Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CV - Nº 973 - PREÇO AVULSO: R$2,00

www.fundacaonazare.com.br

BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

Semana SANTA: sem fiéis, a Missa pela TV LUIZ ESTUMANO

Com celebrações restritas ao público, a Arquidiocese de Belém dá início à Semana Santa no dia 28 de março, Domingo de Ramos. As celebrações religiosas serão ao vivo, pela TV e também pela internet. CAD. 2, PÁG. 1 LUIZ ESTUMANO

Semanário DIGITAL

n SEM OS FIÉIS nas igrejas, a Semana Santa irá começar em Belém com a Missa do Domingo de Ramos

Prezados leitores, nesta semana, mais uma vez, a edição do Jornal Voz de Nazaré estará disponível para leitura apenas nos veículos eletrônicos da Arquidiocese de Belém. A prorrogação do lockdown na região metropolitana de nossa capital interfere na rotina de todos, logo afeta também a circulação do semanário arqudiocesano, dificultando a chegada dos exemplares nas comunidades diocesanas. Entretanto, a sua leitura está assegurada, de maneira digital. Siga as intruções e leia o seu jornal: acesse o site da Fundação Nazaré de Comunicação (www.fundacaonaza-

LUIZ ESTUMANO

n PARÓQUIA passará a ser Santuário de Nossa Senhora Aparecida

re.com.br), clique na aba “Voz de Nazaré”, e depois, “Voz Digital”. Pronto! O jornal estará a sua disposição na plataforma Issu para você ficar atualizado da vida da Igreja, em segurança. Você também pode acompanhar o jornal pela página da Rede Nazaré de Comunicação no Facebook:/ FNCBelem. Por essa rede social, você fica por dentro de todas as notícias veiculadas no jornal, da mesma maneira que as recebe no exemplar impresso. Pedimos, novamente, a sua compreensão. Seguimos evangelizando em unidade e oração pelo fim da pandemia. DIVULGAÇÃO

Adiada a ELEVAÇÃO do santuário

Orientações para a SEMANA SANTA

Arquidiocese comunica ao povo de Deus que adiou a cerimômia de elevação da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida a santuário dedicado à Rainha e

A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou orientações e sugestões para a Sema-

padroeira do Brasil em Belém. Esperada pela comunidade, a igreja tornaria-se santuário neste mês, mas o lockdown altera programação. CAD. 2, PÁG 5

na Santa deste ano de 2021. O documento oferece indicações frente às exigências sanitárias no contexto da pandemia da Covid-19. CAD. 2, PÁG 5


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OPINIÃO

BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

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a ocasião do encontro int e r - re l i g i o s o no Iraque, em 06/março/2021, o Papa Francisco fez um importante discurso importante para o relacionamento entre as religiões, e que está muito em sintonia com a Campanha da Fraternidade Ecumênica no Brasil, deste ano. Em continuidade ao tema da semana passada, sobre o “olhar para o céu”, reporto agora a segunda parte de seu discurso sobre o “caminhar sobre a terra”. - “O caminho de Abraão foi um caminho em saída, que implicou sacrifícios: teve de deixar terra, casa e parentes. Mas, renunciando à sua família, tornou-se pai duma família de povos. Algo de semelhante acontece também conosco: ... Precisamos sair de nós mesmos, porque temos necessidade uns dos outros. A pandemia fez-nos compreender que «ninguém se salva sozinho» (Encíclica Fratelli tutti, 54). ... Nas tormentas que estamos a atravessar, não

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...

Olhamos para o céu – caminhamos sobre a terra (2) nos salvará o isolamento, não nos salvarão a corrida armamentista e a construção de muros, que aliás nos tornarão cada vez mais distantes e irados. Não nos salvará a idolatria do dinheiro, que nos fecha em nós mesmos e provoca abismos de desigualdade onde se afunda a humanidade. Não nos salvará o consumismo, que anestesia a mente e paralisa o coração”. - “O caminho que o Céu aponta para o nosso percurso é outro: é o caminho da paz. E este requer, sobretudo na tormenta, que rememos juntos na mesma direção. ... Não haverá paz sem partilha e acolhimento, sem uma justiça que assegure equidade e promoção para todos, a começar pelos mais frágeis. Não haverá paz sem povos que estendam a mão

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onsultando-se o ‘Aurélio’ encontramos logo no primeiro verbete o significado de solidão: ‘Estado de que se encontra ou vive só; isolamento’. É a realidade que ora vivemos, diante da pandemia que assola a Humanidade. Na condição de idosos, minha esposa e eu,somos atingidos pelas restrições decorrentes do isolamento social de forma mais incisiva, na medida em que perdemos a companhia presencial de familiares e amigos.O

a outros povos. Não haverá paz enquanto se olhar os outros como um «eles», e não como um «nós». Não haverá paz enquanto as alianças forem contra alguém, porque as alianças de uns contra os outros só aumentam as divisões. A paz não exige vencedores nem vencidos, mas irmãos e irmãs que, não obstante as incompreensões e as feridas do passado, passem do conflito à unidade”. - “Donde pode começar o caminho da paz? Da renúncia a ter inimigos. Quem tem a coragem de olhar as estrelas, quem acredita em Deus, não tem inimigos para combater. Tem apenas um inimigo a enfrentar, que está à porta do coração e insiste para entrar: é a inimizade. Enquanto alguns procuram mais

- “Cabe a nós salvaguardar a casa comum das nossas ambições predatórias. Cabe a nós lembrar ao mundo que a vida humana vale pelo que é e não pelo que tem, e que a vida de nascituros, idosos, migrantes, homens e mulheres de todas as cores e nacionalidades é sempre sagrada e conta como a de todos os outros. Cabe a nós ter a coragem de levantar os olhos e olhar as estrelas, as estrelas que viu o nosso pai Abraão, as estrelas da promessa”. - “O caminho de Abraão foi uma bênção de paz. Mas não foi fácil! Teve que enfrentar lutas e imprevistos. Também nós temos pela frente um caminho acidentado, mas precisamos, como o grande patriarca, de dar passos concretos, peregrinar

IVENS COIMBRA BRANDÃO Engenheiro civil e escritor (ivenscb@oi.com.br; ivenscb@gmail.com)

ENCONTRO FRATERNO isolamento vem nos privando da convivência quase diária, que tínhamos com o nosso netinho caçula, que durante seus primeiros nove anos, nos fazia companhia desde a hora do almoço, permanecendo conosco o resto da tarde, enquanto seus pais trabalhavam. Nos dias de hoje, estamos limi-

As duas faces da solidão tados a ouvir sua voz tênue, de criança, ao telefone,deixandonos saudosos da sua alegria, das traquinagens que por último vinha ‘aprontando’. Para muitos, tal isolamento vem se constituindo como o ‘pano de fundo’ em que o medo é o principal

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ocê sabia que o dia 20 de março é o Dia Internacional da Felicidade? A data, criada em 2013, foi inspirada pelo Reino do Butão, localizado nos Himalaias, que promove, desde a década de 70, o conceito de Índice da Felicidade para medir bem-estar socioeconômico e o Produto Interno Bruto (PIB), criando, posteriormente, o índice de Felicidade Nacional Bruta. Vale lembrar uma frase do então primeiro secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre o primeiro Dia Nacional da Felicidade: “Quando contribuímos para o bem comum, enriquecemo-nos a nós próprios. A

ator, que se manifesta agressivo,diante da perda de amigos e de pessoas conhecidas. Esta é a face dolorosa da solidão, que entristece, maltrata. No entanto, por paradoxal que seja, a outra face da solidão pode oferecer o gozo que enleva, que afaga nos-

sos corações, nos levando a meditar sobre a vida. Assim é que, o mesmo casal que ora é vítimado medo e da tristeza, já deixou-se encantar pela face gozosa da solidão. Ora recordo os momentos de enlevo vividos,ao chegarmos no topo de uma montanha, com

BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)

HUMANUS

E a sua felicidade? compaixão promove a felicidade e ajudará a construir o futuro que queremos”. A busca pela felicidade é uma constante questão da humanidade. Sabemos mesmo que a felicidade tem diferentes significados: para alguns ser feliz é ter muitos bens, é estar na moda; outros acreditam que é a paz de espírito, o bem estar, a busca do

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

ter inimigos do que ser amigos, enquanto muitos buscam o próprio benefício à custa de outros, quem olha as estrelas da promessa, quem segue os caminhos de Deus não pode ser contra ninguém, mas por todos; não pode justificar qualquer forma de imposição, opressão e prevaricação, não se pode comportar de modo agressivo”. - “Na história, muitas vezes corremos atrás de metas demasiado terrenas e caminhamos cada um por conta própria, mas, com a ajuda de Deus, podemos mudar para melhor. Cabe a nós, a humanidade de hoje e principalmente os crentes das diferentes religiões, transformar os instrumentos do ódio em instrumentos de paz”...

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

equilíbrio emocional. Quer ser feliz? Então, já comece descobrindo o que é felicidade para você enão faça uso da comparação com os outros, da sua felicidade com a dos outros, especialmente na “felicidade das propagandas” e nas redes sociais em que todos sempre parecem muito bem. Fato é que ninguém consegue manter um estado de

DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira

felicidade contínuo, pois a vida real nos leva a encarar frustrações, sofrimentos, fracassos e a aceitar que nem sempre a vida é fácil, cheia de alegrias e realizações, que tristeza, ansiedade, cansaço, medo fazem parte da vida. Para alguns estudiosos, inclusive, felicidade corresponde à capacidade de solucionar, contornar ou suportar, conforme

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

para descobrir o rosto do outro, partilhar memórias, olhares e silêncios, histórias e experiências. ... “Para prosseguir, precisamos de fazer, juntos, algo de bom e concreto. Este é o caminho, sobretudo para os jovens, que não podem ver os seus sonhos truncados pelos conflitos do passado. Urge educá-los para a fraternidade, educá-los para olharem as estrelas. Trata-se duma verdadeira e própria emergência; será a vacina mais eficaz para um amanhã pacífico. Porque sois vós, queridos jovens, o nosso presente e o nosso futuro! Somente com os outros é que se podem curar as feridas do passado”. “Nós, irmãos e irmãs de diversas religiões, encontramo-nos aqui, em casa, e a partir daqui, juntos, queremos empenhar-nos para que se realize o sonho de Deus: que a família humana se torne hospitaleira e acolhedora para com todos os seus filhos; que, olhando o mesmo céu, caminhe em paz sobre a mesma terra.”

cerca de 1.600 metros de altitude,na região sul das Minas Gerais. Cheguei a dizer para minha esposa: escute, o ‘silêncio’ da montanha, enquanto descortinávamos o terreno ondulado a nossa volta, com linhas sinuosas, obra da Criação a nos encantar.Não estávamos a sós! No final deste mês de março, do ano ded i c a d o a o Pa t ro n o Universal da Igreja, peçamos: São José, rogai por nós, pelas famílias do mundo inteiro.

o caso, as adversidades. Felicidade é uma construção, não é uma emoção “que cai do céu”, mas exige trabalho, dedicação, tempo. Para ser feliz é preciso escolher entre agir (ser protagonista de suas escolhas) ou reagir (ficar esperando o que vai acontecer e ir levando). Para isso, é fundamental ter um Propósito de vida, saber o que dá sentido à sua vida, o que faz com que você persista diante das dificuldades e busque seus objetivos e sonhos.Quer ser feliz? Coragem, caminhe, busque, ouse. Um dia de cada vez, um momento de cada vez! Vamos em frente!

