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MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - DEZEMBRO 2011 - 1€ PREÇO DE CAPA

Conto de Natal «Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) Deitada no sofá em posição fetal, aninhavase, fechando-se sobre si própria, envolvendose cada vez mais na sua tristeza, no seu desespero, na incrível solidão que naquele momento vivia.

Miguel Marques

Santo e Feliz Natal

Aspecto actual do centro da Vila de Santa Catarina da Serra

Santacatarineneses com boa classificação em 24h TT de Fronteira

6º Festival “O Chícharo da Serra” Evento gastronómico considerado um sucesso e com transmissão em directo do programa da RTP.

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Resultado dos Censos 2011 Pág.7

Breve história de Chainça Pág.15

Pensamento do mês Miguel Marques

Dia 24 de Dezembro, véspera de Natal! Naquela manhã tinha-se levantado decidida a de uma vez por todas confirmar ou não, aquilo que o seu coração há muito lhe dizia, mas ela não queria acreditar. Feito o teste, a resposta era inequívoca: Estava grávida! Naquele momento, sozinha na casa de banho, tinham passado pela sua cabeça e pelo seu coração, os mais incríveis pensamentos, os mais inexplicáveis sentimentos! Por um lado pensara que não podia ser, não era possível, e de maneira nenhuma podia aceitar aquele facto, pelo que tinha de lhe pôr fim muito rapidamente. Por outro lado, sentira um amor que se desprendia do seu coração e a levara a acariciar a barriga como se alguma coisa já lá se sentisse. Saiu da casa de banho e dirigiu-se para o quarto, com o "coração aos saltos" de nervosismo, mas também com uma sensação de medo. Como iria o seu namorado reagir aquela notícia? Ao vê-la, ele logo percebeu que alguma coisa se passava, pelo que de imediato lhe perguntou o que a preocupava. Numa voz sentida e baixa, repassada de ternura e medo, ela respondeu-lhe dizendo que estava grávida. Não precisava da resposta dele, pois o olhar incrédulo e ao mesmo tempo furioso, revelou sem margem... continua na Pág. 3

O Luz da Serra deseja um

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“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la.” pub


LUZ DA SERRA

6/11 - Afonso Moniz Poças, filho de Frederico Daniel de Aguiar Poças Ribeiro e de Susana Moniz Oliveira, da Loureira. Foram padrinhos: Jorge Humberto Aguiar Poças Ribeiro e Maria Isabel Vieira Oliveira 6/11 - Isabel Oliveira Constantino, filha de Armando Primitivo Constantino e de Maria de Fátima Ferreira de Oliveira, de Santa Catarina. Foram padrinhos: Rui José Pereira Neves e Maria Flores Pereira. 6/11 - Santiago Reis Domingos, filho de Aldo Manuel Pereira Domingos e de Célia Cristina dos Reis Ferreira, da Barreiria. Foram padrinhos: Diamantino dos Reis Ferreira e Berta Maria Pereira Domingos. 13/11 - Inês Margarida Antunes dos Santos, filha de Paulo Manuel Filipe da Costa Santos e de Alcinda Maria Pereira Antunes dos Santos, dos Olivais. Foram padrinhos: Tony Antunes Rodrigues e Cristina Filipa Costa Casalinho 13/11 - Maria Helena Silva Filipe, filha de Pedro Manuel Vicente Filipe e de Helena de Jesus Azevedo da Costa e Silva, da Cova Alta. Foram padrinhos: José Miguel de Moura Portugal e Brito Pessanha e Maria Helena Cardoso Azevedo da Costa e Silva 4/12 - Margarida Silva Rodrigues Chaves, filha de Alexandre Rodrigues Chaves e de Patrícia Melo da Silva, de Santa Catarina. Foram padrinhos: Daniel Gordo Pereira e Raquel Vieira Marques

7/11 - Madalena Moreira Rodrigues, casada com Júlio Maria Mateus, da Cova Alta partiu para o Pai na Idade de 77 anos.

Madalena Moreira Rodrigues N. 27/01/1934 F. 07/11/2011 Cova Alta A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de algum modo manifestaram o seu pesar. Agradecemos também ao Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra o apoio que lhe deram. Marido, filho e nora

DEZEMBRO

-- família paroquial --

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2011

Santa Helena José Maria Pedro N. 18/04/1923 F. 07/11/2011 Pousos - Leiria Faleceu, no Hospital de Leiria, no passado dia 7 de Novembro, José Maria Pedro, de 88 anos, vítima de doença prolongada, natural de Álvares, concelho de Góis, e residente em Pousos, Leiria. Antes de se fixar nos Pousos, morou na cidade da Guarda e na freguesia de Santa Catarina da Serra. Era marido de Maria Lucília Martins de Pina Pedro, pai de oito filhos, dos quais dois sacerdotes, a saber os irmãos João e Manuel Pina Pedro, e avô de catorze netos. Trabalhou durante muitos anos no Hotel Eurosol, em Leiria. O funeral realizou-se na tarde de terça-feira, dia 8 de Novembro, com missa de corpo presente na igreja paroquial dos Pousos, com a presença de vinte e dois sacerdotes e numerosos amigos e familiares, tendo sido sepultado no cemitério local. A família agradece reconhecidamente a todas as pessoas que o acompanharam durante a sua doença e se dignaram participar nas missas de exéquias e do sétimo dia. P. João Nuno de Pina Pedro

Agradecimento Sou filha de José de Jesus Marques da Chainça e ele pediu-me para vos transmitir a seguinte mensagem: "É com manifesta gratidão que agradeço: À Comissão e zeladores da igreja da Chainça pela sua disponibilização de tempo e meios no apoio prestado aquando da Celebração Eucarística das nossas Bodas de Ouro. Tivemos no entanto pena que a mesma não possa ter sido celebrada na Eucaristia Dominical, em virtude das limitações de espaço, já que veio um grupo grande de Lisboa, inviabilizando assim o nosso desejo; A todos familiares e amigos que a nós se juntaram nesta celebração e connosco se alegraram neste dia de especial importância para nós; À redacção do jornal Luz da Serra pela sua publicação no espaço informativo da mesma. A todos um bem-haja" Graça Madeira

Solicitamos aos nossos assinantes a regularização da sua assinatura anual. Entre em contacto com a redacção para mais informações: 917480995 luzdaserra@santacatarinadaserra.com

Aos familiares enlutados “O Luz da Serra” apresenta sentidas condolências e une-se em oração de sufrágio

No dia 8 de Novembro de 1961 foi o casamento de José Gordo e Laura Nazária na Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra e hoje teve a missa e acção de graças pelas suas bodas de ouro. Parabéns e continuação de muitos anos. Ao José Gordo e Laura hà meio século unido Eu quero felicitar e com amor e saudar e com parabéns sentidos No decorrer estes anos Houve espinhos e houve dor Houve enganos e desenganos Mas nunca faltou o amor Dito isto meus irmãos Já não sei o que dizer mais Unamos as nossas mãos E lembremos os nossos pais

Este nome vem do grego e significa «raio de sol». Esta mulher brilhou pela maneira como viveu a fé. Segundo a tradição, Helena foi a criadora da cruz de Cristo como símbolo. Helena nasceu possivelmente em Roma no século III, num ambiente adverso ao cristianismo. Era o tempo das perseguições. Seria possivelmente empregada de uma estalagem, quando um centurião romano se juntou a ela. Dessa união nasceu um filho: o futuro imperador Constantino. Não se sabe quando se fez cristã e qual a sua influência na conversão do seu filho. Foi o imperador Constantino, já cristão, que no ano 313 deu liberdade aos cristãos. Estes puderam deixar a vida oculta e expressar livremente a sua fé. Começou um tempo novo para a Igreja. A partir de agora, podiam construir igrejas e celebrar publicamente a Eucaristia. Acabaram as perseguições.

