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A GOTA FURARÁ A PEDRA A gota furará a pedra, não pela sua força mas pela sua constância. Este dito do velho Ovídeo bem pode ser um es mulo para viver a Quaresma que se aproxima, sem pensar quer é só mais uma Quaresma mas tendo a certeza que esta gota de constância vai contribuir para dar mais sabor à vida e profundidade à fé. Já agora vai um pequeno conto: "Era uma vez uma grande pedra que vivia no alto de uma montanha. Dali de cima, podia ver que mais abaixo podia ver um ribeiro. A pedra pensava que era forte e poderosa; quando olhava para aquele insignificante ribeiro, punhase a rir. Estava sempre a meter-se com ele e presumia que ela era mais forte que ninguém. O ribeiro, por sua vez, calava-se e nunca lhe dizia nada. Limitava-se a percorrer o seu caminho. Porém, a pedra não parava de se gabar da sua fortaleza. Um dia, o ribeiro cansou-se de a ouvir e disse-lhe: -orgulhas-te de ser forte e poderosa, mas eu sou mais forte do que tu. Aparento ser fraco mas, com a minha constância, poderia acabar con go. Pelo contrário tu nunca poderias acabar comigo. A enorme pedra ...

M E NSÁ R IO DE SA NTA CATA R INA DA S E R R A - F EV ER EI RO 2 0 1 0 - 1 € P R EÇO D E C APA

Religioso

Paróquia Viva 2010 Pág.5

Paróquia prepara peregrinação à Terra Santa Pág.5

Desporto

Conheça os novos jovens talentos da Freguesia Pág. 12 e 13

Criada a Rede Social de Freguesia com o objec vo de ajudar e apoiar os Solidariedade mais necessitados. Santa Catarina da Serra com Pág.9

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Quartel de Bombeiros avança com ajuda de voluntários

con nua na Pág. 3

Pensamento do mês "Não acrescente dias à sua vida, mas vida aos seus dias."

o Hai

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Família Paroquial

24/1 - Edgar Vieira Marques, filho de Victor Neves Marques e de Sónia Cris na Carvalho Vieira, da Loureira. Foram padrinhos: Jorge Manuel Carvalho Vieira e Ana Quitéria Neves Marques 27/9 - Tiago Alves Oliveira, filho de Bruno António Oliveira e de Cris ana Jorge Alves, da Pinheiria. Foram padrinhos: José Carlos Gonçalves Alves e Ana Filipa de Oliveira

24/12 - Cris na de Jesus, viúva de David Vicente Neto, ausente em França mas com residência em Siróis, par u para o Pai no entardecer da bonita idade de 99 anos 7/1 - Maria Cris na dos Santos, casada com Joaquim Rodrigues Vicente, da Loureira, adormeceu na Paz eterna aos 81 anos de idade 18/1 - Maria de Jesus Ferreira, viúva de Manuel Pereira, da Loureira, foi ao encontro do Pai depois das suas 93 primaveras vividas intensamente. 25/1 - Faus no Gameiro, viúvo de Albina de Jesus Pereira, da Loureira, adormeceu no Senhor aos 89 anos de idade

Cris na de Jesus N.14/10/1910 F. 24/12/2009 Montpellier – França Natural de Siróis

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Maria Jesus Ferreira

Lopes dos Reis

N. 25/10/1916 F. 19/01/2010 Loureira

N.17/12/1914 F.30/11/2009 Casal da Fartaria

A Nossa Avó – O Sol Nunca conhecemos ninguém como ela. Desde que éramos crianças, sempre nos falou com palavras nobres e doces. Ela falou-nos sobre a vida e a família, e quando o fez, sen mo-nos em paz fazendo com que a vida parecesse mais simples. Ela fez-nos sen r à vontade com nós próprios e acreditar que iríamos brilhar. Ela aceitou-nos e tentou-nos compreender, mesmo com todas as nossas diferenças. Nunca nos julgou. Ela era uma mulher carinhosa que não se cansava de estar horas e horas com os filhos ou netos. Preferência não as nha e a magia dos seus olhos confirmou todo o amor que nos transmi u. Ofereceu-nos histórias da vida, compreensão, comida muito gostosa, lembranças feitas por ela com muito amor. Era uma mulher confidente e corajosa que viveu uma vida cheia de dificuldades, mas a verdade é que conseguiu fazer mais do que nós poderíamos fazer pelas nossas vidas, fez mais que as suas obrigações. A sua força, dedicação, inteligência, empa a e carinho jamais poderão ser esquecido; nem por um momento. Jamais poderia uma mãe ou avó ser mais amada ou admirada. Ela é o exemplo do que uma matriarca deve ser e uma verdadeira “santa”. Avó, você foi uma pessoa bonita de coração e face, tão amada! Mas mais do que nada és a Nossa Avó, o Nosso Sol. Tens sido a nossa inspiração durante estes 93 anos e vais con nuar a sê-lo. Queremos-te agradecer. Obrigado! Dos teus 10 filhos, noras e genros, 23 netos e 26 bisnetos.

A família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem, por este meio agradecer a todas as pessoas que prestaram homenagem à sua úl ma morada, ou, de qualquer outra forma, lhe manifestaram o seu pesar.

10 Anos de profunda saudade

Com muita saudade, A sua família

Os seus filhos vem por este meio agradecer as todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o seu ente querido à sua úl ma morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. Que a sua alma descanse em paz Os filhos José dos Reis Roque António dos Reis Roque Florinda dos Reis Roque

Célia Fonseca

Guilhermina de Jesus Ferreira dos Reis N. 30/01/1953 F. 27/01/2010 Atouguia Par u, depois de alguns meses de sofrimento provocado por doença que subitamente se manifestou, deixando-a, de imediato, limitada para exercer a sua ac vidade profissional. Guilhermina Reis trabalhou durante 23 anos no Centro de Saúde de Santa Catarina da Serra. Faleceu no IPO de Coimbra, a 27 de Janeiro de 2010. Dezenas de Santacarinenses es veram presentes para prestar uma úl ma homenagem e acompanharem-na à sua úl ma morada. Assim par u para o pai, com a bonita idade de 56 anos. Que a sua alma descanse em paz.

O médico “eleito” dos Caranguejeirenses e Santacatarinenses ao longo de gerações.

Guilherme Jesus Guilherme N. 17/05/1935 F. 23/01/2010 Canadá Natural do Pedrome

Lúcia Guilherme

Na terra foste amado, Por todos eras querido, Agora no Céu, Nunca serás esquecido

Foi num ambiente de alegria e felicidade que a Sr.ª Natália Jesus Rodrigues do lugar de Vale Sumo festejou os seus belos 80 anos. Entre familiares e amigos o dia decorreu da melhor forma. Num almoço em que todos par cipamos, a alegria era bem visível no rosto desta senhora. Uma mãe dedicada, uma mulher de força e coragem ao longo da sua vida. Também a fé faz parte do seu caminhar e sem ela nada seria como ela própria o diz. Muita saúde e tudo o que a faça feliz, são o que os seus filhos lhe desejam. Felicidades!

Faleceu o Doutor Correia Alexandre

Sua esposa, filhos, netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer as todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral, bem como todas as que se interessaram pelo seu estado de saúde ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

Luciano Pereira N. 01/04/1951 F. 21/02/2000 Pedrome

Natália Jesus Rodrigues Vale Sumo 80º Aniversário 15 de Dezembro de 2009

Aos familiares destes irmãos apresentamos sen das condolências e deixamos a oração da esperança.

Faleceu no passado Domingo, 17 de Janeiro, na sua residência, aos 89 anos, o Doutor Correia Alexandre. Sobejamente conhecido na região, foi o médico “eleito” dos Caranguejeirenses e Santacatarinenses ao longo de gerações. Nascido a 12 de Abril de 1920, em Santa Clara, Coimbra, no seio de uma família humilde (o pai era empregado de armazém e a mãe costureira), o jovem António Manuel Correia Alexandre cedo se fez notar pelos seus dotes intelectuais. Apesar dos poucos recursos económicos, os pais tudo fizeram para o filho estudar. Como era bom aluno conseguiu isenção de propinas. Contudo, logo no primeiro ano vê o seu pai falecer e, com ele, o sustento da família. Pensa desis r do curso, mas a mãe e irmã incen vamno a con nuar. Em Dezembro de 1943 conclui a licenciatura e obtém a carta de curso. Os primeiros anos de médico exerceos no distrito de Coimbra (Góis e Alvares). Seis anos mais tarde chega à Caranguejeira.

A sua recepção não foi muito calorosa, dado que os habitantes estavam acostumados a um outro médico. Chegaram, como forma de protesto, a cortar-lhe o tubo de água que servia a sua casa. Nesta altura, foram detectados 17 casos de febre fóide. Com algum sacri cio, todos os pacientes recuperaram e o Doutor Correia Alexandre passou a ser muito bem visto pelo povo. É, por isso, que aqui que ficou até ao resto da sua vida, sem nunca ter deixado o exercício de médico.

Amândio Santos

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Editorial

“O despertador” de Deus Deus não tem calendário, nem usa relógio, mas tem um “despertador”. Deus nos criou para sermos felizes; por isso nos fez livres. Posso fazer isto ou aquilo, mas não posso escolher as consequências da minha decisão. Se eu escolho obedecer ao código da estrada, não receberei multas da polícia, mas se escolho desobedecer, não posso fechar os olhos da polícia para fugir à multa. Posso semear batatas ou milho, mas se semear batatas, nunca nascerá milho. Posso viver bem a minha vida cristã ou abandonar a prá ca religiosa. As consequências na minha vida familiar serão bem diferentes. “Sê corajoso, observa os 10 mandamentos e serás bem sucedido em tudo o que fizeres e empreenderes” (1Reis2,2-4). Deus pode tardar mas nunca falha. O sofrimento, as contrariedades não são um cas go, nem uma desgraça, embora nos causem tristeza; são uma prova do amor de Deus por nós. São um “desperta-

dor” de Deus, para nos acordar. Há venenos que amargam, mas curam. Em vez de pensares na cirurgia, pensa na vida melhor que vais ter depois. Se rares a causa do teu sofrimento, vais viver depois sem dores. Em vez de te apavorares com a morte, alegra-te com a vida eterna em plenitude que se segue à par da deste mundo, para aquele que aceita Cristo em sua vida. Pecar é fazer mau uso da nossa liberdade. Quando resolvemos afastar-nos do bom caminho, Deus respeita a nossa liberdade. Colhemos o fruto da semente que lançámos na terra. Mas Deus, porque é nosso Pai, não nos abandona nunca. “Pode uma mãe esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca” (Is 49,15). Assim é Deus com cada um dos seus filhos. Depois de nossas opções erradas, nunca nos sen mos felizes. O “sabor amargo”

que nos fica na boca, faz-nos sofrer. Isto não é cas go de Deus; é antes um lembrete, um convite d´Ele a voltar à casa do Pai. Foi o sofrimento que trouxe o filho pródigo de volta para casa (Lc 15,1132). A perna quebrada na guerra, fez Inácio de Loyola voltar-se para Deus. Veio a ser Santo Inácio de Loyola. No ano passado fui visitar um doente a quem haviam cortado uma perna e se encontrava em uma cadeira de rodas. Logo ao entrar ele me disse: Padre, Deus deu-me uma graça muito grande, pois mandou-me uma trombose. Ocasionou a gangrena e veram que me cortar a perna. Não tendo nada que fazer, comecei a ouvir a rádio Renascença e assis r aos programas da Canção Nova. Aos pouco fui-me voltando novamente para Deus, pois andava muito afastado da vida cristã. Agora sou muito feliz nesta cadeira de rodas. Falo do amor de Deus por mim a todos aqueles que me visitam.