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

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DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

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ossa Liturgia é rica de procissões, assim como nossas devoções populares. Procissão de abertura das celebrações, procissão com o Evangeliário, procissão das oferendas, procissão da Comunhão. E a Semana Santa nos leva às ruas, com a celebração do Domingo de Ramos, na qual recordamos a entrada de Jesus em Jerusalém, proclamando-o bendito também em nossa cidade e em nosso coração. Recordamos os passos da Via-Sacra, passamos pelas ruas para recordar o caminho de Jesus ao Calvário e o encontro com sua Mãe. Na Sexta-feira Santa a imagem do Senhor Morto percorre as ruas da Cidade Velha, para chegar, enfim, à grande procissão da Luz, com a qual

Neste ano, mais uma vez, pela situação sanitária em que nos encontramos, deveremos celebrar com pouca movimentação pelas ruas proclamamos, na Vigília Pascal, que só Jesus Cristo é a Luz para as trevas do mundo! Nas Missas do Tempo Pascal, poderemos cantar alegres: “Em procissão vão o pão e o vinho, acompanhados de nossa devoção, pois simbolizam aquilo que ofertamos, nossa vida e nosso coração. Ao celebrar nossa Páscoa e ao vos trazer nossa oferta, fazei de nós, ó Deus de amor, imitadores do Redentor. A nossa

CONVERSA COM MEU POVO Igreja, que é mãe, deseja que a consciência do gesto de ofertar se atualize durante toda a vida, como o Cristo se imola sobre o Altar. Eucaristia é Sacrifício, aquele mesmo que Cristo ofereceu, o mundo e homem serão reconduzidos para a nova Aliança com seu Deus. O pão e o vinho serão, em breve, o Corpo e o Sangue do Cristo Salvador. Tal alimento nos une num só Corpo, para a glória de Deus e seu louvor.” Será o ponto de chegada de nossas procissões e peregrinações pelas estradas da vida. Neste ano, mais uma vez, pela situação sanitária em que nos encontramos, com tantos desafios e dores para a humanidade toda e para nossa Igreja, deveremos celebrar com pouca movimentação pelas ruas a nossa Semana Santa. Sem grandes procissões, queremos fazer a maior de todas, com nosso caminho verdadeiro e autêntico para a Páscoa, e dela podem todos participar, mesmo ficando em casa! Para tanto, desejamos pedir ajuda a algumas figuras que entraram na primeira e definitiva Semana Santa, participantes do Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, escolhidas dentre muitas outras que cada pessoa poderá acrescentar e meditar com seus gestos de amor descritos nos Evangelhos. São pessoas notáveis ou não, algumas até discretas ou escondidas, mas lembradas aqui a fim de que ninguém de nossos dias e de cada família se sinta excluído. Quando Jesus entrou em Jerusalém, para lá subiam as tribos do Senhor (Cf Sl 121,4), ele vem para ser entregue! Entretanto, sua chegada é festejada. Podemos imaginar a criançada gritando hosanas, os ramos e as roupas estendidas! Nossas casas muitas vezes se enfeitaram para verem passar as procissões! Mesmo

Em PROCISSÃO!

sem poder sair às ruas e levantar os ramos neste ano, algum sinal seja colocado em nossas casas, para dizer que é bendito o que vem em nome do Senhor. E em nossa oração de família, Igreja doméstica e sempre aberta, peçamos a libertação da presente pandemia em nossos dias, na Jerusalém de hoje e todas as nossas cidades tão machucadas! O jovem escondido, que seguia Jesus coberto só de um lençol, pode despertar em nós a santa curiosidade de acompanhar os acontecimentos (Mc 15,31). De um lado, pode ser sinal da debandada geral, profetizada por Amós (Am 2,14-16) que se seguiu à prisão de Jesus. Alguns até supõem que tenha sido o próprio Marcos. Sua figura pode até estar ligada ao jovem vestido de branco (Mc 16,5) que as mulheres encontraram ao chegarem ao sepulcro no primeiro dia da semana, para dizer-lhes: “Ressuscitou, não está aqui”. Entretanto, ele nos faz entrar na grande procissão da condenação de Jesus, quem sabe, às escondidas, mas presentes! Ninguém nos despreze pelas muitas perguntas que o mistério de Cristo nos provoca. E nasça em nós o desejo de sermos anunciadores da Ressurreição, com as vestes e a história que tivermos! Os servos que levaram a água para Pilatos lavar as mãos (Mt 27,24), testemunhas do ato de covardia do governador, entraram sem querer nos relatos da condenação de Jesus. Podem ajudar-nos a superar as eventuais cumplicidades com o mal existente no mundo, pedindo perdão pela nossa displicência. É bom saber que antes o próprio Senhor recomendara aos discípulos de ontem e de sempre lavar os pés dos outros! Haja água para tais gestos de amor! Simão Cirineu (Mc

DIVULGAÇÃO

n SAIAMOS de nós mesmos ao encontro de Cristo. Esta é a melhor procissão!

15,21)passava pelo caminho, foi primeiro obrigado a ajudar Jesus, mas desejamos vê-lo como primeiro seguidor de Jesus: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!” (Mc 8,34). De fato, tomou gosto pela ajuda dada a Jesus! Podemos imaginar este caminho de conversão! Com certeza, quando o Evangelho diz que era pai de Alexandre e Rufo, é sinal de que vieram a ser membros das primeiras Comunidades (Cf. Rm 16,13). Haveremos de transformar obrigações de serviço ao próximo em entrega livre e amorosa! A tradição nos presenteou com Verônica, cujo nome significa imagem verdadeira (verdadeiro ícone!). O nome é referência à imagem do rosto de Cristo que ficou impresso no véu com o qual Verônica teria enxugado o rosto do Mestre todo ensanguentado. Tradições cristãs antiquíssimas a colocam entre as mulheres de Jerusalém às quais Jesus dirigiu um lamento quando caminhava para o Calvário (Lc 23, 27-31). De sua figura brotou a bela devoção à Sagrada Face, presente em meio ao nosso povo. Com ela desejamos reconhecer a face de Cristo e des-

cobri-la também presente em tantos outros rostos, já que o que fizermos ao menor dos irmãos terá sido feito a ele (Mt 25,40). No alto da Cruz, Jesus “canoniza” o Bom Ladrão (Lc 23,39-43). Jesus morreu por ele e por nós, pagando a dívida de Adão e restituindo tudo o que fora roubado por aquele que, mais esperto do que todos os ladrões, roubou o Paraíso na última hora! Basta voltar-se para Jesus, com o olhar da fé, e todo o passado fica para trás, lavado pela sua misericórdia infinita, e isso vale para todos nós! José de Arimatéia esperava o Reino de Deus e não tinha concordado com o Sinédrio na condenação de Jesus (Lc 23,51). Discípulo do Senhor às escondidas, no momento mais difícil tem coragem de se expor e pede o corpo de Jesus, para depositálo num sepulcro de sua propriedade (Mt 27, 57-60; Mc 15,42-46; Lc 23,50-53; Jo 19,3842). Com ele estava Nicodemos, que tinha se encontrado com Jesusde noite (Jo 3,1-15) e tinha tomado a defesa de Jesus diante do Sinédrio (Jo 7,50-52). O gesto dos dois perfumou o caminho do seguimento de Jesus, ungidos que somos todos, para encontrar o Cristo

ressuscitado. Após o sepultamento de Jesus, mulheres que o acompanharam desde a Galileia (Lc 23,55-56) observaram tudo e voltaram para casa, como nós que somos quase constrangidos a ficar em casa! Após o sábado, foram ao sepulcro. Vamos nós, com Maria Madalena e as outras mulheres ao sepulcro. Sairemos depois correndo, em procissão festiva, para proclamar que Ele está vivo! Saiamos de nós mesmos ao encontro de Cristo. Esta é a melhor procissão!

Esta é a melhor procissão

Sairemos depois correndo, em procissão festiva, para proclamar que Ele está vivo!


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IGREJA

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CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)

MISCELÂNEA

Um PEQUENO grande livro (13)

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esta edição de “Miscelânea” continuaremos a ver o que no livro “o monge e o pastor” se diz sobre a Morte. Prosseguiremos a partir de onde, então, ficamos na carta de oito de maio de 2010, do monge beneditino Marcelo Barros ao pastor batista Henrique Vieira “a gente começa a morrer

De minha parte, eu, Cláudio, a cada noite morro para, na manhã seguinte, ressuscitar

no dia em que nasce. Dados da ciência concordam com isso. Desde a concepção, o programa genético de cada pessoa já determina o seu tempo de vida, desde que não haja acidente de percurso e a pessoa não nasça num país onde, como dizia o Riobaldo, de Guimarães Rosa, (personagem do romance “Grande Sertão: Veredas”): “viver é muito perigoso.” O mundo de hoje rompeu com essa sabedoria. A pandemia só revela isso, ainda mais, denunciando um modelo de sociedade que privatiza a saúde e por isso não consegue atender as necessidades de sua população, além da morte mal atendida em hospitais e postos de saúde.

DIVULGAÇÃO

n COMEÇAMOS a morrer desde que nascemos

Há atrocidade ainda maior de que as pessoas morrem isoladas, sem poder contar com a presença dos seus familiares. E, depois da morte, filhos e parentes nem podem ter a consolação da despedida presencial.

