ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CV - Nº 938 - PREÇO AVULSO: R$1,00
BELÉM, DE 24 A 30 DE JULHO DE 2020
www.fundacaonazare.com.br
Instalada NOVA paróquia em Belém A 95ª paróquia da Arquidiocese de Belém foi oficialmente instalada dia 16, na Missa presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano, dedicada a Santa Teresinha da Amazônia. Na ocasião foi também empossado o pároco, padre Gabriel Aparecido Paes. CADERNO 2, PÁGINA 1. LUIZ ESTUMANO
n PÁROCO Pe. Gabriel Aparecido Paes foi também empossado durante a Missa para conduzir o rebanho da nova paróquia LUIZ ESTUMANO
CRESCE a missão nas novas comunidades Seguimos com a reportagem especial sobre lém na Área Missionária Perpétuo Socorro, a ação evangelizadora da Arquidiocese de Be- em Marituba. CADERNO 2, PÁGINA 6. DIVULGAÇÃO
n AUMENTA a presença da Arquidiocese em Marituba: Comunidade N. Sra. Auxiliadora n ORDENAÇÃO do diácono Richardson Santos
RICHARDSON é diácono "Foi um encontro pessoal com Deus", disse o neo diácono, ordenado dia 18 na Paróquia São João Paulo II. Ele irá atuar na
Paróquia Santa Bárbara. Foi a terceira ordenação diaconal na Arquidiocese de Belém só neste mês de julho. CAD. 2, PÁG. 5
Celebração da VIDA
FESTIVIDADES paroquiais
Dom Antônio de Assis Ribeiro festeja anivesário natalício no próximo dia 26. CADERNO 2, PÁGINA 2.
Paróquias do Bom Remédio e Cristo Rei anunciam festividade dos padroeiros. CAD. 2, PÁG. 2.
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OPINIÃO
BELÉM, DE 24 A 30 DE JULHO DE 2020
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semana que agora chega ao fim registrou os 150 anos da proclamação de dois dogmas da Igreja. O do primado do Papa e o de sua infalibilidade. Muita gente, usando (e abusando) do direito de ser ignorante, ri, quando se diz que o Papa é infalível. As pessoas, sobretudo as de má vontade, confundem o Papa com o homem que exerce a função. Sobre esse tema, convém transcrever a explicação de São João Paulo II sobre
JOÃO CARLOS PEREIRA Jornalista e professor (jcparis1959@gmail.com)
PRIVILÉGIO DE SER CATÓLICO
O primado do Papa e o de sua infalibilidade o tema, na audiência geral de 24 de março de 1993, no Vaticano. Assim disse o Papa: “A infalibilidade não é dada ao Pontífice Romano, como a uma pessoa em particular, mas enquanto cumpre seu cargo de pastor e mestre de todos os cris-
A
presença de Cristo entre nós é uma graça divina, isto é, um dom que Deus nos concede quando, de fato, vivemos o amor uns pelos outros, para os outros, e com os outros, na medida daquele “como” Cristo nos amou. Não é suficiente apenas uma atitude de empatia ou “boa disposição” para com os outros. E sabemos também que a presença de Cristo não se estabelece de uma vez por todas; é preciso cada dia, a cada momento, recolocarse na vivência das virtudes cristãs, vendo cada irmão e irmã com “olhos novos”, atuando aquele “pacto de
todos os cristãos”, ao pronunciar-se sobre verdades concernentes à “fé e aos costumes”, com termos que demonstrem, claramente, sua intenção de definir certa verdade e exigir a sua adesão definitiva de todos os cristãos. Foi o que aconteceu
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Anistia completa misericórdia”, que é uma anistia completa em nosso coração, em relação às falhas e defeitos dos irmãos, pois o amor cristão nos pede a perdoar sempre. “Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Eu digo
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oje se exige capacitação e competência para qualquer serviço. Quem não se capacita, não será competente em nenhum trabalho. Sem a devida capacitação, a pessoa é incompetente e não dará resultados satisfatórios e, facilmente, causará também danos. Só um doido se submeteria a uma cirurgia de apendicite ante alguém que não é médico, a menos que já tenha o seu caixão de defuntos. Hoje se exige curso de capacitação para tudo: motorista, advogado, médico, engenheiro, serviços gerais e até para servente de pedreiro. Poucos, porém, fazem curso de capacitação para ser comentarista
a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt 18,21-22). O perdão é, sem dúvida, uma das mais altas expressões do verdadeiro amor. Nem sempre é fácil perdoar, mas também não é impossível de vivê-lo; antes, conhecemos exemplos muito fortes e edificantes de perdão ao próximo, no passado e na atualidade,
que mostram a força da graça de Deus atuando no coração humano. Para nós, discípulos/as de Cristo, esta deve ser nossa obra principal: viver de modo tal o amor pelo próximo que Ele nos deixou, até que este amor se torne recíproco, e crie, assim, as condições para que Ele esteja entre nós. Em outras palavras:
a nossa principal obra evangelizadora deve ser a de “constituir células de unidade em todos os lugares: na própria família, no condomínio ou na rua em que moramos, com aqueles com quem jogamos, ou estudamos, ou trabalhamos, com todos, tanto quanto possível, acendendo essas chamas por toda parte” (Chiara Lubich, Je-
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
Curso para agentes da liturgia e proclamador da Palavra na liturgia. Acham que basta ter boa vontade. A boa vontade é necessária, mas não basta. Não basta ter vontade de fazer cirurgia, de pilotar um avião, de ser astro de futebol. Assim é também na liturgia para proclamar a Palavra de Deus. Poucas paróquias investem em cursos para agentes da liturgia. Esta é a princi-
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iante de tantos desafios atuais, temos sido convidados à Resiliência. Mas, faz-se necessário esclarecer o que é essa habilidade humana, por vezes mal compreendida. Então, vamos começar pelo final: ser resiliente não é não sentir, não é somente resistir e seguir em frente, não é se esforçar a superar, não... Resiliência é aprender a se recarregar ou, melhor dizendo, a se recuperar. O termo Resiliência vem da Física, identificando a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica e a Psicologia o utiliza
pal causa porque poucas igrejas fazem boas celebrações. Pesquisas revelam que quase 50% dos fiéis que vão à Igreja para as celebrações saem insatisfeitos, porque a proclamação é muito corrida, sem alma, sem expressão e mal pronunciada. Muitos se queixam que não entenderam a Palavra que foi lida. Os nossos microfones geralmente são baratos, de má
qualidade e distorcem a voz, o que piora ainda mais a compreensão da Palavra. Microfone muito próximo da boca é danoso e até desastroso. Ler é uma coisa. Proclamar é outra. Ler é para si. Proclamar é quase declamar, dar vida, alma e expressão para os outros entenderem. Quanto maior é o ambiente, mais lenta e claramente deve ser
BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
Você está sendo resiliente? referindo-se à capacidade que as pessoas têm de se adaptarem às dificuldades, traumas, ameaças, tragédias. Pessoas resilientes apresentam maior aptidão para confiar em si mesmas e em suas escolhas, lidando com firmeza frente os desafios diários, trabalhando na resolução de um problema ao invés de se deixarem paralisar
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
usar e abusar em todas as circunstâncias, mas apenas “quando fala da Cátedra - Ex Cathedra” - e somente em campo doutrinal, limitado às verdades da fé e da moral e às que lhe estão intimamente ligadas (...). O Papa deve agir como “pastor e doutor de
tãos. Ele também não a exerce por autoridade em si mesma e por si mesma, mas “pela sua suprema autoridade apostólica” e “por assistência divina, que lhe foi prometida, mediante o Beato Pedro”. Enfim, ele não dispõe dela como se pudesse
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
pela negatividade, pelo queixume, pela murmuração. Não significa dizer, em absoluto, que essas pessoas não sentem medo, angústia, tristeza, insegurança; sim, esses sentimentos são humanos e os resilientes são humanos. No entanto, mesmo diante de problemas e dificuldades, as pessoas resilientes buscam em si mesmas
DIRETOR GERAL Padre Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira
(daí a importância do autoconhecimento), um motivador interno para seguir em frente. São pessoas que, por exemplo, enxergam uma dificuldade como oportunidade de crescimento e não ficam paradas. Uma das grandes características dos resilientes é o otimismo, pois acreditam e direcionam seus comportamentos
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
- por exemplo – com a definição do Dogma da Imaculada Conceição de Maria, sobre a qual Pio IX afirmou: “Trata-se de uma doutrina revelada por Deus e, como tal, deve ser firme e constantemente aceita por todos os fiéis”; ou, então, com definição da Assunção de Maria Santíssima, quando Pio XII disse: “Com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Beatos Apóstolos Pedro e Paulo, e com a minha autoridade, a declaramos e definimos Dogma, divinamente revelado”. sus no meio, CN, p. 81). É esta “anistia completa”, característica do amor que sabe perdoar “até setenta vezes sete”, que, quando atuada pelos discípulos/as de Cristo, possibilita uma nova configuração da Igreja: ou seja, células da presença de Cristo que irradiam luz e calor, tornando o mundo mais fraterno e justo. “Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão, eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo” (NM, 43s).
a proclamação da Palavra. Se for corrida, as sílabas se acavalam e os ouvintes dificilmente conseguem entender. A má proclamação afugenta os fiéis que não voltam mais à Igreja. Cursos de capacitação para agentes da liturgia é um investimento que melhora muito as celebrações e dá alegria aos fiéis. As paróquias precisam investir para capacitar seus agentes de liturgia. É um investimento que dá retorno com muitos e saborosos frutos. Se uma Igreja é bastante vazia, certamente o grande espantalho é a incompetência dos agentes nas celebrações. O certo seria: Só atue na liturgia quem estiver capacitado. e atitudes para que, no final das contas, tudo dê certo para todo mundo. Além disso, mesmo diante de situações adversas, esses indivíduos procuram sempre focar no lado positivo das coisas, mesmo que sejam experiências negativas, buscando compreender como podem sair melhor e mais fortalecidas de cada desafio. E o mais importante: a Resiliência pode ser aprendida, exercitada e desenvolvida em qualquer pessoa! Alguns caminhos: procure ter uma atitude positiva; aceite que a mudança faz parte da vida e que há situações que não dependem de você. Levante e siga em frente!
