Amazônia.
ARQUIDIOCESE
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CRISTO Redentor: nova paróquia instalada
ARQUIDIOCESE instalou a paróquia de número 97 e fará parte da Região Episcopal Coração Eucarístico de Jesus
E
m cerimônia presidida pelo arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e pelo bispo auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, foi instalada a Paróquia Cristo Redentor, a 97ª da Arquidiocese de Belém. A cerimônia de instalação ocorreu em 8 de abril passado e contou com a participação, além dos bispos, padres da Região Episcopal Coração Eucarístico de Jesus. Na ocasião Dom Alberto deu posse a padre Humberto Paiva Brito como o primeiro pároco. A nova sede paroquial foi desmembrada da Paróquia Santo Antônio de Pádua e integrará a Região Episcopal Coração Eucarístico de Jesus. Terá como comunidades pertencentes: Santo Expedito; Nossa Senhora das Graças; Nossa Senhora de Nazaré; e Santa Marta L ocalizada na rodovia Mário Covas, esquina com a avenida Portugal, no bairro do Coqueiro a nova paróquia vai funcionar com pastorais do Jovem, Familiar, Dízimo, Social e da Acolhida
FOTOS: DIVULGAÇÃO
(guardas), entre outras. São também prestados serviços de atenção a jovens, pessoas idosas e existe projeto para atendimento médico e psicológico à população. A região Coração Eucarístico de Jesus tem como vigário episcopal o cônego José Luiz Alves Fernandes e conta com mais 23 padres, 80 comunidades divididas entre 13 paróquias, que atendem o Benguí, Catalina, Mangueirão, Sideral, Tenoné, Una, Cabanagem, Satélite e parte do Coqueiro. PÁROCO Padre Humberto Paiva Brito foi ordenando em março de 2019, durante as comemorações dos 300 anos da Diocese de Belém, sendo na Arquidiocese de Belém o primeiro diácono permanente a ser ordenado padre depois de viúvo. Após a ordenação foi nomeado vigário da paróquia de Santo Antônio de Pádua onde estava até então. INSTALAÇÕES Para setembro está pre-
n A NOVA sede paroquial foi desmembrada da Paróquia Santo Antônio de Pádua
vista a instalação da Área Missionária São Vicente, na Pratinha e sem data definhada estão as Áreas Missionárias Nossa Senhora de Guadalupe, na sacramenta e São José, em Outeiro. Em dezembro de 2020 foi instalada Área Missionária Santa Maria Mãe de Deus (96), localizada no Bairro do Castanheira, tendo como Administrador da Área Missionária o Padre Antônio Morais Oliveira, que já passou pelas
paróquias Mãe da Divina Providência e Fátima (Antônio Barreto). A Área Missionária foi desmembrada da Paróquia Cristo Reis e conta as Comunidades: Cristo Amigo; Nossa Senhora de Aparecida; Cristo Salvador; e Nossa Senhora Rainha dos Corações. E integra a Região Episcopal São Vicente de Paulo. Em julho de 2020 foi instalada a Paróquia Santa Teresinha da Amazônia (95), que tem como páro-
co o Padre Gabriel Aparecido Paes. O Sacerdote foi ordenado junho de 2018 e exercia a função de Vigário Paroquial na Paróquia Jesus Ressuscitado até assumir a nova paróquia. A Paróquia Santa Teresinha da Amazônia foi desmembrada da Paróquia Jesus Ressuscitado e integra a Região Episcopal Santa Cruz, conta com três comunidades: Rosa Mística; Sagrada Família; São Arcanjo Gabriel.
SANTARÉM lança concurso de desenho para crianças e adolescentes A Cáritas da Arquidiocese de Santarém, por meio do seu projeto “Iça - Ação e Proteção”, lança nesta segunda-feira, 19, o regulamento do 1º Concurso de Desenho sobre o enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Os desenhos devem ser feitos nesta temática e enviados até o dia 6 de maio de 2021. O concurso é destinado a crianças e adolescentes do estado do Pará que tenham entre
5 e 16 anos e estejam na educação infantil ou ensino fundamental. Os desenhos devem ser inéditos e originais, e feitos à mão em uma folha de papel branco tamanho A4. O regulamento ainda informa o tipo de material que pode ser utilizado para a execução do desenho. Após a finalização, o participante deve gravar um vídeo de até dois minutos explicando o que seu desenho representa a partir da temática.
INSCRIÇÕES A inscrição para o concurso é gratuita e deve ser feita de 19 de abril a 6 de maio de 2021 já com o envio do desenho e o vídeo explicativo, conforme orientações do regulamento. O desenho precisa ser digitalizado e enviado junto com o vídeo pelo formulário eletrônico disponível neste link: https://forms.gle/gkS3oh9TGwua12Ws5
A Comissão Julgadora avaliará os desenhos inscritos conforme determina o regulamento. Serão quatro categorias de premiação: Grupo A - Entre 5 e 7 anos; Grupo B - Entre 8 e 10 anos; Grupo C - Entre 11 e 13 anos e Grupo D - Entre 14 e 16 anos. Os escolhidos serão disponibilizados para uma votação popular on-line, de 11 a 17 de maio de 2021 nas redes sociais oficiais (facebook e
instagram: @arquidiocesedesantarem) e site da Arquidiocese de Santarém (arquidiocesedesantarem.org.br) O resultado dos desenhos ganhadores será divulgado no dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em uma live que posteriormente vai ser divulgado o local de transmissão.
