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SINAIS DOS TEMPOS Depois das férias, um ano começou com toda a agitação caracterís3ca de quem lança mãos à obra mesmo se as férias, no frenesim de ir a todo o lado e sorver cada noite no diver3mento, não proporcionaram o verdadeiro descanso e a paz que lhe deveriam ser próprias. No campo com as vindimas, nas empresas, na escola … a vida regressou e a “lufa-lufa” invadiu o nosso horizonte por todo o lado. O tempo tem que chegar para tudo e às vezes é preciso es3ca-lo de tal maneira que corre o risco de criar rupturas. As correrias e velocidades por vezes criam choques nas relações humanas e as buzinadelas ofendem e provocam nervosismos e palavras obscenas. Também na Comunidade cristã tudo volta à vida com o início das catequeses e de ac3vidades nas oportunidades oferecidas de formação e alimento da fé e sobretudo de serviço, um serviço gratuito e entrega do tempo a Deus para o serviço dos irmãos. Toda a vida da comunidade vai sendo assegurada pela generosidade e disponibilidade de alguns que se sentem Igreja, a Igreja Viva de Jesus Cristo. A Igreja con3nua a ser um Sinal neste tempo em que há tempo para tudo se entrarmos no dinamismo do Espírito, se nos situarmos na sintonia da Ternura desse Deus que se dá sem medida. Tenho a certeza de que a Igreja con3nuará a ser a mão de Deus, o sinal inegável da esperança neste mundo tão confuso com os “valores” que regem a vida e ate com a Própria Verdade que liberta. Os jovens de hoje estão marcados pela geração que lhes comunicou a vida e que lhes insuflou um individualismo e consumismo que os deixa sem norte e sem horizontes de eternidade. Alguns pais querem que os filhos sejam adultos mas só os consideram adultos porque os deixam sair até às “seis da ma3na” para a discoteca porque depois tratam-nos... con#nua na Pág. 3

M E N S Á R I O D E S A N TA C ATA R I N A D A S E R R A - O U T U B R O 2 0 0 8 - 1 € P R E Ç O D E C A PA

Solidariedade

Jovens unem-se a causa em África Pág.9 Educação

O choque tecnológico nas nossas escolas Pág.10 Desporto

U.D.S joga com C.D. Fá ma Futebol de Formação Pág.13 CENTENAS DE TODAS AS IDADES PARTICIPAM NO Freguesia PASSEIO DO CORAÇÃO PED - Plano Estratégico de Pág.11

Desenvolvimento da Freguesia

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RANCHO FOLCLÓRICO CONCRETIZA SONHO ANTIGO Pág.8

Pensamento do mês O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem.


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Necrologia

Família Paroquial

Conceição de Jesus Oliveira,

Bap zados 7/9 – Salvador dos Santos Dias, filho de Carlos Manuel Mendes Dias e de Regina Maria Caetano Santos Dias de Vale Tacão. Foram padrinhos: Paulo Primi vo Pereira e Ana Cris na Pedro Ramalho da Silva Almeida 21/9 – Simão Neves Silva, filho de Jorge Alexandre Santos Silva e de Rosália Fernanda Silva Neves de Loureira. Foram padrinhos: Gonçalo de Jesus Silva e Susana Paula Oliveira Carreira 21/9 - Madalena de Oliveira Marques, filha de Joaquim Miguel Gonçalves de Oliveira Marques e de Paula Cris na da Silva Oliveira de Siróis. Foram padrinhos: Nuno Alexandre Faria Marques e Paula Leonor Ferreira Prazeres 21/9 – Rodrigo Filipe Gouveia Marques, filho de Telmo Ferreira Marques e de Raquel Maria Rodrigues Gouveia de Vale Sumo. Foram padrinhos: Pedro Ferreira Marques e Maria Carmo Jesus Marques Gouveia

Óbitos 12/9 – Teresa Vitória dos Santos Ma as, viúva de José Jorge de Oliveira Ma as da Loureira, par u para o Pai no entardecer dos seus 71 anos de idade 15/9 – Henrique Vieira António, casado com Lúcia da Glória Oliveira Rito da Chainça, adormeceu eternamente aos 68 anos de idade 18/9 – Albino Gonçalves Pereira, casado com Angelina ferreira, da Cova alta, foi habitar com o Pai aos 83 anos de idade 23/9 – Conceição de Jesus Oliveira, casada com José Pereira Moço do Pedrome, terminou a sua peregrinação neste mundo aos 78 anos de idade 28/9 – Cris na de Jesus Almeida, casada com António Pereira das Vinhas, de Vale Tacão, foi chamada à presença de Deus depois das suas 85 primaveras.

Bodas de Ouro Casamentos 20/9 – Hélio José Brigido Bacharel de Trutas, Marinha Grande, e Sofia da Conceição Ribeiro das Neves, da Loureira. Foram padrinhos: António dos Santos Ribeiro e Rosindo da Silva Arrimar; madrinhas: Súzel Maria Lopes Pereira e Deisy Bento Pereira 27/9 – Nuno António de Sousa Vieira Lopes de Gondemaria; Ourém, e Sofia Alexandra Pereira Vieira de Pedrome. Foram padrinhos: Nelson Miguel Pereira Vieira e Rui Manuel Santos Marques; madrinhas: Célia Maria de Sousa Lopes e Olinda Vieira Carreira 4/10 – Angelino Manuel Rodrigues Vieira de Vale Sumo e Sandrina das Neves dos Reis da Magueigia. Foram padrinhos: David Manuel da Silva Pereira e Luís Miguel das Neves Reis; madrinhas: Ana Rita dos Santos Vieira e Cláudia Rodrigo Pereira Vieira

Realizou-se no passado dia 27 de Julho as Bodas de Ouro de Moisés Pereira Neto e de Maria Vicente Gomes Narciso na Igreja da Chainça. A missa foi celebrada pelo Padre Eduardo Frazão, que também havia celebrado as Bodas de Prata do feliz casal. A tarde foi animada em convívio familiar com muita alegria, pois fez 25 anos que esta família não se reunia. A Família agradece a Deus pelo feliz acontecimento.

Residia no Pedrome, filha de Joaquim de Oliveira Novo (1887-1971) e de Inácia de Jesus (1889-1974), nasceu em 1930. Conceição, da família Oliveira, que, em 1802, já habitava a Cova Alta, casou, em 1951, com Francisco Rodrigues Jorge, nascido em 1929, no Pedrome, filho de Joaquim Jorge (1894-1976) e de Teresa de Jesus (1894-1974). Viúva, em 1970, contraiu matrimónio, em segundas núpcias, aos 51 anos, em 1981, com José Pereira Moço, nascido em 1918, no Ulmeiro. Faleceu no dia 23 de Setembro de 2008, aos 78 anos de idade. As exé-

quias, presididas pelo Padre Mário Verdasca, realizaram-se a 24, às 18 horas. Sepultou-se junto de Francisco Rodrigues Jorge, Norte/Poente, D5. Por este meio, a todos os que es veram presentes, os familiares vêm manifestar o seu mais sincero agradecimento, assim como aos que, não podendo comparecer, exprimiram, de alguma forma, a sua mágoa. O nosso muito obrigado. Requiescat in Pace, RIP, carissima et amata Mater et Avia. Cum desiderio. VII.º Kal. Octobris. Vasco Silva

Henriques Vieira António 23/02/1940 – 15/09/2008 Sua esposa, filhos, genro, noras e netos vem por este meio agradecer muito reconhecidamente a associação dos amigos da secção de bombeiros do sul do concelho de Leiria, familiares e a todas as pessoas que o acompanharam à sua úl ma morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

Úl mo Adeus Pai, a vida e uma viagem terrena e a tua chegou ao fim. Toda a casa ficou vazia. Já sen mos saudades de te ver nos teus can nhos preferidos. Junto a lareira onde eu, a meio da manhã, ao entrar, espreitava para dizer – “Bom dia Sr. Albino”. Ou então, o teu sofá na rua à sombra da ameixieira, onde tu passavas as tardes e quando eu chegava do trabalho me dizias – “Já aí vens? “ Tinhas ainda outro can nho, junto a porta de vidro, ou nas tardes mais frias te sentavas para apanhar os raios de sol para te aquecer. Hoje tudo está vazio e triste, mas há um can nho que nunca vai ficar vazio. E o can nho do nosso coração, aquele que foste preenchendo ao longo da tua vida, com tudo de bom que nos ensinaste e com os bons conselhos que nos deste, com o teu exemplo da vida. Descansa em paz e pede por nós a DEUS para que saibamos seguir os teus bons conselhos. Augusta 09/08/1925 – 18/09/2008 Os familiares de Albino Gonçalves Pereira agradecem a todos os que quiseram acompanhar nestes momentos tão di/ceis.

2.° Aniversário de eterna saudade Teresa Vieira Fartaria Gameiro Falar de è fazer com que tu existas Não dizer nada é esquecer-te. Teu irmão Carlos Fartaria.


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Cartas ao director

Editorial

Lomé, 8 de Septembre 2008 Es"mado amigo P. Mário, Como vai? Espero que se encontre em plena forma, trabalhando com alegria e entusiasmo ao serviço da bonita porção de Igreja que lhe foi confiada. Por aqui, por estas bandas do con"nente africano, também nós tentamos suportar o cansaço do dia e do calor na esperança que o nosso suor possa regar e fecundar esta porção da vinha do Senhor. A Maria da Conceição Primi"vo comunicou-me que a Paróquia de Santa Catarina da Serra se dispõe a colaborar para reconstruir a escolinha de Kpové na missão de Asrama (Togo) devastada por um furacão. Queria manifestar-lhes a nossa profunda gra"dão por este generoso gesto de colaboração missionária que glorificará Santa Catarina, a santa e a sua terra! Os confrades desta missão não cabiam de contentes ao receberem a no<cia. Esta catástrofe natural que cairá sobre eles e a suas gentes deixara-os bem aba"dos. E não era para menos. Ver por terra o fruto de tanto esforço e suor dá bem para desanimar. A aldeia de Kpové ficou meia destruída. A sua bela igreja de S. Daniel Comboni, que o bispo "nha planeado declarar nova paróquia proximamente, ficou sem telhado. As chapas de zinco foram parar a mais de 2 Km de distância. A pobre e humilde escola foi completamente varrida. A mesma sorte calhou a outras escolas e capelinhas e a um dispensário da missão de Asrama. Depois do natural desânimo, os nossos colegas arregaçaram mangas, decididos a recomeçar de novo. A promessa de socorro que vinda de Santa Catarina

nova escola para o futuro é suficiente para lhes dar alegria já hoje. Viva Santa Catarina! A situação social e polí"ca por cá con"nua instável. Este ano as chuvas causaram muitos estragos. Milhares de pessoas "veram que abandonar a própria casa e os magros haveres. Várias pontes ruíram, isolando inteiras regiões. Como consequência, o preço dos transportes e alimentos subiu ver"ginosamente. A maioria das pessoas já viviam com dificuldade, lutando desesperadamente pelo pão de cada dia. Agora com o preço do milho (alimento básico) que foi quase para o dobro, muita gente passa fome. No sábado (dia que reservamos para acolher os po-

deu-lhes asas para con"nuar no esforço de reconstrução. O ano escolás"co vai começar dentro de duas semanas. As crianças vão ter que assis"r às aulas na igreja, tendo o céu como tecto, à espera que seja possível reconstruir a escola. Mas a esperança duma

Obrigado do coração a Santa Catarina, ao seu bom povo e ao P. Mário que nos apoiam nesta luta!

Lewis Hamilton confessa-se cristão

aponta para um momento propício para a busca do sagrado. A juventude está mais do que nunca associada à retomada da fé. Uma sondagem realizada pelo Ins"tuto Alemão Bertelsmann S"Sung mostrou que a Indonésia e Marrocos, logo seguidos pelo Brasil são os países onde os mais jovens são mais religiosos. O estudo realizado com 21 mil jovens entre 18 e 29 anos, realça que 65% dos jovens religiosos do Brasil são profundamente religiosos. Isto vem desdizer que às vezes se ouve em muito boas pessoas: “ Os jovens não ligam nada à religião”. Pergunto: Quem é que consegue mobilizar mais jovens que a igrejas?” Basta ver a úl"ma viagem do Papa a França.

O grande corredor Lewis Hamilton confessou-se publicamente a sua fé católica. “ Sempre fui religioso e sou católico”, afirmou recentemente na Alemanha perante alguns convidados da MacLaren. “E sinto a minha fé como algo muito próximo, especialmente nestes dois úl"mos anos. Por isso mesmo dela falo tão livremente”, rematou o famoso líder da fórmula 1. Lawis Hamilton já provou que é um ás na Formula 1. E com este exemplo vem dizer-nos a todos que não se envergonha da sua religião. Outras personagens públicas como o corredor de Fórmula 1, Robert Kubica, os futebolistas Kaká e Franz Beckenbauer, os cantores Lenny Kravitz e Bono ( U2), ou a supermodelo Adriana Lima, para apontar só jovens. Afinal, o mundo globalizado e tomado de tentações não consegue afastar a sua religiosidade da população jovem. Como já aqui dissemos, a realidade

con nuação da primeia página

... como crianças irresponsáveis em tudo o mais. Até, porque o(a) menino(a) tem dificuldade em enfrentar o professor ou o padre ou ou seja quem for, é a mamã ou o papá que querem resolver os assuntos que deviam ser plenamente assumidos pelos interessados. Sinal dos tempos é a Igreja com a vitalidade que lhe é própria pois o Espírito está vivo e actuante, mas sinal dos tempos é uma série de factores que devemos enfrentar com verdade. Não adianta afirmar que é este ou aquele que tem a culpa até porque a culpa vai sempre para alguém que trabalha e quer que as coisas evoluam, que dá o corpo e a alma ao manifesto. A comunidade cristã de Santa Catarina con"nuará a ser um espinho no pé de todos aqueles que se desejam acomodar e fazer da Igreja o super mercado do religioso como se de encomendas comerciais se tratasse. A paróquia não é uma associação mas uma verdadeira comunidade onde cada bap"zado é chamado a ocupar o seu lugar com responsabilidade e coerência e sobretudo com o coração aberto e disposto a amar e servir. Juntos precisamos “ir ao coração da fé” como diz o nosso bispo D. António e redescobrir a frescura do amor que nos une no Espírito… P. Mário

O Sr. P. Boaventura deixou-nos

bres), ao abrirmos o portão da missão às 4h30 da manhã, uma mul"dão invadiu o terreiro da missão, atropelando-se uns aos outros para ocupar os primeiros lugares na fila, sabendo que não íamos poder responder aos pedidos de tanta gente e que muitos teriam que ir-se embora de mãos vazias, como de facto aconteceu. Diante duma situação destas, não sabemos que fazer. Não deixamos cair os braços, mas a coragem por vezes chega a faltar. De todas as maneiras, não desis"mos. Com esta pobre gente, também nós nos agarramos à esperança dum futuro melhor. Muitos (para não dizer quase todos os jovens) sonham em abandonar o país para poder alcançar o paraíso da Europa ou da América. Sonho que infelizmente termina muitas vezes em tragédia. Tornar este sonho possível aqui, é a nossa aspiração e por isso lutamos, confiantes no espírito de fraternidade e solidariedade cristã.