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
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DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
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imaginário popular, desde a nossa infância, é povoado de aventuras fabulosas, nas quais os olhos brilham e bate ansioso o coração ao se identificarem os leitores ou espectadores com os personagens nelas retratados. Os mapas de tesouros, os piratas que os buscam, a alegria do encontro daquele baú cheio de joias ou moedas de ouro, tudo isso, em algum momento da vida, já passou pela nossa cabecinha de crianças em idade ou crianças crescidas. Mesmo no dia a dia de pessoas adultas, o sonho de ganhar um grande prêmio nas inúmeras loterias e sorteios existentes continua a alimentar o desejo de algo de muito grande, desproporcional às despesas feitas. Não é raro
Não desperdiçar qualquer oportunidade para deixar no tempo que vivemos a marca digital de nossa presença construtiva, fruto da fé que professamos alguém desejar o primeiro prêmio da megasena, mas sozinho! E, mais ainda, o desejo de parar de trabalhar, para apenas gozar a vida! E se acrescenta ainda, não depender mais de ninguém! Grande e ilusória vantagem, já que fomos feitos para compartilhar e não para acumular! Nossa vida comporta escolhas que de-
CONVERSA COM MEU POVO terminam o rumo da existência. É muito forte e exigente a palavra de Jesus no Sermão da Montanha: “Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6,1921). Escolher um tesouro significa estabelecer objetivos claros na vida. Quem sabe onde quer chegar corre em direção da meta determinada, mesmo com as múltiplas dificuldades que possa encontrar. Buscar valores efêmeros e passageiros fatalmente leva à frustração. Não é que Deus fique lá do alto a programar surpresas pelas estradas da vida. Nós mesmos é que cavamos os buracos em que muitas vezes podemos cair, o que exige uma corajosa revisão dos rumos a serem tomados. O encontro com Jesus Cristo é o maior tesouro que pode existir. “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo” (Mt 13,44). Por ele, vale perder todo o resto, que se torna mesmo um resto! Encontrar! Procurar! Procurar um tesouro que valha a pena é fundamental. E aqui entram as pessoas positivamente inquietas, aquelas que têm perguntas para as quais só Deus tem a resposta, gente que não vive apenas para comer, dormir, trabalhar ou correr de um lado para outro. São aquelas que apontam para o Céu, têm gosto de eternidade em suas buscas! “O Reino dos Céus é como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e
Caça ao TESOURO DIVULGAÇÃO
n ESCOLHER um tesouro significa estabelecer objetivos claros na vida
compra aquela pérola!” (Mt 13,45-46). Quem procura acha! Viver a fé deve ser, para todos nós, uma maravilhosa aventura. Nunca pode agradar-nos uma concepção da vida cristã como limitação das potencialidades humanas. Deus não bloqueia quem quer que seja, mas faznos alcançar as alturas: “O que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu” (1 Cor 2,9). Não é difícil perceber que a atual situação do mundo fez com que viessem a cair muitos ideais e projetos. Alguém estava para se casar e foi obrigado a adiar a data escolhida, com prejuízos imensos. Um emprego sonhado foi pelos ares, ou quem sabe uma viagem, ou o projeto de um empreendimento. Ricos e pobres, gente simples ou pessoas bem posicionadas da sociedade, todos podem e efetivamente foram atingidos pelo vírus da hora! Para muitos, parece que o
tempo parou, o esgotamento das paredes de casa chegou logo, a irritação e outras consequências físicas e emocionais. De repente, a humanidade não sabe o que fazer com as casas pequenas ou grandes que edificou! De uma forma ou de outra, por parentesco, amizade ou proximidade, todos nós fomos tocados, direta ou indiretamente! A presente pandemia colocou a nu a verdadeira doença, muito maior do que o vírus, presente na humanidade. Estamos doentes, mais do que por uma epidemia, pelo fato de nos termos acomodado, pelo individualismo que construímos, a incapacidade de olhar ao nosso redor. A cura está à nossa disposição, e vem do Evangelho! Podem cair casas, empregos, ideais, países, pode vir a guerra ou a carestia, só Deus escolhido como ideal da vida, como o grande tesouro, não passa! Escolhidos objetivos consistentes, mãos à obra, sem perder tempo, começar a praticar o bem, sair de nós
mesmos, ir ao encontro dos outros. Sobejam experiências positivas, especialmente da parte dos profissionais de saúde e das pessoas dedicadas ao serviço e à caridade com o próximo. Não desperdiçar qualquer oportunidade para deixar no tempo que vivemos a marca digital de nossa presença construtiva, fruto da fé que professamos. Ninguém passe em vão ao nosso lado! Olhando ao nosso redor, encontraremos outras pessoas que descobriram ideais também consistentes. É hora de conhecê-las e valorizá-las, compartilhando mutuamente o bem que pode ser feito. As boas experiências podem e devem contribuir para o crescimento dos outros. “Rafael chamou ambos à parte, e disse: ‘Bendizei a Deus e celebrai-o diante de todos os viventes, por todos os benefícios que ele vos fez, para que bendigais e canteis ao seu Nome. Publicai as obras de Deus com a honra que merecem, e não demoreis em celebrá-lo! É bom manter
escondido o segredo do rei, mas é honroso revelar e celebrar as obras de Deus. Fazei o bem, e o mal não vos atingirá. É boa a oração com o jejum, e a esmola com a justiça. É melhor pouco com justiça, do que muito com iniquidade. Mais vale dar esmola do que acumular tesouros de ouro. A esmola liberta da morte e purifica de todo pecado. Os que praticam esmola terão longa vida; os que cometem pecado e iniquidade, são inimigos de si mesmos” (Tb 12,6-10). Brota espontânea em nós a beleza de uma canção muito conhecida: “Tu me deste um tesouro, brilha mais do que o Sol. Não, ninguém mais o levará, porque está dentro de mim. Nada era o que eu tinha, como um nada passou, tudo, tudo deixei, porque não me falava de ti. Tu és meu grande tesouro, tu que me deste o amor, vivo e sempre reencontro no amor a alegria de me libertar. Já em ti me perdi, minha vida te dei, mas eu sei que a encontrarei lá onde está o meu tesouro” (Movimento dos Focolares).
Não ajunteis tesouros aqui na terra, ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu
O encontro com Jesus Cristo é o maior tesouro que pode existir. “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo
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IGREJA
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PPI: papel pastoral e impactos da pandemia
PESQUISA revela importante atuação da Pastoral da Pessoa Idosa ante gravidade da covid-19
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om informações CNBB. Resultados preliminares de uma pesquisa do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Nepe) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), realizada em conjunto com a Stafford University, do Reino Unido, revelaram redução material na gravidade da pandemia da Covid-19 entre pessoas idosas por meio do trabalho da Pastoral da Pessoa Idosa. A investigação entrevistou cerca de 4 mil pessoas voluntárias, a maioria mul h e re s n a f a i x a d e 56 anos, motivadas a promover melhor qualidade de vida de pessoas idosas. Foi identificado o apoio social aos idosos e avaliados os impactos das ações realizadas durante a pandemia da Covid-19. De acordo com o Portal do Envelhecimento, a pandemia tornou visíveis situações vivenciadas pelos idosos no Brasil como abandono, exclusão social, políticas sociais sem cobertura e abrangência para atender as demandas deste grupo etário que cresce de modo acelerado, precon-
ceito etário e outros sofrimentos emocionais. O impacto social e econômico da Covid-19 é atualmente incalculável, mas prevê-se que seja severo. A Pastoral da Pessoa Idosa Nacional (PPI) conhece essas questões de perto, pois acompanha idosos em situação de vulnerabilidade social e com fragilidades. Mesmo com a suspensão das visitas domiciliares, por conta do novo coronavírus, a Pastoral da Pessoa Idosa buscou ajudar de outra forma os idosos acompanhados. Os esforços ficaram concentrados para fornecer apoio material e imaterial e o acompanhamento à distância por telefonemas, por e x e m p l o . Ta m b é m surgiram iniciativas como confecção de máscaras, arrecadação de alimentos e de outros donativos com o propósito de tornar melhor a vida das pessoas idosas acompanhadas pela PPI em todo território brasileiro, especialmente aquelas que residem em lugares distantes dos centros urbanos, nas periferias de grandes cidades onde o acesso é limitado aos serviços sociais e de saúde.
