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Achiologia Ouvi recentemente falar de «Achiologia» uma «ciência» muito an ga mas que a ngiu o auge do seu crescimento nos nossos dias. Perguntarão todos o que é isso e para que é que serve. Claro que se trata de uma brincadeira que no entanto explica muita coisa do espírito individualista e egoísta que hoje vivemos. A palavra achiologia não está no dicionário mas até podemos reivindicar para ela esse direito um pouco como «mudas » ou bué ou outras palavras que a cria vidade inventa. Achiologia é a ciência do “eu acho”. Claro que temos o direito de achar tudo e mais alguma coisa...achar isto e aquilo, acerca de Deus, dos outros, da polí ca, da economia, dos padres e dos leigos... Porém esta teoria do “eu acho” leva algumas vezes a achar o que não se pode achar pois nós lidamos com certezas de fé e caminhos estreitos que se escolhem ou não se escolhem, que se aceitam ou não sob pena de nos estarmos a pôr dentro do dinamismo da salvação e da Igreja ou, pura e simplesmente, fora de tudo isto. Jesus Cristo diz " O homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão os dois uma só carne" mas eu acho que o casamento para sempre é uma cha ce e eu acho que é muito melhor juntarmo-nos quando nos apetece... A Igreja diz que o casamento católico é necessário para formar uma família cristã e assumir a responsabilidade do amor em plenitude com a graça de Deus, mas eu acho que posso dar aos meus filhos "o que os meus pais me deram a mim", se bem que eles são casados pela Igreja, mas eu acho que isso para mim, que sou muito mais esperto e inteligente, isso não é preciso. É o “eu acho em tudo. O que pensar de: Jesus Cristo diz "Não separe o homem o que Deus uniu" mas eu acho que não tenho que o aturar... ele que se arranje, eu não sou mãe dele... A cruz essa era para Jesus e para a Igreja porque eu acho que o que importa é "gozar a vida" mesmo que isso signifique deixar os filhos «aos caídos» ou mesmo estragar outras famílias. Não me dou bem com esta, vou arranjar outra. Eu disse lá no altar prometo amar-te e respeitar-te todos os dias da nossa vida, mas eu acho que «um gajo não é de ferro». con nua na Pág. 3

M E NSÁ R IO DE SA NTA CATA R INA DA S E R R A - AG OSTO 2 0 1 0 - 1 € P R EÇO D E C APA

Associações

Solução encontrada

Projecto “Uma voz por um sorriso” Pág.3

Sociedade

Após um período de incerteza sobre o fecho das piscinas, está garan da a con nuação com o envolvimento das associações da Freguesia. As piscinas reabrem já no próximo dia 1 de Setembro.

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Educação

Prémio Montepio para a Escola Básica Pág.11

Religioso

Festas em honra Nossa Senhora da Purificação e de S. João de Deus. Pág.11 Pág.12

Desporto

União Despor va da Serra prepara plantel para apresentação aos sócios Pág.13

Carina Vicente vence Campeonato de pentatlo Célia Vieira vence taça de Portugal Pág.12

Especial

Entrevista ao Artesão da Chainça que tem uma cidade em casa.

Taizé

Pensamento do mês A sabedoria é saber o que se deve fazer; a virtude é fazê-lo.

Santacatarinense recebe prémio do Presidente da República

Jovens viajam até ao Espírito de Taizé Pág.9 e 10

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LUZ DA SERRA

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AGOSTO

Família Paroquial

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A Comunhão 3/7 - Joana Gracinda de Sousa Santos Marcelino, filha de Pedro Orlando dos Santos Marcelino e de Margarida Rodrigues de Sousa, de Lisboa com residencia em Olivais. Foram padrinhos: Pedro Nunes Antunes do Carmo Ervilha e Ana Paula Rodrigues de Sousa Rivera Pena. 4/7 - Luis António Domingos Pereira, filho de Geraldo Ferreira Pereira e de Susana Paula dos Santos Domingos do Ulmeiro. Foram padrinhos: Artur Jorge de Silva Alves e Eva Reis Domingos.

28/7 - Emília da Conceição Ferraz, viúva de Adelino Pedro da Silva Ferraz, do Ulmeiro, par u para o céu no entardecer dos seus 88 anos de idade. 29/7 - Rosa Ferreira Ribeiro das Neves, casada com Francisco Ribeiro das Neves, da Loureira, adormeceu eternamente na Primavera dos seus 70 anos de idade.

Flávio Gonçalves N- 04.11.1982 F- 05.08.2000 Loureira

1/8 - Beatriz Vicente Vieira, filha de Sérgio Carreira Vieira e de Ana Paula Oliveira Vicente Vieira, da Chainça. Foram padrinhos: Pedro Jorge Oliveira Vicente e Elisabete de Oliveira Francisco. 1/8 - Liliana Calçada da Silva, filha de Rui Fernando Ferreira da Silva e de Susana Margarida Oliveira Calçada, da Loureira. Foram padrinhos:Valdo Muriel da Silva e Maria Manuela Oliveira Calçada Rodrigues.

3/7 -Pedro Orlando dos Santos Marcelino, dos Olivais, Santa Catarina da Serra e Susana Margarida Rodrigues de Sousa, de São Sebas ão da Pedreira. Foram padrinhos: Jorge Miguel Santos Roldão e Paulo César ; madrinhas: Cris na Maria Santos Mendes e Ana Patrícia Borges Louro. 10/7 - Duarte Alexandre dos Santos, e Sónia Gonçalves Silva, ambos de Loureira. Foram padrinhos: Bernardo da Silva e Vitor de Jesus Silva; madrinhas: Claúdia dos Santos Pereira e Sílvia Verdasca Neves.

Chainça

A saudade de um Pai... 31/7 - Eusébio Correia Gomes, casado com Maria do Carmo, da Donairia, deixou este mundo aos 76 anos de idade.

18/7 - Simão Silva Santos, filho de Nelson Jorge dos Santos e de Mónica da Silva dos Santos, do Casal das Figueiras. Foram padrinhos: Tiago André dos Santos e Paula Alexandra Jorge dos Santos. 25/7 - Duarte Vieira da Fonseca, filho de Alberto António Bernardo da Fonseca e de Cá a Isabel da Silva Vieira, de Santa Catarina. Foram padrinhos: Carlos Manuel da Fonseca e Claúdia Isabel da Silva Vieira.

Augusto Carreira N - 12.04.1922 F - 07.12.2009

10 º ano de falecimento Saudade Saudade. Uma palavra que muito significa. Uma palavra aparentemente simples mas que ao mesmo tempo é extremamente complexa. Saudade. Uma palavra que muitos entendem mas que poucos têm a capacidade de descrever. Nós conseguimos descrevê-la, porque é isso que sen mos por , Flávio. Sen mos um enorme vazio por não te ter aqui connosco. Sabemos que estás bem e que nos dás forças todos os dias para vivermos o nosso dia com perseverança e força. Sabemos que estás lá nas nossas quedas, nos nossos fracassos, mas também que és peça fundamental na nossa felicidade e na protecção contra os perigos. Vais ser sempre recordado como um bom filho, irmão e amigo, e nunca, mas nunca sairás dos nossos corações, passem 10 ou mais anos, pois fizeste e sempre farás parte das nossas vidas. Adoramos-te Filho e Maninho Descansa em paz.

17/7 - Joel Ribeiro dos Santos, da Loureira e Ana Filipa Santos Carreira, da Chainça. Foram padrinhos: Nuno Miguel Vieira dos Santos; madrinhas: Guilhermina Silva e Ana Catarina Pereira da Silva.

O meu Pai, era um Pai igual a muitos. Quem não conhecia o o Augusto Souto da Chaínça? Era o meu Pai...! Conhecido por muita gente da Freguesia de Sta. Catarina da Serra, sempre com o "sacho" ao ombro, caminhava pelas fazendas. Dizia-me sempre para onde ia, caso não voltasse, para o procurar. Quero fazer uma homenagem ao meu Pai, escrevendo para este jornal onde tantas vezes ele contou as suas histórias. Tinha sempre uma para contar a uma criança ou no convívio com os amigos. Mais tarde na sua doença, que o deixou sem andar e falar, ele ouvia da minha boca o que antes me ensinara... Chorava sempre, gostava e ficava feliz! Perguntei muitas vezes a Deus: "Porque está o meu Pai em tão grande sofrimento?" Teve muitas visitas dos seus amigos e lá se emocionava sempre quando conhecia, aí uma das suas dores... não poder falar! Sei que está melhor, sem sofrimentos, junto da minha Mãe e do meu irmão. Hoje a grande riqueza que me deixou... Amor e Respeito pelo próximo. Ensinavame muitas coisas, sempre tudo sobre viver em paz com os outros. Dizia-me ele: "quando passares por uma pessoa mais velha fala sempre, visita os doentes e dá esmola a alguém que necessite!" Talvez eu não consiga deixar aos meus filhos a riqueza, que ele me transmi u, tão importante para a vida. Com enorme saudade, termino com um grande beijinho para o meu Pai! Rafaela Carreira Chainça

Uma mão aberta que pede, que espera, que recebe. Enquanto os olhos fitam o Pão da Eucaris a que o ministro oferece e os lábios dizem “amén”. Não é uma a tude expressiva para receber o Corpo de Cristo? Durante vários séculos, a comunidade cristã nha como costume receber o Pão Eucarís co na mão, mas pouco a pouco, por diversas razões, sensibilidade do povo Cristão mudou em relação ao modo de comungar. O receber o Corpo do Senhor na boca não se fez por decreto nem uniformemente. Nalguns lugares durante os séculos VII e VIII começou-se a pensar que era melhor que as mulheres recebessem a comunhão na mão, mas que era preferível usarem um pano limpo sobre a mesma. Outros estenderam o costume também aos homens, e por fim, com o passar do tempo, foi-se generalizando o costume de comungar na boca. Por ocasião de reforma litúrgica conciliar, foi crescendo o desejo de que os fiéis pudessem voltar a receber a comunhão pela boca. Hoje, as duas maneiras de receber o Corpo do Senhor têm sen do e as duas podem expressar igualmente a nossa compreensão. As nossas mãos têm evidentemente uma grande força expressiva. Receber a comunhão com a mão aberta quer representar plas camente uma a tude de humildade, de espera, de pobreza, de disponibilidade, de acolhimento, de confiança. As duas mãos abertas e ac vas: a esquerda, recebendo, e a direita apoiando a esquerda e depois tomando pessoalmente o Corpo do Senhor: as duas mãos que podem ser sinais eloquentes de um respeito, de um acolhimento, de um altar pessoal que formamos agradecidos ao Senhor. Seja qual for a forma exterior do rito, o que realmente importa é a sua finalidade: que o cristão que comunga entre silêncio como Dom de Cristo, que responda interiormente, com fé e amor à devoção do Corpo e Sangue de Cristo. Joana Pereira

pub

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: úl mo dia de cada mês

O Luz da Serra apresenta aos familiares sen das condolências, une-se numa oração de louvor pela vida e súplica pelos irmãos que terminaram a sua peregrinação neste mundo.

Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação. luzdaserra@santacatarinadaserra.com 917 480 995


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Um Herói desconhecido

Editorial

Con nuação da pagina 1 Salvou na praia a mãe e dois filhos Era Domingo, 11 de Julho 2010. O Sr. M. Pires e sua Esposa depois de terem par cipado da missa dominical, resolveram ir até à praia. O evangelho desse domingo falava do Bom Samaritano que arriscara a sua vida para salvar o homem ferido de morte pelos salteadores, quando descia de Jerusalém para Jericó. Jesus terminava dizendo ao doutor da lei: “Vai tu e faz o mesmo”. Estas palavras ficaram gravadas no coração do Sr. Pires. O casal Pires foi até à Nazaré. Numa das praias mais próximas, reinava a paz, pois estava deserta, a bandeira amarela e nem havia salvavidas por perto. Ali se estabeleceram. O Sr. Pires é um grande nadador, com muita experiência. Entraram na água para se banhar. Tudo corria às mil maravilhas. Entretanto chegou a hora de voltar a casa. No úl mo momento o Sr. Pires resolveu ficar mais um pouco na praia saboreando o ar puro do mar. A “mão” de Deus

estava ali. Na mesma praia, a certa distância, o casal notou uma Senhora com dois filhinhos de 6 e 9 anos aproximadamente. Brincavam na água. Nem a roupa de banho traziam com eles. Diver am-se despreocupados chapinhando na água. Pouco a pouco as ondas tornavam-se maiores, fazendo alegria das crianças. Nisto uma onda mais forte derrubou as crianças e começou a arrastá-las. A mãe ficou aflita e correu para segurar os filhos. Mas uma onda mais forte arrastou também a mãe. O Sr. Pires não estava muito longe. Ao notar o que se passava, corre para o local e consegue trazer as duas crianças, abraçadas uma à outra, para a terra firme. Uma das crianças começou a chorar e a gritar: salve a minha mãe, Senhor salve a minha mãe!!!!.... Uma cena de desespero para a mãe e os filhos…Era de cortar o coração… O Sr. Pires deixa as crianças e corre ao encontro da mãe de família para tentar salvála. As ondas jogam-no con-

tra umas pedras escondidas na água, ferindo-lhe um dos joelhos. Apesar de tudo não desis u. Nisto veio em seu auxílio outro homem que de longe avistara o que se estava a passar. Ao se aproximar da Senhora, viram-na de rosto para o ar arrastada pelas águas e já sem sen dos. Os dois juntos lutaram contra o tempo e contra as ondas. Os dois heróis arriscaram a própria vida, para trazer a mãe de família para a areia firme. Com grandes esforços conseguiram reanimá-la. Estava salva uma esposa e mãe de duas crianças, também elas salvas da morte pelo Sr. Pires. O Evangelho do Bom Samaritano que o nosso herói ouvira na missa da manhã e sobretudo as palavras do Mestre:”Vai tu e faz o mesmo”, produziram como fruto a salvação de uma mãe e de seus dois filhos. Podemos bem imaginar a alegria e a gra dão do pai de família ao tomar conhecimento do que acontecera naquele domingo lá na praia a seus entes queridos. Enquanto o Sr. Pires me narrava este facto, as lágri-

P. Serafim Marques

mas enchiam-lhe os olhos e corriam pela face. Eram as lágrimas de um HERÓI que chorava de Felicidade, embora o seu joelho ainda se queixe dos maus tratos das pedras traiçoeiras escondidas na água. Como é gra ficante fazer o bem!!! “O segredo da felicidade está em fazer os outros felizes”. Diz a escritura:” Há mais alegria em dar do que em receber” Parabéns Sr. Pires e ao seu colaborador. Bem merecíeis uma condecoração no próximo 10 de Junho. Vamos todos aguardar e tentar imitar este acto de heroísmo cristão.

Encerramento do ano sacerdotal Quer subscrever carta aberta a todos os padres de Portugal? O ano sacerdotal que no passado 11 de Junho encerrou, deu-nos oportunidade de conhecermos melhor a vossa vida e meditarmos sobre a vossa vocação.Obrigado pelo vosso sim, repe do todos os dias, que resplandece como sinal de contradição no mundo sedento de verdade.Obrigado pela vossa adesão livre e comprome da à vontade do Pai, que nos leva a procurar a paz que liberta e acende em nós o fogo do Amor de Deus.Obrigado pela vossa união a Cristo e à Igreja por Ele fundada, que nos ajuda a reconhecer a grande graça de pertencermos à Igreja e de nos ancorarmos sobre a rocha da verdade de Cristo, quaisquer que sejam as tempestades.Obrigado pelo vosso celibato vivido na alegria e

no amor de Deus de ternura, que nos inspira a nos darmos uns aos outros na generosidade do dom total.Obrigado pela vossa devoção à Santa Missa, milagre de eternidade que todos os dias ilumina e transforma as nossas limitações e nos permite fazer do Senhor eucarís co o princípio e o fim do nosso viver. Obrigado por nos acompanharem nos momentos mais importantes da nossa vida: bap zandonos, dando-nos o Senhor Jesus, ouvindo cheios de compaixão as nossas confissões, entusiasmando-nos a receber o Espírito Santo, juntando as nossas mãos no dia do nosso casamento, e preparando-nos para ir ao encontro de Deus.Por estas razões e tantas outras que não caberiam nesta carta e

encheriam livros, nós queremos expressar publicamente o nosso apreço, carinho e gra dão por cada um, nossos queridos Padres, pelas vossas vidas e sacerdócio.Com toda a es ma e lealdade, prometemos acompanhar-vos com a nossa oração e os nossos sacri cios para que nenhuma provação vos esmague, nenhuma dor vos destrua, nenhuma tentação vos vença. Gostaríamos nós também de vos oferecer essa amizade santa que os irmãos de Betânia, Marta, Maria e Lázaro testemunharam a Jesus durante a Sua vida na terra. Convosco nos empenhamos para que o Reino de Deus, com a alegria da paz e o esplendor da luz de Cristo, Morto e Ressuscitado, chegue aos confins do universo.Pedimos a

Deus que renove abundantemente as graças da vossa ordenação.E cada um, com as caracterís cas e os dons que lhe são próprios, entregamos a Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa Mãe, Rainha de Portugal e dos Sacerdotes, Virgem de Fá ma, pedindo-lhe que vos seja sempre consolo.Ao Coração Sacerdotal de Jesus vos confiamos, gratos por nos falarem desse Amor que dá sen do à nossa existência e "jus fica a canseira do caminho" no dizer do Papa Bento XVI. Convosco, Católicos de Portugal Maria Bandeira de Mello Mathias Cortez de Lobão e todos os que quiserem subscrever

É a achiologia vivida ao máximo mesmo que os outros surjam como «botas-deelás co» porque não concordam com o que eu acho. Até porque o que eu acho está sempre voltado para o meu umbigo. Eu é que sei e os outros ou até Deus não percebem nada da minha vida. O que eu acho é que é imporP. Mário de tante. Jesus disse aos apóstoAlmeida Verdasca los "àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados” mas eu acho que «a gente não precisa de se confessar aos padres porque eu acho que eles não têm nada que saber da nossa vida. Eu até acho que não tenho pecados, não mato, não roubo... os que se confessam e vão à missa são piores do que eu...». Os nossos altares podiam estar cheios de pessoas que acham que são uns san nhos. Con nuar a desenvolver esta teoria, que hoje serve para tudo, seria muito fácil mas importa mais dizer que nós somos a comunidade da verdade que não se compadece com pareceres arbitrários e individualistas de ninguém. Como dizia Joana d’Arc, "Cristo e a Igreja são a mesma coisa" e de facto o que Cristo proclamou como verdade para as nossas vidas, também a Igreja o proclama mesmo que a maioria dos homens possa achar que não é assim porque não lhes convêm ou porque a consciência mal formanda o rejeite. Fechar-se na achiologia é deixar-se morrer na beleza que temos por dentro e como diz Shakespeare "Os lírios que apodrecem cheiram muito pior que as ervas daninhas".

“Uma voz por um sorriso” Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra Foi no passado dia 28 de Julho que foi apresentado no auditório da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra o novo projecto do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra. “Uma voz por um sorriso”, assim designado este projecto de Voluntariado do Centro Social, tem como objec vo par lhar vivências e promover a solidariedade intergeracional, reconhecer a importância de uma pessoa idosa na nossa sociedade, contribuir para a autonomia do cidadão idoso, melhorar a qualidade de vida do idoso, combater a solidão, ente muito outros objec vos. Os voluntários são aqueles que prestam serviços não remunerados numa organização promotora, de forma livre, desinteressada e responsável pelo seu tempo

livre, tendo os seus devidos direitos e deveres. Todos os voluntários deverão ter como princípios a solidariedade, ser par cipa vo, coopera vo, gratuito e responsável. Fica aqui o convite a todos aqueles que quiserem fazer parte deste projecto, contactando o Centro Social de Santa Catarina. Os interessados deverão contactar o Centro Social nos dias úteis no horário das 9h às 18h, ou pelo telefone: 244 741 850


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Férias em Movimento Há dias li na revista Stella um ar go que se in tulava: “ Férias em Movimento”. Gostei desse tulo e do que lá se dizia. Então, e porque estamos em tempo de férias, resolvi escrever um pequeno texto no jornal “Luz da Serra”, que nos ajude a viver melhor esse tempo. Fernando Félix, autor desse texto referia que há muita gente a defender que, gozar férias é sinónimo de não fazer coisa nenhuma ou de se entregar somente ao que apetece, sem pensar em mais nada nem em ninguém. Mas, quando assim é, no término dos dias de descanso sente-se um grande vazio interior e aparecem os frutos de se ter cul vado

apenas o ócio durante esse período. Para ele a concepção de férias é outra. Passa por realizar aquilo que as labutas quo dianas não permitem, algo de absolutamente dis nto de tudo o que é habitual e quiçá até alguma experiência única, mas não somente do ponto de vista da sa sfação pessoal. É com imensa alegria que vejo muitos jovens e, até da nossa terra, que buscam fazer coisas diferentes. Sensíveis às necessidades dos outros, eis uns com os pés e o coração em África. Outros procuram um ambiente mais limpo, uma vida mais saudável para todos, integrando equipas de limpeza

Reviver São Nuno das florestas. E, alguns disponibilizam algum do seu tempo, colaborando nas colónias de férias; outros investem minutos e dias nos lares de idosos e fazem companhia a crianças ins tucionalizadas. Outros, ainda, foram até Taizé, recolhendose no silêncio e à procura de encontrar na oração, um sen do para a vida, não esquecendo os belos testemunhos, vindos dos vários cantos do mundo. Férias..., mas com Deus e o Amor na bagagem. Fernando Valente

Agrupamento Escuteiros 1211 Santa Catarina da Serra Nos dias 11, 12 e 13 e Junho, nós, os escuteiros de Santa Catarina da Serra, juntámonos para mais uma ac vidade, que desta vez, foi realizada na Quinta do Escuteiro, na Batalha. Na sexta-feira dia 11, reunimo-nos na sede, dando assim início ao nosso acampamento de Verão. Este ano, o imaginário do nosso Acagrup foi “Reviver São Nuno”, um herói português da época medieval e o Patrono do Escu smo. Na chegada à quinta deparámo-nos com um campo que con nha todas as condições necessárias para que a ac vidade decorresse da

melhor forma. Rapidamente montámos as tendas, pois já estava a escurecer e a chuva prome a atacar. De seguida par cipamos numa vigília de preparação das Promessas que se iam realizar na missa do dia seguinte, e foram-nos entregue as armas/símbolos que nos iriam acompanhar ao longo da nossa aventura ao lado de São Nuno. No sábado, depois do árduo trabalho ma nal que vemos com as construções, reunimos os batalhões cons tuídos por cavaleiros, arqueiros e os membros da infantaria e par mos rumo à aventura, com direito a jan-

tar medieval. Durante a tarde realizaram-se as Promessas durante a Eucaris a. Como não podia deixar de ser, estando nós tão perto do local da Grande Batalha de Aljubarrota, fomos visitar o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, onde revivemos uma importante época da História de Portugal. Depois de alguma aventura e muito convívio terminou o nosso Acagrup, com a certeza que São Nuno é um exemplo de Vida a Seguir, tendo sempre Deus como sua luz e força.