Uma saudação amiga para todos. P. Manuel João

Recebido por email

Foi há pouco dias que recordamos a par"da para a CASA DO PAI, do nosso saudoso conterrâneo e grande Amigo P. Boaventura D. Vieira. Quero através da "Luz da Serra" apresentar, em meu próprio nome, e em nome do meu irmão P. Jaime Marques, os nossos sen"mentos cristãos mais sinceros ao Sr. P. Júlio, e a seus irmãos e demais familiares. Unimos a nossa prece à da família enlutada, para juntos agradecer a Deus o dom da vida do Sr. P. Boaventura e a sua fidelidade ate ao fim. Ele agora já se encontra junto de Deus, para onde todos nós ainda lutamos para também chegar. Lá no Céu, o P. Boaventura reza pela nossa Paróquia e de modo especial pelos seus familiares, a quem a saudade não deixa esquecer. O P. Jaime e eu, queremos nesta oportunidade expressar toda a nossa mágoa e decepção. Não houve ninguém na nossa Paroquia, que se lembrasse de nos comunicar a triste no"cia nem da morte, nem do funeral do nosso Amigo. Eu só "ve conhecimento no dia 11 de Setembro, quando recebi a "Luz da Serra". O Sr. P. Boaventura morreu, segundo o jornal da nossa terra, no dia 29 de Agosto. O P. Jaime soube-o dias antes de mim, por um amigo dele que mora no BRASIL. E dizer que o P. Jaime e o P. Boaventura eram colegas de infância, de escola, de seminário, embora em casas diferentes. Eram os únicos colegas, segundo me consta, que saíram vitoriosos no famoso exame da 4a classe daquele ano! Depois de tudo isto podeis imaginar como ficamos ao ter conhecimento do que ocorreu. Não culpamos a ninguém. Nessas horas, compreendemos bem como são as coisas... Queremos apenas dizer a toda a Freguesia de Santa Catarina da Serra que a nossa ausência tem uma explicação. Nós gostamos muito de estar a par dos acontecimentos da nossa Paroquia. Ela é a nossa Família alargada... Aí nascemos e vivemos os primeiros anos da nossa vida, o meu irmão mais do que eu, que aos 11 anos já par" para longe para seguir o apelo de Deus. Nos sen"mos amor à nossa terra… Se não comparecemos por ai mais vezes e porque nem sempre isso nos e possível, ou não estamos a par dos acontecimentos. Mas mesmo longe da paróquia, o nosso coração não esquece Santa Catarina da Serra. Aqui deixamos mais uma vez, os nossos Pêsames à Família Domingos Vieira, e à Freguesia a nossa Amizade e a nossa prece. Ao Senhor P. Boaventura, dai-lhe Senhor o eterno descanso. Os Padres Serafim e Jaime Marques Sr. Padre Mário Apresento os meus respeitosos cumprimentos. Resido em Coimbra sendo natural de Santa Catarina da Serra, com muito gosto pela minha e nossa terra que me viu nascer à 66 anos. Serve a presente para jus"ficar o meu endereço para onde tem enviado jornal que recebo sem qualquer dificuldade. Quero também fazer o pagamento da anuidade pois creio que estará na altura, caso esteja atrasada peço desculpa, no entanto acho que seria de bom teor quando alguns assinantes se atrasam, talvez por esquecimento, ou outro, que ninguém deverá levar a mal, por ser lembrado do facto, até mesmo no jornal. Gosto muito do jornal e é através dele que sei o que se passa, e no passado mês veio colorido que lhe dá mais beleza. Sem outro assunto, subscrevo-me Filipe Oliveira


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Umas férias diferentes Os voluntários, inspirados na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 e na Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, consideram o seu compromisso como um instrumento de desenvolvimento social, cultural, económico e do ambiente, num mundo em constante transformação. Fazem seu o princípio de que “ Todas as pessoas têm direito à liberdade de reunião e associação pacífica”. Ser voluntário é ser úDl, deliberadamente, sem esperar recompensas nem compensações. Ser voluntário é, por vezes, uma bênção do Céu para quem beneficia. Em alguns países o voluntariado é uma práDca corrente, um princípio, como que uma obrigação individual e livremente assumida. É uma espécie de afirmações de cidadania plena e responsável. A maioria dos jovens, adultos, reformados ou desempregados, poucos parecem assumir o voluntariado como uma práDca privilegiada de realização pessoal e social. Nesta nossa sociedade marcada por um certo individualismo, os jovens também são muitas vezes apontados como aqueles que apenas pensam nas noitadas, nos copos e nas discotecas, sem princípios e sem valores, mas na realidade há muitos jovens fantásDcos, capazes de olhar mais além. Na Paróquia de Santa Catarina da Serra, há jovens formidáveis, prontos a dar um pouco do seu tempo e de si aos outros. O Nelson Costa, jovem da Pinheiria, que já terminou o seu curso Superior de Animador Cultural e trabalha agora no Distrito de Setúbal parDlhou-nos a sua experiência, dizendo: “ Sou monitor há seis anos como tantos outros jovens da colónia balnear da Caritas de Leiria e posso afirmar que é o melhor lugar para nos senDrmos felizes e úteis para uma sociedade “esquisita e cruel”, pois como muitos dizem: “recebemos mais do que damos”. Também neste Verão disponibilizei-me para viver intensamente esta experiência de voluntariado, isto é, dar-me aos outros. Foram duas semanas de plena alegria e felicidade, em que cada um de nós parDlhou as alegrias e as tristezas com aquelas crianças de sorriso simples e sincero. Para muitas crianças este tempo foi um “escape” para fugir a uma vida diHcil. É neste espaço que encontram o carinho, o amor e a amizade que não têm durante o resto do ano. Ainda me lembro do meu primeiro ano de monitor (Dnha eu 16

Cruzada Eucarís.ca Teve grande relevo na nossa freguesia de Santa Catarina da serra a Cruzada EucarísDca, fundada cerca do ano 1936. Fiz parte do grupo inicial. Reuníamo-nos uma vez por mês, ao cimo da nossa igreja paroquial. Presidia o pároco quase sempre. Tínhamos a nossa farda especial: uma faixa branca ao Dracolo, com uma cruz adiante e outra atrás. A farda das meninas era mais complicada. Nas reuniões dava-se especial relevo à leitura resumida de sacriHcios que cada qual era convidado a fazer. Tudo se orientava para desenvolver os valores cristãos. A Cruzada EucarísDca foi fundada em 1916, pelo Papa Bento XV.

anos) em que ia de mão dada com um miúdo, que transmiDa uma felicidade plena em estar ali e depois de me contar a história da sua vida, vira-se para mim e diz-me: “Quem me dera que fosses o meu pai”. Eu ao ouvir isto virei a cara para o outro lado e deixei cair uma lágrima. SenD-me impotente por não poder fazer nada. Eu era apenas um jovem com dezasseis anos. Mas senD em mim a força para que passados seis anos, ainda seja monitor da colónia, no Pedrógão. Nestas duas semanas construímos uma família e mais uma vez a Dona Saudade de braços abertos recebeu-nos com aquela alegria contagiante. As setentas crianças, irrequietas, mas felizes por “curDrem” tão bons e belos momentos senDram que havia ali uma família. A Cidália Eusébio, da Loureira terminou o Ensino Secundário e agora irá frequentar a Universidade também dedicou uma parte das suas férias de Verão a fazer voluntariado e parDlhou também connosco a sua bela experiência. Voluntariado! Já alguma vez senDram a necessidade de ajudar sem receberem nada em troca? Eu sim. Por isso neste Verão, no mês de Agosto decidi fazer voluntariado no lar Santa Beatriz da Silva, em FáDma. Simplesmente, adorei! Ao longo deste mês realizei várias acDvidades de trabalhos manuais com os idosos, das quais saliento o ensino do Braille (o básico) a uma senhora que infelizmente está a perder a visão. Também conversei com os velhinhos e ajudei a dar o almoço. Toda esta experiência enriqueceu-me e deu-me ainda mais força e mais vida. Afinal, sem querer nada, recebi muito: simpaDa, carinho, alegria, o obrigado que aqueles olhares transmiDam e a vontade de lá voltar. Aprendi uma coisa e nunca mais vou esquecer: “ se um dia chegar à reforma, quero ser sempre alegre, bemdisposta, dinâmica e par cipa va, aconteça o que acontecer. Afinal, esse é o segredo para se ser feliz.” Fernando Valente

Um ano depois já os cruzados em França se elevavam a cem mil. Em 1922 havia no mundo mais de 600 000 crianças filiadas na Cruzada EucarísDca. Em 1937 exisDam em Portugal 1109 centros, isto é, na maior parte das freguesias de Portugal com mais de 100 000 crianças inscritas. A Cruzada EucarísDca é a secção infanDl do apostolado da Oração, actualmente ainda muito difundido em Portugal. Tem uma bela revista chamada “Mensageiro”. Existe também a revista “Cruzada”, muito interessante. Ambas as revistas são orientadas pelos Jesuítas. Normalmente, as crianças da Cruzada EucarísDca eram orientadas para a Acção Católica, movimento de apostolado promovido por leigos a quem a Igreja muito deve. P. Nuno Filipe, O.H.

ICS 284/97 - Depósito Legal Nº 1679/83 Jornal Luz da Serra Nº409 - Outubro de 2008 - Ano XXXV Propriedade: Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra Administração: Gabinete de Comunicação da Serra - Associação de Desenvolvimento e Melhoramento de Santa Catarina da Serra Fundador: Pe. Joaquim Carreira Faria Director: Pe. Mário de Almeida Verdasca Redacção: Miguel Marques Composição: GAB - Gabinete de Comunicação da Serra Colaboradores: Fernando Valente, João Ferreira, Virgílio Gordo, Eva Domingos, Miguel Marques, Vasco Rosa e Marco Santos Contactos: (+351) 244 741 314 Telefone - (+351 ) 244 741 534 Fax - luzdaserra@sapo.pt Correio electrónico Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis Tiragem: 2500 Exemplares Periocidade: Mensal


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Resultados do primeiro Fórum Só agindo localmente se resolvem os problemas globais “Pensar global e agir local”

“UM PRESENTE PENSADO PARA UM FUTURO SUSTENTADO” Reunião na Câmara de Leiria Lino Pereira e o Geógrafo Ricardo Tomé deslocaram-se à Câmara Municipal de Leiria, no passado dia 12 de Setembro, para uma pequena reunião a fim de dar a conhecer o plano que se está a desenvolver na nossa freguesia e perceber quais são as delimitações e novas condições do PDM. A nossa freguesia carece urgentemente de uma zona industrial pelo que só o PDM poderá resolver esta situação. Já existem inúmeros empresários que por não se conseguirem fixar na freguesia, viram-se obrigados a ter que recorrer a freguesias vizinhas para implantar o seu negócio.

2º Fórum Á semelhança do primeiro fórum, cerca de 60 pessoas se concentraram na Escola Básica de Santa Catarina da Serra no dia 27 de Setembro com o objec vo de ajudar a delinear prioridades e construir bases para o desenvolvimento da nossa freguesia. “Escola aberta à comunidade”, foi com esta frase que Lino Pereira, presidente de Junta de Freguesia, abriu a segunda sessão de trabalhos do PED. Com uma sessão de trabalho diferente da anterior, Ricardo Tome, geógrafo responsável pelo PED, explicou aos presentes o fundamento do PED e que trabalhos se iriam desenvolver nas próximas horas de traba-

lho. Em quatro áreas de acção, Visão, Valores, Objec vos e Planos de Acção os par cipantes foram divididos em grupos e ao final da manhã já muito trabalho havia feito. Foram imensas as opiniões e sugestões em cada campo de acção e isso era visível nas folhas afixadas no átrio da escola. De volta ao auditório da escola, foi dado o encerramento da sessão de trabalhos. Á saída era visível o contentamento dos par cipantes por serem chamados a opinar e a intervir num plano de desenvolvimento que nos abrange a todos. Em países mais desenvolvidos, é frequente a reunião entre os órgãos de gestão e os populares para a tomada de decisões, como por exemplo a construção de infra-estruturas. A proximidade, par cipação e auscultação pública entre os órgãos de gestão e os populares tem que, cada vez mais ser, uma realidade para a tomada de decisões. VISÃO Perceber como é que a população vê a freguesia num futuro desejável. A visão deve ter em consideração o interesse de todos projectando mais valias a todos os envolvidos. Deve ser inspiradora, realizável e concisa. Pretende-se a construção de uma frase que apesar de ser voltada para o futuro deverá ser colocada no presente. Ex. A freguesia é atrac va, dinâmica, jovem e de elevado dinamismo socio-cultural (...) VALORES Conjunto de termos qualificadores da realidade da freguesia no futuro. Princípios que a freguesia deverá possuir e pelos quais se rege. Ex: Lutadora, Par cipada, (...)

Santa Catarina da Serra Uma freguesia rica e uma rica freguesia Santa Catarina da Serra é não só uma freguesia rica, mas tem uma rica população Argumento: Se Santa Catarina da Serra não fosse uma freguesia rica, só viviam lá os pobres. Se Santa Catarina da Serra não vesse uma rica população, só viviam lá os tristes Uma freguesia nunca será rica se não ver também uma rica população. Uma freguesia nunca será uma rica freguesia se não ver uma população rica. Prof. Joaquim Vicente

OBJECTIVOS Os objec vos são criados para mo var uma acção. Na redacção dos objec vos deve ficar assegurada a fácil compressão do seu teor. Ex. Maior capacidade de comunicação entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Leiria. Desenvolvimento económico com base na indústria. PROJECTOS DE ACÇÃO Conjunto de Medidas que deverão ser realizadas para contribuir para uma maior qualidade de vida e desenvolvimento económico, ambiental e social. Levantamento Empresarial da Freguesia O registo de todo os tecido empresarial e os seus potenciais é dos próximos trabalhos a fazer de campo. Com este trabalho tentar-se á perceber qual o ramo de ac vidade que mais significado tem na nossa freguesia e quais os outros em que é possível e viável apostar de forma a aumentar a compe vidade e negócios dentro da freguesia. Geografia 7sica Parte dos proximos trabalhos será a caracterização Esica do espaço, levantamento das caracterís cas do solo, paisagem e clima que ajudará a perceber a u lização do território tendo como base a localização da zona industrial. Inquéritos à população Con nuarão a ser efectuados inquéritos à população no sen do de perceber e apurar quais as necessidades locais da população.

INSCREVE-TE Integrada no 3º Fes val do Chícharo da Serra, a próxima sessão de trabalho é dedicado aos jovens da freguesia.