A Pastoral da Pessoa Idosa, em conjunto com a CNBB e a Pascom do Brasil, descreveu 10 itens que podem ajudar no cuidado com os idosos neste momento de pandemia do coronavírus. Também promoveu a campanha “LIGUE PARA UMA PESSOA IDOSA HOJE”, a qual incentiva os líderes da Pastoral da Pessoa Idosa a fazerem uma ligação por dia para uma pessoa idosa. “Mesmo longe, um simples telefonema pode acalmar a pessoa idosa, permitindo que ela sinta o seu carinho e afeto”.
A PESQUISA Um questionário de 21 itens foi desenvolvido de forma colaborativa pelos pesquisadores do Nepe e contou com a colaboração da Coordenação Nacional da PPI e equipe de profissionais como a especialista Regina Riba, responsável pelo espaço educativo on-line “Viver Mais”. Sob a coordenação da pesquisadora Áurea Barroso, os questionários foram aplicados durante 7
dias (de 11 a 18 de maio de 2020) por meio telefônico e respondidos por Agentes Pastorais (Líderes). Foram 3.888 questionários. No momento o grupo de pesquisadores do Nepe está analisando o material coletado, e, em breve, iniciará entrevistas para desvendar questões contempladas no instrumento aplicado e que merecem ser aprofundadas.
PARCERIA A pesquisa está sendo realizada em parceria com o Professor Peter Kevern, da Values in Health and Social Care, da School of Health and Social Care, Staffordshire University (United Kingdom), com o objetivo de
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
investigar, em tempos de pandemia, a solidariedade em ações voltadas para as pessoas idosas através de serviços voluntários católicos e assim amenizar o impacto da Covid-19.
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: 13,44-52 Disse Jesus a seus discípulos: 44“O reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra o campo. 45“O reino dos céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46 Quando encontra...ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. 47“O reino dos céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo.... 52 Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da lei que se torna discípulo do reino dos céus é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. B) COMENTÁRIO
Mateus é o “mais rabino” dentre os sinóticos (evangelhos semelhan-
tes – Mt; Mc e Lc) que por ter um publico judeu, evita o proibido na cultura: usar o nome de “Deus”. De forma que emprega a expressão “reino dos céus” no lugar de “reino de Deus”. E sabe-se que os “céus” é a habitação de Deus. Logo, o evangelista evita o choque vigente, cativando seu auditório. As três parábolas de hoje, encerram o elenco delas, no capítulo 13 de seu evangelho. As primeiras falam do valor supremo do reino, com o empenho de quem procura adquiri-lo. Já a última parábola, reflete o tema do juízo final: escatologia. As duas procuram mostrar o quanto é valoroso ter parte – pela fé – no reino escatológico. E o que mais conta é a prontidão em fazer qualquer sacrifício – com alegria - ou perder tudo, para ganhar um TUDO maiúsculo. Assim, o reino vem comparado (v.44) a al-
go precioso (um pote de ouro) descoberto num campo por quem trabalha na lavoura. É de norma jurídica de que o dono do campo também o é, daquilo que se encontra nele. O astuto batalhador volta a esconder o tesouro, para logo tê-lo por direito. Compensa perder na terra se for para ganhar no céu. Observemos atentamente o ânimo dos agentes destas duas parábolas: um era trabalhador camponês e o outro, comerciante ambulante.Cada um delesé felizardo no queencontra. Ora, se eles encontram é provável de que estivessem procurando; buscando algo melhor para suas vidas; e nada melhor que o reino dos céus. O negociante está voltado para a alma do negócio, e o texto tratado negócio da alma. Descobrir “o tesouro”, descobrir “a pérola”, ou “o reino dos céus”... Que
é isto se não a descoberta do amor de Deus, do amor ao próximo que são um só e mesmo amor; e que este amor nos leva à plenitude da vida? E esta é uma descoberta constante, que não termina. Ela é uma proposta de empenho diário: o do ser humano que no seu trabalho cotidiano... no “vai e vêm” do campo, viajando em negócios, segue ganhando a vida... no exercício responsável e positivo de suas atividades. O texto conclui: “Assim, pois, todo mestre da lei que se torna discípulo do reino dos céus é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. Há pessoas que dizem: no meu tempo era muito melhor! Mas o cristão valoriza as coisas do passado e as do presente: “tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. As coisas têm o valor que as damos, como cristãos!
n 24/07 - SEXTA Cor (verde) Primeira Leitura (Jr 3,14-17) Salmo Responsorial (Jr 31) Evangelho (Mt 13,18-23) n 25/07 - SÁBADO Cor (vermelho) Primeira Leitura (2Cor 4,7-15) Responsório (Sl 125) Evangelho (Mt 20,20-28) n 26/07 - DOMINGO Cor (verde) Primeira Leitura (1Rs 3,5.7-12) Responsório (Sl 118) Segunda Leitura (Rm 8,28-30) Evangelho (Mt 13,44-52) n 27/07 - SEGUNDA Cor (verde) Primeira Leitura (Jr 13,1-11)
Salmo Responsorial (Dt 32,18-19.20.21) Evangelho (Mt 13,31-35) n 28/07 - TERÇA Cor (verde) Primeira Leitura (Jr 14,17-22) Responsório (Sl 78) Evangelho (Mt 13,36-43) n 29/07 - QUARTA Cor (branco) Primeira Leitura (1Jo 4,7-16) Responsório (Sl 33) Evangelho (Jo 11,19-27) n 30/07 - QUINTA Cor (branco) Primeira Leitura (Jr 18,1-6) Salmo Responsorial (Sl 145) Evangelho (Mt 13,47-53)
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ INTRODUÇÃO
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ontinuemos a reflexão sobre a questão da evangelização e as mídias digitais. Desta vez abordemos a grande sensibilidade dos jovens e sua contribuição para a evangelização através das mídias digitais. Visto que a evangelização é um dinâmico processo de comunicar ao mundo a mensagem do Evangelho e que Jesus Cristo continua conosco em todas as fases da história e das culturas (cf. Mt 28,15) então, somos chamados a usar os novos meios que a tecnologia nos dispõe para promover o Rei-
Os jovens nasceram no “continente digital” e, por isso, são portadores de grande facilidade no uso das novas ferramentas de comunicação que a tecnologia nos disponibiliza no de Deus. Os jovens nasceram no “continente digital” e, por isso, são portadores de grande facilidade no uso das novas ferramentas de comunicação que a tecnologia nos disponibiliza. A contribuição deles é, portanto, de fundamental importância.
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Valores e limites da cultura digital Na Exortação Apostólica Pós-sinodal “Christus Vivit”, falando aos jovens, o Papa Francisco dedicou um significativo espaço para a questão digital e o mundo juvenil (cf. CV, 86-90). O Papa afirma que «o ambiente digital caracteriza o mundo atual (...). Já não se trata apenas de “usar” instrumentos de comunicação, mas
JUVENTUDE, evangelização e mídias digitais de viver numa cultura amplamente digitalizada que tem impactos muito profundos na noção de tempo e espaço, na percepção de si mesmo, dos outros e do mundo, na maneira de comunicar, aprender, obter informações, entrar em relação com os outros” (CV, N.86). “A internet e as redes sociais geraram uma nova maneira de comunicar e criar vínculos, sendo uma “praça” onde os jovens passam muito tempo e se encontram facilmente, embora nem todos tenham acesso igual...Em muitos países, a web e as redes sociais já constituem um lugar indispensável para se alcançar e envolver os jovens nas próprias iniciativas e atividades pastorais» (CV, N.87). Não obstante os aspectos positivos e suas possibilidades, o referido documento póssinodal também reconhece os limites e deficiências do fenômeno da cultura digital. Não é bom confundir a comunicação com o simples “contato virtual”. O ambiente digital é também um território com males como a solidão, manipulação, exploração do erotismo, violências, pornografia, vícios, interesses econômicos e falsidade ideológica (cf. CV, 88-89).
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A contribuição dos jovens É inegável, pelo mundo afora, a grande contribuição dos jovens no que diz respeito ao uso das novas ferramentas da comunicação, sobretudo, com os aplicativos e as redes sociais. Eles passeiam nesse universo de comunicação usando esses novos meios com muita desenvoltura. Uma manifestação bem concreta do grande número de jovens engajados é a PASCOM (pastoral da comunicação), as rádios Web, Web TV (canais), bem como a gestão das diversas redes sociais das nossas paróquias, grupos, pastorais, movimentos e institui-
ções em geral. Neste tempo de Pandemia, devido as restrições por causas do distanciamento social, a Igreja, para ser fiel à sua missão pastoral, teve que se reinventar, usando novas formas de comunicação, com linguagem diferente e servindose de novas ferramentas. Talvez na maioria das paróquias os jovens estejam sendo os protagonistas nesse importante serviço. A diversidade de conteúdo pastoral que está sendo veiculado é digna de um reconhecido aplauso aos jovens. Vejamos algumas das principais atividades com maior evidência, promovidas pelos jovens: produção de podcasts formativos e informativos; gincana juvenil virtual (com atividades em diversas dimensões); live’s (programações ao vivo), celebração eucarística, adoração ao santíssimo, encontros catequéticos, leitura orante, reuniões, conferências, programação musical; campanhas, estudos, momentos de estudo etc.
