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O Espantalho Orgulhoso Conta a história que era uma vez um espantalho que estava num campo, espetado com uma estaca no chão e o seu trabalho era assustar os pássaros para que não comessem as sementes que ali cresciam. Era muito orgulhoso e presumido pois se achava muito importante e pensava que não precisava de ninguém. Quando ao seu lado passava algum animal, logo dizia: - Já reparaste como sou elegante? Certamente nunca viste um espantalho tão bem feito como eu? Mas todos iam embora sem dar atenção a tal orgulho e sem sequer lhe dirigir uma palavra. Uma vez viu uma águia voando no céu, chamou-a e perguntou-lhe: águia, de todos os espantalhos que já visto, eu sou o melhor, não é verdade? Ao que a águia respondeu: - É possível mas deverás agradece-lo a quem te fez assim. O espantalho irritado começou a dizer: - Eu não devo nada a ninguém! Se sou bonito e elegante é porque o consegui sem a ajuda de ninguém. Acontece que num dia de sol o dono daquele campo, sen ndo a força do sol foi rar o chapéu do espantalho para tapar a cabeça. A sua mulher que queria semear cabaças lembrando-se que a cabeça do palhaço era uma, foi ra-la e par u-a para re rar as sementes. O filho precisava de uma roupa para se disfarçar no Carnaval e aproveitou a do palhaço. E assim o palhaço que achava que não devia nada a ninguém ficou reduzido a nada pois tudo o que ele era, o era graças ao que outros lhe nham dado. É apenas a história de um espantalho que imaginamos a falar mas, a verdade, é que há por aí muitos espantalhos orgulhosos que acham que não devem nada a ninguém, espantalhos que não precisamos de imaginar a falar pois falam mesmo e dizem que são os melhores, que não tem pecados, que não precisam de ir à missa, que tem dinheiro para pagar...

M E NSÁ R IO DE SA NTA CATA R INA DA S E RR A - ABR I L 2 0 1 0 - 1 € P R EÇO D E C APA

Associações

Escuteiros festejam 13º aniversário Pág.9

Associação ForSerra tem nova direcção Pág.9

Psicologia

A escola, um local de medo Pág.7

Desporto

Ana Oliveira bate record’s nacionais Pág.13

Educação

Semana da Leitura Pág.10

História

Resultados laboratoriais das plantas fósseis da freguesia Pág.8

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Direcção da União Despor va da Serra pondera demissão Pág.11

con nua na Pág. 3

Pensamento do mês "Se quiseres que uma coisa se faça, encarrega-a a uma pessoa ocupada."

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Família Paroquial

3/4 - Lucas Ferreira dos Reis, filho de Vantuil Ferreira dos Reis e de Zilma Rosa Pereira dos Reis, com residência em Santa Catarina. Foram padrinhos: José Fernando Assunção Silva e Eulália Jesus Duarte Silva. 3/4 - Isabela Pereira dos Reis, filha de Vantuil Ferreira dos Reis e de Zilma Rosa Pereira dos Reis, com residência em Santa Catarina. Foram padrinhos: António Bap sta da Costa e Blandina Ferreira Mateus dos Reis. 3/3 - Mar m Ferreira de Sousa, filho de Paulo Sérgio Alves de Sousa e de Ana Cris na de Jesus Ferreira, de S. Romão, Pousos. Foram padrinhos: Luís Filipe de Jesus Ferreira e Sandra Maria Henriques Lopes 4/4 - Rodrigo Gomes Costa, filho de David Estrela Costa e de Sónia Margarida Pereira Gomes Costa, residentes em Quinta do Salgueiro. Foram padrinhos: Mateus Órfão Ferraz e Mariana Oliveira Pereira.

3/3 - Arlindo Oliveira Lourenço, casado com Idalina Ba sta Sousa Lourenço, dos Olivais, deixou este mundo ví ma de um acidente mortal, na juventude dos seus 36 anos de idade. 20/3 - João da Purificação Cruz, casado com Maria do Carmo Pereira das Neves Cruz, com residência na Loureira, faleceu em França aos 72 anos de idade e foi sepultado no cemitério de Santa Catarina no dia 25 de Março

Maria Bap sta N. 14-03-1916 F. 23-02-2010 Quinta da Sardinha Avó “Polícia”, era assim que eras carinhosamente conhecida pela família e até fora dela. Tiveste uma vida di cil no teu papel de esposa, mãe e avó mas conseguiste sempre ultrapassar tudo com a tua boa disposição. Onde tu estavas havia sempre mo vo para dar umas boas gargalhadas e assim espero que con nues alegre na paz do Senhor. Tiveste uma vida longa, foste sempre es mada e acarinhada por todos, pois eras uma mulher muito trabalhadora e honesta. Obrigado por transmi res esses bons exemplos. Par ste com 93 primaveras deixando 6 filhos, 13 netos e 17 bisnetos, mas con nuarás viva no nosso coração. Descansa em paz. Obrigado a todos os que es veram presentes e a acompanharam até à sua úl ma morada. Filhos e Netos

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“Augusto Gonçalves e Maria Inácia Lebre Gonçalves, a residirem na Magueigia, festejaram no dia 16 de Janeiro de 2010 as suas Bodas de Ouro. A cerimónia foi realizada na Igreja de Santa Catarina da Serra. Nesta festa de homenagem, foi predominante o sen mento de orgulho da sua família por esta longa prosperidade.” Nelson Lebre Gonçalves

Alcinda Inácio N. 07/10/1930 F. 18/02/2010 Chaínça Querida mãe, agora que par ste para um mundo distante do nosso, nos deixas numa grande tristeza. Mas sabemos que estás com Jesus. Com todo o amor e carinho que sempre te demos, despedimo-nos com muita saudade. Adeus querida mãe, até um dia. Hoje e sempre permanecerás nos nossos corações. Os seus filhos e marido agradecem a todas as pessoas que a acompanharam até à sua úl ma morada. Em par cular, não podíamos deixar de fazer um agradecimento especial às auxiliares de apoio domiciliário do Centro de dia de Santa Catarina da Serra, pelo profissionalismo, carinho e dedicação que sempre manifestaram durante a sua doença. Um muito obrigado. Maria Marques

Eduardo Pereira N. 28.06.1918 F. 02.03.2010 Quinta da Sardinha

Eduardo Pereira, viúvo de Maria Augusta Vicente da Quinta da Sardinha foi ao encontro do Senhor na idade dos 91 anos. Os seus filhos agradecem a todas as pessoas que o acompanharam à sua úl ma morada. Sua filha Ilda

No dia 19 do passado mês de Março, festa da solenidade de São José, o chamado “Dia do Pai”, foi um dia muito diferente não só para a Irmã Henriques da congregação das irmãs Doroteias, como para muitos dos seus familiares que se deslocaram á sempre bela cidade de Coimbra. De facto celebrar um data tão rica e bela, como são qualquer daquelas em que se celebram, 25, 50 ou 75 anos de vida em comum no caso da vida matrimonial, ou de vida religiosa para os (as) consagrados, não acontece a todos (as). Irmãos ou irmãs que dedicaram uma vida inteira ao serviço do Senhor e do próximo. Filha de Joaquim Henriques Júnior e de Emília da Encarnação da Magueigia, já ambos falecidos, a Irmã Henriques, nome pelo qual é conhecida na congregação, há 50 anos que entrou na casa das Doroteias no Linhó próximo de Sintra. Depois de volvidos todos estes anos, andando um pouco por todo o país e até por um país de língua lusófona, concretamente Angola, a irmã Conceição para os irmãos (as), a São assim carinhosamente tratada pelos sobrinhos (as), viu de alguma forma recompensada tanta labuta e canseiras, neste dia inesquecível, quer para si, quer para os que par ciparam nos festejos. Primeiro a santa missa, depois o almoço oferecido pela Congregação, seguindo-se um período só para si e para os seus convivas. Três irmãos e esposas, duas irmãs, 11 sobrinhos e duas meninas, segundas sobrinhas. Nesse período mais familiar, não faltou o bolo comemora vo da data, as prendas e diversas mensagens, em especial as do Santo Padre, Bispo e Madre Superiora das Doroteias. Parabéns! Obrigada Tia. Virigilio Gordo

José Henriques N. 07.07.1929 F. 19.02.2010 Bemposta José Henriques Gordo, da Bemposta e a residir em França, par u ao encontro do Senhor nos seus 80 anos. Sua esposa, Júlia da Conceição Gameiro agradece a todos o que o acompanharam à sua úl ma morada ou de que qualquer forma manifestaram o seu pesar. Veio a sepultar no cemitério de Santa Catarina da Serra.

Aos familiares destes irmãos apresentamos sen das condolências e deixamos a oração da esperança.

Foi no dia 16 do passado mês de Fevereiro, dia de Carnaval, que António Vieira Lebre e Maria Natália de Oliveira Gordo do Ulmeiro, festejaram com os seus filhos, familiares e muitos amigos convidados, essa data irrepe vel e tão bela dos 25 anos de matrimónio. Uma das horas mais significa vas, foi aquela em que decorreu a missa na nossa igreja paroquial, onde também foram recordados os 61 anos matrimoniais dos pais da esposa do António, Júlio Francisco Gordo e Celeste de Oliveira da Magueigia. Se 25 anos são uma data considerável, que dizer dos 61 anos. De facto contra tudo o que é a actualidade, ainda existe muito Amor. Assim todos o queiramos. Felizmente, ainda somos muitos que o queremos. Parabéns! Virgílio Gordo

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Foi no passado dia 24 de Fevereiro que Isidro Lopes de Oliveira e sua esposa Lúcia Nazária de Oliveira celebraram as suas Bodas de Ouro com missa celebrada na Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra. Seguiu-se um juntar junto dos filhos, netos e amigos que se prolongou até tarde com muita animação.


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Editorial

ALELUIA !!! CRISTO RESSUSCITOU !!!! ELE anunciou, prometeu que ressuscitaria ao 3º dia e cumpriu a palavra. “Ele é a Testemunha fiel” (Ap.1,5). Um dia “Ele transformará o nosso corpo á imagem do Seu corpo glorioso”(Filip. 3,21). “Seremos semelhantes a Ele porque O veremos face a face”(1Jo.3,2). A Ressurreição de Cristo é a garan a da nossa ressurreição futura. “Ressurgiremos como Ele”(Rm.6,5)."Vai chegar a hora em que todos os que morreram ressuscitarão; aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a glória mas aqueles que fizeram o mal (e não quiseram se arrepender) ressuscitarão para a condenação”(Jo.5,28.29). “O úl mo inimigo que nós venceremos é a morte”(1Cor.15,26). A nossa vida tem sen do. Criados para a vida divina. Pela sua morte, Cristo libertou-nos da morte eterna (condenação) e oferece-nos a libertação dos nossos pecados. Agora com a Ressurreição de Cristo podemos

realizar o grande anseio de todas as pessoas: ser feliz, ser livre e viver eternamente. Já podemos escolher sermos livres ou escravos; ser feliz ou infeliz; depende das nossas opções diárias.

Basta aceitar Cristo em nossa vida, tentar viver como Ele nos ensina e leváLO aos irmãos. “Segui sempre o caminho que vos indico e sereis felizes”(Jer.7,23). Por ocasião da Páscoa, a cada passo, recebemos e enviamos mensagens de Feliz Páscoa ás pessoas com

quem nos relacionamos. Os funcionários dos correios cansam de distribuir cartões de Boas Festas pascais. Mas será que os cartões de boas festas transmitem felicidade? Se assim fosse seria fácil ser feliz. A felicidade não cai do Céu, não se compra nos supermercados, nem nas farmácias, nem vem pelo correio. A felicidade não é ausência de dificuldades, não é questão de sorte, nem mesmo de saúde. Prazer e felicidade nunca foram sinónimos. O prazer é sensação sica. A felicidade está na Paz com Deus e com os irmãos; é fruto do perdão que recebemos de Deus e daquele que damos aos irmãos. Felicidade é viver em sintonia com Deus. A felicidade é o oposto ao egoísmo, ao edonismo, ao consumismo, ao imedia smo. O pecado é o maior obstáculo à felicidade; consiste em usar a liberdade para o mal. Pecar é fazer-se es-

P. Serafim Marques

cravo: “Aquele que comete o pecado, torna-se escravo do pecado”(Jo.8,34). “Não há paz para aquele que vive em pecado” (Is. 57,20) Há por aí muitas formas de escravidão: vícios, álcool, tabaco, moda, opinião alheia (moda) drogas e não só!... Páscoa é tempo de revisão de vida, de passagem de uma vida sem Deus a uma vida cristã coerente, autên ca. “Se ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus…”(Cl.3,1). Desejo a todos os leitores da Luz da Serra e a todos os amigos uma Páscoa Feliz em Cristo Ressuscitado.

pagar tudo, etc. etc. Espantalhos que gostam de dar nas vistas, que escondem o vazio do coração pois lá está pouca coisa para além da presunção e do inchaço do orgulho. Vemo-los por aí insensíveis aos problemas dos outros e alheios a tudo aquilo que são serviços comuns e responsabilidades comunitárias. Muitas vezes devem mesmo muito aos outros e devem tudo a Deus, mas o seu Eu é tão grande P. Mário de que não vêem mais nada. Almeida Verdasca O fenómeno do espantalho de carne e osso está cada vez mais em voga e aparece constantemente na televisão reves do de uma indumentária muito burocrá ca, gosta dos primeiros lugares nos banquetes, nas festas e nas visitas de estado. Não percebe nada das Bem-aventuranças pois tudo o que tem é mérito próprio e nunca ouviu falar de serviço e gratuidade. Rico avarento que nem sequer se dá ao trabalho de olhar o pobre Lázaro que geme à sua porta e até os cães vêm lamber-lhe as feridas. Os mistérios do coração são-lhe completamente alheios pois só se preocupa com a sua aparência exterior. Mas de quem estou a falar? Estou a falar de e de mim que temos um pouco ou um muito de espantalho. Mas a Páscoa do Senhor vem dar corpo à verdade de mim e de . Basta que lhe abramos o coração, de palha ou de farrapos moldado, que Ele dar-nos-á um coração sensível, humilde com os humildes e pobre com os pobres, um coração reconhecido aos que nos servem nem que seja para termos um pouco de pão na mesa, e a Deus de quem tudo, mesmo tudo, nos vem. Precisamos dos outros nem que seja para dizer que estamos felizes contentes e para olhar o espelho daquilo que nós somos. "Se hoje ouvirdes a voz do Senhor não fecheis os vossos corações"; "Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra"; "A quem iremos nós Senhor, só Tu tens palavras de vida eterna...".

