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Empresarial: Fique a conhecer os serviços e produtos da Neves & Santos, S.A

A SABEDORIA DAQUELA VELHINHA

Estava sentada na soleira da porta, com o terço nas mãos e um avental pela cabeça para evitar os efeitos nefastos do sol quente do Verão. Saudei-a fraternalmente e sen , por de traz das acentuadas rugas dos olhos uma alegria quase eufórica por poder ver e estar com o padre que "Deus mandou para a nossa terra". Foi lindo sen r o ministério sacerdotal tão apreciado no brilho dos alhos desta santa mulher. Mulher de conversa fácil e fluente disse logo com toda a espontaneidade da sua alma que me nha visto no casamento de um familiar e como nha apreciado a alegria da celebração mas "Ó Sr. Prior! O que é que estamos a fazer às nossas Igrejas? Não há respeito nem dignidade. A noiva parecia uma desavergonhada com o peito à mostra e as outras... parece que nunca ninguém lhes ensinou que na Igreja se entra com decência no ves r." Perante esta inesperada demanda, fiquei calado mas o meu silêncio era de vergonha por estes exageros e falta de sen do das coisas. Ela porém con nuou "é uma vergonha que nos não devíamos permi r". Perante isto, disse que sim, que é verdade e que temos de ter a coragem de fazer respeitar os nossos locais de culto e de oração. Eu também não vou para a praia de casaco e gravata e se con nua na Pág. 3 quiser entrar...

Pensamento do mês

M E NSÁ R IO DE SA NTA CATA R INA DA S E R R A - AG OSTO 2 0 0 9 - 1 € P R EÇO D E C APA

AGOSTO, MÊS DE FESTAS Nesta edição mostramos como foi a primeira festa da espuma e como decorreram os festejos nos mais diversos lugares da freguesia de Santa Catarina da Serra

Comunidade

Protestos contra lombas con nuam Pág.5 e 6 Escuteiros

Agrupamento finaliza ac vidades em Vila Nova da Barquinha Pág.9 Rancho Folclórico

XXIV Fes val Nacional de Folclore Pág. 11

Entrevista Este mês fomos entrevistar a pessoa mais velha da freguesia!

"Quando o caminho é longo conhecesse a força do cavalo; quando o trabalho é árduo, conhecesse a vontade do homem"

úl ma

Autárquicas 2009 Lino Pereira integra a lista de Raul Castro à Câmara de Leiria Pág.6

Apresentação das comemorações dos 400 anos da Loureira

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Família Paroquial

19/7 - David João Costa Vieira, filho de Miguel Alves Vieira e de Vânia Cris na Marques e Costa da Loureira. Foram padrinhos: Joseph de Jesus Vieira e Daniela Marques Neves 26/7 - Lara Carolina Santos Moreira, filha de Romeu Silva Moreira e de Sara Carolina Costa Santos, da Rua do Sardão, Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Hugo Silva Moreira e Ana Margarida Costa Santos 26/7 - Gabriel Ba sta Ribeiro, filho de Daniel Pereira Ribeiro e de Dália Gonçalves Ba sta da Bemposta. Foram padrinhos: Rui Manuel Ourives Pereira.

4/7 - Vasco José Vicente Oliveira, da Loureira, e Patrícia Vieira da Costa, da Pinheiria. Foram padrinhos: Aires Mar ns Ribeiro e Gil Neves Rosa; madrinhas: Dora Margarida Constan no Alves e Filipa Maurício Oliveira Reis 11/7 - Duarte Nuno Vieira Reis, de Casal Duro, Alqueidão da Serra, e Ana Carina Manuel Vieira, da Chaínça. Foram padrinhos: José de Jesus Vieira e José Mário Vieira Carvalho; madrinhas: Maria de Fá ma Carreira e Manuela de Jesus Carvalho 18/7 - Filipe dos Santos Neves, da Loureira e Cláudia Sofia Ma nho Ribeiro, também da Loureira. Foram padrinhos: Bruno Santos Neves e Carlos Manuel dos Santos Oliveira; madrinhas: Manuela Judite Costa Ma nho e Virgínia Ribeiro Gonçalves.

7/7 - Manuel Jorge Gomes, casado com Maria Inácia Gordo Fernandes, da Magueigia, par u repen namente para Deus aos 63 anos de idade 8/7 - Maria de Jesus dos Reis, viúva de Luís Francisco Alves, da Quinta da Sardinha, par u para Deus com as suas 88 primaveras

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O ensino da religião José Gaspar da Cruz N. 06/11/1960 F. 07/06/2009 E.U.A Perdemos um grande amigo. Hoje sen saudades de , PAI. Saudades de te ter, de te abraçar. Saudades de te ver sorrir. Saudades da tua face, dos teus olhos. Saudades da tua voz. Saudades de te ver trabalhar. Ver-te a chegar a casa, era uma casa cheia. Hoje a saudade foi mais forte do que eu e que me pôs a chorar. Steve e Denny Para , Zé Às vezes surpreendo-me a pensar em , Zé. No silêncio do quarto, horas e tardes a sós. Vejo-te magro e doente… a morrer… sem um ai. Julgo ouvir, pela noite dentro, a tua voz. Que descanses em Paz.

Maria de Jesus dos Reis N. 12/05/1921 F. 08/07/2009 Maria de Jesus dos Reis, viúva de Luís Francisco Alves, da Quinta da Sardinha, par u deste mundo ao encontro de Deus, para sorrir eternamente na glória do Pai, com a bela idade de 88 anos. Era uma boa mulher a Ti Maria de Jesus, como o pude testemunhar variadíssimas vezes, sobretudo, quando, nas minhas férias escolares, trabalhei no “Forno do Ti Luís Barroqueira”, como ainda é hoje, carinhosamente, lembrado na nossa terra. Nascida no dia 12 de Maio de 1921, faleceu no passado dia 8 de Julho, deixando cinco filhos, onze netos e dois bisnetos. A família agradece a todos os que ajudaram a construir a sua vida e a acompanharam à sua úl ma morada.

Aos familiares destes irmãos apresentamos sen das condolências e deixamos a oração da esperança.

Albino Pereira Cova Alta N. 09/08/1925 F. 18/09/2008

Recordando o Aniversário Pedi opinião à Inês Para lhe dar uma prenda de valor E ela respondeu que… O avô precisa é de saúde e amor Saúde é o mais di cil Não está nas minhas mãos poder dar Mas posso sempre dar-lhe força E contribuir para o seu bem-estar

O Conselho da Europa está a reflec r sobre um estudo sobre o ensino de religião nas escolas europeias, conduzido pelo Conselho das Conferências dos Bispos da Europa (CCEE). A conclusão desse estudo é que o ensino de religião é "importante para o crescimento global de uma pessoa" e cons tui "um bom contributo para a formação de um cidadão". O estudo mostra que o ensino de religião nas escolas é garan do em todos os países europeus. As excepções são a Bulgária, a Bielorússia e uma grande parte do território francês (com excepção da Alsácia e Mosela). O ensino da religião dentro de um contexto confessional é o modelo que prevalece na Europa. Na Polónia, o ensino de religião é opcional e confessional, sendo frequentado por cerca de 95,1 % dos estudantes. Na Bélgica, todos os alunos entre os 6 e os

O amor é muito fácil Nem precisa de pedir Àqueles de quem gostamos Nós damos amor a sorrir E por aqui me fiquei Com esta ideia bem barata Dar-lhe amor e carinho Em vez de umas meias ou gravata Aceitei a ideia da Inês E creio que ela tem razão Não é fácil perder a prenda Se a guardar no coração Nós gostamos muito de si, Parabéns mais uma vez Do leal e da Augusta E também da neta Inês. Poemas oferecidos em 09/08/2008 pela filha Augusta 09/08/2009 Já um ano se passou Desde que estas palavras escrevi Hoje não tenho a sua presença Mas de si não me esqueci Nunca lhe dei grandes prendas Pelo seu aniversário Mas nunca faltavam estas palavras Que hoje guardo no meu diário Palavras muito simples Escritas com emoção Que eu lhe lia com amor E hoje o mantêm vivo no meu coração E lá onde hoje vive Eu julgo ouvir a sua voz Pedindo com fé a Deus Que olhe por todos nós Saudades da tua filha Augusta.

18 anos, têm direito a um "curso filosófico", cujo ensino é da responsabilidade de "cultos reconhecidos" ou de "associações reconhecidas". 64% dos alunos de escolas primárias e 32% de alunos das escolas secundárias frequentam a disciplina de religião católica. Em Itália, a disciplina de religião é frequentada por cerca de 91,6 % dos alunos (a percentagem desce para 85% em escolas secundárias). O estudo aponta "ataques" contra as disciplinas de religião desenvolvidos por "áreas radicais e secularistas" manifestando o desejo de "superação". A Alemanha procura uma "cooperação ecuménica" entre a Igreja Católica e a Igreja Evangélica, estabelecida num acordo de 1998 que recomenda uma "colaboração entre os professores, um número par lhado de horas de aulas em comum e a par lha de serviços litúrgicos". Em Inglaterra e país de Gales o estudo aponta que "a opinião pública, em especial depois dos ataques terroristas de 2005, está a aumentar a favor do ensino de religião como um factor social para um entendimento mútuo". A Igreja considera "ser seu dever" manter a educação de jovens e "fazer o possível para lhes dar uma boa formação". Se a religião contribui para a boa formação humana, o ensino da mesma tem de ser es mulado e exis r, onde a educação é feita, ou seja, nas escolas e nos areópagos no mundo contemporâneo. M. V. P.


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Vem aí o “fim do mundo”! As “testemunhas de Jeová” há muito tempo que andam a marcar a data do fim do mundo. Por isso, achei por bem, esclarecer a quem es ver interessado. Somos livres de escolher entre a men ra e a verdade; mas temos também o direito a sermos esclarecidos a tempo a fim de não cairmos nas malhas de uma seita que nem cristã é, apesar de falar de Cristo e do Seu Evangelho. Respeitemos essas pessoas que vêm de porta em porta, duas a duas, com uma receita bem preparada à maneira do pescador que esconde o anzol dentro da isca, para que o “peixe”lhe caia nas mãos. Respeitar não quer dizer escutá-las. Saúde-as e despache-as com delicadeza cristã. Se você entra na conversa fiada delas, não o deixarão mais em paz nunca. Entregar-lhe-ão umas revistas, e logo voltarão a sua casa. Voltarão até você lhes cair nas mãos. Elas são especialistas em falar mal da Igreja católica, e também de outras igrejas, de Nossa senhora e do Papa. O fundador das Testemunhas de Jeová foi o americano Charles Taze Russell. Um maníaco; hoje diríamos “doente mental”. Dizia-se um especialista em Bíblia, em língua grega. Quando foi posto à prova, no tribunal viu-se obrigado a declarar que

nada sabia de língua grega. Inventava profecias, declaravase infalível, mensageiro de Deus, extorquindo dinheiro do povo. Depois de maus tratos e de traição à esposa, divorciouse. O Juiz impôs-lhe uma importância a pagar à mulher, mas Russell passou logo todos os seus bens para a conta da seita. A mulher veio a morrer de fome, pois o ex-marido nunca lhe deu nada, para ela poder viver. Previsões do fim do mundo. Em 1876, Russell descobrira que a 2ª vinda do Senhor, se dera dois anos antes, em 1874, mas despercebida aos olhos dos homens. Depois fixou para 1914 o fim dos reinos do Mundo. Chegado esse ano e, vendo que nada disso aconteceu, deu a desculpa seguinte: “A data era correcta, mas enganei-me quanto à forma: o reino não será material e visível, mas espiritual e invisível”. Depois de 1914, anunciava para 1918 a destruição das igrejas em massa (logo da I. Católica) e dos milhões dos seus membros. (Tirado de “Estudos”, página 485 das Test. De Jeová). Russell morreu em 1916. Sucedeu-lhe Joseph Franklin Rutherford à frente da seita, quando estava na cadeia de Atlanta a cumprir sentença de prisão. Ao sair formou-se em