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O critério da comunhão Não basta a boa vontade dos jovens, a competência técnica deles e a criatividade para a programação de eventos virtuais; pastoralmente, é necessário que se assegure o bom conteúdo veiculado e que tudo esteja em comunhão com a Igreja no que diz respeito à fé, teologia, bons costumes e moral. Para a Igre-
ja, o critério mais importante não é o técnico, mas o ético e o pastoral. Quem se comunica nas Redes Sociais, enquanto fiel católico em nome da Igreja, deve estar em comunhão com o ser, pensar, sentir e agir da mesma. Quando um líder fala o que quer sem se importar com o seu conteúdo está traindo sua fé e depondo contra a comunhão. O protagonismo dentro da Igreja, de qualquer sujeito, para ser justo, deve sempre considerar a comunhão eclesial. As “lives católicas”, para serem autênticas, devem ser coerentes com as convicções de fé da Igreja; não podem ser subjetivistas. Quem, teimosamente, comunica sem se importar com a comunhão teológica acaba fazendo um grande mal e uma tremenda confusão. A evangelização é criteriosa. Jesus Cristo nada falou e nada fez sem estar em comunhão com Pai. Por isso, afirmou: «minha doutrina não vem de mim, mas daquele que me enviou” (Jo 7,16); “não faço nada por mim mesmo, pois falo apenas aquilo que o Pai me ensinou» (Jo 8,28-29). O critério de comunhão moral e teológica é de fundamental importância; para que isso seja assegurado em vista de diminuir margens de erros, é importante que os párocos garantam aos jovens a devida assessoria teológica e pedagógica.
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Critérios e orientações pastorais Considerando de suma importância a comunhão eclesial, proponho aos líderes da pastoral juvenil, assessores, educadores e párocos algumas orientações pastorais para ajudar na produção, qualidade e transmissão de conteúdos pastorais pelas redes sociais: 1 ) Fo r m a r u m a equipe que esteja em comunhão com o pároco. Não é saudável deixar que tudo dependa de uma só pessoa que pensa, produz e veicula. Isso favorece os desvios; 2) Assegurar para a equipe de comunicação um assessor teológico (alguém maduro na fé, que pensa e vive em comunhão eclesial); 3) Definir o projeto paroquial da PASCOM, deixando claro a sua identidade, critérios de produção e perfil dos envolvidos; 4) Colocar ao centro a Palavra de Deus: ela ilumina, discerne, fundamenta e julga cada realidade e todos os temas; a Palavra de Deus evita a confus ã o d a a b o rd a g e m superficial e precipitada de assuntos polêmicos oriundos de pressões ideológicas; 5) Educar os comunicadores e assessores para a necessidade de consultar a palavra da Igreja presente no Catecismo da Igreja Católica; para qualquer realidade humana a Igre-
ja tem oficialmente uma palavra séria e criteriosa; 6) Adotar sempre uma linguagem acessível a todos os públicos; 7) Recordar sempre que tudo aquilo que, em geral, cai nas redes sociais, ultrapassa a sua fronteira local, e torna-se conteúdo disperso pelo mundo; portanto, se algo errado for veiculado gera graves e profundas consequências; 8) Zelar por este importante princípio: não basta a qualidade técnica, é preciso assegurar o conteúdo eticamente justo e teologicamente fiel; 9 ) Evitar, a todo custo, informações falsas, o achismo, o modismo cultural e ideológico; 10) Garantir que a finalidade de qualquer transmissão, de modo direto ou indireto, seja a promoção da evangelização, preservando a fidelidade eclesial e estimulando o desenvolvimento do Reino de Deus. PARA A REFLEXÃO PESSOAL: . Quais valores e li-
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mites você percebe presentes na cultura digital? . Porque é importante assegurar a comunhão doutrinal e moral nas transmissões? . Qual das orientações mais lhe chamou a atenção e por quê?
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Dinâmico processo de comunicar ao mundo a mensagem do Evangelho
A diversidade de conteúdo pastoral que está sendo veiculado é digna de um reconhecido aplauso aos jovens
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 24 A 30 DE JULHO DE 2020
ADORE Jesus Sacramentado pela TV Nazaré
SINTONIZE o canal 30 - ou a sintonia da sua cidade - às segundas, quartas e sextas-feiras, às 10h
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dorar Jesus Sacramentado é um compromisso que o telespectador da TV Nazaré pode agendar e também participar. Trata-se do programa "De mãos dadas", que a emissora da Arquidiocese de Belém coloca à disposição do povo de Deus. Para assisti-lo e participar, basta sintonizar o canal 30, ou a sintonia da sua cidade, e acompanhar, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, ao vivo, sempre às 10h, apresentado pelo cônego Sebastião Fialho. O programa "De mãos dadas" consta de dois momentos, sendo a primeira parte uma reflexãosobnre a mensagem de Deus e a segunda parte, a Adoração ao Santíssimo Sacramento. É uma produção da TV Nazaré para propiciar aos telespectadores da emissora um momento dedicado à oração diante de Jesus Sacramentado. É
LUIZ ESTUMANO
n ADORAÇÃO sendo conduzida pelo cônego Sebastião Fialho
exibido ao vivo, sempre com a apresentação de um sacerdote, para conduzir a especialíssima oração. Neste período em que Belém vive a flexibilização da rotina de um convívio social modificado pela pandemia, o programa também voltou a ser novamente exibi-
do ao vivo, sob as recomendações e cuidados determinados pelas autoridades sanitárias para a prevenção ao contágio do coronavírus. A exibição do programa ao vivo permite telespectador envolver-se pela presença de Deus, mesmo distante da
capela da Fundação Nazaré, onde ocorre a Adoração. O fiel pode colocar diante do Senhor sua gratidão, assim como seus pedidos de oração. Ajude-nos a seguir evangelizando pelos meios de comunicação. Faça parte da Família Nazaré. Ligue (91)4006-9211.
MISSA - FAMÍLIA NAZARÉ Ação de graças pelos benfeitores Sexta-feira, dia 7 de agosto, a Arquidiocese de Belém renova o compromisso mensal de rezar pela vida dos benfeitores da evangelização, a Família Nazaré, que ajuda a levar adiante a mensagem de Deus através da Fundação Nazaré de Comunicação: Rede Nazaré de Televisão, Rádio Nazaré FM, Portal Nazaré e o Jornal Voz de Nazaré. Ao vivo, TV Nazaré, às 15h. Acompanhe!
NOSSOS ANIVERSARIANTES Enoque Nunes dos Santos Nicomedes Alves Moreira Gomes Abigail da Silva Trindade Vladimir Lopes Nunes Raimunda Nonata Cunha Corrêa Genira Maria Araújo Tavares Rosangela Ferreira Serrão Marco Aurélio Gurjão Fernanda Luciana Rosa Terezinha Pompeu Gonçalves de Barros Maria Ruth Braga Barros Creusa de Sousa Pinto Maria Margarida Benassuly Moreira Raimunda Vidal de Souza Catarina Beatriz da Silva Carmelia Fernandes Gomes dos Santos Jose Maria Moraes dos Santos Regina de Nazaré Lobato Neves José Augusto Gomes Rodrigues Edison Braz Salvino dos Santos Josilda Maria do Rosário dos Santos Alexandre Ferreira Mendes Neto Marcos Cesar Sousa dos Reis Nair Santana da Silva Ribeiro Ana Maria Nascimento Negrão Ana Rosimay de Sena Couto Ana Sena dos Santos
Maria do Socorro Azevedo Elza Sales de Oliveira Albanir da Cruz e Silva Luiz Felix de Lima Júnior Ana Maria Moreira Leitão Maria Sueli Rodrigues da Cruz Dom Antonio de Assis Ribeiro Ieda Santana Tavares Lorena da Silva e Silva Ornelinda Pereira de Souza Raimundo Corrêa Saavedra Aurelia Leal Correa Ruth Selma Vasconcelos dos Santos Junivaldo de Sousa Sobral Walaci Jose Rayol Farias Paulo Roberto Capelo Bezerra Agenora Miranda da Silva Maria do Carmo Andrade da Silva Maria Emilia Pina Penna Antonia de Sousa Martins Maria de Nazaré Cezarina da C. Santos Maria Ivone Costa e Silva Maciel Antonio Edmilson da Silva Pereira Carlos Victor e Mirza do Socorro Damasceno Leiliane Rodrigues Soares Ana Lucia Botelho Correia Ana Rodrigues dos Santos Reginaldo dos Santos Gomes
Simone Castro de Souza Dinilda Ferreira da Costa Elielma Vaz Araujo Ana Marta Cardoso da Silva Heronidice Nazaré Sales de Souza Elza do Carmo Ribeiro Nascimento Marilda Furtado Foinquinos Paulo Pantoja de Brito Maria das Graças Saraiva de Castro Maria Nilda Marques de Andrade Paulo José Veloso Jacileia de Barros Sarmento
Marta Georgeth Carvalho Oliveira Lidia Pereira de Oliveira Palmiro Rodrigues do Carmo José Gomes de Moura Berenice Tavares de Souza Francisca Gomes da Silva Wanda de Nazaré Matos da Silva Maria Marta da Silva Aarão Ruberval Nazareno Nascimento dos Santos Ana Célia Campos Rodrigues Marcio Mutran Costa