vão par r em missões de cooperação internacional, para Moçambique, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Brasil, Timor-Leste, República Centro Africana, Co-

ção com uma das en dades associadas a este projecto, queiram trabalhar, pelo menos durante um ano, em projectos de cooperação ou de evangelização com a Igreja Católica.

lômbia e Zâmbia. Os jovens são quem, cada vez em maior número, doam um pouco da sua vida ao mundo missionário. Os números actuais do voluntariado missionário são incomparáveis aos que deram início a este movimento, na década de 80. Os leigos missionários são todos aqueles que, em liga-

Num mundo global e interdependente, que "nos torna vizinhos, mas não nos faz irmãos" (Bento XVI, Caritas in Veritate, n.º 19, 2009), o Voluntariado Missionário pretende ser uma resposta de fraternidade à desatenção que caracteriza o tempo em que vivemos. Anualmente, muitos são os que, reconhecendo o valor da ajuda res-

ponsável e solidária, partem em missões de desenvolvimento que geram relações de afecto e proximidade com as populações locais. Em Portugal, tal acção é visível, "sobretudo através dos jovens que todos os anos, e cada vez em maior número, doam, com alegria e generosidade, um pouco da sua vida ao mundo missionário, e que regressam com novo entusiasmo, que temos de saber acolher, es mular e mul plicar (…)." (Como eu vos fiz, fazei vós também – Para um rosto missionário da Igreja em Portugal, Carta Pastoral dos Bispos de Portugal, n.º 24, 2010). Nascido há 22 anos de forma espontânea, o Voluntariado Missionário é hoje uma realidade consolidada, que assume uma forte expressão e reconhecimento no nosso País. Re rado “O amigo do Povo” 18/07/2010

Liga dos Combatentes Jovens que partem organiza Picnic na Loureira O convite chegou do Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes para a organização de um picnic no próximo dia 4 de Setembro, pelas 12h30 no Parque de Merendas do Vale Mourão. Aproximar contactos, fortalecer os laços de amizade e o espírito do Combatentes entre os seus associados, familiares e amigos são os motores destas inicia vas em que não só os an gos combatentes são chamados a par cipar, mas toda a comunidade. Através dos núcleos a nível nacional, a Liga dos Combatentes vai realizando o seu trabalho em prol dos que intervieram nas Grandes Guerras. O Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes normalmente, procura realizar o piquenique anual em locais diferentes como forma de percorrer as diversas freguesias da sua área de actuação e de estabelecer um contacto mais directo com estas populações. A Liga dos Combatentes convida todos os seus associados a par ciparem neste Piquenique e, em especial, os associados e a população da Freguesia de Santa Catarina da Serra.

Por uma questão logís ca, solicita-se a todos os interessados que se inscrevam através do telefone 244 001 600. A Liga oferece as sardinhas, pão, broa e bebidas.

Encontro Convívio de ex-militares Com vista à realização de um encontro de convívio dos ex-militares/combatentes que es veram na Guiné em 1969 e 1970 na CCav. 2487, procura-se o ex-militar Américo Santos, que segundo os úl mos dados é natural da Freguesia de Santa Catarina da Serra e que terá emigrado para França ou Alemanha. Agredece-se o contacto para: 967 422 496 Mário Vieira

Nos úl mos anos tem vindo a aumentar o número de jovens portugueses que partem para países lusófonos, oferecendo o seu tempo de férias ao serviço de projectos de voluntariado missionário, que ajudam algumas das populações mais pobres do mundo. Este despertar da consciência missionária é um fenómeno muito relevante na vida da Igreja dos nossos dias, fruto de um processo gradual que tem gerado um novo dinamismo. A "revolução" eclesiológica do II Concílio do Va cano es mulou uma nova par cipação dos leigos na vida da Igreja, com repercussões óbvias na Missão. Assim, foi ultrapassada uma visão que limitava a cooperação à oração pelas Missões e ao gesto de par lha material, no Dia Mundial das Missões. Em 2010, 360 voluntários de cerca de cinquenta en dades diferentes em Portugal

Os pioneiros

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Nascido em santa Catarina da Serra, Isidro Fartaria emigrou para França aos sete anos. É filho de Augusto Fartaria, já falecido, e Maria de Jesus que residiram no lugar e sede da freguesia de Santa Catarina da Serra. Isidro Fartaria recebeu das mãos do Presidente da República, no passado mês de Junho, o Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa numa inicia va da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação. “Este prémio é um forte incen vo à cooperação entre Portugal, à Diáspora Portuguesa e aos países que a recebem. Os empresários que a COTEC tem envolvido e premiado têm um grande valor para o nosso País que deve ser aprofundado” afirmou Filipe de Bo on, presidente do Júri. “Isidro Fartaria é um excelente exemplo da expressão de Portugal na Diáspora e considerámos que deveria ser dis nguido”. Esta inicia va da COTEC Portugal, para além de galardoar cidadãos portugueses que se tenham dis nguido pelo seu papel empreendedor, inovador e responsável, no contexto das sociedades de acolhimento, des na-se ao aprofundamento das relações entre Portugal e os seus cidadãos estabelecidos

PR

Isidro Fartaria ganhou prémio de Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa 2010

no estrangeiro, assim como os respec vos países de acolhimento. “Como tenho repe damente sublinhado, o País só poderá a ngir uma recuperação económica sustentável com uma sólida e profunda aposta no reforço dos factores de compe vidade e na conquista de novos mercados” disse na sua intervenção Aníbal Cavaco Silva. “E é precisamente aqui que o contributo da Diáspora, o vosso contributo, poderá ser decisivo. Se há exemplo que os nosso compatriotas nos têm dado é de que não existem fatalidades irreversíveis. É sempre possível mudar o rumo das nossas vidas. À custa de trabalho, de cria vidade, da capacidade de

correr riscos.” Isidro de Jesus Fartaria começou a trabalhar como canalizador, inciando a sua relação com o sector da construção civil. Con nuou o seu percurso profissional passando pela venda de aspiradores, depois foi comisionista numa empresa americana de produtos químicos, chegando rapidamente a responsável máximo. Ingressou mais tarde numa empresa francesa líder de mercado onde esteve 3 anos, até se estabelecer por conta própria, em 1981, fundando a Labo Centre France – produtos químicos para construção civil, que hoje pertence ao grupo Titel Holding – com 11 empresas associadas, do qual é Presidente e Director

Geral. Em 1994 cria a Labo Portugal e traz o seu conceito de empreendedor como sempre foi e con nuará a ser, pretendendo torná-la líder de mercado, tal como a Labo France, na área dos produtos químicos para a construção civil. A COTEC Portugal – Associação empresarial para a Inovação, foi cons tuída em Abril de 2003 com a missão de “promover o aumento da compe vidade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e de uma prá ca de inovação, bem como do conhecimento residente no país. A COTEC é uma Associação sem fins lucra vos que conta com o apoio dos seus associados e das ins tuições do Sistema Nacional de Inovação (SNI) para a concre zação dos seus objec vos, através da realização de inicia vas em várias áreas. Desde o início da sua ac vidade que o cargo de Presidente da Assembleia-Geral tem sido exercido pelo Presidente da República. Pode visualizar o video da cerimónia em www.santacatarinadaserra.com ná área de projectos - ForTV. Re rado de “Luso Jornal” Edição nº 216, Quarta-feira, 16 de Junho

Vandalismo e criminalidade na Freguesia Vários casos de criminalidade tem sido no cia nos úl mos meses na freguesia de Santa Catarina da Serra. Os assaltos junto ao cemitério têm sido uma constante nos úl mos meses onde o caso mais grave, conhecido, aconteceu em Maio deste

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº431 - Agosto de 2010 Ano XXXVI

ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

ano onde os amigos do alheio levaram mais de 1000 euros e uma máquina digital.Também as ins tuições não escapam como foi o caso do Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra que foi assaltado durante a madrugada do dia

27 para 28 de Junho. Os assaltantes conseguiram chegar ao cofre mas sem sucesso na sua abertura.Também o cemitério foi alvo de vandalismo, ainda não confirmado, de uma tenta va de entrada forçada na noite de 14 para

Pasteleiras da Serra par cipam no 7º Encontro Nacional de Bicicletas an gas De merenda feita e ves dos a rigor, cerca de 30 adeptos de bicicletas an gas juntaram-se ao mais de 400 par cipantes na Burinhosa (Pataias) no passado dia 25 de Julho. De mola da roupa nas calças, não faltou a alegria, boa disposição e o convívio entre tantos par cipantes vindos um pouco de toda a região. Este grupo de amigos encontra-se actualmente a avaliar as condições para a realização do 1º Passeio de Bicicletas An gas na Freguesia de Santa Catarina da Serra, a realizar para o ano

Vida Longa em Santa Catarina da Serra Comemora hoje, 12 de Agosto, o 100º aniversário de Alfredo dos Santos, a pessoa mais velha da freguesia. A família está reunida para celebração da missa de Acção de Graças na Igreja de Santa Catarina da Serra. O convite é da família, para que a par r das 18h00 a população se junte no salão paroquial para se cantarem os parabéns ao aniversariante.

Sessão de Esclarecimento A Associação de Caçadores da Serra vem deste modo convidar todos os seus associados e de um modo geral todos os interessados, a par cipar num sessão de esclarecimento a realizar o auditório da Freguesia de Santa Catarina da Serra no próximo dia 13 de Agosto às 21 Horas. Por elementos de PSP de Leiria, credenciados para o efeito sobre o tema “Licenciamento e Armamento”

Missa Dominical transmi da pela TVI Será já no próximo dia 22 de Agosto que a TVI, canal de televisão português, irá transmi r a missa dominical em directo para todo o mundo a par r da Igreja matriz da Paróquia de Santa Catarina da Serra. Por este mo vo, a missa será antecipada para as 11h00.

Colheita de Sangue O Centro Regional de Sangue de Coimbra vai realizar uma colheita de sangue no próximo dia 29 de Agosto das 09H00 às 13H00 nas instalações da Associação de Loureira.

AMIGOS DA LUZ DA SERRA 15 de Julho. O portão danificado e um dos pilares da entrada deitados abaixo. Ao que este jornal apurou, todos estes factos foram dados a conhecer às en dades competentes para averiguação e inves gação.