A fé nos vem em ajuda. Não nos faz sentir menos medo da morte, mas nos orienta a confiar que, como diz o cântico dos cânticos, ou dos Cantares de Salomão: “O amor é forte como a morte” (Cânticos 8,6). Jesus

veio nos revelar que é mais forte do que a morte, já que é divino, pois “Deus é amor.” (1 João 4,16). Então, para mim, como penso que deve ser para todos, o lado de lá permanece em grande mistério e não

adianta ter a pretensão de querer compreendê-lo ou explicá-lo. Pessoalmente, não sou a favor de disfarçar o medo da morte ou de me iludir com atenuantes de que ela seria apenas um passo ou uma ´porta para outra dimensão. Como cristão, creio na ressurreição de Cristo, fonte e princípio da ressurreição de todos nós. No entanto, prefiro vivê-la nas mortes e ressurreições de cada dia.” De minha parte, eu, Cláudio, a cada noite morro para, na manhã seguinte, ressuscitar. E assim minhas pequenas mortes diárias vão me predispondo aos poucos para a chegada da grande Morte, no final de minha vida. Por hoje, é só, ou é tudo. Até a semana vindoura, caso, até lá, pela mercê de Deus, eu ainda esteja por aqui. Shalom.

53º CONGRESSO Eucarístico Internacional O Papa Francisco aprovou em 20 de março passado a designação da arquidiocese de Quito, no Equador, como a sede do 53º Congresso Eucarístico Internacional a realizar-se no ano 2024. A informação foi

confirmada pela Sala de Imprensa da Santa Sé que destaca esta realização por ocasião do 150º aniversário da consagração daquele país ao Sagrado Coração Jesus. “Este grande encontro eclesial vai manifestar a fecun-

didade da Eucaristia para a evangelização e a renovação da fé no continente latinoamericano”, sublinha o comunicado. O próximo congresso Eucarístico Internacional está agendado para Budapeste, capital da Hungria,

entre os dias 5 e 12 de setembro de 2021, depois de ter ser adiado um ano por causa da pandemia da Covid-19, e tem por tema ‘«Todas as minhas fontes estão em ti» – A Eucaristia: fonte da nossa vida e da nossa missão cristã’ .

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

n CONGRESSO marca a consagração de Quito

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 15,1-39

1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, e os mestres da lei e todo o sinédrio,... tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos. 2-15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado...21-22Levaram Jesus para o lugar chamado...“ calvário”...24-26Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda...2932Os que foram crucificados com ele também o insultavam. 33Quando chegou ao meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas da tarde. 34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte: Eloi, Eloi, lamàsabactàni? Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 35...Vejam, ele está chamando por Elias!...37Então Jesus deu um forte grito e expirou. 38Nesse mo-

mento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. 39Quando o oficial do exército, ... viu como Jesus havia expirado, disse: Na verdade, este homem era Filho de Deus! B) COMENTÁRIO

Os grupos responsáveis na sociedade perante os romanos entregaram Jesus a Pilatos (v 1). Naquele tempo os judeus não podiam ditar “sentença capital” (Jo 18,31); ela deveria ser reconhecida ou autorizada pelo legado romano. Os evangelistas usam o mesmo verbo “entregar” (paradidomi), como apresentação legal de alguém a juízo. Entregaram Jesus, mas ele é dono de sua vida (Jo 10,18), e “entrega” a si mesmo: “Sabendo Jesus tudo o que lhe aconteceria, adiantou-se e lhes disse: ‘A quem procurais?’ Responderam: ‘Jesus, o Nazareu’. Disse-lhes:

‘Sou eu’ (Jo 18, 4-8)”. A injustiça está na inversão de valores: troca-se o bem pelo mal; o bem é condenado e o mal é libertado (Jesus/ Barrabás) (v 15). “Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado” (v 5). Diante da injúria, o melhor é o silêncio: “injuriarumremedium est oblivium” (para a injúria; a indiferença). O sorteio das vestes (v 24), e o brado a Deus (v 34), alude ao Salmo 22, onde Mt 27,46 usa o hebraico “Eli” do Sl 22, e Mc usa a forma vigente, aramaica, “Eloi”: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” O salmista expõe a Deus sua situação e suplica ajuda contra os inimigos e oferece gratidão plena. Suas primeiras palavras não eclodem como grito desesperado e sim amargura de não ver outra saída a não ser a

intervenção de Deus. No evangelho, Jesus o faz como oração pessoal diante do momento em que parece que os inimigos prevalecem em seus intentos: a vitória. É exatamente esta humilhação de Cristo, a via necessária para o triunfo sobre o mal. Deus age diferente do homem; Ele não necessita impor-se, nem destruir o inimigo; Ele não tem medo de ninguém. Eis a principal mensagem da Paixão de Jesus. É lamentável que Jesus na desventura, o justo sofredor, não encontre solidariedade na humanidade, nem entre os que padecem com ele (v 32). O grito final de Jesus (v 37) impressiona; é sua decisão voluntária e livre de morrer. Moisés não morreu de velho (Dt 34,7); Jesus tem energia, não morreu de fraco e sim no cumprimento da vontade do Pai.

n SEXTA – 26/03 Cor: Roxo 1ª Leitura - Jr 20,10-13 Salmo - Sl 17, 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 Evangelho - Jo 10,31-42 n SÁBADO - 27/03 Cor: Roxo 1ª Leitura - Ez 37,21-28 Salmo - Jr 31, 10. 11-12ab. 13 Evangelho - Jo 11,45-56 n DOMINGO – 28/03 Cor: Vermelho 1ª Leitura - Is 50,4-7 Salmo - Sl 21,8-9.17-18a.19-20.23-24 2ª Leitura - Fl 2,6-11 Evangelho - Procissão - Mc 11,1-10 Evangelho - Mc 14,1-15,47 n SEGUNDA – 29/03 Cor: Roxo

1ª Leitura - Is 42,1-7 Salmo - Sl 26, 1. 2. 3. 13-14 Evangelho - Jo 12,1-11 n TERÇA- 30/03 Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 49,1-6 Salmo - Sl 70, 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15.17 Evangelho - Jo 13,21-33.36-38 n QUARTA - 31/03 Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 50,4-9a Salmo-Sl68,8-10.21bcd-22.31.33-34 Evangelho - Mt 26,14-25 n QUINTA - 01/04 1ª Leitura - Ex 12,1-8.11-14 Salmo - Sl 115,12-13.15-16bc.17-18 2ª Leitura - 1Cor 11,23-26 Evangelho - Jo 13,1-15


5 BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

SETORJUVENTUDE

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ

JORNADA Diocesana da Juventude 2021: “Eu te constituo testemunha do que viste. Levanta-te!” (At 26, 16)

INTRODUÇÃO

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odos os anos no Domingo de Ramos, a Igreja celebra a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ). A JDJ é celebrada, mundialmente, em cada uma das dioceses da Igreja e faz parte do processo de preparação para a Jornada Mundial da Juventude que se celebra a cada dois ou três anos. A coordenação do Setor Juventude de cada diocese é quem organiza a celebração dessa jornada envolvendo as mais variadas expressões juvenis nela existentes. A proposta dessa jornada juvenil, sempre muito animada e rica de muitos

A JDJ tem como finalidade, muito mais do que comemoração festiva, continuar o processo de aprofundamento da fé dos jovens a partir de um tema específico eventos, não parte dos bispos das dioceses, mas do próprio Santo padre, o Papa. Começou com São João Paulo II, em 1985 e, atualmente, conta com a atenção e o carinho do Papa Francisco. A JDJ tem como finalidade, muito mais do que comemoração festiva, continuar o processo de aprofundamento da fé dos jovens a partir de um tema específico; trata-se, portanto, de uma jornada profundamente formativa. Por ter surgida, a partir da vontade do papa, a JDJ, tem também como objetivo estimular nos jovens o sentido de comunhão com o Papa e fortalecer a consciência de pertença à Igreja.

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Preparando a JMJ Lisboa 2023

Com o tema da JDJ, a juventude já está fazendo um caminho de preparação para grande Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 que será realizada em Lisboa, e terá como tema «Maria levantouse e partiu apressadamente» (Lc 1,39). O tema de cada ano da JDJ tem uma íntima relação com aquele da JMJ. E, assim, a cada ano, dentro de um processo formativo, a juventude católica vai vivenciando um itinerário de preparação para JMJ onde, em geral, se encontram milhões de jovens católicos durante uma semana com o Papa. O tema da JDJ do ano passado foi «Jovem, eu te digo, levanta-te!» (cf. Lc 7,14). O tema deste ano, 2021, é «Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!» (cf. At 26,16). Como podemos perceber nos três temas há, em comum, o verbo “levantar” (-se). Tratase de um convite à promoção do protagonismo juvenil. Os jovens estão sendo, insistentemente, convidados a “levantarem-se” para testemunhar ao mundo e dentro da Igreja as riquezas da fé e dos valores que trazem na mente no coração.

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A JDJ Ano 2O21

A partir do tema «Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!» (cf. At 26,16) a Comissão Nacional da Pastoral Juvenil elaborou um subsídio como proposta para o estudo desse tema, incluindo diversas experiências, tais, como: estudos, terços, leitura orante, via sacra, prática da solidariedade, etc. O versículo que nos é proposto para estimular a reflexão com as juventudes nos mais variados contextos socioeclesiais da Pastoral Juvenil do Brasil é tirado do livro dos Atos dos Apóstolos e está inserido no testemunho da conversão e da consciência vocacio-

DIVULGAÇÃO

nal de São Paulo diante do Rei Agripa. Acusado de ser um transgressor da lei judaica, Paulo defende com firmeza e coragem o próprio ministério apelando para o mandato divino que recebeu (cf. At 26, 4-12). Todavia, Paulo relata que após uma profunda experiência com Deus, foi despertado da sua ignorância, tomou consciência do seu erro (violência), se arrependeu e se converteu a Deus (cf. At 26, 19-21). Compreendeu a história da revelação de Deus através dos profetas, e de Moisés, que anunciava que o Messias havia de sofrer, ressuscitar dentre os mortos e que seu nome deveria ser pregado a todas as nações e, de modo particular, aos pagãos (cf. Até 26, 22-23). Ao ouvir esse testemunho, Festo, o procurador Romano, para provocá-lo, disse: “você está ficando louco, Paulo! todo esse seu saber o está levando à loucura”. Mas Paulo respondeu: “não estou ficando louco, excelentíssimo Festo, mas estou falando palavras verdadeiras e sensatas” (At 26,25).