Editorial

advogado e depois começou a desenvolver as suas ideias na organização. Como em 1918, não aconteceu nada do que Russell profe zara, Rutherford anunciou para 1925 a ressurreição nesta terra dos Patriarcas e Profetas do An go Testamento, para governar a “Nova Terra” que Deus prometeu criar depois da destruição da actual. Ora chegado esse ano, nada aconteceu. Era o 4º fracasso; mas nem por isso desistem de profe zar datas. Jogando com números da Bíblia, descobriram que Adão foi criado no Outono do ano 4.026 antes de Cristo. Depois, jogando com números e datas da Escritura, afirmou que em 1975 terminariam os primeiros 6.000 anos da existência do homem e do descanso de Deus. Quer dizer que em 1975 se cumpririam as profecias restantes que têm a ver com o “Tempo do fim” página 18. Levar-me-iam muito longe se agora falasse das interpretações das profecias do Apocalipse e da profecia de Daniel dadas pelas Testemunhas de Jeová. Diz a 2 Pedro 1,20: “Sabei que nenhuma profecia da escritura é de interpretação pessoal”. Se nós não podemos interpretar o código da estrada, nem a cons tuição nacional conforme os nossos pontos de vista, os nos-

Preparação do Crisma Jovens de Santa Catarina da Serra reúnem-se para preparação do Crisma No dia 25 de Julho, cerca de sessenta jovens do 11° ano da nossa Paróquia, deslocaram-se até à Or ga (Fá ma) para um re ro a fim de nos prepararmos para receber o sacramento do Crisma. Foi um dia de reflexão pessoal sobre o Espírito Santo, a procura e desenvolvimento na fé cristã. O senhor padre Mário Verdasca e vários animadores dinamizaram este encontro. Na parte da manhã formaram-se grupos e debatemos diferentes questões a nível da fé, da comunidade cristã e da nossa vida. Depois cada um dos crismandos teve um momento de interiorização da Palavra de Deus. Com a colaboração da Mónica Bap sta, foram visionados alguns powerpoint's. A fome apertou e lá fomos almoçar, par lhando a comida que nhamos trazido, pois tal como Jesus disse:" Isto é o Meu corpo que será entregue por vos. Fazei isto em memória de Mim". Na parte da tarde cada grupo visitou o San ssimo na Capela de Nossa Senhora da Or ga e ai também vemos o ponto alto deste encontro: a Eucaris a, que foi celebrada com a par cipação de todos, através de cân cos, leituras e texto de Acção de Graças. No salão jantamos e concluímos este tempo forte de oração e de par lha, par cipando no EFETA, onde cada um de nós recebeu uma bênção especial, pois Deus concedeu-nos a todos um dom que deve ser posto em prá ca, sem termos medo de nos assumirmos cristãos e filhos de Deus. Uma Crismanda

P. Serafim Marques

sos interesses, como podem as Testemunhas de Jeová interpretar a Escritura Sagrada do jeito que lhes agrada? Disse Jesus aos judeus: “Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os Anjos do Céu, mas somente o Pai” (Mt.24,36); muito menos as Testemunhas de Jeová. Doutrina das testemunhas de Jeová: É a negação do cris anismo em toda a linha. Negam a San ssima Trindade, a Divindade de Jesus Cristo; a espiritualidade da alma; o mundo é dirigido pelo diabo; todas as religiões são obras de Satanás (menos a deles, naturalmente). São animadas por um fana smo doen o que só fabrica doentes mentais e pelo ódio contra a Igreja Católica. Prezado leitor leia, pense e decida, tome posição pela men ra ou pela verdade; por Deus ou pelas Testemunhas de Jeová. A decisão é sua. Bibliografia: “Testemunhas de Jeová” e seus enganos, de Frei João de Oliveira, 4ª edição. Editora Pax /// “A igreja do Deus Vivo” (Frei Ba s ni, 37ª edi. pág.135, 136

Fá ma volta a convidar o Papa O Bispo da Diocese de Leiria-Fá ma aproveitou a presença do representante diplomá co do Papa nas celebrações do 13 de Julho para convidar Bento XVI a visitar o Santuário Mariano. “Ele [Papa] está sempre presente em Fá ma”, e “esperamos um dia acolhê-lo aqui com todo o coração”, disse D. António Marto, na intervenção no final das celebrações tendo sido aplaudida pelos peregrinos. pub

...numa mesquita muçulmana, tenho que me pôr decente, descalçar os sapatos e guardar a máquina fotográfica. Ela, com um sobressalto no coração e na voz disse "apeteceuP. Mário de Almeida me dar lá dois berros Verdasca para dizer àquelas mulheres que vessem vergonha". E eu respondi-lhe sem a recriminar que as coisas têm que ser resolvidas com calma, embora às vezes seja di cil encontrala. "Então não se faz nada?" Disse. Respondilhe que tem que se fazer alguma coisa, ou melhor tudo, mesmo que nos tomem por an quados. "O grande problema é que os pais não educam os filhos e só querem festas e ves r modas para a passagem de modelos" disse. Esta velhinha sábia nha razão. Eu próprio já sen na pele algumas vezes que a falta de gosto e de dignidade é que se quer impor e que quem não concordar é "bota-deelás co". Quem quiser entrar no Va cano, se não for em condições de entrar num lugar sagrado, fica à porta mas nós por cá queremos fazer as leis à nossa maneira. A Igreja não é uma praia nem uma esplanada e os cristãos têm de saber fazer respeitar a sacralidade desse local especial e diferente. Ainda me disse que há pessoas com quem não vale a pena perder tempo a falar destas coisas. Entrámos para a sala onde sempre improvisa um pequeno altar para colocar a sagrada comunhão que Deus lhe oferece e antes de entrarmos em oração ainda me confidenciou uma grande preocupação que andava na alma "a minha neta passa domingos sem ir à missa e depois vai sempre comungar...". Fiquei silencioso por uns momentos sem saber como havia de a tranquilizar sem a enganar, ciente de que esta situação, comum a alguns cristãos um pouco inconscientes, é grave. Lá lhe consegui dizer que é preciso formar a gente nova na religião da fidelidade e do amor... que não se pode amar Deus e os irmãos às prestações ou aos bochechos e que "quem não está Comigo é contra Mim".

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(Con nuação da edição anterior deste jornal) Feita a autópsia (a que eu assis pessoalmente por deferência do medico), nenhuma água se encontrou nos seus pulmões, o que fez concluir que a morte não terá sido por afogamento, mas par cansaço e esgotamento. Uma fractura na omoplata seria sintoma de forte embate no barco, certamente contra um dos paus da "gambôa" que os pescadores construíam para aprisionar o peixe na margem, quando as águas baixavam. Isso veio a confirmar -se como causa do acidente, pois, encontrado o barquinho fa dico, mostrava um grande rombo no casco, consequência do choque com o pau da "gambôa". Dos dois restantes náufragos, nada mais soubemos ate hoje. Apenas foram encontrados o barco, como disse, e o capacete habitualmente usado pelo seu dono. As cerimónias fúnebres foram realizadas no dia seguinte e presididas pelo então Bispo da Diocese, D. Ernesto Gonçalves Costa, e decorreram na Igreja Catedral de então, hoje subs tuída pela Catedral nova. Como resposta ao salmo que aprofunda a mensagem da primeira leitura da Missa, foi transmi da, por gravação, através da instalação sonora da Catedral, a própria voz do defunto Frei Leonel, cantando o "Gloria a Deus em Jesus Cristo nosso Rei, que do Sepulcro neste dia se elevou, para a alegria dos que sempre acreditaram na vida e no amor ... Glória, Aleluia; o Senhor ressuscitou ... Aleluia! Estávamos ainda a celebrar 0 tempo pascal! A poesia era sua e parte da música, também de sua autoria. E era a sua voz ainda viva a cantar... 0 que, naturalmente, criou um certo arrepio nos par cipantes, levando alguns a gritar de emoção e, mesmo, a fugir para fora do templo. A gravação fi-la eu mesmo, dias antes da sua morte, com o som da sua própria alma,

Jornal Luz da Serra Nº419 - Agosto de 2009 Ano XXXV

ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

Frei Leonel Voltou a Casa bane no momento em que tudo isto aconteceu e par cipante em cada passo das celebrações que ocorreram e que agora se realizaram.

transmi do pela sua voz linda e acompanhada da sua viola. E a vida con nuou, pois nos, os peregrinos da terra, não poderíamos parar. Ele, sim, terminou de peregrinar e foi cantar com os anjos as glórias eternas do Criador, que na terra tanto o prendou de talentos, para repar r pelos jovens, o alvo principal dos seus sorrisos, e pelos menos jovens, que beneficiavam dos encantos da sua alma e da sua arte. Mais tarde foi colocada sobre a sua campa, no cemitério municipal de Inhambane, onde o sepultamos, uma laje circundante, engalanada com flores ar ficiais e com pedacinhos de mármore branco sobre a laje grande que encobriu a campa, a perpetuar a brancura da sua alma. Na cabeceira da laje, a fotografia dos dois irmãos náufragos: Frei Leonel e Frei Emídio, juntando-os numa única memoria, mesmo que o único corpo existente fosse o de Frei Leonel. Ai ficou permanentemente alvo da devoção dos fieis de Inhambane e de outros que o conheceram.

Passados 38 anos Frei Leonel voltou a casa A pedido da família de sangue, os restos mortais de Frei Leonel, re rados da sua campa, regressaram a Portugal, acompanhados pelo seu irmão David Bento Vieira e pelo representante dos franciscanos portugueses, Frei Armindo Carvalho. Ambos se deslocaram propositadamente a Moçambique e a terra que guardou o seu corpo, Inhambane, para realizarem esta tarefa. Era um desejo há muito vivido e que só hoje, dia 13 de Maio de 2009 e concre zado, em Santa Catarina da Serra. Deus seja louvado! A par cipar neste momento de "regresso" a sua terra, es veram os familiares de sangue, o povo de Santa Catarina e os familiares de vocação franciscana. Frei Vítor Milícias, Ministro Provincial dos Franciscanos portugueses, presidiu a Missa da memória, entrega e despedida na Igreja Paroquial. Concelebraram vários confrades e outros sacerdotes. Para louvor de Cristo. Ámen! Escreve este testemunho Frei Armindo Carvalho, companheiro de Missão de Frei Leonel, pároco de Inham-

O que sei do Frei Leonel? Frei Leonel era dotado de especiais talentos, de uma grande sensibilidade, de uma alma encantadora saindo pelos seus olhos azuis a comunicar alegria e vida. Dedilhando habilidosamente a viola, juntava-lhe o som manso, doce e harmonioso da sua voz, em canções cheias de mensagem, também por ele escritas em poesia livre. Uma das suas canções mais queridas era dedicada ao mar... Cantava assim: Não há gaivotas na minha ilha! Na minha ilha não há gaivotas! Não sei que foi que fez o mar; Não sei que foi que fez o mar! Não há gaivotas, não há poesia ... Não sei que foi que fez o mar!

desígnios insondáveis de Deus, ainda hoje a única voz de Frei Emídio e o seu eterno silêncio. Frei Leonel de novo na sua terra Não como prodígio, saído e regressado após aventura fracassada. Sim, como o aventureiro da vida-em-missão, que voluntariamente parte a levá-la aos povos distantes que ainda a não conhecem. Missão cumprida. Mais rapidamente que o normal e o humanamente desejado. Como o culminar da vida veio a "morte dar-lhe a outra maneira de viver" ... (são palavras suas). Regressa à sua terra a 13 de Maio de 2009. 13 de Maio, dia da Mãe aparecida em Fá ma, de quem era profundamente devoto. Isto o mostrava nas suas canções e na oração simples do terço que sempre o acompanhava. Ano de 2009. A sua Família Franciscana celebra 800 anos de vida, com a aprova-

ção da Regra de São Francisco pelo Papa. Tudo em clima de louvor centenário! Junto aos muitos momentos de louvor vividos pela Família de Francisco, vai mais este para cantar o dom da vida terrena e eterna de Frei Leonel Bento Vieira. Tudo cer nho. A Deus todo o louvor! A Família de sangue de Frei Leonel, a nossa gra dão pela oferta da sua pessoa à Família Espiritual de Francisco de Assis. A nossa solidariedade e fraterna amizade. Uma mesma família em Cristo, cantamos com Frei Leonel: Meu irmão e pobre, meu irmão e rico, meu irmão e preto, meu irmão e branco. E Deus ressuscita! Sou irmão da terra, sou irmão da dor, sou irmão da guerra, sou irmão do amor. .. E Deus ressuscita! Em Cristo Ressuscitado. Paz e Bem! Frei Armindo Carvalho, ofm