Na terra de Jesus Constantino amava de tal modo a sua mãe, que mandou construir para ela um magnífico palácio. Deu-lhe o título de Augusta e mandou cunhar moedas com o seu rosto. Em 326, Helena foi em peregrinação à Terra Santa. Informou-se dos lugares onde Jesus viveu e morreu. Mandou construir igrejas em alguns desses locais. Primeiro, no lugar onde Jesus nasceu, em Belém. Em seguida, no lugar do Calvário, onde os imperadores pagãos tinham construído um templo a uma divindade pagã. Diz a tradição que, ao fazerem escavações, encontraram três cruzes. Helena subiu ao monte do

Calvário e disse: — Aqui está o lugar onde a morte foi derrotada para sempre. Eu procuro o estandarte da salvação, mas não o vejo. Mandou fazer escavações e encontraram-se três cruzes, já em mau estado. Sabia que Jesus tinha sido crucificado com dois ladrões. Observando bem a cruz do meio, verificou que ainda tinha a inscrição «Jesus Nazareno, rei dos judeus». Ali mesmo prostrou-se diante desta cruz e veneroua religiosamente. Este acontecimento deu origem à festa litúrgica da Invenção da Santa Cruz, isto é, da sua descoberta. Às relíquias da Santa Cruz

espalhadas pelo mundo damos o nome de Santo Lenho. Pouco depois desta visita à terra de Jesus, Helena morreu em Nicomédia, no ano de 327. Os seus restos mortais foram transportados para o Vaticano

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Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação.


DEZEMBRO

“Creio na vida eterna” P. Serafim Marques possuirão a Deus de modo perfeito; terão a plenitude de todos os seus desejos e a sua glória será superior a tudo o que esperavam. Por isso diz o Senhor: “Entra na alegria do teu Senhor”. Agostinho, por sua vez, comenta: “Não será a alegria que entrará totalmente nos bem-aventurados, mas os bem-aventurados que entrarão totalmente na alegria: “Serei saciado quando aparecer a vossa glória”; e também:”Ele saciará plenamente os teus desejos”. Tudo o que é agradável se encontra ali de modo superabundante. Se se desejam, ali se encontra a delícia suprema e perfeitíssima, porque vem de Deus, o sumo Bem: “Delícias eternas à vossa direita”. A vida eterna consiste finalmente na ditosa comunhão de todos os bem-aventurados, comunhão sumamente agradável, porque cada um terá todos os bens com todos os outros bem-aventurados. Cada um amará os outros como a si mesmo e por isso se alegrará com o bem dos outros como seu próprio bem. E assim, será tanto maior a alegria de cada um quanto maior for a felicidade de todos” (Texto tirado do 4º volume da Liturgia das horas, página 543) Reflexão final. Que mais poderíamos nós desejar? São Paulo acrescenta: “Os olhos nunca viram, os ouvidos nunca ouviram nem o nosso coração pode imaginar aquilo que Deus tem reservado para aqueles que O amam e acreditam n´Ele”. Após a sua conversão, Deus lhe mostrou o céu que nos espera, se formos fiéis até ao fim. “Sê fiel até à morte e receberás a coroa da Vida”(Ap.2,10). O Natal vai chegar. Cristo vem ensinar-nos o Caminho da Felicidade e da vida Plena. Preparemo-nos bem para O receber. Estejamos atentos e Vigilantes. A todos os leitores do “Luz da Serra”, desejo um Natal Cristão muito Feliz.

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Editorial

Continuação da página 1

Não precisava da resposta dele, pois o olhar incrédulo e ao mesmo tempo furioso, revelou sem margem para dúvidas o que ele pensava. Nem se queria lembrar da discussão, das incríveis coisas que ele disse, do ar ofendido e revoltado com que se lhe dirigiu, e sobretudo da tomada de posição ao dizerlhe que ela tinha de imediatamente pôr fim à gravidez. Lembrava-se de não saber o que lhe responder, pois nela havia um misto de decisões e indecisões, que iam desde o aceitar o que ele propunha, até ao sentimento maternal que falava mais alto, e lhe dizia ao coração que ela não podia terminar aquela gravidez. Ainda estavam nos seus ouvidos a "explosão" do bater da porta da rua e as últimas palavras duríssimas que dele ouviu: Nunca mais me pões a vista em cima! Tinha ficado ali, sem reacção, prostrada, imóvel, sem perceber o que tinha acontecido. Tinham passado uma óptima noite, as promessas de amor eterno, o casamento a marcar e, de repente ... o mundo desabava-lhe em cima! Percebeu que no estado em que estava não podia passar a noite de Natal em casa dos seus pais. Eles perceberiam de imediato que alguma coisa de grave se passava, e ela não queria dar explicações nenhumas, nem queria ouvir fosse o que fosse naquele dia! Muito a custo telefonou-lhes tentando fazer uma voz normal, e arranjou uma desculpa mais ou menos verosímil para não estar com a família nesse dia. Agora estava sozinha! Há horas que estava naquela posição. A noite tinha chegado e ela nada tinha comido durante todo o dia. Apetecia-lhe morrer e ao mesmo tempo apetecia-lhe viver. Falava com a sua barriga como se alguém a escutasse, fazendo juras que sozinhos os dois, mãe e filho, haviam de conseguir. Percebeu então que uma decisão estava tomada: Aquele filho ia nascer, contra tudo e contra todos! Ficou um pouco mais animada com a consciência da decisão tomada, mas logo a perspectiva do futuro lhe