Com uma nova gestão, torna-se necessário destacar todos os amigos do Jornal. A par r desta data tencionamos publicar aqui todas as ofertas que chegam à redacção do Jornal. (o pagamento das assinaturas não são publicadas) O Jornal agradece. Chegaram os seguintes dona vos ao Jornal: António Jesus Marques Armando Lopes Silva

França 5,00 € França 5,00 €

Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@gmail.com - www.forserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Composição Miguel Marques - Colaboradores Fernando Valente, Virgílio Gordo, Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira e Isaque Pereira (ass. clínica geral), Liliana Vieira (Psicóloga) - Contactos Telefone (00351) 244 744 616 | Fax (00351 ) 244 741 534 Correio electrónico luzdaserra@santacatarinadaserra.com - Impressão Coraze - Oliveira de Azemeis - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal - Preço de assinatura: 10 Euros - Con nente e Ilhas | 15 Euros - Europa | 20 Euros - Resto do Mundo Pagamento de Assinaturas: ForSerra (edificio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra) NIB: 5180.0010.00000921394.45 | IBAN: PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC/SWIFT CODE: CDCTPTP2 Banco: Caixa de Crédito Agricola Mútuo de Leiria


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Resposta à Drª Liliana Vieira à cerca do ar go sobre Homosexualidade Sr.ª Liliana Vieira, Li o seu ar go sobre a homossexualidade no Luz da Serra e tenho os seguintes reparos a fazer: 1) Doença mental ou não, o facto evidente é que ser homossexual não é normal. O normal é homem ser atraído por mulher e viceversa, pois Deus assim nos fez, como é claro do Livro do Génesis e da pregação de Jesus, Homem-Deus, Que se refere precisamente a essa passagem do Génesis, quando fala da indissolubilidade do Matrimónio. E é precisamente desse modo que todas as gerações olharam para a homossexualidade e é por isso que foi repudiada e os seus aderentes discriminados. Mas in-

compreendida? Não! Não se trata de incompreensão, mas sim da não-aceitação de certos comportamentos. A Igreja Católica aceita o indivíduo homossexual, mas diz-lhe que tem de viver celibatário, como qualquer outra pessoa solteira: em perfeita cas dade de alma e corpo. Di cil? Sim, mas não impossível com a graça de Deus. Para isso é que temos os Sacramentos. 2) Quanto à declaração, em 1973, da Associação Americana de Psicologia e a Associação Americana de Psiquiatria a respeito da homossexualidade, isso trazme à mente as palavras de Jesus “Quem Me segue não anda nas trevas”, as quais nos indicam claramente que são os ateus e os crentes

não-Católicos que estão errados quando têm opiniões contrárias às da Igreja Católica em matérias de fé e moral. A Igreja Católica recebeu de Cristo a missão de proclamar a Verdade nestas matérias. Assim como a Igreja Católica pode errar em matérias de pura ciência (pois não foi para isso que foi fundada), assim todos os que se encontram fora dela podem errar em matérias de fé e moral (é ca). A psicologia e a psiquiatria, que eu saiba (sou formado em Filosofia), não são ciências exactas e, por isso, são influenciadas pelas ideologias e religião (ou falta dela) dos seus pra cantes. A verdadeira religião esclarece, não obscura, os temas de comportamento moral das pes-

Tr3vo 3

soas; a falta de fé, essa sim, obscurece a mente daqueles que tratam desta e doutras matérias que envolvem a moral. Para nós Católicos, a Verdade é a mesma ontem, hoje e sempre, porque a Verdade é uma Pessoa: Jesus Cristo, Filho de Deus, o mesmo ontem, hoje e sempre: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Dr. António Agos nho Matos Licenciado (1958) pela Pon cia Faculdade de Filosofia de Braga e em Gestão de Empresas (Business Administra on) (1970) pela Universidade de San José, Califórnia, USA

Esclarecimento a todos os leitores: O objec vo do ar go “Homossexualidade” da úl ma edição do “Luz da Serra”, não foi ferir os sen mentos ou ideologias de ninguém, mas tão-somente o de apresentar o ponto de vista da

Psicologia sobre a homossexualidade. Todo o trabalho psicoterapêu co segue os trâmites ins tuídos pela psicologia, que é a ciência do comportamento e dos processos

mentais. Por questões de é ca profissional, o psicólogo não pode emi r juízos morais ou religiosos sobre o tema, tal como fez o senhor Dr. António Agos nho Matos.

Pai Nosso Quem assis u à missa no passado Domingo dia 24, reparou de certo numa das leituras. Fazia referência ao PAI NOSSO. É sem dúvida a oração mais rica, mais completa que nós, os que acreditamos em Deus e no próximo, temos. Pena é que, a maioria das pessoas que o rezam, nem dão conta do que estão a dizer. Vou fazer um convite a todos os leitores que estão a ler este jornalinho para lerem e depois responderem, sinceramente, a estas perguntas, que não são minhas mas do Nosso Pai. Pai nosso que estais no céu, san ficado seja o vosso nome (será que eu san fico o nome de DEUS?)Venha a nós o vosso reino e seja feita a vossa vontade, (será que eu faço a sua vontade?) assim na terra como no céu (pelo menos cá

Liliana Vieira (Psicóloga Clínica, pela Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade de Coimbra)

Deparei-me este mês com uma situação, não fosse o caso de estarmos a falar de doenças, poderia mesmo dizer que fosse uma situação hilariante. Entro por volta das 7h15 no Centro de Saúde de Santa Catarina da Serra, quando me deparo com um aglomerado de cabeças ocas e não pensantes a dormitar. Eram já 13 que esperavam pela sua vaga. Pensei: “ Como será isto possível”? Para quê vir tão cedo para um lugar que nem beleza tem? Ao contrário do que possam pensar não serão atendidos mais rapidamente, muito pelo contrário, o tempo de espera aumenta. Obviamente que desis da consulta, mas coloquei as seguintes questões: Se as consultas começam todas à mesma hora para que vir tão cedo? Será isto o efeito das no cias de outras localidades que os cérebros tem a necessidade de pernoitar à espera de médico? Ou será que estão cansados de dormir sempre no mesmo lugar e acabam por

querer dormir descansadamente num outro lugar bastante mais apela vo? Transmitam a mensagem!! Se um dia chegarem as 7h15 e forem os 14º para uma simples vaga, numa próxima teremos que ir às 6h00 para ser o 1º a ser consultado. Penso que isto não será necessário. Gente, população de Santa Catarina, não é necessário pernoitar tão descansadamente e num local tão agradável. Se tomarmos consciência e a HORAS DECENTES se nos deslocarmos até ao centro de saúde, somos atendidos. Não é por estarmos lá duas ou três horas à espera que os senhores doutores começam a sua desenfreada ro na de consultas mais cedo. “Se és um ser pensante, então usa a cabeça, para pensar” Leitor Iden ficado

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com ou entregue na redacção (sede da ForSerra, no edi cio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra)

www.santacatarinadaserra.com na terra?) O pão nosso de cada dia nos dai hoje,perdoai as nossa ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, (será que eu perdôo

mesmo?) e não nos deixeis cair em tentação, (não serei eu que quero ser tentado(a)?) mas livrai-nos do mal. Ámen Isabel Gameiro pub

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A Construção do Quartel Alcatrão na Freguesia Depois das obras de alargamento de ruas executadas sob responsabilidade da Junta de Freguesia chegou finalmente o betuminoso (alcatrão) a algumas ruas da freguesia: Sobral: Rua Central, Rua da Girôa e Rua da Gança e parte da Rua dos Caçadores Quinta da Sardinha: Rua Vale da Mó Magueigia: Rua de Santa Iria Ulmeiro: Rua Frei David, Rua do Outeiro, Travessa do Outeiro e Rua Padre Ferreira das Neves Loureira: Rua das Barradas e Rua Cova da Silveira Na verdade ainda há muito

por fazer mas dentro da linha de orientação que sempre defendemos, trabalhar com as populações no sen do dos alargamentos e alcatrão sempre que possível e após o saneamento. Cidadão nascidos em 1992 – Editais do ministério da Defesa Nacional Estão afixados na Junta de Freguesia os editais para convocação dos cidadãos residentes em Portugal e nascidos em 1992. Os interessados podem consultá-los naquele local público ou em www.mdn.gov.pt ou contactar pela linha azul 808 22 23 24. Edital 86/2010 da Câmara Municipal de Leiria Deliberação da Câmara Municipal de 27 de Julho de 2010 para proceder à abertura do período de Discussão Pública da Alteração ao Regulamento Plano Director Municipal.

Está afixado na Junta de Freguesia para leitura integral. Roço de Mato e Limpeza de terrenos Têm chegado a esta Junta de Freguesia muitos pedidos de informação sobre limpeza e roço de matos à volta de zonas residenciais. Na verdade é na altura de calor e de incêndios florestais que se regista maiores preocupações. Não temos dúvidas de que os nossos Bombeiros têm um papel de grande importância nesta matéria ainda assim, é importante que as pessoas assumam o seu papel de prevenção. Iluminação pública melhorada A iluminação pública no lugar de Ulmeiro foi melhorada. Foram subs tuídos candeeiros que se encontravam obsoletos e reestruturadas algumas linhas.

Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria Apesar de estarmos ainda longe do final da chamada época crí ca dos incêndios, felizmente os nossos bombeiros têm do até a esta altura, uma época de acordo com o que deveriam ser todo o Verão. Isto na nossa região, já que no Norte do país as chamas não têm dado descanso aos bombeiros. Como em termos de ac vidades, o período iniciado no final das comemorações do 12º aniversário até meados de Setembro, dia 19 no qual se assinalará o “Dia do coração” e o início da segunda fase da realização dos almoços nas quatro freguesias, é um período em que mais parece uma fase sem objec vos. Por isso, vou debruçar-me sobre as obras no novo quartel nos Cardosos. Até porque também elas parecem indicar que estão num ritmo pouco elevado. Isto para quem não possa com assiduidade na estrada que liga Cardosos à estrada da Quinta da Sardinha a Fá ma na Bemposta. Ora não é verdade. As redes de canalização, esgotos, electricidade, aquecimento

e aspiração, estão pra camente concluídas. No parque coberto para as viaturas, falta apenas a pintura. No terceiro piso estão

já casas de banho e algumas salas com azulejo e mosaico. O segundo piso está quase pronto em termos de reboco e esboço. O piso résdo-chão é o que está mais atrasado, mas em termos do hall de entrada, está pronto a ser pintado. Assim con nua tudo em aberto para que a mudança do corpo efec vo e as viaturas, se concre ze até final

do ano, como é desejo de todos. Só não o afirmo categoricamente, porque o compromisso assumido por parte da Câmara Municipal

e das promessas sucessivamente adiadas pelo Governo Civil, ainda se não concre zaram. Também a grandeza desta obra, só agora se torna mais evidente. No entanto graças às empresas fornecedoras, quer de materiais, quer de mãode-obra, as obras con nuam, pelo menos até que nos exijam os respec vos pagamentos. Para além daquelas empresas de materiais de construção, que nos têm ajudado na aquisição gratuita de azulejo e cimento cola, por exemplo. Rela vamente à expropriação do terreno na Bemposta por parte da Brisa para a construção do IC 9, con nuam as negociações para que aquela concessionária pague o preço justo por um terreno em que possivelmente estaria hoje construído o quartel de bombeiros. Virgílio Gordo

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Grande foi a Festa! Nem poderia ser de outra maneira. Afinal, nós a quem foi dado viver neste ano da graça de 2010, ano das Comemorações dos 400 anos da fundação da ermida de Santa Marta, nós não podíamos deixar de nos empenhar com zelo, dedicação e entrega para que a honra a Santa Marta e também a Santo Amaro fosse a mais levada e a mais digna. Depois dos grandes eventos que foram o Colóquio Comemora vo, em 20 de Fevereiro, a Feira An ga, em Março, e as animações nos cinco cantos da Loureira, distribuídas pelos meses de Abril, Maio e Junho, a Festa Religiosa, no passado fim-de-semana (10-12 de Julho), nha de ser a apoteose, o momento alto e maior. E assim foi. Preparada com grande antece-