P. Serafim Marques

É assim mesmo: ou procuramos a Deus por amor ou mais dia menos dia iremos procurá - Lo pela dor. Mas lembremo-nos de que sofremos muito mais para sermos maus do que para sermos bons. Sejamos inteligentes; escolhamos o sofrer menos. Só em Deus, na casa do Pai se encontra a Paz e a verdadeira felicidade. “Não há paz para quem vive em pecado (afastado) de Deus”( Isaías 57, 20). Não te revoltes com o sofrimento. Olha para a paz que Deus te oferece se quiseres voltar para Ele. O sofrimento, as contrariedades são o “despertador de Deus.

Ano Sacerdotal

Padre Damião… paixão pelos leprosos Padre Damião de Venster, mais conhecido como Damião de Molokai, nasceu na Bélgica em 1840, no seio de uma família numerosa. Seus pais eram pequenos proprietários de fazenda agrícola e pecuária e pessoas de uma fé católica muito profunda. Tinha ele 18 anos, quando comunicou aos seus pais que queria ser missionário. O seu sonho era ir para terras longínquas, queria ser como São Francisco Xavier. Entrou na Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Um dia estala uma epidemia de lepra em Molokai (Hawai) e o superior provincial pediu voluntários para atender os leprosos. Disse: “ Sem tocá-los, sem conviver com eles…”, mas alguém poderia ir a Molokai durante algum tempo? Levantaramse alguns sacerdotes, entre eles, Damião. E foi ele o es-

colhido para lá ir. Damião com 33 anos lá foi e ao chegar à ilha, encontrou uma espécie de semi-caos. Foi preciso muita paciência, muita dedicação e muita oração. Todos nos perguntamos onde esteve o segredo do Damião para levar a cabo tão grande e di cil tarefa? A resposta está no sacrário, na presença constante do Jesus Eucarís co, nas adorações e nas celebrações. Jesus foi o Amigo que Damião teve nas idas a cavalo quando ia visi-

tar as aldeias, nas curas dos leprosos, na forma de encarar os inimigos. Um dia também ele contraiu a doença. Damião amou demasiado. Entrou naquilo que Paulo disse em 1 Cor: a loucura da cruz. Após 16 anos a atender heroicamente os leprosos, também ele morreu leproso, em 1889. Tinha 49 anos de idade. Seguindo o exemplo de Jesus, “amou-os até ao fim”, dando a vida por eles. Damião é uma “ clareira no coração da história”, um tes-

temunho de que o Reino está aí a fazer o seu trabalho. E segundo consta, ele morreu feliz, a cair aos pedaços, com seus membros desfigurados, mas feliz. Disse um dia: “ Como é doce morrer filho dos Sagrados Corações”. Foi declarado Santo pelo Papa Bento XVI, no dia 11 de Outubro de 2009, na Praça de São Pedro, no Va cano. Fernando Valente

...pôs-se a rir às gargalhadas e disse-lhe: - agora tu irás ver quem é mais forte e poderoso! E deixou-se cair, rolando pela encosta até ir para o meio do ribeiro. Quase não deixava passar a água e, estando ali, voltou novamente a rir-se às gargalhadas, enquanto dizia: quero ver agora a tua fortaleza! Só me fazes cócegas. P. Mário de Quero ver como me vais rar Almeida Verdasca daqui! E con nuou a rir-se. O ribeiro, porém, não disse nada. Foram passando os dias, as semanas, os meses e a água não deixava de passar junto da pedra que pouco a pouco se foi desgastando pelo efeito da água. A grande pedra deixou de se rir e já não se orgulhava. Agora era cada vez mais pequena. A constante passagem da água estava a desfaze-la e depressa começou a rolar e a mover-se rio abaixo de modo que se ia par ndo, ficando cada vez mais reduzida. O que o pequeno ribeiro nha feito parecia impossível mas a sua constância e a persistência nham provado que apesar da aparência frágil ela era mais forte." Precisamos de entrar na Quaresma com a constância da graça de Deus em nossos corações para que ela vá desgastando e destruindo as pedras do orgulho e do egoísmo e tantos outros "calhaus" que nos impedem de viver na transparência e no amor. De facto, há monumentos, autên cos icebergues, que assombram as qualidades humanas e cristãs que estão escondidas no ín mo da nossa consciência e que só a palavra de Deus e a sua misericórdia, manifestada nos sacramentos e na presença do irmão, podem ir trilhando a pouco e pouco. É preciso, pois, entrar na Quaresma com o espírito aberto e a alma sequiosa dessa água que pode saciar a nossa sede e ajusta o nosso agir ao nosso acreditar, o nosso ser profundo ao nosso ser aparente, a nossa vida ao nosso coração, onde Deus é o hóspede mais presente, mas, quem sabe, mais ignorado. A gota furará a pedra, não pela sua força mas pela sua constância.


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Compreender

Caim e Abel De onde vem este texto? Depois de Adão e Eva, o primeiro casal humano, são narrados o primeiro nascimento… e o primeiro luto. Ora, este primeiro morto foi assassinado; e o pior ainda: pelo seu irmão! Tal como a narra va precedente, sobre o homem e a mulher no Jardim do Éden, esta é também mí ca, simbólica. Não vale a pena admirar-se por Adão e Eva não terem intervindo ou perguntar-se com que mulher Caim teria do os seus

Génesis 4,1-15

filhos. Trata-se, antes de mais, de um relato fundador, das origens: fala da condição humana, daquilo que está em jogo em cada família – fraternidade e rivalidade, amor e ódio, vida e morte. À sua maneira, é segunda narra va do “pecado original”; desta vez, o mal é apresentado como violência, a par r da rivalidade e do ciúme que podem exis r em todas as nossas relações.

Adão Conheceu Eva, sua mulher. Ela concebeu e deu à Luz Caim, e disse: “Gerei um homem com auxílio do Senhor.” Depois, deu também à luz Abel, irmão de Caim. Abel foi pastor e Caim lavrador. Ao fim de algum tempo, Caim apresentou ao Senhor uma oferta de frutos da terra. Por seu lado, Abel ofereceu primogénitos do seu rebanho e as suas gorduras. O Senhor olhou com agrado para Abel e para sua oferta, mas não olhou com agrado para Caim nem para a sua oferta. Caim ficou muito irritado e andava de rosto aba do. O Senhor disse a Caim: “Porque estás zangado e de rosto aba do?

Reflec r e Meditar Todos somos Caim

Abel, o teu irmão

A narra va começa por um paralelo entre os dois irmãos, mas, depois, concentra-se na acção de Caim. Iden ficamo-nos facilmente com ele, porque não suportamos ter menos do que as outras pessoas: “ Não é justo! Eu também tenho direito.” O texto bíblico não explica porque é que Deus não olha para Caim e para sua oferta. É ele que está obcecado pelo seu ciúme de filho mais velho e imagina que Deus já não o ama e que o rejeita. No entanto, Deus fala-lhe e protegerá a sua vida.

O nome de Abel significa “vanidade, inconsistência” (cf. Ecl 1,1). É referido sete vezes como “Abel meu/teu irmão de Caim. É o irmão mais novo, por isso inferior, visto que o primogénito é considerado superior. Os pais não aparecem: é unicamente a relação dos irmãos que está em jogo, no ciúme e na violência de Caim. Em toda a violência, a ví ma é sempre um irmão. Para além dos povos e das raças é a família humana que é dilacerada

Na narra va, Abel não diz uma só palavra e, doravante, não falará mais. Mas é o seu sangue derramado que clama a Deus. Esta imagem afirma que Deus ouve sempre o grito das ví mas, ou o seu silêncio. O Deus da Bíblia está próximo de todas as suas criaturas, especialmente das fracas, das oprimidas e das que sofrem: Ele toma a sua defesa e promete restabelecer os seus direitos. No entanto, Deus também protege a vida dos assassinos, para impedir o ciclo infernal da vingança de Lamec (Gn 4,23-24). Esta narra va rejeita a pena de morte.

gue do teu irmão. Quando cul vares, não voltarás a ter os seus frutos. Serás vagabundo e fugi vo sobre a terra.” Caim disse ao Senhor: “ A minha culpa é excessivamente grande para ser suportada. Expulsas-me hoje desta terra; obrigo a ocultar-me, longe da tua face, terei de andar fugi vo e vagabundo pela terra, e o primeiro a encontrar-me matar-me-á.” O Senhor respondeu: “Não! Se alguém matar Caim, será cas gado sete vezes mais.” E o Senhor marcouo com um sinal, a fim de nunca ser morto por quem o viesse a encontrar.

Abel e Jesus Abel é o próximo inocente que sofre violência, o primeiro “justo sofredor”. Por isso, os cristãos vêem nele uma imagem de Jesus. A Epístola aos Hebreus diz que “o sangue de Jesus fala melhor que o de Abel” (12,13), porque Jesus aceitou, livremente, suportar a violência dos seus adversários e dar a sua vida. Mas o seu sangue não clama vingança: torna-se, em vez disso, uma fonte de perdão para nós.

Amaldiçoado Amaldiçoar significa dizer mal, anunciar a desgraça. Que desgraça? A que Caim despoletou, com a sua violência. Ao fazer correr no chão o sangue do seu irmão, Caim comprometeu a relação que o ligava à terra. Esta nunca mais colaborará com ele, nem lhe dará a vida. Além disso, Caim torna-se “vagabundo”, nómada. É expulso da sua terra, como o homem e a mulher são expulsos do jardim. Vagabundo Caim e Abel encarnam dois modos de vida: a do agricultor e a do pastor, que muitas vezes rivalizam entre si. Os Israelitas conheciam nómadas (quineus), ao sul da Judeia, na fronteira do deserto. Eram fáceis de iden ficar (o”sinal”, dado por Deus, seria uma tatuagem?); podemos também supor que nham um temperamento violento e vinga vo, explicado por esta tradição sobre o seu antepassado Caim. A Bíblia dá uma dimensão universal a esta história.