PREMIAÇÃO O primeiro lugar de cada categoria receberá um certificado de participação e um kit de material artístico. Todos os participantes que tiverem seus desenhos expostos receberão certificados de expositores e um brinde como reconhecimento de sua produção artística. Confira no link o regulamento do concurso: http://arquidiocesedesantarem.org.br/arquivos/regulamento-concursos-dedesenhos-caritas-santarem_19-04-2021_11-40-04.pdf
CAMPANHA de doação para ajudar famílias do Marajó Várias entidades se uniram e lançaram no início do mês a campanha de doação “Ajude o Marajó” para auxiliar famílias marajoaras afetadas pela pandemia. Com o lema “Vamos Combater o Coronavírus com Solidariedade”, a campanha é composta pela Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Pará (ADPEP), Comissão Justiça e Paz da CNBB Norte 2, Diocese de Ponta de Pedras, Prelazia do Marajó, Associação do Ministério Público
do Pará (AMPEP), Associação dos Magistrados do Estado do Pará (AMEPA), Associação dos Delegados Aposentados da Polícia Civil do Pará (ADAPPA), Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Associação dos Procuradores do Estado do Pará (APEPA), Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região (AMATRA8), Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE), Movimento Humanos Direitos (MHuD) e Paróquia
de Sant’Ana de Breves. As doações podem ser em dinheiro ou em forma de alimentos não perecíveis nos pontos de arrecadação. Segundo os organizadores da campanha, famílias inteiras estão passando por dificuldades financeiras causadas pela pandemia do coronavírus. DOAÇÕES As doações em dinheiro podem ser feitas via PIX com chave e-mail: secretariado@
cnbbn2.org.br e cairão na conta do Banco do Brasil 34745-0, agência 1686-1. CNBB, CNPJ: 33.685.686/0013-94. Já as doações de alimentos podem ser entregues nos seguintes locais: Sede da ADPEP (Trav Padre Prudêncio, n 95, Praça Maranhão, bairro Comércio, Belém). Sede da AMPEP (Rua João Diogo, n 70, bairro Cidade Velha, Belém). Sede da AMEPA (Av Gov José Malcher, n 1074, bairro Nazaré,
Belém). Secretaria da Paróquia Sant’Ana (Av Rio Branco, n 91, bairro Centro, Breves). Paróquia Nossa Senhora da Luz (Av Floriano Peixoto, Praça da Matriz, s/n, Portel).
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IGREJA
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CF 2022 apresentada aos bispos em assembléia
DIVULGAÇÃO
OS 40 ANOS da Pastoral da Educação per-
passará o texto - base da campanha
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romover o diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã é um dos objetivos da Campanha da Fraternidade 2022 (CF), que terá como tema “Fraternidade e Educação” e como lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26). A proposta foi apresentada, na tarde do dia 13 aos bispos reunidos durante na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que, pela primeira vez, é realizada na modalidade online. De acordo com o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, o caminho de construção da CF 2022 tem como uma das motivações a celebração dos 40 anos da Pastoral da Educação no Brasil, e o texto-base – documento que norteia as ações da Campanha da Fraternidade – e que segue em elaboração. “Quando nós falamos da realidade educativa, tal realidade não se restringe ao ensino científico e técnico, mas o desejo é
lançar o olhar sobre a educação de forma integral”, afirmou. Para que a Campanha da Fraternidade seja melhor desenvolvida, foram propostos sete objetivos específicos, que são: analisar o contexto da educação, bem como os desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição Cristã em vista de uma educação humanizadora; refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral junto às escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres. ESCUTAR, PROPOR E DISCERNIR Anualmente, os temas propostos pela Campanha da Fraternidade são trabalhados a partir do método “Ver, Julgar e Agir”. Em 2022 o “Ver” será na perspectiva de escutar; o “Agir” seguirá no caminho do propor; e o “Julgar” voltará o olhar para o discernimento.