vergonhado que estava. Puxou-o para cima, pegoulhe na cara com as duas mãos, e deu-lhe um terno beijo nos lábios. Numa voz entrecortada pelo choro, ele apenas dizia: - Eu amo-te, eu amo-te, e a melhor expressão do meu amor, do nosso amor, é este filho nosso que trazes em ti e que eu quero viver contigo! Como pude ser tão cego, tão desumano, tão desprezível! Casamos amanhã, casamos mal seja possível! Eu quero estar contigo e viver todos esses momentos da tua gravidez, e do nascimento do nosso filho! E não se calava, até que ela suavemente lhe colocou a mão nos lábios e o empurrou para dentro de casa. Olhou para ele, fixamente nos olhos, e disse com a voz cheia de amor e ternura: - O amor tudo vence! O passado já passou e não volta mais! Vivamos agora o presente e o futuro! Ele aquietou-se e ficaram abraçados por um longo período de tempo, apenas gozando e sentindo a companhia um do outro. Ela afastou-se então um pouco e disse-lhe: - Hoje ainda tens que fazer mais uma coisa comigo, por mim e por ti. Ele anuiu, baixando a cabeça. Aproximaram-se então de mão dada do pequeno presépio, e ela ajoelhou-se com ele, dizendo: - Agradece comigo a Jesus, o Amor que nasce no coração dos homens e que hoje renasceu nos nossos corações! Lá fora ouviam-se vozes de jovens que cantavam: "Noite feliz, noite feliz! O Senhor, Deus de Amor, Pobrezinho, nasceu em Belém Eis na lapa Jesus, nosso Bem Dorme em paz, ó Jesus! Dorme em paz, ó Jesus! " Ou então ... eram os ouvidos dos seus corações unidos que assim ouviam.

DR

2011

O grande sonho de todos nós é ser FELIZ e VIVER SEMPRE. Deus nos criou à Sua imagem e semelhança, para termos parte na Sua vida divina e eterna. Cristo veio viver connosco para nos convencer de que a nossa vida presente é apenas o começo de uma vida sem fim: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em plenitude” (Jo 10,10). Não nascemos para morrer, mas para viver eternamente. Somente quando olhamos para um futuro bem-sucedido, encontramos a força para lutar contra as dificuldades da vida. Diante do sofrimento, ou fé ou desespero. O fruto da fé bem vivida, é a esperança. Cristão é pessoa de esperança. É da morte que surge a vida. Depois do calvário, vem a ressurreição, a vida plenamente FELIZ. Passo a transcrever um texto de S. Tomás de Aquino sobre a nossa vida eterna: “Com toda a propriedade se conclui o símbolo da nossa fé com as palavras: “E na vida eterna. Amem”; a vida eterna é o fim de todos os nossos desejos. A vida eterna consiste primariamente na união do homem com Deus. Na verdade o próprio Deus é o prémio e o fim de todos os nossos trabalhos: “Eu sou o teu escudo e a tua suma recompensa”. Esta união consiste na visão perfeita:”Vemos agora como num espelho, de maneira confusa; então veremos face a face”. A vida eterna consiste também no supremo louvor, como diz o Profeta:”Ali haverá felicidade e alegria, ações de graças e cânticos de louvor”. Consiste ainda na perfeita satisfação dos nossos desejos, pois o que os bem-aventurados terão ali, supera tudo o que desejavam e esperavam. A razão disto é que, na vida presente, ninguém pode satisfazer plenamente os seus desejos, porque nenhuma coisa criada pode saciar o desejo do homem. Só Deus pode saciá-lo, e saciá-lo infinitamente. Por isso o homem não pode descansar senão em Deus, como diz S. Agostinho: “Criastes-nos para Vós, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Vós”. Os santos, na pátria celeste,

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

caiu em cima com uma tal força, que se sentiu fechada numa gruta funda, sem luz, sem ânimo e sem esperança. Olhou para o pequeno presépio que tinha na sala, e lembrou-se da Missa do Galo! Não faltava a essa Missa desde que se lembrava de si própria, e por isso mesmo, decidiu com grande esforço que iria participar nela, mas a uma igreja diferente da habitual, claro, pois não queria encontrar a sua família. Saiu para o frio da rua, o que lhe deu um pouco de alento, tendo-a despertado do torpor em que se tinha deixado envolver. Procurou um lugar na igreja onde ficasse só, pois não queria sorrir a ninguém, não queria cumprimentar ninguém, não queria falar a ninguém. A Missa passou sem ela dar conta e apercebeu-se então que já tinha chegado o momento da Comunhão. Lembrou-se com alguma mágoa que, de acordo com o que tinha aprendido na família e na catequese, não poderia comungar a hóstia consagrada, dada a vida que vivia. Mas também se lembrou ter aprendido que Jesus nunca abandonava aqueles que a Ele se dirigiam de coração aberto. Ajoelhou-se e entrando dentro de si, falou com Aquele Menino que há tantos anos "via nascer" no presépio de casa dos seus pais. "Jesus, eu não sei o que acreditar, mas sinto que de alguma maneira estás aqui comigo e me fazes companhia. E agora, Jesus, o que hei-de eu fazer? Eu só quero sentir amor, sentir que não estou só, e que tomei a decisão correcta.

Sabes, Jesus, ele ofendeume muito, mas não lhe desejo mal. Olha lembro-me das Tuas palavras na Cruz e apetece-me dizer o mesmo: Perdoa-lhe que ele não sabe o que faz." Sentiu uma mão no ombro, que suavemente lhe chamava a atenção, e uma voz terna que lhe dizia: Desculpe mas tem que sair. A Missa já acabou e temos de fechar a igreja. Não se tinha apercebido do tempo passar! Balbuciou uma qualquer desculpa e saiu rapidamente para a rua. Um sorriso aflorou os seus lábios. Não sabia o que se passava, mas uma paz, uma tranquilidade, uma alegria, invadiam o seu coração. Pela primeira vez nesse dia não teve medo da decisão tomada e teve a certeza inexplicável de que tudo iria correr bem, mesmo com as provações normais que uma situação como aquela acarretava, e que ela tinha decidido viver. Quase ao chegar a casa, reparou num vulto que estava sentado nos degraus da entrada do prédio, todo dobrado sobre si próprio, por causa do frio, claro. Não teve medo, mas apenas pena daquele pobre desgraçado que não devia ter onde ficar, e pediu a Jesus que o ajudasse também. Ao subir os degraus da entrada, o vulto levantou-se, e prostrou-se de joelhos diante de si, dizendo apenas: - Perdoa-me! Perdoa-me que eu nem sei as asneiras que disse, o mal que te fiz! Perdoa-me! Olhou para a cara dele. As lágrimas corriam-lhe pela face, mas ele não se importava. Apenas não conseguia olhá-la nos olhos, de tão en-

Monte Real, 21 de Dezembro de 2010


LUZ DA SERRA

Notícias da Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

não venha a acontecer, pois apesar da crise, que toca a todos, a palavra ainda vale para muitos de nós, principalmente para aqueles que mais directamente lidam com esta questão. Para finalizar, dizer que os 60 000 € recebidos foram totalmente investidos nas muitas dívidas relacionadas com as obras do quartel. Uma palavra de apreço e

agradecimento para todos aqueles que tanto esperaram pelo seu dinheiro. Para aqueles que ainda não foi possível regularizar o restante, o pedido de fazerem o favor de aguardarem mais algum tempo e o compromisso de que tudo lhes será pago. A todos o nosso muito obrigado.

mos do serviço de transportes de doentes para a plataforma ora diminui, ora aumenta, originando alguma insegurança em termos de futuro. É verdade que quer o número de trans-

portes a nível particular, quer o nº de sócios têm subido, mas com os cortes na saúde que aí vêm, pouco ou nada se pode prever daqui á alguns meses.