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A consciência de ser chamado O tema da JDJ deste ano é um grande estímulo para que os

jovens cresçam na tomada de consciência da própria vocação e sejam capazes de testemunhá-la em todos os contextos da própria vida. Esta narração sobre a conversão de Paulo está inserida num dramático contexto existencial de incompreensão, forte pressão psicológica, desprezo por sua pessoa, rejeição das suas convicções e ameaça de condenação à morte. Apesar, da hostilidade, Paulo não se deixa levar pela pressão e se mantém íntegro, firme e sereno, testemunhando que sabia das razões da própria esperança (cf. 1Pe 3,15). Também os jovens de hoje, estão vivendo num contexto muito delicado, cheio de pressões negativas por causa da pandemia. Com a difusão dessa doença, aumentou a manifestação aguda de muitos problemas juvenis, tais como, a pobreza, o desemprego, a solidão, o vazio existencial, os conflitos familiares, o suicídio, etc. Também é bem verdade que, nesse tempo de pandemia, milhões de jovens foram desafiados ao testemunho da própria fé e virtudes humanas. São jovens que levantam-se, estão de pé, não se deixam

abater pelas pressões, alimentam a experiência de Deus, mantémse resilientes e percebem a oportunidade da solidariedade para com os mais necessitados e estão comprometidos no engajamento eclesial servindo com alegria e criatividade, tudo na área da comunicação e da animação musical.

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Jovens fortes e corajosos Um dos mais sérios desafios para os jovens, adultos e idosos neste tempo de pandemia, está sendo a promoção da saúde mental. Para que ela seja fortalecida e preservada, é necessário alimentarmos a nossa vida espiritual que encontra na Palavra de Deus o seu combustível essencial. Por isso, conhecendo os desafios do mundo juvenil do seu tempo, o salmista se questionou: “Como pode um jovem conservar pura a sua vida?’ E ele mesmo deu a resposta, dizendo: “meditando a Palavra de Deus” (cf. Sl 119,9). A Palavra de Deus educa a mente, a compromete a confiar em Deus, a tranquiliza, estimula bons pensamentos e a incentiva à prática das boas ações. A experiência da intimidade com a Palavra

de Deus é encontro com Deus. E isso faz toda a diferença. Recordemos as palavras de Deus ao jovem Josué, aquele que foi o substituto de Moisés na liderança do povo de Deus rumo à terra prometida. “Ninguém poderá resistir a você durante toda a sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei também com você: nunca o abandonarei nem o deixarei desamparado. Seja firme e corajoso... Não se desvie... você terá sucesso em todos os seus empreendimentos” (Js 1,5-7). Para serem fortes e corajosos, os jovens precisam de uma profunda, sólida base catequética e múltiplas experiências formativas. Esse é o trabalho da pastoral juvenil. A todos os jovens, Jesus repete as palavras pronunciadas ao filho da viúva de Naim, que estava morto: «Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!» (Mt 7,14). PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

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Ler o Capítulo 26 dos Atos dos Apóstolos: o que mais lhe tocou? O que ajuda os jovens a serem fortes e corajosos nas dificuldades? O que mais contribui para a prostração dos jovens hoje?

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Preparação para a Jornada Mundial da Juventude

Também os jovens de hoje, estão vivendo num contexto muito delicado


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

A

Fundação Nazaré de Comunicação propiciará aos fiéis toda a assistência espiritual nec essári a para os fiéis vivenciarem a Semana Santa na Arquidiocese de Belém. Uma vez que eles não podem ir às igrejas devido ao isolamento social determinado pelas autoridades em todo o mundo frente à pandemia pelo coronavírus, as celebrações da Grande Sermana serão transmitidas pela Rede Nazaré de Comunicação. As celebrações pascais estão canceladas em todas as paróquias diocesanas, e através das celebrações por meio dos veículos de comunicação arquidiocesanos, a Igreja adentra e partilha o ápice da vivência da fé na Igreja Católica. Por essa razão, a programação dos veículos arquidiocesanos será gerada ao vivo, com as celebrações podendo ser vistas pela Rede Nazaré de Televisão (canal 30, ou na sintonia da sua cidade), uma exibição

FAMÍLIA NAZARÉ

Semana SANTA pela Fundação Nazaré FIÉIS não podem ir às igrejas devido ao isolamento social determinado pelas autoridades simultânea com a Rádio Nazaré FM e nas redes sociais da Fundação, possibilitando ao povo de Deus acompanhar tudo, em tempo real. Direto da Catedral Metropolitana de Belém, a programação especial começa no Domingo de Ramos, 28 de março, com a Missa às 8h30. Até o Domingo de Páscoa, dia 4 de abril, você poderá acompanhar as celebrações da Grande Semana, direto das igrejas onde serão celebradas sem a participação dos fiéis para evitar a disseminação da covid-19. Conforme estabelecido pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, os fiéis estão dispensados do preceito dominical diante das circuns-

LUIZ ESTUMANO

n DOM ALBERTO durante o rito da benção dos Santos Óleos

tâncias atuais, ante as medidas de segurança sanitária contra o coronavírus. Anote a programação e acompanhe:

Quinta-feira, 1º de abril, a Missa do Crisma, às 8h; Ceia do Senhor, às 18h; Sermão das Sete Palavras, na sexta-feira, 2, a par-

tir das 12h; às 17h, a Ação Litúrgica da Paixão do Senhor; a Vigília Pascal, no sábado, 3, às 19h, e a Missa da Páscoa, dia 4, à 19h.

A Sexta-feira Santa, 2 de abril, terá total cobertura da Rede N az a ré no Sermão das Sete Palavras, a partir das 12h, direto da Capela do Colégio Santo Antônio, com a pregação do cônego Roberto Cavalli. Às 17h, direto da Catedral, a Ação Litúrgica da Paixão do Senhor, seguida do Descendimento da Cruz. A Vigília Pascal no Sábado Santo poderá ser acompanhada ao vivo também pela TV Nazaré, direto da Catedral, a partir 19h, encerrando-se a cobertura especial com a Missa da Páscoa da Ressurreição do Senhor, no domingo, 4 de abril, às 19h. Benção dos ramos

Acompanhe a missa ao vivo pela TV, portando em mãos o seu ramo para o momento da benção do mesmo.

NOSSOS ANIVERSARIANTES Herson Jose Bentes Picanço Maria da Conceição Viana Lages Jose Farias da Costa Maria Marilene da Silva Modesto Laura Viviani dos AntosBormann Maria das Graças Furtado Costa Glafira Dias Gomes Graciete Carneiro Miranda Huberth Nazareno da Silva Oliveira Vera Lucia Calandrine Azevedo Tereza Santa Brígida Moura Amélia Moreira Cabeça Antônio Maria Moura Sobral Casal Benjamim Alhades Sobrinho e Maria José André Angelina de Jesus Vianna Joana Ferreira Santana Maria Elizabeth de Lima Simões Nilza de Souza Ferreira Nilza Ferreira Santa Brígida Celia Maria Santos Rebouças José Antenor de Carvalho Neto Maria de Fatima Paulo Teles Maria do Carmo de Oliveira Alcântara Sandra de Jesus Leal Corrêa Maria do Socorro Gonçalves Martins de Barros Jozimar Lacerda Gomes Rosa Helena de Sousa e Sousa Augusto Cesar Silva da Anunciação Filho

João Duarte Moraes Eugenia Porpino de Oliveira Tereza Bentes do Rosário Maria do Carmo da Silva Ribeiro Helena Monteiro Guimarães Elizabeth Amador Alves Gaby Maria das Dores Felix de Oliveira José Otávio Alves Maia Maria Rita da Luz Freitas Alessandra Conceição Miranda Vieira Maria de Fátima Ferreira dos Santos Silva Professor Francisco Poeta Ricardo Augusto S de Campos Marcia Regina Cavalcante Vasconcelos Flaviane Cristina Araújo Iago André Benjor da Silva Adelaide da Costa Moraes Maria de Fátima de Sousa Joaquim Barbosa Margalho Maria Eunice Rodrigues dos Santos Olga Mara Damasceno de Vasconcelos Isouda Costa de Oliveira Contente Claudia Pinheiro dos Santos Pedro Jose Duarte Neto Heitor Costa Magalhães Maria de Lourdes de Souza Melo AnyLobao de Souza Maria de Nazaré Espirito Santo Teixeira (In Memorian) Jose C Mata Fonseca

Paula Lima Tavares Raimundo Possidônio Carrera da Mata Maria Raimunda Agostinha de Oliveira Dione Lopes Oliveira Francisco Thiago Silva Lima Gloria Azevedo Catharina Ribeiro Costa Maria do Socorro Martins Amorim Elza Maria de Sousa Rabelo

Maria Catarina Alho da Silva Maria Catharina Alho da Silva Maria da Conceição Viana da Silva Margarida de Nazaré Ferreira Joelcio da Trindade Machado Maria de Fátima Nobre Vieira Doralice Cunha Palheta Cassandra Romeiro Jean Carlos de Vasconcelos Wallena Dias C. da Silva

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 26/03 – Pe. Ivan da Silva Conceição 26/03 – Diác. Herson José Picanço 27/03 – Pe. Frei Jonas Matheus Sousa da Silva 27/03 – Diác. Antônio Maria Moura Sobral 28/03 – Diác. João da Silva Teixeira 29/03 – Pe. Ivan Luiz Chudzik Santos 29/03 – Diác. José Otávio Alves Maia 29/03 – Pe. Odorico Raffin 31/03 – Mons. Raimundo Possidônio Carrera da Mata 01/04 – Diác. Francisco do Nascimento Lima 01/04 –Diác. Jaime Humberto de Oliveira da Costa 01/04 – Pe. José Reinaldo Ferreira n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 28/03 – Pe. Manoel Abraão Farias Pinto 30/03/ - Pe. Pedro Júnior Pereira Vila Nova 31/03 – Pe. Jonas da Silva Teixeira


BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

CADERNO DOIS

Semana SANTA em Belém sem público LUIZ ESTUMANO

PROGRAMAÇÃO da Arquidiocese de Belém

não contará com a presença dos fiéis

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fetada pelas restrições sanitárias impostas pela do novo coronavírus, as igrejas da Arquidiocese de Belém não poderão receber o público para a Santa Missa nas celebrações religiosas que marcam esse período tão importante para a Igreja em todo o mundo. Apenas celebrações reservadas ocorrerão, com participação dos celebrantes, viusando a preservação dos fiéis em meio à pandemia. O Domingo de Ramos, 28 de março, será celebrado sem a costumeira procissão, limitado à Missa às 8h30, na Catedral Metropolitana de Belém, com portas fechadas. A celebração dá início à Semana Santa, uma época em a Igreja recomenda uma profunda vivência de oração e recolhimento. A impossibilidade de haver a procissão suscita alternativas para viver esse momento. A exemplo do que ocorreu no ano passado, a Igreja indica que os fiéis coloquem ramos em lugar de destaque em suas casas, podendo ser: janelas, portas, portões, ou alguma outra outra forma de manifestação, que possa recordar a procissão

de ramos. A benção dos ramos que, tradicionalmente, ocorre nas Misas presenciais será concedida nas celebrações transmitidas pela Rede Nazaré de Comunicação. As demais paróquias também darão a bençao durante missas transmitidas pelas redes sociais, feita em rito seguido à leitura do Evangelho, que nessa Eucaristia, narra a entrada de Jesus em Jerusalém. A Missa do Crisma na Quinta-feira Santa, 1 de abril, será às 8h, na Catedral Metropolitana, a portas fechadas. Apenas sacerdotes participam, exceto aqueles que fazem parte dos grupos de risco. A participação dos fiéis somente ocorrerá por meio dos veículos de comunicação da Arquidiocese de Belém. A Quinta-feira Santa também guarda na tradição, o rito do lavapés, que não haverá este ano. A Missa da Santa Ceia do Senhor, às 18h, será transmitida pela comunicação arquidiocesana. Outro rito importante na Sexta-feira Santa, 2, o beijo da Cruz também será omitido. Antes da Ação Litúrgica da Paixão, as tradicionais procissões - a do Senhor dos Passos, a de Nossa Senhora das Dores e a do Senhor Morto) estão canceladas em todas as paróquias da Arquidiocese de Belém. Da mesma maneira, está cancelado o Sermão do Encontro, sempre proferido na Reitoria das Mercês, localizada no centro comercial de de Belém, parte da programação que costuma acontecer pela manhã. A comunidade espera por um dos mais marcantes momentos da programação da Semana Santa, o Sermão das Sete Palavras. É uma ocasião que cos-

n SERMÃO das 7 Palavras mantido, pregação sem fiéis - Capela do Colégio Santo Antônio

tuma lotar os ambientes do Colégio Santo Antônio, onde fica a capela, espaço utilizado para a pregação do sermão, entretanto, neste ano, mais uma vez, não será permitido o acesso dos fiéis ao local. A 142ª edição do Sermão das Sete Palavras, que relata as três horas da agonia de Jesus na cruz, na Sextafeira Santa, será realizado, como de costume, às 12h, na Capela do Colégio Santo Antônio, apenas com a presença do Coral que acompanhará o pregador, este ano, o cônego Roberto Cavalli, Cura da Catedral de Belém. Os fiéis acompanharão, devotamente, o sermão em suas casas, através da transmissão dos meios de comunicação da Arquidiocese. A outra parte da programação da tarde será realizada na Catedral. Ali será a cerimônia litúrgica do úni-

co dia em que não é celebrada a Santa Missa, que começará às 17h. O Sábado Santo será celebrado com a Vigília Pascal às 18h30. Considerada noite das noites, a Vigília costuma ser um celebração solene e bem mais demorada que a Santa Missa, mas também esta será uma realizada de forma diferente por causa da pandemia. A Vigília no dia 3 será celebrada de forma reservada na Catedral de Belém, nas sedes das paróquias da Arquidiocese e nas áreas missionárias pertencentes à Arquidiocese. Diversos ritos específicos desta celebração serão omitidos na fórmula mais breve com Liturgia reduzida no número de leituras, previsto como essencial, além da renovação das promessas batismais. Iniciativa do ano passado, sugerida pela Arqui-

diocese de Belém, pode repetir-se. Na noite de Páscoa, as famílias podem providenciar uma vela para cada um de seus membros partilharem a renovação dos compromissos batismais. Domingo de Páscoa, 4 de abril, a transmissão da Missa pelos meios de comunicação da Arquidiocese de Belém será às 19h, na Catedral Metropolitana. Cada paróquia terá sua programação e transmissão própria pelos seus meios de comunicação virtuais. Transmissão Acompanhe a programação da Semana Santa que será realizada sem o público. Os meios de comunicação da Arquidiocese farão a transmissão (Rádio 91,3 FM; TV Nazaré - canal 30, Portal - www,fundacaonazare. com.br e redes sociais.

ADIADA elevação da PASTORAL da Educação em seminário Paróquia de Aparecida DIVULGAÇÃO

LUIZ ESTUMANO

n PARÓQUIA de Aparecida, na Pedreira, futuro santuário

Anunciado pela Arquidiocese de Belém e esperado pelos fiéis, devotos de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e padroeira do Brasil, a elevação da paróquia de mesmo nome, a santuário mariano na Pedreira, foi adiada. A cerimônia litúrgica, prevista para 25 de março, às 9h, foi adiada em virtude da prorrogação do lockdown em Belém e região metropolita-

na como medida de prevenção ao novo coronavírus. Os devotos de Nossa Senhora aguardam ansiosos pela nova data que deve ser anunciada em breve pela Arquidiocese de Belém, informa o pároco, padre Wagner Maria. "Assim que for confirmada a nova data teremos a alegria de comunicar esse tão esperado momento”, declara o sacerdote.

"O pacto educativo global na Amazônia: perspectivas e desafios" é o tema da Pastoral da Educação para a vivência de atividades em preparação a um grande evento que deve ocorrer nos próximos meses. O assunto envolveu a pastoral em live realizada quintafeira, 25 de março, às 20h, lançamento do I Seminário da Pastoral da Educação do Regional CNBB Norte 2. Protagonizada por Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo auxiliar de Belém, e refererncial da Pastoral da Educação, ao lado de Lady Anne Souza, coordenadora da Pastoral da Educação, a reunião virtual teve o objetivo de mobilizar os membros

na perspectiva do tema apresentado para o primeiro seminário da pastoral, explica Dom Antônio. A Pastoral da Educação pretende ser a presença evangelizadora da Igreja no ambiente educativo, possibilitando, por meio de processos pedagógicos e pastorais , o encontro das pessoas com

os valores do Reino de Deus, como o amor, a verdade e o bem, esclarece a coordenadora Lady Anne. Um serviço estruturado para desenvolver ações específicas com educadores católicos, testemunhas da fé nas escolas de todos os tipos - em especial as das redes públicas de ensino, é a meta pastoral.


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PANORAMA

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

NAZARÉ REPÓRTER

CHIARA LUBICH PALAVRA DE VIDA “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas.” (Jo 10,11)

As imagens da cultura bíblica, ritmada pelos tempos cadenciados da vida nômade epastoril, parecem bemdistantes das nossas exigências diárias de eficiência e competitividade. No entanto, também nós sentimos por vezes a necessidade de uma pausa, de um lugar para repousar, de um encontro com alguém que nos acolhado jeito que somos. Jesus se apresenta como aquele que, mais do que ninguém, está pronto a nos acolher, a nos revigorar. Mais ainda:a dar a vida em favor de cada um de nós. No longotrecho do Evangelho de João em queencontramos esta Palavra de Vida, Jesusnos transmite a certezade que Ele é a presença de Deus na história de cada pessoa, conforme prometido a Israel pela boca dos profetas1. Jesus é o pastor, o guia que conhece e ama as suas ovelhas, ou seja, o seu povo cansado e por vezes desnorteado. Não é um estranho que desconhece as necessidades do rebanho, não é um ladrão que vem para roubar, ou um bandido que mata e dispersa, nem mesmoum mercenário, que age apenas por interesse. “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas.”

O rebanho que Jesus reconhece como seu é formado certamente pelos seus discípulos, por todos aqueles que já receberam o dom do batismo. Mas não apenaspor esses:Ele conhece todas as criaturas humanas, chama-as pelo nome e cuida de cada uma com ternura. Ele é o verdadeiro pastor, que não só nos guia rumo à vida, que não só vem à nossa procura cada vez que nos perdemos2, mas queaté mesmo já deu a sua vida para cumprir a vontade do Pai, que é a plenitude da comunhão pessoal com Ele e a reconquista da fraternidade entre nós, feridamortalmente pelo pecado. Cada um de nós pode procurar reconhecer a voz de Deus; ouvir a palavra que Ele dirigepessoalmente a cada um e segui-la com confiança. Sobretudo, podemos ter a certeza de que somos amados, compreendidos e perdoados incondicionalmente por Aquele que nos assegura:

“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas.”

Quando experimentamos, pelo menos um pouco, esta presença silenciosa, mas poderosa na nossa vida, acende-se no coração o desejo de partilhá-la, de fazer aumentar a nossa capacidade de dedicação e de acolhida dos outros. Seguindo o exemplo de Jesus, podemos tentar conhecer melhor as pessoas da nossa família, o nosso colega de trabalho ou o vizinho de casa, epermitir sermos incomodados pelas necessidades dos que estão ao nosso lado. Podemos desenvolver a criatividadedo amor, envolvendo os outros e permitindo que nos envolvam. No nosso pequenomundo, podemos contribuir para a construção de comunidades fraternas e abertas. E nos tornaremos capazes de acompanhar a caminhada de muitos, com paciência e coragem. Meditando essa mesma frase do Evangelho, Chiara Lubich escreveu: Jesus diz abertamente de si mes-

mo: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida porseus amigos” (Jo15,13). E Ele vive a sua oferta até as últimas consequências. O seu amor é um amor oblativo, de doação,isto é, um amor feito de efetiva disponibilidade a oferecer, a doar a própria vida. [...] Deuspede também a nós [...] atitudes de amor que tenham a medida do seu amor (pelo menos na intenção e na decisão). […]. Somente um amor assim é um amor cristão: não uma pitada de amor, não um verniz de amor, mas um amor tão grande que coloca em jogoa própria vida. [...]Desse modo, a nossa vida de cristãos dará um salto de qualidade, um grande salto qualidade. E assim veremos reunirem-se em torno de Jesus, atraídos pela sua voz, homens e mulheres de todos os cantos da terra.3

pre a política de higienização do ambiente que exige os órgãos de vigilância sanitária para o combate ao novo coronavírus. Todas as unidades de coleta de sangue no Pará oferecem um espaço seguro ao doador. As cadeiras de doação são higienizadas com álcool 70% a cada uso e o distanciamento entre elas também foi respeitado.