DR

A voz do sangue

Se procederes bem, certamente voltarás erguer o rosto; se procederes mal, o pecado deitar-se-á à tua porta e andará a espreitar-te. Cuidado, pois ele tem muita inclinação para , mas deves dominá-lo.” Entretanto, Caim disse a Abel, seu irmão: “Vamos ao campo.” Porém, logo que chegaram ao campo, Caim lançou-se sobre o irmão e matou-o. O senhor disse a Caim: “ Onde está o teu irmão Abel?” Caim respondeu: “Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?” O Senhor replicou: “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra até mim. De futuro, serás amaldiçoado pela terra, que, por causa de , abriu a boca para beber o san-

O pecado O pecado é aqui apresentado como um ser maléfico, uma espécie de animal escondido à porta de Caim, preparado para o atacar assim que ele sair. O estar deitado, “acordado” (em hebraico) lembra o nome de um demónio assírio. Assim se exprime a tentação que Caim experimenta: ele é ameaçado por uma força exterior, um animal que o espreita, mas que ele pode, e deve, dominar. De facto, esta força é a sua própria pulsão de ciúme: “Se procederes bem, certamente voltarás a erguer o rosto; se procederes mal…”

Celebração da Festa Litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto No 90º aniversário da morte da Beata Jacinta Marto, a 20 de Fevereiro de 1920, a Igreja celebra a Festa litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, dois dos três pastorinhos videntes de Fá ma. De novo este ano, o Santuário de Fá ma prepara um programa que se volta sobretudo para as crianças, num convite que se alarga às suas famílias para tempos de oração, catequese e celebração eucarís ca. Por estar vigente, desde final de 2009, a realização mensal de um programa

específico, direccionado para os mais novos, in tulado “UM DIA COM AS CRIANÇAS” e agendado sempre para o terceiro sábado de cada mês, cumprirse-á também no dia 20 este mesmo programa para festa dos pastorinhos beatos de Fá ma. O programa proposto é o seguinte e está aberto à par cipação de todas as crianças: 10:00 - Acolhimento no Convívio Santo Agos nho, no piso inferior da Igreja da San ssima Trindade (ISST).

10:15 - Preparação da celebração, na sala da Jacinta (piso inferior da ISST). 11:00 - MISSA, na ISST, com par cipação das crianças. 12:15 - CATEQUESE sobre a Mensagem de Fá ma, na sala da Jacinta. 13:00 - Almoço (livre). 14:30 - Preparação da Adoração, na Capela da Morte de Jesus (piso inferior da ISST, na zona da Reconciliação). 14:45 - ADORAÇÃO EUCARÍSTICA, na Capela da Morte de Jesus. 15:30 - Despedida, na Capelinha das Aparições.


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PARÓQUIA VIVA 2010 - SANTA CATARINA DA SERRA "A primeira forma da Igreja que se encontra na vida e se experimenta é, normalmente a paróquia. Ela é a figura da Igreja mais próxima de cada um. Todavia, na mente de muitas pessoas, o modelo mais comum é o da paróquia-estação ou agência de serviços, uma espécie de supermercado religioso. Tal como se vai comprar o que faz falta, assim se vai à Igreja "encomendar" o bap smo, o crisma, o casamento, o funeral, etc. O padre é visto como funcionário do culto e os cristãos como clientes ou consumidores do religioso. Há também, e até concomitantemente, o modelo de paróquia-arquipélago, cons tuída por uma série de lugares, associações grupos, movimentos, confrarias, em que cada uma destas realidades cons tui uma ilha fechada sobre si mesma... Quantas rivalidades, quantos conflitos, e ciúmes podem surgir." A Igreja não é um supermercado, também não é um arquipélago e nem sequer um posto de socorros. A Igreja é uma comunidade fraterna, uma família em comunhão. "A comunhão é a alma da comunidade; manifesta-se e alimenta-se em certas formas e estruturas visíveis. Os primeiros cristãos: - «Eram perseverantes no ensino dos apóstolos» que anunciavam a Palavra de Deus e testemunhavam a vida, o en-

Este ano, estão programadas estas ac vidades pastorais para além daquelas que vão sendo programadas a seu tempo:

CONFIRMAÇÃO: data a marcar de acordo com a preparação dos interessados. Este sacramento é para os que já se decidiram por Jesus e pela Igreja

CATEQUESE: Do 1º ao 10º ano com a exigência de quem caminha com a Palavra de Deus na mão e no coração; grupos do 11º ano, de preparação para o Crisma; grupos de jovens que são espaço de par lha, amizade e fé; encontros de catequese de adultos e reuniões de pais.

34ª VIA- SACRA dos Olivais a Fá ma: 21 de Fevereiro DIA PAROQUIAL DO DOENTE: 30 de Maio 81ª PEREGRINAÇÃO PAROQUIAL A FÁTIMA: 24 de Maio OFICIO PELOS DEFUNTOS: 2 de Novembro Festa de São Sebas ão: 17 de Janeiro (Jovens de 20 anos) Festa de S. Catarina: 2 de Maio (Jovens de 50 anos) Festa da Loureira: 11 de Julho Festa de Vale Tacão: 18 de Julho Festa no Casal da Estor ga: 25 de Julho Festa do Coração de Jesus: 15, 16 e 17 de Agosto Festa do Vale Sumo: 29 de Agosto Festa da Chaínça: 5 de Setembro Festa de S. Guilherme: 13 de Setembro

LITURGIA: Ensaios de cân cos nas capelas; reuniões de acólitos; preparação de leitores; missa dominical como o grande momento de viver a festa e a fé. CARIDADE: Conferência de S. Vicente de Paulo que vai resolvendo os problemas humanos e sociais mais visíveis e prementes de Comunidade. Centro Social a funcionar permanentemente com idosos, crianças e doentes. sino e o mistério de Jesus - a unidade na mesma fé; - «Eram perseverantes na união fraterna» pelo amor recíproco, pela generosidade na par lha dos bens, pela solidariedade e pelo serviço ao próximo, sobretudo aos mais pobres - a unidade no amor fraterno; - «Eram perseverantes na fracção do pão (Eucaris a) e nas orações» como forma de vida na comunhão com Cristo fonte de toda a comunhão - unidade de culto; - «Tinham a simpa a de todo o povo», pelo testemunho irradiante de Cristo, da fé e do

amor no ambiente da vida unidade na missão; - «Estavam unidos no ministério apostólico» como centro e garante visível da unidade de toda a comunidade. A Igreja não é uma sociedade internacional à qual se possa pertencer à distância, por inscrição e pagamento de cotas, nem uma sociedade de telespectadores, de teleouvintes ou cibernautas. Não há Igreja de Cristo sem assembleia Eucarís ca..." (Ir ao coração da Igreja D. António Marto)

ORAÇÃO: O terço comunitário nos meses marianos e no mês das Almas; Via-Sacra pelo menos em todas as 6ªs feiras da Quaresma; Leccio divina na Quaresma BAPTISMOS: Normalmente nos 1ºs e 3ºs domingos de cada mês, exceptuando os dias de festas se não se puderem efectuar nesses dias. Deverão ser marcados com pelo menos um mês de antecedência. Haverá sempre uma reunião preparatória num sábado antecedente, às 17 horas. PRIMEIRA COMUNHÃO: 6 de Junho, na festa do San ssimo.

CASAMENTOS: em data e hora a marcar, com alguns meses de antecedência. Os noivos par cipam nos encontros de preparação, CPM, nos quais se devem inscrever já no princípio do ano. É necessário pelo menos dois meses para tratar dos processos preliminares, civil e religioso. SERVIÇO DE CARTÓRIO: Todos os dias úteis das 17.30 às 19.30, excepto na primeira semana de cada mês. Da responsabilidade e colaboração de todos, depende a boa harmonia da vida da comunidade

PROFISSÃO DE FÉ: 31 de Outubro

Agradecimento Especial À senhora Nélisa Margarida Ferreira, aos Bombeiros e a todas as outras pessoas que me prestaram socorro quando estava inconsciente atrás do cemitério no passado dia 30 de Dezembro de 2009. A todos um bem-haja Reconhecimento Mário Crespo Pereira Alves

A freguesia de Santa Catarina da Serra encontra-se a promover e a organizar uma peregrinação à Terra Santa. Esta viagem, passará por locais como Jerusalém, Quran, Nazaré, Tibérias, Tabor, Tel aviv , entre muitos outros. Nesta viagem terá a oportunidade de vi-

sitar o Monte das Oliveiras, Templo da Ascensão e Gruta do Pai-Nosso. Fazer uma visita panorâmica da cidade de Jerusalém. Visitar a Igreja Dominus Flevit, Getsemani, Jardim das Oliveiras e Basílica da Agonia, túmulo da Virgem e Gruta da traição, Monte Sion, Túmulo do

Rei David, Igreja da Dormição, Cenáculo e Igreja de S. Pedro in Galicantu entre muitos outros locais de grande interesse. Esta viagem será acompanhada pelo Padre Mário Verdasca. Realiza-se de 21 a 28 de Abril de 2010 e poderá inscrever-se através de um formulário próprio,

disponível na internet em www.forserra.com, na sede da ForSerra (edi cio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra), na Casa Paroquial ou então junto de Fernando Manso, pelo móvel 914218011.

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RECENSEAMENTO AGRICOLA Decorre o período de recenseamento agrícola até ao próximo mês de Maio. O inquérito é obrigatório e realiza-se de 10 em 10 anos junto dos agricultores para actualização das bases de dados do INE. Qual a população agrícola? Que uso fazemos da terra? Quan dade de animais? Que máquinas são u lizadas? Prá cas agrícolas? Etc. Em Santa Catarina da Serra a entrevista porta a porta é realizada por: JAQUELINE PEREIRA, ao serviço do INE e devidamente iden ficada. Em alterna va os agricultores que preferirem podem deslocar-se á Junta de Freguesia, a par r de 15 de Fevereiro, às quintas-feiras das 14H00 às 18H30. ESTRADA DE SOBRAL

vais e Santa Catarina da Serra (junto ao cemitério) criando um caminho rural, de acesso a viaturas em caso de incêndio e ao mesmo tempo um caminho de passeio pedonal em local de excelência devido à passagem em zonas de vegetação rara. Concluímos esta semana a fase que vem ligar a Rua da Mitra, lugar de Pedrome até ao Valongo (EN113) e pretende-se dar con nuidade até junto do cemitério. SANEAMENTO BÁSICO Decorre a bom ritmo a empreitada de saneamento básico em curso na freguesia. Nesta fase as obras decorrem a bom ritmo no lugar de Ulmeiro. IRS, DECLARAÇÃO MODELO 3 Decorre desde 1 de Fevereiro o prazo de entrega em formato de papel da declaração modelo 3 de IRS, categoria A - Trabalho dependente e/ou categoria H – Pensões auferidos em 2009 pelas pessoas singulares. A Junta de Freguesia apoia a população que precise de ajuda para o cumprimento desta obrigação fiscal apenas a quem optar pelo envio via Internet, que irá decorrer de 10 de Março a 15 de Abril de 2010.

Conforme planeado e saneamento básico, encontra-se em execução após a obra de alargamento da estrada do Sobral. O objec vo é a requalificação desta via que na verdade se encontrava em péssimo estado de conservação. CEMITÉRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA Decorrem a bom ritmo as obras de alargamento do Cemitério de Santa Catarina da

Serra. Nesta fase está em curso a aplicação de calçada nos passeios do interior. Aproveitamos para apelar á sensibilidade das pessoas para a colocação das flores secas nos locais apropriados e pede-se para re rarem pedaços ou sobrantes de campas que ainda se encontram soltas no cemitério. Vamos TODOS ajudar a manter os cemitérios de Santa Catarina da Serra limpos e arrumados. CAMINHO DE VALE DA LAJE Conforme tem tornado publico, a Junta de Freguesia pretende, com a abertura deste caminho uma ligação entre o lugar de Oli-

Jornal Luz da Serra Nº425 - Fevereiro de 2010 Ano XXXVI

ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

Estação meteorológica em Santa Catarina da Serra No âmbito do protocolo de colaboração entre o Município de Leiria e o Ins tuto Politécnico de Leira rela vo ao Centro de Interpretação Ambiental, o Departamento de Engenharia do Ambiente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Ins tuto Politécnico de Leiria tem vindo a realizar campanhas de monitorização da qualidade do ar no concelho de Leiria, usando a sua Unidade Móvel de Monitorização da Qualidade do Ar. As campanhas, com duração de cerca de 15 dias, des namse a avaliar a qualidade do ar em cada local, de acordo com a legislação vigente no que respeita à protecção da saúde humana, e são parte fundamental da gestão da qualidade do ar no concelho

de Leiria. Para o ano de 2010, estão planeadas campanhas de monitorização em 19 freguesias do concelho de Leiria. Santa Catarina da Serra foi uma das Freguesias eleitas. O ar desta freguesia foi monitorizado entre 20 de Janeiro e 3 de Fevereiro. A Unidade Móvel de Monitorização da Quali-

dade do Ar esteve instalada no largo da Igreja neste período de tempo. O apuramento de resultados demora, aproximadamente, um mês, pelo que se for possível, serão publicados neste espaço.