Ano Sacerdotal

José Allamano… deu tudo pelo Evangelho José Allamano nasceu a 21 de Janeiro de 1851, em Castelnuovo d’ As , terra natal de S. João Bosco, diocese de Turim, em Itália. Durante alguns anos frequentou o colégio dos salesianos, onde teve os primeiros contactos com um missionário, regressado da E ópia. Entre 1866 e 1873, frequentou os cursos de Filosofia e Teologia, no seminário de Turim e no dia 20 de Setembro de 1873 foi ordenado sacerdote. Em 1880 foi nomeado reitor do Santuário de Nossa Senhora da Consolata, em Turim. E ali começou os prepara vos para a fundação do Ins tuto Missionário da Consolata, que se deu em 29 de Janeiro de 1901. Em Maio de 1902 envia os quatro primeiros missionários da Consolata para o Quénia. No dia 29 de Janeiro de 1910 fundou o Ins tuto

das Missionárias da Consolata e em Novembro de 1913, partem as quinze primeiras missionárias da Consolata para o Quénia. Os Missionários da Consolata chegaram a Portugal, a Fá ma, no dia 10 de Junho de 1943. No dia 16 de Fevereiro de 1926 faleceu e a sua bea ficação aconteceu no dia 7 de Outubro de 1990, pelo Papa João Paulo II. José Allamano como formador de candidatos ao sacerdócio dis nguiu-se pela firmeza de princípios e pela suavidade com que exigia a respec va aplicação. Desde a sua nomeação de reitor do Santuário de Nossa Senhora da Consolata, em Turim até à sua morte, todas as suas ac vidades se desenvolveram em torno deste santuário mariano da arquidiocese. Mas, além desta responsabilidade, também era reitor do Santuário de

Santo Inácio, onde nha anexa uma casa de re ros. Aí, ele viu um lugar privilegiado para a formação de sacerdotes e leigos. Este zeloso padre, directamente ou indirectamente, além do que já foi dito, ainda se ocupava de muitas outras ac vidades apostólicas. E foi nesse seu grande espírito apostólico que assentou a mo vação profunda da fundação dos Ins tutos Missionários. A sua frágil saúde não lhe permi u ir para as Missões. Daí que ele tenha afirmado: “ Não tendo podido eu próprio ser missionário, quero que aqueles que alimentam esse desejo não sejam impedidos de seguir tal caminho”. José Allamano esteve sempre muito atento aos seus missionários e missionárias. Dispensou os cuidados mais assíduos, através de contactos pessoais, cartas e encon-

tros de formação. Convencido de que à missão se deve dar o melhor de si mesmo, ele preocupava-se mais com a qualidade do

que com o número. Queria evangelizadores preparados, mulheres e homens zelosos a ponto de dar a vida pela causa missionária. O

seu lema era: “ Primeiro santos, e depois missionários”. Dizia ele: “ Na qualidade de missionários e missionárias, é-vos proposto o ideal de serdes não apenas santos, mas santos em grau superla vo. Tal é a finalidade da vossa vocação, o meio prioritário de apostolado. A vossa san dade deve ser especial, até mesmo heróica e, por vezes, extraordinária a ponto de fazer milagres. É preciso ter san dade. Estaria muito enganado quem dissesse: “ Vim para me fazer missionário e chega”. Não, não chega nada! Missionários e missionárias, sim, mas santos”. No seu testamento, deixou escrito aos seus missionários e missionárias, palavras de encorajamento. Manifestou todo o seu apreço, referindo: “ Vivi para vós tantos anos e por vós consumi os meus bens, a saúde e a vida. Agora, ao morrer, espero tornar-me vosso protector no céu”. Fernando Valente


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Páscoa na nossa Igreja A celebração do tríduo Pascal na nossa Igreja foi muito viva e concorrida na nossa Igreja este ano, como aliás nos anos anteriores. Este ano foi notória a presença de algumas pessoas de fora, sinal de que as celebrações são a resposta para os anseios de estarmos unidos a Jesus nestes dias grandes da nossa salvação. Que vejamos neste facto um chamamento não só para não desperdiçar estes dons que Deus nos oferece e também um convite ao compromisso na envolvência da animação e a corresponder da melhor forma. Seria bom que estes dias, em vez de serem de fé-

rias e de agitação que cansa, fossem de calma, paz e união na oração que nos proporcionam. Na 5ª feira e celebração da úl ma ceia do Senhor, com a ins tuição da Eucaris a e do Sacerdócio, o celebrante lavou os pés a um grupo de jovens acólitos da comunidade lembrando as palavras de Jesus "dou-vos um mandamento novo, que vos ameis uns aos outros como eu vos amei". E um exemplo extraordinário de serviço

que é a vocação de todo o homem e mulher e par cularmente de todo o crente. Um gesto simples como o de Cristo que, feito pelo pastor da comunidade é o sinal do serviço que temos de prestar uns aos outros "como eu fiz fazei vós também". Na 6ª feira Santa a Via-sacra na rua, que envolveu o corpo, a mente e a vida de todos os que par ciparam com gestos e a tudes de coração foi uma caminhada bonita que até a chuva respeitou. Esta Via Sacra foi feita, há 15 dias por 45 utentes do nosso Centro Social. Na Igreja a celebração da Cruz não foi de sen menta-

lismos mas de louvor a Cristo pelo amor com que nos amou e de súplica para que nos ensine a amar com um amor assim. No Sábado a vigília Pascal foi de alegria e proclamação da grande verdade que abre caminhos de esperança para toda a humanidade "Cristo ressuscitou verdadeiramente" e de reviver e renovar o bap smo como dom que nos leva com Jesus até à vida eterna.

Os Papas Peregrinos de Fá ma Em ambiente de festa e de esperança, Portugal prepara-se para receber a visita do Santo Padre Bento XVI, de 11 a 14 de Maio. O Papa será recebido em Lisboa, em Fá ma e no Porto. Na primeira Nota Pastoral a propósito desta visita, divulgada a 6 de Outubro de 2009, a Conferência Episcopal Portuguesa sublinhou que “o Santo Padre vem, essencialmente, como peregrino de Fá ma, onde encontrará uma expressão viva de todas as Igrejas de Portugal. (…) Quando o Papa se faz peregrino, na qualidade de Pastor universal da Igreja, é toda a Igreja que peregrina com ele. Por isso, esta sua peregrinação reveste um grande significado pastoral, doutrinal e espiritual”. Bento XVI pretenderá, tal como fizeram os seus antecessores, visitar este santuário para deste lugar, peregrino entre os peregrinos, falar ao mundo. Recordemos algumas das anteriores visitas papais ao Santuário de Fá ma. “Homens, sede homens!” Paulo VI empreendeu a primeira visita de um Papa a Portugal, em Maio de 1967, no cinquentenário das aparições de Nossa Senhora aos videntes Lúcia, Francisco e Jacinta. Dois anos antes, a 13 de Maio de 1965, este Papa havia enviado como legado Pon cio a Fá ma o Cardeal Fernando Cento para este entregar ao Santuário a Rosa de Ouro, expressão de par cular reconhecimento por serviços prestados à Igreja. Em Fá ma, a 13 Maio de 1967, Paulo VI anunciouse como “peregrino humilde e confiante” e teve como intenções dominantes da sua

salvífico de Deus para realizar a plenitude a que Ele nos chamou, Eu, Peregrino convosco dessa Nova Jerusalém, vos exorto, queridos irmãos e irmãs, a acolher a Graça e o Apelo que neste lugar se sente mais palpável e penetrante, no sen do de ajustarmos os nossos caminhos aos de Deus. Saúdo-vos a todos, amados peregrinos de Nossa Senhora de Fá ma, aqui presentes sica ou espiritualmente”.

peregrinação rezar pela “paz interior” da “Igreja una, santa, católica e apostólica” e pelo “mundo, a paz no mundo”. Da homilia da Missa do dia 13 ficou para a posteridade esta exortação: “Homens, sede homens. Homens, sede bons, sede cordatos, abri-vos à consideração do bem total no mundo. Homens, sede magnânimos”. Um agradecimento à Mãe celeste Após o atentado falhado de 13 de Maio de 1981, João Paulo II reteve uma convicção profunda, que testemunhou com as seguintes palavras: “Eu devo a minha vida a nossa Senhora de Fá ma”. Assim, um ano após esta data, em 1982, o “Papa de Fá ma”, como ficará para a história, peregrinou a este santuário mariano português. Na noite de 12 de Maio, pela primeira vez presente pub

na Capelinha das Aparições, João Paulo II sublinhou o mo vo da sua vinda ao país, que viria a repe r na homilia do dia seguinte e em muitos outros momentos: “(…) desde que se deu o conhecido atentado na Praça de S. Pedro há um ano, ao tomar consciência, o meu pensamento voltou-se imediatamente para este santuário, para depor no coração da Mãe celeste este meu agradecimento por me ter salvo do perigo”. Dez anos depois do atentado, em 1991, o Papa peregrino regressaria a Fá ma, após em 1984 ter pedido para lhe ser levada a Roma a imagem de Nossa Senhora de Fá ma entronizada na Capelinha das Aparições, para a consagração do mundo à Virgem. A 13 de Maio de 1991, em Fá ma, disse João Paulo II: “De coração profundamente comovido e maravilhado diante do plano criador e

“A expressão mais alta do reconhecimento de Fá ma por João Paulo II deu-se a 13 de Maio de 2000, com a bea ficação dos dois videntes mais novos e o anúncio da publicação da terceira parte do segredo”, considera Mons. Luciano Guerra, an go reitor do Santuário de Fá ma, em ar go publicado na “Enciclopédia de Fá ma” (uma edição Principia, Maio 2007). Nessa visita a Fá ma, além da oferta da sua jóia preciosa – o anel do “Totus Tuus” (todo Teu Maria) este Papa pediu que a imagem de Nossa Senhora fosse de novo a Roma a fim de encerrar o Ano Santo, na festa de Nossa Senhora do Rosário. Outro singular gesto da ligação deste Papa a Fá ma aconteceu quando João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fá ma bala que o trespassara em 1981. Esta bala foi no ano de 1989 encastoada na coroa preciosa de Nossa Senhora de Fá ma, que nha sido oferecida pelas mulheres de Portugal em 1942. LeopolDina Simões


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Estrada entupida com entulho Este cenário encontra-se quando se vai da Barreiria para o ponto mira (Arrabal) pelo pinhal. Quem por lá passar de bicicleta ou de mota aconselha-se a que saia do veículo se não o quiser levar às costas, porque no meio de tanto entulho espalhado no chão, desde telhas par das a blocos, simplesmente as rodas se rompem. Não sei como é que ainda existem pessoas com a mentalidade tão atrasada. ando_atento@hotmail.com

Tr3vo 4 Uma inicia va nacional. Limpar Portugal. Foi bonito ver algumas das pessoas da nossa freguesia organizarem-se e com muita força de vontade limparam o lixo que outros deixaram nas matas da freguesia. O tempo não ajudou a esta inicia va nobre, mas nem mesmo assim as pessoas desis ram e a mo vação con nuou. Os meios disponibilizados pela população e empresas foram certamente um grande auxílio ao re rar toda a porcaria que tantos irresponsáveis santacatarinenses (ou não) lançam nas matas da minha, nossa freguesia. É verdade que a nossa freguesia é bastante fus gada pela peregrinação que tantos portugueses fazem até ao Santuário de Fá ma e que apesar da sensibilização que tem sido feita através das placas verdes junto às estradas há muito quem suje. Mas não é correcto colocar todas as culpas nos peregrinos. Quem teve a oportunidade de passar junto ao Largo da Bemposta deu-se conta de muito ferro velho, pneus, entulho e outros monos. Os voluntários juntaram-se, e vamos ser realistas: Será que os peregrinos tenham vindo com pesos materiais tão grandes na sua peregrinação?