A actividade Operacional Se a gestão económico-financeira quer da Secção de Bombeiros, quer da própria Associação, era difícil, agora, apesar da continuidade dos tais compromissos que precisam da tal verba de 60 000

€, está mais desanuviada, embora os custos de manutenção com o quartel tenham aumentado. Assim, as lutas e canseiras dos últimos meses amainou, mas nada de distracções, até porque em ter-

Com a realização do jantar da Chainça, que contribuiu com a verba de 1340 €, pode dizer-se que em termos financeiros já não tem o peso de alguns anos atrás. Mas como não é só o dinheiro que está em causa, estes espaços continuam a ser da maior importância para o fortalecimento dos laços que continuam a unir população, órgãos sociais e Bombeiros. A verba realizada no conjunto dos 4 eventos não deve ser desprezada, antes pelo contrário, pois é grão a grão que a galinha enche (mantem) o papo. Tal como estava previsto, a grande aposta neste aspecto, foi a participação na 6ª edição do “Festival do Chícharo”. Daí termos reforçado o apoio de todos os núcleos das 4 freguesias. Apesar de ainda não haver números finais, de certeza que foram ultrapassados os do ano passado. Para lá da receita proveniente do serviço da “Tasquinha”, salientar os 600 € do sorteio de um cabaz de

Foto Antunes

As actividades de “Angariação de Fundos”

géneros alimentícios, que calhou em sorte ao nº. 529, ao sr. José Bastos da Batalha. Outras grandes ajudas no último mês foram 3 iniciativas fundamentadas na participação de outros tantos jantares realizados no restaurante existente no Quartel e que muitos desconheciam. Primeiro foi um grupo daqueles (as) que nasceram em 1957 e que deixaram, como donativo para os Bombeiros, um pouco mais de 3 dezenas de euros. Coisa pouca, podem pensar alguns, mas foi talvez o motor de arran-

que para mais iniciativas do género. Seguiu-se um jantar da chamada “Confraria mesa da Serra”, que reúne um grupo de mais de duas dezenas de conterrâneos nossos. Reúnem-se uma vez por mês nos mais variados locais e conseguem com uma quota mensal, valores que vão para além dos custos do seu jantar mensal. Decidiram fazer, em Novembro, uma oferta no valor de 700 € aos Bombeiros, fazendo questão de que esse valor fosse (e foi) aplicado

em material não só de manutenção da operacionalidade, como do serviço de secretaria da Associação. Os equipamentos adquiridos são uma ajuda preciosa, quanto necessária para o melhor apetrechamento do quartel. Finalmente, um grupo de mais de duas dezenas e meia dos nascidos no ano da graça de 1966, que realizou um seu jantar convívio no nosso restaurante, fazendo, no final um donativo de 220 €. Bem hajam a todos e que a todos nós, São Marçal nos proteja.

Miguel Marques/Arquivo

tido pela Câmara. Isto é, pagar 60 000 € em 2011 e os outros 60 000 € em 2012. Relativamente a 2012, esperamos, desejamos e precisamos que isso aconteça o mais rápido possível. No primeiro trimestre? No primeiro semestre? Em breve iniciaremos contactos com a CML, para que tal aconteça. Neste momento, nada nos leva a não acreditar que tal

2011

Com o sentido do dever cumprido

C. M. Leiria, pagou metade da verba prometida Tal como tinha dito o mês passado, a CML estava prestes a pagar e pagou metade da verba prometida para a construção do Quartel. Apesar de acharmos que houve várias contrariedades desde do dia da inauguração e até à efectividade do pagamento, não pode esta Direcção deixar de estar grata ao pagamento feito dentro do tempo estipulado e prome-

DEZEMBRO

-- associativismo - sociedade --

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À Comunidade Educativa. No passado dia 30 de novembro terminei as minhas funções como Diretor do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra pelo facto de me ter aposentado. Cheguei a esta Escola no dia 01 de Setembro de 1996, um ano após a sua abertura. Em 1997 entrei para o Conselho Diretivo com a responsabilidade dos alunos e a condução pedagógica da Escola/ Agrupamento, tendo nos últimos dois anos sido o Diretor. Três princípios nortearam a minha postura nestes 14 anos: 1.º O sucesso escolar dos alunos; 2.º Promover a igualdade de oportunidades para todos os alunos; 3.º Contribuir para que a comunidade educativa de Santa Catarina da Serra, professores, alunos, pessoal não docente e pais se constituísse como “ Uma escola, uma família, uma comunidade”.

Como reflexo desses princípios, a nossa Escola é hoje uma referência pelos resultados alcançados, nomeadamente nos exames externos do 9.ºano, fruto de muitos fatores entre os quais a qualidade do ensino e os recursos materiais adquiridos; outro pub fator fundamental é o empenho, profissionalismo e extrema dedicação dos profissionais deste agrupamento. Aos nossos alunos é dada oportunidade para que todos possam atingir o sucesso, nomeadamente para os que têm mais dificuldades de aprendizagem. Finalmente, o princípio Escola/Família/Comunidade é hoje uma realidade; a escola está perfeitamente inserida

na comunidade e a comunidade revê-se na Escola como o comprovam o festival do chícharo, a feira de maio, as festas do Agrupamento na escola e a inserção na Forserra, onde na qualidade de Diretor sou membro da mesa da Assembleia-geral. A relação com o poder autárquico pautou-se por uma excelente cooperação institucional além da amizade pessoal . Ao longo destes anos tudo fiz para que os alunos gostassem de estar na Escola, gostando assim de aprender. Trabalhei dia e noite, com saúde e menos saúde. No momento de terminado em Santa Catarina da Serra a minha carreira profissional gostaria de agradecer a todos os Pais e Encarregados de Educação em particular, e a todos os membros da comunidade em geral, o forte contributo que deram para o crescimento desta Escola/Agrupamento. Espero sinceramente que continuem a acreditar no Agrupamento e nos seus profissionais, local certo para a aprendizagem dos vossos filhos de sangue e da terra. Por fim, um agradecimento profundo por todo o carinho e pelas palavras de apreço que ao longo dos anos me dirigiram. Parte da minha vida passou por Santa Catarina da Serra na década dos anos oitenta como jogador e treinador do clube da União Desportiva da Serra, depois veio a Escola. Sinto que saio com o sentido do dever cumprido. Muito obrigado a todos.

António dos Reis Oliveira (ex diretor)


DEZEMBRO

LUZ DA SERRA

-- actualidade --

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Papa nomeia Santacatarinense como bispo de Guarulhos, São Paulo - Brasil Bento XVI nomeou o prelado português D. Joaquim Justino Carreira, de 61 anos, até agora auxiliar da arquidiocese de São Paulo, Brasil, como bispo de Guarulhos, no mesmo Estado. cebeu o título de “cidadão paulistano”, outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo. A posse do terceiro bispo diocesano de Guarulhos está prevista para o dia 22 de janeiro de 2012.