çar com o exuberante embelezamento de toda a área envolvente da capela. Fica para memória futura o grande painel decora vo (ver foto) que evoca a passagem bíblica que nos relata uma Marta solícita e acolhedora (Lucas, 10, 38-42). Ficam também para memória futura os 13 grandes e muito vistosos hissopes que anunciavam a quem chegava ao centro da Loureira que havia animação desusada e extraordinária. Está de parabéns o Filipe Pereira que concebeu tão bela e tão digna decoração. Estão de parabéns festeiras e festeiros e com eles e elas todo o povo da aldeia que tanta mão-de-obra emprestaram à execução e embelezamento daqueles objectos esté cos. O Filipe Pereira haveria de emprestar ainda

dência e grande dedicação por aqueles e aquelas que neste ano de 2010 fazem 55, 45, 35 e 25 anos, apoiados pela esmagadora maioria dos 1000 habitantes da Loureira, a Festa havia de come-

a sua inteligência cria va à decoração exuberante e invulgar do interior da capela. Antecedendo o grande dia da Festa, na sexta-feira, dia 9 de Julho, teve lugar na sede da Associação uma

sessão de boas-vindas aos emigrantes, com destaque para os que vieram propositadamente do Brasil e que há muitos anos não vinham à terra natal. Nessa sessão se par lharam memórias muito sen das dos longínquos anos que antecederam a saída par terras de Vera Cruz, para os EUA, para o Canadá ou para França. A Festa contou com um convidado de honra que a todos nos encheu de júbilo. Bendito o que veio em nome do Senhor! Dom Joaquim Jus no Carreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, filho dilecto da terra, nascido em 1950 do amor entre José Carreira e Maria Jus no, emigrados para o Brasil em 1962, havia já anunciado há meses que, houvesse o que houvesse, haveria de estar entre nós para presidir às Grandes Festas de Julho. Esteve connosco uma semana. E que bom foi conviver com o mais ilustre filho da terra que quis, entre nós, ser um como nós. Nos dias que antecederam a grande Eucaris a e Procissão Solene do Domingo, celebrou sempre em acção de tantas graças concedidas ao bom povo da Loureira durante 400 anos. Na homilia da Festa Dom Joaquim fez questão de recordar o passado exemplar das famílias cristãs da Loureira e elogiar a boa educa-

ção que era dada pelos pais naqueles anos Cinquenta em que lhe foi dado viver na Loureira. Após a Eucaris a seguiu-se a grande Procissão, desta vez com um percurso mais alargado e muito par cipado. Concelebraram também, emprestando maior solenidade à Festa, quatro sacerdotes do Ins tuto da Consolata – ins tuição que, como é do conhecimento geral, integra a Comissão de Honra das Comemorações. Estamos gratos uma vez mais ao Ins tuto da Consolata que nos tem garan do desde há muitos anos, e sem interrupção, um serviço de capelania que o povo da Loureira

tem na melhor conta e muito aprecia. Uma vez mais pudemos também ser testemunhas do empenho do Padre Mário Verdasca, pároco de Santa Catarina da Serra, que preparou e dirigiu com mão de mestre o grupo coral, cujos cân cos emprestaram solenidade acrescida à grande Eucaris a. Na tarde de Domingo teve lugar mais um dos grandes desfiles a que a Loureira já nos habituara nos meses anteriores. Desta vez, o desfile, dito “Por Vales e Outeiros da Loureira”, saiu do largo da Feira, assomou ao alto antes de entrar no largo da Associação, atravessou o Largo da Associação e logo a seguir a Estrada Nacional N.º 357 para contemplação da mul dão que se encontrava concentrada ao longo de todo o percurso e, em par cular, junto à capela, cujo adro estava repleto de forasteiros curiosos e estupefactos. O desfile foi, como no canto do Rossio, organizado segundo as ac vidades agrícolas tal como se processavam outrora, mês após mês: a poda, a impa, as sementeiras, a cura das vinhas, a ceifa, a roça do mato, a vindima e a apanha da azeitona, entre outras. A recolha dos andores e a procissão solene decorreram uma vez mais segundo os ritmos e as peças musicais executadas pela Filarmónica

do Soutocico que, desde há muitos anos, nos enche de honra e tanto dignifica as nossas festas. Pela tardinha foi elevado apreço que a mul dão pôde apreciar o concerto dada pela Filarmónica no grande palco das Festas. A Festa haveria de con nuar tarde e noite dentro, com a actuação do Rancho Folclórico de S. Guilherme e do novo rancho folclórico da Loureira (Rancho Cénico da Loureira), grupo de “Concer nas da Barrenta” e o grupo musical FH5 – grupo este que tem também, desde há muito, lugar assegurado nas nossas festas. Na segunda-feira, a Grande Festa contou com a animação de um outro grupo musical de referência “FV MUSIC”. Foi gostoso ver a animação sobretudo dos festeiros e das festeiras que dançaram até às tantas e até mais não poderem. Durante os dias da Festa es veram patentes as duas exposições prome das no âmbito das Comemorações dos 400 anos: uma Mostra etnográfica na casa da Maria Claudino, no Largo da Associação, e uma Exposição denominada “Memórias Familiares da Loureira” na Escola do 1.º Ciclo. Nesta exposição foram exibidos 45 esquemas genealógicos da esmagadora maioria das famílias da Loureira, ordenados alfabe camente: Alexandre, Caetano, Carreira, Craveiro, Fartaria, Gameiro, Neves, Pereira e assim por diante. Todos os habitantes actuais da Loureira com raízes familiares na terra puderam ali encontrar pelo lado do pai e da mãe ou pelo lado das avós e dos avôs os seus ascendentes até aos inícios de Oitocentos. Joaquim Vicente


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Festas em Honra de Nossa Senhora da Purificação Vale Tacão 18 e 19 de Julho Decorreram nos passados dias 18 e 19 de Julho as tradicionais festas do Vale Tacão, em honra da Padroeira, Nossa Senhora da Purificação. Como é habitual, a festa foi organizada pelos moradores do ramo do Vale Tacão com as idades de 25, 35, 45 e 55 anos e, com a importante colaboração dos elementos da comissão da capela. Os festejos veram inicio no dia 18, Domingo, às 14:30, com a missa solene em honra da padroeira, com a presença do pároco P. Mário Verdasca, seguindo-se a procissão pelas ruas do Vale Tacão. Após este momento, o mais importante da festa, teve inicio o arraial, com os

tradicionais andores de bolos, insufláveis para o diver mento das crianças e ainda os tradicionais jogos do prego e da malha, sempre num clima de festa e de boa disposição por parte de todos. À noite foi a vez da música e da dança tomarem conta das operações, com o duo musical “Daniel Silva e Ana”, até ao fim do arraial por volta da 1:00 da manhã. Na segunda-feira os festejos veram inicio às 19 horas, com a missa por itenção dos festeiros, animada, como se vai tornando habitual, pelos jovens da terra. Con nuou o arraial, com muita música, animado pela “dualband” e sempre com o

clima de animação que marcou os festejos. No final dos festejos decorreu ainda o tradicional sorteio de rifas. Tiago Santos

Festas em Honra de São João de Deus

A pequena colina Jovens da freguesia de Santa Catarina da Serra viajam até Taizé Entre uns montes que a Terra viu crescer, surgiu uma pequena colina onde à distância se sentem os aromas de tranquilidade e de simplicidade. Colina de braços bem abertos que tem vindo a acolher uma grande diversidade de sujeitos exaustos da monotonia diária e que procuram um espaço onde, no meio do silêncio, consigam encontrar um verdadeiro sen do para as suas vidas. Esta colina de nome Taizé é, há muito tempo, um espaço bem guardado e acarinhado no coração de todos os que a procuram; é um lugar onde a paz de espírito é vivida em pleno nas almas inquietas e sonhadoras de todos os que se mostram disponíveis para, durante uma semana, viverem o espírito de Taizé. Talvez para conseguir encontrar soluções, talvez para acalmar ou talvez para experimentar sensações novas, um grupo de jovens,

maioritariamente de Santa Catarina da Serra, decidiu esquecer o bem-estar e a qualidade de vida diárias para, em conjunto, abrirem um novo capítulo nas suas vidas. Todos juntos ruma-

ram até à tão ansiada colina com a curiosidade e a alegria a ser uma constante nas suas expressões faciais. Assim que chegaram, foram convidados a fazer parte da ro na diária da aldeia e a hospitalidade foi sen da em todas as a tudes mostradas

pelos irmãos da comunidade. Através das três orações diárias, dos grupos de trabalho, dos pequenos serviços e dos momentos de silêncio foi possível encontrarem-se de novo consigo próprios e descobrirem qualidades que estavam escondidas devido às poeiras diárias. A verdade, é que a semana passada por entre os montes passou rapidamente e nem durante um segundo foi sen da a falta da televisão e das novas tecnologias. O regresso era inevitável, mas era indesejada por todos. Contudo, na hora do adeus, entre as lágrimas das saudades antecipadas, a certeza era uma: o espírito de Taizé passaria a ser o espírito das suas vidas… Flávia Duarte

Casal da Estor ga 25 de Julho No dia 25 de Julho celebrouse a festa em honra de S. João de Deus no Casal da Estor ga. A festa foi organizada pela comissão da capela composta pela Madalena, Adelino e Paulo Sérgio com a colaboração de todos os Estor guenses. Os festejos iniciaram-se com a missa às 14h30m presidida pelo Padre Mário. Seguiuse o arraial com venda de bolos , quermesse, bar e jogos tradicionais. Ao final da tarde abriu-se o tradicional serviço de buffet e a ac-

tuação do conjunto Sempradar. À meia noite realizou-se o sorteio que nha como prémios 6 animais oferecidos pelo povo da terra.

Em nome da comissão agradecemos a todos os que ajudaram, par ciparam e conviveram nestas festas. A Comissão de Festas pub


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Especial - Taizé

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Taizé?

Taizé… Um pouco de história Tudo começou em 1940, quando o irmão Roger, com 25 anos de idade, deixou o seu país de origem, a Suíça, para ir viver em França, país de sua mãe. Quando era mais novo, nha estado imobilizado durante vários anos devido a uma tuberculose pulmonar. Durante esta longa doença, nha amadurecido em si o chamamento para criar uma comunidade. No momento em que começou a Segunda Guerra mundial, teve a certeza de que, tal como a sua avó nha feito durante a Primeira Guerra mundial, deveria vir imediatamente em ajuda daqueles que atravessavam a dura provação da guerra. A pequena aldeia de Taizé, onde se fixou, ficava muito próxima da linha de demarcação que cortava a França em duas partes: estava bem situado para acolher refugiados fugidos da guerra. Amigos de Lyon ficaram reconhecidos por poderem indicar a aldeia de Taizé aos que nham necessidade de refúgio. Em Taizé, graças a um módico emprés mo, o irmão Roger nha comprado uma casa, abandonada desde à muitos anos, com as suas dependências. Pediu a uma das suas irmãs, Geneviève, para vir ajudar no acolhimento. Entre os refugiados a quem deram abrigo, havia também judeus. Os meios materiais eram pobres. Sem água corrente, iam buscar água potável ao poço da aldeia. A comida era modesta, baseada sobretudo em sopas feitas com farinha de trigo comprada num moinho vizinho a baixo preço.

Por respeito para com aqueles que acolhia, o irmão Roger rezava sozinho. Frequentemente ia cantar para longe de casa, no bosque. Para que alguns dos refugiados, judeus ou agnós cos, não ficassem constrangidos, Geneviève explicava a todos que era melhor que, quem quisesse, rezasse sozinho no seu quarto. Os pais do irmão Roger, sabendo que o seu filho e a

Irmão Roger

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Porque vêm as pessoas a Taizé?