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Cf. Ez 34,24-31. Cf. Lc 15,3-7; Mt 18,12-14. LUBICH,Chiara.Um salto de qualidade.Palavrad eVida,abrilde1997.

FM 91 .3 MHZ n ESPECIAL SEMANA SANTA

Reis na apresentação. O sacerdote refletirá sobre a espiritualidade deste tempo em preparação para a Páscoa do Senhor. Neste tempo de pandemia, seguindo as recomendações das autoridades sani- quanto ao combate do novo coronavírus, os fiéis tárias e governamentais, e orien- poderão acompanhar as transmissões das pertações da Arquidiocese de Belém, manecendo em casa, na sintonia da 91,3 Mhz.

TV NAZARÉ CANAL 30.1

SANTO TERÇO: FORÇA PARA OS FIÉIS!!! Padre André Telles, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, em Ananindeua, e Vigário Episcopal da Região São Vicente de Paulo, convida o povo de Deus a rezar intensamente nesses dias de dificuldades e temores que envolvem a região metropolitana de Belém em mais um lockdown para tentar frear o avanço da pandemia do novo coronavírus. O sacerdote pede que todos rezem juntos o Santo Terço, buscando, diariamente, a intercessão de Nossa Senhora. A oração será realizada em formato de live, sempre às 20h, conduzida pelo padre André. Os fiéis podem participar ao vivo, através do número (91) 98413-6592, rezando uma dezena do Terço.

BOA DICA n IGREJA MISSIONÁRIA NAS CASAS E OS DESAFIOS DO MUNDO URBANO - Livro (PAULUS, R$ 26,00 )

E

n ACOMPANHE TODA A PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA A Rede Nazaré de Televisão, Canal 30, começa a partir deste final de semana a transmissão da programação da Semana Santa que será toda na Catedral Metropolitana e sem público. No domingo, 28, a transmissão da Missa de

A Fundação Hemopacontinua com a campanha “Doe sangue o ano inteiro”. Um ato simples e que pode salvar vidas está sendo inibido por causa do cenário de pandemia. O comparecimento de doadores de sangue têm diminuído substancialmente, o que compromete o estoque de bolsas disponíveis para a rede hospitalar. A Fundação Hemopa cum-

LETIZIA MAGRI

RÁDIO NAZARÉ Nos próximos dias a Rádio Nazaré FM apresenta o Especial Semana Santa 2021. São momentos de reflexão, musicais e transmissões das principais celebrações da Semana Santa. De segunda a quarta-feira, a programação das 8h às 9h, terá padre Nilton Cezar

‘DOE SANGUE O ANO INTEIRO’

Ramos, às 8h30. Na Quinta-Feira Santa, dia 1º, Missa do Crisma, às 8h e, às 18h, Missa da Ceia do Senhor. Na Sexta-feira Santa, dia 2, às 12h, Sermão das Sete Pala- Descida da Cruz. No Sábado, 3, às 19h, a Vivras; às 17h, Liturgia da Paixão do gília Pascal e, no Domingo, dia 4, a celebração Senhor e, às 18h30, o Sermão da da Missa de Páscoa, às 19h.

ste subsídio tem a finalidade de ajudar nossas paróquias a aplicar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023), facilitando os caminhos já apontados nas diretrizes. Além disso, traz, de modo explicativo, cada parte do Documento da CNBB (n. 109), de modo que ele fique ainda mais claro e possa ser aplicado em qualquer realidade da Igreja no Brasil, mas, sobretudo, nas realidades urbanas. Em suma, este é um subsídio facilitador das diretrizes e um contributo imprescindível para a pastoral urbana.

PORTAL NAZARÉ

n PASSA PASSARÁ – Livro (Paulinas, R$ 31,90)

WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

assa passará conta a história de uma menina com câncer. Na história a doença é representada por um pássaro que pousa na protagonista e acompanha sua trajetória. Essa metáfora tem a intenção de tornar a leitura delicada e servir de acalanto para as famílias que lutam contra esse mal. Dessa forma, o autor dá asas à esperança e nos lembra que o agora é lugar de felicidade, que a tristeza PASSA e, se não passou, PASSARÁ.

P

n VIVA A SEMANA SANTA COM O PORTAL A programação da Semana Santa na Arquidiocese de Belém será, mais uma vez, em meio a restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. Mas o povo de Deus poderá acompanhar tudo pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br) e redes sociais:

Facebook.com/FNCBelem e Twitter:@FundacaoNazare e Youtube. com/FNComunicacao Desde o Domingo de Ramos, 28 de março, com a Missa às 8h30 até o Domingo de Páscoa, dia 4 de abril, você acompanhará, aovivo, as celebrações da Grande

Semana, direto das igrejas, sem a participação dos fiéis. Compartilhe nossas redes sociais e fique informado com as notícias da Igreja de Belém.


VATICANO

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

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"Quem quiser ver Jesus, olhe para a CRUZ" PARA conhecer e compreender Cristo, Papa explica que deve-se olhar “o grão de trigo que morre na terra” FOTOS: DIVULGAÇÃO

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n PAPA recitado na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano

om informações Vatican News. No Angelus do domingo, 21, o Papa recordou “a grande responsabilidade de nós cristãos e de nossas comunidades”. Nós também”, frisou o Pontífice, “devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no serviço”. “Enquanto a semente morre, é o momento em que a vida brota”. “Ainda hoje muitas pessoas, muitas vezes sem dizer isso, de forma implícita, gostariam de “ver Jesus”, encontrá-lo, conhecê-lo. Disso compreen-

demos a grande responsabilidade de nós cristãos e de nossas comunidades. Também nós devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no serviço. Trata-se de plantar sementes de amor, não com palavras que voam para longe, mas com exemplos concretos, simples e corajosos”: foi o que disse o Papa “Não com condenações teóricas, mas com gestos de amor”. Então o Senhor, com sua graça, nos faz dar frutos, mesmo quando o terreno é árido por causa de incompreensões,

dificuldades ou perseguições ou pretensões de moralismos clericais: este é um terreno árido. Precisamente, então na provação e na solidão, enquanto a semente morre, é o momento – enfatiza o Papa - no qual a vida brota, para produzir frutos maduros em seu próprio tempo. É neste entrelaçamento de morte e vida – continuou o Papa - que podemos experimentar a alegria e a verdadeira fecundidade do amor que sempre se doa no estilo de Deus. Para todo homem que quer procurar, Jesus “é a semente escondida pronta para morrer a fim de dar muitos frutos”: o Papa Francisco ilustra com estas palavras o Evangelho em que São João relata um episódio ocorrido nos últimos dias da vida de Je-

sus, pouco antes de Sua Paixão. Enquanto se encontra em Jerusalém para a festa da Páscoa, alguns gregos expressam o desejo de vê-lo. Eles se aproximam do apóstolo Felipe e lhe dizem: “Queremos ver Jesus”. A CRUZ EXPRESSA O AMOR

No pedido daqueles gregos”, diz o Pontífice, “podemos discernir o pedido que tantos homens e mulheres, de todos os lugares e de todas as épocas, dirigem à Igreja”. Jesus responde ao pedido dos gregos com estas palavras: “C hegou a hora de o Filho do Homem ser glorificado”. [...] Se o grão de trigo cai na terra e não morre, permanece sozinho; mas se morre, dá muito fruto”. Para conhecer e compreender Cristo, explica Fran-

cisco, deve-se olhar “o grão de trigo que morre na terra”, deve-se olhar para a cruz. Faz-nos pensar no sinal da cruz, - continuou o Papa - que ao longo dos séculos se tornou o emblema por excelência dos cristãos. Aqueles que querem “ver Jesus” hoje, talvez vindo de países e culturas onde o cristianismo é pouco conhecido, o que eles veem antes de tudo? Qual é o sinal mais comum que eles encontram? O crucifixo. Nas igrejas, nos lares dos cristãos, até mesmo usado em seu próprio corpo. O importante é que o sinal seja coerente com o Evangelho: a cruz não pode deixar de expressar o amor, o serviço, o dom de si sem reservas: só assim é verdadeiramente a “árvore da vida”, da vida superabundante.

Como eu VIVO “Amoris laetitia”, as famílias contam suas história Com informações Vatican News. Em 25 de março, o Dicastério Leigos, Família e Vida, em colaboração com o Dicastério para a Comunicação, deu início a uma iniciativa dedicada à Exortação Apostólica, cinco anos após sua publicação. Dez famílias de várias partes do mundo oferecerão seus depoimentos em vídeo sobre o documento do Papa. O cardeal Farrell: é um convite para compreender hoje os desafios e as bênçãos da vida familiar. “A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja”. O início da Exortação Apostólica Amorislaetitia, que Francisco promulgou em 19 de março de 2016, expressa qual é o sentimento dominante da Igreja universal em relação à “pequena igreja” da família. Com atenção e intensidade, os 325 números do documento papal entram na “carne” das fragilidades familiares para depois relançar a beleza desses laços de acordo com o plano de Deus.

Cinco anos depois, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida decidiu celebrar o recorrência e o início do Ano especial desejado por Francisco e inspirado na Amorislaetitia, oferecendo, entre as muitas iniciativas, um espaço de testemunho a dez famílias de várias origens geográficas, que a cada mês, a partir de 25 de março, contarão algo de suas vidas e de sua fé “medindo-se”, por assim dizer, com os ensinamentos do Papa, que em cada episódio da série refletirá sobre algum aspecto do documento. Os vídeos, acompanhados por um subsídio pastoral que pode ser baixado, foram produzidos em colaboração com o Dicastério para a Comunicação, que os publicará no portal Vatican News em 5 idiomas, e os mesmos estarão disponíveis no site www.amorislaetitia.va. Estes testemunhos em vídeo” - afirma apresentando o projeto o cardeal Kevin Farrell, que dirige o dicastério vaticano - são um “presente que o

n COMPREENDER os desafios da vida familiar, para o bem da humanidade

Papa Francisco deu a cada um de nós” e juntos “um momento para recordar que este grande ensinamento é atual no nosso mundo, hoje’. “Espero e rezo”, conclui o cardeal Farrell,

BALANÇO Patrimonial

“que todos possamos nos reunir para ouvir, para sentir e compreender a importância deste documento para nosso mundo de hoje”. Este, na história da humanidade, é um momento

que requer o compromisso de cada um de nós para compreender melhor os desafios e as bênçãos da vida familiar, para o bem da humanidade e da sociedade em geral”.