Centro Cultural e Recrea vo do Vale Tacão HORÁRIO DA SECRETARIA E ATENDIMENTO DO EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA: Secretaria e posto dos CTT: - Aberto de segunda a sexta-feira das 08H30 às 18H00 sem interrupção à hora de almoço. Execu vo da Junta de Freguesia (atendimento ao publico) no edi cio sede da Junta. - Ás quintas-feiras das 14H00 ás 18H30 - Primeira segunda-feira de cada mês, das 20H30 ás 24H00. DUMPER USADO: A Assembleia de Freguesia em sessão realizada no passado dia 18 de Janeiro deliberou autorizar a Junta de Freguesia a alienar um Dumper usado. Os interessados poderão entregar na secretaria da Junta, até ao próximo dia 24 de Fevereiro às 18H00, proposta em carta fechada. A abertura das propostas tem lugar no auditório da freguesia (an ga escola/frente à Igreja) na 5ª feira, dia 26 de Fevereiro as 18H00 em sessão pública.

Espaço em obras prepara-se para reabrir O Centro Cultural e Recrea vo do Vale tacão tem desde o início do ano nova direcção. Esta nova direcção, assumida por Dinis Filipe, natural daquele lugar, revela a vontade das gentes daquela terra, que pretende voltar a ter um espaço de convívio e de lazer naquela localidade. A nova direcção

teve o apoio dos jovens do Vale tacão, que pretendem ter assim um espaço de convívio. A Associação está dotada de várias infra-estruturas, nomeadamente um campo de futebol de 5 e de uma sala de aulas (an ga escola). Na cave encontra-se um palco para a realização de pequenos es-

pectáculos. Este espaço encontra-se em remodelação e graças às ofertas de várias pessoas, irá reabrir ao serviço da população. Esta é uma das mais an gas associações da freguesia de Santa Catarina da Serra, fundada a 22 de Maio de 1981.

RECOLHA DE MONSTROS Devido a ajustamentos no serviço por parte da Câmara Municipal podem ocorrer conges onamentos pontuais na recolha. Serviço alterna vo SUMA 244852541, ás 1as e 3as quartas-feiras de cada mês. Para esclarecimentos adicionais dirija-se às secretaria da Junta de Freguesia

Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@gmail.com - www.forserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Composição Miguel Marques - Colaboradores Fernando Valente, Virgílio Gordo, Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira e Isaque Pereira (ass. clínica geral), Liliana Vieira (Psicóloga) - Contactos Telefone (00351) 244 741 314 Fax (00351 ) 244 741 534 Correio electrónico luzdaserra@sapo.pt - Impressão Coraze - Oliveira de Azemeis - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal


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Santa Catarina da Serra com o Hai

Quer expressar a sua opinião neste espaço?

Quase nevou em Santa Catarina da Serra No fim-de-semana de 9 e 10 de Janeiro quase nevou na freguesia. As baixas temperaturas fizeram com que este facto meteorológico se verificasse abaixo dos 400 metros de al tude. Foi essencialmente na zona da Loureira/Fazarga que este facto se verificou com mais intensidade. Já Fá ma, cobriu-se de branco nestes dias.

Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@sapo.pt ou entregue na redacção (sede da ForSerra, no edi cio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra)

AMIGOS DA Com uma nova gestão, torna-se necessário destacar todos os amigos do Jornal. A par r desta data tencionamos publicar aqui todas as ofertas (o pagamento das assinaturas não são publicadas) que chegam à redacção do Jornal. O Jornal agradece. Chegaram os seguintes dona vos ao Jornal:

Jaime Manuel Reis Vieira – Suiça - 15,00 € José Ribeiro Gordo – Brasil - 10,00 € Conceição Oliveira Neves – Loureira - 5,00 € Jorge Alves – Canadá - 10,00 € Maria Julieta Santos Oliveira - Torres Novas - 2,00 € António de Jesus Marques – França - 10,00 € Célio Rito – Canadá - 7,50 € Fernanda de Jesus Bap sta – França - 15,00 € José Henriques Gordo – França - 35,00 € José Rodrigues Narciso dos Santos - Vila Nova de Gaia - 7,00 € José Oliveira Domingos - Pinheiria da Costa - 10,00 € Ir. Maria Nazário Faria – Setúbal - 20,00 € Carlos Vieira Narciso – Leiria - 52,00 € Albina Oliveira Pires – Chaínça - 15,00 € Fernando Pereira Cardoso – Caranguejeira - 32,00 €

pub

O Fes val anual organizado pelas gentes da freguesia de Santa Catarina da Serra está a cargo da ForSerra, associação macro da freguesia de Santa Catarina da Serra. A 4ª edição do evento, em 2009, foi já uma organização desta associação que durante o mês de Janeiro registou no Ins tuto Nacional de Propriedade Industrial o grafismo do evento assim como a marca “O Chícharo da Serra”. Com este passo, ficam puníveis judicialmente todos os actos de plágio do grafismo ou a u lização do nome do evento em qualquer po de outras ac vidades. Com este passo, a freguesia vai afirmando a sua própria iden dade, assim como o bom nome desta progressiva vila.

“Só podemos chorar diante desta catástrofe. Agora vamos contar os mortos e feridos”. É assim que reage ao terramoto dias depois do terramoto, um padre, no Hai . No meio de relatos dando conta de que milhões de pessoas nham sido afectadas pela catástrofe, a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) procurou incansavelmente entrar em contacto com bispos e com alguns responsáveis pelos projectos de auxílio na ilha. Foi assim que esta organização católica soube da morte do Arcebispo de Port-au-Prince, capital hai ana, D. Joseph Miot. Mons. Benoit, vigário-geral da diocese, também é dado como desaparecido. O edi cio do seminário da cidade foi gravemente danificado e ainda não se conhece o des no dos seminaristas. Regina Lynch, directora-geral dos projectos da AIS, diz que “o nosso pensamento vai realmente para o povo do Hai nesse momento. Estamos a fazer o nosso melhor para entrar em contacto com alguns dos nossos parceiros de projecto no País”. Lembrando que esta é uma das nações mais pobres do mundo ocidental, Regina Lynch assinala que “graças à generosidade dos benfeitores”, a AIS está pronta para “ajudar a Igreja e as suas estruturas” no Hai num projecto a longo prazo. Muitas estruturas da Igreja Católica sofreram pesados danos ou foram mesmo completamente destruídas, como a catedral da capital do País. Seminários, casas de comunidade religiosas, igrejas e ins tuições sociais conheceram a trágica sorte de muitos outros edi cios. Num seminário apoiado pela AIS faleceram nove seminaristas e alguns permanecem desaparecidos. Da capital hai ana chegam a todo o momento relatos de casas religiosas e de formação completamente destruídas, com várias

mortes. Par cularmente dramá ca foi a no cia da morte do Arcebispo Joseph Serge Miot, de Port-auPrince, ao cair de uma varanda em consequência do violento sismo. O vigário-geral da Diocese permanece desaparecido. Xavier Legorreta, que coordena os projectos da AIS na América La na e Caraíbas, pediu orações

“Dizem, que o melhor Carnaval é no Rio de Janeiro, é porque ainda não conhecem o da Associação do Ulmeiro” É já amanhã, que a ASSUL festeja o seu Carnaval. Com prémios para o melhor fantasiado, grupo e criança, a ASSUL prepara mais uma festa carnavalesca com muita irreverência e malandrices. Haverá jantar, pelas 20h, sob marcação pelo móvel 918109937 ou 917255850. Par cipe e verá que valerá a pena. Direitos Reservados

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Direitos Reservados

ForSerra regista marca “O Chícharo da Serra”

por todos os que foram a ngidos pela tragédia. O repto foi lançado na nossa Igreja aquando do anúncio do nib. para ajudar as vi mas da grande tragédia no Hai "quem quiser entregar por mão pode-o fazer. Foi assim que já foram entregues pelo pároco na Caritas diocesana 2.300 euros que vão ajudar a este povo aflito e destroçado. Obrigado pelo testemunho de par lha e de caridade. Campanha Hai – Ajuda de Emergência Transferência bancária para o NIB: 0032.010900200029160.73 Depósito na conta nº 109-200029160 da Fundação AIS, no Barclays Bank.

Colheita de Sangue O centro regional de Sangue de Coimbra irá realizar no próximo dia 21 de Fevereiro uma colheita de sangue junto da Associação da Loureira. A colheita terá início pelas 9h e terminará às 13h.

34ª Via Sacra dos Olivais a Fá ma Realiza-se no primeiro domingo da Quaresma, dia 21 de Fevereiro, a Via-sacra dos Olivais a Fá ma. É a 34ª vez que a paróquia peregrina com Jesus no caminho da Cruz. Muitos irmãos nossos que já deixaram este mundo peregrinaram connosco, muitas vezes com grandes dificuldades deixando-nos uma inegável testemunha de grandeza de alma e de Fé. Não posso deixar de convidar todos os habitantes desta nossa terra, que têm gravado na alma os es gmas da paixão de Cristo e sobretudo as marcas indeléveis da sua ressurreição a par cipar neste acontecimento. Às 14 horas lá estarão todos os que são capazes de caminhar e que tem a coragem de dizer, alto e bom som ao mundo que vale a pena acreditar em Jesus e estar unido a Ele nos caminhos da vida.


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Ass. Desenvolvimento Social da Loureira

Nova direcção tomou posse Foi no passado dia 10 de Janeiro que a nova direcção da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira tomou posse. Esta nova direcção terá duração até 2012. Anteriormente encabeçada por Jorge Gameiro, foi agora subs tuído por Catarina Oliveira Neves. Catarina Oliveira Neves, de 55 anos, foi professora do primeiro ciclo, profissão que exerceu até 2008. Na nossa freguesia foi professora na Escola da Chaínça e na telescola dos Olivais, entre outras. Catarina Neves assume os des nos da Associação, con nuando os seus princípios e valores. Esta nova di-

recção tem, além do normal funcionamento da Associação, um novo desafio, a organização do aniversário dos 400 anos do lugar da Lou-

reira. Cons tuição dos novos corpos sociais da associação: A mesa da Assembleia tem como presidente Maria da Conceição Rosa Fartaria e secretários Albino Ferreira Pereira e Jorge Santos Craveiro. Preside à direcção Catarina Oliveira Neves, vice-presidente José Ferreira Pereira, tesoureiro Nuno Manuel Santos Pereira, secretária Liliana Ribeiro Vicente e vogal na pessoa Mário Neves Vicente. O conselho fiscal tem como presidente Vítor Rosa Neves e secretários José Oliveira Neves e Vítor Neves Marques.