Afinal o que é

No mês em que um grupo de jovens da freguesia visitou esta comunidade em França, trazemos aqui uma breve explicação do que é a comunidade em oração e o que atrai milhares de jovens um pouco por todo o mundo.

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«Penso que, desde a minha juventude, nunca perdi a intuição de que uma vida em comunidade pode ser um sinal de que Deus é amor; só amor. Pouco a pouco crescia em mim a convicção de que era essencial criar uma comunidade de homens decididos a dar toda a sua vida, e que procurassem sempre compreender-se mutuamente e reconciliar-se: uma comunidade onde a bondade do coração e a simplicidade es vessem no centro de tudo.» (Irmão Roger, Deus só pode amar, pág. 40)

Uma comunidade de homens não podia receber crianças. Então o irmão Roger pediu à sua irmã Geneviève para voltar a Taizé para as acolher e tornar-se sua mãe. Aos domingos, os irmãos acolhiam também os prisioneiros de guerra ale-

Vir a Taizé é ser acolhido por uma comunidade marcada por duas aspirações: avançar numa vida de comunhão com Deus através da oração e assumir responsabilidades para depositar um fermento de paz e de confiança na família humana. Em Taizé, a oração comunitária, os cân cos, o silêncio e a meditação pessoal podem ajudar a redescobrir a presença de Deus na nossa vida e a encontrar uma paz interior, uma «razão de viver» ou um novo impulso. Fazer a experiência de uma vida simples, par lhada com os outros, recorda-nos que Cristo espera por nós na nossa vida quo diana, tal como ela é. Alguns jovens procuram descobrir como seguir a Cristo para toda a vida. Vir a Taizé pode ajudá-los a discernir este chamamento.

Em que consistem os encontros? São 3, os momentos de oração diários em que todos são convidados a par cipar com os irmãos da comunidade.

irmã se estavam a expor, pediram a um amigo da família, um oficial francês reformado, para olhar por eles, o que ele fez com diligência. No Outono de 1942, ele avisou-os de que nham sido descobertos e de que todos deveriam par r sem demora. Até ao final da guerra, foi em Genebra que o irmão Roger viveu e foi lá que começou uma vida comunitária com os primeiros irmãos. Puderam regressar a Taizé em 1944. Em 1945, um jovem da região fundou uma associação para cuidar das crianças que a guerra nha deixado sem família. Propôs aos irmãos acolherem alguns em Taizé.

mães, internados num campo próximo de Taizé. Aos poucos, alguns jovens vieram juntar-se aos primeiros irmãos, e, no dia de Páscoa de 1949, foram sete a comprometer-se em conjunto para toda a vida no celibato e numa vida comunitária de grande simplicidade. No silêncio de um longo re ro, durante o Inverno de 1952-1953, o fundador da Comunidade escreveu a Regra de Taizé, que expressava aos seus irmãos o «essencial que torna a vida comunitária possível»

A leitura de passagens da bíblia e a troca de ideias entre javens de todo os mundo, fazem de Taizé um local único no mundo.

Todos os dias, os irmãos da comunidade introduzem uma reflexão bíblica, seguida por um tempo de silêncio e de par lha em pequenos grupos. À tarde, os workshops ajudam a aprofundar a relação entre a fé e a vida, o trabalho, a solidariedade, as questões da sociedade, a arte e a cultura, a busca de paz no mundo. Os jovens que o desejam podem passar a semana ou o fim-de-semana em silêncio, para terem tempo de escutar como Deus se dirige a eles na oração, na meditação da Bíblia e nos acontecimentos da vida.

Mais informações: Pode obter ainda mais informação sobre Taizé no site da Internet em www.taize.fr/pt. No site da freguesia, www.santacatarinadaserra.com, pode visualizar mais fotos da viagem dos jovens da freguesia a Taizé.


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Prémio Montepio Escolar para a Festas de encerramento do ano Escola Básica Integrada de Santa lec vo 2009/2010 Catarina da Serra A Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra foi contemplada com o Prémio Montepio Escolar, prémio no valor de 25 mil euros promovido pela Fundação Montepio. Pelo segundo ano, esta fundação pré-seleccionou 50 escolas públicas e privadas que, nos úl mos três anos, promoveram melhorias mais acentuadas nos resultados dos exames do 9.º ano de escolaridade, com o objec vo de dis nguir o bom desempe-

nho dos estabelecimentos de ensino do nosso país, es mular a apresentação de projectos educa vos inovadores e orientados para a melhoria das condições de aprendizagem e promover a disseminação de boas prá cas. A Escola Básica Integrada de Santa Catarina foi uma das seleccionadas por ter apresentado um projecto eficaz e inovador para con nuar a melhorar os seus resultados, cujas áreas de incidência foram o Portu-

guês, a Matemá ca, as Ciências, a Cidadania e relação com Comunidade Educa va. Foram assim reconhecidos e compensados o mérito e o esforço de toda a comunidade educa va. A entrega do prémio está prevista para Setembro, em cerimónia oficial, com a presença da Ministra da Educação, Isabel Alçada. Rita Agrela

Viagem de Finalistas da Escola Básica Ao longo de todo o ano lec vo, nós, alunos de ambas as turmas do 9º Ano da Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra, fomos desenvolvendo ac vidades de angariação de fundos, tais como a par cipação no fes val “Chícharo da Serra”, Feira de Maio, para no fim do ano realizarmos aquele que é um dos momentos mais esperados por todos os estudantes: a Viagem de Finalistas. Decorreu então de 4 a 8 de Julho a nossa viagem que contou com os 22 alunos de ambas as turmas que, ao longo do ano, manifestaram interesse. O des no deste ano foi São Pedro de Moel, no concelho de Leiria. Ficámos alojados nos bungalows do Parque de Campismo da Orbitur, onde

No passado dia 24 de Julho, a Creche do Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra festejou o Final do Ano Lec vo no Parque de Merendas, do Vale Maior. Foram convidados todos os alunos e familiares, com o intuito de promover a interacção entre a Escola e Família. Par ciparam também os idosos do Centro de Dia de Santa Catarina da Serra. Esta festa contou com o encenamento de uma peça de teatro por parte dos idosos, e uma dança rítmica por parte dos mais pequenos. Após os espectáculos todos desfrutaram de um lanche par lhado no mesmo parque de Merendas. Foi um dia, cheio de alegria para as crianças que, foram inclusive surpreendidos com a presença de insufláveis, e

receberam também a visita do Noddy que lhes entregou as pastas dos trabalhos realizados ao longo do ano. Na escola Infan l da Loureira, os alunos também veram direito a uma festa final de ano, na qual as 48 crianças da escola cantaram e dançaram para os pais. Os 14 finalistas desta escola drama zaram a canção do cuco entre outras represen-

tações. No final do espectáculo, houve um jantar convívio organizado pela Associação de Pais da Loureira com o bolo para os finalistas. A festa correu muito bem, e os pais gostaram muito, felicitando os seus filhos e as educadoras.

Isaque S. J. Pereira Ass. Grad. Clínica Geral Centro Saúde de Santa Catarina da Serra

A ACNE nhamos acesso a diversas ac vidades como Ténis e Piscina. Foi grande o diver mento de todos nestes 5 dias em que tentámos aproveitar tudo até ao úl mo momento, visitando grande parte da vila e até a vista do farol. Embora com o mar pouco atrac vo, a praia foi também um dos pontos diários que frequentámos.

Em apreciação global, todos nós caracterizamos a viagem como “inesquecível desde o primeiro, ao úl mo momento”. Fica também um grande agradecimento a todos os pais que se disponibilizaram para nos acompanhar nesta viagem, bem como a todos os que se disponibilizaram na angariação de fundos. Eduardo Silva

Quantos adolescentes e jovens se sentem mal, devido a este problema cutâneo as vulgares "borbulhas" que por vezes pode adquirir aspectos dramá cos do ponto de vista psicológico e sico, a ponto de conduzir ao isolamento, ansiedade e depressão. A acne surge quando a gordura e secreções da pele se acumulam num folículo piloso, originando inflamação. Qual a causa da acne? Não há certezas nesta matéria. A evidência demonstra que o facto de esta doença surgir na adolescência tem implicações de natureza hormonal. Por outro lado, a hereditariedade (se há uma história familiar carregada), o stress e a exis-

tência de certas bactérias na pele podem também ter uma influência grande. O que podemos fazer para combater a acne? Para além de pedir um conselho ao seu médico assistente, há algumas "dicas" que podem ser úteis: - manter a pele o mais isenta de gordura possível, limpando o suor, principalmente nas zonas mais sensíveis (face e dorso); pode lavar a cara uma ou duas vezes durante o dia; - usar sabonetes neutros; - em casos mais graves, poderá ser necessário fazer tratamento medicamentoso, á base de substâncias que "secam" a pele. Erros a evitar quando se tem este problema. Muita

gente pensa que alguns alimentos, tais como chocolates por exemplo, poderiam agravar esta doença. De facto, nada ainda foi demonstrado a esse respeito. - evitar espremer os folículos - isso apenas vai agravar ainda mais o processo inflamatório e atrasar a cicatrização; - evitar situações que aumentem a gordura na face, tais como exposição a tem peraturas altas, encostar as mãos à face ou usar cremes gordos (hidratantes); - não usar sabonetes perfumados com gordura; - evitar usar lãs directamente em contacto com a pele.


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Ciclismo Carina Vicente vence o Campeonato de Célia Vieira vence na Taça de Portugal A ciclista Célia Vieira venceu a quinta prova pontuável para a Taça de Portugal de ciclismo feminino, que decorreu em Torres Vedras. A Atleta da União de Ciclismo de Leiria confirmou o bom

momento de forma, depois de já ter ganho, para esta compe ção, na Serra da Lousã, e de ter triunfado, nos circuitos de Escalos de Baixo e de São João Bap sta

Américo Vieira e Carlos Vieira na Áustria Os ciclistas Américo Vieira, nosso conterrâneo e Carlos Vieira, ao serviço da União de Ciclismo de Leiria irão par cipar mais uma vez no campeonato do mundo de ciclismo a realizar na Áustria de 21 a 28 de Agosto. Disputam o campeonato do Mundo na categoria de veteranos. Recorde-se que Américo Vieria conseguiu o 12º posição, em prova de estrada em 2008.

Depois de se ter sagrado campeã nacional júnior e da importante representação nacional no Campeonato da Europa de Juniores, Carina Vicente volta a dar nas vistas no panorama nacional ao vencer o Campeonato de Portugal de Pentatlo Moderno que decorreu nos dias 17 e 18 de Julho em Lisboa. Para além do tulo nacional Carina ambicionava obter a pontuação marca mínima para par cipação em provas internacionais B, sendo possível uma convocatória para o Mundial de Juniores, marca esta que não foi conseguida por um precalço no hipismo onde um loro (cor-

reia que segura o estribo) saiu com consequente queda e esgotamento do tempo limite de prova conseguindo uma modesta pontuação de 280 pontos. No sector da natação a marca ficou um pouco aquém do seu melhor, 2´32”39 – 972 pontos. Na esgrima a concentração foi o segredo da sua melhor prestação de sempre ao conseguir mais de 50% das vitórias contra um plantel maioritariamente masculino cheio de experiência - 840 pontos. Também na prova de combinado (corrida e ro) as expecta vas foram confirmadas ao estabelecer

um novo máximo pessoal, 14´19”97 – 1564 pontos. No final da prova Carina consegue amealhar 3656 pontos

deixando para a próxima época o segundo objec vo para esta compe ção.