Vinde, gaivotas, para a minha ilha, Porque o mar pediu perdão! Não sei porque pediu perdão; Não sei que foi que fez o mar! E foi precisamente o mar, onde muitas gaivotas permanentemente vivem e cantam, que recolheu a vida sica de Frei Leonel, o guardou alguns dias, levando depois à ilha que o recolheu, deixando a sua alma livre para ir cantar as eternidades do Criador. Dom de Deus! Frei Emídio, seu companheiro era também de uma forte sensibilidade e candura. Mais escondido, mas de alma ar s ca. Gostava mais de escutar do que de falar. O seu silêncio era eloquente. Executava com grande habilidade a arte de rar os sons harmoniosos do órgão. Também, pelos

Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@gmail.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Composição Miguel Marques - Colaboradores Fernando Valente, Virgílio Gordo, Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira e Isaque Pereira ( ass. clínica geral ) - Contactos Telefone (00351) 244 741 314 Fax (00351 ) 244 741 534 Correio electrónico luzdaserra@sapo.pt - Impressão Coraze - Oliveira de Azemeis - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal


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Resposta a pessoa que se in tula M.S. na cri ca às lombas de Santa Catarina da Serra Em primeiro lugar quero agradecer em meu nome e em nome de todos aqueles que, tal como eu, se deslocam em cadeira de rodas, ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra pelas obras realizadas e que em muito favorecem todos os deficientes motores. Agradeço ao Sr. Presidente por se preocupar em diminuir todas as barreiras arquitectónicas da Freguesia. Já se fizeram rampas e ul mamente elevaram-se a passadeiras ao nível dos passeios... 0 meu muito obrigado. Rela vamente à pessoa in tulada por M.S., a qual redigiu um ar go a cri car e a ques onar a existência destas lombas, venho mostrar-lhe o meu profundo desagrado em relação ao que escreveu. É lamentável ainda exis r pessoas que só olham a esté ca da

Freguesia sem se preocupar com a vertente humana... Como cidadão desta Freguesia respondo às suas perguntas: já deveria saber que as lombas ajudam na prevenção de sinistralidade. Muitos eram os automobilistas que não respeitavam os limites de velocidade nesta rua passando a uma velocidade inaceitável. Ainda para mais caro(a) M.S., estando estas lombas próximas a um Centro Social para idosos e para crianças, ainda mais sen do faz a sua presença nesta estrada, obrigando os condutores a reduzirem a velocidade nas zonas de passagem para peões. Se o(a) Sr.(a) desejar andar mais rápido sem olhar a limites de velocidade ou para não danificar a suspensão do seu carro ande na auto-estrada, aí pode acelerar à sua vontade, conforme a sua consciência.

Nascidos em 1963 reúnem-se Con nuando um ritual que é quase uma tradição desde as festas dos 40, Sagrado de Coração de Jesus, os nascidos em 1963 reuniram-se para um pic-nic que teve lugar no Parque de Merendas do Vale Maior. Para muitos, foi uma oportunidade de encontro com gente da mesma geração. Com os lucros ob dos, serão realizadas missas pela intenção dos nascidos em 1963, no dia 5 de Setembro e 10 de Outubro. Ah! Já agora... Aproveito para alertaIo(a) de que na cidade de Leiria existem muitas lombas deste género, se calhar seria melhor também ques onar a Sr.a Presidente da Câmara de Leiria quanta à sua legalidade e existência destas lombas na cidade... Cri car é fácil, mas fazer e perceber nem todos têm essa capacidade. Espero a sua candidatura a Presidente da Junta de Freguesia, talvez faça mais e melhor... Passo a iden ficar-me, não escondendo o meu nome por detrás de uma sigla... Carlos Crespo Alves

Natureza, reflexo de Deus No princípio, Deus criou o Céu e a Terra" (Gn 1,1).´ Não há dúvida que a Natureza é o reflexo de Deus, enquanto obra Sua. A Igreja tem denunciado com frequência os problemas ambientais. Desde os missionários que trabalham nos locais mais afastados do planeta ao Papa em Roma, ergue-se um coro de alertas em defesa de populações que vêem o seu meio destruído. S. Francisco de Assis, patrono dos ecologistas, dis nguiu-se por uma extraordinária sensibilidade em relação à Natureza. No "Cân co das Criaturas", propõe a fraternidade como modo de relacionamento com a Natureza: "Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento, pelo ar e pelas nuvens, pelo sereno e por todo o tempo em que dás sustento às tuas criaturas. Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, ú l e humilde, preciosa e casta. Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa..." O ser humano deve respeitar o meio ambiente não apenas porque sofrerá as consequências se não o fizer, mas

acima de tudo porque é criação de Deus. Há que cuidar dele para bem de todos. Olhando para Santa Catarina da Serra, terra que gosto e admiro pelo seu dinamismo e crescimento, entristeceme ver as valetas e as ruas dos diversos lugares tão sujas. É sem dúvida importante olharmos com agrado projectos vistosos, mas na

minha opinião, a grandeza vê-se nas pequenas coisas, nos pormenores. Não consigo compreender como há placas colocadas há bastante tempo a dizer: "Serra Limpa" e passa-se nas ruas desta vila e a limpeza deixa muito a desejar. É verdade que todos nós temos por missão sermos briosos e construtores de um bom ambiente, pôr mãos à obra. Mas não basta. Aqueles que foram escolhidos pelo Povo devem

servi-lo, zelando pelos seus interesses e bem-estar. Ainda há pouco tempo alguém escreveu, lamentando que algo estava mal. Concordo com muita coisa que foi dita. Também eu informei, escrevi e lamentei ao Senhor Presidente da Junta e seus directos colaboradores, a situação ambiental da nossa terra, da qual sou ví ma, sobretudo desde que andaram a fazer o saneamento. Não ob ve nem ob vemos qualquer resposta posi va e os resultados estão à vista de todos. É só passar e olhar. Os peregrinos gostam de caminhar por Santa Catarina da Serra, mas tantas vezes sofrem com as enchurradas das águas que invadem as estradas e percebe-se porquê. Lamento dizer, mas toda esta sujeira das nossas ruas e valetas não são um bom cartão-de-visita. Acordemos e gritemos juntos bem alto. Assumamos o nosso compromisso de cristãos e defendamos um ambiente agradável, onde todos vivamos felizes, contemplando a Criação, obra bela de Deus. Fernando Valente

Troca de cartões de Gasóleo Verde Caso seja proprietário do cartão de acesso ao gasóleo verde deverá dirigir-se aos serviços de direcção regional de agricultura e pescas para a sua subs tuição. Todos os cartões de chip serão anulados a par r do dia 1 de Outubro.

6º CONCENTRAÇÃO NACIONAL VESPINGA 2009/Fá ma 5 e 6 Setembro Os amantes das vespas reúnem-se mais uma vez em Fá ma, numa organização do clube daquela localidade, os Vespingas. Será nos dias 5 e 6 Setembro e no programa estão passeios culturais pela região de Fá ma, com visita à aldeia Pia do Urso, o jogo da vela, 1ª Inscrição Oficial do Vespa World Days 2010, Bênção das Vespas na Igreja Matriz de Fá ma. Os vespingas serão também responsáveis pela organização dos Vespa World Days 2010.

Colheita de Sangue Em colaboração com o centro regional de sangue de Coimbra, irá efectuar-se uma recolha de sangue na Loureira, no próximo dia 30 de Agosto. Estará junto da Associação uma carrinha para o efeito, entre as 9 e as 13h.

Agroal já foi inaugurado A única zona balnear do concelho de Ourém já foi requalificada e inaugurada. O Agroal foi alvo de um inves mento de 1,5 milhões de euros. O Agroal é conhecido pela alegada cura de males de pele e há décadas que mantém a tradição de grande afluência de veraneantes. Um novo parque automóvel, percurso ao longo do rio, muros, subs tuição e deslocalização da ponte, melhoramento dos acessos e da piscina e a criação de um parque de merendas fizeram parte da primeira fase.

Jogos de Leiria A Câmara de Leiria está a organizar o Torneio de Chinquilho, integrado nos Jogos de Leiria 2009. O torneio terá lugar nos dias 5 e 6 de Setembro, na Freguesia da Or gosa. A Junta de Freguesia está a receber inscrições, pelo que só serão aceites por esta via para representar a Freguesia no torneio. As equipas terão de ter 4 elementos e 1 suplemente. Inscreva-se! Até 26 de Agosto. pub

Festa do San ssimo Gostaria de fazer uma apreciação, ao ar go sobre a Festa do San ssimo, que veio na úl ma edição, Julho de 2009, no jornal "Luz da Serra", quando apenas se agradece ao Padre Mário, Catequistas e crianças, quando esta também foi preparada por um Juiz, Mordomos, Confraria do San ssimo e todos os outros colaboradores que se dedicaram na preparação da festa. Desde já agradeço a todos pelo empenho e dedicação. O Juiz Boaventura Lopes


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RESPOSTA À CARTA DE PROTESTO SOBRE PASSADEIRAS ELEVADAS EM SANTA CATARINA DA SERRA Em resposta à carta publicada na ul ma edição do vosso Jornal, cumpre-nos responder à mesma, nomeadamente à moradora na Freguesia de Santa Catarina da Serra, que se iden ficou por M S: Não me sendo possível iden ficar a autora da respec va carta, para a esclarecer, respondo pela mesma via onde a autora explanou as suas crí cas, respeitantes à execução de passadeiras elevadas (e não gigantescas lombas, como refere) na zona central de Santa Catarina da Serra. - A tomada de decisão da execução de passadeiras elevadas na zona central da sede de Freguesia, foi tomada pelo execu vo da Freguesia em exercício, pelos mo vos que passo a descrever: - Necessidade de criar condições de segurança na circulação de pessoas, na sua protecção, e melhorar as condições de mobilidade na zona central da sede Freguesia.

Para a protecção de pessoas, nunca é de mais o inves mento. No que se refere aos seus anseios, das situações que acha que não estão bem, quero deixar também a minha contestação, nomeadamente no estado das estradas municipais, existentes na nossa Freguesia, que se encontram num estado de degradação, tendo sido solicitado ao longo deste mandato a CML a sua melhoria. Sobre as sugestões que menciona, quero lembrá-la de que o projecto de arquitectura de um edi cio (centro cívico) onde está previsto o centro de saúde, está executado, estamos a trabalhar reclamando apoios às en dades responsáveis para a sua execução. No que toca ao cemitério, deve haver algum lapso, pois a sua limpeza é constante. Construção de jardim, espaço de lazer, para não falar de outros, deixo o nome do Parque do Vale Mourão, veja se lhe diz al-

guma coisa, e da reabilitação dos 4 jardins de infância. Limpeza de valetas e sinalização. Duas vezes por ano passa uma equipa pelas ruas da Freguesia a limpar as valetas, e pergunto, quando foram colocados os semáforos na estrada Sta. Catarina – Fá ma? nomeadamente nos cruzamentos do parque despor vo, cruzamento da Loureira, e de velocidade na recta da Loureira, para não falar de toda sinalização de toponímia. Contribuição para o quartel dos bombeiros. Não deve conhecer a realidade. Aconselho-a a ques onar a Direcção da Associação sobre o apoio que este execu vo têm dado. Alcatroamento de estradas, todas as ruas que foram intervencionadas pelo saneamento, foram contempladas com alcatroamentos, pois foi o que sempre defendemos. Para não falarmos de tudo o que foi feito nestes quatro anos. Lino Pereira Presidente da Junta de Santa Catarina da Serra

Nota da redacção: O texto acima escrito foi publicado numa edição do Jornal “Região de Leiria”. A carta que se segue, ao lado, foi recebida por este Jornal, após a publicação no referido Jornal.

CANDIDATOS A JUNTAS DE FREGUESIA Santa Catarina da Serra

Chainça

Candidato Independente (com o apoio do PS)

Joaquim Pinheiro L. Oliveira 46 anos Casado e com dois filhos, reside actualmente no Vale Sumo. No ramo profissional é técnico oficial de contas. Dia 4 de Setembro irá apresentar a sua equipa à população de Santa Catarina da Serra, no salão Paroquial.