Se tens entre 15 e 30 anos, vem ajudar no desenvolvimento da nossa freguesia Dia 22 de Novembro, 10h na Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra. Inscreve-te enviando o teu nome, idade e localidade por email para: comunicacao.scs@gmail.com, ou então por sms para 917 480 995

Apresentados no 2º Fórum, os resultados do primeiro já foram apurados, publicamos abaixo o resultado das questões. Pode consultar as listas completas no site da freguesia em hFp://santacatarinadaserra. no.sapo.pt O que menos gosta? 1 - Falta de fiscalização e de limpeza de terrenos e dos pinhais, principalmente perto das casas (mato e silvas) e não preservação e protecção dos espaços naturais com 102 votos. 2 - Constrangimentos resultantes do actual PDM (dificuldade em construir e falta razoabilidade na definição de áreas urbanas o que condiciona a capacidade para os jovens se fixarem e conduz ainda para a especulação imobiliária devido à dificuldade em obter licenças de construção) com 100 votos. 3 - Ordenamento do território e desordem urbanís ca e ausência de uma definição clara do ordenamento da freguesia e criação de Pólos industriais, comerciais e urbanos com 82 votos. O que mais gosta? 1 - Empenho da População no desenvolvimento da freguesia (voluntariado) e capacidade de mobilização e de par cipação com 128 votos. 2 - Localização geográfica da Freguesia (Posição Estratégica) e acessibilidades com 87 votos 3 - Calor humano da População: simpa a, relações interpessoais, união, entendimento, acolhimento, amizade, dinamismo, convívio, proximidade e solidariedade com 67 votos Como gostaria que fosse a freguesia no futuro? 1 - Estabilidade económica, social e cultural, de modo a tornar os cidadãos interven vos no saber ser e saber intervir com 34 votos 2 - Melhoria das qualificações académicas e profissionais da população residente com 33 votos 3 - Conseguisse mo var a população a fixarse na freguesia com 31 votos O que faz falta? 1 - Zona industrial/comercial /serviços com 106 votos 2 - Construção rápida do novo Centro de Saúde com melhores condições com 47 votos 3 - Criação de percurso para peregrinos: "Caminho de Fá ma" ( po San ago de Compostela) e de um parque de campismo com 46 votos


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Assembleia de Freguesia ACTA DA SESSÃO Nº 2/2008 Ao vigésimo sexto dia do mês de Junho do ano de dois mil e oito, reuniu em sessão ordinária a Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, no edi cio do Auditório da Junta de Freguesia, quando eram vinte e uma horas e vinte e cinco minutos, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Discussão e votação da acta nº 1/2008 referente á úl.ma sessão. 2. Discussão e votação da proposta da Junta de Freguesia para a revisão do orçamento de 2008 (receita e despesa) por inclusão do saldo de gerência de 2007. 3. Apresentação, discussão e ra.ficação da proposta da Junta e Freguesia para a alienação de uma parcela de terreno no Vale Maior 4. Discussão e votação da proposta da Junta de Freguesia para atribuição de nomes a várias ruas da freguesia; 5. Apreciação e ra.ficação do protocolo de delegação de competência da Câmara Municipal de Leiria, para a requalificação de vários arruamentos da freguesia; 6. Apreciação e ra.ficação do protocolo de delegação de competências da Câmara Municipal de Leiria, para o alargamento da Rua de S. Guilherme na Magueigia. 7. Apreciação e ra.ficação do protocolo de delegação de competências á União Despor.va da Serra, para execução de obras no Parque Despor.vo da Portela. 8. Discussão e ra.ficação da deliberação da Junta de Freguesia, solicitando a desanexação da rua da serração nos Olivais, do domínio público municipal. 9. Apreciação e parecer sobre o documento da Junta, propondo uma discussão pública, sobre a necessidade de ser pensada uma “orientação estratégica” de futuro, para a freguesia. 10. Apreciação do relatório de ac.vidades da Junta de Freguesia referente ao segundo trimestre de 2008, e do resumo financeiro na presente data. 11. Apresentação e discussão de outros assuntos de interesse para a freguesia. A sessão foi presidida pelo senhor António da Conceição Rodrigues, Presidente da Assembleia de Freguesia, com a presença dos deputados: - Domingos Marques da Neves - Sandra Sofia Vieira Rodrigues - Paulo Jorge Oliveira Pereira dos Reis - José dos Santos Neves - Augusto Rodrigues Oliveira - José Augusto Marques Braz - António dos Santos Neves - Boaventura Almeida Bap.sta PRESIDENTE DA MESA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Declara aberta a sessão, dando as boas vindas aos deputados da Freguesia, aos membros da junta e aos muitos populares presentes. Face á presença de muitas pessoas pela primeira vez, chama a atenção para a necessidade de respeitar o regulamento descrevendo as várias etapas da Assembleia de Freguesia. Transmite o expediente da Assembleia, que consiste numa carta recebida do SMAS acusando a recepção da moção enviada, e pro-

metendo fazer todas as diligências necessárias para a resolução dos problemas provocados pelas obras de saneamento em curso na freguesia. A carta foi lida á Assembleia, informando assim do seu conteúdo, todos os presentes. Período antes da ordem do dia. O presidente da Assembleia anuncia a existência na Mesa, de sua própria inicia.va, um voto de Saudação e louvor á União Despor.va da Serra pelos resultados despor.vos conseguidos na época 2007/2008, nomeadamente o Otulo de campeão distrital de juniores e a subida do clube á segunda divisão nacional, que depois de lida ao plenário, foi posta á votação tendo sido aprovada por unanimidade. MEMBRO DA ASSEMBLEIA – SR. DOMINGOS MARQUES Ques.ona a Junta de Freguesia sobre: - Em que situação está o an.go edi cio escolar da Quinta da Sardinha? - Em que condição se encontra o an.go edi cio escolar dos Olivais? - No Valongo está a ser ocupada a Linha de água. Quem autorizou? - Nos Olivais, junto á EN113, está a ser construída uma obra na linha de água, e nas úl.mas chuvas houve uma deslocação de areias a qual provocou prejuízos aos moradores. Que fez a Junta? - Em Outubro ou Novembro do ano passado, a Junta passou um inquérito para o qual nunca foram apresentados resultados; pretende saber quais foram os resultados. - A Junta de Freguesia distribuiu um inquérito pelo correio e ques.ona sobre os resultados dessa inicia.va e se os mesmos já estão disponíveis na Internet. - Como é que está o caminho do Vale da Laje? Acrescenta que é uma péssima opção pois os peregrinos circulam durante a noite ou ao fim do dia, e são acompanhados por carros de apoio que não podem passar nesse caminho, e o peregrino isolado não vai pelo Vale da Laje porque é um circuito perigoso, e, por tudo isso, opina que essa opção deve ser repensada porque “pode haver outros interesses por trás”. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Começa por sublinhar a oportuna inicia.va da Assembleia ao aprovar o Voto de louvor á UDS que, de facto, pelo que tem feito pela freguesia, bem o merece. Respondendo às questões apresentadas pelo Sr. Domingos refere que: - Os edi cios escolares são propriedade da Câmara Municipal e, logo que o edi cio da Quinta da Sardinha ficou desac.vado, abordaram a Junta vários moradores da Quinta da Sardinha e o Rancho de são Guilherme, no sen.do de passarem a u.lizar aquele espaço. Após várias reuniões, o rancho deixou de ter interesse e a população apresentou intenção em formar uma associação para a u.lização do mesmo, mas até hoje nada foi concre.zado. Entretanto está convocada para o próximo dia 8, uma reunião com os moradores do lugar para discu.r o assunto da escola, sendo certo que o edi cio está bastante degradado e qual-

quer u.lização carece de grandes inves.mentos. - A escola dos Olivais está a ser u.lizada pela associação de São Miguel com conhecimento da Câmara Municipal de Leiria. - A situação da linha de água é do conhecimento desta Junta. Temos informado a população que é crime, e não sendo en.dade fiscalizadora compete-nos informar a câmara municipal, o que já foi feito neste caso; - Em relação á construção nos Olivais foi, como para todas as obras, pedido parecer á Junta de freguesia, que chamou á atenção para a linha de água existente no local, sendo o licenciamento e a fiscalização da responsabilidade da Câmara Municipal de Leiria. - Sobre o inquérito feito em Outubro, refere que o objec.vo ainda não foi conseguido porque o lugar da Loureira ainda não está terminado, mas será uma mais valia, pois dá uma informação preciosa sobre a caracterização da nossa freguesia. - Para o inquérito aos industriais, foram enviados os impressos pelo correio e já existem algumas respostas, e oportunamente teremos indicadores que serão .dos em conta em futuras decisões da junta de Freguesia e na definição do plano estratégico que vai ser proposto pela Junta. - Quanto ao caminho Vale da Laje, aceita a opinião apresentada, mas não concorda com as preocupações pois, passam na freguesia muitos peregrinos, circulando na estrada sem condições de segurança, e esta é uma alterna.va segura, não será um circuito obrigatório. Vai ser candidatado a programas rurais de financiamento pois, a nossa freguesia, esta considerada pela ADAE como uma zona rural, permi.ndo assim uma candidatura. Por outro lado, o caminho vai permi.r a circulação de viaturas de apoio aos peregrinos e des.na-se também a ser u.lizado como circuito de manutenção a ser u.lizado pelas pessoas da freguesia. Prevê iluminação ambiente e vai ser candidatado a um Programa da SIC para apoio financeiro e divulgação do mesmo. Releva a sua u.lidade no que respeita a prevenção e combate aos incêndios florestais, pois trata-se de uma zona de floresta onde hoje não é possível ir uma viatura dos bombeiros. Com estas valências; peregrinos, manutenção sica e acessibilidades, vale a pena a aposta no projecto, iniciando os contactos com as en.dades e proprietários envolvidos. ORDEM DO DIA PONTO UM - Discussão e votação da acta nº 1/2008 referente á úl.ma sessão. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Ques.ona a Assembleia sobre eventuais alterações e não havendo, pôs á votação tendo sido aprovada por maioria, com três abstenções dos Sr. Domingos Marques, Dr. Paulo Reis e Sr. António Neves. PONTO DOIS – Discussão e votação da proposta da Junta de Freguesia para a revisão do orçamento de 2008 (receita despesa) por inclusa do saldo de gerência de 2007 TESOUREIRO DA JUNTA DE FREGUESIA – SR.

JOAQUIM PINHEIRO Esclarece que com esta proposta, pretende-se incluir no orçamento o saldo de gerência de 2007 no valor de 19.909,47€ e aproveitar a revisão orçamental para criar duas rubricas que não estavam contempladas no orçamento de 2008; 4147€ de receita, atribuído no âmbito do PEPAL para o ano em curso, e que corresponde a cerca de 70% do custo total com a contratação de pessoal de apoio administra.vo, e em consequência, foi alterada a rubrica de despesas com o pessoal. Foi também criada uma rubrica de apoio ás colec.vidades no valor de 50.000€. Acrescenta, referindo-se á intervenção do Sr. Domingos Marques, que não é a primeira vez que o Sr. Domingos diz nesta assembleia “ou há interesses por traz”. E acrescenta “quero dizer-lhe Sr. Domingos que enquanto membro deste execu.vo não lhe passei nenhuma procuração para fazer juízos de valor sobre as pessoas que estão á frente dos des.nos da freguesia” é um reparo que faz e acrescenta que não lhe admite este .po de insinuações. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Não havendo mais intervenções passou-se á votação tendo a proposta sido aprovada por unanimidade. PONTO TRÊS – Apresentação, discussão e ra.ficação da proposta da Junta e Freguesia para a alienação de uma parcela de terreno no Vale Maior PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Recorda que este execu.vo traz á Assembleia todas as propostas de compra que chegam á Junta de freguesia, para que a Assembleia se pronuncie sobre a sua oportunidade. Esta proposta respeita esse princípio e está exactamente como chegou á Junta para que a Assembleia se pronuncie sobre a aceitação ou não do valor apresentado como base, para a venda através de carta fechada ou leilão. MEMBRO DA ASSEMBLEIA - SR. AUGUSTO É de opinião que este terreno, embora seja aparentemente de valor reduzido e com custos de manutenção, é um numero devidamente registado, com alguma dimensão, sendo o valor indicado manifestamente insuficiente, pelo que, atendendo á insignificância da proposta e á ausência de mo.vo forte por parte do comprador, é da opinião que a Assembleia não deve aprovar a negociação do terreno nesta altura. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA - SR. ANTÓNIO RODRIGUES Pronuncia-se a favor da opinião anterior atendendo a que não se trata de uma parcela omissa nem de reduzida dimensão, enquadrável no espírito das anteriores cedências des.nadas a acerto de estremas. Não havendo mais intervenções sobre o assunto a proposta da Junta foi colocada á votação tendo sido rejeitada por unanimidade. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Dirige-se aos deputados manifestando o respeito do execu.vo pela decisão tomada, e chamando a atenção para o facto de

todos os anos a Junta gastar bastante dinheiro com a limpeza dos terrenos abandonados, como obriga a lei, e este terreno custou o ano passado cerca de 1.150,00€ para ser limpo; é dinheiro que está todos os anos a sair doscofres da junta sem qualquer bene cio. PONTO QUATRO – Discussão e votação da proposta da Junta de Freguesia para atribuição de nomes a várias ruas da freguesia; PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Refere que se trata de ruas em zona de construção, que é obrigatório terem nome para que seja aprovado o licenciamento e integra-se no procedimento normal que começa com a proposta da junta, con.nua com a respec.va aprovação em assembleia e é enviada á câmara municipal que confirma no terreno a toponímia proposta e conclui com a aprovação pela Câmara Municipal. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Não havendo intervenções sobre o tema foi a proposta colocada á votação e aprovada por unanimidade. PONTO CINCO – Apreciação e ra.ficação do protocolo de delegação de competência da Câmara Municipal de Leiria para a requalificação de vários arruamentos da freguesia. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Explica que este protocolo se des.na á requalificação de várias ruas da freguesia nomeadamente, a rua da Portela, e Rua do Covão grande na Loureira, e as Ruas, da Fonte, Cónego Júlio, Mestre Vieira Canteiro, Dr. Júlio Constan.no na Pinheiria, no valor de 60.000,00€ para a repavimentação pós saneamento. Adianta ainda que foi conseguido o fornecimento de 15000m2 de betuminoso para outras ruas da freguesia. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Coloca á votação tendo sido aprovado por unanimidade. PONTO SEIS – Apreciação e ra.ficação do protocolo de delegação de competências da Câmara Municipal de Leiria para o alargamento da Rua de S. Guilherme na Magueigia PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Des.na-se ao alargamento da estrada da Magueigia, a seguir ao Café Russo, consiste na demolição e reconstrução de parte de uma garagem, já executado, mas que formalmente tem de ser aprovado nesta assembleia para poder ir á assembleia municipal para a ra.ficação e pagamento no valor de 7890€. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA - SR. ANTÓNIO RODRIGUES Coloca á votação tendo sido aprovado por unanimidade. PONTO SETE – Apreciação e ra.ficação do protocolo de delegação de competências á União Despor.va da Serra para execução de obras no Parque Despor.vo da Portela


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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Explica que esta proposta, se des"na a colaborar na liquidação do deficit que a UDS demonstrou em assembleia geral, resultante do inves"mento de cerca de 2.500.000€, efectuado em instalações despor"vas e de lazer, no parque despor"vo desta freguesia, dos quais falta pagar 150.000,00€. Informa que na qualidade de presidente da Junta, assumiu o compromisso público de propor á assembleia de freguesia, a aprovação de um apoio por parte da Junta de Freguesia, no valor equivalente a um lote do loteamento da Fazarga. Sublinha ser do conhecimento geral, que é intenção da Junta aplicar parte das receitas desse loteamento na aquisição de terrenos junto á associação da Loureira, contribuir com uma parte das receitas do FFF para a aquisição do terreno do futuro quartel dos bombeiros e, para o caso da União Despor"va da Serra, com obra feita na nossa freguesia ao serviço da população, é justo que também seja apoiada. Propõe com este protocolo atribuir, exclusivamente para pagamento de obras realizadas, o valor de 40.000,00€, pago com receita proveniente da venda dos lotes. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Não havendo mais intervenções, e após esclarecimento da Junta de freguesia ás observações suscitadas sobre a forma e efec"vo des"no deste apoio, reafirmando que as transferências serão feitas á medida que os lotes se forem vendendo, e que está salvaguardado no protocolo que se des"nam ao pagamento das obras e não á despesa corrente da União Despor"va da Serra, foi posta á votação tendo sido aprovada por unanimidade. PONTO OITO – Discussão e ra"ficação da deliberação da Junta de Freguesia, solicitando a desanexação da rua da serração nos Olivais, do domínio público municipal. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Informa que a Junta de freguesia reuniu com varias en"dades, peritos em segurança rodoviárias, e com a Estradas de Portugal, recolhendo a opinião unânime de que a Rua da Serração nos Olivais não oferece condições de segurança para quem nela circula em toda a sua extensão, e nomeadamente nos acessos ás estradas nacionais. A Junta pretende iniciar um processo de forma clara e responsável, começando com a votação nesta assembleia e, só com esse mandato, irá promover reuniões com todos os habitantes dos lugares interessados e, só com a aprovação maioritária, irá propor a intervenção da Câmara Municipal, só com a autorização desta Assembleia é que o processo será iniciado. Sublinha que só desta forma fica com a consciência tranquila perante a ocorrência de acidentes nesse local. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Esclarece os presentes sobre a interpretação do verbete apresentado, que é simplesmente o primeiro passo legal, para a resolução dos perigos para a circulação naquele local, sendo a solução a adoptar discu"da e decidida com a população. Não havendo mais intervenções sobre o assunto foi posta á votação, registando-se 4 votos favoráveis do PS, 1 abstenção do Sr. José Neves e 4 votos contra do PSD, sendo aprovado por maioria com o voto de qualidade do Presidente da Mesa. PONTO NOVE – Apreciação e parecer sobre o documento da Junta, propondo uma discussão pública, sobre a necessidade de ser pensada uma “orientação estratégica” de futuro, para a freguesia. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Afirma que tem sido preocupação desta