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 24/07 – Pe. Jair do Carmo Sales Soares 24/07 – Diác. Manoel Matos Pereira 25/07 – Diác. Gilmar Lima Vasconcelos 27/07 – Pe. Carlos Josué Costa do Nascimento 29/07 – Pe. João Mometti n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 25/07 – Pe. Chigurupati Vijayachandar (Padre Vitótio) 26/07 – Pe. Gelcimar Sousa Santos 27/07 – Pe. Frei Edilson Rocha da Silva 27/07 – Pe. Frei Edilson Rocha da Silva 28/07 – Pe. Cláudio Pighin 30/07 – Pe. Vicent Inalegwu Isai 30/07 – Pe. Pedro Saul Ruiz Alvarez
BELÉM, DE 24 A 30 DE JULHO DE 2020
CADERNO DOIS
ARQUIDIOCESE chega a sua 95ª paróquia PARÓQUIA Santa Teresinha da Amazônia, localizada no conjunto Império Amazônico, no bairro do Souza, em Belém
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a quinta-feira, dia 16 de j u l h o, Fe s t a de Nossa Senhora do Carmo, durante celebração eucarística presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano, e concelebrada por Dom Antônio de Assis Ribeiro, seu Auxiliar, e padres da Região Episcopal Santa Cruz, foi instalada a nova paróquia da arquidiocese, a 95ª: Paróquia de Santa Teresinha da Amazônia. Na oportunidade também ocorreu a posse do pároco, padre Gabriel Aparecido Paes, que já assistia a comunidade quando vigário paroquial. Situada na passagem Santa Teresinha, Nº 27, no Conjunto Império Amazônico, no bairro do Souza, a nova paróquia esteve ligada durante muito tempo à Paróquia de Jesus Ressuscitado, na Marambaia, como sua capela. Junto da Matriz outras três comunida-
des compõem a nova paróquia, são elas: Rosa Mística, Sagrada Família, São Arcanjo Gabriel. Com o intuito de preparar espiritualmente o povo daquela área realizou-se um tríduo de 14 a 16 de julho. O primeiro dia aconteceu com Bispo Auxiliar de Belém, e o segundo com padre Fábio Quintal, que já foi pároco na região. O terceiro e último dia de tríduo ocorreu com a celebração de instalação e posse. Dom Alberto considerou a instalação da nova paróquia uma demonstração do trabalho ininterrupto da Igreja de Belém: “graças a Deus a igreja não parou, nós trabalhamos o tempo todo, trabalhamos as pessoas, celebrando missas pelos meios de comunicação, agora quando foi possível voltamos com as celebrações presenciais.” Ele completou dizendo que bispos, conselhos episcopal e presbiteral seguem atentos à criação de novas áreas e paróquias. Segundo ele, a Paróquia de Santa Teresinha da Amazônia é um desejo antigo e bonito da população do conjunto: “O nome é uma homenagem a santa mas também àquilo que o Papa Francisco fez na exortação apostólica chamando ‘Querida Amazônia’. Estamos muito felizes, padre Ga-
n CELEBRAÇÃO religiosa durante instalaçao da paróquia
n PADRES da Região Episcopal Santa Cruz
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n DOM ALBERTO instalou paróquia e deu posse ao primeiro pároco
briel toma posse hoje como pároco, a paróquia Jesus Ressuscitado que preparou e levou adiante toda essa vida de igreja aqui neste conjunto e o povo, é claro, muito contente, muito agradecido a Deus.” ESFORÇO CONJUNTO Natural de São Paulo, Padre Gabriel Aparecido Paes, tem 35 anos e formação pelo Seminário São Pio X em filosofia e teologia. No dia 06 do junho de 2018 foi ordenado sacerdote e desde então exercia a função de Vigário Paroquial na Paróquia Jesus Ressuscitado. Alegria também era presente no coração do novo e primeiro pároco de Santa Teresinha. Padre Gabriel recordou o esforço conjunto de todos em prol da elevação da paróquia: “É algo que plantamos há muito tempo. A comunidade tem mais de 30 anos que vem nesse desejo, vem amadurecendo para isso, então estou a mais de um ano aqui e agora nos sentimos maduros para isso. Da minha parte estou muito feliz, agradecido a Deus e sinto-me muito preparado.” Como vigário paroquial de Jesus Ressuscitado assistiu de perto a então capela de Santa Teresinha: “há um bom tempo que caminho com eles então já temos COPAE, CPP, pastorais, movimentos, então já teve toda uma preparação para esse momento. Nós havíamos muito mais coisas, porém a pandemia pegou todos de surpresa e limitou muito nossa realidade hoje, mas nós não podemos ter medo, não podemos parar e, mesmo assim, em meio à pandemia, hoje estamos aqui criando essa paróquia. É um sinal de que não podemos ter medo, que o amor não pode parar.”
REGIÃO EPISCOPAL SANTA CRUZ Criada em 1991, por Dom Vicente Joaquim Zico, a Região Episcopal Santa Cruz foi desmembrada em 1999, para criação da Região São João Batista. A atualmente a região tem como Vigário Episcopal Cônego Ronaldo Menezes e conta com mais 26 padres divididos em 15 paróquias que atua nos bairros: Castanheira, Marambaia, Souza, Curió Utinga, Marco, Val-de-Cans, Sacramenta, Barreiro, Telégrafo, Pedreira e Umarizal. A chegada de mais uma paróquia impulsiona o trabalho pastoral na região episcopal. Para os fiéis e moradores, a elevação representou o coroamento de um esforço de todos. Márcio Gonçalves,
liderança durante muito tempo quando a igreja era capela de Jesus Ressuscitado, alegrou pela concretização do sonho acalentado durante anos: “isso que me deixa muito feliz, saber que o sonho de todos que compõem essa área pastoral se torna realidade e com isso, trazer benefícios sociais, atendimento aos jovens, idosos com maior amplitude.” Da mesma forma sentiu-se Rosângela Brito, que reside no conjunto há 28 anos: “é uma alegria imensa ver nossa capela crescendo e se tornando paróquia. Agora acho que se antes éramos intensos na vivência do trabalho em conjunto, daqui pra frente será muito mais.”
n PÁROCO Padre Gabriel Aparecido Paes
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ARQUIDIOCESE
CADERNO DOIS
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Arquidiocese celebra ANIVERSÁRIO de Dom Antônio BISPO Auxiliar de Belém completará 54 anos no próximo dia 26
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Arquidiocese de Belém celebra neste domingo, 26, o aniversário natalício do Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, que eleva a Deus os louvores de ação de graças pelos seus 54 anos de idade. Envolvida pela mesma alegria, também a Fundação Nazaré de Comunicação agradece a Deus pela dádiva da vida do ani-
versariante, seu vicepresidente. Natural do Pará, Dom Antônio de Assis Ribeiro nasceu a 26 de julho de 1966, na zona rural do município de Capitão Poço, no Estado do Pará. Dom Antônio receberá também as felicitações da família, à frente a sua mãe, Domingas de Assis Ribeiro, e de seus irmãos. O pai do Bispo,
Hipólito dos Santos Ribeiro, já é falecido. O Bispo receberá ainda o carinho das á re a s m i s s i o n á r i a s onde vem conduzindo a expansão da missão evangelizadora da Arquidiocese de Belém. Ordenado sacerdote em 17 de junho de 1995 e bispo em 2 de setembro de 2017, ambas em Ourém (PA), cidade em que foi criado, Dom Antô-
nio exerce dinâmica ação pastoral. Perante a Arquidiocese de Belém, Dom Antônio atua na como Bispo Referencial para o Setor Juventude, para a Pastoral Carcerária da Arquidiocese e para a Pastoral Social. O pastor também é da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
LUIZ ESTUMANO
n DOM ANTÔNIO celebra nova idade dia 26
PARÓQUIAS divulgam cartazes da festividade para seus padroeiros CRISTO REI No mês de novembro a Paróquia de Cristo Rei, na Guanabara, Ananindeua, realiza o Círio de Cristo Rei e no último dia 4 foi apresentado para a comunidade paroquial o cartaz do Círio deste ano cujo tema “Cristo Rei, acolhe e abençoa teu povo!’’. A arte evidencia o personagem principal, Cristo Rei, vestido com o manto do Círio do ano passado. Este ano a paróquia celebra o jubileu de ouro da chegada dos padres Orionitas em território paraense. São 50 anos de trabalho, dedicação, ousadia, coragem, esperança e muita fé, herança deixada por São Luís Orione, o fundador da Congregação.
NOSSA SENHORA DO BOM REMÉDIO Foi divulgado essa semana o cartaz do Círio de Nossa Senhora do Bom Remédio 2020 que homenageia os grupos de Fé e Vida, que celebram 20 anos de caminhada, alimentados e fortalecidos pelo Pão do Céu e pela devoção à Virgem Maria. O tema da festividade “Maria, modelo de Fé e Vida” e o lema “Ide e Evangelizai” (Mc. 16, 15) nortearam a criação da peça. Nela é possível notar a imagem da padroeira, a primeira discípula missionária. Consta ainda a imagem da Igreja Matriz, situada no conjunto Satélite, e a multidão representando os grupos de Fé e Vida através dos quais a Igreja chega a cada lar da extensa área paroquial.