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EM NAZARÉ

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

Domingo de RAMOS na Basílica Santuário CELEBRAÇÃO recorda-se a entrada de Jesus em Jerusalém aclamado pela multidão

C

om o Domingo de Ramos a Semana Santa tem seu início. Nesta celebração recordamos a entrada de Jesus em Jerusalém, ac l a ma d o po r u ma multidão que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Para que os fiéis não deixem de participar desta celebração, a comunidade dos Padres Barnabitas, que estão à frente da Basílica Santuário de Nazaré, convida a todos para que participem das transmissões realizadas pelas plataformas digitais oficiais do Santuário da Rainha

da Amazônia. Os sacerdotes seguem as orientações feitas pela Congregação para o Culto Divino, divulgadas através de uma nota assinada pelo prefeito, cardeal Robert Sarah, e pelo secretário, o arcebispo Arthur Roche. Nela, destacase a importância dos meios digitais diante a pandemia: “Para as celebrações da Semana Santa sugere-se facilitar e privilegiar a difusão midiática das celebrações presididas pelo bispo, encorajando os fiéis impossibilitados de frequentar a própria igreja a acompanharem as celebrações diocesanas, como sinal de unidade”, afir-

ma o texto. Neste ano, o Domingo de Ramos será no dia 28 de março e contará com transmissão pelo Youtube e Facebook nos seguintes horários: - 10h - 18h

FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

OS RAMOS LEMBRAM NOSSO BATISMO

Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente

nestes tempos difíceis em que essa é desvalorizada e espezinhada. Os ramos sagrados que levamos para nos-

n ESSES RAMOS significam a vitória

sas casas, após a Missa lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo,

a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

“Dom Eliseu Maria Coroli: o MISSIONÁRIO feliz” Em continuidade a série documental que relata a história missionária do Padre Barnabita Dom Eliseu Maria Coroli, escrita pelo Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante, nesta edição você conhecerá um pouco mais sobre este sacerdote: DE UM EQUÍVOCO A UM ACERTO

Eliseu e seus familiares participavam da missa dominical na Paróquia de Pienello.

Dom Castagnetti, ao celebrar missa na paróquia, discorreu sobre a vocação sacerdotal. Ao final da missa, o Sr. Ludovico, entusiasta, procurou o sacerdote responsável pela paróquia e deu o nome de seu filho para que ingressasse no Seminário. O reverendo anelava levá-lo para a casa formativa da diocese, certamente tinha certa intimidade com a família e tinha ciência da valiosa “joia” que eles estavam doando a Igreja.

Chegou o dia de ir à nova casa, era 18 de outubro de 1911. Com apenas 11 anos de idade, o pequeno Eliseu empreende viagem para concretizar seu sonho: ser feliz! A Divina Providência tem seus meios imperscrutáveis de agir. Em vez de deixar Eliseu no Seminário da Diocese, por engano, seu pai o deixou na Escola Apostólica São Bartolomeu, pertencente à Ordem Religiosa dos Barnabitas, em Gênova. Sem se dar

ORAÇÃO À VIRGEM MARIA CONTRA AS PESTES INCURÁVEIS Na Europa e aqui no Brasil, até os anos 1800, se rezava esta Oração contra as pestes e a cólera, quando não tinham cura e aterrorizavam as populações. Voltemos, pois, a rezá-la, tamanha a sua força e poder, contra o Coronavírus. Recorramos à força suplicante de Maria: Arca Santa e Imaculada, tão pura e cheia de graça, sêde a nossa salvação neste perigo de desgraças. Sendo a Mãe do Deus humanado, que por nós expirou nacruz, que pedirás, ó Senhora, que vos negue o bom Jesus? Advogada celeste, desta pobre humanidade, perdão, Senhora, alcançai-nos da Divina Majestade.

Dissipai a cruel peste, Poderosa Intercessora, como a cabeça esmagastes, da serpente enganadora. A natureza, Senhora, ao vosso Filho obedece, e o vosso Filho que a rege, não resiste à vossa prece. Assim seja. Amém! Nossa Senhora de Nazaré, Saúde dos Enfermos, Rogai por nós!

conta, o equívoco de endereço foi um acerto indubitável na realização das aspirações vocacionas do menino: ser missionário para ser muito feliz. Consequentemente, pode-se afirmar que se bateu à porta errada para encontrar a porta certa. Eis que os Clérigos Regulares de São Paulo, sem saber, acolheriam aquele que na posteridade seria um gigante na evangelização da Amazônia. “Seguir Cristo quer dizer: imitá-lo, tê-lo como mestre, pensar como Ele pensou, desejar o que Ele desejou, apaixonar-se pelo que Ele se apaixonou” (Dom

n DOM Eliseu Maria Coroli


ARQUIDIOCESE

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

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CNBB oferece orientações para a Semana Santa DOCUMENTO oferece indicações frente às exigências sanitárias no contexto da pandemia da Covid-19

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A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou orientações e sugestões para a Semana Santa deste ano de 2021. O documento oferece indicações frente às exigências sanitárias no contexto da pandemia da Covid-19, as quais interferem “de maneira extraordinária no modo de bem celebrarmos esses sagrados dias”. “Novamente esta Semana Maior, a Semana Santa, será celebrada no contexto da pandemia da Covid – 19, que desde o ano passado nos obrigou a elaborar e adotar normas e práticas de segurança sanitárias que buscassem garantir a defesa e a conservação da vida de nossos fiéis, pelo cuidado com a não disseminação do vírus em nossas celebrações litúrgicas”, afirma o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Edmar Peron. A decisão em dar as orientações surgiu na reunião virtual da Comissão no último dia 10 de março. Na ocasião, os membros consi-

DIVULGAÇÃO

deraram importante oferecer aos bispos, “primeiros responsáveis pela vida litúrgica de suas Igrejas Particulares”, as indicações que levam em consideração as orientações litúrgicas divulgadas em maio do ano passado pela própria comissão, bem como pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em fevereiro de 2020. ORIENTAÇÕES Para o Domingo de Ramos, as principais orientações indicam que sejam evitadas procissões; que a celebração seja feita com a segunda fórmula prevista pelo Missal Romano, dentro das igrejas; e que os fiéis sejam exortados a levar para a missa os seus próprios ramos. A Missa do Crisma poderá ser celebrada, a juízo do bispo diocesano, na medida do possível, com uma representação de “pastores, ministros e fiéis”, na quinta-feira santa pela manhã ou em outro dia, preferencialmente ainda dentro do Tempo Pascal. Para a Missa da Ceia do Senhor, a Comissão para a Liturgia orienta que seja

n NOVAMENTE a Semana Santa será celebrada no contexto da pandemia da Covid–19

omitido o Rito do Lava-pés, bem como a transladação do Santíssimo Sacramento, que deve ser conservado no tabernáculo. O documento também oferece a mesma oração do ano passado para a intenção particular que pode ser inserida na Oração Universal durante a Celebração da Sexta-feira Santa. Para a Adoração da Santa Cruz, “seja utilizada a genuflexão simples ou outro gesto apropriado, evitando a utilização do beijo ou qualquer outro contato físico”.

“Concebidas para tempos normais, as normas e diretrizes contidas nos livros litúrgicos não são inteiramente aplicáveis em tempos excepcionais de crise como estes. Portanto, o Bispo, como moderador da vida litúrgica na sua Igreja, é chamado a tomar decisões prudentes para que as celebrações litúrgicas se desenvolvam frutuosamente para o Povo de Deus e para o bem das almas que lhe são confiadas, no respeito da salvaguarda da saúde e das prescrições

das autoridades responsáveis pelo bem comum” A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB recorda a encíclica Fratelli Tutti e deseja que a celebração do Mistério da Páscoa “reafirme aquela esperança ousada que sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna’. Caminhemos na esperança!” (Fratelli Tutti, n. 55).

PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES PROPOSTAS PELA COMISSÃO PARA A LITURGIA PROCISSÕES: previstas sempre em nossas programações da Semana Santa, devem, contudo, ser evitadas, visando a não aglomeração de fiéis e, consequentemente, não possibilitando possíveis riscos à saúde pública;

tato físico: “o sacerdote toma a cruz e, de pé diante do altar, convida o povo em breves palavras a adorá-la em silêncio, mantendo-a erguida por um momento” (Missal Romano, Sexta-feira da Paixão do Senhor, n. 19).

Domingo de Ramos: seja utilizada a segunda forma prevista pelo Missal Romano, dentro das igrejas, respeitando-se as orientações sanitárias e o percentual de capacidade do número de participantes. Os fiéis sejam previamente exortados a trazer seus próprios ramos de casa, uma vez que não devem ser distribuídos nas igrejas, evitando-se a entrega ou a troca destes. Pode também ser utilizada a terceira forma prevista no Missal Romano. Lembramos que, em ambas as formas a serem escolhidas, a leitura da Paixão do Senhor é prevista em todas as celebrações paróquias deste dia.

Sábado Santo: dia de recolhimento. “Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto do Sepulcro do Senhor, meditando a sua paixão e morte, a sua descida à mansão dos mortos (1Pd 3,19), esperando na oração e no jejum a sua ressurreição”(Paschalis Sollemnitatis,n. 73). Ajudarão a bem viver esse dia: aoração do Ofício Divino, uma Celebração da Palavra em família (conforme subsídio “Igreja em Oração”–Abril 2021, pág 44) ou outra oração da piedade popular como, por exemplo, a meditação das Sete Dores de Nossa Senhora ou a Via-sacra.

Missa do Crisma: seja celebrada, a juízo do bispo diocesano, na medida do possível, com uma representação de “pastores, ministros e fiéis”, na quinta-feira-santa pela manhã ou em outro dia, preferencialmente ainda dentro do Tempo Pascal.

Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor –Vigília Pascal: a Solene Vigília Pascal seja celebrada conforme sua estrutura própria. Pode-se, porém, seguir algumas indicações particulares. 1) Celebração da Luz (primeira parte): pode-se, no local da celebração, acender o Círio Pascal (Missal Romano, Vigília Pascal, n. 13) e, imediatamente, as velas das pessoas que puderem participar presencialmente; em seguida, faz-se a Proclamação da Páscoa ou Exultet. 2) Liturgia da Palavra (segunda parte): sugerimos a proclamação do número reduzido dos textos bíblicos para se evitar o prolongamento da celebração, ou seja: “Leiam-se pelo menos três leituras do Antigo Testamento ou, em casos especiais, ao menos duas. A leitura do Êxodo, cap. 14, nunca pode ser omitida” (Missal Romano, Vigília Pascal, n. 21). Do Novo Testamento, leiam-se a Epístola e o Evangelho. 3) Liturgia Batismal(terceira parte): se não houver Batismo nem bênção de água batismal realiza-se apenas a Renovação das Promessas do Batismo. 4) Liturgia Eucarística (quarta parte): observe-se apenas a necessidade de se dar a comunhão na mão, sem realizar a saudação da paz.

Missa da Ceia do Senhor: seja omitido o Rito do Lava-pés. Esse rito, quando realizado, requer a presença física de pessoas, homens e mulheres. Por isso, não deve ser substituído por nenhuma outra iniciativa, ideia ou representação que possa ferir o valor simbólico-sacramental deste gesto ritual. No final desta celebração, após a oração depois da comunhão, omita-se também a Transladação do Santíssimo Sacramento, que deve ser conservado no tabernáculo como de costume. Julgando-se oportuno, pode-se seguir um breve momento de oração em Vigília Eucarística individual, sem solenidades. “Não se pode fazer a exposição com o ostensório” (Paschalis Sollemnitatis,n. 55). O momento de adoração seja breve para se evitar a permanência dos fiéis dentro das igrejas por muito tempo.

LUIZ ESTUMANO

Sexta-feira Santa: conforme orientação do Missal Romano (Sexta-feira da Paixão do Senhor, n. 12) o bispo pode autorizar ou determinar uma intenção particular. Repropomos a oração a ser novamente inserida na Oração Universal, como número X, antes de se rezar “Por todos os que sofrem provações”, conforme a seguir: Pelos que padecem a pandemia da Covid-19. Oremos ao Deus da vida, salvação do seu povo, para que sejam: consolados os que sofrem com a doença e a morte, provocadas pela pandemia do novo coronavírus; fortalecidos os que heroicamente têm cuidado dos enfermos; e inspirados os que se dedicam à pesquisa de uma vacina eficaz. Reza-se em silêncio. Depois o sacerdote diz: Ó Deus, nosso refúgio nas dificuldades, força na fraqueza e consolo nas lágrimas, compadecei-vos do vosso povo que padece sob a pandemia, para que encontre finalmente alívio na vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor. Para a Adoração da Santa Cruz, seja utilizada a genuflexão simples ou outro gesto apropriado, evitando a utilização do beijo ou qualquer outro con-

n DOMINGO DE RAMOS respeitando-se as orientações sanitárias


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IGREJA

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BELÉM, DE 26 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2021

COLETA da Solidariedade no domingo, 28 ESTE ano acontece em todo Brasil nas celebrações da missa do Domingo de Ramos

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proxima-se o dia 28 de março, data da Coleta da Solidariedade, gesto concreto de caridade da Quaresma e da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 (CFE 2021). Aprovada pelo episcopado brasileiro, a Coleta da Solidariedade este ano acontece em todo Brasil nas celebrações da missa do Domingo de Ramos. Para motivar ao gesto concreto de caridade na Coleta da Solidariedade e explicar as diferentes formas de doação como consequência da oração e do amor a Cristo e aos próximos, especialmente no tempo da Quaresma, a Assessoria de Comunicação (Ascom CNBB) produziu cards para redes sociais, spot e vt para a Rede Católica de Rádios (RCR) e os canais de tv de inspiração católicos do Brasil. De acordo com o secretário-executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, o primeiro gesto concreto é a transformação do coração a fim de que, pelos exercícios quaresmais, ele se torne um coração semelhante ao de Jesus. Em razão disto, o gesto fraterno se torna uma oferta com um caráter de conversão quaresmal, condição para que advenha um novo tempo marcado pelo amor e pela valorização da vida. “A c o l e t a é u m g e s t o concreto da fraternidade,

DIVULGAÇÃO

partilha e solidariedade, realizado em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs, paróquias e dioceses. Ela é parte integrante da Campanha de Fraternidade assumida pelo episcopado brasileiro. A caridade ganha um apelo mais contundente, especialmente num tempo como este no qual muitas famílias tiveram suas vidas afetadas pela pandemia, com perda de emprego e com dificuldades de alimento”, reafirmou. FORMAS DE DOAÇÃO Bispo, padres, religiosos(as), lideranças leigas, agentes de pastoral, colégios católicos e movimentos eclesiais são os principais motivadores e animadores da Campanha da Fraternidade em suas comunidades, paróquias e dioceses. A Igreja espera que, com esta motivação, todos participem, oferecendo sua solidariedade em favor das pessoas, grupos e comunidades, pois ao longo de uma história de solidariedade e compromisso com as incontáveis vítimas das inúmeras formas de destruição da vida, a Igreja se reconhece servidora do Deus da vida. Os fieis poderão doar sua oferta no próximo dia 28 de março, Domingo de Ramos, nas celebrações em sua

n EXISTEM diferentes formas de doação

comunidade e paróquia, onde estiver sendo autorizadas celebrações presenciais pelas autoridades

sanitárias em decorrência dos cuidados com a pandemia. Quem não conseguir ir até a comunidade,

mas quiser doar, pode entrar em contato com (61) 2103-8300 ou pelo e-mail financeiro@cnbb.org.br.

CONHEÇA O FNS E OS PROJETOS APOIADOS EM 2019 O resultado integral das coletas realizadas nas celebrações do Domingo de Ramos, coleta da solidariedade, é encaminhado à respectiva diocese. Do total arrecadado pela Coleta da Solidariedade, a diocese envia 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), gerenciado pela CNBB. A outra parte, 60%, permanece nas dioceses para atender projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade (FDS). Em 2019, o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) distribuiu a quantia de R$3.814.139,81, atendendo a mais de 238 projetos. Em 2020, por causa da pandemia, não ocorreu arrecadação. Conheça alguns projetos apoiados pelo FNS. O portal da CNBB está divulgando, desde o dia 10 de fevereiro de 2021, uma série de matérias sobre cada um dos projetos apoiados em 2019.

ARQUIDOCESE SOLIDARIEDADE DA PARÓQUIA DO PERPÉTUO SOCORRO Alimentos e produtos de higiene são os itens que a campanha da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo, no bairro do Telégrafo, em Belém, espera receber na campanha que está realizando com o intuito de arrecadar esses donativos para partilhar com famílias que estão em situação de vulnerabilidade social nas comunidades no entorno daquela igreja. A entrega será na casa paroquial, situada na rodovia Arthur Bernardes, 459, entrada pelo portão A. Mais informações: (91) 98161-9330/3233-1797

EMAÚS ARRECADA DOAÇÕES O Movimento de Emaús está em campanha para sensibilizar a sociedade a contribuir com a arrecadação de alimentos para partilhar com seus assistidos. “Cerca de 800 famílias dependem diretamente da solidariedade das pessoas nesta campanha. O que já estava difícil, agravou-se com mais um tempo de lockdown em nossa capital”, ressalta Cleice Maciel, coordenadora do Emaús. “Ano passado as iniciativas foram diversas: empresas, grupos de amigos, campanhas de órgãos públicos, sindicatos, muita gente se mobilizou pra ajudar e doar alimentos. Sabemos que a situação está difícil, mas convocamos a todos partilhar o que tem com quem tem menos”, apela Cleice. O Movimento de Emaús estará recebendo as doações sábado, 2, e domingo, 3 de abril, das 9h às 13h, na travessa Dom Romualdo de Seixas, 918, entre as ruas Bernal do Couto e Jerônimo Pimentel, bairro do Umarizal. Contamos com você!

DOE KITS ESCOLARES O Centro Alternativo de Cultura (CAC), ligado à Capela de Lourdes, localizada na avenida Governador José Malcher, bairro de Nazaré, em Belém, segue até o dia 4 de abril a campanha de arrecadação de material escolar com vistas a formar 400 kits para crianças e adolescentes ribeirinhas, quilombolas, assentadas e de periferias urbanas das 14 comunidades parceiras do CAC. Para alcançar a meta, ainda faltam 200 kits, cujo valor é R$ 40,00. Precisamos de sua solidariedade. Doe, colabore, divulgue e nos ajude a promover vida, educação e cidadania! Mais informações: (91) 8203-0443. Quem puder ajudar, seguem os dados para a doação: PIX: (91) 98203-0443 Banco do Brasil (001) Agência: 3024-4 Conta: 128095-3 Associação Antonio Vieira: CNPJ - 92.959.006/0044-49

DOAÇÕES PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES A Casa do Menino Jesus, que acolhe crianças/adolescentes com câncer em tratamento, pede sua ajuda. A casa pede ajuda com doação de leite em pó de uma marca específica para as crianças e fraldas tamanho XXG (14 a 25 kg). A casa fica na travessa Francisco Caldeira Castelo Branco, nº 1403, entre as avenidas Gentil Bittencourt e Conselheiro Furtado. Para mais informações, ligue para os números (91) 3259-0525 / 98271-1256 (whatsApp).

Desde 2018, o FNS disponibiliza um site onde é possível acompanhar e saber como anda a evolução da prestação de contas de cada projeto, por meio do Portal da Transparência que pode ser acessado pelo endereço: www.fns.cnbb.org. br. Nele, há uma relação completa dos projetos aprovados. A CNBB também presta contas ao Ministérios da Cidadania e Justiça do Governo Federal, ao Ministério Público e ao Conselho de Assistência Social (CAS). O FNS mantém um site, permanentemente, atualizado com as informações das doações, a destinação dos recursos e a prestação de contas dos projetos apoiados. Para mais informações sobre as prestações de contas das Campanhas da Fraternidade, acesse: www.fns.cnbb.org.br.


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