DR

Nascido na freguesia de Santa Catarina da Serra, em Leiria, D. Joaquim Justino Carreira emigrou com a sua família para o Brasil, ainda criança, tendo sido ordenado padre em 1977, em São Paulo, arquidiocese para a qual foi nomeado auxiliar em Março de 2005, por João Paulo II. A sua ordenação episcopal decorreu nesse mesmo ano, sob a presidência do cardeal Cláudio Hummes, na altura arcebispo de São Paulo. D. Joaquim Carreira estudou Teologia na Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma (Itália) e é mestre em matrimónio e família, pelo Instituto Pontifício para a Família, da Universidade Pontifícia Lateranense. A diocese de Gua-

Quem é D. Joaquim Carreira? Dom Joaquim foi batizado em 28 de janeiro de 1950 na Paróquia Santa Catarina da Serra, em Leiria, Portugal. Ainda jovem sua família emigrou de Portugal e estabeleceu-se no estado de São Paulo. No Brasil, recebeu o sacramento da Crisma em 26 de julho de 1964, na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, localizada na cidade de Jundiaí/SP. Recebeu a ordenação diaconal em 11 de junho de 1976, na sua terra natal, Santa Catarina da Serra. Em 19 de março de 1977, Dom Gabriel Paulino Bueno Couto celebrou sua ordenação presbiterial na Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí. Foi nomeado Mon-

rulhos, segunda cidade mais populosa do Estado de São Paulo, sudeste do Brasil, tem mais de 850 mil católicos e apenas 49 padres, distribuídos por cerca de 35 paróquias. Em março de 2008, D. Joaquim Justino Carreira re-

senhor "Capelão de Sua Santidade", pelo Papa João Paulo II, em 6 de agosto de 1990. Em 24 de março de 2005, o Papa João Paulo II o nomeou Bispo Titular de Cabarsussi e Bispo Auxilar da Arquidiocese de São Paulo. Sua ordenação episcopal foi celebrada pelo cardeal Dom Cláudio Hummes em 21 de agosto do mesmo ano, sendo seus consagrantes os bispos Dom Osvaldo Giuntini e Dom Gil Antônio Moreira no ginásio de esportes "Dr. Nicolino De Lucca" também na cidade paulista de Jundiaí.

tana. No dia 14 de março de 2008, Dom Joaquim Justino Carreira recebeu o título de cidadão paulistano outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo. O título foi iniciativa do vereador João António e a cerimônia de entrega contou com a presença do prefeito municipal de São Paulo, Gilberto Kassab. Aos 25 de junho de 2011 teve seu nome divulgado como membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB.

Na Arquidiocese de São Paulo foi o bispo responsável pela Região Episcopal San-

Eu, tu, ele, nós queixamo-nos Queixamo-nos constantemente, e com razão, das dificuldades que estamos a viver, e que está a viver o nosso Portugal, "jardim à beira mar plantado". É certo que, há vinte anos atrás, a vida era bem mais dura e cheia de privações. Hoje vivemos com muito mais comodidades e até criamos hábitos que agora nos custam a suportar e um estilo de vida que parece já não poder voltar. O café, o passeio, o almoço fora e as festanças por ocasião de um momento mais solene, as roupas de marca ou as facilidades que

damos aos filhos (que não vão nos transportes públicos e muito menos a pé a lado nenhum), e outros acepipes a que nos acostumamos e a propósito dos quais até já dizemos que temos direito. A vida galopou na evolução tecnológica e no bem -estar, e tenho dúvidas se é que se trata mesmo de bem-estar com qualidade de vida, mas culturalmente, socialmente e até espiritualmente a nossa evolução não foi equivalente e muitas vezes forçada ou obrigada e portanto não surge duma necessidade e de uma opção pessoal. O

DR

Breve reflexão sobre a actualidade

nosso exterior apresenta-se mais cuidado mas o interior não corresponde ao figurino.

pub

A crise vem apelar-nos a cultivarmos o interior, o coração e a mente. Um passo dado e que talvez ninguém tenha previsto com todas as consequências, foi a entrada de Portugal para a União Europeia e que nos está a "dar água pela barba". Todos se alegraram e até se abarbataram com os subsídios que abundantemente vieram e que pareciam a generosidade de uma mãe que se tornou em madrasta. Foram subsídios para plantar e para arrancar, para deixar às silvas as nossas terras de amanho, e para acabar com os animais que enchiam as nossas panelas de carne e leite saudável, subsídios para acabar com os barcos que traziam o abundante pescado dos nossos mares, todo com o objectivo velado

de passarmos a consumir o que vinha de fora e portanto ficarmos eternamente dependentes daqueles que nos queriam subjugar. Não é acabando com aquilo que era a base da nossa vida e da nossa economia e deixando ao abandono a nossa terra que podemos desenvolvernos. Todos já vamos entendendo o engano em que caímos. Mas perguntamos nós o que podemos fazer, ou se podemos fazer alguma coisa? Claro que podemos. Antes de mais não nos deixemos contaminar com o pessimismo destruidor com que os grandes nos querem reduzir ao silêncio e inactividade. Por outro lado é preciso cultivar os pedaços de terreno que temos, mesmo se o lucro não é o que

desejamos, pois, pelo menos, podemos ter produtos mais biológicos e naturais. E ainda, não menos importante, compremos produtos nacionais, ajudemos os que por cá investem e produzem (560 no código de barras). Manifestar empreendedorismo e capacidade de arriscar sempre foi característica dos portugueses e por esse mundo fora eles ai florescem e progridem. Não posso deixar de apelar à união de todos na comunidade, com os valores que nos ergueram no passado e com a fé que nos impulsionou para a frente e para a partilha. A LOJA DO MEU IRMÂO tem sido uma experiencia de comunhão e ajuda que é preciso apoiar e cultivar. Se estivermos unidos, teremos mais força para vencer a crise e para dar o salto para uma mentalidade optimista, para uma esperança mais viva e uma partilha mais afectiva e efectiva. P. Mário Verdasca