ELEIÇÕES 2020 SEM BIOMETRIA O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, decidiu excluir a necessidade de identificação biométrica, por meio de impressão digital, nas eleições municipais de 2020, tendo em vista o risco de contágio pela covid-19. A questão deverá ser incluída nas resoluções das eleições 2020 e levada a referendo do plenário do TSE em agosto, após o recesso do Judiciário.
Causas como a higienização frequente do equipamento e a aglomeração por conta das filas, foram fatores preponderantes para exclusão da biometria. A decisão foi tomada após a primeira reunião de técnicos do tribunal com os médicos do Hospital Sírio Libanês, da Fundação Fiocruz, e do Hospital Albert Einstein. As três instituições firmaram parceria com o TSE para a elaboração de um protocolo de segurança que reduza o risco de contágio durante a votação.
RÁDIO NAZARÉ
FM 91 .3 MHZ
n DOENÇAS DO VERÃO: INFORME-SE NA RÁDIO NAZARÉ O Programa Saúde e Cidadania da próxima segunda-feira, 27, vai abordar as doenças sazonais do verão amazônico. Período em que o número de casos dessas doenças tendem a crescer de
forma repentina, entre elas a conjuntivite. Um especialista vai falar sobre o assunto. Sintonize 91,3 e acompanhe o programa Saúde e Cidadania, das 16h às 18h.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n NOVENA DO PERPÉTUO SOCORRO NO PORTAL Toda terça-feira, às 15h, o Portal Nazaré (www.fundacaonazare. com.br) e a nossa página no Facebook:/FNCBelem transmitem a novena em honra a Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro direto da Paróquia da padroeira, na rodovia Artur Bernardes, no bairro do Telé-
grafo. Participe e reze conosco! Faça parte da Família Nazaré e seja um sócio evangelizador. Ajude-nos a realizar essas e outras transmissões para que a missão evangelizadora alcance todos os lugares. Para mais informações, entre em contato: (91) 4006-9211 ou (91) 99315-5743 (WhatsApp).
BOA DICA nD I A A D I A C O M A CATEQUESE 2021 - Livro (PAULUS, R$ 8,50 )
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brangendo as celebrações catequéticas dominicais do ano de 2021, este livro se dirige principalmente aos catequistas, catequizandos e agentes de pastoral, a fim de colaborar com a maturação cristã por meio de propostas litúrgicas e atividades evangelizadoras. O conteúdo organizado nos anos anteriores, que resultou em “maior brilho e entusiasmo ao exercício catequético semanal”, foi renovado para que continue com vigor a anunciação do Evangelho. nPOVOS DA FLORESTA. CULTURA, RESISTÊNCIA E ESPERANÇA – Livro (Paulinas, R$ 21,71)
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obra traz uma coletânea de crônicas mensais publicadas pela Revista Família Cristã, atualizadas e organizadas de modo a apresentar o modo de viver dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, para retirálos da invisibilidade forçada a que estão submetidos e que permite que tantas atrocidades sejam cometidas. Segundo o autor, Felício Pontes Jr., que atua como Procurador do Ministério Público Federal (MPF), a divulgação é peça chave na estratégia de luta contra o preconceito, pois não se luta a favor de quem não se conhece. Ele, que desde a infância, sempre esteve em contato constante com essa população, aprendeu muito sobre sobrevivência e quebra de tabus e preconceitos. E que, no conceito de povos da floresta, há que entrar também a categoria dos migrantes, que chegam à Amazônia atraídos por grandes projetos e merecem a referência.
VATICANO
CADERNO DOIS
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PARÓQUIAS, transformar-se para evangelizar SANTA SÉ publica documento que aborda os vários projetos de reforma das paróquias
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om informações Vatican News. Foi publicada a Instrução “A conversão pastoral da comunidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja”, na segundafeira, 20 de julho, redigida pela Congregação para o Clero. Abordados os vários projetos de reforma das paróquias, entre a falta de vocações e o compromisso renovado dos leigos no anúncio. Na Igreja há lugar para todos e todos podem encontrar seu lugar, respeitando a vocação de cada um: este é o sentido da Instrução sobre a paróquia. O documento não contém novidades legislativas, mas propõe modalidades para aplicar melhor a normativa vigente, a fim de favorecer a corresponsabilidade dos batizados e promover uma pastoral de proximidade e cooperação entre as paróquias. O que emerge, sobretudo, é a urgência de uma
renovação missionária, de uma conversão pastoral da paróquia, para que ela redescubra o dinamismo e a criatividade que a levam a ser sempre “em saída”, com a contribuição de todos os batizados. Composta de onze capítulos, a Instrução pode ser dividida em duas grandes áreas: a primeira (cap. 1-6) oferece uma reflexão ampla sobre a conversão pastoral, o sentido missionário e o valor da paróquia no contexto contemporâneo; a segunda (cap. 711) se detém nas repartições das comunidades paroquiais, nas diferentes funções presentes nelas e nas modalidades de aplicação das relativas normas. Sinal permanente do Ressuscitado no meio do povo, “a paróquia é uma casa em meio às casas”, lê-se na primeira parte do documento, e o seu sentido missionário é fundamental
para a evangelização. A globalização e o mundo digital mudaram o laço específico com o território, que não é somente um espaço geográfico, mas um espaço existencial. É justamente nesse contexto que surge a “plasticidade” da paróquia, capaz de entender as exigências dos tempos e adaptar seu serviço aos fiéis e à história. Por isso, a Instrução sublinha a importância de uma renovação missionária das estruturas paroquiais: longe de se tornar autorreferencial e de esclerosar-se, elas deverão investir no dinamismo espiritual e na conversão pastoral baseada no anúncio da Palavra de Deus, na vida sacramental e no testemunho da caridade. A “cultura do encontro” é o contexto que promove o diálogo, a solidariedade e a abertura a todos: a comunidade paroquial é chamada a
REPARTIÇÕES paroquiais A segunda parte da Instrução se abre com a análise das repartições paroquiais: elas deverão seguir o “fator chave” da proximidade, considerando a homogeneidade da população e as características comuns do território. O documento se detém nos procedimentos específicos relativos à incorporação, a fusão ou a divisão de uma comunidade paroquial em paróquias autônomas, e nos Vicariatos forâneos que reúnem várias unidades paroquiais, e as áreas pastorais que reagrupam mais Vicariatos forâneos. O PAPEL DO PÁROCO A seguir, se aborda o tema da atenção ao cuidado pastoral das comunidades paroquiais, tanto na forma ordinária quanto extraordinária: em primeiro lugar, é sublinhado o papel do pároco como “pastor próprio” da comunidade. Ele está a serviço da paróquia, e não o contrário, recorda a Instrução, e cuida plenamente das almas. Consequentemente, o pároco deve ter recebido a Ordem do presbiterado; qualquer outra possibilidade está excluída. Administrador dos bens da paróquia e representante jurídico da mesma, o pároco deve ser nomeado por tempo indeterminado, pois o bem das almas
exige estabilidade e requer o conhecimento da comunidade e sua proximidade. No entanto, a Instrução recorda que, quando uma Conferência Episcopal estabelece por decreto, o Bispo pode nomear um pároco por um período determinado, desde que não seja inferior a cinco anos. Além disso, uma vez atingida a idade de 75 anos, o pároco tem o “dever moral” de apresentar a sua renúncia, mas não deixará o cargo enquanto a renúncia não for aceita e comunicada pelo Bispo por escrito. Em todo caso, a aceitação será sempre por uma “causa justa e proporcional”, de modo a evitar uma concepção “funcionalista” do ministério. DIÁCONOS Uma parte do oitavo capítulo é dedicada aos diáconos: colaboradores dos bispos e dos presbíteros na única missão evangelizadora. São ministros ordenados e participam, ainda que de forma diferente, do Sacramento da Ordem, especialmente no âmbito da evangelização e da caridade, incluindo a administração dos bens, a proclamação do Evangelho e o serviço à mesa eucarística. Não devem ser considerados “meio padres e meio leigos”, afirma a Instrução, ci-
tando o Papa Francisco, nem devem ser vistos na perspectiva do clericalismo e do funcionalismo. CONSAGRADOS E OS LEIGOS A Congregação para o Clero reflete também sobre os consagrados e os leigos dentro das comunidades paroquiais: dos primeiros, se recorda não tanto “o fazer”, mas “o ser testemunhas de um seguimento radical de Cristo”, enquanto dos leigos, se enfatiza a participação na ação evangelizadora da Igreja e pedelhes “um compromisso generoso” para um testemunho de vida conforme ao Evangelho e a serviço da comunidade paroquial. Os fiéis leigos podem também ser instituídos leitores e acólitos (ou seja, para o serviço do altar) de forma estável, com um rito especial, desde que estejam em plena comunhão com a Igreja Católica, haja uma formação adequada e uma conduta pessoal e pastoral exemplar. Além disso, em circunstâncias excepcionais, podem receber outras funções do Bispo, “a seu prudente juízo”: celebrar a Liturgia da Palavra e o rito das exéquias, administrar o Batismo, auxiliar nos matrimônios, com a permissão prévia da Santa Sé, e pregar na igreja ou no oratório em caso de necessidade. Não poderão, em nenhuma circunstância, fazer a homilia durante a missa.