A meu ver esta realidade é tão simples mas cruel de se ver. Com tanta informação, como há pessoas que ainda não perceberam que deitar todos esses monos nas florestas não prejudicam a Natureza. Apenas estão a rar anos de existência à própria descendência. Seres não pensantes, não a ngem que foram recolhidas 8 toneladas de lixo pelos nossos escuteiros, familiares e outros amigos do ambiente. Também aos amigos dos voluntários que ofereceram a refeição desejada no fim de tarefa cumprida. A verdade é que há muito a fazer, mas o dia 20 de Março foi um bom começo. Mesmo assim é de salientar os voluntários que abdicaram da ro na dos seus dias e juntos fizeram da nossa freguesia e do nosso planeta um lugar mais saudável e bonito. Deixo aqui o meu apoio para que a inicia va se repita, nem que seja apenas só na nossa freguesia. “Se não queres limpar, faz o favor de não sujares” Quero mostrar também aqui o meu contentamento pela associação ForSerra ter uma nova direcção. Tive a oportunidade de presenciar a tomada de posse e gostei da equipa que a compõe. Desejo-lhes um bom trabalho. Leitor iden ficado

A experiência da viagem e a mensagem de Lourdes Saímos de Fá ma pelas seis da manhã, seguimos por Abrantes direitos a Vilar Formoso, Zona Centro. Éramos um grupo de dez pessoas que desejava conhecer Lourdes. Chegámos ao des no por volta das oito e meia da noite. Instalámo-nos e fomos repousar. O segundo dia foi o mais interessante para nós. E porquê? Porque fomos finalmente conhecer o santuário de Lourdes, e ainda fomos conhecer as três basílicas aí existentes. Uma delas era subterrânea e levava pelo menos 25 mil pessoas. Lourdes tem uma história parecida com as Aparições de Nossa Senhora de Fá ma aos Pastorinhos, ambas as histórias são eventualmente verídicas e baseadas em milagres, envolvendo crianças. Em Lourdes, Nossa Senhora da Conceição aparece várias vezes a Bernardete, a tal criança a quem Nossa Senhora aparecia, fazendolhe vários pedidos, nomeadamente: rezar pelos pecadores, beijar a terra com um acto de reparação dos pecadores, ir comunicar aos padres para fazerem uma procissão em sua honra e construírem também uma capela. Todo o povo dizia que Bernardete estava doidinha, pois ninguém acreditava nela sobre as aparições que nha visto. Na 14ª aparição, Nossa Senhora diz para que se faça florir a gruta. Na aparição seguinte, Bernardete deixa de ir lá por algum tempo. A 25 de Março, pela 4ª vez, Nossa Senhora diz: “EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÂO”. O padre Montpellier fica perturbado. A 7 de Abril, Bernardete não fica queimada nas mãos, com a chama de uma vela. Surgem várias conversões. A 16 de Julho en-

contra a Virgem pela 18ª e úl ma vez. Pouco tempo depois, o padre Perramal manda Bernardete para o internato de um hospício para evitar os curiosos. Começa um inquérito sobre os acontecimentos de Lourdes. O padre acredita na sinceridade dela. Em 1864 Bernardete entra na comunidade das irmãs da caridade e é admi da primeiro como postulante. Em 1866, a 13 de Julho, diz adeus às amigas e à família. Após relatar à madre superior o que aconteceu e dado o seu testemunho dedicase a uma vida de silêncio e começa a sua vida religiosa, primeiro sem trabalho nenhum específico, apenas a oração, depois numa enfermaria onde esteve doze anos. Em Março de 1869, depois de tanto sofrer de anemia, cai doente. O seu corpo foi exumado três vezes e depois de um inquérito con nuava ininterrupto. O seu corpo ficou sepultado na Igreja de Santa Gilda. Em 1873 foi bea ficada pelo Papa PIO XI. “Oração, penitência e pobreza” é a mensagem de Lourdes. “Temos de rezar pelos pecadores” dizia Bernardete, tal como a Jacinta. A oração na gruta, con nua com a visita dos peregrinos. A gruta é local de recolhimento e oração. Nossa Senhora não prometeu a felicidade neste mundo mas ra par do dos pobres. Bernardete era uma das filhas do meio de entre vários irmãos. Os pais eram moleiros e viviam com muitas dificuldades. A viagem de regresso foi mais rápida. Par mos às 4 horas da manhã e chegámos às 5 horas da tarde. Gore Lopes Vale Sumo

AMIGOS DA

LUZ DA SERRA Com uma nova gestão, torna-se necessário destacar todos os amigos do Jornal. A par r desta data tencionamos publicar aqui todas as ofertas (o pagamento das assinaturas não são publicadas) que chegam à redacção do Jornal. O Jornal agradece. Chegaram os seguintes dona vos ao Jornal: José Pereira Teotónio - Donairia - 5,00 € Isabel Pereira Gaspar - Canadá - 5,00 €

Jovens vão vigiar florestas durante o Verão São sete mil os jovens que este Verão vão vigiar as florestas contra os incêndios, inseridos no programa ‘Voluntariado Jovem nas Florestas’. Um programa que visa incen var a par cipação dos jovens na defesa da floresta e prevenção contra incêndios, com acções de sensibilização da população para comportamentos de risco, vigilância para detecção de focos de incêndio e limpeza do lixo nas florestas. Os jovens entre os 18 e os 30 anos vão andar de bicicleta, moto ou automóvel e integrar equipas em locais privilegiados para a observação das áreas florestais. O programa ‘Voluntariado Jovem nas Florestas’ foi apresentado pelo Governo na Tapada Nacional de Mafra, numa inicia va das secretarias de Estado da Juventude e Desporto e das Florestas e Desenvolvimento Rural, num inves mento de cerca de um milhão de euros.

Maratona do Centro faz circuito na freguesia A Associação de Ciclismo AirBike, dos Pousos, levou a cabo uma prova de BTT in tulada "Maratona do Centro", no passado dia 21 de Março. Esta prova passou na nossa freguesia, nomeadamente nos lugares de Barreiria, Pinheiria, Casal das Figueiras e Cercal. Cerca de 800 ciclistas par ciparam na prova da Airbike, incluindo vários elementos do grupo de BTT "Os Teimosos". Esta prova ficou marcada pela morte de um dos par cipantes. Nesta prova par ciparam mais de 800 atletas, que pela primeira vez contou para a Taça de Portugal de BTT.

Almoço do Rancho Folclórico O almoço decorreu no salão de festas de S. Guilherme, serviram-se cerca de 280 refeições, es veram envolvidas na organização cerca de 35 pessoas do rancho mais as cozinheiras, e parece que correu tudo bem, tendo decorrido com espírito de festa, caracterís co dos nossos elementos, e a opinião de quem veio almoçar foi posi va e garan ram que estarão no próximo.

Site da Freguesia O site da freguesia, com o endereço www.santacatarinadaserra.com, já se encontra a ser preparado pela ForSerra. Este será um site bastante abrangente contendo informações sobre todas as vertentes da freguesia, que irá desde a cultura, gastronomia, toponímia, passando pelo associa vismo e a paróquia. Actualmente já se encontra na fase de inserção de conteúdos o que se prevê que fique concluída para meados deste ano. Este será uma excelente ferramenta para conhecer a sua freguesia.


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Caminhos dos Peregrinos / Caminhos de Fá ma As Juntas de Freguesia de Santa Catarina da Serra, Caranguejeira e Colmeias reuniram no passado dia 30 com o Sr. Reitor do Santuário de Fá ma onde apresentaram as suas preocupações sobre a falta de condições de segurança dos peregrinos que atravessam estas freguesias nas suas peregrinações a Fá ma. A ideia foi muito bem acolhida pelo Sr. Reitor que se disponibilizou para ajudar a criar soluções para o problema. Na verdade, os peregrinos convivem com o trânsito em estradas sem passeios e sem condições de segurança nem sinalé ca apropriada.

Festa em Honra Santa Catarina Jovens Nascidos em 1960. Aproxima-se o primeiro fim-desemana de Maio que tradicionalmente é consagrado à celebração da Festa em Honra da Nossa Padroeira. Depois de há vinte anos termos sido chamados a par cipar na Festa de S. Sebas ão e há 10 na do Sagrado Coração de Jesus chegou a hora de organizarmos a festa em Honra da Nossa Padroeira. Convidam-se todos os nascidos, residentes ou que se sintam ligados à freguesia de Santa Catarina da Serra a associarem-se a esta inicia va. Todas as Terças Feiras de Abril às 21H30 haverão reuniões no Salão Paroquial. Contamos com a tua Presença. Qualquer esclarecimento poderão entrar em contacto com: Álvaro 969025966, o André 914897716 ou o Leonel 912999899

Prémios por reclamar Festas de S. Miguel realizadas de 1 a 3 de Agosto de 2009. 1º Prémio: Nº501; 2º Prémio: Nº3040; 3º Prémio: Nº6672; 4º Prémio: Nº7253; 5º Prémio: Nº1655 Já foram entregues alguns dos prémios, estando outros por levantar. Caso possua um dos números sorteados e ainda não levantou o seu prémio, poderá fazê-lo ligando o 244 745 493 ou 916 405 265. Os prémios encontram-se à disposição para serem reclamados até ao dia 30 de Abril de 2010.

Ficha Técnica do Jornal Luz da Serra Nº427 - Abril de 2010 Ano XXXVI

ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

Edital - Limpeza de leito dos rios A Administração da Região Hidrográfica do Centro I.P informa que os proprietários ou possuidores de parcelas de leitos e margens de linhas de água, nas frentes par culares e fora do aglomerado urbano são obrigados a manter o seu bom estado de conservação, procedendo à sua regularização, limpeza e desobstrução e correcção dos efeitos de erosão, transporte e deposição de sedimentos, designadamente ao nível da correcção torrencial. Em caso de os proprietários não cumprirem os pontos acima indicados ficam sujei-

A FREGUESIA ESTA MAIS LIMPA – Obrigado!

tos a um processo de contraordenação muito grave. Mais se informa que é da responsabilidade dos municípios o facto de as linhas de água que se inserem em aglomerado urbano a limpeza, manutenção e desobstrução. Poderão consultar informação mais detalhada sobre este Edital, que estará afixado nos lugares mais públicos do costume.

A Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra vem publicamente agradecer a todos os voluntários da freguesia, às empresas que ofereceram materiais ou cederam equipamentos, aos Escuteiros e demais envolvidos na campanha LIMPAR PORTUGAL que teve lugar no passado dia 21 de Março. A nossa freguesia está agora mais limpa e a adesão de cerca de 200 voluntários em dia de tanta chuva merece o nosso reconhecimento. O volume de lixo que foi removido terá surpreendido muita gente, por isso é preciso que, todos assumamos o papel cívico de vigilância e combate aos que entrincheirados na cobardia da noite, se divertem a

cometer crimes ambientais como aqueles que foram encontrados. As denúncias que chegarem à Junta de Freguesia serão imediatamente encaminhadas para as en dades competentes, porque existem soluções e nada jus fica o vazamento de lixos nas nossas florestas. A FORSERRA tratou do plano de acção de mais um grande evento de envolvimento associa vo numa causa nobre em prol da cidadania. Bem hajam! Con nuamos a contar com todos. O execu vo da Junta de Freguesia

Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria Agradecimentos / Angariação de fundos Este mês, os agradecimentos vão para todos os que par ciparam e ajudaram a que esta primeira fase dos 3 almoços (Caranguejeira, Arrabal e Santa Catarina) e o jantar na Chaínça, permi ssem alcançar uma verba de mais de 9000 (nove mil) euros de lucro. Verba tão necessária para a gestão da tesouraria da Associação. Futuros eventos de angariação de fundos Neste mês de Abril, o destaque vai para uma nova forma de ajuda. Uma excursão ao Teatro Politeama a Lisboa, para visualizar uma grande comédia, “A Gaiola das Loucas”. Cortejo de Oferendas Nunca é demais recordar que será no dia 9 de Maio que irá decorrer esse grande evento de angariação de verbas para que a con nuidade das obras do quartel prossigam como

até aqui. Quotas Se és sócio dos Bombeiros, não esperes que te batam à porta para cumprires um dos teus deveres de associado. Dirigi-te tu próprio à actual sede da Secção e assim estarás a contribuir para que a nossa missão seja mais fácil. Relatório de Contas do Exercício de 2009 Foi na Assembleia-geral realizada no dia 24 do mês passado, onde par ciparam pouco mais que duas dezenas de sócios, os quais

aprovaram por unanimidade o relatório de contas do ano de 2009. Como todos sabemos, as assembleias de qualquer associação da nossa terra, são na maioria dos casos muito pouco par cipadas. A não ser que se realizem eleições para os respec vos órgãos sociais e mesmo assim nem todas. Como sempre tem acontecido, para conhecimento dos sócios (ou não) da Associação, aqui publicamos também o resultado do exercício. Virgílio Gordo

Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@gmail.com - www.forserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Composição Miguel Marques - Colaboradores Fernando Valente, Virgílio Gordo, Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira e Isaque Pereira (ass. clínica geral), Liliana Vieira (Psicóloga) - Contactos Telefone (00351) 244 744 616 | Fax (00351 ) 244 741 534 Correio electrónico luzdaserra@sapo.pt - Impressão Coraze - Oliveira de Azemeis - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal - Preço de assinatura: 10 Euros - Con nente e Ilhas | 15 Euros - Europa | 20 Euros - Resto do Mundo Pagamento de Assinaturas: ForSerra (edificio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra) NIB:5180.0010.00000921394.45 | IBAN PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC/SWIFT CODE:CDCTPTP2 - Banco: Caixa de Crédito Agricola Mutuo de Leiria