Isabel Maria da Costa Santos Gameiro

Maria Luísa dos Santos

AS PRIORIDADES DA FREGUESIA NÃO PASSAM POR LOMBAS

Eu não faço parte dos conformistas, que não se inquietam perante os problemas e que não se ques onam perante as coisas, por isso gostava de deixar umas considerações acerca da nossa Freguesia e do seu desenvolvimento. Duas opiniões servem de base à minha intervenção: o ar go da Sr.ª M. S. que tem afirmações inequívocas e correctas e, posteriormente, o ar go do Sr. Presidente da Junta, no Jornal Região de Leiria. Perante as suas opiniões gostava de analisar determinados pontos de vista: 1 Passadeiras elevadas? Não me parece que esta designação esteja correcta. Passadeiras já exis am e não são necessárias mais. Não faz sen do instalar tantas e tão grandes lombas em tão curto espaço, a seguir a curvas e onde não há registo de qualquer acidente nem des-

respeito pelos peões. A mobilidade não sai beneficiada, pois agora assiste-se a má fluidez do trânsito e pessoas e deficientes têm de passar por cima de lombas de piso irregular e escorregadio. Mobilidade também não se observa junto ao coreto, onde agora os carros através das lombas estacionam. Esse espaço era des nado às pessoas que agora para saírem do adro tem de contornar os carros. Esta situação é no mínimo ridícula. 2 Valetas: parece-me óbvio que as valetas devem ser limpas quando necessárias não só duas vezes por ano. Se a Junta não tem funcionários para o fazer, talvez esteja na altura de os contratar, agora não podemos é permi r que as valetas a njam o estado que a fotografia em anexo mostra. Aliás, nem se percebe que é uma valeta. Ao estado que elas chegaram não fazem

qualquer sen do os cartazes in tulados “SERRA LIMPA”. 3 Parques de Lazer: o mérito da construção do Parque do Vale Mourão está nas pessoas da Loureira. Acho descabido o Sr. Presidente da Junta estar a reclamar isso para si. Ao invés, era importante planear a criação de mais. Por exemplo, as pessoas gostariam de ter um bonito jardim com bancos no centro da freguesia, um espaço de lazer e descanso que é imprescindível em qualquer vila. 4 Centro de Saúde: já há alguns anos que a construção de um novo centro de saúde está prome da, o que é certo é que as coisas con nuam no papel. Esperemos que o novo Presidente da Junta estabeleça a sua construção como prioridade absoluta. Tenho a sorte de conhecer muitos locais no país. Em muitas vilas vejo progressos, infelizmente na minha, nos úl mos anos tenho visto desmazelo e assis do a uma certa estagnação e inércia. Actualmente vejo também as maiores, mais feias e mais injus ficáveis lombas do distrito. Espero com este ar go ins gar as pessoas a reclamarem por uma Freguesia melhor. Jorge Manuel

Santa Catarina da Serra coloca candidato a Vereador na Lista de Raul Castro Raul Castro, candidato á Câmara de Leiria pelo PS, convidou Lino Pereira a integrar a sua equipa nas próximas autárquicas. O actual presidente de Junta de Santa Catarina da Serra foi apresentado como candidato a vereador numa festa popular in tulada a 'Festa da Mudança", em Monte Real, e onde foram apresentadas as listas do Par do Socialista à Câmara, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia de Leiria. E entre os 'especialistas' estão, de acordo com Raul Castro, Lurdes Machado, para a área das polí cas sociais, Lino Pereira, para

a área das obras municipais e par culares, Blandina Oliveira, para a área da economia e apoio às empresas e à criação de empregos, Gonçalo Lopes, para a juventude e o desporto, e Acácio de Sousa, para a cultura e educação.

77 anos 55 anos Reside na Chaínça e foi prof. Casada e com dois filhos, re- durante 43 anos do ensino sidente na Loureira. Traba- básico naquela freguesia. lhou como comercial de Encontra-se reformada à 15 exportações internacionais. anos. Actualmente é domés ca. Licenciada em Filosofia

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@sapo.pt - ou entregue na redacção ( ForSerra - Edi cio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra ) Nota: Os textos deverão ter no máx. 2000 caracteres e deverão chegar à redacção devidamente iden ficados com nome, morada e contacto do autor, mesmo que a publicação se pretenda anónima.


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Esclarecimentos Neste espaço publicamos os comentários à entrevista, publicada na edição anterior, de Domingos Marques.

Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra Li atentamente a entrevista dada pelo Sr. Domingos Marques, publicada no jornal anterior, onde, me permitam, os leitores do Luz da Serra, mas não poderei deixar de responder á mesma, dado o seu conteúdo estar cheio de omissões. Esclareço o seguinte: do, através das Assembleias de FreO PED Foi aprovado por unanimidade em As- guesia, e por sua vez transcrito nas sembleia de Freguesia, de 26 de actas das Assembleias. Importante é, Junho de 2008, (acta nº 2-2008) onde que ao fim de 22 anos o loteamento foi condição deste execu vo avançar está concluído, a nível de execução com o referido plano (PED), se assim das obras. Mas quando diz que, “Até fosse, (aprovado por unanimidade), gostava de ter par cipado mais, pornessa Assembleia foi apresentada a que eu ofereci-me para ajudar a reproposta de trabalhos e orçamento, solver”. Sr. Domingos Marques, permita-me que lhe diga que o Seno valor de 39.000 euros. Na Assembleia de 03 de Abril de 2009, nhor, neste processo só complicou, e (acta nº 1-2009) foi apresentado uma desafio-o a publicamente a debaterversão do trabalho realizado pela mos e esclarecermos o assunto. Imequipa que elaborou o plano (PED), portante referir que este execu vo sendo entregue um exemplar a mesa avançou com a execução das obras no da Assembleia para consulta do loteamento tendo como condição a mesmo pelos membros da Assem- aprovação por unanimidade na Asbleia, onde foi comunicado também a sembleia de Freguesia, e o que acontodos os membros da Assembleia que teceu. De referir ainda, que quando a apresentação oficial seria no dia 18 diz que a Junta de Freguesia não era a de Abril 2009, e onde estariam pre- mesma, aquando dos negócios feitos no referido loteamento, sentes en dades oficiais. Importa referir que eu “...neste processo só onde o Senhor intervêm nesses actos, só me resta pessoalmente telefonei complicou, e dizer: então o presidente ao Sr. Domingos Mardesafio-o a era outro? Em dezasseis ques, aquando da realipublicamente anos só me lembro de um. zação dos Fóruns debatermos e O SR. DOMINGOS MARpúblicos, para que ele ou quem ele indica-se par - esclarecermos o QUES. Que eu me lembre, o Sr. cipa-se também nos fóassunto...” Domingos Marques esruns, que foram três, e onde par ciparam mais de 150 pes- teve em todas as Assembleias de Freguesia, daí eu ter de pensar que das soas. (Não o vi em nenhum). duas uma, ou o Senhor não lê as actas, ou então agora não concorda FORSERRA Na Assembleia de Freguesia de 22 de com aquilo que concordou, talvez daí Setembro, (acta nº 3-2008) foi solici- a sua contradição até com actas elatado autorização para que a Junta de boradas nos seus mandatos de PresiFreguesia par cipa-se na Associação dente. de Desenvolvimento e Melhoramen- Muito mais haveria para comentar, e tos de Santa Catarina da Serra (For- esclarecer sobre a entrevista do Sr. serra) , além de ser feito uma Domingos Marques, que nesta altura explanação do que se perspec vava não se esperava que viesse a praça ser a Forserra, não foi ques onado na pública dizer outra coisa. Mas daí até altura por mais nenhum membro da nos in tular de “habilidosos” e “VaiAssembleia qualquer esclarecimento dosos”, só podemos interpretar isso ou dúvida. A Freguesia através de um talvez como um elogio, dado que duelemento do seu execu vo, faz parte rante estes quase quatro anos, em da comissão instaladora, que irá estar tempo de crise, termos feito o que fiaté final do ano envolvida na criação zemos, só mesmo com muita habilide condições para que seja eleita uma dade, e ai sim, sen mo-nos muito direcção, e assumir a coordenação do vaidosos, pois a nossa Freguesia cafes val gastronómico “O CHICHARO minha a procura de um futuro melhor. DA SERRA”. Presidente de Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra LOTEAMENTO DA FAZARGA Lino Pereira Está este assunto sobejamente deba-

Ass. dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria Embora sempre tenha gostado (ainda gosto e muito) de dar a minha opinião, acerca do quanto se passa na nossa terra, quer seja no campo social, despor vo, religioso, cultural, polí co e outros, desde que assumi a presidência da nossa Associação de Bombeiros, sempre me abs ve de publicamente, fazer uso de alguns assuntos que por aqui vão surgindo. Quer seja em

ac vidades, quer seja através do nosso jornal, ou dos vários sites que já existem na nossa freguesia, com natural destaque para o da freguesia e para o do União da Serra e outras colec vidades. Mas chegou a hora de dizer basta! Sobretudo no que diz respeito a ataques pessoais rela vamente á entrevista que o sr. ex. presidente da Junta de freguesia, sr. Domingos Marques, concedeu ao nosso jornal o mês passado. Porquê a preocupação com o presidente de uma Associação, que não olha a cores polí cas nem a diferentes posições sociais? Considerando que a dita entrevista esteja inserida na campanha eleitoral que se avizinha, não a vou comentar apesar de achar que existe uma deturpação da realidade do que é hoje a freguesia, rela vamente ao que era há quatro anos atrás. Como ex. membro da Assembleia nos úl mos dois mandatos da junta liderada pelo sr. Domingos Marques, até nha e tenho dados para comentar a dita entrevista. Não o faço, por duas razões fundamentais: Em primeiro lugar, pelo respeito que me merece o sr. Domingos, apesar de ele nunca o ter do por mim. Em segundo lugar, para con nuar a ser fiel ao princípio que assumi há quase cinco anos atrás, de me abster publica-

mente no que á polí ca e a outros assuntos de carácter colec vo, diz respeito. Como não sou hipócrito e se Deus me con nuar a ajudar nunca o serei, é evidente que con nuo, con nuarei sempre fiel às minhas ideias polí cas e sociais, apesar de aceitar honestamente as ideias dos outros. O que alguns infelizmente, nunca serão capazes de fazer.

tras freguesias não iam permi r? De facto o sr. Domingos Marques anda muito distraído, ou acha que tudo o que tem sido feito na resolução da construção do quartel, tem sido obra do acaso? Também não digo que é obra do Divino Espírito Santo, porque a minha fé não permite e a ajuda que tenho do rela vamente à minha saúde de precisamente há um ano a esta parte, essa sim deve-se á ajuda de Deus. Por agora vou ficar por aqui. Espero que não venha a ser obrigado a responder acerca de quanto o sr. Domingos (não) fez pela nossa secção de Bombeiros. Como todo este trabalho, tem sido apoiado pelas quatro juntas de freguesia e pelas respec vas populações, com a minha maneira de ser, nunca poderia querer só para mim o È evidente que como cidadão papel principal. tenha (o) o direito de manifestar Para um melhor esclarecimento, as minhas opideixo-lhe quatro niões. A um qual“Espero que não propostas: quer ataque 1 – Pergunte aos venha a ser obripessoal ou apropróprios Bombeiveitamento polí- gado a responder ros, o que eles co, tenho não só acerca de quanto o acham da missão, direito, como sr. Domingos (não) não só do presidever de responfez pela nossa sec- dente, como todos der. Até porque (as) dirigentes que “quem não se ção de Bombeiros.” ao longo destes sente, não é filho anos o têm acompanhado nesta de boa gente”. Ou “quem cala, di cil, mas gra ficante missão? consente” como dizem estes dois ditados do nosso Povo. A 2- Pergunte aos actuais presiAssociação de Bombeiros a que dentes das vizinhas freguesias presido, eleito democra caque compõem a Associação, que mente em Assembleia-geral, consideração tem pelo presinão só pelos sócios da freguesia, dente da Associação? como por muitos outros oriundos das quatro freguesias que 3- Pergunte aos empresários da compõem a actual Associação nossa terra, que em muito tem dos Amigos da Secção de Bomajudado a conseguir a manutenbeiros do Sul do Concelho de ção da Secção na nossa terra, se Leiria, merece que a defenda. o presidente se tem portado mal Não com ataques pessoais, mas nos pedidos que lhe tem feito? com verdade e só a quem ponha em causa a minha pessoa ou o 4- Finalmente pergunte aos elecargo que desempenho apaixomentos da anterior direcção, em nadamente há cinco anos. par cular ao ex. presidente, se o Assim não poderia deixar passar Virgílio Gordo o tem defraudado a parte da entrevista do sr. Dona missão que lhe confiou há mingos Marques, na qual põe quase cinco anos? em causa o presidente dos BomSem rancores e com grande conbeiros. Porquê? sideração, o actual presidente Como pode afirmar que o quarda Associação do Sul do Concetel nos Cardosos, parece ser lho de Leiria, uma boa solução, mas não com Virgílio Gordo este presidente? Porque é que afirma, que as ou-


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AGOSTO - MÊS DE FESTAS, EMIGRANTES E FÉRIAS!!! Loureira

Vale Tacão

Casal da Estor ga

Festas em Honra de Santa Marta e Santo Amaro 11 e 12 de Julho

Festas em Honra da Nossa Senhora da Purificação 18, 19 e 20 de Julho

Festas em Honra de S. João de Deus 26 de Julho

Foi no passado 11 e 12 de Julho que se realizaram os festejos em honra dos padroeiros da Loureira, S. Marta e S. Amaro. A organização coube a 55 festeiros, com 35, 45 e 55 anos de idade que desde Janeiro começaram os prepara vos. O cortejo com centenas de pessoas e a cerimónia religiosa foram o ponto alto dos festejos. Na cerimónia foi apresentado o programa para as comemorações no aniversário dos 400 anos da Loureira, a comemorar no próximo ano. Apesar da chuva que se fez sen r no sábado, 11, á noite, os festejos deixaram de corresponder ás expecta vas da organização. Quermesse, insufláveis, actuação de três conjuntos musicais e actuação da banda Filarmónica do Soutocico animaram os festejos. Os festeiros voltaram a reunir-se no dia 24 de Julho para avaliar o decorrer da festa. No próximo ano, os festejos contam com uma nova faixa etária na sua organização, os jovens de 25 anos serão também chamados a par cipar também. Para o próximo ano, os juízes já estão nomeados. São eles: Joaquim Carreira (55); Mário Vicente (45); Leonel Vieira (35) e Pedro Ribeiro (25). A organização agradece o apoio de todos.