LUIZ ESTUMANO
n PARÓQUIA Mistério da Transfiguração do Senhor, no Curuçambá
desenvolver uma verdadeira e própria “arte da proximidade”. A Instrução recomenda o testemunho da fé na caridade e a importância da atenção aos pobres que a paróquia evangeliza, mas pelos quais se deixa evangelizar. Todo
batizado deve ser um “protagonista ativo da missão evangelizadora”, reitera a Congregação para o Clero, e isso exige “uma mudança de mentalidade e uma renovação interior” para que haja uma reforma missionária da pastoral.
Naturalmente, estes processos de mudança deverão ser flexíveis e graduais, porque cada projeto deve estar situado na vida real de uma comunidade, sem ser imposto de cima e sem “clericalizar” o serviço pastoral.
Corresponsabilidade ECLESIAL A Instrução reflete também sobre os organismos paroquiais de corresponsabilidade eclesial, dentre os quais o Conselho para os Assuntos Econômicos. De caráter consultivo, presidido pelo pároco e composto por pelo menos três membros, ele é necessário porque a gestão dos bens de uma paróquia é “um âmbito importante da evangelização e do testemunho evangélico para a Igreja e para a sociedade civil”. Os bens são da paróquia e não do pároco, reafirma a Congregação para o Clero. A tarefa do Conselho para os Assuntos Econômicos será a de promover uma “cultura da corresponsabilidade, transparência administrativa e apoio às necessidades da Igreja”. O Conselho Pastoral Paroquial é também consultivo e sua instituição é “fortemente recomendada”. Longe de ser um simples organismo burocrático, este
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Conselho deve gerar uma espiritualidade de comunhão, destacando a centralidade do Povo de Deus como sujeito ativo da evangelização. A sua função principal é a pesquisa e o estudo de propostas práticas de iniciativas pastorais e caritativas da paróquia, em sintonia com o caminho da diocese. Para se tornarem operacionais, tais propostas devem ser aceitas pelo pároco. NÃO A UM “PREÇO A PAGAR” PELOS SACRAMENTOS O último capítulo se detém nas ofertas para a celebração dos sacramentos: elas devem ser “um ato livre” por parte de quem oferta e não devem ser exigidas como se fossem um imposto ou uma taxa. A vida sacramental não deve ser “negociada”, recomenda a Instrução, e a celebração da Missa, como outras ações ministeriais, não
pode estar sujeita a tarifas, barganhas ou comércio. Os presbíteros são exortados a dar um exemplo virtuoso no uso do dinheiro, através de um estilo de vida sóbrio e uma administração transparente dos bens paroquiais. Deste modo, será possível sensibilizar os fiéis para que contribuam voluntariamente para as necessidades da paróquia, que também são suas responsabilidades. TEXTOS PRECEDENTES Recorda-se que a atual Instrução vem depois da Instrução interdicasterial de 1997, dedicada ao tema “Ecclesia de mysterio, sobre algumas questões relativas à colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes”, e da Instrução de 2002, publicada pela Congregação para o Clero e centrada no “O Presbítero pastor e guia da comunidade paroquial”.
uando o amor pelos pais e filhos é animado e purificado pelo amor do Senhor, então se torna totalmente fecundo e produz frutos de bem na própria família e para além dela. (21 de julho)
a parábola do joio do Evangelho de Hoje (Mt 13,24-43), Jesus nos faz conhecer a paciência de Deus, abrindo nosso coração à esperança. (19 de julho)
ossa Senhora do Carmo, nossa mãe, ajuda-nos a ter mãos inocentes e um coração puro, a não pronunciar uma mentira e a não falar em detrimento de outras pessoas. Assim poderemos subir o monte do Senhor e obter sua bênção, sua justiça, sua salvação. (16 de julho)
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CADERNO DOIS
EM NAZARÉ
NAZARÉ EM DESTAQUE
A BASÍLICA SANTUÁRIO conta com a sua ajuda FAÇA PARTE dessa corrente de fé e ajude a manter as transmissões
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jude-nos a evangelizar! Neste tempo em que o isolamento social se faz necessário, os Padres Barnabitas têm se esforçado para levar a Palavra de Deus a todos. Através da transmissão ao vivo de missas, terços e adorações a chama do amor e da fé estão se mantendo vivas no coração de cada devoto da Virgem de Nazaré. Entretanto os custos dessas transmissões são elevados, os equipamentos precisam de constante manutenção
e diante da pandemia os recursos estão escassos. Precisamos da sua colaboração para continuar com as obras de evangelização. De segunda a sexta-feira, são realizadas as transmissões da Santa Missa das 7h e 18h, transmitidas pelas plataformas digitais do Santuário da Rainha da Amazônia e pela TV Nazaré. Às sextas-feiras, acontece, também, às 9h a santa celebração transmitida pela Rede Vida de Televisão. Aos
sábados, a missa das 18h, é transmitida pelo Facebook e Youtube oficiais da Basílica Santuário e TV Nazaré, e aos domingos a celebração das 10h é transmitida apenas pelas redes sociais. Já às 18h a transmissão acontece pelas plataformas digitais do Santuário da Rainha da Amazônia e pela TV Nazaré. De segunda-feira a sábado, às 15h, o Terço da Misericórdia é transmitido pelas plataformas digitais.
Faça parte dessa corrente de fé e ajude a manter as transmissões da Basílica Santuário de Nazaré. C o l a b o re c o m a s transmissões da Basílica Santuário de Nazaré, faça sua doação online, acesse: www. basilicadenazare.com. br ou através de transferência bancária: Obras Sociais da Paróquia de Nazaré - CNPJ 04.746.442/0001-32 • Banco SICOOB (756), Agência 4609 / Conta Corrente: 3.156-9.
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n TRANSMISSÕES têm custos elevados
DIRETORIA da Festa promoverá em formato Drive Thru a “Feijoada do Papai” Diretoria da Festa promoverá em formato Drive Thru a “Feijoada do Papai” A “Feijoada do Papai”, evento promovido pela Diretoria da Festa de Nazaré, já virou tradição e este
ano, em função dos cuidados necessários diante a pandemia mundial, o momento acontecerá de forma diferente. Os interessados já podem adquirir os tickets que estão disponíveis no site
www.lojinhadocirio. com.br A retirada dos kits será através do sistema Drive Thru. Todo o valor angariado será dedicado às Obras Sociais da Paróquia de Nazaré, responsável pela manuten-
ção de duas creches e um projeto social que atende crianças, jovens e adultos que vivem em situação de vulnerabilidade social, tanto em Belém quanto no município de Ananindeua.
TÍTULO Basilical completa aniversário de 97 anos neste mês Antes mesmo de ser finalizada a construção do templo dedicado à devoção mariana, o título de basílica foi concedido pelo Papa Pio XI. No dia 19 de julho de 1923, um acontecimento marcava ainda mais o lugar sagrado que seria conhecido mundialmente como referencia pela devoção mariana na Amazônia: a então Paróquia Nossa Senhora de Nazaré do Desterro recebia o título de Basílica Menor, a terceira erguida no Brasil e a primeira
do norte do Brasil. Uma Igreja recebe o título de “Basílica”, concedido pelo Papa, devido à sua importância espiritual e histórica para o povo da região na qual é localizada. Tendo em vista a magnitude da expressão da fé e devoção do povo paraense por Nossa Senhora de Nazaré, e sendo a casa da Rainha da Amazônia, um lugar de acolhimento e importante significado diante o papel da Igreja Católica no Brasil, confira um trecho do texto que
compõe o documento papal que evidencia celestial feito: “Existe na cidade de Belém do Pará, Brasil, a igreja paroquial erigida em honra da Virgem, sob a invocação da Bem aventurada Virgem de Nazareth, que, pela imponência da construção, pelo esplendor das obras de arte, pelo brilhantismo do culto, celebérrima, outrossim, pela frequência e devoção dos fiéis, pode com justiça e direito ser enumerada entre os principais santuários consagrados em
terra brasileira, à Bem aventurada Virgem Maria. [...] nos dignemos elevar esta igreja à categoria Basílica”. Em meados de completar-se um século da concessão deste título, a Basílica de Nazaré ainda representa um dos ícones mais significativos que simboliza a relação de intimidade do povo paraense com a Virgem de Nazaré. Todos os anos, a Igreja recebe milhões de fiéis, vindos do mundo inteiro, que buscam conhecer e intensificar a devoção à padroeira.