LUZ DA SERRA

DEZEMBRO

-- correio do leitor -6 Coisas da nossa terra ou caprichos fora de tempo

2011

Joaquim Pinheiro Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra Li na página 6 da última edição deste jornal (nov/2011) um artigo assinado por Domingos Marques Neves sob o título “Coisas da nossa terra” que traz à tona um assunto que, conforme se lê, vem de 1986 e tem a ver com um lote de terreno na praia de Pedrógão eventualmente destinado a Santa Catarina da Serra. Ora, passados tantos anos, foi esta a forma infeliz que um homem que foi presidente de Junta desta freguesia durante 16 anos encontrou para dar conta ao atual executivo de um processo que, a existir, espelha a sua irresponsabilidade, por-

que o não acautelou e, mais grave, o não transmitiu a quem lhe sucedeu. E lembro que estou na Junta de Freguesia desde Outubro de 2005 e nunca vi um processo, uma folha ou uma frase sobre o assunto. Não vou pois cair na tentação de comentar a longa “história” contida no artigo como “…o terreno é da freguesia …. ou …. o deliberado em reunião de Câmara faz escritura... quando tudo estava regularizado e pronto para assinar escritura o executivo mudou….”; vou sim dar conta à população desta terra que já estamos a reunir documentação que nos

possa ajudar a defender em tempos de “vacas magras” o que não foi feito em tempos mais fartos e não duvidem que no órgão próprio - a Assembleia de Freguesia - a população irá sendo informada do curso do processo. Esta maquiavélica atitude vem de quem, sendo deputado na Assembleia de Freguesia no mandato 2005/2009, não deixou de comprar oliveiras num terreno para embaraçar uma decisão aprovada naquele órgão e foi capaz de entregar ao Lino Pereira, que por vontade do povo lhe sucedeu em 2005, contas erradas em dezenas de milhar de euros por

sonegação de despesas e inscrição de valores a receber que afinal já tinha arrecadado. Estas práticas remetem-nos para a importância da participação cívica de cada um de nós na vida em comunidade, pois não devemos cair no erro de passar ao lado da gestão e dos destinos da nossa terra porque, como se vê, não basta votar de quatro em quatro anos. É preciso assumirmos o nosso papel e a Assembleia de freguesia é um bom lugar para isso. Dias depois da realização do 6º Festival Gastronómico e Cultural “O Chícharo da Serra”, um grande evento

criado em 2006, realizado porque somos movidos por um movimento associativo forte e uma juventude bairrista, o qual mereceu honras de transmissão televisiva durante três horas e projectou a nossa terra por todo o mundo, deixo um pedido aos mais jovens: – Continuem, não passem ao lado dos destinos da nossa terra porque tudo mudou; mudou a freguesia em 2005, mudou a Câmara de Leiria em 2009, o governo de Portugal mudou já este ano, mudaram vários regimes no mundo árabe que deram lugar a outros mais plurais, enfim muita coisa mudou e

continuará a mudar. A nós cabe-nos sermos capazes de nos adaptar à mudança e a padrões mais exigentes e melhorar o nosso desempenho enquanto sociedade, reprovando atitudes caprichosas de alguns a quem é preciso lembrar que as freguesias são herdeiras históricas das paróquias medievais e constituem um sentimento de pertença muito enraizado na população. De lembrar ainda que, fruto da democracia ganha em Abril de 1974, na revolução dos cravos, de quatro em quatro anos o poder é devolvido à população.

preso, para o que havia maior empenho, até se tinham prometido 10 moedas a quem me desse à prisão, fui preso por ordem de António Abreu Couceiro, primeiro Secretário da Administração geral, e então Administrador interino que se achava na Nazaré nessa ocasião. Deu-me à prisão Manuel Frederico Midões, ex-frade da Ordem de Santo Agostinho e então capelão na Nazaré. Fiquei essa noite na Nazaré, rodeado de Baionetas, e no dia 11 fui conduzido à cadeia de Leiria, onde estive 27 dias; daí fui levado à cadeia de Pombal em uma Escolta de nove soldados e aí estive cinco meses; e, quase no fim dos cinco meses, tendo ido a uma audiência, em que fiquei pronunciado e remetido no meio de baionetas outra vez à cadeia, falando-se em quererem assassinar-me, houve quem tivesse a caridade de me tirar da cadeia pelas duas horas depois da meia-noite da noite do dia 3 para 4 de Setembro do mesmo ano de 1839 e desde então até agora que estou fazendo esta cópia (a 4 de Janeiro do presente ano de 1840) tenho estado e

ando escondido e homiziado (fugido à justiça) No meu homízio recebi um aviso para marchar para Lisboa e saindo do meu esconderijo (era em Vale da Cabrada, lugar e freguesia dos Chãos Prelazia de Tomar) para ir para Lisboa onde servi de capelão da Marquesa de Pombal até ao fim do ano de 1848, donde regressei a este Bispado e me mandaram para Cura de Vieira. A sua libertação foi obra de um amigo da freguesia de Espite e de duas mulheres da freguesia de Mata Mourisca. Conta-se que naquela altura uns serradores de Santa Catarina da Serra trabalhavam na freguesia de Mata Mourisca e, sabendo disso, trouxeram-no para junto de si, que o protegeriam e nenhum mal lhe aconteceria. Compraram uns foguetes que usariam em caso de perigo de prisão do padre e com os foguetes avisariam todos os serradores dos pinhais vizinhos, reforçando-lhes a segurança. Chegou a celebrar missa na capela de S. João dos Malhos. Passado algum tempo ele recebeu um aviso para se apresentar em Lisboa a fim de

servir como capelão da Marquesa de Pombal, substituindo o padre Veríssimo, já de idade, natural de Soure e queria morrer na sua terra. Aceitou o convite e aí passou a viver em paz, onde esteve até ao ano de 1848. Deixando a capelania de Lisboa foi nomeado pároco da Vieira onde permaneceu até à sua morte, ocorrida a 29 de Setembro de 1867. No dia 22 de Agosto de 1849, na capela da Quinta do Salgueiro baptizou Júlia, filha de Dr. Manuel José de Pinho Soares de Albergaria (1.º Barão do Salgueiro) e de sua mulher Maria Benedita de Faria Pereira Vasconcelos. Mais tarde esta criança morreu e foi sepultada na capela da Quinta ao lado de um outro irmão de nome José, falecido a 13 de Setembro de 1837. O José foi o primeiro filho do casal. Mais tarde teve um outro filho também de nome José, (2.º barão do Salgueiro) nascido em Agosto de 1838. Na sua estadia em Lisboa, interessou-se pela história e foi considerado o melhor historiador e antiquário do seu tempo, sendo autor dos trabalhos “ Descrição Topo-

gráfica, Histórica e Eclesiástica do Bispado de Leiria” dedicado ao bispo D. Joaquim Pereira Ferraz; “História da Vida de S. Manuel” dedicado a D. Manuel José de Carvalho e Melo, 5.º Marquês de Pombal. Fez muitos outros trabalhos e deu pareceres e contributos valiosos para a história do Bispado de Leiria que ainda hoje são válidos. Existe no Arquivo Distrital de Leiria um manuscrito da sua autoria, designado “Coiseiro ou Registo do Bispado de Leiria de 1857”, pronto a ser impresso e não o foi por ser pobre e sem financiamentos para o fazer, conforme apurámos. (Vimos este manuscrito numa das vitrinas do Arquivo Distrital de Leiria) Aqui fica uma parte da história do nosso ilustre conterrâneo. Para os leitores mais exigentes podem consultar o Couseiro, edição da Testiverso de 2011, Monografia de Espite, de Jacinto Gonçalves de 2011, Santa Catarina da Serra, passado presente e futuro, de Domingos Marques Neves, de 1997 e Arquivo Distrital de Leiria.