Nos dias 19 e 20 de Julho decorreram as festas em Honra de Nossa Senhora da Purificação, padroeira do Vale -Tacão. Esta festa foi organizada pelos jovens nascidos em 1954, 1964, 1974, e 1984. Sendo que devido ao facto do número de festeiros ser um pouco baixo, a comissão da capela também muito trabalhou. Merecem os nossos agradecimentos e as nossas felicitações por estes dois dias de festejos. É de louvar ainda que, este ano, todo o lugar do Vale-Tacão estava enfeitado, coisa que não acontecia havia já alguns anos, proporcionando

assim um outro ar de festa. No domingo, dia 19, a missa foi muito par cipada, tal como a procissão. Após estes acontecimentos deuse a abertura do arraial com venda de andores, quermesses, serviço de bar e buffet. Durante a tarde deuse ainda a actuação de um grupo de concer nas bastante animado. A noite terminou com a actuação da banda De @rromba.

Na segunda-feira, como é habitual, realizou-se a missa pelos festeiros, missa esta animada pelo jovens da nossa terra que, desde já, merecem o nosso reconhecimento pelo trabalho realizado. Nesta noite foi a vez do Trio Jorge Miguel animar o serão, mas antes da realização do sorteio, foi preparada uma surpresa para todos os presentes. Um grupo de jovens fez rir, trazendo muita alegria e boa disposição, grupo este pro-

tagonizado pelo senhor José Pintor. Realizado o sorteio, estavam dados como encerrados os festejos em honra da Senhora da Purificação. Com esforço e trabalho de equipa, realizaram umas magnificas festas, que proporcionaram momentos agradáveis de convívio e fé. Marisa Dias

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Foi no passado dia 26 de Julho que se realizou a festa em honra de S. João de Deus na capela do Casal da Estor ga. O ponto alto foi a celebração da missa presidida pelo Padre Mário e na qual par cipou o Grupo Coral do Vale Sumo a quem agradecemos a sua disponibilidade. Durante a tarde ocorreu a venda de andores de bolos, bar, quermesse e jogos tradicionais. À meia-noite foi o sorteio. Os prémios eram animais oferecidos pelos moradores do lugar. Este ano as receitas da festa reverteram a favor da construção da cozinha do salão da capela para servir a comunidade. A população do Casal da Estor ga viveu um dia de festa com muita alegria, animação e convívio com todos os familiares e amigos que por lá passaram. A Comissão

Vale Sumo Festas em Honra de S. Miguel 1,2 e 3 de Agosto Foram umas festas de primeira. Pela primeira vez ocorreram no primeiro fim-desemana de Agosto; pela primeira vez contaram com uma Festa da Espuma, no primeiro dia das festas, dia primeiro de Agosto; e presenciou-se a estreia de alguns conterrâneos, pela primeira vez em palco, nomeadamente David Borralho, capaz de tocar viola do avesso! Houve, inclusive, uma «dança» com ramos de eucalipto ao som de Xutos e Pontapés, na segunda-feira, já ao término da algazarra. De resto, foram as habituais festas de aldeia, com a excepcionalidade de serem as do Vale Sumo, o que as torna, pelo menos para os que de cá são, verdadeiramente ESPECIAIS. Havia quermesse, o pico borrego, carne estufada, o frango assado no restaurante e as tasquinhas do café e da imperial, bem como o jogo do prego. A propósito, foram incontáveis os «metros» consumidos; daí também a alegria e desinibição dos que «fizeram a festa»! Actuaram, durante os três dias de euforia, as bandas SemPrandar, 4EVER e NKZ. No úl mo dia, segundafeira 3, comemorou-se o aniversário de três festeiros: David Gordo (35 anos), Maria do Guilherme (55), do Vale Sumo, e Armando Lopes (35), da Gordaria. De mais, pode acrescentar-se que é pena só haver festas uma vez por ano! Judite Gonçalves Vale Sumo


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Agrupamento de Santa Catarina da Serra em Vila Nova da Barquinha Sob um imaginário de piratas que procuravam trazer a paz, a concórdia e a união a Vila Nova da Barquinha, o Agrupamento de Escuteiros 1211, de Santa Catarina da Serra viveu, nos dias 18 a 21 de Julho, o seu ACAGRUP anual. A preparação desta ac vidade começou muito tempo antes, com a elaboração e votação de projectos de ac vidade, escolha de local, trabalho de campo e burocracia e uma reunião de pais… tudo para que a ac vidade pudesse trazer para os nossos escuteiros a recordação de momentos de aprendizagem e de vida em comunidade. No dia 18, bem cedo, a concentração foi junto à sede de agrupamento, em Santa Catarina da Serra. Dali, todos seguiram, em transportes combinados (dos pais), em direcção ao local de acampamento! À nossa espera, em Vila Nova da Barquinha, estava terra dura para espetar estacas, um sol bem quente, vento forte, que fazia voar todas as protecções construídas para fazer sombra e o barulho constante do comboio, ao qual nos habituámos ao fim de algum tempo. No primeiro dia, as ac vidades centraram-se na montagem de campo, com as construções das mesas, oratórios, eco-pontos, portamochilas, pór co(s) e capela. Ao jantar, uma sopa “à Ti’Oh Linda!”, que cada patrulha e equipa confeccionou para os seus elementos. Seguiu-se um fórum sobre a presença de Deus nas nossas vidas e os nossos teste-

munhos de fé. No dia seguinte, após uma di cil alvorada e o pequenoalmoço, fizemos a abertura oficial de campo e, em simultâneo, lançamos o tema da ac vidade: “A aventura que é a vida que caminha para Deus”. Feita a oração da manhã e inspeccionado no campo, todos par mos para a Igreja Matriz, para par cipar na eucaris a com a comunidade local. Após o almoço volante, cada secção iniciou os seus trabalhos: os lobitos veram uma ac vidade que os levou, de barco, até ao Castelo de Almourol; exploradores e pioneiros ficaram pela vila a fazer um jogo de reconhecimento do local; e os caminheiros, divididos em três grupos apoiaram a ac vidade do jogo de cidade e prepararam os jogos para exploradores e pioneiros, para o dia seguinte, juntamente com alguns dirigentes.

E o dia chegava ao fim! Depois do “pudim de lata”, preparado para o jantar, seguiu-se o Fogo de Conselho! Quando todos achavam que era hora de ir dormir, surgiu um pirata que pôs todos os escuteiros, por bandos, patrulhas ou equipas, a procurar o mapa de

um tesouro há muitos anos escondido por terras da Barquinha! Com bastante agilidade, todos encontraram os seus mapas e assim puderam repousar nas suas tendas. No dia seguinte, havia para pôr na mochila os man mentos para um dia de jornada fora do campo! Exploradores e pioneiros iniciaram os seus jogos que, por coordenadas ou sinais de pista, levaram todas as patrulhas e equipas a passar pelo Castelo de Almourol. Ali, um dos momentos mais marcantes para muitos dos nossos escuteiros: poder sentar-se numa jangada e remar, remar, remar… sempre com a fiel ajuda dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha. Os lobitos veram formação de “construção naval”, aprendendo a fazer jangadas com copos de iogurte, garrafas de água e canas. Depois, havia que experimentar as suas novas embarcações e, para isso, o melhor foi usar os canais de água que atravessam o parque Ribeirinho da Barquinha. À chegada ao campo, todos estavam esgotados… também para os dirigentes nha sido um dia di cil, pois o peso da responsabilidade não permi a erros. Após o jantar, mais uma vez a reunião à volta da fogueira imaginária: o Fogo de Conselho!

Aproximava-se o fim! Foi dada a alvorada, seguiu-se o habitual pequeno-almoço e iniciou-se a desmontagem de campo! Ao final da manhã, reunimos o conselho dos capitães (guias e chefes de equipa), onde foram apresentados objectos simbólicos da ac vidade. Com as chaves encontradas durante a ac vidade, abriram o baú para ver o tesouro… e vimos… o baú estava vazio… mas o tesouro há muito que estava dentro de nós! É Deus que nos acompanha! Então, celebrámos a Eucaris a em campo, presidida pelo nosso assistente, o Pe. Mário, e onde vimos crescer a alcateia com a promessa de mais um lobito. Era hora de fazer o almoço, e desmontar e arrumar tudo! Era importante deixar tudo melhor do que o encontrámos! Encerrámos, oficialmente, as ac vidades em campo e, já com as carrinhas do material carregadas e as mochilas às costas, era hora de apanhar o comboio com des no ao Entroncamento e, seguidamente, a Caxarias! Ali, já se encontravam à espera os saudosos pais! Estava quase no fim! Era hora de descarregar o material, em Santa Catarina, e, depois, regressar a casa com muitas histórias para contar! O Chefe de Campo, Daniel Lopes

I.ª Exposição de artesanato da Chaínça Verdadeiros ar stas daquela localid a d e puderam expor os seus trabalhos nesta primeira exposição, que se realizou na Chaínça, no passado mês de Julho, na cave do salão paroquial. Expostos estavam trabalhos como bonecas, mantas de retalhos, dezenas de casas em miniatura, arbustos de jardim imitando formas de animais, bijuteria, molduras, fotografias com a produção de mel, etc... Animais, pessoas, plantas e um sem número de figuras construídas em

metal deliciaram e encantaram todos os que por ali passaram, pelos pormenores e a originalidade das peças. Isabel Antunes, coordenadora da exposição, disse a este jornal, “se a comissão de festas da Chaínça aprovar, abrimos a exposição durante os dias da festa”, relembrando que as mesmas serão a 29, 30 e 31 de Agosto. A adesão foi notória, uma vez que a exposição abria as portas ao público todas as sextas e sábados à noite, entre as 21h e as 23h, durante o mês de Julho.

Finalistas da EBI

Foi no passado dia 7 de Julho que nós, alunos finalistas do 9.º ano da Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra, par mos rumo a São Pedro de Moel. Por lá ficámos até dia 10 de Julho. Acampamos no Parque de Campismo da Orbitur de São Pedro de Moel e por essa terra fomos à praia, às piscinas e, basicamente, diver mo-nos. Foram 4 dias de pura diversão. Tudo isto não era possível sem a ajuda do Conselho Execu vo, do pessoal docente e não docente da escola e, especialmente dos pais, que nos ajudaram e nos acompanharam na viagem de finalistas. Desde já um muito obrigado. Ricardo Brites pub


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Sob a superintendência das duas ins tuições mais representa vas da Loureira – a Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira e a Comissão da Capela da Loureira – foi nomeada uma Comissão Execu va das Comemorações dos 400 Anos que está a preparar o Plano de Ac vidades com que se pretende ir ao encontro do honroso passado da Loureira.