ARQUIDIOCESE
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 24 A 30 DE JULHO DE 2020
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Richardson Santos é ordenado DIÁCONO FOI A TERCEIRA ordenação na Arquidiocese de Belém neste mês, destacado pelas vocações
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
"E
n APRESENTAÇÃO de Richardson para o rito de ordenação
le sempre gostou da Igreja, sempre gostou de participar da Missa até que chegou o mandato dele. Ele se arrumou e disse: ‘Mãe, eu vou embora, eu vou pro seminário". Esse é o testemunho emocionado de Raimunda Oliveira Santos, mãe de Richardson Oliveira Santos, no momento em que ela presenciava, junto com a comunidade paroquial, a Ordenação diaconal transitória do filho seminarista, pela imposição das mãos de Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano, durante celebração eucarística no dia 18, na Paróquia São João Paulo II, bairro do Souza, em Belém. Richardson declarou que a sua ordenação é resultado de “um encontro pessoal com Deus”, aprofundado com estudos e formações absorvidas com
decisão na sua firme jornada a fim de tornar-se um sacerdote. A trajetória de Richardson é uma necessidade para o discernimento de uma vocação, conforme explicou o Arcebispo Dom Alberto. "Agora o novo diácono vive várias etapas de construção desse caminho para aprender direitinho como servir a Deus, tendo como modelo o saber fazer de Jesus". A formação de um seminarista rumo ao sacrdócio requer do candidato uma formação que consome, pelo menos, "sete anos de formação. A pessoa precisa de tempo para amadurecer humanamente", continua explicando o Arcebispo. Dom Alberto destaca ainda que a formação de um seminarista " precisa ter a formação da sua inteligência, a formação da sua fé e a experiência apostólica.
n ARCEBISPO Dom Alberto presidiu ordenação
A formação para um seminarista chegar ao sacerdócio, em síntese, é "servir como Jesus. Esse é o sentido para aquele que vai ser ordenado padre, não é ordenado como um salto diretamente no sacerdócio. É feito primeiro diácono, porque ele tem que aprender a ser como Jesus, segundo o modelo do lava-pés. Servir, estar pronto a servir e dar a sua vida pelos outros”, completou o Arcebispo, dirigindo-se aos presentes à ordenação. A cerimônia de ordenação contou com a presença dos familiares do seminarista, como a mãe, Raimunda Oliveira Santos, que emocionou-se recordando a trajetória do filho até o diaconato. Richardson chega ao diaconato transitório na Arquidiocese de Belém sob a direção do lema “Eu me santifico por eles”. Depois de sua ordenação, ele seguirá atuando na Paróquia Santa Bárbara. O neo diácono afirma que o lema escolhido reflete a sua vocação. “O lema que escolhi é uma palavra que norteia todo o mistério da minha vocação". Richardson explica que o lema "Eu me por eles" significa que eu me santifico não para mim mesmo, mas pelo povo de Deus. Então o chamado de Deus é esse. Deus que chama do povo, traz para um período de formação, depois nos devolve ao povo. Então eu me santifico por eles nessa dimensão, nessa entrega total a Deus de mim e para o povo de Deus”. O novo diácono ressalta que sua vocação é um reflexo direto do imenso amor que sempre dedicou ao Senhor e pelo qual expressa gratidão. "O sentimento hoje que eu encontro dentro do meu coração é o sentimento de gratidão".
n PROSTRAÇÃO do candidato durante a ordenação
n ORDENADO, o diácono Richardson serve na Santa Missa
Finalmente, Richardson recolhe sua vocação como dom de Deus. "Para mim a vocação é um dom de Deus, como nos
diz São João Paulo. É dom e mistério. É dom, porque é Deus quem chama e é mistério, porque também é Deus que nos forma
através daquele em que ele nos confia a formação. É sinal de um chamado de Deus e de uma resposta do homem para Deus".
NOVAS VOCAÇÕES PARA A IGREJA DE BELÉM A Arquidiocese de Belém comemora este mês de julho em que três ordenações diaconais foram realizadas. “Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, não poderíamos deixar de nos alegrar com estas ordenações, dons de Deus para a nossa Igreja”, comentou Dom Alberto Taveira, Arcebispo Metropolitano de Belém, ao presidir a primeira ordenação no dia 4 de julho na Paróquia Santa Maria Goretti, no bairro do Guamá. Naquela ocasião, o seminarista José Gabriel Cardoso Marruaz, 25 anos, tornou-se diácono transitório pela oração consecratória e pela imposição
das mãos do Arcebispo. Alegria renovada também para a Igreja de Ananindeua, na região Metropolitana de Belém. Dia 11 de julho foi a vez de Devair Nunes Delgado, da Comunidade Mensageiros da Boa Nova, tornar-se diácono transitório durante Missa na Paróquia do Mistério da Transfiguração do Senhor, no bairro do Curuçambá, em Ananindeua. E, coroando o mês de julho, houve também a ordenação diaconal transitória do seminarista Richardson Oliveira Santos, celebrada junto com o povo de Deus na Paróquia João Paulo II, no bairro do Souza, em Belém.
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ARQUIDIOCESE FOTOS: DIVULGAÇÃO
n ÁREA MISSIONÁRIA reúne uma história viva de comundiade
n PRESENÇA da Igreja é contínua
A MISSÃO e a evangelização presente na Área Missionária Nossa Senhora Perpétuo Socorro A PRESENÇA da Igreja de Belém destaca-se no crescimento de comunidades
A
Igreja Católica Apostólica Romana tem para si a missão de evangelizar o povo. A Igreja, no entanto, não é feita de pedras nem madeira, mas, sim, de homens e mulheres. É necessário que haja um esforço para que a mensagem do Evangelho chegue igualmente a todos os cantos. Ora, Cristo assim instruiu: “vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade” (Mc 16,15). O trabalho pastoral e a ação evangelizadora presente nas oito comunidades da Área Missionária do Perpétuo Socorro, presente no bairro Canaã, em Marituba, está intrinsecamente ligado à missão dada por Nosso Senhor. A Área é um projetopiloto de missionariedade bem consolidado, afirma Dom Antônio de Assis Ribeiro. Dom Antônio lista os seguintes motivos: a missão compartilhada entre várias paróquias do centro; a colaboração financeira da Cáritas e da Arquidiocese através dos recursos da Campanha da Fraternidade de 2018; a disponibilidade de vários sacerdotes para assegurar os sacramentos ao povo; o envolvimento e protagonismo dos leigos; e a colaboração de centenas de benfeitores para
compra de terrenos e edificação de capelas. “Esse grande mutirão missionário continua. Quando todos contribuem, a Igreja avança com firmeza! O espírito missionário acontece através do desenvolvimento da consciência eclesial das pessoas. Isso pressupõe processo de crescimento; quem planta hoje, não pode pretender colher amanhã, porque seria violentar a natureza.” Ele prossegue: “mas em relação à consciência missionária dos fiéis católicos dessa área, dos próprios moradores, posso dizer que está caminhando bem. Estamos caminhando com o povo, precisamos de diáconos, sacerdotes, religiosos (as) que se disponham, com criatividade e paciência, a caminhar com o povo; um missionário (a) animado(a) e paciente faz um bem imenso ao povo.” A PRESENÇA DA IGREJA Moradora há mais de 20 anos, Ana Ferreira de Lima, frequentadora da Comunidade de São Francisco de Assis, uma das primeiras do bairro de Canaã, recorda do começo do trabalho da Igreja naque-
la área quando ainda eram território pastoral da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo e, em seguida, de Nossa Senhora das Vitórias. “Durante todo esse tempo foi um trabalho árduo e para nós foi uma grande conquista esse apoio que a arquidiocese está dando nessas comunidades porque nós nos sentíamos abandonados. Visualizamos que a presença tem sido de grande valia para nós e a comunidade em geral”, afirma Ana. Com apoio do bispo auxiliar, padres, diáconos, e paróquias como o caso de Santa Paula Frassinetti que adotou a comunidade, a área missionária cresceu exponencialmente em missão. Isso pode ser notado com a criação de mais seis comunidades em dois anos: “com chegada das comunidades irmãs estamos conquistando mais e mais. No início era só São Francisco e com a chegada das outras comunidades sabemos que podemos trabalhar unidos e, assim, conquistar e alcançar nosso objetivo: evangelizar a população.” O sentimento de união, a vivência fraterna são momentos vividos em comunida-
n CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS une as comunidades irmãs
n VIVÊNCIA FRATERNA prevalece entre os fiéis da área
de também. Toda dinâmica da área é comunitária, completa Ana: “sempre fazemos a celebração no Perpétuo Socorro e em comunhão com as outras.” Outra moradora, Larisse Assunção, da comunidade São Judas Tadeu, local inclusive que Dom Antônio escolheu para celebrar o aniversário de ordenação este ano, agradece o apoio e esforço de todos que fizeram tudo para que a missão não cessasse na área missionária: “Sinto-me muito feliz por fazer parte dessa comunidade. Nós já crescemos do que éramos antes, mas espero crescer cada vez mais com a graça de Deus. Eu sou muito grata porque quando começamos aqui não
havia o prédio, ficávamos fazendo tudo na parte da frente, é uma parte pequena, foi tudo com muito suor e trabalho. E quando a Arquidiocese tomou a frente, Dom Antônio nos ajudou muito.” VIVÊNCIA FRATERNA E VIDA COMUNITÁRIA Celebrações, encontros, batizados, Primeira Comunhão, celebração da Palavra, estão entre os eventos realizados na área missionária. São o sinal da missão da Arquidiocese de Belém que busca estar presente em todos os recantos. “Cuidar da vida fraterna, zelar pela comunhão de todos, cultivar da inquietude missionária, dar a máxima atenção às crianças,
adolescentes e jovens, estimular as devoções; criar, onde for possível, grupos, associações e pastorais”, ressalta Dom Antônio sobre a sensibilidade da Igreja naquela região. Ele completa fazendo a convocação: “o processo de formação das comunidades têm diversas dimensões, por isso não basta a celebração dos sacramentos. Eis porque nós precisamos de pessoas disponíveis para assessorar e fundar a pastoral da família, a Pastoral do dízimo, Pastoral catequética, a Pastoral da pessoa idosa, a pastoral da criança, etc. Mas não basta um simples curso, é preciso presença constante, educativa, animadora que acompanhe com generosidade as pessoas.”
n SENTIMENTO DE UNIÃO perceptível na área missionária