Coisas da nossa terra Domingos Marques Neves Quem foi Manuel Rodrigues de Faria? Quem foi Manuel Rodrigues de Faria? – Nasceu no lugar de Siróis no ano de 1799, foi padre, pároco, historiador, escritor, politico, confessor, pregador da Bula e morreu pobre no dia 29 de Setembro de 1867, em Vieira de Leria. Estudou no antigo seminário de Leiria, restaurado por D. Manuel de Aguiar, depois das invasões francesas. Não apurámos a data da sua ordenação, mas ano de 1828 estava como coadjutor na freguesia do Souto da Carpalhosa. A seguir é transferido para a freguesia de Espite, onde esteve até 1834. Nessa época, no reinado de D. Pedro, a governação do bispado estava bastante degradada, falta de autoridade e politiquices à mistura. De um dos lados tínhamos o D. Pedro com as ideias liberais do “constitucional” que, para o povo eram abomináveis e repugnantes, com perseguições aos párocos e outros servidores da igreja que a elas não aderissem, daí a destituição de párocos das suas funções e nomeados outros aderentes para as mesmas funções. Do outro lado tínhamos os absolutistas partidários de D. Miguel que

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº447 - Dezembro de 2011 Ano XXXVII ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

não partilhavam daquelas ideias. Houve alguns conflitos entre eles, que se estenderam ao clero do bispado de Leiria. D. Pedro morreu no ano de 1834 mas deixou o seu veneno instalado na Diocese representado por D. João de Deus Antunes Pinto, vigário, capitular intruso e os fiéis execravam os padres intrusos que nem tão pouco queriam assistir às missas deles. O nosso conterrâneo que estava encarregado de” pregador da Bula” aproveitou esta circunstância para dizer mal de D. Pedro e das suas políticas e dos intrusos seguidores. Estes nunca lhe perdoaram e nesse mesmo ano de 1834 ordenaram a sua prisão, mas só o conseguiram no ano de 1839. Andou por aí fugido durante 5 anos e “não houve no bispado padre que tanto padecesse como foi o nosso conterrâneo o padre Manuel Rodrigues de Faria”. O padre Manuel Rodrigues de Faria descreve a sua prisão e fuga da forma seguinte: “ No dia 10 de Março passando eu pelo sítio de Nossa Senhora da Nazaré para me subtrair à ocasião de ser

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Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


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2011 – Ano Europeu do Voluntariado O Ano Europeu do Voluntariado encerrou no Dia Internacional do Voluntário e Eliza Chambel coordenadora do Ano Europeu do Voluntariado fez um balanço muito positivo da iniciativa. nem é possível falar de toda esta gente. A nossa Paróquia felizmente tem sido brindada com esta graça, haver quem se disponibilize para conhecer, servir e amar. Quero homenagear todos os que têm dedicado algum do seu tempo, em prol dos outros, para o bem comum. Jovens e menos jovens, instituições e serviços, o meu muito obrigado pela vossa coragem. Permitem-me, que tenha uma palavra muito particular de gratidão a todas as mulheres que se dedicam à limpeza da nossa igreja, pois por vezes, lembramo-nos pouco destas pessoas. Celebremos um Natal diferente. Não esqueçamos aquilo que o Menino cujo nascimento vamos celebrar

disse há mais de dois mil anos: “O que fizeres ao mais pequeno de entre vós, a Mim o fareis”. Oxalá que este Natal e a celebração deste Ano do Voluntariado que terminou ilumine mais mulheres e homens para o serviço gratuito, porque a grande recompensa estará

na nossa felicidade e nos sorrisos espalhados à nossa volta. Sê Voluntário! Faz a diferença!

A Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra em colaboração com a Valorlis está a programar uma reunião de sensibilização para a compostagem doméstica em Santa Catarina da Serra no próximo dia 27 de Janeiro pelas 21h. Para mais informações e inscrições poderá contactar a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, no balcão, pelo email secretaria@santacatarinadaserra.com ou pelos contactos 244 741 534 ou 919 630 030.

A ver e a fazer para aprender

DR DR

Resultados definitivos indicam que a população residente, regista crescimento de 1,9% em relação a 2001. bem como dos alojamentos e edifícios, ocorreram nas regiões do Algarve e Autónoma da Madeira. Nestas regiões, o crescimento dos alojamentos atingiu níveis muito elevados, 36,9% e 36,0% respetivamente. Também os edifícios aumentaram significativamente em relação a 2001, 24,9% no Algarve e 23,0% na Região Autónoma da Madeira. Na Freguesia de Santa Catarina da Serra os dados recolhidos nos CENSOS de 2001 e de 2011, dão-nos conta que a nossa freguesia está a crescer em todos os principais itens do registo. Verifica-se desde logo que ganhamos 304 alojamentos familiares em 10 anos, o que representa um aumento de quase 20% no nosso parque habitacional, notando-se aqui a edificação de mais edifícios com vários alojamentos pois aos 20% no

Compostagem doméstica

Fernando Valente

Censos 2011 A população residente em Portugal cresceu cerca de 1,9% em relação a 2001 (mais 199.700 indivíduos), informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2011. Residem actualmente no nosso país 10.555.853 pessoas. As famílias também apresentam um crescimento significativo, cerca de 11,6%, para 4.079.577. No entanto, o número médio de pessoas por família desceu, em todas as regiões, entre 2,8 e 2,6. Crescimentos ainda mais elevados registaram os alojamentos e dos edifícios, cerca de 16,3% e 12,4%, respetivamente. A 21 de março (momento censitário) existiam em Portugal 5.879.845 de alojamentos e 3.550.823 de edifícios. No entanto, o crescimento do número de alojamentos foi inferior ao verificado nas décadas anteriores, 20,5% em 2001 e 22,1% em 1991. Segundo o INE, "a diminuição da dimensão média da família e o consequente aumento do número de famílias podem justificar, pelo menos parcialmente, o crescimento verificado nos alojamentos". Ainda de acordo com o INE, os maiores crescimentos da população e das famílias,

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Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira

DR

O Ano Europeu do Voluntariado pretendeu celebrar o compromisso de milhões de voluntários europeus, que nos tempos livres, trabalham de forma gratuita em várias áreas para apoiar a população. Ela disse que este ano serviu para “Dar mais visibilidade ao voluntariado, chamar a atenção para as inúmeras formas de voluntariado e para acordar o voluntário”. Nos números anteriores do nosso jornal, fiz referência de quão é importante a dedicação aos outros, sobretudo àqueles que são mais frágeis, aos mais necessitados, aos que não têm nem voz nem vez. Falei de dois testemunhos da nossa terra, mas muitos mais deixaram e deixam as suas marcas. Não foi

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-- sociedade --

acréscimo de alojamentos correspondem apenas 16% no crescimento de edifícios. Também temos mais 126 famílias clássicas a viver na nossa freguesia, e passou de 1 para 4 as instituições de residência coletiva (lares ou similar) instalados na freguesia. Somos agora 4089 pessoas a residir na freguesia, também um crescimento em relação a 2001, mais mulheres que homens, tendo nos últimos 10 anos aumentado 94 mulheres e apenas 33 homens o

que continua a desequilibrar a balança a favor das mulheres. Não sendo possível apurar neste momento os níveis etários, não será difícil verificar que teremos envelhecido a média geral mas, verificamos também, que os 19% de menores de 18 anos dão à freguesia garantia de mais crescimento e segurança no futuro.