n PADRE Patriky Samuel Batista, secretário executivo de Campanhas da CNBB
“O desejo da equipe executiva e do que foi proposto pelos bispos tem em vista o que o Papa Francisco propõe no Pacto Educativo Global”, disse o padre Patriky. FAMÍLIA E EDUCAÇÃO Além das ações próprias da Campanha da Fraternidade, os bispos deverão escrever uma carta aos educadores brasileiros. “O Texto-base é fundamental, mas não é um texto que chega às famílias como um texto integral. Nós pensamos que seria oportuno que um grupo de bispos pudesse escrever uma carta aos educadores e às famílias, de modo que possa ser amplamente divulgada. Não precisa ser um documento, mas uma carta que o Conselho Permanente, que será realizado em outubro, pu-
desse aprovar. A sugestão tem como pano de fundo a palavra do episcopado para a Quaresma de 2022 sobre a importância da educação”, afirmou o arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal para a Cultura e Educação, dom João Justino. O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, destacou que é necessário dar espaço ao papel da família como base educacional. “A família tem um papel importante na educação, papel que não é suprido na escola. Eu acredito que seja muito importante dar este espaço, porque a família foi sendo muito alijada, a educação vem sendo terceirizada”, afirmou. “Dentro da temática que foi proposta, eu vejo que é muito importante, porque
hoje vemos uma educação bastante técnica e uma educação carente de valores. A Campanha da Fraternidade sempre foi bem aceita nas escolas e nas universidades, que sempre solicitam material. A educação está carente de valores humanitários e éticos que favoreçam os valores cristãos como nos pede o Papa Francisco”, destacou o arcebispo de Santarém (PA), dom Irineu Roman. É importante destacar que, no contexto atual, a pandemia é abordada por um eixo transversal, que perpassa por todos os objetivos propostos. As contribuições apresentadas pelos arcebispos e bispos serão levadas, pelo padre Patrick Samuel, à equipe executiva da CF 2022.
58ª ASSEMBLEIA GERAL: partilhas, discussões, debates e decisões "Realizamos a 58ª Assembleia Geral da CNBB. Não foi um congresso de cientistas, nem de politólogos, nem de especialistas desta ou daquela área. Foi um encontro de pastores e servidores do Povo de Deus. Fizemos um caminho em quatro dias e meio com muita qualidade. A pauta foi extensa e nós a cumprimos com partilhas, discussões, debates e decisões importantes tomadas”, declarou dom Walmor Azevedo. De acordo com o bispo, a
Assembleia Geral é uma oportunidade de um olhar aprofundado para a Igreja e para o mundo. “Uma assembleia tem a tarefa de olhar a si mesma. Não para parar em si mesma, mas para rever seus caminhos e encontrar novas respostas. Por isso a Assembleia foi um olhar para nós mesmos, para nosso caminho como Igreja, evangelização e compromisso de proclamar a Palavra de Deus. Também uma experiência de lançar um olhar sobre o
mundo, e nos encontrarmos em nossas forças e fragilidades e ao mesmo tempo intuímos caminhos de novas respostas. Com esse olhar damos conta de que estamos num mundo sofrido e de feridas expostas e que nós como Igreja, no coração do mundo pelo mandato de Jesus Ressuscitado, precisamos nos debruçar diante dessas feridas e cuidar delas, em cada pessoa do tecido da sociedade brasileira”, disse. Para dom Walmor a palavra da Igreja precisa ser clara
e fortalecer o compromisso missionário, evangelizador e ajudar o mundo a abrir-se ao amor de Deus. “Uma Assembleia Geral não é apenas do ponto de vista estatutário o momento mais importante da vida da CNBB, que reúne todos os primeiros servidores da Igreja no Brasil, é também um momento alto de experiência espiritual. Somos nós como Igreja em um mundo sofrido, colocando um pilar de esperança para reacender nele um farol e assim apontar
caminhos novos para o nosso mundo”, afirmou. Dom Walmor disse que a Assembleia Geral foi à luz da Palavra de Deus, do compromisso com a vida, um pilar de esperança para fazer luzir um grande farol iluminando o caminho da nossa vida. “Nós como Igreja Católica no Brasil estamos a serviço da vida, dos pobres, dos sofredores, e da construção de uma sociedade mais justa e solidária. O novo que nós precisamos em todas as dimensões vem do amor.
Doações: Paróquia CRISTO REI em campanha de arrecadação A Paróquia Cristo Rei, localizada às margens da rodovia BR-316, na Guanabara, passa por reforma. E o pároco, padre Pedro Júnior, pede ajuda do povo de Deus, para a continuidade dos serviços. A paróquia, de arquitetura moderna e imponente, tem uma cúpula notável que sustém a imagem de Cristo Rei sobre o globo terrestre, visível a boa distância. Padre Pedro explica que essa estrutura é formada em grande parte de policarbonato, que com o passar do tempo, requer a substituição. A reforma é de custo elevado, razão pela qual o pároco está pedindo a doação de fiéis para a concluir a reestruturação da
cúpula e reforma do telhado. “Qualquer quantia que recebermos, irá nos ajudar nessa obra. Desde já, agradecemos e pedimos que Cristo Rei abençoe você e sua família”. Quem quiser contribuir com a obra, pode se dirigir à Paróquia Cristo Rei, situada na rua Liberdade, s/nº, na rodovia BR-316, km 2, próximo a um supermercado. Os colaboradores da obra também pedem doar por via PIX: CNPJ 04.814.851/002687, conta bancária da Arquidiocese de Belém e à Paróquia Cristo Rei - Banco Itaú AG: 7162; CC 13.655-5 Mais informações podem ser obtidas pelo contato: (91) 99176-2472/3235-1405.
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LUIZ ESTUMANO
n REFORMA NECESSÁRIA paróquia aguarda doações para realização das obras