Ins tuições Promotoras Comissão da Capela da Loureira Associação Desenvolvimento Social da Loureira

Comissão Execu va Catarina Oliveira Neves - Coordenadora Fernando Ribeiro Francisco Vieira Neves – Repres. da C. Capela Francisco Neves Vicente Joaquim Neves Vicente José Fernando Reis Santos Luzia Vicente de Oliveira Mário Neves Vicente – Repres. da ADSL Micael Fartaria Oliveira Miguel Ribeiro Neves - Repres. da C. Capela Nuno Manuel Santos Pereira - Repres. da ADSL Virgínia Ribeiro Gonçalves

Comissão de Honra Diocese de Leiria-Fá ma – Rev.mo Dom António Marto Governo Civil de Leiria – Ex.mo Senhor Governador Civil Câmara Municipal de Leiria – Ex.ma Senhora Presidente Paróquia de Santa Catarina da Serra – Rev. Pároco Junta de Freguesia S. Catarina – Ex.mo Senhor Presidente Santuário de Fá ma – Rev. Dr. Luciano Cris no (historiador) Ins tuto Missionário da Consolata – Fá ma Convidado Especial – Rer.mo D. Joaquim Jus no Carreira

Jovens do Sobral em passeio No passado dia 19 de Julho, os Jovens do Sobral realizaram um passeio com o restante dinheiro do Bolinho. O des no escolhido foi Vila de Rei e Penedo Furado e o ponto de encontro foi na Associação Cultural e Recrea va do Sobral, às 08h00. Ao chegar a Vila de Rei, tratamos de arranjar o almoço e seguimos em direcção à Praia Fluvial de Penedo Furado, onde se encontra um parque de merendas, balneários, bar, jogos didác cos, etc. A manhã preencheu-se com banhos e passeios de barco, seguindo-se o almoço. A tarde foi animada e pudemos conviver com a população local. Pelos caminhos estreitos, talhados de rochas maciças, rodeados de natureza e belas paisagens, vemos acesso às cascatas, que formavam uma piscina, onde tomamos banho sen ndo a frescura da água. Ao fim da tarde, regressamos ao Sobral, à Quinta do José Chainho, onde acabamos por jantar, finalizando assim o nosso passeio. Cá a Faria

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Até aos finais do século XVI, a Loureira encontrava-se dividida do ponto de vista civil e do ponto de vista religioso em duas partes dis ntas: uma parte, a Sul, estava integrada no termo de Ourém e a outra parte, a Norte, estava integrada no termo de Leiria. Os habitantes residentes na parte Sul da Loureira, iam ouvir missa à Igreja da Paróquia de Fá ma e os habitantes residentes na parte Norte iam ouvir missa à Igreja da Paróquia de Santa Catarina da Serra, elevada a freguesia por D. Brás de Barros no ano de 1549. Com a inclusão dos territórios de Ourém e de Porto de Mós na diocese de Leiria, dá-se a unificação religiosa da Loureira, ficando por inteiro integrada na freguesia de Santa Catarina da Serra. Com a unificação, a Loureira passa a sa sfazer as condições exigidas pelas Cons tuições Diocesanas de Leiria, de 1601, que no seu Título 22, Cons tuição 1.ª, autoriza e até estabelece a edificação de ermidas nos lugares que passassem de 20 fogos. Em 1610, reunidas as condições necessárias e suficientes, é erigida na Loureira,

Haverá animação dos vários cantos do lugar e das ruas. A Loureira vai estar muito formosa e engalanada.

Festa da Loureira, com bênção do gado e feira. “por visitação”, a ermida “da invocação de Santa Marta… para administração dos sacramentos”, como pode lerse nas Memórias do Bispado de Leiria, Capítulo 120º. É esse ano de 1610 que, sendo a data da edificação da ermida de Santa Marta, pode e deve tomar-se também como a data de referência para a origem da povoação única e unida da Loureira. É, pois, com base nessa data de 1610 que as gentes da Loureira vão empreender, com honra e brio, no próximo ano de 2010, as comemorações do IV Centenário da ermida de Santa Marta e também as comemorações do IV Centenário do lugar da Loureira.

Das ac vidades planeadas pela Comissão Execu va, destaca-se: 1. Uma grande festa religiosa em honra de Santa Marta, no mês de Julho. 2. A publicação de um rigoroso estudo histórico e documental. 3. Uma recolha e exposição etnográfica e fotográfica. 4. Um colóquio, com apresentação do livro sobre a Loureira e sua história. 5. Elaboração e exposição de árvores genealógicas das famílias da Loureira. 6. Recolha e mostra do património fotográfico. 6. Recolha e exposição de alfaias agrícolas e de ferramentas profissionais. Não hão-de faltar ac vidades culturais e despor vas diversas.

APELO DA COMISSÃO A Comissão Execu va apela à par cipação e colaboração de todos os que se iden ficam com a Loureira, residentes ou não, migrantes ou emigrantes há muito ou há pouco tempo. A Comissão manifesta a sua disponibilidade para integrar no Plano de Ac vidades das Comemorações inicia vas genuinamente valiosas e interessantes. Venham de onde vierem, vindas por bem, são todas bem-vindas. A Comissão está certa de que o ano de 2010 será para a Loureira um ano de grande mobilização na redescoberta de um passado comum muito digno e está certa também de que o ano de 2010 será um ano de grande entusiasmo na projecção de um futuro que, honrando a tradição, reforce os laços de uma comunidade ainda mais unida, mais coesa e mais solidária. Em Setembro, a Comissão promoverá reuniões nos cantos do lugar. A bem da nossa Loureira! A Comissão Execu va

Plantas Fósseis em Santa Catarina da Serra No passado dia 23.7.2009, três cien stas especializados na área da Paleontologia, Paleobotânica, deslocaramse à Freguesia de Santa Catarina da Serra, onde se encontraram com o historiador Vasco Jorge Rosa da Silva, para procederem à observação e análise dos ves gios de troncos fósseis existentes. Os doutores João Pais, da Universidade Nova de Lisboa, UNL, Jorge Dinis, de Coimbra, UC, e Mário Mendes, da Universidade de Évora, UE, doutorando, puderam obter fotografias, efectuar medições, recolher amostras e visualizar o contexto, solo, em que surgiram os elementos vegetais que se encontram petrificados e

terão 120-130 milhões de anos, remontando ao Cretácico. Muito an gos, porque

mineralizados. Julga-se que as plantas fazem parte da extensa família das coníferas, hipótese a comprovar laboratorialmente. As amostras e os ves gios, reme dos para Lisboa, serão laminados em secções transversais, radiais e tangenciais e, em seguida, analisados ao microscópio. O processo, experimental, poderá levar algumas semanas

(ou meses), até estar devidamente concluído. Por fim, o Autor, Vasco, deste ar go pretende agradecer a colaboração da comunidade de Santa Catarina da Serra, no que se refere às informações prestadas, muito úteis ao conhecimento do passado da Paróquia.

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LUZ DA SERRA

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XXIV Fes val Nacional de Folclore

NS Contract e NS Mobiliário

Rancho Folclórico de S. Guilherme Decorreu no passado dia 1 de Agosto um dos mais importante eventos culturais realizados na nossa Vila de Santa Catarina da Serra, o Fes val Nacional de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico de S. Guilherme, um dos ex-libris da nossa Freguesia. Foi o XXIV Fes val Nacional de Folclore, que contou com a presença de cinco ranchos, o anfitrião, Rancho Folclórico de S. Guilherme, o Grupo Folclórico do Souto de S. Salvador, Guimarães, em representação do Baixo Minho, o Rancho Folclórico e Etnográfico de Vale de Açores, Mortágua, em representação da Beira Alta, o Rancho Folclórico de Pedrógão Pequeno, Sertã, em representação da Beira Interior, e o Grupo de Danças e Cantares do Concelho de Sobral de Monte Agraço – Seramena, em representação da Estremadura, Zona Saloia. O fes val, realizado à noite, junto do Núcleo Museológico e Etnográfico, decorreu como o esperado, e como já tem sido hábito, com uma excelente organização, deixando todos os ranchos sa sfeitos pela forma como foram recebidos. Mais uma vez lamentamos o facto das gentes da nossa Freguesia não comparecerem em maior número, sendo mesmo uma desilusão para a organização receber, quem nos visitou e veio mostrar à nossa terra os seus usos e costumes, com tão reduzida assistência, apesar do tempo estar fresco, achamos que merecemos por aquilo que fazemos e temos vindo a fazer

neste úl mos 24 anos, mais apoio das nossas gentes. A melhor forma de se agradecer a um rancho Folclórico o trabalho que desenvolve durante o ano, é estar presente no Fes val de Folclore. Lamentamos também o sucedido em relação à realização de dois eventos “de peso” na nossa Freguesia, o Fes val de Folclore e a Festa Religiosa do Vale Sumo, esta úl ma inicialmente agen-

dada para os dias 29, 30 e 31 de Agosto, e não sabendo o porquê, foi antecipada para um dia já “ocupado” com um evento com o qual teve interferência directa. Perdemos horas a fio a organizar a Agenda Cultural de Santa Catarina da Serra de forma a evitar tais situações, e sem razão aparente alteram-se as datas, desrespeitando as outras organizações. Não é nova esta situação, e parece até já uma perseguição, sempre que o Rancho organiza um evento, há sempre quem organize um evento para o mesmo dia, o que tem feito com que o Rancho altere constantemente a data do Fes val, o que não é aconselhável. Deixamos ainda uma pala-

Neves & Santos, S.A. vra de desagrado para com o comportamento das várias Associações / Colec vidades da nossa Freguesia, pois apesar de todas elas terem sido convidadas a estarem presentes no Fes val, apenas o Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da

Serra se fez representar pelo Prof. Oliveira, Director da EB 1,2 e 3. Queremos agradecer a presença da Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Dra. Isabel Damasceno por nos ter honrado com a sua visita e ao Sr. Joaquim Pinheiro, tesoureiro da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra. Por fim, o agradecimento mais que merecido, a todos os elementos do Rancho Folclórico de S. Guilherme que tornaram possível a realização deste evento, e que tornam possível a sustentação do Rancho. A todos o nosso muito obrigado!

Dia do Sócio comemorado em ambiente de festa Como forma de reconhecimento e gra dão pelo apoio que os sócios dão ao Rancho Folclórico de S. Guilherme, realizou-se, no dia 21 de Junho, a comemoração de mais um “Dia do Sócio”. O dia agradável, a alegria que caracteriza as gentes do folclore e o espaço onde se

realizou, no Núcleo Museológico e Etnográfico, contribuíram para que grande número de associados se reunisse num ambiente de grande convívio, para comer, beber, conversar, cantar e dançar, numa festa que só acabou já a noite chegava.

A todos o Rancho Folclórico de S. Guilherme agradece a cooperação, o apoio e carinho demonstrado ao longo dos anos.