Rancho Folclórico de S. Guilherme com nova direcção Como publicado anteriormente, na assembleia geral que teve inicio no dia 18/12/2009, o terceiro ponto não foi concluído por falta de lista candidata á direcção do rancho, tendo esta sido suspensa e marcada nova data, para 15/01/2010. Retomados os trabalhos foi entregue ao Presidente da mesa da Assembleia uma lista, a qual foi aprovada e votada por unanimidade. Dos novos corpos sociais constam, na direcção, como presidente Maria Olinda Ferreira Gameiro do Vale Tacão, secretário João Paulo Sousa Costa do Sobral, e tesoureiro David Pereira das Neves do Vale Tacão. Na assembleia-geral, presidente João Augusto Trindade Dias dos Sete Rios, vice-presidente Domingos Pereira Soares do Sobral e secretária Dília Maria Ferreira Pe-

reira também do Sobral. Conselho fiscal, presidente Victor José Lopes Serralheiro do Pedrome, vogais José Jacinto Chainho Ferreira do Sobral e Armindo Correia Ba sta Henriques de Fá ma. Fazem parte ainda como grupo de apoio Daniel Santos Oliveira do Ulmeiro, Ricardo Miguel Ba sta Henriques de Fá ma e Nélio Soares Ferreira do Sobral. Esta direcção tomou posse

no passado dia 27/01/2010. A direcção que agora inicia o seu trabalho agradece aos associados presentes o seu voto de confiança e pede o contributo de todos nas inicia vas que por eles venham a ser realizadas. O Rancho Folclórico de S. Guilherme convida também todas as pessoas da freguesia, e não só, a entrar para esta família do folclore, pois serão recebidos com toda a alegria que nos caracteriza.

Empresarial Clinifá ma celebra 10º aniversário A Clinifá ma celebrou o seu 10º aniversário no passado dia 27 de Janeiro. O aniversário teve lugar no Hotel Fá ma, onde es veram reunidas cerca de uma centena de pessoas, entre amigos, médicos e colaboradores da Clinifá ma. Na cerimónia foram também entregues prémios a médicos especialistas, de várias áreas, que actualmente colaboram com aquela en dade. “Nos úl mos anos, os resultados são bastante animadores”, disse Domingos Neves, administrador da Clinifá ma. Domingos Neves realçou ainda o importante contributo que a Clinifá ma tem dado para a sociedade e a região onde se insere, destacando o importante projecto como é o Hospital Privado de Fá ma. Este projecto encontra-se pra camente concluído, estando prevista a sua apresentação para final de Junho de 2010.

Posteriormente será aberto um concurso para a sua construção, que permi rá a abertura das suas portas ao público em 2012. Deolinda Simões, presidente da assembleia municipal da Câmara de Ourém, destacou o empreendedorismo de Domingos Neves e da sua esposa, Fá ma Gameiro, destacando-os como um exemplo a seguir no concelho de Ourém. “Toda a comunidade está realmente grata, porque a Clinifá ma é importante para Fá ma” disse Nazareno do Carmo, representante do Presidente da Câmara Municipal, finalizando assim os discursos e a cerimónia. Protocolos com várias en dades permi ram-lhe abrir novos horizontes, no sen do do ambicioso projecto do Hospital Par cular de Fá ma. Este Hospital, situado em Fá ma, pretende ser referência nacional na prestação de serviços médicos. Terá capacidade para cerca de cem camas. Parte delas

estão contempladas na residencial de cuidados con nuados. Este é um projecto que representa o inves mento de 20 milhões de euros, ocupando um espaço de 7500 m2 enquadrados numa área envolvente de 20.000m2.

Voltel instala o seu primeiro painel Fotovoltaico na Freguesia A Voltel instalou recentemente o seu primeiro painel fotovoltaico de produção de energia por micro geração. Este equipamento produz energia através de um painel solar auto-rota vo, que debita na rede energé ca toda a energia que produz. Esta energia é vendida á EDP a um valor até seis vezes superior ao preço de compra. Num dia de sol, este painel produz o suficiente para o

consumo de uma habitação (20 Kw/h). Foram estas as vantagens que convenceram José Marques Gonçalves, por muitos conhecido como “Zé do Vale”, do Ulmeiro, que há muitos anos que se rendeu às novas tecnologias, não fosse ele, muito provavelmente, o primeiro a instalar um painel de aquecimento de águas. Estamos a falar no ano de 1980. “Sou um homem que acre-

dito nas energias renováveis”, é assim que ele próprio se in tula. A Voltel instalou assim na sua habitação este equipamento que, segundo o “Zé do Vale”, ficará pago dentro de 5 anos. A Voltel afirma-se, assim, neste novo mercado em expansão pelo que poderá solicitar mais informações em www.voltel.pt pub


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Jovens de 1989 - 15, 16 e 17 de Janeiro

Festa de S. Sebas ão

Quisemos aproveitar todo este momento para agradecer não só a Deus bem como aos nosso pais:

1989 - Ano em que se data um dos episódios mais marcantes da Humanidade, o início da queda do muro de Berlim, nasceram cerca de 72 jovens na Freguesia de Santa Catarina da Serra. Após uma infância em que quase todos crescemos juntos, uns foram estudar para fora, outros deram início à sua vida profissional, e outros, por diversas razões, acabaram por se afastar. Vinte anos depois, em Janeiro deste ano, voltámos a estar juntos. Voltámos à

nossa infância, voltámos a par lhar sen mentos e emoções - um regresso ao passado, como nos tempos de escola. Foram dias fantás cos, de muito trabalho mas também de muita alegria e de festa. Demos início às comemorações da Festa em honra de S. Sebas ão, com uma noite de fados de Coimbra, onde juntámos amigos e familiares, em que nem o “fadinho” do Padre Mário faltou, de bom agrado. Surgiu uma mistura de música, lágrimas

e sen mentos: tudo ao rubro. Seguiram-se dois dias de festa, de muita agitação, mas extremamente gra ficantes, em que o momento alto se deu na Eucaris a de Domingo, onde juntámos toda a comunidade cristã com Fé e, afinal de contas, algum sono. Iniciámos a Eucaris a com uma leitura sobre a vida de S. Sebas ão e oferecemos um puzzle simbólico da nossa Igreja e da imagem do santo. Durante a missa, o nosso pá-

roco dirigiu-nos muitas palavras e deixou-nos uma mensagem de alento para o nosso futuro. Em jeito de conclusão, queria agradecer a todos os que fizeram desta festa um momento único e eterno, que para sempre estará na nossa memória. A par r de hoje con nuaremos a crescer… Juntos. E até daqui a 20 anos! Um Jovem de 89…

Se hoje estamos aqui, é graças a vós. Nem sempre vos agradecemos, nem sempre vos entendemos, mas estão aqui sempre para nós. Se muitas vezes somos injustos, muitas vezes são pacientes. Se muitas vezes somos rudes, muitas mais são tolerantes. Se tantas vezes sofremos, tantas vezes nos apoiam; e se tanta vez perdemos a fé, tanta vez nos dão esperança. Por isso, este, mais do que um texto de agradecimento, é um texto de pedido de desculpa: por todas as vezes que somos inconscientes, por todas as vezes que somos ingratos, e por todas as vezes que vos desiludimos. Não fizemos um texto bonito, cheio de rimas e floreados. Não escrevemos uma história perfeita, porque a vida não é perfeita. Preferimos antes dizer que, sim, erramos, e todos os dias. Mas que hoje, pela única vez como jovens de 20 anos, temos a oportunidade de vos agradecer, aqui, por todo o esforço que têm feito por nós. Temos, antes de mais, o prazer de reconhecer o quanto são importantes nas nossas vidas. E porque a vida se faz de escolhas, precisamos sempre de quem nos conduza. A Deus agradecemos pela força que nos dá. A todos os pais aqui presentes, um muito obrigado por tudo.

Criada a Rede Social em Santa Catarina da Serra Foi no passado mês de Janeiro que pela primeira vez se reuniram todas as en dades convidadas a integrar esta rede. Para liderar este processo foi convidada Catarina Neves, ex-professora do primeiro ciclo e actualmente presidente da Associação Des. Social da Loureira. O contexto da Rede Social é auxiliar e detectar os casos de necessidades sociais e elaborar a melhor estratégia de apoio a cada caso. Na Rede Social da Freguesia de Santa Catarina da Serra foram

convidadas as seguintes en dades: Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra; Ass. Bombeiros; Casa do Povo; Ass. da Loureira; Ass. Pais da Escola Básica Integrada; Câmara Municipal de Leiria; Centro Distrital da Segurança Social; Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra; CRIF de Fá ma; Conferência S. Vicente Paulo, Agrupamento de Escuteiros; ForSerra e Junta de Freguesia. Todas as situações de necessidade serão tratados com confidencialidade, foi esta uma das

promessas da Drª Lurdes Machado, da Câmara Municipal de Leiria O que é? A Rede Social é um fórum de ar culação e congregação de esforços baseado na adesão por parte das autarquias e de en dades públicas ou privadas com vista à erradicação ou atenuação da pobreza e da exclusão e à promoção do desenvolvimento social. Pretende-se fomentar a formação de uma consciência colec va dos problemas sociais e contribuir

para a ac vação dos meios e agentes de resposta e para a op mização possível dos meios de acção nos locais. O que se propõe é que em cada comunidade se criem novas formas de conjugação de esforços, se avance na definição de prioridades e que em suma se planeie de forma integrada e integradora o esforço colec vo através da cons tuição de um novo po de parceria entre en dades públicas e privadas com intervenção nos mesmos territórios.

Catarina Neves Coordenadora da Rede Social pub


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O prome do é devido. É desta vez que responderei, pelo menos em parte, à questão de saber porque é que Santa Marta vem quase sempre acompanhada do dragão e da caldeirinha de água benta. Outrora, era cantado, na Loureira, um hino que fazia já alusão à história que importa agora conhecer. Nesse hino se cantavam, entre outras, estas duas quadras: «Do dragão, por domado Imagem de Satanás, Defende os teus protegidos, P’ra todos alcança a paz». «Foste em terras de Marselha Do Evangelho a pioneira; Roga a Deus nos dê a graça De vivê-lo, a vida inteira». Reza uma história an ga, muito difundida em toda a zona provençal francesa, que Santa Marta teria um dia desembarcado algures no largo estuário do Rio Ródano jun-

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tamente com sua irmã Maria, Maria de Madalena e Lázaro. Segundo a mesma história apologé ca, Santa Marta teria depois subido rio acima até uma povoação que se virá a chamar Tarascon. Nessa povoação ribeirinha do Rio Ródano corria o pavor por causa de um monstro chamado “Tarrasca” que saía com frequência do meio do Rio para devorar crianças e até pessoas adultas. Ainda segundo o relato an go, Santa Marta teria dominado esse monstro, aspergindo-o com água benta. Uma vez domado, Santa Marta conduziu o mostrengo até junto da população, que pôde, enfim, despedaçá-lo. Desta forma, Santa Marta libertou a povoação desse pavor colec vo. A história difundiu-se, depois, por toda a região provençal que veio a ter por Santa Marta uma grande devoção. Ainda hoje, na actual cidade de Tarascon, tem lugar, anualmente, grandes fes vidades em honra de

TARRASCON - Festas de Santa Marta

Santa Marta. O momento alto das festas é um grandioso cortejo com as autoridades religiosas e civis da região e muito, muito povo. Na frente do cortejo vem uma jovem ainda adolescente que traz domada a grande Tarrasca que, naquele dia, é re rada do seu Antro. Há na rua principal de Tarrascon um lugar de visita turís ca obrigatória que é precisamente “O Antro

da Tarrasca”. No Verão passado, já com vista à preparação das nossas Comemorações dos 400 anos, nos deslocámos (a Catarina e eu próprio) a Tarrascon, para conhecer in loco a história e os lugares de culto de Santa Marta. Visitámos a Abadia de Santa Marta, o Castelo e o Museu. Estabelecemos também contactos com a Divisão Cultural da Câmara Municipal de Tarrascon. Dessa deslocação colhemos muitos documentos e ficámos com a ideia clara que Tarrascon é, sem dúvida, o lugar de culto mais importante no Mundo que tem Santa Marta por padroeira. Termino com um desafio: – E porque não uma viagem a Tarrascon no próximo Verão?