Junta, de há dois anos para cá, a situação do PDM, da Zona Industrial, da reorganização do território, do aumento da área de construção da freguesia, das acessibilidades, das condições de vida e mobilidade na nossa freguesia, etc. Têm sido feitos esforços no sen"do de mobilizar técnicos do PDM e do Ordenamento do Território para melhor reorganização da freguesia, não tendo conseguido qualquer fruto até esta data. Nas abordagens, a Junta é permanentemente ques"onada sobre a existência de indicadores concretos, que não existem, daí a inicia"va dos inquéritos aos industriais e á população em geral. Perante isto e porque este execu"vo não se resigna perante as dificuldades, chegámos á situação em que é necessário compilar dados, e par"r para um estudo sério e objec"vo da freguesia que consiste na definição de um Plano Estratégico de Desenvolvimento para Santa Catarina da Serra no médio e longo prazo. A Junta pretende com este documento, iniciar um processo de discussão pública envolvendo todas as forças da freguesia, para pensar o caminho a longo prazo, começando nesta Assembleia com o compromisso das forças polí"cas em abraçar um “pacto cívico” para o futuro. Apresentou uma proposta de trabalho, proposta por técnicos especializados, que a Junta adoptará caso seja aprovada por unanimidade nesta Assembleia, Trata-se de verbas que a Junta vai gastar, e deverá ser uma ferramenta de orientação estratégica, para u"lizar durante muitos anos, qualquer que seja a “cor par"dária” do execu"vo. Propõe, como condição para avançar com o processo, para além da aprovação unânime, a assinatura por todas as forças poli"cas de uma carta de compromisso, como garan"a de aplicação e respeito pelos resultados ob"dos. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Sublinha o desafio e o repto que o Presidente da Junta aqui deixou e, não havendo questões sobre o assunto, colocou a proposta á votação tendo sido aprovado por unanimidade. PONTO DEZ – Apreciação do relatório de ac"vidades da Junta de Freguesia referente ao segundo trimestre de 2008, e do resumo financeiro na presente data. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Começa por manifestar descontentamento e repúdio, pela forma como alguns membros da Assembleia comentam e se pronunciam fora dela sobre a actuação do execu"vo, fazendo circular a ideia de que esta Junta apenas está a executar acções já iniciadas no mandato anterior. De facto, a capela da Quinta do Salgueiro estava em conclusão, a feira da Loureira "nha um projecto que, foi melhorado com novos acessos e o regulamento também foi aprovado por esta Junta. O fecho das escolas da Quinta da Sardinha e dos Olivais sem condições para funcionar, foram resolvidas por nós, a organização do fes"val dia Chícharo associado ao dia da Freguesia foi desta Junta, o projecto do Centro Cívico está em execução e nunca foi pensado no anterior execu"vo, a dinâmica envolvendo a comunidade na abertura de ruas e caminhos e outros projectos da freguesia, é desta Junta. A introdução na freguesia do rigor e das decisões com tratamento igual para todos, aconteceu neste mandato. Desafia a Assembleia a apresentar propostas alterna"vas, para melhorar o serviço á população que é sem dúvida o objec"vo de todos nós que fomos eleitos. Sobre a ac"vidade da Junta nos úl"mos meses, salienta o inicio da preparação do fes"val gastronómico por estar já a um nível de muita responsabilidade, a organização do passeio Sénior e as reuniões com as associações no sen"do de auscultar os seus problemas, e a cons"tuição de uma en"dade

que represente todas. Con"nuamos a desenvolver o projecto, que iniciámos e propusemos ás freguesias vizinhas, para cons"tuição de uma associação de bombeiros comum ás quatro freguesias, que já esta formalizada e o terreno para o novo quartel comprado. Sobre o planeamento da freguesia, refere o início das obras no loteamento da Fazarga, início do alargamento do cemitério e o projecto para o desenvolvimento estratégico da freguesia. Con"nuaram as aberturas, os alargamentos e pavimentações de várias ruas. TESOUREIRO DA JUNTA DE FREGUESIA – SR. JOAQUIM PINHEIRO Comunica á Assembleia que a situação financeira da freguesia apresenta nesta data um saldo de 29.661,64€ resultante dos saldos bancários de 25.690,23€, dos protocolos a receber referentes a obras executadas e pagas no valor de 23.368,10€ e 19.396,69€ de contas a pagar. PONTO ONZE – Apresentação e discussão de outros assuntos de interesse para a freguesia. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – SR. ANTÓNIO RODRIGUES Ao abrir ao público presente a oportunidade de intervir na Assembleia, lembra que, apenas serão aceites assuntos de interesse para a generalidade da população e as intervenções, são á ordem do Presidente da mesa e precedidas da iden"ficação do interveniente. SR. MANUEL CARREIRA – morador na Caranguejeira Com a sua intervenção, interroga-se sobre a intenção em mexer com este assunto e refere que se trata de uma serven"a muito an"ga, e o que está mal naquele lugar é a serração, que não criou condições para trabalhar em segurança. Nestas condições não deveria ser licenciada e por tudo isso e porque passa nessa rua todos os dias, não concorda com seu encerramento. SR. DAVID MARCELINO DOS SANTOS – morador dos Olivais Afirma que sempre se lembra daquela serven"a, mesmo antes da instalação da fábrica que abusivamente tem vindo a dificultar a circulação inclusive com a instalação de uma balança em plena via. Reconhece interesse da fábrica em fechar a rua, mas não é mo"vo para privar a população dum bem público, pelo que não concorda com eliminação da serven"a. SR. CARLOS COSTA NEVES – morador dos Olivais Reconhece que aquela rua não tem condições de segurança principalmente porque nela circulam indevidamente, as máquinas da fábrica em laboração, sem respeito pelas regras da via pública. SR. JOSÉ CARLOS CAMPONÊS – morador nos Olivais Começa por referir que nada o move contra as pessoas da serração, e também não considera que se trate de um assunto intocável, mas estranha que a proposta apresentada á Assembleia pela Junta de freguesia, seja de desanexação e não de discussão do tema. Diz que as Juntas que têm estado há anos em funções, já deviam ter tratado o problema, e nunca o fizeram, o que faz com que as pessoas sintam que se trata de uma usurpação e que o infractor, que tem abusado do bem público, possa ser o favorecido no processo. Lembra que em reunião pública nos Olivais, a Junta referiu o problema propondo que o povo discu"sse e apresentasse uma decisão reflec"ndo a opinião da maioria, e com a presente proposta de desanexação, parece que a Junta não está tão desinteressada como devia. De facto a insegurança na rua é indesmenOvel, e o caminho é encontrar as soluções mais adequadas, através dum estudo sério, que organize essa zona em segurança. Se não for viável, admite a solução

úl"ma de re"rar o trânsito. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Admite que o processo podia ter começado doutra forma, mas reafirma que nenhuma posição será tomada sem aprovação maioritária da população, e o facto de estar a ser discu"do por tanta gente nesta assembleia, que é o órgão democrá"co por excelência, é prova da abertura e transparência que a Junta dá a toda a sua gestão. Serão convocadas reuniões no lugar com a presença de técnicos em segurança rodoviária para que as opções sejam tomadas com conhecimento e com respeito pelas opiniões de todos. Quanto á proposta aprovada, refere-se á desanexação do domínio público passando para o domínio privado, mas con"nua propriedade da câmara, e desta forma, fica resolvido o problema do trânsito e dos acidentes frequentes do conhecimento da Junta. SR. JOSÉ CARLOS CAMPONÊS – morador nos Olivais Solicita o esclarecimento sobre a construção da sede da associação de S. Miguel nos olivais, em execução num local onde nada se podia construir e que, diz a direcção, ser da inicia"va da Junta com dispensa de processo de aprovação. Pretende saber, se alguma coisa se alterou rela"vamente á possibilidade de construir no local e em que bases a Junta assumiu a responsabilidade da obra, porque não existe nenhuma decisão da assembleia-geral da associação sobre o assunto. Alerta com preocupação para a alteração de traçado que foi efectuada na rua do Pinhal e que, pelo estado do piso e pelo perfil, não permite a passagem de viaturas dos bombeiros a uma zona onde já houve incêndios e poderá voltar a haver. SR. JOSÉ GASPAR NETO – morador nos Olivais Intervêm para denunciar situações de abuso e ilegalidades na construção de muros nos Olivais, nomeadamente na rua da ponte que pede seja fiscalizada, e solicita da Junta de freguesia a indicação dos critérios usados para o licenciamento destas situações. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Sobre a associação de S. Miguel, há um protocolo com a Junta para construção de casas de banho e balneários de apoio aos peregrinos e, a Junta não se intromete na vida interna da associação nem na relação da sua direcção com os sócios. A Junta não tem conhecimento de que não se pode construir nesse local e, afirma, é dispensável o licenciamento para as pequenas obras de carácter social, mas foi dado conhecimento do processo á Sr.ª Vereadora Neusa Magalhães, porque a direcção da associação manifestou interesse em incluir um parque de lazer e sede social, que a Junta entende ser uma mais valia para o apoio á população e aos peregrinos. Quanto á rua do Pinhal, trata-se de um caminho florestal, foi feito pelos proprietários dos terrenos com conhecimento da Junta e reduz os prejuízos causados pelas terras arrastadas pelas águas das chuvas para as sarjetas. A Junta, em conformidade com os critérios que tem adoptado noutras situações, está disponível para colaborar no alargamento do caminho desde que haja a inicia"va

e apoio da população e o acordo de todos os proprietários. Em relação aos muros, esclarece que o primeiro critério é o licenciamento pela câmara Municipal e o segundo é o acordo com a Junta, respeitando rigorosamente as dimensões, os alinhamentos e as distâncias definidas. SR. JOSÉ CARLOS CAMPONÊS – morador nos Olivais Manifesta estranheza pelo comportamento da Junta no caso da associação de S. Miguel porque, se nos outros casos da freguesia, há apoio da população, aqui não existe consenso a que acresce a incorrecção nos procedimentos u"lizados. PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – LINO PEREIRA Refere que é o princípio da maioria e não do consenso que rege a gestão democrá"ca das ins"tuições e os sócios têm argumentos para dentro das colec"vidades, defender os seus pontos de vista. A Junta aceita a legi"midade das direcções democra"camente eleitas e não interfere no seu regular funcionamento. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – Sr. ANTONIO RODRIGUES Nada mais havendo a tratar, dá por finalizada a sessão, 2H38M após o início, agradecendo aos muitos presentes a par"cipação e a forma ordeira e respeitosa como a mesma decorreu, ordenando que se lavrasse em acta tudo o que de importante se passou, a qual vai ser assinada pelo primeiro secretário e pelo presidente. Santa Catarina da Serra, 26 Junho de 2007 O Primeiro Secretario Sandra Sofia Vieira Rodrigues O Presidente da Assembleia António da Conceição Rodrigues


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45º Aniversário e Inauguração do Núcleo Museológico e Etnográfico do Rancho Folclórico Foi com enorme alegria que o Rancho Folclórico de S. Guilherme concre zou, no passado dia 27 e 28 de Setembro, um sonho iniciado em 2001, quando a direcção, adquiriu a casa que agora se transformou no Núcleo Museológico e Etnográfico do Rancho Folclórico de S. Guilherme. Durante estes sete anos muitos foram os trabalhos de restauração e construção realizados na casa, desde paredes, madeiras, pintura, trabalhos em pedra, pedreiro…. As obras estão avaliadas em mais de 90,000,00 €, que só com a ajuda da população, empresas e en dades oficiais foi possível finalizar. O percurso do Rancho Folclórico de S. Guilherme durante estes 45 anos tem sido feito de muitos momentos altos, a comemoração deste aniversário foi mais um marco na história deste grupo, que tudo tem feito para dignificar a cultura popular das gentes de Santa Catarina da Serra e da Alta Estremadura. A comemoração do 45º aniversário teve início no dia 27, com uma sardinhada e uma noite de convívio entre an gos e actuais elementos e amigos do rancho, no entanto gostaríamos que mais pessoas vessem estado presentes, para uma noite animada. O dia 28 foi ponto alto das comemorações, com a celebração de uma missa de acção de graças, animada pelos elementos do grupo e toda a comunidade, onde Sr. Padre Mário referiu que a missão do rancho é muito importante e que “a população gosta do rancho”. Durante a tarde as comemorações con nuaram com a Inauguração e Bênção do Núcleo Museológico e Etnográfico do Rancho Folclórico de S. Guilherme, e muito nos honrou que es vessem estado presentes nas cerimónias o Sr. Lino Pereira, Presidente da Freguesia de Santa Catarina da Serra, o Dr. Victor Lourenço, vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Leiria, o Sr.

Padre Mário, o Presidente da Federação do Folclore Português Sr. Fernando Ferreira, o Sr. José Vaz, Presidente da Associação de Ranchos da Região de Leiria e Alta Estremadura, assim como alguns ranchos convidados e a população que connosco quis par lhar estes momentos tão felizes. Um dos momentos mais esperados da

posto algum do espólio adquirido pelo rancho durante os anos. A expecta va quer da população, quer dos elementos do rancho era grande, mas no fim as palavras de reconhecimento e entusiasmo são muito gra ficantes e encorajadoras para todos os que se esforçaram e dedicaram dias, meses e anos para que

P. Mário – Pároco de Santa Catarina da Serra “Está digna do passado que tem este povo” Vítor Lourenço – Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria “Esta é uma das mais representa vas culturas tradicionais da nossa região e das mais importantes que as nossas colec vidades fazem no nosso concelho” Fernando Ferreira – Presidente da Federação do Folclore Português “Para a comunidade, a importância da inauguração de um núcleo museológico é fundamental para a preservação do passado” A inicia va deveria par r do Governo no sen do de olhar, apoiar e reconhecer o Folclore Português.” José Vaz - Presidente da Associação de Ranchos da Região de Leiria e Alta Estremadura “É uma ac vidade notória e é assim que se deve preservar o passado” Lino Pereira – Presidente de Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra “ A freguesia está mais rica, são este po de projectos que tem que ser apoiados e dignificados”

tarde foi a visita ao Núcleo Museológico e Etnográfico, onde as pessoas puderam ver recriada uma casa caracterís ca dos anos 1920/50, com uma sala ou a chamada “casa de fora”, que tem um oratório, santos, o guarda - louça e uma arca, os quartos com as camas, o lavatório, o chote, o berço com o bebé a dormir, e no quarto da cozinha a máquina da costura, na cozinha para além da lareira, com a panela de ferro, está a cantareira com as louças e os cântaros, no cómodo está um tear, e a ordideira para preparar as meadas para o tear, a dobadoira, o sarilho e o caneleiro. Na adega para além do lagar com a vara, existem as vasilhas para o bom vinho. No pá o, é onde está ex-

tudo es vesse pronto no dia marcado. A tarde foi ainda animada pela actuação do rancho aniversariante, o Rancho Folclórico de S. Guilherme, o Rancho da Região de Leiria e o Rancho Folclórico “Rosas do Lena”, que também eles comemoraram este ano o seu 45º aniversário. Para encerrar este dia em grande, houve um jantar de aniversário com a presença dos elementos e familiares do Rancho Folclórico de S. Guilherme, en dades oficiais e representantes de colec vidades, e dos dois ranchos convidados. O Rancho Folclórico de S. Guilherme agradece a todos os que ao longo destes 45 anos tem contribuído para que as nossas raízes, cultura e iden dade não sejam esquecidas. Fazendo, no entanto, o apelo para que con nuem a apoiar a dar força ao Rancho Folclórico de S. Guilherme.