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Plantas fósseis da freguesia Resultados laboratoriais No passado dia 23.7.2009, três paleontólogos, João Pais, da Universidade Nova de Lisboa, Jorge Dinis, da Universidade de Coimbra, e Mário Mendes, da Universidade de Évora, dirigiram-se à freguesia de Santa Catarina da Serra, onde se encontraram com Vasco Jorge Rosa da Silva, historiador, a fim de iden ficarem e datarem diversas plantas petrificadas, fósseis, descobertas a par r dos anos 80 do século XX, na parte Norte da referida freguesia leiriense. Sobre a temá ca foi publicado um primeiro ar go, in tulado "Plantas fósseis em Santa Catarina da Serra", da autoria de Vasco Silva (ver «Luz da Serra», Ano XXXV, n.º 419, Agosto de 2009, p. 10). Passados alguns meses, a 25.3.2010, o Professor Doutor João Pais, da Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, enviou a Vasco Jorge Rosa da Silva o relatório dos resultados ob dos em processo laborato-

rial, a par r da análise de diversas amostras. Desta forma, a acrescentar ao que já se nha apurado, ou seja, que os ves gios pertencem ao Cretácico, período dos dinossáurios, e têm 120-130 milhões de anos, é possível afirmar, com certeza, que as plantas respeitam à família das Araucariáceas ou, em La m, "Araucariaceae". Os pinheiros, por sua vez, pertencem à família das "Pinaceae". Estas duas famílias estão incluídas na mesma ordem, "Pinales" (Dumort, 1829). Nas araucariáceas de Santa Catarina, apesar de as

A escola, um local de medo

estruturas finas dos troncos fossilizados não estarem solidamente preservadas, foi possível iden ficar o género "Brachyoxylon", que hoje se encontra ex nto. Em suma, o tronco petrificado que se encontra no Jardim do Brasão, em Santa Catarina da Serra, pertence a uma araucariácea ex nta. O mesmo se aplica a outros fragmentos dispersos pela freguesia. Vasco Jorge Rosa da Silva Historiador

Convite Associação de Bombeiros da Secção Sul do Concelho de Leiria convida toda a população a assis r a uma Peça de Teatro “A Gaiola das loucas” a realizar no dia 17 de Abril de 2010 em Lisboa, no Teatro Politeama às 21:30. A saída está prevista às 18:30 da Caranguejeira, Santa Catarina da Serra e Arrabal com paragem na área de Serviço de Aveiras. Reserve já o seu bilhete pelos contactos: Caranguejeira: 919 742 852 Santa Catarina da Serra: 916 045 309 Arrabal: 960 112 645 Chaínça: 919 367 832

Liliana Vieira Psicóloga

Nas úl mas semanas fomos surpreendidos pela comunicação social com no cias de crianças ví mas de violência verbal ou sica na escola, de uma forma repe da e con nuada. Este fenómeno é designado por Bullying. Não estamos a falar da agressividade própria das brincadeiras de infância e adolescência, mas sim de ataques e perseguições por parte de uma ou mais crianças ou adolescentes (designados por “bullies”) sobre outra criança ou adolescente. As formas mais usuais desta prá ca relacionam-se com o bater, ameaçar, dar encontrões e puxões mas também passam por comentários agressivos, boatos humilhantes e pela exclusão das ac vidades onde todos par cipam. Os alvos de Bullying são preferencialmente crianças e adolescentes obesas ou com alguma outra caracterís ca sica ou de personalidade que os envergonhe. Perante este cenário tornase indispensável que a escola, pais, catequistas e outros estejam atentos ao comportamento das suas crianças e adolescentes, mantendo regularmente contacto entre si. A solução passa por um trabalho conjunto. A escola tem o dever de zelar pela se-

gurança dos seus alunos vigiando os recreios, promovendo a transmissão de valores como o respeito pelo outro e a amizade; no entanto os professores não se podem subs tuir aos pais e os pais não se podem demi r do seu papel! Se o seu filho anda triste, chora, isola-se, recusa ir à escola e passou a dormir mal durante a noite; se chega a casa quase sempre com arranhões e o seu desempenho escolar baixou significa vamente, fique atento para a possibilidade de “bullying”. Por outro lado se o seu filho é um elemento popular na escola, tem um grupo de amigos alargado e apresenta uma elevada auto-es ma, cer fique-se que ele não u liza estes elementos para exercer poder pela força sobre os colegas. Por vezes, estes jovens andam com vários telemóveis e elevadas quan as de dinheiro, que extorquiram aos colegas mais indefesos, algo que os pais nem se apercebem, daí a vigilância parental ser importan ssima. As ví mas demoram algum tempo a contar aos pais ou irmãos a situação de angús a e medo que estão a viver na própria escola, local onde se deveriam sen r seguros e felizes. Estes

jovens são humilhados em público e chantageados psicológica e emocionalmente, chegando mesmo a mudar de escola para fugirem ao terror; outras adoecem ou entram em depressão e no limite poderão cometer suicídio! Os colegas que testemunham estes episódios geralmente não intervêm por receio de serem a próxima ví ma. Este ciclo de violência e crueldade deixa marcas profundas no desenvolvimento das suas ví mas. Precisamos de uma sociedade atenta e de pais muito presentes na vida de seus filhos! Não esqueçamos que o melhor modelo para as crianças é o exemplo dos adultos e que as probabilidades de o ”bully” (agressor) se transformar num adulto an -social, violento, delinquente ou criminoso são enormes. Existem ainda outras formas de Bullying, nomeadamente professores que in midam os seus alunos, e patrões ou chefes que atemorizam e exercem perseguição psicológica sobre os seus empregados. Em qualquer uma das situações de Bullying apresentadas, impera sempre a lei do silêncio e a lei do mais forte sobre o mais fraco, mas lembre-se que todos temos direito a ser respeitados e à nossa dignidade independentemente da idade, sexo, raça ou condição socioeconómica e laboral. Linha S.O.S Bullying: 808 968 888 – Horário de funcionamento entre as 18 e as 20h.

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Santa Catarina da Serra mais Limpa O convite chegou da coordenação concelhia do distrito de Leiria. A ForSerra desde logo assumiu o desafio de coordenar, a nível da Freguesia de Santa Catarina da Serra, o desenvolvimento do projecto “Limpar Portugal. O trabalho foi realizado em colaboração com a Ass. de Caçadores, no registo e iden ficação de lixeiras na freguesia, e com o Agrupamento de Escuteiros, na divulgação da inicia va e angariação de voluntários. Após algumas reuniões, tudo foi sendo preparado para o dia 20 de Março. No dia L (20 de de Março), bem cedo começaram a chegar os mais de 170 voluntários

que se inscreveram no ponto de encontro na freguesia, frente do salão paroquial. À espera estavam mais de 25 lixeiras, devidamente iden ficadas, para serem eliminadas. Com voluntários dos 5 aos 70 anos foram-se formando grupos e encaminhados para as lixeiras. Para choques de automóveis, plás cos, entulho, pneus, restos de obras, colchões, sofás, vidros... de tudo um pouco foi encontrado na nossa freguesia e recolhido pelos voluntários e encaminhado para o centro de triagem improvisado na Bemposta. Lá fez-se a separação e encaminhamento do lixo para os seus des nos legais.

Comentários à inicia va: Gosto muito da nossa freguesia e não trocava o lugar onde vivo por nenhum outro. Só há uma coisa que me entristece e que é um problema que se estende a outro lugares, que é o lixo que "embeleza"as bermas das estradas e para quem faz o caminho Pedrome / Loureira bem o pode comprovar. E não me venham cá dizer que a Junta não limpa o mato e ervas porque ainda há pouco foi tudo limpo com uma máquina, o que ainda fez realçar o malfadado lixo, desde embalagens de tudo e até fraldas sujas. Será que o Estado tem que ser responsabilizado pelos actos individuais de cada um? Não me parece...Só que quem comete esses vandalismos não deveria coabitar, no meio de ser humanos mas sim em pocilgas (sem ofensa ás mesmas). Fá ma Mensagem colocada no fórum de Santa Catarina da Serra h p://forumscs.pt.vu Coordenação de Freguesia: ForSerra - Associação Desenv. e Gestão Patr. Santa Catarina da Serra Agrupamento de Escuteiros - 1211 Esta inicia va na nossa freguesia contou com o apoio: Ass. Caçadores da Serra Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra Rest. O Max - Olivais Pigmenta - Pinturas e Rep. Lda Reis & Torcato - Construções, Lda JJR & Filhos, SA Casa Costa - Fá ma MotoAntunes - Loureira Pakito Desaterros, Lda Restaurante - O Russo Restaurante - O Chaparrico Talho Norberto J. L. Vieira Mar ns - Loureira Padaria S. Guilherme Padaria "Canais" Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra Manuel Costa & Silva António da Conceição Ribeiro Oliveira & Pires Aterro do Vale Outras pequenas en dades privadas e veículos de par culares

Meios como camiões e retroescavadoras foram também mobilizados em que não veram meios a medir, erradicando uma das maiores lixeiras da freguesia. Apesar de chover, o trabalhou superou expecta vas e, acima de tudo, sensibilizou os voluntários. A inicia va mereceu a visita do Pres. da Câmara Raul Castro e alguns vereadores, como o nosso conterrâneo Lino Pereira. No final houve almoço para todos com o apoio de empresas de freguesia.

Limpar Portugal em Números Santa Catarina da Serra 2 Ton de Plás cos 810 Kg de Ferro 4 Ton de Monos e lixo não reciclável 200 Kg de Para-choques e material automóvel 500 Ton de Terras e entulho

No centro de triagem improvisado, as carrinhas não pararam de chegar com o lixo recolhido pelos voluntários

Os voluntários não veram mãos a medir com todo o lixo recolhido

Mais de 507 Toneladas de lixo e entulho removido na freguesia de

Santa Catarina da Serra Voluntários recolhem algum lixo da grande lixeira encontrada na Fazarga

A inicia va mobilizou máquinas e camiões

Limpar Portugal na Chaínça Apesar do mau tempo, O “Projecto Limpar Portugal” na freguesia de Chaínça, reuniu cerca 28 voluntários, apoiados por duas empresas sedeadas na nossa freguesia, a Oliveira e Pires Lda, e Terramano Lda.

A nossa floresta ficou mais limpa, foram re radas:

- 15 Toneladas de “Entulho” - 3,5 Toneladas de Lixo


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O nosso futuro no ano 2070

ForSerra tem nova direcção

A prepósito do projecto Limpar Portugal, transcrevemos aqui uma carta escrita em 2002, sobre a falta de água no ano de 2070.

Dezenas assis ram à tomada de posse da nova direcção da associação mais dinâmica da freguesia de Santa Catarina da Serra. A reunião teve lugar no auditório de freguesia no passado dia 18 de Março. Esta associação até então, gerida por uma comissão instaladora, abraçou projectos como: o Fes val “O Chícharo da Serra”, o Jornal Luz da Serra, a presença da freguesia na Feira de Maio, apoio ao associa vismo na organização e divulgação de eventos, criação de um arquivo histórico da freguesia entre muitos outros projectos. Criada em Fevereiro de 2010, a ForSerra surgiu com a necessidade de união e apoio às associações da freguesia de Santa Catarina da Serra para a organização de projectos macro da freguesia. Na reunião da tomada de

“Estamos no ano de 2070, acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85 anos. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando nha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas nham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora. Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se u lizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais se podia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes a quan dade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quan dade de lixo; vemos que voltar a usar os poços sép cos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água. A aparência da população é horrorosa; corpos desfaleci-

dos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a camada de ozono que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos cons tuem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointes nais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A indústria está paralisada e o desemprego é dramá co. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sinté ca. Pela ressiquidade da pele uma jovem de 20 anos está como se vesse 40. Os cien stas inves gam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigénio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos 137 m3 por dia por habitante e adulto. A gente que não pode pagar é re rada das “zonas ven ladas”, que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos. Em alguns países ficaram manchas de vegetação com o seu respec vo rio que é fortemente vigiado pelo

exército, a água tornou-se um tesouro muito cobiçado mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui em troca, não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registar-se precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano têm sido severamente transformadas pelas provas atómicas e da indústria contaminante do século XX. Adver a-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente. Ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sen r-me culpado, porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta terra!” Documento extraído da revista biográfica “Crônicas de los Tiempos” de Abril de 2002.

posse, Joaquim Pinheiro apresentou a única lista concorrente para os órgãos sociais da associação, que seria aprovada por unanimidade. A nova presidente, Maria da Luz Rodrigues, assumiu o desejo de conhecer todas as associações da freguesia assim como o trabalho que cada uma promove e realiza. No finalizar da reunião, o Pe. Mário Verdasca, também presente proferiu algumas palavras de agrado e de de-

sejo de bom trabalho para a recém direcção. Cada associação durante o ano de 2009 efectuou uma acta de adesão à ForSerra, nomeou 2 pessoas para integrar os órgãos sociais da associação. Assim, os órgãos sociais são compostos por elementos vindos de associações que assim tem por objec vo delinear estratégias e apoios a todas as associações e freguesia através da ForSerra.