A Comissão dos 400 anos da Loureira, convida todos a estarem presentes no lançamento do Estudo Histórico e Documental LOUREIRA 1610-2010. A cerimónia terá lugar na Capela da Loureira pelas 21h no dia 20 de Fevereiro.

TARRASCON – Abadia de Santa Marta

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No cias do

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Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra

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Escola/Família

Dia de Reis

Juntos na gestão de conflitos na adolescência

Jardim de Infância de Magueigia

No passado dia 29 de Janeiro realizou-se na Escola sede um encontro para pais/encarregados de educação subordinado ao tema “Escola/Família – como lidarmos juntos com os conflitos/indisciplina na (pré)adolesência”. O auditório esteve cheio, pois a temá ca ca vou a comunidade educa va. Dinamizado pelas docentes Ana Cris na Almeida e Rosa Santos, este encontro procurou sensibilizar os pais/encarregados de educação para a problemá ca da adolescência e para a importância que têm como primeiro exemplo na educação dos filhos. Reflec u-se e analisaram-se situações que contribuem para a prevenção de comportamentos inadequados e indisciplina-

dos. Destacou-se também a importância da parceria escola/família para consolidar o processo de ensino-aprendizagem do aluno. Muitos pais têm um conceito errado sobre a escola e pensam que “despejar” o filho na escola é suficiente e que, a par r dali, a responsabilidade da educação é da es-

cola. Contudo, convém relembrar que à família cabe o papel de educar, de impor regras, estabelecer horários e limites, à escola compete a aprendizagem. E quando os pais não conseguem impor limites no uso do computador ou telemóvel, estabelecer ro nas diárias de estudo, regras de convi-

Agenda Extracurricular 2º Período Para o 2º Período, o Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra tem planificadas ac vidades no âmbito da cultura, expressão plás ca, leitura e ciências, cujos objec vos são apoiar os programas curriculares, proporcionando abordagens diversificadas

do processo de ensino/aprendizagem, de modo a promover o sucesso e desenvolver competências no âmbito da leitura, da escrita, da Matemá ca, das ciências e da cidadania. Por outro lado, serão promovidos encontros para pais/encarregados de educação

subordinados a temá cas actuais e de interesse geral: u lizar e navegar na Internet de forma segura e acompanhar o crescimento dos jovens, conseguindo gerir conflitos e problemas associados à adolescência.

Janeiro

Fevereiro

Março

· Concurso “Anedota da Semana” · Mês dos ditados populares · Exposição sobre a vida e obra de Luís de Camões · Olimpíadas do Ambiente · Semana da escrita – 1º ciclo · Encontro com pais/encar. de educação – “Escola e Família – Gestão de conflitos na adolescência”

· Campeonato de Ouri · Encontro com pais/enc. de educação - Internet Segura · Jogo do 24 · Fotomat · S. Valen m – concurso pares amorosos da literatura · Desfile de Carnaval · Semana da Matemá ca · Concurso literário e desenho “A minha família”

· Visita de estudo a Leiria · Visita de estudo ao Museu da Electricidade · Concurso de escrita cria va “Dia do Pai” · Dia Mundial da Poesia · Semana da leitura · Feira do livro · Semana das Ciências · Olimpíadas do Ambiente · Páscoa - Caça ao tesouro

vência, deveres de casa, cuidados com a alimentação, deixam de ter domínio sobre os filhos. E neste contexto, a escola já pouco conseguirá fazer, pois os alunos não querem cumprir regras e, consequentemente, surgem comportamentos indisciplinados e, por vezes, agressivos. Dada o elevado número de pais/encarregados de educação inscritos, este encontro irá repe r-se na primeira semana de Fevereiro. Na semana seguinte, será também promovida uma sessão para os pais/encarregados de educação dos alunos do 1º ciclo e pré-escolar, cuja temá ca será adaptada a estes níveis de escolaridade.

Depois das férias de Natal, regressámos ao Jardim e já era quase Dia de Reis. Como queríamos dizer a toda a gente que os Reis Magos nham chegado ao presépio, fizemos uma coroa: cada um de nós escolheu o molde que quis e colocámos mãos à obra. Contornámos, picotámos, recortámos e colámos enfeites nas nossas coroas. Aprendemos duas canções dos Reis: uma foi ensinada pela professora Eunice, na Componente de Apoio à Família, e outra pela educadora, e lá fomos nós pelas ruas da Magueigia. Quando tocávamos à campainha das casas, as pessoas vinham ver e ficavam com uma cara alegre. Noutras casas não estava ninguém. Também cantámos às pessoas que encontrámos na rua: a mãe dos gémeos e o

pai da Teresa. Algumas pessoas deram-nos bombons, amêndoas, chocolates, chupa-chupas e moedas. Não pudemos ir cantar ao Ulmeiro, porque de tarde começou a chover. Como as nossas mães não nos viram, quando chegaram ao Jardim, à tarde, fizemos um Concerto de Reis para elas. Educadora e crianças do Jardim de Infância de Magueigia

Projecto ForSerra

Cria a primeira página do jornal “Cria a primeira página do jornal” é este o nome do projecto que irá colocar os alunos do Agrupamento de Escolas à prova. Pintura, recortes, cria vidade gráfica no computador, fotografia em que será eleita a melhor capa de jornal com bases em ideias originais/cria vas. Este projecto é inicia va da ForSerra que pretende assim dinamizar o Jornal com a divulgação do jornal e interacção com a comunidade. O vencedor do projecto verá o seu desenho publicado na capa do jornal do mês de Maio de 2010. Os desenhos poderão ser enviados até dia 30 de Abril conjuntamente com a ficha de inscrição. Esta inicia va está também aberta a todos aqueles que queiram par cipar na ideia, onde poderão pedir mais informações pelo email luzdaserra@sapo.pt, ou entrar em contacto com a redacção do jornal pelo número 244 744 616. pub


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Desporto 12 Futebol de Formação e não só Fazendo uma retrospec va futebolís ca, não poderia deixar de me referir ao futebol jovem. Também nesse aspecto 2009 foi um ano marcante. Não tanto pelos resultados em si mas tal como há alguns meses realcei, pelo protocolo realizado com o Grupo Despor vo e Recrea vo de S. Guilherme. Começando pelos juniores, num novo formato compe vo, com a desistência de uma das equipas da série e com a evolução confirmada com o visionamento de alguns jogos em casa, a fase seguinte foi alcançada com maior ou menor dificuldade. Os juvenis, depois de várias épocas com resultados que os guindaram também em algumas épocas a militarem na divisão de honra do distrito, ainda não conseguiram ganhar qualquer jogo desde do início da época, no campeonato. Situações como esta acontecem frequentemente nas camadas

2010

Os úl mos encontros de séniores

jovens, onde nem sempre a mudança de escalão condiz com a qualidade das equipas. Ao contrário, os Iniciados depois de também terem andado pela honra algumas épocas, estão num honroso segundo lugar. Os infan s lutam ombro a ombro com os seus adversários, pelos primeiros lugares da classificação. Se nestes escalões os bons resultados são aqueles em que o seu desenvolvimento despor vo é o melhor, que dizer das Escolas e Escoli-

nhas, que disputam vários torneios distritais? Que tenham todos um bom 2010! Para os outros atletas santacatarinenses pra cantes, que involuntariamente possa estar a omi r, aqui deixo não só o meu e-mail pessoal, como a sugestão de fazerem o favor de me enviarem no cias até ao úl mo Domingo de cada mês. virgiliogordo@live.com.pt Saudações despor vas para todos. Viva 2010!

Futebol Sub-19 Ruben Brigído na selecção nacional Sub 19 Este jovem natural dos Campinos, freguesia da Caranguejeira, passou pelas Escolas e pelos Infan s da UDS, há já algumas épocas. Quem o viu jogar algumas as vezes como eu ve oportunidade de o fazer, poucas dúvidas teve rela vamente às naturais capacidades para que o então menino Ruben, alcançasse patamares elevados no futebol. Assim fosse seu desejo e da família, par cularmente os pais. Como tal tem vindo a acon-

tecer, o Ruben tem sido um autên co “sal mbanco”. Depois da UDS, o Spor ng Clube de Portugal em infan s. Depois no Despor vo de Fá ma no primeiro ano de iniciado. No segundo ano desta categoria e no primeiro como juvenil, rumou ao CADE do Entroncamento. Finalmente a União Despor va de Leiria, desde do segundo ano de juvenil, onde tem sido chamado ul mamente ainda júnior, em jogos dos seniores, como

aconteceu no jogo para a I Liga no Dragão, com o Spor ng Clube de Portugal e Spor ng nos úl mos jogos para a Taça da Liga (Carlsberg Cup), efectuados na cidade do Liz e na dos Arcebispos, respec vamente. Para o Ruben, as maiores felicidades num mundo di cil, onde os perigos espreitam ao virar da esquina e uma palavra de apreço das pessoas ligadas de uma forma ou outra à UDS. pub

Depois do o úl mo ar go ter afirmado que 2009 foi o ano de “afirmação” dos seniores nos campeonatos nacionais, impõe-se que comente os úl mos resultados, pois os mesmos podem induzir em erro. Sobretudo aqueles que não têm presenciado ao vivo os respec-

nhense, em que houve como que uma troca. Um factor a ter em conta, talvez o mais importante. Apesar de só estarem disputadas duas jornadas da segunda volta, se se confirmar a “falta de comparência” no jogo que deveríamos ter disputado nos Açores com o Vi-

vos jogos. É um facto de que os mesmos é que contam tanto para o presente, como para o futuro, mas não reflectem, nem de perto nem de longe, o que se tem passado em campo. Com excepção para os jogos com o Tourizense e Mari-

tória do Pico, a pressão virá a aumentar, pois a classificação começa a ser a dos lugares próximos dos lugares de descida de divisão. Apesar desse factor fundamental, na minha opinião dificilmente a equipa se deixará abater. Primeiro porque

tem um excelente treinador, segundo porque possui jogadores em grande número, não só acima da média técnica e tác ca, como possui uma grande experiência. Na primeira jornada em 2010, empate em Oliveira do Bairro, consen do nos úl mos instantes da par da. Depois a vitória sobre o Tourizense e a derrota na Marinha Grande, como atrás afirmei, em igualdade de circunstâncias. Finalmente nestas duas primeiras jornadas, após o virar do calendário, dois empates frustrantes. Em Viseu, os três pontos fugiram aos 90 + 4 minutos e diante do Pampilhosa. Só uma vergonhosa arbitragem na primeira parte e alguma falta de sorte na segunda evitaram que se derrotasse sem apelo nem agravo, o primeiro classificado.