Páginas do Passado do nosso jornal Outubro de 1998 Foi com grande júbilo e alegria que a comunidade paroquial viveu a Bênção da Nova Casa Paroquial no passado dia 27 de Setembro. Depois da Missa par cipada por um grande número de pessoas, e onde o Sr. Bispo dirigiu algumas palavras como mestre na fé e felicitou a comunidade, não só pela obra concluída, mas pelo bom gosto de que está reves da e generosidade que exprime. Seguiu-se a bênção feita pelo pároco. Depois do Pároco ter agradecido sinceramente a todos os que, de uma forma ou de outra, se empenharam nesta obra. O presidente de Junta de Freguesia e a senhora presidente da Câmara de Leiria realçaram o espírito vivo e generoso

destas gentes da Serra e a evolução que esta terra tem vivido, mo vo de orgulho de que esta casa é um sinal. Depois da visita que todos puderam fazer à casa, o convívio prolongou-se, pois havia carne, pão e o necessário nto, oferecidos, condimentos que não devem faltar para uma tarde bem passada na confraternização e na alegria. Estamos todos de Parabéns.

Rita Neves

Bruno Lains – Rancho Folclórico “Está concre zado um sonho” André Ribeiro – Rancho Folclórico “A freguesia nem sabe o valor que está aqui” Diaman4no e Lúcia Gordo – Irmãos fundadores do Rancho Folclórico “Esta obra é evidente que é um dos meus maiores sonhos. Foi aqui que se fizeram os primeiros ensaios há 45 anos. Inicialmente começamos com crianças, 6 rapazes e 6 raparigas. (…) de todas as nossas actuações lembro-me da actuação no Teatro José Lúcio da Silva em Leiria, nas festas da Batalha, Hotel Liz entre outras onde actuamos em conjunto com outros ranchos. Actuamos também na Rebolaria – Batalha onde ganhamos um primeiro prémio.”


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INICIATIVAS SOLIDÁRIAS

OS VELHOS SINOS Recebi uma carta de uma assinante do nosso jornal e que perguntava porque é que os sinos velhos, agora colocados numa das entradas do Adro, foram re rados da torre da nossa Igreja aquando das obras de restauro. A sua re rada do local onde tantos anos serviram a comunidade não foi decidida de ânimo leve e deveu-se a dois factos: em primeiro lugar os sinos apresentavam grande degradação nos cabeçalhos de suporte e também nos ligamentos às campânulas; em segundo lugar os sinos não se conjugavam pois era cada um de seu tom e de sua época. Aliás na altura, o restauro dos sinos custava quase tanto como o carrilhão de seis que se facilitavam os toques e que davam para fazer melodias como por exemplo o hino de Santa Catarina que foi introduzido no toque das horas, que acabou por ser colocado. É claro que o seu som tão familiar, sobretudo para as pessoas de idade, veio recordar momentos e fez reviver sen mentos profundos que as marcaram ao longo da vida, e foi por isso mesmo que os sinos, monumentos históricos da nossa terra, foram colocados num local onde podem ser vistos e ouvidos por todos, e sobretudo são preservados como património para o presente e para o futuro. É provável que haja opiniões diferentes mas recordo que aquando da colocação do novo carrilhão, todos se alegraram, enquanto os velhos sinos ficavam à espera de uma oportunidade para voltar a cantar as alegrias ou a gemer as tristezas das nossas vidas. “Se aqueles sinos falassem” podiam repe r as melodias da alegria e louvor que a comunidade, todos os domingos, eleva ao céu, e confidenciar magoas e dores choradas diante do sacrário por tantos irmãos. “Se aqueles sinos falassem” podiam proclamar bem alto manifestações de fé feitas em tardes de Graça e podiam também chorar pecados e desgraças que observaram como espectadores discretos, nada pudessem revelar como se nada lhes pertencesse. “Se aqueles sinos falassem” podiam revelar-nos os mistérios da vida vividos pelos nossos ancestrais coetâneos que os descobriram nas lutas e esperanças nos trabalhos e alegrias duma peregrinação feita de persistência e fé. P. Mário

Vivemos o tempo da solidariedade par cularmente com os mais pobres entre os pobres. Também há pobres entre nós mas se pensarmos que criamos hábitos de consumo que não somos capazes de abandonar e que nos apertam o orçamento económico e fizermos bem as

contas, o que gastamos de supérfluo nesses caprichos chegaria para sustentar meia dúzia de africanos. Aliás, bastam pouco euros para fazer grandes obras e matar a fome a muitos irmãos que nem sequer tem orçamento para poder administrar. É nesta perspec va e respondendo ao convite de Jesus que nos diz “amai-vos uns aos outros

no cias de à 10, 20 e 30 anos da nossa freguesia porque o passado fez aquilo que somos hoje! Outubro de 1988 Uma Carta Assinada por uma leitora da Luz da Serra que muito veneramos, recebemos uma carta de que passamos a publicar uma parte: «É uma pena que no jornal não houvesse uma apelo às pessoas que ficam lesadas com a passagem da auto-estrada, mesmo dentro da freguesia, para que passasse mais nos baldios, sem fazer tanto estrago. Se há um meio de comunicação e sabe-se bem que é o jornal. Há sí os sí os por onde tem passado ou irão passar estradas e as pessoas

não se calam e tem-lhe valido a pena. Eu não falo pelo bocadinho que os meus pais me deram mas por todos aqueles, coitados, que estão a ser prejudicados por ela. Eles são engenheiros ou seja o que for, mas nós somos donos. Em desabafo meu; se for preciso mais alguma coisa…!»

como Eu vos amei” que surgiram duas inicia vas de solidariedade com os mais carenciados. Assim e tendo alguns membros da comunidade chegado ao conhecimento de uma escola, com cerca de 150 alunos, numa povoação do Togo, nha sido destruída por um temporal, lançamos uma campanha para angariar os 10 mil euros necessários para reerguer essa escola com outras condições. Lembrei-me que, há 6 anos foram precisos apenas 600 euros para construir uma casa para 16 raparigas sem família em Nampula e que esse dinheiro se conseguiu sem grande esforço e a casa se construiu para alegria de todos nós e para o bem-estar e crescimento dessas jovens. Um grupo de jovens já providenciou 600 euros numa pequena loja que foi feita na festa do coração de Jesus. Na festa do Chícharo estarão mais jovens com uma tasquinha que reverterá para esta inicia va e na catequese uma campanha de rifas que vai ser abraçada por crianças, adoles-

centes e catequistas, conseguiremos ter o necessário para que no Natal possamos oferecer a esses desventurados, a escola de que tanto necessitam para viver e crescer. Outra Inicia va muito bonita, e que está a ser aceite com grande entusiasmo e generosidade pelas crianças e adolescentes do agrupamento de escolas de Santa Catarina, diz respeito ao apadrinhamento de crianças de Cabo Verde que se encontram em ins tuições e vivem na pobreza e sem condições. São 10 euros por mês por cada criança apadrinhada e com a qual as turmas vão estabelecer uma relação de amizade e par lha através da comunicação, tão facilitada hoje. Que toda a comunidade apoie os jovens e as crianças sensíveis à situação de carência e dificuldade de outras crianças e cul vemos a solidariedade e o Amor Cristão, renunciando àquilo que é supérfluo.

Campanha de Solidariedade Mais uma campanha de solidariedade vai ser realizada na nossa freguesia com o objec vo de alcançar o valor desejado para a construção de uma escola no Togo – África. Con nuaremos com a tasquinha dos crepes no 3º Fes val “ O Chícharo da Serra” e com a venda de ( rifas) com a par cipação ac va dos centros de catequese da Freguesia. Contamos com a vossa colaboração e par(cipação.

Outubro 1978 • No dia 17 de Setembro, e num ambiente de festa foi inaugurado o Lavadouro do Tojal, velha aspiração das gentes da Magueigia. A Junta de Freguesia esteve presente. Embora com a colaboração da dita Junta de Freguesia, que pagou os materiais, a obra foi concluída graças à vontade férrea de alguns homens, de antes quebrar que torcer, que se agarraram de alma e coração a tal inicia va, que ao que parece sonhavam todas as noites com a fonte e o lavadouro do Tojal. Como era dia de festa, alguns dos presentes decidiram tomar banho ves dos. Enfim, louvado por muitos, cri cado por alguns, o lavadouro do Tojal é uma realidade. Pequenino, é certo, mas mais vale pequeno, que nada.

• Encontram-se pra camente concluídas as obras no Recinto Despor vo do Ulmeiro. O mesmo localiza-se junto do an go estádio das «Ratoinhas», e vai inicialmente servir de campo para a disputa dos encontros rela vos à série C do Campeonato distrital da 2ª Divisão em que intervêm a equipa de S. Guilherme. O Terreno foi cedido gratuitamente pelo Sr. José Pereira dos Reis (Zeca do Casal), que coadjuvado por vários homens do ramo do Ulmeiro e alguns emigrantes conseguiram levar a cabo tal tarefa. Se é para dignificação do Desporto, fomentar o convívio e aproximação dos povos, estamos inteiramente de acordo. De contrário, não. Pode haver rivalidades, mas… sobretudo, deve haver boas amizades.


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Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra - inicio do ano lec vo Rita Agrela mete ser de muitas ac vidades e ensino. Foi o primeiro dia de mais um ciclo de vida rodeado de amigos e pessoas capazes de Prof. de Português os preparar para o futuro.A escola apetrechou-se de duas dezenas de computadores portáteis, seis quadros interac vos e Uma sociedade em constante mudança coloca um vários computadores fixos. O LUZ DA SERRA foi para a escola e permanente desafio ao sistema educa vo. As TIC fez a seguinte pergunta: são um dos factores mais salientes dessa mudança acelerada. Consciente dessa mudança, a escola O que espera do impacto técnológico para o sucesso na aprendizagem dos alunos? tem sido capaz de responder e de acompanhar essa evolução. Em primeiro lugar, houve uma aposta no enriquecimento dos recursos informá cos (computadores, internet sem fios, quadros inLuís Godinho Ana Paula terac vos), através de uma boa gestão financeira Presidente do Conselho Professora de Matemá ca da escola e de projectos, que possibilitaram a aquiExecu vo sição desses materiais. Posteriormente, foi necessário desenvolver a tudes posi vas, numa perspec va de abertura à mudança e aceitação Estão criadas todas as condições para que os alunos tenham su- Os resultados já se estão a verificar, existe um plano de acção das potencialidades das TIC, por isso a escola processo. É nossa preocupação que todos os alunos passem pela para a Matemá ca em que estão a usar a tecnologia. SoLware moveu formação no âmbito da integração das TIC sala de TIC (tecnologia de informação) e fazer com que saibam específico de geometria ajuda a melhorar bastante a relação do no curriculum. Já anteriormente, e actualmente, manusear e u lizar o computador como ferramenta de trabalho. aluno com a disciplina. como prá ca corrente, u lizo as novas tecnologias Em termos de tecnologia, é nossa preocupação dar formação aos Dentro desse plano, existe uma sala denominada de MatCooll nas minhas aulas. Realizo fichas on-line, as quais encarregados de educação no sen do de educação pessoal no que se encontra em pleno funcionamento e que está aberta à os alunos podem fazer em casa, pois, apresentam seu dia-a-dia como do seu educandoem casa. A formação em hora de almoço onde estão permanentemente professores que a auto-correcção; o quadro inter-ac vo torna-se programas básicos como o Word, Excel, Access e Internet são podem ajudar os alunos através de jogos manipuláveis (xadrez, mais atrac vo, mais dinâmico, possibilitando a vientre outros) e interac vos a rar dúvidas ou aperfeiçoar cobastante importantes. sualização e interpretação de jornais on-line, texNo acesso aos computadores e nomeadamente à Internet, tudo nhecimentos. Os alunos podem também fazer os seus trabalhos tos diversos, imagens, a audição e visualização de é controlado desde o manuseamento do material bem como o de casa nessa sala de aula. entrevistas, etc. Outra estratégia que u lizo é a esacesso a sites na Web. No plano de aulas, os alunos cumprem à Anteriormente as aulas eram um pouco teóricas os que fazia cola virtual, da Porto Editora, cujas vantagens são risca todas as ac vidades inseridas no plano de aulas que é ini- com que muitos alunos perdessem o interesse pela disciplina, a mo vação, a autonomia e a facilidade de aprenmas actualmente com as novas tecnologias ca vam a aprendicialmente criado pelo professor. dizagem, uma vez que os alunos visualizam a maOs computadores portáteis são usados dentro da sala de aula e zagem no aluno através de exercícios. Os “applets” ( aplicações téria, através de uma série de recursos são u lizados frequentemente em disciplinas como Matemá ca, informá cas interac vas ) são muito u lizadas e proporcionam mul média. uma maior mo vação e interacção com o aluno. O sucesso nesta Físico-química e Línguas. Os alunos também podem fazer trabalhos de pesDos seis quadros interac vos existentes nesta escola, dois foram escola é de 93% a matemá ca. quisa, na aula, com os portáteis, seguindo as fornecidos pelo Ministério de Educação, enquanto que os res- A plataforma Moodle, disponível em hNp://stacatarina- orientações apresentadas numa webquest. Outra tantes foram adquiridos directamente por esta escola. Quanto à m.ccems.pt/ é um fórum online para expor dúvidas e par lhar mais-valia a que a escola aderiu foi a plataforma u lização destes quadros nas aulas, os alunos mostram-se mais conhecimentos. Os próprios alunos podem colocar questões moodle, onde tenho um sí o para pendurar masobre exercícios e os colegas de turma podem ajudar na sua rerecep vos no processo de aprendizagem. terial de trabalho e informa vo que disponibilizo Esta escola está também dotada de uma rede wirless ( rede de in- solução, isto estando cada um em frente a um computador com para os alunos, pais/encarregados de educação e ternet sem fios ) em toda o espaço circundante da escola. Atra- ligação a internet em casa. O professor tem acesso total ao colegas da escola. Esta plataforma permite tamvés do programa e-escola, todos os alunos do 7º, 8º e 9º ano de fórum e pode ajudar também na resolução e esclarecimento de bém ao aluno, a par r de casa, realizar as fichas, escolaridade poderão adquirir os seus próprios computadores dúvidas. Este é um projecto que está aberto à disciplina de Ma- ter acesso à matéria e rar dúvidas. Os portáteis portáteis. Brevemente o plano e-escola será alargado aos alunos temá ca e Português. O facto de usarem o fórum já é um bom também têm sido um recurso muito eficaz e mo princípio de interesse na disciplina. do 1º ciclo ( 1º, 2º,3º e 4º ano). vador para os alunos na realização de oficinas de escrita, no Estudo Acompanhado. A par das tecnologias da comunicação e informaA Opinião dos alunos quanto ao regresso às aulas ção, a escola também tem desenvolvido o Plano Fernanda Reis Nacional da Leitura, do pré-escolar ao 2º ciclo, e Auxiliar educa va da EBI Germano Lourenço no 3º ciclo, graças a um projecto elaborado pela 13 anos Biblioteca e o Departamento de Línguas, que pos7º ano sibilitou verba para aquisição de livros. Chainça Porque acreditamos que Ler é sinónimo de Saber Nota-se que eles ficam todos entusiasmados para ir para a sala “Os professores ainda não conheço todos, e temos plena consciência que Ler é também uma de aula quando esta é com os computadores portáteis. Eles estão mas os amigos são espectaculares” forma de Poder, a escola, e em especial a nossa bimuito mais mo vados, os portáteis não param de ser requisitablioteca, tem aderido a uma inicia va do Ministédos para a sala de aula. Compete-me a mim e às minhas colegas rio da Educação, “A Semana da Leitura”, des nada toda a gestão dos computadores portáteis, retroprojectores, ráa celebrar e incen var o prazer de ler entre criandios, livros de ponto e a respec va limpeza das salas de aulas. Luís Cristóvão ças e jovens, em par cular, e entre toda a comuTemos que ter bons conhecimentos dos planos e horários e salas 9 anos nidade educa va, em geral. Realizam-se de aulas para que nada falhe. Nesta escola os alunos estão sem4º ano exposições, leituras nas salas de aula, com a par pre ocupados, não há furos, pois há sempre professores para Loureira cipação dos pais/encarregados de educação, drafazer subs tuições. “Estou a gostar” ma zações, encontros com um escritor e Neste inicio de ano não há professores a faltar e está tudo a corcontadores de histórias e uma feira do livro. A birer dentro da normalidade. blioteca, de acordo com os seus recursos, tem promovido a leitura e o desenvolvimento das Jéssica Neves e Marina Pereira Nádia Reis literacias entre os nossos alunos, através da sua Alunas da EBI 14 anos página Web, do emprés mo domiciliário e da pro9º ano moção de concursos de escrita e de leitura. ConSanta Catarina da Serra “Com os computadores e quadros intudo, falta chegar à comunidade, à população em “Estou no 9º ano, já conheço pra caterac vos, as aulas são mais interesgeral, e para isso, era importante uma biblioteca mente toda a gente e está a correr santes, não são tão seca “ pública. bem” “ O fórum na internet é muito importante para os alunos” Nas nossas escolas do agrupamento, o ano escolar começou no dia 15 de Setembro. Para as mais de 600 crianças e jovens inscritas no agrupamento de escolas, das quais 356 estão na EBI de Santa Catarina da Serra, este foi o seu primeiro dia de aulas, reencontrar os amigos, as auxiliares e os professores. A euforia era visível dos que voltam à escola para mais um ano que pro-