Escuteiros apagam 13 velas O dia 20 de Março foi um dia importante para todos os escuteiros de Santa Catarina da Serra, pois foi o dia de comemoração do 13º aniversário do Agrupamento 1211. Tal como diz a nossa divisa "Sempre Alerta para servir", logo pela manhã de sábado fizemo-nos ao serviço, de luvas e saco na mão, para "Limpar Portugal". Por volta das 12 horas, e após todo o lixo recolhido, juntamo-mos com os restantes santacatarinenses que aderiram ao projecto e fomos todos almoçar. O momento alto da nossa comemoração foi, sem dúvida a Eucaris a, que é algo essencial à nossa fé. Mais

que pedir, é importante agradecer e foi isso que fizemos. Nesta Eucaris a, animada por nós, agradecemos a Deus por estes 13 anos de vivência do espírito escu sta em Santa Catarina. Tal como em todos os aniversários, não poderíamos

esquecer de soprar as velas. Foi dessa forma que terminamos a comemoração de mais um aniversário do agrupamento, par lhando uma fa a de bolo entre escuteiros, pais e amigos. Canhota amiga pub


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Semana da Leitura na Escola Básica de Santa Catarina da Serra Porque acreditamos que Ler é sinónimo de Saber e temos plena consciência que Ler é também uma forma de poder, a nossa escola aderiu à inicia va promovida pelo Ministério da Educação, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, dinamizando a Semana da Leitura, de 22 a 25 de Março, com objec vo de celebrar e incen var o prazer de ler entre crianças e jovens, e entre toda a comunidade educa va, em geral. A escola foi decorada com trabalhos dos alunos, frases e textos de escritores portugueses e estrangeiros. O ginásio foi decorado com cartazes de figuras de poetas portugueses. Foi também aqui que decorreu,

durante toda a semana, a feira do livro, promovida pela Livraria Americana, sendo visitada por todos os alunos do agrupamento, acompanhados pelos professores. A semana iniciou-se com “Todos a Ler”, ac vidade

promovida em todo o agrupamento, tendo toda a comunidade educa va parado 15 minutos para ler. Por outro lado, as turmas do 5ºano organizaram, no auditório, um encontro de poesia, onde foram declamados poemas, acompanhados de

música, tendo sido convidados os pais/encarregados de educação. A biblioteca escolar promoveu um concurso literário “Momentos de Poesia” e alguns alunos do 9º ano distribuíram na escola mensagens com poemas de autores portugueses, comemorando-se, assim, o Dia Mundial da Poesia. Os alunos dos 7º ano, na sala de aula, no âmbito do projecto “Crescer a Ler+”, apresentaram as leituras recrea vas, com recurso a apresentações electrónicas, mul média, teatro. Os pais/encarregados de educação foram também convidados a par cipar ou simplesmente a assis r. Já os alunos do 8º ano, também no âmbito do mesmo

projecto, apresentaram, na aula de Língua Portuguesa a declamação de diversos textos poé cos. Alguns pais/encarregados de educação também es veram presentes e um deles proporcionou momentos inesquecíveis ao declamar vários poemas de autores portugueses. Na quintafeira, foi organizado uma “maratona de leitura”. Para tal, foi criado um espaço de leitura no ginásio, com colchões, almofadas e puffs, onde todos os alunos passaram 45 minutos a ler, das 9.00h às 17.20h, sem nunca quebrar o cordão da leitura. Foi objec vo desta semana

criar na escola um ambiente par cularmente fes vo à volta dos livros, o que foi, de facto, uma inicia va agradável para os alunos, e proporcionou a sua adesão e o desejo de ler mais. O Departamento de Línguas, em parceria com a biblioteca, os restantes departamentos e com os pais/encarregados de educação, irá con nuar a promover a leitura, assumindo-a como factor de desenvolvimento individual e de progresso colec vo, procurando criar um ambiente social favorável à sua prá ca. Rita Agrela

Escola Aberta

Projecto Europeu Markus

No dia 26 de Março, a Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra promoveu um “Dia aberto”, tendo convidado todos os alunos do 1º ciclo e do pré-escolar do agrupamento a visitar a escola. Os alunos do 2º ciclo também par ciparam nestas ac vidades, mas os do 3º ciclo, realizaram uma visita de estudo a Leiria. Vários ateliês foram dinamizados. Na oficina de teatro, os alunos puderam dar asas à sua imaginação e representar diversos papéis. No ateliê das ciências, foi entusiasmante para as crianças espreitar no microscópio e realizar pequenas experiências. Houve também espaços dedicados à expressão plás ca: pintura de t-shirts, elaboração de flores com materiais recicláveis, produção de imans, colares, trabalhos com pasta de papel. As crianças passaram ainda por um ateliê de música, tendo experimentado o violino. Experimentaram depois o teatro de sombras chinesas. Houve também momentos dedicados à dança e ao desporto. Não foi esquecida a disciplina de Matemá ca, tendo sido promovido o concurso”Quem quer ser matemá co”. Na sala TIC, os

De 4 a 7 de Março de 2010, decorreu na vila de Arroyo de la Luz, a cerca de 20 km de Cáceres, a 2ª Reunião do Projecto Europeu Markus, tendo par cipado cerca de 20 professores e 30 alunos, oriundos do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra, do Agrupamento de Escolas de Figueiró dos Vinhos, do IES Luís de Morales e da Special School de Przemysl da Polónia. Nas reuniões de trabalho, foram apresentados excertos das várias lendas dos países parceiras, cumprindo assim uma das ac vidades delineadas na 1ª reunião. Foi promovido o convívio de alunos e professores, que vi-

sitaram o castelo e a cidade medieval de Cáceres. Em Mérida visitaram o teatro romano, o parque natural Monfragu e o castelo medieval de Trujillo. A próxima

reunião decorrerá na cidade polaca de Przemysl, de 24 a 30 de Maio. O Coordenador do Projecto Europeu, Luís Henrique

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alunos diver ram-se com diversos jogos lúdicos. Por fim, os alunos conheceram o espaço da biblioteca, onde manusearam e leram diversos obras e ainda puderam comprar alguns livros na feira do livro. Pretendeu-se, desta forma,

dar a conhecer os espaços da escola aos alunos do agrupamento, proporcionando-lhes um dia com ac vidades lúdico-pedagógicas diferentes. Rita Agrela


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Importância da Vertente Social dos Clubes… Num destes fimmos mesmo afirde-semanas obsermar que é um ópvara um jogo de mo veículo para o uma equipa, que desenvolvimento está numa zona pessoal e, na maioonde existem muiria das vezes, são tas outras equipas, estes miúdos que Marco Santos muitas delas com Tec. Despor vo têm mais dificuldaalguma dificuldade des que precisam em ter atletas sufidestas ac vidades. cientes em todos Concordo que a foros escalões, assim, muitas mação deve ser paga, não é vezes os miúdos têm de isso que está em questão, jogar pelo escalão superior. mas se podemos ajudar A dada altura pensei: “Por esses miúdos não o deveque não vão buscar os me- mos fazer? lhores miúdos dessas equi- Há uns tempos apresentei pas, já que a distância não é uma série de ideias a uma muita?” e assim já poderiam pessoa ligada a um clube, a jogar no escalão correcto e resposta que ob ve foi, arinclusive aumentar a quali- ranja recursos financeiros dade da equipa, isto é, criar para implementarmos isso. um pequeno departamento Eu então penso ao contráde prospecção, ou algo se- rio, devemos implementar melhante. A resposta mais as ideias para trazermos viável e normalizada a mui- mais verbas financeiras para tos clubes do distrito, in- o clube. É como esta situacluindo a UD Serra, será o ção, podemos não receber facto de muitos desses miú- compensações financeiras dos terem dificuldades fi- directamente dos miúdos, nanceiras e não mas se com eles aumentarapresentarem condições de mos a qualidade das nossas pagar a mensalidade que é equipas, mais atrac vo se exigida enquanto são atletas torna o clube para outros de formação. miúdos, esses sim com posOra o futebol nunca foi con- sibilidades de pagar a mensiderado um desporto de salidade. Pode ainda haver a elite e assim tem de con - possibilidade de uma futura nuar (enquanto formação), transferência para um clube disponível para todos, inde- de maior dimensão. pendentemente do tama- Todos os clubes deveriam nho, capacidades, cor ou ter programas despor vos, religião. Como ac vidade, sociais e promocionais capaoferece valores educacio- zes de chegar a públicos nais, bene cios para a mais alargados. saúde, oportunidades sociais e despor vas. Pode-

União Despor va da Serra, que futuro? Depois de pra camente em toda a época, ter adiado mês após mês tocar neste assunto que encerra alguma per nência, como estamos somente a um mês do final da mesma, chegou a altura de levantar a ponta do véu, como se costuma dizer. Agora que faltam apenas quatro jogos para o final do campeonato, falando-se aqui e ali, que irá decorrer uma assembleia-geral do clube durante este mês de Abril, é a altura adequada para aflorar ainda que ligei-

ramente este tema. Apesar de em termos despor vos, ainda não estar defini vamente assegurada a manutenção na divisão em que actualmente a equipa sénior se encontra, com três jogos a disputar em casa e um fora, só uma calamidade a rará a equipa para os lugares de descida, até porque dos três jogos, dois são perante adversários directos, embora o outro seja perante uma equipa que se encontra tranquila no grupo dos quartos classificados, com ligei-

ras hipóteses de chegar ao primeiro lugar. Portanto são três jogos, onde em condições normais a nossa equipa tem grandes possibilidades de ganhar. Até porque no úl mo jogo em Ponte de Sor, apesar da derrota por 1 – 0, o empate não escandalizaria, antes pelo contrário. Em termos direc vos, é que parece que as coisas não vão também, porque houve pelo menos a demissão do vice-presidente. Com o tulo deste ar go, quero apenas salientar a sua

Direcção da União Despor va da Serra quer demissão A União Despor va da Serra encontra-se actualmente com graves dificuldades de gestão, após uma redução no orçamento, o que a actual direcção se propôs aquando da tomada de posse. Em causa está uma alegada redução nas receitas provenientes de publicidades e de contractos dos quais geriam receitas para o clube para manter a estrutura futebolís ca actual. Segundo Pedro Alves, an go tesoureiro do clube, este entregou as contas controladas à nova direcção, alertando, na assembleia de tomada de posse da nova direcção, que o orçamento deveria ser revisto e reduzido ao máximo, e que se deve-

riam preparar para uma possível descida de divisão. Apesar dos esforços da actual direcção, o clube encontra-se a atravessar uma fase de di cil gestão, o que provocou já a demissão do vice-presidente. Apesar da orientação estratégica com vista a descida de divisão, a restante direc-

ção pondera a demissão no final da época face às graves dificuldades que o clube neste momento atravessa. Segundo o que este jornal apurou, algumas despesas mensais do clube, a muito custo têm vindo a ser liquidadas nos úl mos meses. Felisberto Gonçalves, actual presidente do clube, afirma

Atle smo - Ana Oliveira bate record’s nacionais Ana Oliveira, atleta iniciada (com 14 anos) do Grupo de Atle smo de Fá ma, bateu o recorde nacional do heptatlo com 4.042 pontos, suplantando o anterior em 38 pontos. Na mesma prova a atleta bateu o recorde absoluto distrital de Santarém ao saltar em altura 1,69 metros. Este recorde nacional aconteceu nos campeonatos distritais de provas combinadas

do distrito de Santarém que realizaram-se nos dias 20 e 21 de Março de 2010 em Rio Maior. Neles par ciparam atletas dos escalões de infan s, iniciados e juvenis obtendo resultados individuais de elevado nível. A 6 de Fevereiro de 2010, em Alpiarça, Ana Oliveira sagrouse campeã nacional do triatlo do escalão de iniciados.

importância e a reflexão que nos deve merecer, para que quando se realizar a assembleia-geral, sejamos muitos a par cipar. Só depois de tal acontecer é que trarei a público a minha opinião. Até lá, apoiemos a equipa!