Fundada pelos irmãos José Neves e António Neves em 1977, a Neves & Santos, SA localizada na Loureira, é hoje uma referência no mercado do mobiliário em Portugal. A empresa iniciou a sua ac vidade num pequeno espaço de uma habitação, onde contava apenas com 50 m2. Com o passar dos anos, a empresa aumentou as suas instalações e, em 1998, reestruturou o layout produ vo, o que fez aumentar significamente, a sua capacidade produ va. Actualmente, os seus mais de 7500 m2 de área produ va, apetrechada com a mais moderna tecnologia e com o apoio de 2500 m2 de armazém de distribuição, colocam-na no topo do desenvolvimento da indústria

Fábrica e Escritórios na Loureira

“Há pessoas que desconhecem a origem dos seus móveis, muitos são fabricados por nós” responsáveis da empresa, levou-os a apostar num novo segmento de mercado, nomeadamente a decoração para Hotelaria, com a marca MOBIFIT – Decoração para Hotelaria. Actualmente, a conjuntura

O Interior da Fábrica

de mobiliário. No seu início, a Neves & Santos, SA, orientou a sua ac vidade para o fabrico do mobiliário clássico. Mais tarde, contudo, a reestruturação da produção introduziu conceitos modulares inovadores, que permi ram o lançamento de novas linhas mais originais e contemporâneas. Neste momento, a empresa é administrada pelos seus fundadores, assis dos pelos seus filhos. Junto ao núcleo familiar organiza-se uma equipa de profissionais e técnicos; um potente grupo humano que dia-a-dia garante o êxito da empresa. Já em 1998, a visão empresarial e a mentalidade empreendedora dos

nacional e internacional, marcada por uma economia muito débil, dinâmica e global, obrigou a Neves & Santos a reestruturar toda a sua estratégia. Em resposta, a um dos objec vos de curto prazo, no início deste ano a imagem ins tucional foi completamente reformulada. Nasceram duas novas marcas: NS MOBILIÁRIO e NS CONTRACT. A NS MOBILIÁRIO dedica-se à indústria de mobiliário de uso domés co. A estreita colaboração com os arquitectos contribui para colecções de vanguarda, inovadoras, nomeadamente a Blanc, Concept, New Concept, Divine e Kid`s Concept. A NS CONTRACT nasceu para dar con nuidade ao

projecto MOBIFIT, que consiste num conceito mul facetado, designado por “Chave na mão”, capaz de fornecer uma grande variedade de produtos e serviços, entre os quais se destacam, o desenvolvimento de projectos de decoração e o respec vo fornecimento de equipamento hoteleiro. Esta marca já representa cerca de 20% da facturação total da empresa. Segundo Filipe Neves, responsável da empresa por esta marca, este será um segmento de mercado de forte aposta nos próximos anos. Presentemente, a empresa está bem implantada, tanto no mercado nacional, como “Temos mecanismos preparados para ultrapassar está grave crise” em determinados mercados internacionais, nomeadamente Cabo Verde, Angola, Espanha e França. A conjuntura económica e social actual, obriga a empresa a não descartar a possibilidade de uma nova reestruturação.

Bilhete de Iden dade Trabalhadores: 45 Área de produção: 7500m2 Internet: www.nsmobiliario.com www.nscontract.com


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Isaque S. J. Pereira Ass. Grad. Clínica Geral Centro Saúde de Santa Catarina da Serra

MÃOS PARA BAIXO!! Quando falamos em "braços caídos" pensamos invariavelmente em desânimo, preguiça, falta de vontade para executar qualquer tarefa.

Vem tudo isto a propósito da Gripe A, de que tanto se tem falado. Mais cedo ou mais tarde todos teremos contactado com este vírus (nem que seja pela vacina). Convêm dizer que a gripe "normal" todos os anos mata em Portugal, varias centenas de pessoas. A

vale prevenir que remediar. Assim, permitam-me dar algumas sugestões: - Lavem as mãos várias vezes durante o dia e nunca, mas mesmo nunca, levem as mãos a cara (daí o tulo do ar go) - Em locais onde existam grandes aglomerados de pessoas (em ambientes fechados) evitem respirar pela boca (respirem pelo nariz) - Se es verem cons pados evitem visitar lares de 3 idade e infantários ou pessoas debilitadas. Evitem também, nesta situação, cumprimentar as pessoas

O Fes val “O Chícharo das Serra”, evento gastronómico já caracterís co da nossa freguesia, está a ser já organizado pela ForSerra. Dos inúmeros projectos que esta associação tem, este é considerado, actualmente,um dos principais. O próximo evento realiza-se de 20 a 25 de Novembro e irá contar com uma imagem gráfica renovada. h p://ochicharodaserra.pt.vu é o site, ainda em fase experimental, mas funcional, do fes val. Ali estão todos os formulários e vídeos para que possa conhecer o evento. Estão também disponíveis os links para a inscrição de empresas no evento, este ano com uma novidade, a projecção em tela mul média em todo o evento.

D.R.

Quis usar este tulo de propósito para chamar a vossa atenção para o facto de as mãos serem um importante (se não mesmo o mais importante) veículo de contágio das principais doenças infecto-contagiosas do foro respiratório. Já nos tempos bíblicos do Velho Testamento o nosso Bom Deus transmi u leis muito precisas, através de Moisés, sobre a higiene das mãos. Isto era vital para a sobrevivência do povo hebreu na sua peregrinação através do deserto. Quando alguém espirra e coloca a mão a frente da boca ou quando colocamos as mãos nos corrimões das escadas de locais públicos ou ainda, quando manuseamos o dinheiro que passou pelas mãos de milhentas pessoas com os mais variados hábitos de higiene (ou falta dela), facilmente percebemos os milhões de germens que elas transportam. Bem...dai ate ao esfregar dos olhos, introduzir o dedo na boca ou no nariz vai um ápice. São actos que fazemos inconscientemente. De certeza que durante a leitura deste breve ar go, a maior parte de vós já o fez. Ora bem, esses vírus que as nossas mãos transportam são introduzidos através das mucosas no nosso corpo, entram em fase de incubação e dentro de muito poucos dias estaremos doentes. Há ainda outra via de conta-

gio, menos importante, embora não desprezível, que é a via aérea. Quando tossimos ou espirramos colocamos "no ar" milhões de vírus que ao serem inalados por outras pessoas, as vão infectar igualmente.

4º Fes val “O Chícharo da Serra”

maior parte, são pessoas com debilidades prévias (idosos, doentes do foro cardíaco ou respiratório, etc.). Portanto, não vale a pena entrarmos em "histerias", que os meios de comunicação social alimentam e de que se "alimentam". Os sintomas da Gripe A são os mesmos da gripe "normal", manifestando-se em algumas pessoas com maior intensidade, principalmente no que se refere a febre, dificuldade respiratória e dores de cabeça e musculares. Então que fazer? Diz o povo, com muita razão, que mais

com beijos; - Se es verem cons pados e contactarem com pessoas debilitadas por obrigação profissional, deverão lavar as mãos sempre que atendam uma pessoa diferente e usar máscara de protecção da boca e nariz; - Sempre que forem visitar um Lar ou Centro de Dia deverão lavar as mãos à entrada. Pelo menos, lembremo-nos das pessoas mais debilitadas, tentando não sermos nos os causadores de males maiores!!!

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LUZ DA SERRA

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Iniciados e Infan s sub-13 encerraram época despor va no AveiroCup Ao contrário de anos anteriores, a equipa de Iniciados e a de Infan s sub-13 do União Despor va da Serra realizaram o seu encerramento da época despor va, com a par cipação num torneio internacional. O AveiroCup. Evento este que se realiza todos os anos na cidade de Aveiro e nos estádios das localidades vizinhas (Estarreja, Gafanha da Nazaré, Albergaria-a-Velha, etc.), entre os dias 1 e 5 de Julho. Procurando trocar experiências e estar em contacto com equipas que propusessem diferentes es mulos compe vos a que estão habituados os nossos Atletas (para melhor), vimo-nos no objec vo de vencer todos os jogos, demonstrando todo o nosso trabalho anual e a qualidade dos nossos Jogadores. Os Iniciados, inseridos no grupo A, conquistaram o 1º lugar no grupo com 4 pontos, fruto de um empate (11) e uma vitória (3-0) diante do Carcavelos e do Andorinha, respec vamente. Na ½ final perderam (0-3) com o FC Maia, que acabou por vencer o torneio. A nossa equipa terminou a par cipação em 3º lugar, após vencer o Pedras Ruivas por 5-3. Quanto aos Infan s sub-13, juntamente com o Marí mo “B”, EF Fernando Pires “A” e o Sintrense, que formaram o grupo B da sua categoria, terminaram a 1ª fase em 3º lugar com 3 pontos. Derrotas com o EF Fernando Pires “A” (1-2) e Marí mo “B” (40) e vitória frente ao Sintrense (3-0).

Apesar de ser suspeito, por estar directamente ligado aos Sub-13, afirmo que par cipando numa das categorias mais compe vas do Torneio, a nossa equipa mais nova enfrentou equipas que apresentaram valores mais fortes e de outra dimensão compe va (equipas onde se viu a «nata da nata» do futebol nacional). No entanto, os Atletas souberam evoluir como equipa, assimilando da melhor forma todos os es mulos que lhe foram colocados à frente, superando na 2ª fase o Cacém (1-1, 2-3 nas G.P.) e o Huelva (4-1), con-

Marco Santos

quistando um merecido 9º lugar. De uma forma geral, a par cipação das duas equipas foi bastante posi va, dentro dos objec vos propostos, superando a fadiga acumulada e o sono! Ser profissional de futebol não é fácil…! Que o digam os nossos jovens atletas que veram de acordar quase sempre antes das 7:30 horas para tomar o pequeno-almoço, percorrer horas e quilómetros em percursos de/para estádios, hotel, refeitório (universidade), de manhã, de tarde e à noite…! Uff…valeu a pena! Deixo um voto de agradecimento a todos os pais que se fizeram deslocar até aos diversos estádios, nem sempre fáceis de encontrar, para verem os seus filhos. De igual modo quero dar os parabéns pela excelente prestação de TODOS os atletas que demonstraram ser uma EQUIPA, dignificando o nosso CLUBE ao longo do torneio. Muitos parabéns! Vida de profissional não é fácil mas será esse o objec vo….!! Lutem pelos vossos sonhos…

Ciclismo

Ao contrário de há muitos anos a esta parte, não me tenha debruçado sobre os dois torneios de futebol de cinco, que sempre comentei. Não poderia deixar de fazer este pequeno esclarecimento. Até porque foi sempre uma das modalidades despor vas, favoritas para mim, como para milhares de conterrâneos nossos. Agora também faço parte daqueles que só pela nossa querida “Luz da Serra”, seguia a par e passo, os torneios da Chainça primeiro, o do Cercal, depois. E a seguir, os dois em simultâneo. Talvez para o ano, seja possível voltar a presenciar esses torneios, já que a ngiram, ambos, grande projecção na nossa região.

Rela vamente ao começo dos treinos da equipa sénior da União da Serra, mantenhome na expecta va, já que as alterações no plantel foram (são) significa vas. Rela vamente à con nuidade de Ricardo Moura, uma palavra de apreço, pois na minha modesta opinião é o mais completo nas quatro componentes do futebol. Física, técnica, tác ca e psicológica. Isto rela vamente aos vários treinadores que passaram por este clube serrano. De aplaudir também a passagem do ex-jogador Morgado a adjunto.

“Teimosos” nas 3h de BTT nocturno de Leiria

É a adrenalina total... Passar por ruas estreitas, descer escadas, rar algumas tangentes, ouvir o público a gritar e fazê-lo à noite em plena cidade Leiria são algumas componentes que fazem da prova um verdadeiro espectáculo. Foi mais uma prova, que se realizou no dia

27 de Julho, em que “Os Teimosos” mostraram grande nível ficando quase todos eles no topo da tabela. É mo vante ouvir o público puxar pelos “Teimosos”, visto ser já uma equipa bastante famosa nas lides do BTT, de Norte a Sul do País. um teimoso

Ciclistas par cipam na Volta a Portugal de Masters A União de Ciclismo de Leiria (UCL) levou a par cipar uma equipa de oito ciclistas, em duas categorias, entre eles os Santacatarinensses Américo Vieira ( Cat. C ); Augusto Gonçalves (Cat.B) e David Gonçalves (Cat.B) . Esta prova teve início em Alpiarça a 22 de Julho, contrarelógio em Soure e passou por localidades como Ana-

dia, Vila do Conde e Póvoa do Varzim. No total de 30 ciclistas na sua categoria, Américo Vieira conseguiu a 6ª posição, não fossem alguns problemas de saúde e uma aparatosa queda semanas antes, numa prova em Buronhosa, provavelmente teria conseguido um melhor lugar na tabela na sua classe.

Augusto Gonçalves e David Gonçalves não conseguiram melhor posição que 34º e 40º posição, respec vamente. A União de Ciclismo de Leiria, colec vamente, ficou em 16º posição no total de 22 equipas. Carlos Vieira, também correu inserido na Cat. C onde obteve a 15ª posição. A

União de Ciclismo de Leiria, prepara-se para ir à Áustria para par cipar no Campeonato do Mundo, onde Américo Vieira espera conseguir uma melhor classificação que o ano passado, o 12º Lugar.