Piscinas da União Despor va da Serra Cooperação entre Associações assegura abertura em Setembro

Enduro Apenas a duas provas do final do campeonato na sua categoria no Enduro, (uma espécie de BTT no ciclismo), o jovem da Magueigia teve o seu dia de azar, ao ter uma queda grave, ainda por cima num treino. Na verdade o perigo espreita a qualquer altura. Azar dos azares, o valoroso corredor da nossa terra e um dos poucos, ou talvez o único a correr em provas de compe ção em desportos motorizados, encontrava-se em 2º lugar na geral e com sérias hipóteses de alcançar o primeiro classificado. Apesar de todo o azar, uma palavra de apreço e de coragem, pois este jovem santacatarinense tem provado que não é de desis r. Assim o seu joelho fique

Portugal de Pentatlo Moderno

em condições de poder correr no futuro, afinal aquilo que tanto deseja con nuar a fazer.

A Piscina da União Despor va da Serra foi inaugurada em Janeiro de 2007 e desde essa data tem permi do a prá ca de várias modalidades: natação, hidroginás ca, hidroterapia e aulas livres. Tem actualmente cerca de 900 u lizadores, desde crianças e jovens das escolas da freguesia de Santa Catarina da Serra e de S. Mamede, idosos e público em geral. Dificuldades na gestão e manutenção do espaço, levou a que a U.D.S. rescindisse o contrato com a empresa que até hoje explorava a piscina. Por este facto, este complexo encontra-se encerrado desde o dia 15 de Agosto a 1 de Setembro. No entanto, a U.D.S. pretende garan r a con nuidade das piscinas, e está a encetar todos os esforços no

sen do de obter os apoios necessários junto das en dades locais e regionais para efectuar a reparação do edi cio e manter a gestão deste espaço. A gestão futura será assegurada pelo próprio Clube – U.D.S., com a imprescindível cooperação das Associações locais: FORSERRA e FORESCOLAS e com o apoio da JUNTA FREGUESIA, garan ndo assim a abertura do espaço em Setembro. Antes de abrir ao público, terá de ser feita uma manutenção do espaço, com limpeza e pintura das paredes que foram danificadas pela humidade (pois, anterior empresa responsável desligou os aparelhos de desumidificação, alegando contenção de custos). Tendo em conta uma op mização na gestão de cus-

tos, a U.D.S. está a estudar uma solução que visa a colocação de um tecto falso na zona da piscina, reduzindo desta forma o consumo de energia. Esta solução exige um inves mento, para o qual o Clube está a tentar obter apoios a fim de garan r a con nuidade deste projecto com as condições mínimas necessárias para a prá ca deste desporto na freguesia. Só com cooperação de todas as associações, en dades oficiais e da população será possível dar con nuidade a um projecto que valoriza e beneficia crianças, jovens, adultos e idosos, na obtenção de uma vida mais saudável. A U.D.S., ForSerra e ForEscolas apela à população para a prá ca do desporto, estando a preparar parce-

rias com as escolas e associações locais no sen do de dinamizar este projecto. Inscreva-se nas piscinas, podendo obter mais informações junto da U.D.S. e da ForSerra! www.uniaodaserra.com Telemóvel: 917480995 Telefone: 244 744 616 Contamos consigo! A U.D.S., ForSerra, ForEscolas e Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra

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Plantel União Despor va da Serra época 2010/2011 Equipa técnica Treinador: Frederico Rasteiro, com um bonito e eficaz percurso no Riachense, onde nas duas úl mas épocas ganhou todas as provas dos distritais de Santarém, conseguindo inclusive a subida aos nacionais (3ª divisão). Adjunto: Morgado, que con nua depois de ter exercido as mesmas funções com Ricardo Moura. Treinador de guarda-redes: Filipe Monteiro, que também transita da equipa técnica anterior. Fisioterapeuta: Diogo Gaspar da Marinha Grande.

Permanências Nelson Fernandes, (Gr); Lagoa, Marco Aurélio e Parracho (defesas). Pimenta (médio), Nelson Brites, Caveira, (médios), Fontes e Fábio Ribeiro (avançados).

Aquisições O regresso de Zim (avançado), que na úl ma época militou no Alqueidão da Serra. Antero (médio, avançado), Luís Miguel (Róis), guarda-redes e Pedro Santos (médio ofensivo), todos ex. Marinhense. Juvenal (defesa), ex. Alcobaça. Tamandaré (avançado), ex. Riachense, Beto (defesa) ex. Guiense, João Magalhães e João Mar ns (médios), ambos ex. Monsanto e Miguel Pinheiro, ex. Igreja Nova.

Apresentação da equipa A apresentação da equipa Sénior aos Sócios da União Despor va da Serra será no próximo dia 28 de Agosto às 18 Horas. O Jogo sera contra o GRAP no Estádio da União Despor va da Serra

A época futebolís ca de 2010 / 2011 Mais um dia para mais tarde recordar, pela jovem equipa que forma a comissão administra va e para os mais de 40 sócios presentes na assembleia-geral do clube que se realizou no dia 22 do mês passado de Julho, onde o orçamento para a próxima época foi aprovado por unanimidade. Sinal que, o trabalho que tem vindo a realizar na construção do plantel sénior para a época que se avizinha, tem sido meritório. Reduzir da forma drás ca, o orçamento e ter já o plantel pra camente composto na totalidade, mesmo considerando que a apresentação da equipa já se efectuou ainda em Julho (dia 26), só

prova de que a aposta que os sócios fizeram nesta equipa jovem, estava certa. Independentemente do que possa vir a acontecer dentro das 4 linhas. No final da primeira semana de trabalho, existem duas ou três vagas, que poderão ser preenchidas por alguns jogadores que se encontram à experiência. Pena é que quatro dos jovens da terra que poderiam fazer parte do plantel, pois valor não lhes falta, o não o façam por mo vos profissionais. Delgado que até já nha assinado, Valter, Márcio e Humberto que fariam a pré-época.

Ao contrário de outros anos em que os então chamados meses do defeso futebolís co, (Junho, Julho e Agosto), pouco nham para no ciar ou comentar, a não serem os “Torneios de futebol de cinco”, par cularmente os das freguesias vizinhas da Chainça e do Cercal, este ano são vários os temas que deveria e queria destacar. Desde dos ditos torneios de “futsall”, às vitórias no ciclismo por parte dos irmãos Gonçalves da Magueigia ou do duo pai e filha Vieira da Loureira. Ainda do azar do Márito Gordo no Enduro, ao futebol da União da Serra e do São Guilherme, finalizando com um tema que a todos os que amamos a nossa terra, nos deve preocupar e mobilizar para se encontrar a melhor solução, devido à per nência do mesmo. Falo concretamente da possibilidade do encerramento do tanque de aprendizagem existente nas excelentes instalações despor vas do complexo despor vo da Portela. Assim, este mês esta rubrica incidirá um pouco sobre cada um destes temas e não num só, como tenho feito na maioria das vezes, desde do início desta coluna de opinião. Os torneios da Chainça e do Cercal Apesar de não ter acompa-

nhado como em anos anteriores, quer um quer outro torneio, o meu comentário baseia-se no que fui ouvindo de vários entusiastas do futsall que seguiram mais assiduamente os dois torneios e do que presenciei nos dois jogos no Cercal no derradeiro dia do seu torneio.

tes da modalidade, um dos melhores, senão mesmo o melhor da nossa região. O do Cercal, apesar de ter mais equipas, maior número com mais qualidade, e até por vezes maiores assistências, o dia da final foi um bom exemplo disso, ainda se encontra a alguns degraus abaixo daquilo do que

Longe vão os tempos em que a Chainça era palco de grandes jogos de futsall.

Em termos de entusiasmo, de assistências e do valor das equipas, o torneio da Chainça, deixou de ser aquilo que foi até há poucos anos atrás, pois era na minha e na de muitos aman-

Inscrições Época 2010/2011

Contactos: 916 940 601 uds@santacatarinadaserra.com Ficha de inscrição e mais informações disponíveis em

www.uniaodaserra.com

Torneio de veteranos de Caldelas Uma equipa formada por alguns jogadores que há algumas épocas representaram a União da Serra, foi a grande desilusão de um torneio onde teve como adversários duas equipas da Caranguejeira, Anónimos e Caldelas. Seiça, Ourém, Matas e Jota Equipar. Como atenuante para as seis derrotas em outros tantos jogos, a maior média de idades e o facto de nunca ter sido possível apresentar sempre os mesmos jogadores em jogos consecu vos.

o da Chainça a ngiu nos seus anos mais esplendorosos. Com poucas equipas representando empresas da freguesia, foram alguns jogadores da nossa terra ou que em anos atrás represen-

Atle smo Ana Oliveira, brilha nos Jogos da CPLP

Formação camadas jovens Para crianças e Jovens dos 6 aos 18 anos as inscriçoes estarão a decorrer entre os dias 2 a 27 de Agosto na Sede do Clube da União Despor va da Serra, das 18.00 Horas às 20 Horas. Documentos necessários: 2 Fotografias actualizadas BI / CC do Atleta BI / CC do Encarregado de Educação

taram a União da Serra, que es veram integrados em algumas equipas presentes nos dois torneios. Curiosamente quer na Chainça, quer no Cercal, a equipa vencedora foi a mesma (Arcos de Fá ma), embora este factor já tenha acontecido em edições anteriores.

Ana Oliveira da Loureira, esteve em muito bom nível nos Jogos da Comunidade de Países de Lingua Portuguesa, em Moçambique. Dia 5 de Agosto, pela manhã, a atleta venceu a prova de salto em comprimento com 5,76 metros. Este resultado cons tui recorde distrital de iniciadas e passa a ser a melhor marca nacional do ano. Está de parabéns a atleta e a toda estrutura técnica do clube que representa (GAF).