Ana Oliveira obteve 2041 pontos, correspondentes a 9,04 m no peso, 9.83 nos 60 metros barreiras e 1,68 m no salto em altura. A Atleta bateu o recorde distrital do salto em comprimento com 5 metros e 50 cen metros. Esta marca é também a melhor marca nacional do ano e junta-se às melhores marcas de salto em altura e triplo-salto, que já

lhe pertencem. Ana Oliveira é já neste momento uma das mais completas saltadoras portuguesas

que apesar de alguns inves mentos feitos e o protocolo com o Grupo Despor vo de S. Guilherme, não são significantes, nem contribuíram para actual estado do clube Os órgãos sociais já se reuniram no sen do de avaliar a real situação do clube para que esta seja uma situação pontual. A União Despor va da Serra corre o risco de terminar a época com pagamentos em atraso e com um défice significa vo orçamento. A estrutura social do clube irá reunir no próximo dia 22 de Abril em assembleia geral pelas 21h. Miguel Marques


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Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra - Acta Nº 6 de 2009 Aos dezassete dias do mês de Novembro de dois mil e nove, pelas vinte e uma horas, reuniu a Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, em sessão ordinária, no auditório da sede de Freguesia, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Discussão e votação da acta n.º 5/2009, referente à primeira sessão do mandato de 2009/2013. 2. Apreciação do relatório das ac vidades da Junta de Freguesia e do resumo financeiro na presente data. 3. Apreciação e votação da proposta da Junta de Freguesia para criação da Rede Social para a freguesia e nomeação do respec vo coordenador. 4. Apreciação e ra ficação do protocolo de delegação de competências da Câmara Municipal de Leiria para obras no Jardim de Infância da Pinheiria. 5. Apreciação e votação da proposta de revisão do orçamento de 2009 e alteração do PPI. 6. Discussão e votação do Orçamento da Freguesia e das Grandes Opções do Plano para o ano de 2010. 7. Apresentação e discussão de outros assuntos de interesse para a freguesia. Sob a presidência de António da Conceição Rodrigues, presidente da Assembleia de Freguesia, compareceram nesta sessão os seguintes deputados: Nuno Manuel dos Santos Pereira Marlene Gonçalves Oliveira Augusto Oliveira Maria de Fá ma Vendeirinho Teixeira das Neves José Paulo Rodrigues Moreira António Manuel Delgado Oliveira Lebre Catarina Oliveira Neves António Manuel Quitéria Pinto, em subs tuição da deputada eleita Isabel Maria da Costa Santos Gameiro que em devido tempo jus ficou a sua ausência. Presentes es veram também Joaquim Pinheiro, Presidente da Junta de Freguesia, Irene da Costa Santos Vieira – Tesoureira e Armando Oliveira Reis – Secretário. Um número significa vo de outras pessoas marcou também presença nesta sessão. O senhor Presidente da Assembleia deu as boas-vindas a todos e a todas, àquela que foi a segunda

reunião da Assembleia do presente mandato (a primeira, após a eleição e tomada de posse dos órgãos) e declarou aberta a sessão, tendo ainda aproveitado a ocasião para prestar alguns esclarecimentos rela vos ao funcionamento das reuniões da Assembleia, nos seguintes termos: - Pontualidade: Foi pedido respeito pelo cumprimento dos horários. - Convocatória: A Convocatória será enviada por carta registada. - Ordem de Trabalhos: A Ordem de Trabalhos será conhecida a par r do quinto dia que antecede a data da reunião e será distribuída pelos serviços de secretaria da Junta; assuntos urgentes a incluir na Ordem de Trabalhos serão aceites no próprio dia da reunião, mediante a aprovação de dois terços dos deputados presentes. No caso de não ser aprovada a inclusão do(s) tema(s) propostos, os mesmos deverão integrar a Ordem de Trabalhos da reunião seguinte. - Sessões: As sessões têm três períodos dis ntos: o período ‘antes da ordem do dia’ em que se dá a conhecer o expediente que deu entrada na mesa e se dá a oportunidade aos deputados, e só aos deputados, de intervirem com assuntos fora da agenda e que, entretanto, queiram apresentar à Assembleia. Depois desse período, os assuntos a tratar serão exclusivamente os constantes da Agenda. Esgotados os temas da Ordem de Trabalhos, tem a palavra o público presente que, por ordem de inscrição, manifestará a sua vontade de intervir e o Presidente da mesa darlhe-á a palavra. De referir que apenas serão admi dos assuntos de interesse colec vo. - Tempo: Cada intervenção disporá do tempo necessário. - Faltas: As faltas às reuniões deverão ser comunicadas ao Presidente da Assembleia, de acordo com o disposto no Regimento Interno em vigor. As subs tuições dos membros da Assembleia estão previstas e serão asseguradas pelo elemento que ocupa o lugar imediatamente a seguir, na respec va lista de candidatos à Assembleia de Freguesia. - Actas: As Actas das reuniões devem transmi r o essencial de todas as intervenções. Em anexos, serão incluídas, na íntegra, as comunicações apresentadas também por escrito. - Votações: Há assuntos que serão objecto de votação. As votações processam-se de braço no ar, de forma clara e que não ofereça dúvidas. Para facilitar, o Presidente coloca as perguntas pela ordem e termos seguintes: Quem vota contra? Quem se abstém? E, por exclusão de partes, os restantes

membros votam a favor. As pessoas que desejarem intervir na discussão antes da votação, devem inscrever-se primeiramente e ser-lhes-á dada a palavra pela ordem de inscrição. - Gravações: A fim de facilitar o trabalho de secretariado das reuniões da Assembleia, e exclusivamente com esse fim, o Presidente informou que as sessões serão gravadas em suporte áudio. Quem não es ver de acordo pode recusar a gravação da respec va intervenção. Na sequência desta intervenção, o senhor Presidente convidou os senhores deputados a pronunciaremse sobre o que atrás se disse e/ou a fazerem alguma sugestão. Ninguém se pronunciou. E passou-se de imediato ao período antes da ordem do dia, des nado à apresentação de assuntos diversos. Por parte da mesa, foi dado conhecimento da comunicação da falta da deputada Isabel Maria da Costa Santos Gameiro, tendo sido jus ficada pelo Presidente da Mesa da Assembleia, em conformidade com o disposto no Regimento Interno. Na ausência de qualquer intervenção por parte da bancada, deu-se início ao cumprimento da Ordem do Dia. Na posse de todos os documentos que suportam a agenda, previamente distribuídos pelos serviços da Junta a todos os membros da Assembleia, a deputada Maria de Fá ma Vendeirinho do PSD pediu a palavra para dizer que seria vantajoso que os documentos pudessem ficar acessíveis com maior antecedência, a fim de se poder inteirar melhor do seu conteúdo. Em resposta, o presidente congratulou-se com a sua preocupação reveladora de interesse, mas referiu que, por força dos prazos – os deputados ou a Junta podem apresentar assuntos a agendar, até ao 5º dia que precede a reunião - a distribuição dos documentos não poderá ser feita com muito maior antecedência, no limite, até três dias antes. Ponto 1: Discussão e votação da acta nº5/2009 referente à primeira sessão do mandato 2009/2013 Sobre este ponto, o Presidente da Assembleia jus ficou a dispensa de leitura da acta, na medida em que ela fora distribuída antecipadamente a todos os membros da Assembleia. Após ter sido subme da à apreciação, pediu a palavra o senhor deputado António Pinto do CDS-PP para declarar que se iria abster, uma vez que não nha par cipado como deputado na sessão em causa. Prosseguiu a votação da acta, tendo sido aprovada por maioria, com uma abstenção do senhor António Pinto e os votos a

favor de todos os restantes membros. Ponto 2: Apreciação do Relatório de ac vidades da Junta de Freguesia e do resumo financeiro na presente data O Presidente da Assembleia, sobre esta matéria, informou ser de Lei a apresentação do Relatório de Ac vidades da Junta de Freguesia, em todas as sessões ordinárias da Assembleia, para apreciação. Informou também que o referido Relatório será entregue ao mesmo tempo que os demais documentos, a fim de que cada deputado possa inteirar-se do seu conteúdo e, em sede de reunião, poder interpelar o Execu vo. Feito o esclarecimento, foi dada a palavra ao senhor Presidente da Junta, que se dirigiu à Assembleia a fim de lhe dar conhecimento das ac vidades desenvolvidas no período compreendido entre a anterior e a presente sessão da Assembleia e que foram apresentadas por rubricas que são as seguintes: 01. Educação, Escolas e Jardins de Infância 02. Cultura, Desporto e Associa vismo 03. Protecção Civil, Segurança e Ambiente 04. Desenvolvimento Económico e Planeamento 05. Infra-estruturas 06. Outros Assuntos Parte substan va das ac vidades desenvolvidas no âmbito das referidas rubricas, consis u, nesta fase de início de mandato, menos na sua execução efec va do que na sua preparação, planeamento, alguns acompanhamentos, atendimentos diversos, con nuação de ac vidades em curso, apoios pontuais, muitos contactos e ainda muitas reuniões de trabalho. Foram executados trabalhos de manutenção em Escolas e Jardins e feito o planeamento para futuras intervenções; foi feita a limpeza de valetas em vários lugares da freguesia; na Cova Alta, foram concluídos alguns trabalhos em curso; prosseguiu o acompanhamento às obras de saneamento básico; foram subs tuídas linhas e colocados novos postes de electricidade; às quintas-feiras foi feito o atendimento ao público na sede da Junta de Freguesia. Ainda no ponto 4, o senhor Presidente apresentou o resumo finan-

ceiro – 14.438,45 €, em depósitos bancários - e esclareceu que, de futuro, será apresentado pela tesoureira e informou que a Junta trabalha com a Caixa Geral de Depósitos e com a Caixa de Crédito Agrícola de Santa Catarina. De seguida, o senhor Presidente da Junta retomou o assunto Fes val do Chícharo que se avizinha, salientou a importância do evento que «não é da Junta mas de toda a Freguesia, onde, centenas de pessoas trabalham para que o evento seja um sucesso» e convidou toda a Assembleia, através do seu presidente, a quem entregou o convite formal, a marcar presença no dia 20 de Novembro, às 18 horas, para a sessão de abertura, reforçando a ideia da necessidade de cada um assumir as suas responsabilidades enquanto representante de cargos polí cos. Para o dia 25 de Novembro, quartafeira, por ser o dia da Freguesia e dia da Padroeira «Santa Catarina», o senhor Presidente fez questão de recordar a toda a Assembleia o programa e convidou todos os seus membros para a recepção às en dades oficiais, para a cerimónia religiosa na Igreja Paroquial e ainda para tomarem parte no almoço que será servido nesse mesmo dia, no espaço onde decorre o Fes val do Chícharo. Como também vem sendo habitual nesta altura do ano, foram ainda convidados todos os membros da Assembleia, juntamente com os membros do Execu vo e os funcionários da Junta, para um jantar de Natal, a realizar no dia 18 de Dezembro, pelas 20h, no Restaurante ‘Ti Miguel’. O senhor Presidente da Assembleia agradeceu o convite que disse extensivo a todos os membros da Assembleia, confirmando desde logo a sua presença em representação da freguesia. O deputado António Pinto pediu a palavra para agradecer os convites formulados, jus ficar a impossibilidade de estar presente na sessão de abertura do Fes val do Chícharo por mo vos profissionais e anunciar a sua presença na sessão de encerramento, bem como no Jantar de Natal. Ponto 3. Apreciação e votação da proposta da Junta para Criação da Rede Social para a Freguesia e nomeação do respec vo coordenador. O senhor Presidente da Junta tomou a palavra para informar da intenção já do anterior Execu vo do qual ele fez parte, de criar a Rede Social da Freguesia. Recordou, aliás, que o mesmo assunto já fora discu do em Assembleia no

passado dia 21 de Setembro de 2009. Desta vez, o actual Execu vo entendeu ser prioritário retomar o assunto, na medida em que os casos de pobreza e de exclusão social têm vindo a aumentar na população que integra a Freguesia de Santa Catarina da Serra. E, tendo como base o verbete na posse de todos os deputados, passou a explicar o conceito de Rede Social, os seus objec vos e ainda adiantou uma lista de ins tuições que deverão estar representadas, da qual também a Junta fará parte. O primeiro passo será dado pelo senhor. Presidente da Junta de Freguesia que formula e envia os convites aos representantes das várias ins tuições chamadas a integrar este grupo de trabalho. Salientou ainda que esta inicia va não tem conotação polí ca ou religiosa; em causa está, exclusivamente, o superior interesse na resolução das dificuldades de carácter social que se verificam em alguns agregados familiares. Catarina Oliveira Neves foi o nome proposto para dinamizar e coordenar o grupo de trabalho. O senhor António Pinto interveio para manifestar o seu regozijo pela inicia va, pela sua per nência e ser um assunto para que o seu par do tem vindo a chamar a atenção. Acrescentou, ainda, estar disponível para colaborar no projecto. Subme da à votação, a proposta foi aprovada por unanimidade. Catarina Neves pediu a palavra para agradecer o convite formulado pelo senhor Presidente da Junta, agradecer também à digníssima Assembleia a confiança em si depositada para integrar o projecto da criação da Rede Social da Freguesia de Santa Catarina da Serra e ainda para dizer que a Comissão Social da Freguesia, a criar, fará o diagnós co das necessidades sociais e diligenciará no sen do de encontrar, também na freguesia, as soluções para os problemas concretos dos cidadãos e das famílias. A terminar, referiu ainda que a Comissão Social da Freguesia irá integrar vários representantes das várias ins tuições locais e representantes de outras ins tuições concelhias e que, assim, nascerá um grupo mul disciplinar que há-de ser capaz de desenvolver um bom trabalho e minorar as dificuldades que também a nossa freguesia conhece. Ponto 4. Apreciação e ra ficação do protocolo da delegação de competências da Câmara