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ALGUNS DOS JOVENS QUE ENTRARAM NA UNIVERSIDADE Agora caloiro, doutor no futuro? Nome: Sara Vieira Idade: 18 Localidade: Pinheiria Universidade: ISCAL – Ins tuto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa Curso: Gestão Nome: Vera Gaspar Idade: 18 Localidade: Gordaria Universidade: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Curso: Engenharia da Energia e Ambiente Nome: Valdo Rodrigues Marques Idade: 17 anos Localidade: Magueigia Universidade: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Curso: Ciências Farmacêu cas Nome: Inês Isabel Ribeiro das Neves Idade: 18 Localidade: Loureira Universidade: ISEG - Ins tuto superior de economia e gestão - Lisboa Curso: Matemá ca aplicada à economia e à gestão Nome: Andrea Guerreiro Idade: 18 Localidade: Pedrome Universidade: Universidade Católica Portuguesa - Lisboa Curso: Direito Nome: Marcelo Oliveira Brás Idade: 18 Localidade: Gordaria Universidade: Ins tuto Politécnico de Leiria Curso: Engenharia Automóvel

Nome: Carina João de Sousa Oliveira Idade: 18 Localidade: Pinheiria da Costa Universidade: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - Algarve Curso: Psicologia Nome: Mariana Oliveira Pereira Idade: 18 Localidade: Cova Alta Universidade: Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra Curso: Engenharia Civil Nome: Nísia João Santos Sousa Idade: 18 Localidade: Cercal Universidade: Escola superior de Educação de Coimbra Curso: Arte e Design Nome:João Pedro Ferreira Gonçalves Idade:18 anos Localidade:Vale Faria Universidade: ESTG - Leiria Curso:Engenharia Electrotécnica

CENTENAS PARTICIPARAM NO PASSEIO DO CORAÇÃO Foi a pensar na saude que se realizou no dia 21 de Setembro, e pelo quarto ano consecu vo o passeio do coração. Este passeio foi a cargo dos bombeiros e como a Associação de Bombeiros abrange as quatro freguesias, Santa Catarina da Serra, Chainça, Arrabal e Caranguejeira o evento foi alargado também as populações dessas freguesias. Com centenas de ciclistas inscritos, o passeio teve inicio pelas 9h30 em frente as actuais instalações dos bombeiros em Santa Catarina da Serra. No inicio do passeio todos foram adver dos para a segurança por Virgílio Gordo que deu as boas vindas a todos aqueles que se juntaram e uniram para ajudar os bombeiros da nossa terra. Loureira, Chainça e Arrabal foram as localidades de passagem obrigatórias e nesta úl ma estava previsto uma paragem para recuperar forças. A população da Chaínça e do Arrabal uniram-se e prepararam um pequeno lanche para todos os par cipantes. A equipa de BTT “Os Teimosos” acompanharam sempre o passeio e ajudaram a cumprir as regras de segurança aos mais distraídos. Caldelas foi o próximo ponto de paragem onde os ciclistas podiam relaxar um pouco. Mesmo em frente à Associação do Grupo Despor vo Recrea vo e Cultural de Caldelas, “Os Teimosos” aproveitaram esta paragem para mostrar a todos o que é ser um “Teimoso” descendo vários trilhos dentro do mato sob o olhar atento de centenas de pessoas. Entre novos e menos novos, entre bicicletas modernas e an gas “pasteleiras”, foi um passeio agradável e do agrado de todos os que par ciparam. Este passeio é aberto a todas as idades. Bruna Patrícia com apenas 7 anos, acompanhada pelo pai, conseguiu fazer todo o percurso. Já David Alves do Sobral e Agos nho Oliveira da Loureira, ambos de 65 anos, foram os mais velhos a dar uso às suas bicicletas. O centro da Caranguejeira foi um dos pontos de passagem obrigatória, com muitos populares a aplaudirem os ciclistas. O pelotão, em determinadas alturas chegou a ter mais

Festas S. Guilherme e S. Silvestre na Magueigia Os dias 13, 14 e 15 do passado mês de Setembro foram de festa para o ramo da Magueigia. As festas em honra de S. Guilherme e S. Silvestre são organizadas pelos residentes no ramo com as idades dos 25, 35, 45 e 55 anos. Estas festas foram um culminar de meses de preparação em conjunto, com a primeira reunião no mês de Abril. O momento alto foi a celebração eucarís ca presidida pelo P. Mário Verdasca, seguida de procissão e a tão aguardada bênção dos animais. A bênção dos animais foi em tempos muito presenciada e para muito proprietários na altura, era quase uma obrigação para que o animal vesse saúde e ficasse protegido o resto do ano. Presentes na bênção deste ano es veram animais domés cos como cães, gatos e aves com a única excepção da junta de vacas mirandesas do Rancho Folclórico de Santa Catarina da Serra com a sua recente cria e dois cavalos. Seguiram-se a venda dos andores e arraial. Há vários anos que as empresas da freguesia tem vindo a ajudar no almoço da segunda-feira, encaminhando os seus colaboradores a irem almoçar ao salão da capela de S. Guilherme, ajudando assim nas contas dos festejos. A organização agradece às empresas que colaboram no almoço de segunda-feira e a todos aqueles que ajudaram na organização dos festejos. “ Para a organização da festa foi

de 200 metros e comprimento. A subida bastante íngreme nos Olivais até aos Cardosos, foi claramente a prova de esforço mais diJcil do percurso. O passeio teve o seu término nos terrenos do futuro quartel dos bombeiros por volta das 12h30 com o almoço.

Uma das bicicletas mais velhas do passeio veio do Casal da Fartaria. A verdadeira “Pasteleira” conta já com cerca de 70 anos e não se negou a fazer o percurso.

Das en dades organizadoras que par ciparam neste evento, Lino Pereira destacou-se por ser o único presidente de junta a par cipar assim como VirgílioGordo, Presidente da direcção de Bombeiros que ia à frente no carro piloto e José Carlos, dinamizador do evento na freguesia da Caranguejeira.

compensatório, apesar do trabalho é sempre bom conviver” Festeiros 2008

Está na internet um vídeo resumo dos festejos que pode ser consultado em: hMp://br.youtube.com/watch?v=KQ_zwqBKyqw

Workshop de chocolate Dia 25|10|08 às 15 horas Venha aprender os passos básicos para a confecção e diversos formatos de chocolate com as mais diversas aplicações, que podem ser confeccionados para presentear amigos e familiares de forma original.

Inscrições e informações: São Vieira Tlm: 916 641 653 O workshop realizar-se-á com o número mínimo de 8 pessoas e máximo de 12.


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NOTĂ?CIAS DOS BOMBEIROS DO SUL DO CONCELHO DE LEIRIA As no4cias deste mĂŞs, rela vamente a esta associação, tĂŞm a ver como quase sempre, ou de agradecimento a um ou outro dona vo que a população vai fazendo, muitas as vezes anonimamente, ou Ă ac vidade que a associação vai mantendo no dia-a-dia. Em relação a dona vos, realce para os familiares de JĂşlia de Jesus Guilherme da Magueigia e para os que foram feitos aquando do passeio do Dia do Coração, destacando-se o balde de Adelino e O4lia Faria do Freixial – Arrabal. NĂŁo sĂł pelos valores, mas pelo signiďŹ cado que ambos veram. Quanto ĂĄ ac vidade, destaque para o “Passeio do Dia do Coraçãoâ€?, no qual par ciparam cerca de 300 pessoas e para a forma ordeira como tudo decorreu. Desde da organização (apoio logĂ­s co), passando pelo decorrer da prova velocipĂŠdica em si. Foi de facto, uma manhĂŁ e inĂ­cio de tarde de sĂŁ camaradagem e convĂ­vio, ďŹ cando ainda bem demonstrado o quanto os nossos Bombeiros signiďŹ cam para as populaçþes que compĂľem esta grande associação. Rela vamente a este mĂŞs de Outubro, serĂŁo os jantares nas freguesias vizinhas e o almoço jĂĄ no prĂłximo Domingo dia 12, a decorrer no salĂŁo paroquial a fazer com que seja mais fĂĄcil a trabalhar numa Associação que precisa sempre da toda a ajuda que todos possamos dar. No4cia tambĂŠm, o futuro quartel. Depois de jĂĄ ter sido implantado no terreno, ĂŠ desejo e convicção da direcção que por todo este mĂŞs se iniciarĂŁo as obras, com o movimento de terras e fundaçþes. Num futuro prĂłximo, a direcção irĂĄ contactar a população no sen do de a mesma poder ajudar na construção de uma obra, pela qual andĂĄmos anos ĂĄ espera. Agora que ďŹ nalmente ela se vai desenrolar, que todos estejamos disponĂ­veis para colaborar. Aqui ďŹ ca o pedido e a certeza que o mesmo serĂĄ atendido. VirgĂ­lio Gordo

ASSOCIAĂ‡ĂƒO HUMANITĂ RIA DOS BOMBEIROS VOLUNTĂ RIOS DE LEIRIA Inscriçþes para o Corpo de Bombeiros Se tens: Entre 17 e 35 anos Escolaridade mĂ­nima obrigatĂłria Boa condição Qsica e psĂ­quica Tempo disponĂ­vel para ajudar os outros Vontade para adquirir novos conhecimentos e experiĂŞncias Inscreve-te nos Bombeiros VoluntĂĄrios de Leiria de 1 a 15 de Outubro de 2008 nos quartĂŠis de Leiria, Monte Redondo ou Santa Catarina da Serra. Ser Bombeiro ĂŠ Ser Nobre! Ser VoluntĂĄrio de Leiria ĂŠ Ser Nobre e Diferente!

Festas em Honra de S. QuitÊria na Chainça

Agrupamento 1211 soma e segue! JĂĄ começou mais um ano escu sta! Foram muitos os que, renovando as suas inscriçþes ou manifestando-se pela primeira vez, se juntaram a este grupo. Formalidades Ă parte, jĂĄ começåmos a trabalhar: hĂĄ gente para integrar, projectos para elaborar, e muito escu smo para viver! Este ano, vimos ďŹ nalmente concre zada a vontade de estarmos todos reunidos, em instalaçþes bem ao jeito escu sta, e com espaço de sobra para arrumar todas as ferramentas e utensĂ­lios, e toda a boa tralha que temos vindo a acumular. Muito bem-vindos novos escuteiros, a esta famĂ­lia que tem tanto para vos dar! A verdade, ĂŠ que neste momento, precisa ainda mais de receber‌ Receber trabalho, esforço, dedicação e disponibilidade. Somos muitas crianças e jovens dispostos a dar o melhor, mas carecemos do nĂşmero ideal de chefes‌ E sĂŁo eles que orientem os nossos passos! Por isso, ďŹ ca o convite a todos os que quiserem juntar-se a nĂłs. O Escu smo trarĂĄ Ă s vidas dos que aceitarem o desaďŹ o, um sopro de juventude, de valores, de prĂĄ cas saudĂĄveis e de enriquecimento na fĂŠ. É com esta promessa que, neste inicio de ano, saudamos toda a comunidade, e nos disponibilizamos como BP sempre fez, a estar sempre alerta para servir!