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Origem Documental das Aldeias da Freguesia Através deste rigoroso trabalho procurou-se, pela primeira vez, apurar, por documentação coeva, de uma forma cien fica e não lendária, as primeiras referências conhecidas rela vamente às localidades que fazem parte da actual freguesia de Santa Catarina da Serra, Leiria. A prima menção a um sí o ou local da paróquia santacatarinense está datada de 5.2.1392. Trata-se de uma carta de emprazamento feita por D. Vasco, prior-mor do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, o qual nha jurisdição na região de Leiria, a Afonso Mar ns, de algumas propriedades. Neste diploma, faz-se referência também a «huum casal que he hermo em que dizem que nom mora nenhuum homem que esta no logo que chamam Perrecheira com todas suas herdades que jazem en logo que chamam Val Longo e a Fonte de Salgueiro e a par da Barreirrya». Ver "Arrabal: Terra de Santa Margarida", Arrabal, Junta de Freguesia do Arrabal, 1993, pp. 175-177. Salienta-se que este é o único documento medievo que, até ao momento, se refere a um futuro lugar da freguesia de Santa Catarina da Serra, fundada em 1549. De 26.10.1514 data uma carta de confirmação de aforamento, a qual comprova a existência de um morador, João Fernandes, em Loureira. No diploma, que se reporta ao dia 28.11.1513, «Frrancisco Annes homem sollteiro filho de Diogo Gil morador no Freixeall termo desta villa e me fez hũa pi çam dizemdo em ella que elle querya tomaar e aproveitar huns matos maninhos que estavam jumto com o dito loguo do Freixeall homde chamam Vall Mayor que parte com Yoam Fernandez da Loureira». Consulte-se "Loureira 1610-2010: Estudo Histórico e Documental, Torres Novas, Gráfica Almondina, 2010, p. 28. Este diploma indica, de forma clarividente, que já havia povoamento na Serra. Na sequência do "1.º Recenseamento Geral do Reino de Portugal (1527-32)", a

7.9.1527, Jorge Fernandes, com Rui Caldeira, Gonçalo Picanço, ambos juízes, e Sebas ão do Quental, escrivão da câmara de Leiria, elaborou o primeiro levantamento da população da região. No documento vêm referidas nove aldeias da futura freguesia de Santa Catarina da Serra, assim como os respec vos fogos. «A Ribeira de Caldelas e Casal do Vale Bom e Verdelho e Soveral e Ciroes, 10. Aldea da Loureira e Pedromem, 8. Casal da Pinheiria e Gordaria, 10. Aldea da Bareiria, 10. Aldea do Arrabal e Casal de Val Maior, 9. Aldea da Mouta Longa e Chaynça, 11». Consultar Anselmo Braamcamp Freiria, "Archivo Historico Portuguez", Lisboa, Oficina Tipographica Calçada do Cabra, 1908, pp. 246-247. A 7.9.1527, Loureira e Pedrome estavam repar das pelos termos, concelhos, de Leiria e Ourém. Na parte ouriense, a 1.10.1527, elabora-se o censo respec vo. Nele fazse menção à «vimtana d' Atougia e Vimeiro e Pedromem, 55 [fogos]», como se pode verificar na obra sobredita, pp. 266-267. Não há qualquer referência à aldeia de Loureira. Por sua vez, a de Pedrome, na parte que era termo de Ourém, volta a surgir novamente. A leitura e transcrição dos nomes das várias aldeias, em 1908, não são, em muitos casos, as mais correctas, pelo que «Vimeiro» poderá ser "Ulmeiro". Se assim for, em 1527 exis am 10 dos actuais povoados serranos. No ano de 1549, o bispo D. Brás de Barros (1545-50) erigiu em freguesia os 9 lugares do termo de Leiria, surgindo, assim, o sí o de Santa Catarina da Serra, onde seria erguida a primeva Igreja Matriz. As aldeias referidas es veram, até àquela data, integradas na paróquia de São Mar nho, de Leiria, que, por sua vez, fora administrada, até 1545, pelo sobredito mosteiro conimbricense. Do ano de 1561, como se pode verificar em "O mais an go mapa de Portugal", estudo de Alves Ferreira, Custódio de Morais, Joa-

quim da Silveira e Amorim Girão (Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1957), verificase que, no mapa do cartógrafo Fernão Álvares Seco, a única aldeia da freguesia que é mencionada é o «Pedromem». Próximas ficavam Aljustrel e Atouguia. A 14.7.1586, D. Pedro de Cas lho (1583-1604), bispo leiriense, toma posse de áreas que até aí estavam sob jurisdição da Colegiada de Ourém e das paróquias Porto de Mós e respec vo termo. Assim, um número considerável de freguesias é incluído no Bispado de Leiria, pelo que as aldeias de Loureira e Pedrome, que estavam divididas por duas jurisdições eclesiás cas diferentes, são unificadas. Permanece, no entanto, a divisão civil entre o termo de Leiria e o de Ourém. Sobre esta temá ca consulte-se "Loureira 16102010: Estudo Histórico e Documental", Torres Novas, Gráfica Almondina, 2010, p. 37. Por fim, a localidade de Ulmeiro, se é que já exis a, encontrava-se, na totalidade, no concelho de Ourém. Nas "Memórias do Bispado de Leiria" (Leiria, Typographia Leiriense, 1898, cap. 120) refere-se que, em 1610, foram edificadas duas ermidas para administração dos sacramentos: a de Santa Marta, em Loureira, e outra «no logar do Valle do Summo, da invocação de São Miguel». Passam a ser, assim, 11 os lugares que compõem a actual freguesia de Santa Catarina da Serra. Esta situação não é indica va de que somente no ano de 1610 se tenha cons tuído o Vale do Sumo em povoação. Em 1721, Brás Raposo da Fonseca, registou as localidades que, ao tempo, estavam incluídas nas vintenas de Pinheiria e de Vale do Sumo. No primeiro caso, referem-se as aldeias de «Cova Alta com 7 vizinhos», e «Donairia com 4», isto é, 21-28 e 12-16 habitantes, respec vamente. Por sua vez, na vintena de Vale do Sumo surge, pela primeira vez, o nome «Casal da Estor-

ga, ao Sul, com 3 [fogos]». Consulte-se Braz Raposo da Fonseca, "No cias reme das à Academia Real debaixo da Real proteção do muito alto, e muito poderoso Rei Nosso Senhor D. João o 5.º" (cota: ADL, Dep. II, 117-C-12, fls. 50-50v). Em 1721, a freguesia de Santa Catarina da Serra nha, deste modo, 14 lugares. Quinze com a sede. A 7.4.1758, João Pedro, cura da paróquia da Serra, respondendo ao inquérito reme do a todas as freguesias do Reino de Portugal, por ordem de Sebas ão José de Carvalho e Melo (16991782), escreve que a paróquia «tem quinze lugares, e sam os seguintes, o lugar da Chainça, tem quinze moradores, o lugar da Loureira tem quarenta e sinco moradores, o lugar do Pedromem tem vinte e hum moradores o lugar do Ulmeiro tem dezoito moradores; o lugar de Sirois tem onze moradores, o lugar de Val Taquam, tem treze moradores, o lugar do Sobral tem doze moradores, o lugar do Cazal da Estor ga tem seis moradores o lugar do Val do Sumo tem trinta e quatro moradores, o lugar do Sercal, tem des moradores, o lugar da Gordaria, tem oito moradores, o lugar da Barreiria, tem des moradores o lugar da Cova Alta, tem oito moradores, o lugar da Donairia tem seis moradores, o lugar da Pinheiria, tem dezoito moradores, os quais todos fazem o numero de quinze: os cazais sam estes; o Cazal do Covam Grande tem hum morador, o Cazal da Fonte da Pedra, tem hum morador, o Cazal da Magueixia, tem tres vezinhos, o Cazal da Alagoa tem tres moradores, o Cazal da Fon nha tem tres moradores, o Cazal de Val Maior tem dois moradores, os quais vem a fazer o numero de seis». Ver Luís Cardoso, "Dicionário Geográfico", vol. 34, n.º 143, pp. 1055-1065. A informação apresentada totaliza 30 aldeias, destacando-se o surgimento, ainda que recente, de Vale Tacão, Cercal, Covão Grande (hoje, Loureira), Casal da Fonte da Pedra, Magueigia, Casal da Alagoa (provavelmente,

Casal das Figueiras) e Casal da Fon nha (actualmente, Olivais). A par r das Reformas Liberais, em 1832-36, a alteração dos concelhos e das freguesias, tal como a criação dos distritos, levam à inclusão, defini va, na freguesia de Santa Catarina da Serra, no concelho de Leiria, da parte de Loureira, Magueigia, Pedrome e Quinta da Sardinha, assim como a totalidade dos lugares de Ulmeiro e de Casal da Fonte da Pedra, que estavam no termo de Ourém. O povoamento das localidades de Cardosos, Casal da Fartaria, Casal Novo, Quinta do Salgueiro, Quinta da Sardinha (referida em documento de 1816. Consultar João Madeira Mar ns, "As estradas de Ourém no século XIX", Odivelas, 2000) e Santa Catarina ocorre, no essencial, a par r da segunda metade de Oitocentos. De salientar que a sede de freguesia esteve despovoada até muito tarde, não sendo sequer mencionada na «Memória Paroquial», a 7.4.1758. De ter em consideração que a referência histórica ao povoamento destas aldeias está profusa-

Vasco Jorge Rosa da Silva SGPCM

mente documentada nos "Registos Paroquiais" (de Bap smos, de Casamentos e de Óbitos), podendo ser consultados no Arquivo Distrital de Leiria, ADL. Por fim, no século XX, surgem as aldeias de Sete Rios e Vale Faria. A origem destes núcleos populacionais ocorreu na sequência da construção da Estrada dos Sete Rios, EM505, em 1933-35. Sobre este tema veja-se, de Vasco Jorge Rosa da Silva, o tulo "Sete Rios: história de uma estrada (1933-35)", publicado no jornal Luz da Serra, em Abril de 2009 (Ano XXXV, n.º 415, p. 14).

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Construções fazem esquecer doença Entrevista ao artesão residente na Chainça Este mês percorri a paróquia à procura de curiosidades da nossa terra e deparei-me com um artesão residente na Chainça, faz pequenas construções integralmente em madeira. Chama-se José Maria Galvão Filho, nasceu no Brasil em 1953 e reside actualmente na freguesia de Chainça. Escriturário de profissão, trabalhou durante 27 anos no Brasil em várias en dades como Bancos e Câmaras Municipais. Imigrou para Portugal em 1991 devido à di cil conjuntura económica e aos pesados impostos naquele país. Até ao ano 2000 trabalhou em Portugal, como operário fabril e como responsável pela gestão de um Shopping em Fá ma. Trabalhou até que decidiu

regressar novamente à sua terra natal. Após um ano e meio, em 2001, regressou novamente a Portugal após a tenta va de montar um negócio no Brasil, mas que foi impossibilitado pela elevada criminalidade que se fazia sen r no Brasil. Em 2006, foi-lhe diagnos cado um grave problema de saúde que o impossibilitou de con nuar a trabalhar. Teve que ser operado de urgência no mês de Novembro daquele mesmo ano. O tratamento levou-o a ficar em casa mais de meio ano –

“pensei que a doença me iria levar” – disse José Maria visivelmente emocionado. Foi então, durante o tempo de recuperação, que deixou de fumar e para não pensar na grave doença de que estava a recuperar, arranjou algo que lhe ocupasse o tempo e sobretudo a cabeça para não entrar em depressão. A sua primeira construção, integralmente em madeira, foi a sua própria casa em miniatura. Estava dado o primeiro passo para aquele que seria o início da construção de mais 3 dezenas de casas e edi cios em tamanhos consideráveis. As horas sentadas à lareira, envolvido com as suas construções fizeram de José Maria Galvão Filho um homem ocupado e com gosto pelo seu recente

hobbie. Totalmente construídas em madeira, estas habitações tem todos os pormenores de uma habitação desde os degraus, janelas às pequenas chaminés. Após a construção e colagens, são pintadas com o máximo de detalhe possível para que a sua pequena obra fique impecável. Também a reciclagem está nestas habitações ao dar uso às covetes em plás co das bolachas “Filipinos” que, espalmadas e recordadas á medida, fazem de vidros. Orgulhoso deu-me a conhecer a sua úl ma obra, a Igreja de Chainça em miniatura. O pormenor e os detalhes são impressionantes e quando lhe perguntei quanto tempo levou a fazer aquela maravilhosa obra, disse-me 2 meses.

Deixei-lhe um desafio, fazer a miniatura da Igreja de Santa Catarina da Serra. Actualmente José Maria Galvão Filho sente-se preparado para enfrentar novos desafios profissionais o que o levará a ter menos tempo para se dedicar a este pequeno hobbie. Por vezes temos que ter em conta as pequenas coisas da vida, e se o fizermos, descobrimos coisas que desconhecíamos em nós próprios. Para o poder conhecer a ele

e a toda a sua obra, poderão enviar-lhe um email: zecofilho@hotmail.com ou contactando a redacção deste jornal.

Miguel Marques


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