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Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra - Acta Nº 6 de 2009 Municipal de Leiria para obras no Jardim de Infância da Pinheiria Ainda antes de se referir ao protocolo em apreço, o sr. Presidente da Junta explicitou os procedimentos habituais inerentes à delegação de competências por parte da Câmara Municipal e assinatura de protocolos, designadamente, no que se refere à prestação de serviços. Sobre o presente protocolo, informou que o mesmo já havia sido apreciado e aprovado em 22 de Setembro de 2008, pela Assembleia de Freguesia, antes da reunião da Assembleia Municipal que ocorreu em data posterior, no dia 26 de Setembro de 2008. Porque a ra ficação por parte da Assembleia de Freguesia só pode ocorrer após a ra ficação em sede de Assembleia Municipal, solicita o Senhor Presidente da Junta nova ra ficação por parte da Assembleia de Freguesia para que a Câmara Municipal possa dar sequência e agir em conformidade. Em causa estão 35 000 Euros. Ficou ainda a saber-se que, entretanto, foi feita a escritura de doação de uma parcela de terreno adjacente ao espaço de recreio do mesmo Jardim de Infância, por parte do senhor Padre Mar nho, e por isso atrasou-se, intencionalmente, a obra para que a referida parcela de terreno ficasse já incorporada no espaço de recreio, ficando o recreio bastante mais espaçoso. Decorrente desta alteração, acautelou a Junta um reforço da verba protocolada, através de um pré-acordo com a Câmara. Subme do o pedido à apreciação, e feita a votação, foi aprovado por unanimidade. Ponto 5. Apreciação e votação da proposta de revisão do orçamento de 2009 e alteração do PPI Tendo surgido a oportunidade de se candidatar a inves mentos co-financiados, a Junta de Freguesia apresentou três projectos de interesse relevante, a saber: 1 - EVIAS, para Dignificação e Valorização das Estações da Via-sacra 2 - PAPER, para a construção de um parque de apoio aos peregrinos de SCS 3 - Carta do Património Natural (geomorfológico e paisagís co) O Execu vo assumiu o encargo dos três projectos, no valor de 14.000.00€. Constatou, no entanto, não exis r rubrica des nada à «execução de projectos prévios e preparação de candidaturas», no Plano Plurianual de Inves mentos,

nem no orçamento para 2009, pelo que solicitou a aprovação da referida alteração ao orçamento bem como a criação da correspondente rubrica a incluir no plano supracitado. Perante a ausência de pedidos de esclarecimento, o senhor Presidente da Assembleia submeteu a proposta à votação, tendo sido aprovada por unanimidade. Ponto 6. Discussão e votação do Orçamento da Freguesia e das Grandes Opções do Plano para o ano de 2010. Na sua intervenção, o senhor Presidente da Junta destacou algumas áreas mais relevantes das Grandes Opções do Plano para 2010, inscritas no documento entregue à Assembleia para discussão, cujas ac vidades se enumeram a seguir, e onde assenta o orçamento apresentado para aprovação. A Educação – Construir uma sala polivalente no Jardim de Infância da Pinheiria, requalificar o Jardim da Magagia e executar a 2ª fase da intervenção na Escola dos Olivais sempre com o apoio indispensável do município. Protecção Civil e Segurança – con nuar a honrar o compromisso assumido para pagamento do terreno onde está a ser edificado o quartel dos bombeiros; prosseguir a abertura de novos caminhos florestais e manutenção dos que já existem; promover e diligenciar junto das en dades competentes, tendo em vista a criação do caminho dos peregrinos; melhorar a sinalização e a iluminação pública. Acção Social, Saúde e Ambiente – dar sequência ao projecto do centro cívico, de forma a concluí-lo, para que, tão rápido quanto possível, se possa executar a primeira fase da sua construção e aí instalar o Centro de Saúde. Dotar a freguesia de mais equipamentos para recolha de resíduos e promover acções de sensibilização junto das populações são outras intenções evidenciadas nesta rubrica. Planeamento e desenvolvimento – Prosseguir com as obras de alargamento do cemitério e arranjos exteriores; após a sua conclusão, será revisto e actualizado o regulamento. As obras de saneamento básico em curso e outras con nuam a merecer especial atenção e acompanhamento por parte do execu vo, tendo em vista a requalificação e alargamento de algumas ruas. Dar sequência ao dossier referente ao loteamento da Fazarga é também uma das prioridades da Junta de Freguesia, bem assim como requalificar o terreno baldio

do Ulmeiro. Cultura, Desporto e Associa vismo – Con nuar a polí ca de apoio às colec vidades, apoio e presença no Fes val do Chícharo, bem como a elaboração da agenda cultural da freguesia. Ainda nesta rubrica, foram apresentados três projectos que mereceram especial destaque: a criação do portal da freguesia; a criação da rede social, em conformidade com o disposto no Dec. Lei nº 115/2006 de 14 de Junho, e ainda a ideia de levar por diante a publicação de um Livro sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra. Sobre o orçamento apresentado, Joaquim Pinheiro teceu várias considerações, tendo explicado exaus va e detalhadamente cada uma das rubricas rela vas à despesa e à receita e realçou «o enorme grau de con ngência que contêm, não só pelo actual período de crise mas também pela sua dependência das polí cas a adoptar pela Câmara no seu orçamento.» Afirmou também que este orçamento pressupõe a con nuidade de todos os processos contratualizados, pressupõe o regular cumprimento das obrigações por parte da Câmara e assenta em princípios de rigor, confiança e poupança de que é exemplo o facto de se verificar uma diferença na receita corrente no valor de 60.937€, o que permite afirmar que o valor da despesa corrente teve uma redução de valor igual. «A isto chama-se poupança», acrescentou. Para concluir, o senhor Presidente afirmou que a poupança ob da será u lizada em inves mento, designadamente no apoio e manutenção do grande evento local que é o Fes val do Chícharo. Seguiu-se então o período de interpelação e pedido de esclarecimentos. Da bancada do CDS-PP, interveio o senhor António Pinto para manifestar reservas acerca da fiabilidade dos números apresentados, considerando-os arrojados, quando se sabe que o orçamento assenta em previsões e a Câmara ainda não apresentou o seu orçamento. E prosseguiu, direccionando a sua intervenção para as seguintes rubricas: - Transferências de capital: outras receitas; - Receitas e despesas para actos eleitorais; - Transferências para associações, clubes e colec vidades; - Despesas de capital para edi cios; Perante a ausência de outras intervenções, o senhor Presidente da Junta começou por reafirmar que o orçamento é de facto uma ferra-

menta de previsões e intenções, baseado em ideias inscritas nas Grande Opções do Plano. Acerca da possibilidade de haver um acto eleitoral em 2010, não sendo provável, ele pode ocorrer, ficando assim salvaguardada essa possibilidade. A verba agora aí inscrita reporta-se aos actos eleitorais realizados em 2009 e que ainda não entrou nos cofres da Junta. Rela vamente às verbas a atribuir às Associações, os montantes não estão definidos; dependerá do Plano de ac vidades que cada uma se propuser desenvolver e já entregue na Junta de Freguesia e tendo em conta também o envolvimento da comunidade, não apenas local, mas extensivo a toda a freguesia. Os valores aí referidos, insis u, são previsões. Aprovado o orçamento, cada Associação receberá uma carta da Junta de Freguesia com a informação do montante atribuído e com a informação de que vai ser pago nos meses de: Fevereiro, Maio, Agosto e Novembro. Quanto às transferências de verbas provenientes da Câmara Municipal, insis u o senhor António Pinto em querer saber se o Execu vo tem alguma garan a de que vão ser pagas ou se também aqui são apenas previsões. Em resposta, o senhor Presidente explicou que se trata de encargos assumidos pelo município e que não é legí mo pensar que a Câmara não paga. «A Câmara é gente de boa fé, como nós somos.» acrescentou. De seguida, usou da palavra o senhor Deputado António Lebre, da bancada do PSD, para, a propósito do item «segurança, sinalização e trânsito», solicitar ao Execu vo uma par cular atenção a dois locais específicos, por, em seu entender, representarem perigo eminente para os transeuntes e automobilistas, a saber: - Na Magagia, a caminho da capela, verifica-se um ‘afunilamento’ da estrada onde já ocorreram vários atropelamentos; - À Bemposta, no corte para Santa Catarina, do lado de Fá ma, dada a fraca visibilidade por causa da curva, é urgente a colocação de uma ‘caixa de desvio’ para os automobilistas que se dirigem para Santa Catarina da Serra, a fim de prevenir a ocorrência de acidentes que, presentemente, acontecem com alguma frequência. Instado a comentar, o senhor Presidente da Junta reagiu dizendo que «é a Assembleia de Freguesia a funcionar» e prometeu diligenciar no sen do de tudo fazer para tentar solucionar o problema, fazendo

notar, no entanto, que no que diz respeito à intervenção na EN357, esta tem que ser equacionada no contexto do IC9 e tratada superiormente. A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia estão a acompanhar o assunto em permanência e aguarda-se a presença nesta Assembleia do vereador Lino Pereira, quando houver novos desenvolvimentos sobre o dossier IC9. Nada mais havendo a dizer sobre o assunto em epígrafe, o senhor Presidente da Assembleia submeteu à votação os documentos em apreço, os quais foram aprovados por maioria com a seguinte votação: 8 votos a favor e 1 abstenção do senhor António Pinto. Ponto 7. Apresentação e discussão de outros assuntos do interesse para a freguesia Chegados ao ponto sete da Ordem de Trabalhos, o sr. Presidente da Assembleia abriu a sessão às intervenções do público e ou dos membros da Assembleia. Pediu a palavra o senhor deputado Nuno Pereira para, em nome da sua bancada, propor um voto de louvor à Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra, nos seguintes termos: «A Assembleia de Santa Catarina da Serra, reunida em sessão realizada a 17 de Novembro de 2009, propõe um voto de louvor à Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra pelo excelente desempenho observado no ranking das Escolas Nacionais e que foi tornado público pelo Ministério da Educação, ocupando a 92ª posição, num total de 1292 escolas./ Santa Catarina da Serra, 17 de Novembro de 2009 / A Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra». O senhor Presidente da Assembleia considerou o assunto relevante e per nente, pelo que decidiu aceitar a sua inclusão e submetê-lo à aprovação da digníssima Assembleia. Feita a votação, o voto de louvor foi aprovado por unanimidade e aclamação, merecendo uma honrosa salva de palmas.

na zona de Siróis e Vale Tacão. Para terminar, fez também questão de enaltecer a Escola Básica e referir que, ao nível da região, a Escola Básica obteve o primeiro lugar no referido ranking, mesmo à frente dos Colégios privados de Fá ma. Retomou a palavra o senhor Presidente da Junta para informar que, na sequência do encerramento da Escola da Quinta da Sardinha, já o anterior Execu vo havia feito o pedido à Câmara Municipal a pedir a remoção dos semáforos. Não tendo sido resolvida a situação, foi feito novo o cio pela actual Junta e aguarda-se a instalação dos respec vos semáforos no cruzamento, a montante da Escola. Sobre os trabalhos de saneamento, o senhor Presidente não pôde comprometerse com prazos, mas reiterou o que já havia dito noutras ocasiões: «Siróis e Vale Tacão constam da úl ma fase de execução do plano de saneamento da Freguesia.» A terminar, o senhor Presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra agradeceu a presença de todos e, dirigindo-se de modo par cular ao público presente, convidou-os a «que voltem sempre e tragam mais e mais pessoas; é sempre bom vermos aqui uma moldura humana, sinal claro de que as pessoas se interessam pela Freguesia, pelo que aqui se passa». De seguida, declarou encerrada a reunião da Assembleia, da qual se lavrou a presente Acta que depois de lida, posta à discussão e aprovada, vai ser assinada pela 1ª secretária Catarina Oliveira Neves que a redigiu e pelo senhor Presidente da Mesa da Assembleia. Santa Catarina da Serra, 19 de Dezembro de 2009 A 1ª Secretária Catarina Oliveira Neves O Presidente da Mesa da Assembleia António da Conceição Rodrigues

Do público presente, tomou a palavra o Sr. Pedro Ba sta de Siróis para referir que o semáforo que se encontra junto à an ga Escola da Quinta da Sardinha deveria ser deslocado para o cruzamento que se situa no cruzamento para Siróis, visto a Escola se encontrar devoluta e não se jus ficar a existência de semáforo naquele local. Na sua intervenção, interpelou ainda o Execu vo no sen do de saber qual o ponto da situação do saneamento pub