No!cias da Junta de Freguesia Feira da Loureira A todos os que pretendam estar presentes na feira da Loureira para vender os seus produtos caseiros, existe um espaço reservado a este po de feirantes nĂŁo assĂ­duos ou ocasionais. Desta forma, e se pretende vender os seus produtos (galinhas, coelhos, bolos caseiros, etc. ) dirija-se Ă junta de freguesia diariamente no horĂĄrio das 9h Ă s 18h (sem interrupção para almoço) para que lhe seja atribuĂ­do um cartĂŁo e informar os produtos que deseja vender naquele espaço. Documentos necessĂĄrios: Bilhete de Iden dade, CartĂŁo de Contribuinte, uma foto e a lista dos produtos que deseja vender na feira. Pinheiria Alargamento de ruas e mudança de postes, e preparação da estrada para repavimentação. Loureira Pavimentação das ruas que foram alvo de intervenção do saneamento bĂĄsico Parque escolar ConclusĂŁo dos trabalhos no parques escolar, nomeadamente nos E D I T A L - NÂş 21/2008 ReuniĂŁo PĂşblica – Olivais Convida-se a população do lugar de Olivais/Vale Sumo a par cipar em reuniĂŁo pĂşblica a realizar no SalĂŁo da Capela do Vale Sumo no prĂłximo dia 18 de Outubro de 2008 Ă s 21.00 horas aďŹ m de ser discu da e votada a proposta aprovada na Assembleia de Freguesia de 26/06/2008 (desafectação do caminho pĂşblico, Rua da Serração em Olivais). Santa Catarina da Serra, 19 de Setembro de 2008 O Presidente da Junta de Freguesia

Foi no passado mĂŞs de Setembro que a freguesia da Chainça se reuniu para a Festa de S. QuitĂŠria nos dias 6,7 e 8. Coube Ă s suas gentes com as idades de 25, 35, 45 e 55 anos a sua organização. Preparada desde o mĂŞs de Março, estes foram uns festejos grandiosos que envolveram cerca de 30 pessoas na sua organização. A missa, no Domingo, foi presidida pelo P. MĂĄrio seguida de arraial, e venda dos andores. Segundo a organização, mais de um milhar esteve presente nos festejos, o que ďŹ cou dentro da expecta va da organização. Com a tradicional venda de rifas, quermesse e insuåveis, estavam criadas as condiçþes para que se pudesse fazer uma boa festa. No ďŹ nal, a organização mostrou-se bastante contente pelo decorrer dos festejos, pois decorreram sem incidentes. De forma a nĂŁo perder a fruto de tantos anos de festejos, a organização sublinha que ĂŠ necessĂĄria a intervenção de mais jovens e de mais pessoas para os festejos do prĂłximo ano. A organização agradece a todos os que colaboraram e ajudaram na realização dos festejos. JosĂŠ David jardins-de-infância da Loureira e dos Olivais. Recolha de Ă“leos Usados Depois do vidrĂŁo, do papelĂŁo e do pilhĂŁo, segue-se o oleĂŁo, um contentor u lizado na recolha de Ăłleos alimentares domĂŠs cos, que, quando lançados no meio ambiente, ou nas redes pĂşblicas de ĂĄguas residuais domĂŠs cas, podem provocar poluição do solo e da ĂĄgua. Este contentor vai ser colocado junto das arrecadaçþes desta junta ao pĂŠ do cemitĂŠrio em Santa Catarina da Serra. Programa “ Viver Melhorâ€? – inscriçþes gratuitas No âmbito do programa “ Viver Melhorâ€? estĂŁo abertas as inscriçþes para as pessoas seniores da freguesia de Santa Catarina da serra e da Chainça para a u lização das piscinas do complexo despor vo da UniĂŁo Despor va da Serra. Os interessados deverĂŁo dirigir-se Ă s respec vas Juntas de Freguesia. Este programa ĂŠ patrocinado pela Câmara Municipal de Leiria. CemitĂŠrio JĂĄ começaram a decorrer as obras de ampliação do cemitĂŠrio. Com a ajuda de uma grua, as paredes de betĂŁo foram colocadas de forma a delimitar a ampliação.

E D I T A L - NÂş 22/2008 ReuniĂŁo PĂşblica – Pedrome/Cova Alta Lino Dias Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra torna pĂşblico que se irĂĄ realizar uma reuniĂŁo pĂşblica no si o conhecido por CovĂľes (zona limite entre lugares), no prĂłximo dia 18/10/2008 Ă s 18 horas para: - DeďŹ nição dos limites e colocação de placa entre os lugares de Pedrome e Cova Alta. Convida-se Ă par cipação da população de ambos os lugares e outros interessados. Santa Catarina da Serra, 02 de Outubro de 2008 O Presidente da Junta de Freguesia

E D I T A L - NÂş 24/2008 ReuniĂŁo PĂşblica – Bemposta Lino Dias Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, torna pĂşblico que se irĂĄ realizar uma reuniĂŁo pĂşblica no lugar conhecido por Bemposta (junto Ă an ga casa dos cantoneiros) no prĂłximo dia 19 de Outubro, Domingo Ă s 9 horas, para discussĂŁo sobre a criação do lugar de Bemposta conforme deliberação da Assembleia de Freguesia em sessĂŁo de 22 de Setembro do corrente ano. Convida-se Ă par cipação da população do lugar de Bemposta arredores e demais interessados. Santa Catarina da Serra, 02 de Outubro de 2008 O Presidente da Junta de Freguesia

E D I T A L - NÂş 23/2008 ReuniĂŁo PĂşblica –QtÂŞ Sardinha (AnAga Escola) Lino Dias Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, torna pĂşblico que se irĂĄ realizar uma reuniĂŁo pĂşblica no lugar de QtÂŞ da Sardinha – an ga escola – no prĂłximo dia 17 de Outubro Ă s 21H30, para discussĂŁo sobre o ediQcio da an ga escola. Convida-se Ă par cipação da população do lugar de QtÂŞ da Sardinha e limĂ­trofes e outros interessados. Santa Catarina da Serra, 02 de Outubro de 2008 O Presidente da Junta de Freguesia

E D I T A L - NÂş 25/2008 ReuniĂŁo PĂşblica – ULMEIRO Lino Dias Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, torna pĂşblico que se irĂĄ realizar uma reuniĂŁo pĂşblica no lugar de Ulmeiro, na sede da associação local (ASSUL) no prĂłximo dia 20 de Outubro, segunda-feira Ă s 21 horas, para discussĂŁo publica sobre alienação de parcela de terreno baldio conforme deliberação da Assembleia de Freguesia em sessĂŁo de 22 de Setembro de 2008. Convida-se Ă par cipação da população do lugar de Ulmeiro e demais interessados. Santa Catarina da Serra, 02 de Outubro de 2008 O Presidente da Junta de Freguesia


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FUTEBOL DE FORMAÇÃO

por Virgílio Gordo Pode dizer-se que o mês de Setembro correspondeu às expecta vas, quer em termos culturais, quer despor vamente, par cularmente no que diz respeito ao futebol, embora o ciclismo também tenha do uma palavra a dizer. Se na cultura, foram as festas religiosas e a inauguração da Casa Museu do Rancho Folclórico de S. Guilherme, a levar a alegria e o convívio a quem nesses eventos par cipou, no desporto enquanto a União da Serra através da sua equipa sénior, defendeu o futebol, já o ciclismo através do Américo Vieira e sua filha Célia, ficou muito bem representado, pois ambos conseguiram várias vitórias nas provas em que par ciparam, sobretudo a nível regional. Também o “Passeio de bicicleta”, a assinalar o “Dia do Coração”, serviu para realçar que nem só o futebol existe na nossa terra. Ainda em relação a esta úl ma modalidade, registe-se o arranque da época despor va para o chamado “futebol de formação”. Com a chegada deste mês de Outubro, entramos no período dos meses de “Inverno”, sem os grandes pólos aglu nadores de pessoas, como são as festas religiosas, mas com várias inicia vas de maior índole associa vista. Assim, temos dois almoços de angariação de fundos. Já no próximo Domingo organizado pela associação dos Bombeiros e no Domingo seguinte, dia 19, organizado pelo Rancho Folclórico de S. Guilherme. A fechar o mês, será a festa da “Profissão de Fé”, úl ma festa religiosa do ano. No desporto, para lá da con nuação do campeonato da segunda divisão nacional, série C, terão início os campeonatos dos escalões mais COMUNICADO No seguimento de Assembleia havida no passado dia 1 de Agosto de 2008, somos pelo presente meio comunicar a V. Exas. os novos Corpos Sociais do Grupo Despor vo e Recrea vo de São Guilherme: Assembleia Geral: Presidente: Nelson Miguel Pereira Vieira Secretário: Roberto Filipe da Costa Lebre Vogal: Filipe Marques Pereira Gonçalves Direcção: Presidente: Aníbal José dos Santos M. Roque Secretário: Aníbal Frederico Rodrigues Pereira Tesoureiro: Augusto da Purificação Gordo Conselho Fiscal Presidente: Lino Filipe Neto Neves Secretário: Henrique Ferreira Capelas Vogal: José Carlos Marques Oliveira Departamento de Futebol Presidente: Nelson Gordo Lains Lopes Vogal: Carlos dos Reis Gordo Vogal: Ricardo Nuno Leal dos Santos

jovens, com excepção das Escolas e Escolinhas.

CULTURA Em relação a esta vertente tão importante no nosso quo diano, algumas palavras para a inauguração da Casa Museu do Rancho Folclórico de S. Guilherme e para a festa convívio “A Poia da Vaca”, organizada pelo Grupo Despor vo de S. Guilherme. Ambos os eventos, realizados curiosa e infelizmente no mesmo dia. Exis ndo como existe um calendário não só das ac vidades sócio, culturais, despor vas e religiosas, não havia necessidade de acontecerem estas simultaneidades, sobretudo ao nível do mesmo lugar ou Ramo. No entanto não deixaram ambas de ter a presença de muitos entusiastas par cipantes. Foi de facto uma tarde de alegria e convívio para quem esteve presente, quer no Ulmeiro, onde decorreu o evento bovino, quer na Magueigia, onde foi inaugurado o “Núcleo Museológico do Rancho Folclórico de S. Guilherme”.

Não fora a derrota já ao cair do pano do jogo com a Fá ma, e a UDS seria agora um dos líderes da sua série, conjuntamente com o Monsanto, também ele surpreendentemente guia isolado, após quatro jornadas. Apesar de faltarem muitas jornadas e como tal, exis ndo parcial ou total desconhecimento da grande maioria dos adversários, já deu para perceber que a equipa da UDS, vai ser uma das protagonistas na luta por um dos seis primeiros lugares da zona. Ora isto era extremamente importante, pois tal como na época passada, então na terceira divisão, os seis primeiros ficam a coberto de qualquer surpresa, quanto a descida de divisão, lutando inclusive pela subida.

No que diz respeito ao chamado futebol juvenil, concretamente ao sector de formação, todas as equipas dos respec vos escalões etários veram já o seu início de época. JUNIORES: 12 de Setembro. JUVENIS: 10 de Setembro. INICIADOS: 16 de Setembro. SUB/13: 23 Setembro. SUB/12: 29 Setembro. ESCOLAS: 2 Outubro. ESCOLINHAS: 6 Outubro.

Treinadores para a época 2008/09 JUNIORES Treinador: David Bento Treinador Adjunto: Vitor Bap sta JUVENIS Treinador: Paulo Dias Treinador Adjunto: Nelson Fernandes

Próximos jogos 5ª Jornada, no passado dia 5: UDS - Nelas. 6ª Jornada, dia 12: Praiense – UDS. (2ª viagem INICIADOS Treinador: Tiago Santos aos Açores). Treinador Adjunto: Vitor Rodrigues 7ª Jornada, dia 26: UDS – Tourizense.

SUB/13 Treinador: Na impossibilidade, por mo vo profissionais, do mister Roberto Santos assumir novamente o cargo, o Treinador para a nova época Campeonato Distrital Juvenis – Divisão de dos Infan s Sub/13 será o mister Marco Santos. Honra Treinador Adjunto: Dário Mariano. 1ª Jornada, dia 18: Portomosense – UDS. 1ª Eliminatória da Taça Distrital, dia 25. SUB/12 Campeonato Distrital de Iniciados – 1ª Divi- Treinador: Hugo Afonso Treinador Adjunto: Norberto Remésão – Zona Centro dios 1ª Jornada, dia 19: UDS, folga. 1ª Eliminatória da Taça Distrital, dia 26 ESCOLAS Treinador: Tiago Santos Treinador Adjunto: Hugo Henriques. Campeonato Distrital Juniores – Divisão de Honra 1ª Jornada, dia 18: UDS – Bombarralense. 1ª Eliminatória Taça Distrital, dia 25.

DESPORTO Campeonato Nacional da 2ª Divisão – Série C – 1ª Fase 2ª Jornada: Operário, 0 – UDS, 0. 3ª Jornada: UDS, 0 - Fá ma, 1. 4ª Jornada: Eléctrico Ponte de Sôr, 2 - UDS, 4.

União da Serra 0 - Fá6ma 1

O Campo da Portela registou a maior enchente de sempre para receber um derbi inédito entre a União da Serra e o C. D. Fá ma. Distanciados de apenas cinco quilómetros, os dois clubes viveram mais de 30 anos de história em comum sem registo de jogos oficiais. A separa-los dois distritos, dois concelhos e um passado despor vo construído em diferentes patamares do futebol português. A juntá-los a amizade com registo de vários jogos par culares, entre os quais o da inauguração do relvado da União da Serra. Vários espectadores presentes mostravam os cartões de sócios dos dois clubes e de coração dividido, acaba-se por se torcer pela equipa da terra. Com este jogo fez-se história pois o UDS está na mesma divisão do, até há bem pouco tempo, inacessível Fá ma. Foi um jogo de respeito mútuo e palmas para ambas as equipas.

32 Aniversário da União Despor6va da Serra Faça parte desta família no dia 31 de Outubro para o jantar convívio a realizar no nosso clube pelas 20h. para reserva contacte 916 940 601 - 244 741 624 Marco Santos

ESCOLINHAS Treinador: Vitor Rodrigues Treinador Adjunto: Tiago Pereira Coordenador Técnico: Marco Santos (916 940 601)

Com esta organização e com este planeamento, facilmente se pode calcular o trabalho que vem sendo desenvolvido não só neste sector concreto, como na vida despor va do clube unionista. De realçar ainda que todos os escalões têm um dos treinadores licenciado e outros a caminho de o serem, o que também abona rela vamente à formação a efectuar. UDS ADMITE Em relação ao Grupo Despor vo e COLABORADOR Recrea vo de S. Guilherme, vai par cipar uma vez mais no campeonato M/F distrital da primeira divisão, no escalão de juniores. O treinador con nua hOp://santacatarinadaserra.no.sapo.pt a ser o Nelson Lains, coadjuvado esta época pelo Lino Neves do Ulmeiro.

para mais informações


LUZ DA SERRA

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Com este trabalho de precisão não se pretende efectuar o estudo das áreas lacustres da Freguesia de Santa Catarina da Serra, uma vez que a temá ca foi desenvolvida no exemplar da Luz da Serra de Fevereiro de 2008, Ano XXXV, n.º 401, p. 10. Importa, portanto, apresentar um trabalho inédito. No ano de 1751, Luís Cardoso, padre, refere, no Dicionário Corográfico, do qual apenas se publicaram os dois primeiros volumes, que a Paróquia de Santa Catarina da Serra nha, no ano acima referido, apenas três lagoas. Deduz-se, assim, que a maior parte desses depósitos ar ficiais foram feitos na segunda metade de Setecentos e, principalmente, no século XIX. Em 1716, e não em 1712, como já se escreveu, o Auto de Demarcação dos Termos de Leiria e Ourém, cujo documento existe no Arquivo da Casa de Bragança, em Vila Viçosa, mostra que os depósitos ar ficiais, lagoas, existentes serviam de referenciais, ou pontos de referência, na demarcação das duas zonas administra vas concelhias. A 16 de Janeiro de 1716 cita-se, então, a lagoa de Pedrome, no local do actual Centro Cultural, onde exis a um marco cilíndrico, em calcário, posicionado no ano sobredito. A lagoa da Loureira, onde se localiza, com exac dão, o edi>cio da escola primária, 193066, e que serve, actualmente, de centro catequé co, no primeiro piso, e de casa mortuária, no résdo-chão. Junto foi colocado, em

2008

HISTÓRIA DA LAGOA DO BOI 1716, um outro marco, já desaparecido. Por fim, no mesmo ano, o úl mo ponto estava próximo da Lagoa do Boi, do lado do Oeste, facto que me leva a deduzir que o depósito ar ficial de água foi construído na segunda metade do século XVII, ou primeira década da centúria de Setecentos.