Futsal Ana Filipa Lopes dos Santos brilha na modalidade É verdade, falar de futebol de 11, quase sempre é fácil, não só para mim, como para a maioria dos mortais, mesmo aqueles que de mais longe seguem aquele que hoje por hoje é o maior fenómeno a nível planetário. Agora falar de Futsal, já tem que se lhe diga, pois pode considerar-se que é uma espécie de “parente” pobre do futebol. Mesmo considerando o grande, o “enorme” desenvolvimento que esta modalidade despor va tem dado de há alguns anos a esta parte. Considerando ainda que hoje pouco ou nada tenha a ver com o an go futebol de salão, pode fazer lembrar-nos um pouco essa modalidade que há 25, 30 anos era um dos baluartes despor vos da nossa região e até a nível nacional, par cularmente em torneios não federados. Hoje, para lá da federação da modalidade, são já milhares os (as) atletas que

existem no país e também a nível mundial. Ora, no lugar do Vale Tacão, mora uma jovem de 16 anos conhecida por Anita, que é jogadora de futsal feminino do CEF – Centro de Estudos de Fá ma. Até aqui tudo normal. É o percurso de qualquer jovem estudante, hoje. Só que a nossa jovem conterrânea está a percorrer um caminho de sucesso, tal como o João e outros jovens da freguesia que, no futebol e numa ou outra modalidade se têm destacado ao nível de selecções regionais ou nacionais, neste caso. Desde muito cedo, a Anita começou a destacar-se, primeiro no futebol de sete, onde integrou a selecção distrital de Santarém sub17, aos 13, 14 e 15 anos. Depois na selecção distrital de Santarém em Futsal, sub 19 apenas com 14, 15 e 16 anos. Em Maio do ano findo de 2009, o maior prémio. Inte-

grou um estágio da selecção sub-19 durante dois dias no Jamor. Colec vamente no CEF, já ajudou a ganhar o Torneio Complementar de 2007/2008, o Campeonato da 1ª divisão de séniores femininos e a Taça do Ribatejo, ambos em 2008/2009. E ainda só tem 16 anos. Sem dúvida uma grande e forte promessa de grandes e futuros sucessos, assim o desejamos todos os santacatarinenses e não só. Força Anita!


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Ciclistas recebem trofeus em Alpiarça Américo e Célia Vieira e Augusto Gonçalves receberam no passado dia 23 de Janeiro os troféus referentes à úl ma época. Numa gala realizada em Alpiarça, organizado pela Associação de Ciclismo de Santarém, es veram reunidos algumas centenas de pessoas ligadas à modalidade.

Agrupamento de Escuteiros 1211

Pool Escuteiros solidários Português com missão em Angola O jovem Hugo Moreira Marques, natural da Loureira, conseguiu o apuramento para ir às semi-finais da modalidade de Pool Português. Integrado na equipa”Rebolaria”, Hugo teve um jogo onde venceu o adversário por 5-2 a 30 de Outubro de 2010, voltando a repe r a proeza a 18 de Dezembro pelo mesmo resultado levando-o à úl ma eliminatória onde foi vencedor por 5-4. O primeiro apuramento para a taça de Portugal realizou-se no Algarve, onde teve como seu adversário um dos melhores jogadores nacionais da modalidade, Henrique Correia, num jogo realizado a 30 de Janeiro de 2010 no Algarve.

Pentatlo Moderno Carina Vicente detem actualmente vários tulos na modalidade.

Carina Tomás Vicente tem 19 anos é natural da Loureira e pra ca um desporto pouco comum, o Pentatlo Moderno. Esta modalidade

é a junção de outras modalidades despor vas que inclui natação, corrida (resistência), ro, esgrima e hipismo. Esta atleta começou a dar os primeiros passos no atle smo conseguindo bons resultados, mas um convite que aceitou para experimentar o pentatlo, abriu-lhe os horizontes para alcançar novas metas. “É uma modalidade muito pouco desenvolvida” – diz, referindo-se ao facto de exis rem poucas infra-estruturas para a prá ca de todas as modalidades. Deu os primeiros passos no ex nto “Bairro dos Anjos” ,em Leiria. De onde seguiu para Caldas da Rainha. Desde então, tem par cipado em campeonatos nacionais e internacionais. Integrada no escalão Júnior (até aos 21 anos), Carina Vi-

cente aos 17 anos, conseguiu um 3º lugar no campeonato nacional. Na época seguinte, 2007/2008, este desporto levou-a até à Bulgária para par cipar no campeonato da Europa de Biatlo (modalidades: ro e corrida) e à França para par cipar no campeonato do mundo. Na úl ma época, 2008/2009, conseguiu o tulo nacional numa prova realizada em Junho em Pataias. Detém o tulo de campeã da Península Ibérica em Biathle (modalidades: natação e corrida), conseguido em Espanha, na cidade de Santander, no passado dia 5 de Setembro de 2009. Nesse mesmo mês, a atleta foi também à cidade de Oberhof, Alemanha, par cipar no campeonato do mundo de

Biatlo (modalidades: ro e corrida). “Depende, se houver técnicos à altura”- foi esta a resposta da atleta quando ques onada se pretendia fazer carreira na modalidade. Os técnicos para as modalidades são também quase inexistentes, por isso, a atleta encontra-se a estudar Treino Despor vo, com especialização em Pentatlo Moderno, em Rio Maior. Os pais, Lourenço e Maria Vicente, são novos nestas andanças de prá cas despor vas, mas é com emoção que a mãe revela o sen mento de ver a sua filha a par cipar em campeonatos da modalidade. “É um orgulho muito grande, muito grande mesmo” - frisa.

O Sr. João José Pereira da Silva Antunes, um voluntário missionário de Leiria, como foi dito na úl ma edição deste jornal, vai para Angola para a Missão do Luau. Já na sua outra ida a Angola teve o apoio de Santa Catarina da Serra. A divisa escu sta é: Sempre Alerta, que quer dizer que os Escuteiros têm de estar sempre prontos para cumprir o seu dever. Assim, os Pioneiros puseram mãos à obra e trabalharam para angariar alguns fundos para ajudar o Sr. João na sua ida em Missão para Angola. Para tal, no passado fim-desemana de 16 e 17 de Ja-

neiro, na Festa de São Sebas ão, os Pioneiros fizeram na Sede do Agrupamento uma tasquinha para vender “Crepes à Escuteiro”. Para além do principal objec vo desta ac vidade, a angariação de fundos, os Pioneiros aprenderam que nem tudo é simples como parece, e só com o trabalho em equipa é possível cumprir objec vos. Agradecemos a todos os que nos ajudaram a ajudar. O nosso muito Obrigado. Pioneiros de Santa Catarina da Serra Canhota Amiga

Vamos cantar as Janeiras Os Pioneiros de Santa Catarina da Serra têm como grande empreendimento (ac vidade da secção) para este ano escu sta, a ida a Taizé. Para que tal seja possível muito se tem a fazer, pois sem trabalho, esforço e dedicação nada é possível, nem tem o seu devido valor. Para além do esforço em secção, cumprindo objec vos pré-estabelecidos, existe a necessidade de trabalhar para angariar dinheiro para ajudar na viagem e estadia. Como primeira ac vidade, os Pioneiros afinaram suas vozes e lá foram de porta em porta desejar um bom ano a todos os paroquianos de Santa Catarina da Serra. No meio de algumas desafinações e engasgos, fomos deixando um pouco da nossa música e alegria junto daqueles que cruzaram o nosso caminho. Com muita pena nossa, não conseguimos chegar a todas as portas, pois Janeiro fez-se curto. Desejamos a todos os que

não nos puderam ouvir, um bom ano. Boas festas, boas festas, Boas festas vimos dar, Se não forem boas festas, Faz favor de desculpar. A esta casa viemos, Por ter ouvido dizer, Que aqui mora gente honrada, Amiga de bem fazer. Ó minha rica senhora, Cumpra a sua obrigação, Meta a mão à salgadeira, Puxe cá um salpicão. Viva também a Senhora, Raminho de salsa crua. Quando chega à sua porta, Alumia toda a rua. Despedida seja dada, Bem hajam e até p'ró ano, Que temos inda que andar, pois se não formos depressa, Já tudo se foi deitar. Obrigada Boa Gente Por tudo o que fizeste Vamos embora contentes Com as Janeiras que deste pub

Publicite neste jornal 917480995 luzdaserra@sapo.pt


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Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra

“ Todo o ano em movimento, com os avós do nosso Centro” O Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra tem promovido anualmente várias ac vidades para os utentes de maior idade que frequentam as várias valências do Centro (Centro de Dia, Apoio Domiciliário, Centro de Convívio e Lar). O Mapa de programação mensal está exposto no Lar e Centro de Dia, para que os utentes e familiares a possam consultar. A programação dessas ac vidades e baseada nos interesses, costumes e gostos pessoais dos utentes, com um único objec vo: promover o bemestar psicossocial destes cidadãos. A par cipação dos utentes nas ac vidades realizadas durante o ano de 2009 é variável porque depende dos gostos pessoais e da vontade de cada um. O Centro es mula e mo va a par cipação, mas não pode obrigar ninguém. Temos que respeitar a vontade de cada um. Passamos a enumerar as ac vidades realizadas no ano de 2009: - Cantámos as Janeiras nos vários serviços da freguesia (junta de freguesia; cafés, banco e lojas); - Comemoração do dia do Idoso, do dia do pai, do dia da mãe, da Primavera e o dia do magusto, com baile de conser nistas; - Comemoração, do dia da criança, no Vale Mourão, - Comemoração dos aniversários dos utentes em Centro de dia, apoio domiciliário e lar; - Comemoração da Páscoa (Via sacra nos Valinhos de Fá ma, passagem de um filme, reflexão); - Comemoração do Carnaval (baile de mascaras e des-

file); - Uma aula de ginás ca semanal; - Massagens de es mulação circulatória, aos utentes dependentes, diária, excepto aos sábados e domingos; - Semanalmente vem uma técnica ao Centro fazer massagens localizadas. Este tratamento é pago pelo utente; - Manicura às sextas feiras: “Can nho de Beleza”; - Fomos à feira de Ourém nove vezes; - Fomos à feira de S. Ma-

- Piqueniques, à Senhora do Monte, Casal dos Bernardos, N.ª Senhora da Or ga, no Vale Maior e no Vale Mourão; - Visita aos Viveiros de S. Jorge; - Passeios, Agroal, Praia da Vieira e dois passeios à praia do Pedrógão; - Uma semana de férias na praia do Pedrógão; - Realização de um sonho gratuitamente (um utente foi fazer um passeio de avioneta);