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ERMIDA DE SÃO GUILHERME DE PEDROME A Ermida de São Guilherme de Pedrome estava incluída, até 1834-35, data das reformas de Joaquim António de Aguiar (24.8.179226.5.1884) e de José Xavier Mouzinho da Silveira (12.6.1780-4.4.1849), de 30.4.1834, numa enorme propriedade que o Bispado de Leiria nha, desde há séculos, na localidade. De facto, a 12.11.1834, António Pereira da Lagoa era, ainda, foreiro da propriedade que fora delimitada, em 1722, por marcos com a epígrafe «MITRA». D. João Inácio da Fonseca Manso (1818-34) era, à época, o prelado da Sé de Leiria. O foro, imposto anual, a pagar a ngia os 1.042,5 litros, metade em trigo e o restante em cevada. Na realidade, o trigo era cul vado na aldeia desde os séculos XVII-XVIII. Assim, não é improvável que, após a implantação do Regime Liberal, em Portugal, a nacionalização de bens, móveis e imóveis, da Igreja tenha levado à venda, em hasta pública, a propriedade da «MITRA». Rela vamente ao facto de ter habitado um sacerdote em Pedrome, que efectuava os o cios religiosos na Ermida de São Guilherme e, em simultâneo, era foreiro da Sé, registaram-se ves gios arqueológicos junto da habitação de José de Jesus Francisco, já falecido. Esses históricos edi cios foram adquiridos por Faus no Francisco Lebre, de Pedrome, casado a 3.2.1851, com Maria Ana, de Loureira, e Manuel Francisco Lebre, que contraíra matrimónio com Maria de Oliveira, de Ulmeiro. De facto, para o ano de 1864 existe um documento que já não refere a propriedade da Sé de Leiria. Assim, enquanto aquela fora vendida a par culares, tal como as casas do sacerdote, a Ermida de São Guilherme, sem os rendimentos provenientes do cul vo da terra, entra, em 1834, em progressivo abandono, até ao ano

de 1892, data em que José Antunes das Neves (25.8.1815-27.2.1908), sangrador, natural da Freguesia de Espite e a residir em Siróis, sí o da Cova da Moura, resolve transferir o templo para um olival que nha em Magueigia. O Estado não teve qualquer interesse em nacionalizar a Ermida, pois pertencia ao clero secular e não regular, ordens religiosas, mas ao fazê-lo rela vamente à propriedade episcopal, que incluía terras, casas do sacerdote, foreiro, currais, palheiros e árvores diversas, re rou o suporte monetário (e não só), para a manutenção material do templo. Assim, sem apoio, a Ermida de São Guilherme teria entrado em decadência, entre 1834 e 1892. Por conseguinte, um documento, datado de 18.2.1841, salienta que o Cura José Rodrigues Pereira efectuou, no templo existente em Pedrome, o casamento de Francisco José, filho de Francisco José e de Josefa Maria, de Ulmeiro, com Maria Ana, de Cardosos, tendo sido testemunhas Joaquim Rodrigues, de Pedrome, e José Antunes, de Loureira. Ou seja, o edi cio religioso, de extrema importância desde os finais do século XVI ou inícios de Seiscentos, con nuava inteiramente operacional. Em 1841 nha já o estatuto de «Capela de São Guilherme», como deixou registado José Rodrigues Pereira. Na realidade, no século XIX, o Pedrome era o centro de um Ramo que incluía, de igual modo, o «Casal da Magueixia/ccia», como se chamava em 1758, o Ulmeiro, Siróis, Sobral, «Soveral» (1527), e ainda o «Valtaquam» (1758). Ainda não são conhecidas as razões que levaram à construção da Capela de Nossa Senhora da Purificação, em Vale Tacão, em 1852. Poderá ter sido o facto de a localidade ficar longe do Ramo de Pedrome, ou, por outro lado, devido ao

progressivo abandono da Ermida de São Guilherme. Apesar de tudo o que acima se referiu, o principal problema está relacionado com a posição exacta da Ermida. Num documento datado de 16.1.1716, onde surge a delimitação, por marcos, entre os termos, concelhos, de Leiria e Ourém, linha que o Autor já verificou com elevado grau de precisão, está escrito que, «seguindo a dita estrada [de Ourém para Leiria] the outro marco que se pos junto a dita estrada que vem do Homem Morto para o lugar do Pedromem aonde chamão o Val da Mo defronte do lugar de Siroes e deste marco con nua a demarcação pellos vertentes e pella estrada que vay para Leiria the a Crus (Cruzamento) do Homem Morto ahonde deicha a dita estrada e con nua pella estrada que vay pera o lugar do Pedromem the chegar a Irmida de Sam Guilherme ficando esta no termo de Orem e daqui [da Ermida] con nua a dita demarcaçam pella dita estrada pello meyo do dito lugar e no principio do mesmo [à Rebelvia] se pos hum marco e desta vay con nuando pellos vertentes e cazas do dito lugar direita a uma lagoa que está no simo do dito lugar ao pe da qual se pos hum marco ficando a dita lagoa a metade neste termo [de Ourém] e a metade no termo de Leiria». Assim, a marcação principiava no Vale da Mó, onde se colocou um marco, passava pela Rebelvia, à entrada do povoado do Pedrome, onde se colocou outro marco. Por sua vez, a Ermida de São Guilherme também servia de ponto de referência, ficando, porém, no termo de Ourém. Por cima da lagoa do Pedrome colocou-se outro marco. Acima desta marcação, onde a generalidade da população situa o templo, junto da morada de António Pereira Marques, era já termo de Leiria, pelo

Vasco Jorge Rosa da Silva Bolseiro da FCT

que a Ermida não estava aí. Também não estava no sí o da Rebelvia, pois o templo servia de ponto de demarcação, pelo que não podia situar-se junto de outro marco. Nos séculos XIX-XX, no sí o da Rebelvia, exis a um logradouro público e uma lagoa. Esta é referida, na década de 30 do século XX, como a «pequena lagoa do Pedrome». Pela leitura exacta daquele trecho, a Ermida de São Guilherme surge quando a demarcação ia pelo «meyo do dito lugar» de Pedrome. Contudo, o documento volta atrás e acrescenta que no «princípio do mesmo [lugar, à Rebelvia] se pos hum marco». O escrivão José da Costa começa, assim, a redigir que a demarcação estava pelo meio do lugar e, esquecendo-se do marco, volta atrás para o referir. Estando junto à Ermida de São Guilherme escreve «con nua a dita demarcaçam pella dita estrada pello meyo do dito lugar» e termina com a expressão «con nuando pellos vertentes (declives) pellas casas do dito lugar direita a huma lagoa que está no simo do dito lugar ao pe da qual se pos hum marco», ou seja, o templo surge ao meio do lugar de Pedrome, no termo de Ourém, a Este, mas junto da estrada que exis a antes da construção da EN357 (1951) e, de igual modo, antes da subida dos declives, Outeiro, onde se situaria a maioria do casario de Pedrome, a 17.1.1716.

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Porque não queremos ser parte do problema, mas da prevenção! Há quem diga que somos um país de analfabetos... e em algumas circuntâncias, até parece que somos mesmo... ou, então, há gente por aí que precisa de uma consulta no oftalmologista! Na placa pode-se ler: «ACEITA-SE TERRA - PROIBIDO LIXO OU ENTULHO» No local encontra-se de tudo, (tubos, plás cos, restos de obras, etc...) menos o pretendido! Estrada Quinta do Salgueiro - Olivais Finalmente as obras na úl ma escola da Freguesia. O adro da escola foi aumentado e está prevista a construção de um novo espaço. Os acessos também serão remodelados assim como o interior do edi cio. A escola de que falamos é a Escola da Pinheiria, onde funciona o Jardim de Infância. Esperamos que as obras estejam concluídas antes do começo do novo ano escolar. É lamentável a falta de civismo e preocupação para com o ambiente. Esta foto, recebida pela redacção, mostra o desinteresse total de pessoas pelo meio ambiente. A pouco mais de 900 metros está o contentor de monstros, onde este colchão poderia ser depositado ( ASSUL ). Mais um ponto nega vo contra o ambiente. - Estrada Casal da Fonte da Pedra - Nacional Nº113.

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sUgEsTãO dE lEiTuRa Em que Deus cremos nós? O Catecismo diz-nos que há um só Deus. A Bíblia diz-nos que os grandes cas gos que Deus infligiu contra o povo israelita, foi pela sua idolatria, por adorar outros Deuses. Ora, se deus é Deus, não pode haver mais que um. É lógico!

Mas, em todos os tempos tem havido uma grande proliferação de teorias, seitas e interpretações, cada uma das quais com um Deus «feito» à sua maneira. Por isso, este livro tem muita razão de ser.

Agenda Cultural

OLHO ATENTO

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Agosto 14 – Ass. Loureira Comemoração de Aniversário 14 e 15 Festas do Sagrado Coração de Jesus

23 – Ass. S. Miguel Festas da Associação

30 Festas Santa Quitéria Chaínça

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AGOSTO

LUZ DA SERRA

úl ma

2009

Entrevista a Alfredo dos Santos Nascido a 12 de Agosto de 1910, no Cercal, Santa Catarina da Serra, Alfredo dos Santos viveu assis ndo a grandes transformações no País e no Mundo. A sua vida, contudo, confunde-se com a de muitos dos seus contemporâneos, com uma infância e juventude marcadas pelas dificuldades económicas, tendo trabalhado durante toda a vida na indústria e na agricultura. Com uma saúde invejável, Alfredo dos Santos faz as suas caminhadas todas as manhãs. Apesar dos 7 anos que nha, lembra-se do aparecimento de Nossa Senhora em Fá ma, e da Capelinha após a terem feito explodir. Começou desde cedo no trabalho do campo e pelos 12 anos foi para uma serração de madeira nos Cardo-

sos ganhar 8 tostões por dia, onde aprendeu a profissão de carpinteiro, ac vidade que iria exercer durante toda a sua vida. Assemelha a Primeira Guerra mundial (1914 – 1918) a um terramoto, “foi muito ruim”. As febres e doenças mataram milhares de pessoas, lembrando-se de um boato da altura: “até diziam que eram gases que os alemães nham lançado na Guerra”. Conta que a febre pneumónica (Gripe A) colocou quase toda a Freguesia de cama, “aqui no lugar, durante um tempo só houve a minha mãe levantada e um homem, de resto estava tudo de cama”. As procissões nocturnas e as rezas contra as guerras e doenças são tempos que Alfredo Santos recorda. A 25 de Junho de 1930 foi á inspec-

ção militar onde ficou apto para todo o serviço militar. Frequentou o exército durante 15 meses, onde aprendeu a ler e a escrever. “Ia à missa ao Arrabal e nha lá uns colegas com quem ia era sempre a matar bicho, e de manhã começávamos na ginja e depois íamos beber anís… vim de lá com uma bebedeira muito grande. Deitei-me depois debaixo de um carvalho e só descansei quando deitei tudo cá para fora… também nunca mais bebi, chegou por aquela vez”. “Naqueles tempos se nós víamos as pernas às raparigas, a coisa desorientavase”, lembrando-se dos tempos de festas e romarias religiosas e das descamisadas do milho em que “naquele tempo a festa era à tarde, agora é à noite”. “No dia 23 de Setembro de 1930, eu e a minha Maria combinámos o nosso namoro numa festa em Caldelas”, diz alegremente. Casou a 30 de Janeiro de 1933, com 23 anos, em Santa Catarina da Serra com Maria de Jesus, a “minha Maria”; como gosta de lhe chamar, que viria a falecer em 1995. A 13 de Outubro de 1952 foi para o Brasil, à procura de melhor vida, onde permaneceu durante 4 anos e regressou em 1956. E quanto a Salazar? “Foi um homem que tomou conta do País, quando isto estava na miséria. Levantou o país com ordem de disciplina, que não a havia, por isso é que agora se diz que era preciso um em cada conce-

“Sinto-me feliz pela idade que tenho, nunca pensei cá chegar”

lho.” Considera uma evolução boa do País e do Mundo, apesar de achar que as pessoas não convivem tanto como em outros tempos, “havia mais convívio, as pessoas reuniam-se mais e ia-mos à taberna uns dos outros”. Lembra-se do

primeiro carro que veio para a Freguesia, o do José Alves. Foi em 1940 que comprou a primeira televisão e na memória também recorda o ciclone que assolou a Freguesia que fez estragos consideráveis em 1941. Há cerca de alguns anos come-

çou a escrever toda a sua vida, as suas histórias e memórias num pequeno caderno in tulado “As minhas Memórias”. Diz que não há nenhuma fórmula para a ngir a idade que tem e que não tem receio de morrer, “mas já agora gostava de chegar ao menos aos 100 anos”. Alfredo dos Santos festejou no passado dia 12 de Agosto os seus 99 anos, fazendo dele a pessoa mais idosa da freguesia de Santa Catarina da Serra. A ele, este Jornal dá-lhe os parabéns! Miguel Marques

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