Fig. 1 Lagoa do Boi, referida em documento de 16 de Janeiro de 1716 (fotografia de 2.8.08, 14:29h). A Lagoa do Boi, na Loureira, nas coordenadas Norte 39º 38' 49,76'', la tude, Oeste 8º 42' 13,55'', longitude, e uma al tude de 369 metros, era fundamental no abastecimento de água às propriedades sitas nas imediações, incluindo elementos da Loureira, Chainça, na Freguesia de Santa Catarina da Serra, no Concelho e Distrito de Leiria, Fá ma, Concelho de Ourém e Distrito de Santarém, e, por fim, Reguengo do Fetal, Concelho da Batalha e Distrito de Leiria (fig.1). A Charneca da Loureira, na parte que interessa aos Santacatarinenses, caracterizava-se, assim como toda a Freguesia da Serra, pela produção cerealífera, nomeadamente milho e trigo. É desta forma que, ao longo do século XIX, devido ao rápido crescimento populacional

registado na Paróquia, se constroem novos depósitos ar ficiais de água. A Lagoa do Boi volta a ser importante no ano de 1899, a 7 de Agosto, quando se procede à delimitação das paróquias de Santa Catarina da Serra, Concelho e Distrito de Leiria, e de Reguengo do Fetal, Concelho da Batalha e Distrito de Leiria. Nesse ano, o marco que delimitava os Termos de Leiria e Ourém, de 1716, já não exis a. A Lagoa do Boi serviria, então, de ponto de referência, como refere Manuel Poças das Neves, em a Charneca do Algar d’ Água, entre aquelas duas áreas paroquiais. Contudo, a Junta de Paróquia de Santa Catarina da Serra exigiu que o marco fosse colocado a 250 metros para Oeste, na zona de Pedrinha Alçada. A Junta de Paróquia do Reguengo do Fetal não concordou, ainda que a distância vesse sido reduzida para 125 metros. O diferendo entre as duas administrações só ficou resolvido, como se pode observar em acta, a 11 de Maio de 1916, quando o marco foi colocado onde os Santacatarinenses o exigiam, a 250 metros a Oeste da Lagoa, no local de Pedrinha Alçada. A 15 de Junho de 1916 é criada a Freguesia de São Mamede. Em 1922, o Governo Republicano permite a repar ção de parte da propriedade pública, na posse das juntas de freguesia, pelos agregados familiares, através dos chefesde-família. As glebas seriam cul vadas mediante o pagamento de um imposto. Na aproximação à Lagoa do Boi, em alguns casos, nas estremas com as freguesias de Fá ma e de São Mamede, os baldios foram distribuídos, no sí o de Rel-

Poesia da Freguesia Nos amigos tentamos encontrar Uma nova família E com eles tentamos encontrar O lar que não vemos Para eles viramos a atenção E damos todo o nosso carinho Guardamo-los no coração Permanecendo para sempre no can nho Vamos criando ilusões E tentando conquistar Os seus corações Fazendo de tudo para os agradar Dando o nosso melhor Fazendo tudo o que pudemos Expandir o nosso amor Para receber o que mais queremos A retoma do que demos A retoma do amor

vacisacas, com os números 1, a Dâmaso José de Oliveira e 2, a José Ferreira. Em Outeiro Boleiros, a gleba 3 a Alexandre de Oliveira, 4, Teresa de Jesus, 5, Maria Inácia, 6, José dos Santos Guilhermino, 7, Joaquim dos Santos Silva, 8, Joaquim Pereira Craveiro, 9, Manuel Ferreira Filipe, 10, Francisco de Oliveira, 11, José Ferreira Fartaria, 12, José Francisco Vicente, 13, José Francisco das Neves, 14, Manuel Francisco Vicente, 15, Leocádio dos Santos, 16, José Ferreira Fartaria, 17, José Rodrigues dos Santos, 18, Francisco dos Santos, 19, António dos Santos, 20, Luís da Cruz Claudino, 21, Ana de Jesus, 22, Manuel dos Santos, 23, José de Oliveira, 24, António dos Santos Guilhermino, 25, Francisco Ferreira Fartaria, 26, Joaquim Alexandre de Oliveira, 27, Guilhermino dos Santos, 28, Ana dos Santos, 29, Maria Rosa, 30, António Pereira das Neves, 31, José dos Santos, 32, Manuel Rodrigues da Piedade, e 33, Filipe Pereira Craveiro. Nos Currais da Brígida, a gleba 34, a António Francisco da Silva, 35, António Vicente, 36, António Ferreira Fartaria, e 37, António das Neves Maia. No Curral do Frade, a gleba 39, a Manuel Pereira da Cunha, 40, Joaquim dos Santos, 41, António Ribeiro, 42, Faus no Alexandre de Oliveira, 43, José Ribeiro Neto, 44, Inácia de Oliveira, 45, João Pereira da Cruz, 46, António Francisco, 47, Maria Caetana, 48, Sigismundo dos Santos, 49, Manuel Carreira, 50, José Gonçalves das Neves, 51, Manuel Alexandre de Oliveira, 52, Manuel Vicente, 53, António das Neves, 54, Manuel Pereira de Oliveira, 55, Joaquim dos Santos, 56, Manuel de Oliveira, 57, António José dos Santos, 58, Inácia de Jesus, 59, Manuel Simão dos San-

Ser compensados pelo que fizemos Tentando afastar a dor Criamos um novo mundo Uma nova maneira de viver Que se desaba num segundo Deixando-nos sós e a sofrer

Vasco Jorge Rosa da Silva Bolseiro da FCT

tos, 60 José Rodrigues Ferreira, 61, António Alexandre de Oliveira, 62, José Pereira, 63, Luís Ribeiro, 64, José Vieira Várzea, 65, Maria Craveiro, 66, Joaquim Ribeiro, 67, Manuel Carreira, 68, José Francisco, 69, João Vicente, 70, Manuel dos Santos Silva, 71, Maria da Conceição, 72, Joaquina de Oliveira, 73, José Vieira Novo, 74, Alexandre dos Santos, 75, Manuel de Oliveira Bento, 76, Amadeu dos Santos, 77, José de Oliveira Dâmaso, 78, José Luís da Silva, 79, António de Oliveira Bento, 80, José Vicente, 81, Joaquim Caetano, 82, Anselmo dos Santos, 83, Joaquim Pereira Ma nho, 84, José Francisco Mateus, 85, Manuel Pereira Caetano, 86, António Gonçalves, 87, João de Oliveira, 88, Maria do Rosário, e 89, António Mendes. No local da Cova Moderna estava a gleba 90, de António Rosa, 91, José Francisco da Silva, 92, Maria dos Anjos, 93, José Pereira das Neves, 94, Francisco Alves Vieira, 95, José dos Santos Silva, 96, José Pereira das Neves, 97, António Gameiro, 98, José Pereira Craveiro, 99, António Rodrigues da Cunha, e 100, José Rodrigues Gonçalves. No sí o da Pia Charneca, a gleba 101 coube a Francisco das Neves e a 102 a Manuel Ferreira Fartaria. Por fim, em Pedras Moles, a gleba 103 ficou para Teresa de Jesus e a 104 para Francisco Pereira Moniz.

Casa do povo de Santa Catarina da Serra 2008/2009 Coro Viva Voz: A par r dos 15 anos Coro Infan l A par r dos 4 até aos 10 Estão abertas as inscrições durante o mês de Outubro para os coros.

Caídos na desilusão Perdidos no além Par dos no coração E perdidos sem ninguém

www.vivavoz.eu

Desesperados pela nossa vida Desiludidos pelo que fizemos Regressando á par da E perdendo todo o amor que demos Voltamos a ser um só Lutando apenas por nós Esquecendo o resto do mundo Que um dia nos deixou sós Anjo Negro

CONVÍVIO – 1957 Os (as) nascidos no ano da graça de 1957, pretendem realizar um jantar convívio no dia 15 do próximo mês de Novembro. Aqui fica o apelo a todos quantos queiram par cipar, que devem contactar os seguintes números de telemóvel: 916045309 – Virgílio Gordo. 962045246 – João Dias


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Este ano o Festival do Chícharo vai ser em grande...

Sudoku Ai!!! que me esqueci de semear os chícharos...

ilustrações: Zé Aurélio

O filho entra em casa a correr e diz: - Pai, o gato morreu! Foi atropelado! A irmã começa a chorar e sai da sala em grandes prantos. O Pai explica então ao filho: - Não é assim que se dá no?cias dessas, filho! Tens que preparar primeiro as pessoas. Por exemplo, não contas logo que o gato morreu. Se calhar dizes antes que o gato anda a subir muito ao telhado. No dia seguinte dizes que o gato anda a fugir muito para a rua. E depois, quando já toda a gente sabe que o gato anda a correr riscos, dizes finalmente que ele foi atropelado. Percebeste? - Sim. No dia seguinte, o miúdo entra em casa a correr e diz: - Ó Pai! Olha que a avó anda a subir muito ao telhado! **** Vai um idoso na auto-estrada quando a mulher lhe liga. -Sim? - Olha, querido, tem cuidado! Deu agora nas no?cias que vai um carro em sen do contrário! -Um?? Eles são às dezenas!!

12 - Passeio Motas An gas - PM Vale Mourão

26 – Profissão de Fé – Santa Catarina da Serra

- Almoço dos Bombeiros no Salão Paroquial de Santa Catarina da Serra

27 – União despor va da Serra - Comemoração do XXXII Aniversário

19 – Rancho Folclórico de S. Guilherme – Almoço – Angariação de Fundos

Agenda Outubro

Rir é o melhor remédio

Preencher os quadrados de 9x9 de tal forma que cada linha, coluna e caixa contenha números de 1 a 9 sem se repe rem

FAÇA / REGULARIZE A SUA ASSINATURA Como aconteceu na edição do mês de Setembro, o jornal LUZ DA SERRA foi distribuido gradualmente para toda a paróquia de Santa Catarina da Serra. A próxima edição, de Novembro, será a úl ma a ser distribuida a todos pelo correio. Quem desejar receber as no cias da nossa terra comodamente na sua caixa de correio, preencha o impresso abaixo e envie-o por email, fax ou correio.

Fenómenos da natureza O mês passado apresentamos um fenómeno muito raro, uma oliveira que dá figos, e este mês apresentamos uma couveira muito especial Esta couveira tem uma par cularidade “ Cada vez que tenho que lhe rar as folhas, tenho que ir buscar um escadote para lá chegar” diz o seu proprietário Armando Mendes do Sobral. Com 3,40mts de altura, Aramando Mendes afirma que “eu plantei-a em conjunto com muitas outras (…) e nada faço senão rega-la” Este é mais um fenómeno de registo e que o nosso jornal não deixou passar. Conhecer algum fenómeno, algo fora do comum? Comunique-nos por email luzdaserra@sapo.pt ou então ligue para 244 741 314.

Desejo receber comodamente no endereço que assinalo o Mensário Luz da Serra durante o periodo de 1 ano ( 12 edições ) Portugal 10 Euros - Europa 15 Euros - Resto do Mundo 20 Euros Nome: Morada: Localidade:

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LUZ DA SERRA

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última

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Este mês o Luz da Serra foi ao encontro de Roberto Carreira, natural da Chaínça. Este jovem encontra-se fora da freguesia já alguns anos e fomos tentar perceber o que o levou a tomar essa decisão. Luz da Serra: Como foi a tua infância e juventude na Chaínça? Roberto Carreira: Posso dizer que a minha infância foi um berço de ouro. Tive sempre uns pais que cuidaram de mim, os meus Tios como um amparo, o meu Irmão, primos e amigos para sustentarem o resto da minha vida e entre tudo isto, foram-me dando umas lições da importância que Deus tem na vida. Luz da Serra: Conta-nos um pouco do teu percurso escolar desde a infância até à úl)ma etapa dos teus estudos. Roberto Carreira: Talvez o caminho tenha começado no Jardim Infan)l da Chaínça, depois a Escola Primária, onde recordo com saudade o caminho que fazia de casa para a escola, onde a minha amiga Geraldine me acompanhava todos os dias. Seguiu-se o Colégio de S. Miguel, uma escola que transmite excelentes valores humanos e sociais aos seus alunos. Depois a jovem Escola Básica de Santa Catarina da Serra, onde es)ve 4 anos. Guardo para sempre aqueles momentos que ela me proporcionou e os amigos que conheci (mesmo aqueles que já par)ram), assim como as namoradas que lá )ve, que tanto embelezaram os meus dias e das quais gosto e preservo em mim! Iniciou-se um período numa casa muito especial, foi uma ponte na minha Vida, que fez a ligação entre a escola e a ida para a cidade do Porto. Foi a preparação para concre)zar um sonho. Foi um antes e um depois dos

meus 20 anos. Essa casa foi o... Santuário de Fá)ma, uma Universidade da Vida. Talvez Nossa Senhora me exigisse essa Licenciatura de 2 anos e 2 meses, que foi o tempo que lá permaneci! Já no Porto, 3 anos na Escola Secundária Alexandre Herculano e os Cursos de Massagem que tenho vindo a realizar. Agora num caminho um pouco diferente: Curso de Fisioterapia. Que ninguém me fale numa úl)ma etapa dos meus estudos, pois gostaria de ter a ambição e força, para estudar sempre!

Luz da Serra: Porquê massagista? Roberto Carreira: Quando era mais novo, minha mãe pedia-me para lhe colocar creme nos pés, por ter os seus calcanhares muito secos. Aquilo para mim era um bocado chato e aborrecido. Lembro-me que nunca me apetecia, enervava-me de fazer aquilo, mas depois passados cinco minutos, até se fazia. A minha mãe acabava sempre por me dizer: “Óh Beto, um dia vais abrir um Ginásio e vais fazer massagens!” então quando ela me dizia isto, ainda me enervava mais e dizia-lhe: “Cala-te, isso não tem nenhum jeito!” Mas hoje, a massagem é uma parte da minha vida, onde me quero especializar. Vá-se lá perceber, as voltas que a vida nos dá! Deus molda-nos ao longo dos tempos e “escreve direito, por linhas tortas”! Luz da Serra: Que )pos de massagens existem? Roberto Carreira: Existem muitos )pos de massagem e nomeá-las será um pouco aborrecido, mas cito uma frase que me lembro de ler: “massagem é algo que tu começas a aprender, mas que nunca termina! É colocar nas tuas mãos, todo o teu ser, toda a tua alma e as técnicas que u)lizares no corpo humano são a tua linguagem, pois ele exige muito respeito!”

Luz da Serra: Agora que te encontras no Porto, que melhores histórias recordas de estudante? Roberto Carreira: São os meus amigos terem-me tratado sempre bem e os meus professores terem )do a paciência comigo e darem-me um pouco de uma “mãe” ou de “pai” quando necessitava, no bem ou no mal!

Luz da Serra: Como ocupas os teus tempos livres? Roberto Carreira: Estudar! ( risos ) Luz da Serra: Projectos para o futuro? Roberto Carreira: Peço a Deus, que me mantenha no caminho do estudo, do trabalho e também da Oração, para que um dia possa servir o Povo dele! O meu Tio Joaquim Vicente sempre me disse: “Beto, Deus dá-te

Idade 24 anos Cor de Eleição: Azul Signo: Virgem

Um País... Qualquer um que tenha as escolas mais conceituadas em massagem como a Índia, Tailandia, Australia, Japão ou Inglaterra. tudo, desde que seja bom para ) e para os outros...” Luz da Serra: Apesar de te encontrares a viver no Porto, pretendes voltar para a Chaínça? Roberto Carreira: Voltar à Chaínça? Sempre... mas de visita! Gostava de ir pelo mundo em estudo, para que possa aprender muitas coisas e um dia poder fazer algo pela minha terra e pelas pessoas! Luz da Serra: Qual a tua opinião acerca da freguesia? Roberto Carreira: As pessoas nascem, partem, ficam, ausentam-se por momentos... é uma Freguesia em constante movimento, como o Mundo! Espero que seja uma freguesia com o pensamento nas crianças, a pensar na sua juventude, pois eles são a essência, o perfume, a esperança de tudo o que está para vir! Que preserve os idosos e os nossos pais!

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Rápidas

Nome: Roberto Carreira

Ao encontro de... Roberto Carreira

Miguel Marques


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