Associação de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

Mais de 18.000 jolos assentes gratuitamente Quem tem dado as mãos nestas úl mas cinco, seis semanas tem sido os inúmeros voluntários (pedreiros e serventes), que em seis sábados assentaram mais de 18.000 jolos, para que as várias divisões do interior do quartel sejam já uma realidade. Desde directores (as), bombeiros, população, empresas de materiais de construção e de géneros alimen cios (padarias, talhos, serviço de buffet, cozinheiras, etc.), formámos autên cas equipas não só de trabalho, como de amizade e sã camaradagem, com a certeza de termos

contribuído para que se tenham poupado alguns milhares de euros nesta fase das obras. Agora seguir-se-ão os acabamentos, a começar pela rede de águas e esgotos,

electricidade e tudo o que permi rá que esta grande obra comunitária seja uma realidade, num futuro rela vamente próximo. Virgílio Gordo

Rancho Fólclórico de S. Guilherme

2º Espichar do Vinho

mede sete vezes; - Fomos à feira dos Pinhões ao Olival; - Fomos ao Santuário de Fá ma catorze vezes - Par cipação na Feira de Maio e no Fes val “O Chícharo da Serra”; - Execução de trabalhos manuais que foram expostos na feira de Maio e no Fes val “O Chícharo da Serra”; - Rastreios de tensão arterial, peso e valores de glicemia capilar; - Oração diária com a par cipação ac va dos par cipantes; - Acompanhamentos dos idosos aos serviços - Idas ao café local, com os utentes das valências de centro de dia e lar;

- Apanha da azeitona e de fruta; - Auxilio nas tarefas diárias do Centro (cortar legumes, par r nozes etc.) - Cuidar das plantas do nosso centro, “ jardinagem dos avôs “; - Formação sobre a Gripe A; - Realização da festa de Natal; - Realização da passagem do ano com um grupo de conser nistas; - Visita dos utentes de centro de dia e lar aos utentes de apoio domiciliário - Filmagens das ac vidades diárias no C.S.P. com a emissora “Canção Nova “; - Par cipação no programa de televisão “O Preço Certo”.

Realizou-se no passado dia 10 de Janeiro, pelas 15:00 horas, no Núcleo Museológico e Etnográfico do Rancho, o 2º “Espichar”, pequena festa para a prova do vinho produzido nas nossas instalações. Foi uma tarde bastante animada pelas muitas pessoas que por lá passaram, apesar do frio que se fez sen r nesse dia. A festa terminou já passava das 20 horas, depois de se ter realizado o sorteio.

Os números premiados foram: 1º prémio – 0726 – Gonçalo Silva – Casal Suão 2º prémio – 0456 – José Pina – Sete Rios 3º prémio – 1018 – (sem nome) A direcção do rancho a todos agradece a presença nesta pequena festa que começa já a ser um marco na vida do rancho.

“Nasceu o Espicho…!” Nasceu no dia 22 de Janeiro um belo vitelo de raça Mirandês, filho da outra vaca mirandesa que compõe a junta que o Rancho adquiriu para valorizar o seu património, ao qual demos o nome de Espicho, por ter nascido na altura do espichar do vinho. pub


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RELÓGIO DE SOL VERTICAL-MERIDIONAL DE LOUREIRA: 1847 O relógio de sol com a data mais recuada da região onde se encontra inserida a freguesia de Santa Catarina da Serra está posicionado em Casal do Farto, Fá ma. Trata-se de um exemplar de 1768, já analisado por Vasco Jorge Rosa da Silva, no ar go "Relógios de Sol no Portugal Setecen sta" (in Revista "Estudos de Castelo Branco", Castelo Branco, Julho de 2007, n.º 6, pp. 152-165). O instrumento de medição do tempo, de formato rectangular, com uma escultura no topo, está graduado por algarismos e não por numerais romanos, como, aliás, também era frequente. Com a inscrição «ANNO 768», o relógio principia com o número 5, à esquerda do mostrador, correspondendo às cinco horas da manhã, seguindo, em progressão, até às 12 horas ou meio-dia, na parte inferior do objecto, como se verifica em todos os exemplares ver cais-meridionais, ou seja, com orientação Norte-Sul. Uma verificação mais rigorosa do instrumento permite determinar a existência de linhas correspondentes às meias horas. Das 12 horas, na parte inferior do gnómon, a numeração prossegue da 1 da tarde até às 7. Correctamente conservado, o instrumento ainda possui o es lete ou ponteiro em ferro, Fe. Este encontra-se fixado ao mostrador de rocha através de uma massa de chumbo, Pb, muito u lizada, à época, para fixar metais às pedras. Por fim, ainda em Fá ma, existe um outro relógio solar ver cal-meridional na reduzida capela de Amoreira. De formato rectangular, no topo da estrutura, tem a data de «1905». Na freguesia da Serra, para além dos relógios solares decora vos, dos quais existem vários, mas sem qualquer importância histórica ou cien fica, somente se conhecia um, não datado, cuja função era, de facto, medir as horas solares. Este, de formato rectangular, como, aliás, a maior parte deles, está situado na habitação que foi de David de Oliveira

Neves (1906-68), no sí o de Água Braia, Quinta da Sardinha. Sendo um instrumento ver cal-meridional, que se encontra numa esquina da estrutura arquitectónica, tem uma orientação convencional, Norte-Sul. Da esquerda para a direita, a graduação principia às 7 horas da ma na, prosse-

Fig. 1 - Relógio solar ver cal-meridional de Loureira, datado de «I847». Posição Norte 39º 39' 35,39'', la tude, Oeste 8º 41' 25,21'', longitude, e 374 metros de al tude (foto de 28.1.2010).

guindo pelas 8, 9, 10, 11 e 12 horas, na parte inferior. Do lado direito, correspondendo às horas da tarde, os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5. O es lete ou ponteiro é um arame. Apesar de o Autor deste ar go ter procurado já ves gios de relógios de sol na freguesia de Santa Catarina, até ao dia 28.1.2010 nunca foi encontrado nenhum, embora es vesse informado de que, num passado ainda não muito longínquo, exis ram diversos na paróquia. Na centúria de Novecentos, alguns dos habitantes estavam habilitados para a construção deste po de instrumentação. A dúvida dissipou-se quando, no sobredito dia, na morada de José dos Santos Pereira das Neves, de Loureira, a quem o Autor agradece a colaboração e a obtenção de fotografias, foi confirmada, finalmente, a presença de um relógio solar histórico,

de uso cien fico, na freguesia de Santa Catarina da Serra. Trata-se de um instrumento de orientação NorteSul, ver cal-meridional, que estava, no passado, posicionado na parede ou na esquina de um edi cio, hoje inexistente. A parte detrás do relógio, que é informe, confirma que se encontrava inserta numa estrutura de alvenaria, composta por rochas calcárias sobrepostas e saibro nos inters cios. Por sua vez, na secção frontal, o mostrador apresenta um formato rectangular, ver cal (fig.1). O instrumento está provido de uma linha recta que une o topo à base. Na parte média e superior da rocha de calcário podem observar-se dois rectângulos, encontrando-se um posicionado no interior do outro. A linha ver cal divide os quadrilongos em duas partes simétricas. Deste modo, na da esquerda, tal como nos relógios de Casal do Farto, de Amoreira e Água Braia, estão os algarismos correspondentes às horas ma nais, principiando pelo numeral 6, na parte superior, seguindo-se o 7, o 8, o 9, o 10, o 11 e, na parte inferior da caixa, o 12, isto é, o meio-dia. Por seu lado, na parte direita estão os algarismos correspondentes às horas da tarde, principiando pelo 1 e 2, ainda na parte inferior do mostrador, e seguindo pelo 3, 4, 5 e, por úl mo, o 6, na secção superior direita. A parte alta da cercadura, cons tuída, como se afirmou, por dois rectângulos, não possui nenhuma linha ou algarismo, a não ser a ver cal, que atravessa o mostrador de alto a baixo. Para além das horas, o relógio solar de Loureira caracteriza-se ainda pela existência de diminutas linhas entre os numerais. Estas, que correspondem às meias horas, deixam evidenciar a precisão do instrumento. Assim, é possível verificar as das 6:30, 7:30, 8:30, 9:30, 10:30 e 11:30 da manhã, mas também as das 12:30, 1:30, 2:30, 3:30, 4:30 e 5:30 da tarde. Todas as linhas convergem para um ponto central, na parte su-

Publique gratuitamente neste Jornal Vasco Jorge Rosa da Silva Historiador perior do relógio de sol, onde estava o es lete ou ponteiro metálico, que já não existe. Apesar de tudo, é dedu vel, porque idên ca situação ocorre com outros instrumentos congéneres, que o ponteiro es vesse posicionado perpendicularmente ao mostrador, projectando-se para diante. Entre o es lete e a área dos numerais exis a um ângulo recto. No extremo superior do objecto, que urge preservar, encontra-se a data do próprio. Do lado esquerdo do traço ver cal, o numeral romano «I» junto ao algarismo «8» dá «I8». Por sua vez, do lado direito do mostrador encontra-se o «47». Em síntese, «I847». Os relógios solares u lizaram-se em Portugal até ao século XX, como, aliás, se pode verificar na freguesia da Serra. Tinham como objec vo auxiliar as populações nos afazeres agro-pastorís, situando-se, no geral, em pontos elevados, em ângulos ou mesmo na parte superior de edi cios, facto que permi a aos transeuntes a observação das horas solares. Quando os não havia, os indivíduos orientavam-se, de forma directa, pelo movimento aparente do Sol. De ter em consideração que as horas solares não correspondem ao tempo industrial, da máquina, que se foi impondo na socioeconomia à medida que as ac vidades agro-pastorís se abandonavam. O tempo hodierno não é natural, mas ar ficial. Os relógios solares tornaram-se obsoletos num mundo controlado pela maquinaria, que exige um tempo cada vez mais preciso, com marcações ao segundo, décimo de segundo (1/10) ou mesmo ao centésimo de segundo (1/100).

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úl ma

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Portugal junta-se para limpar as florestas «Limpar as lixeiras ilegais existentes no espaço florestal de Portugal» é o objec vo do projecto «Limpar Portugal» que está, actualmente, a recrutar voluntários para o processo que se vai realizar no próximo dia 20 de Março de 2010. A ideia veio da Estónia, que conseguiu reunir cerca de 50 mil pessoas e em 5 horas limparam o país. A inicia va estende-se agora até Portugal. No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema. “Limpar Portugal? Nós vamos fazê-lo! E tu? Vais ficar em casa?" Mais info em: www.forserra.com e www.limparportugal.org

Convite Vale Sumo 400 anos De 29 Setembro a 3 de Outubro de 2010 As várias comissões da Capela convidam a comunidade a par cipar nas comemorações dos 400 anos da Capela do Vale Sumo. Sendo esta uma ocasião privilegiada de

Fevereiro

convívio, valorização cultural, humana e de diver mento, agradecemos a mobilização de todos, em especial dos moradores, para a realização deste evento.

13 - ASSUL Desfile de Carnaval

21 - Paróquia Santa Catarina da Serra 34ª Via Sacra dos Olivais a Fá ma

16 - Casa do povo Baile de Carnaval

27 - Grupo D. Recrea vo de S. Guilherme Festa Anos 80 com Dj da época

Ass. S. Miguel Desfile Carnavalesco

Março

20 - 400 anos Loureira Lançamento do Estudo Histórico e Documental Loureira 1610-2010

6 - Ass. S. Miguel Jantar Convívio 7 - 400 anos Loureira Feira An ga pub


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