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Registos Notariais de Leiria: Séculos XVI-XIX Nos séculos XVI-XIX a economia da região de Leiria assentava, no essencial, na agricultura e na pastorícia, assim como na exploração florestal, como se pode verificar no estudo «Leiria: na Rota do Património» (MemMar ns, Ferraz & Azevedo, Lda., 2004, pp. 90-93), da autoria de Vasco Jorge Rosa da Silva, podendo ser consultado na Biblioteca Municipal de Leiria, Afonso Lopes Vieira (Terreiro). Os «Registos Notariais de Leiria», porque insuficientes para a história económica da freguesia de Santa Catarina da Serra, têm de ser analisados num âmbito mais geral, a nível concelhio, na medida em que a informação neles con da se reporta, efec vamente, ao termo leiriense dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, cons tuindo-se, a par dos «Registos Paroquiais», como a fonte mais significa va para o estudo da história de Leiria e seu concelho. Da análise minuciosa que o Autor efectuou a 170 livros, que se encontram no Arquivo Distrital de Leiria, ADL, correspondendo a cerca de 340 mil páginas, que incluem documentos de índole diversa, desde 1580 a 1803, é possível chegar-se a uma conclusão sólida sobre a importância da mesma fonte no conhecimento histórico da socioeconomia de Leiria. Para além disso, os livros permitem comprovar a existência, durante a Modernidade, de um tabelionado muito ac vo em Leiria, cuja função era, precisamente, a de registar contratos agrários e diplomas diversos. Na cidade, elevada a 13.6.1545, por D. João III (1521-57), os registos efectuavam-se em casa dos tabeliães. Era a eles que a população se dirigia. Assim, mediante o pagamento de uma soma em dinheiro, o notário fazia o/s diploma/s necessário/s para dar cum-

primento a contratos agrários e outros. Nas designadas "cartas de pura venda", que estão registadas desde o úl mo quartel do século XVI, um leiriense, em geral, ou um santacatarinense, em par cular, vendia livremente a outrem uma ou mais propriedades. Para além dos interessados no negócio, ficavam registadas, de igual modo, as posições das terras vendidas, assim como as respec vas confrontações. Nas designadas "cartas de venda a retro aberto", um habitante da região de Leiria adquiria uma propriedade a outra pessoa, mas ficava obrigado a entregar parte da produção (geralmente cerealífera, trigo ou milho) a quem havia efectuado a venda. Para além desta obrigação, o comprador ficava ainda sujeito a um prazo de pagamento (em géneros). Este coincidia, no geral, com o período do Verão, quando se efectuavam as colheitas. No primeiro quartel da centúria de Seiscentos, por exemplo, o pagamento fazia-se no dia de Nossa Senhora de Agosto e, na parte final do século XVII, no dia de Todos-os-Santos. O tamanho das propriedades registadas era impreciso, na medida em que era tanto maior quanto mais alqueires de trigo levava de semeadura. Uma terra que necessitava de «semeadura dois alqueires de trigo» era, sem dúvida, maior do que a que exigia, tão-só, um. Outro método de registar o tamanho de uma propriedade era através da quan dade de «homens de cava», isto é, de homens necessários para cul var aquela. Ao invés, nas "cartas de compra" ficavam registadas as propriedades adquiridas por determinada/s pessoa/s, com ou sem árvores. As "cartas de obrigação de dívida à razão de juro de 6 1/4 por cento" estão docu-

mentadas desde pelo menos a década de 30 do século XVIII. Através delas registava-se o emprés mo de dinheiro, por parte de um financiador (par cular ou ins tuição eclesiás ca) a um financiado, para que este pudesse adquirir uma determinada propriedade a cul var. O juro era variável e se começou por ser de 6 1/4 por cento, na década de 70 da centúria de Setecentos desceu para 5 por cento. Ao financiado era exigido o pagamento em moedas de ouro ou prata. Faziam emprés mos os indivíduos com uma maior capacidade económico-financeira. De igual modo, as ins tuições da Igreja, como os conventos de Santo Agos nho e de Santa Ana, de Leiria, emprestavam somas de dinheiro ao mesmo juro. Os contratos de arrendamento e aforamento também ficavam registados nos livros dos notários, ainda que o primeiro caso seja raro. Num contrato de arrendamento anotavam-se as terras arrendadas, os arrendatários e respec vas rendas a liquidar. Os dias marcados para o pagamento daquelas incidiam sobre as festas religiosas, que se realizavam durante ou depois das colheitas, caso do dia de São João Bap sta (24 de Junho) ou do de São Miguel (29 de Setembro). Apesar de tudo, o aforamento era o po de contrato mais comum. Idên co ao anterior, possuía, no entanto, uma duração vitalícia e, nalguns casos, hereditária, isto é, de pais para filhos. Sobre o aforamento pode ler-se, na "Collecção da legislação an ga e moderna do Reino de Portugal" (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1797, p. 220), «assi declaramos, que quando o marido e molher, ou cada huum delles sendo já casados por carta de metade, tomarem huum aforamento em per-

Vasco Jorge Rosa da Silva Historiador

petum, per quaesquer palavras que no contracto forem postas, em tal caso seram ambos meeiros no dito aforamento, e per morte de cada huum delles se par rá per ex maçam o dito aforamento antre o que vivo ficar, e os herdeiros do que falecer». Uma vez iniciado o aforamento, havia que se proceder ao cul vo da/s terra/s e, anualmente, procedia-se ao pagamento de um imposto, designado por foro. Este era em géneros e não em dinheiro. Na freguesia de Santa Catarina da Serra, os contratos de aforamento estão historicamente documentados. Por exemplo, a 18.3.1649, Miguel de Figueiredo, de Loureira, nha um contrato com o convento de Santo Agos nho, de Leiria (Arquivo Distrital de Leiria, código de referência PT-ADLRACSAGLRA/26/6, documento simples, 8 fólios). A própria Sé de Leiria, a «MITRA», nha aforado, em 1834, a D. Maria Cândida, residente em Leiria, uma propriedade sita em Vale do Sumo, por 700 réis anuais. No século XX ainda se efectuam aforamentos, designadamente em 1922, aquando da distribuição dos baldios ou glebas pelos chefes de família da freguesia. Outros documentos inseridos nos «Registos Notariais» incluem "cartas de confirmação", "cartas de perdão", "cartas de fiança", testamentos, procurações e doações.

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Cartoon

CONVOCATÓRIA

por: Marta Moniz

Abril 9 Clube Automóveis An gos de Santa Catarina da Serra Passeio de 3 dias a Essen (Alemanha) 11 Ass. S. Miguel 2º Raid BTT - " Rota de S. Miguel" 18 ASSUL Passeio Pedestre 23, 24 e 25 A. D. S. Loureira Tasquinhas

Ass S..Miguel Comemoração 16º Aniversário

Maio 1 UDS 1º Torneio de Petanca

Em conformidade com as disposições legais aplicáveis e os Estatutos da Associação ForSerra – Associação Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra, convoco todos os associados para se reunirem em Assembleia Geral, que terá lugar no auditório da Junta de Freguesia de Santa Catarina de Serra, sito no Largo da Escola Pública a 20 de Abril de 2010, pelas 21h com a seguinte ordem de trabalhos: 1 - Apresentação, discussão e deliberação sobre o relatório e contas do exercício de 2009; 2 - Apresentação, discussão e deliberação sobre o Plano de Ac vidades e Orçamento para exercício de 2010; 3 - Apresentação, discussão e deliberação sobre o Regulamento Interno da Associação; 4 - Outros assuntos de interesse.

Escuteiros Campanha "Serra Limpa"

2 Paróquia Santa Catarina da Serra Festa de Santa Catarina

Se à hora indicada não houver quórum, Assembleia funcionará meia hora depois no mesmo local, com qualquer número de sócios, e a mesma ordem de trabalhos. Santa Catarina da Serra, 5 de Abril de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Lino Dias Pereira

25 Casa do Povo Passeio Pedestre

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE SANTA CATARINA DA SERRA

CONVOCATÓRIA

Lixo automóvel deixado após um acidente na estrada da Loureira. Este é apenas mais um local, de dezenas, com lixo deixado ao abandono após o incidente. Não deveria haver alguém responsável pela recolha? Ou sanções para quem o deixou ali?

Nos termos do ar go 13º nº1 da Lei 169/99 de 18 de Setembro e pela competência que me confere a alínea b) do ar go 19º da mesma lei, convoco os membros da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, e a população em geral, para a sessão ordinária que terá lugar no auditório da freguesia em Santa Catarina, às 21 horas do dia 19 de Abril de 2010. No ciado o mês passado neste jornal, vem agora a foto do 6º Jantar dos Davis’d. Este jantar, já uma tradição desde 2004, reune todos os David’s e Davide’s da freguesia de Santa Catarina da Serra.

Santa Catarina da Serra, 30 de Março de 2010 O Presidente de Assembleia António da Conceição Rodrigues

Cupão de Assinatura

Nome:

Portugal 10 Euros - Europa 15 Euros Resto do Mundo 20 Euros Pagamento por Cheque:

Morada: Localidade:

Cód. Postal:

-

Deverá ser de um Banco Português e passado à ordem de: ForSerra

Email: Pagamento por transferência Bancária: Telefone:_______________ Telem:_________________

Cada vez mais se assiste ao abuso da propriedade pública, como é o caso acima registado. Em Sírois, entulho e um veículo provenientes de um incêncio, encontram-se há meses em terrenos públicos, aparentemente sem des no. É de lamentar tanto abuso.

Contribuinte: Assinatura:

Data Nasc:

/

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NIB: 5180.0010.00000921394.45 IBAN: PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC:CDCTPTP2 ( Após efectuar a transferência, anexar comprova vo ou enviar digitalizado por email luzdaserra.forserra@gmail.pt)

244 745 616 Telf. - 244 741 534 Fax - luzdaserra.forserra@gmail.pt Jornal Luz da Serra - Rua de Santa Catarina, Nº22 - 2495-186 Santa Catarina da Serra pub


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Adultos Finalistas em Santa Catarina da Serra

VIII Peregrinação Nacional e Bênção dos Ciclistas

A primeira turma de 9º ano a frequentar o processo RVCC na freguesia, foi a juri no passado dia 18 de Março. Os 16 elementos, integraram a primeira turma de

Foi no passado dia que milhares de ciclistas tomaram rumo ao Santuário de Fá ma. Também da freguesia de Santa Catarina da Serra par ciparam quase uma centena de ciclistas e b stas. A concentração foi em frente à Associação Desenvolvimento Social da Loureira pelas 9h00. O ânimo e boa disposição começaram logo pela manhã, onde os par cipantes seguiram rumo a Fá ma a fim de par cipar num programa ambicioso e diferente das outras edições anteriormente realizadas. Já em Fá ma juntaram-se às várias centenas de ciclistas vindos um pouco por todo o

RVCC promovida pela ForSerra. Inciaram o processo em Novembro de 2009, tendo concluido com sucesso e dis nção aquirindo assim a equivalência ao 9º

ano de escolaridade. A sesão teve lugar no auditório da freguesia de Santa Catarina da Serra. Este grupo ficou caracterizado pela união, simpa a e camaradagem perante as formadoras. a ForSerra tem actualmente cerca de 30 alunos nos processos de RVCC, nomeadamente 6º, 9 e 12º ano de escolaridade. Pode inscrever-se para obter o 6º, 9º ou 12º ano em www.forserra.com.

Convenção Europeia de Clubes Juvenis… O Mee ng Interna onal de Fá ma (MIF) reuniu em Fá ma de 29 de Março a 4 de Abril milhares de estudantes de todo o mundo, unidos pelo espírito do Desporto, mais concretamente pelo Futebol. Um conjunto de jovens, com idades compreendidas entre os 15 e 16 anos, inseridos em Escolas de Futebol que tentam complementar a educação que recebem em casa, veram a oportunidade de passar o tempo livre em diversão e aprendizagem de forma conjunta. A União Despor va da Serra aliou-se a este evento disponibilizando o Campo de Futebol 11 para a realização do Torneio de Futebol, aproveitando para dinamizar o espaço neste período de férias da Páscoa e, simultaneamente, criar um ambiente para enriquecer o conhecimento e trocar experiências.

Por ter o privilégio de assis r a todos os encontros fui registando alguns aspectos mais interessantes \ curiosos, que servirão para enriquecer um pouco mais a minha (nossa) cultura despor va. Falo de organização, princípios, formas de como os jogadores abordam o jogo (desporto), metodologias de treino, pedagógicas adoptadas, relacionamentos intra e inter-equipas e, o que mais me surpreendeu, a forma como vivem o jogo … das outras equipas! Ao contrário do que é verificado nas compe ções em Portugal, onde se houve provocações em excesso, tentando destabilizar o adversário, onde o jogador por vezes se preocupa mais com as decisões dos árbitros do que com as suas tarefas, onde o Futebol é visto por muitos como um NEGÓCIO e/ou uma GUERRA … pude

país, de norte a sul do país. O programa da peregrinação visava a visita ao Circuito dos Três Pastorinhos Aljustrel para a visita às casas onde nasceram Jacinta, Francisco e Lúcia, aos Valinhos, local se deu a 4.ª aparição da Nossa Senhora de Fá ma a 19 de Agosto de 1917 e a Loca do Anjo, lugar onde Jacinta, Francisco e Lúcia, viram pela 1.ª e 3.ª vez o Anjo em 1916. Seguiu-se uma missa e bênção dos ciclistas na Igreja da San ssima Trindade celebrada por Bispo Emérito da Diocese de Portalegre/Castelo Branco D. Augusto César, que para muitos foi a primeira visita à nova Igreja.

Seguiu-se depois a bênção das bicicletas dando por terminado a peregrinação nacional de 2010. O regresso, para os que par ram da Associação da Loureira, fez-se finalizando com um almoço na associação, como tem vindo a ser costume à vários anos. Desde as mais modernas e recentes bicicletas, as mais originais até às an gas “pasteleiras” , todas veram lugar nesta peregrinação, onde o grupo já bem caracterís co da Freguesia de Santa Catarina da Serra par cipou fazendo a diferença.

verificar neste período a Festa que o Desporto, neste caso par cular, o Futebol, pode transmi r à sociedade em geral. Adversários em campo mas companheiros nas bancadas onde puxem e apoiam as outras equipas durante os outros jogos. Cantam, tocam instrumentos musicais, saltam, convivem. Verdadeira camaradagem numa festa poucas vezes vista em Portugal, no tal pais onde somos muitas vezes adjec vados de acolhedores. “De Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”…neste caso foi de Espanha que chegaram bons exemplos e bons princípios…Um ensinamento para Directores, Pais, Treinadores, Atletas, Adeptos… Marco Santos

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