Parece que está para breve a decisão do Governo de eliminar alguns feriados, dentre os quais o 1º dia de Novembro, data em que se celebra o Dia de Todos-os-Santos. Este ano, com o tempo a dar uma boa ajuda, ainda foi possível ver de porta em porta, muitos meninos e meninas felizes, em pequenos grupos, de saca na mão, repetindo a frase própria deste dia: «Ó tia, dá bolinho?» Quando ainda são pequeninos, o programa é outro. Na Creche «Mamã Ganso» da Associação da Loureira, os meninos e as meninas da sala dos Ursinhos foram, na véspera, a casa da Dona Conceição (da capela) para aí fazerem os bolinhos. A senhora aqueceu o forno, varreu-o e, com muito cuidado, colocou lá dentro os bolinhos, um de cada vez. Enquanto os bolos se coziam, e porque havia muito espaço e estava sol, deu para ver muitas outras coisas. Viram as galinhas na capoeira, muitos sacos de azeitona e também castanhas que estavam a secar ao sol. Deu também para brincar e correr ao ar livre, quais passarinhos fora da gaiola. Quando os bolinhos ficaram cozidos, já eram horas de regressar à creche. Antes, os meninos e as meninas disseram 'obrigado' à senhora da casa e para trás ficou a cozinha um bocadinho suja e as castanhas espalhadas pelo terraço. 'Ups!' À tardinha, cada um com a sua saquinha, feita pela Dona Delfina, foram todos levar o bolinho aos avozinhos do Centro de Dia e recebê-lo também. A Direcção da Associação agradece a disponibilidade e colaboração da Dona Conceição e também do senhor Albino que nos abriram as portas da sua casa e nos acolheram com um enorme sorriso. Catarina Neves

Se é EMIGRANTE, EX-COMBATENTE DO ULTRAMAR OU EMPRESÁRIO inscreva-se no portal da Freguesia, em www.santacatarinadaserra.com e deixe-nos os seus dados. Pretendemos constituir uma base de dados com o objectivo de promover diversas iniciativas.


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Festival “O Chícharo da Serra” com honras de televisão

bolo de festa confecionado com chícharo. O Clube de Automóveis Antigos abriu as suas portas aos visitantes, expondo os seus automóveis. Os jovens da freguesia colaboraram mais uma vez com organização na exploração de um bar. Também o grupo d’os Teimosos esteve presente com um pequeno espaço na exposição empresarial, onde era servido a boa ginja de Óbidos. Os dias antes foram de corrupio intenso na montagem e preparação de cada tasquinha e do evento em geral. Cada associação encarregouse de arranjar voluntários para a sua tasquinha ou bar. No dia de abertura do evento, dia 24, realizou-se o II concurso de bandas de garagem. Este concurso decor-

reu à semelhança do da edição anterior, contou com a atuação de três bandas da região. Pelo palco passaram os Oil Trampoline, os Slickers e os Kevlar. A vitória sorriu aos Kevlar arrecadando o primeiro prémio. Sexta feira, dia da Padroeira de Santa Catarina, foi um dia especial para todos os Santacatarinenses. Durante o dia as crianças dos jardins escola da freguesia passaram pelo evento para experimentarem os insufláveis. Ao fim do dia realizou-se a receção das entidades oficiais, no auditório da Junta de Freguesia, onde foi emitido pela primeira vez o vídeo produzido pela ForSerra sobre a produção da leguminosa que dá mote ao evento, o chícharo. O evento contou, pela primeira vez, com a presença do Presi-

dente da Região de Turismo Leiria – Fátima, Dr. Paulo Fonseca também Presidente da Câmara Municipal de Ourém. No seu discurso referiu que, "uma das grandes armas que, temos à nossa disposição e de facto a nossa cultura e as nossas tradições. É o que nos diferencia dos outros e que podemos agarrar e partilhar e, assim, obter resultados de todo o tipo" (…) Este é o momento importante e relevante em que podemos pensar duas vezes no sentido de encontrar uma estratégia de desenvolvimento que se sustente exatamente nestes pilares, nos quais somos especialistas pela nossa identidade cultural e portanto, teremos mais facilidade em encontrar a estratégia adequada."

Como responsável da entidade de Turismo Leiria-Fátima não deixou de referir que a "a gastronomia é um elemento importante da nossa região" e que “temos um sem número de pratos que nos caracterizam". "Eu venho aqui saudar-vos pela ousadia, de valorização desta leguminosa há muito esquecida, pedindo que não se resignem às dificuldades, que tenham a humildade e a grandeza de estarem sempre juntos no sentido de somar forças para podermos ultrapassar os obstáculos com que somos confrontados vezes demais" referiu. O Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raúl Castro definiu a freguesia de Santa Catarina da Serra como “uma freguesia com grandes atividades e de

grande qualidade (...) e que através deste festival, que começa já a alongar-se para todo o país, o que vem suscitar o problema da necessidade de criar mais produtos ligados ao chícharo." O autarca, apresentou a possibilidade de criar o bombom de chícharo e não descarta a hipótese do festival começar a ser divulgado além fronteiras. "É a partir deste evento gastronómico, desde que haja uma marca bem definida de locomoção, que se divulgue por todo o país em primeira fase e que, quem sabe dentro de alguns anos, se avance com a internacionalização deste festival" Seguiu-se a missa em honra da padroeira, onde a plateia, bem composta e preenchida, pode assistir ao reconhecimento público de diversas personalidades da Freguesia, pela sua dedicação, desta vez, sob o tema “voluntariado”. Seguiu-se o jantar , onde as entidades oficiais, convidadas pela Junta de Freguesia, tiveram a oportunidade de visitar o evento. Uma cena improvisada de ciganos chamou a atenção dos presentes onde por largos minutos, as pessoas riram com as conversas e brincadeiras proporcionadas por estes. A noite contou com a atuação das bandas in-the-cisos e m!stakes e Dj’s. O dia seguinte começou bem cedo, com a preparação e montagem do palco para a transmissão do programa “A festa é nossa” da RTP. Programa transmitido em direto durante a tarde, pela RTP e RTP internacional., onde os nossos emigrantes puderam assistir, ver e ouvir o Festival.

Numa parceria entre a ForSerra e a Escola de Hotelaria de Fátima, foi realizado um workshop de cozinha criativa utilizando o chícharo. Um verdadeiro sucesso e uma iniciativa a repetir.

Miguel Marques

Miguel Marques

Miguel Marques

Os preparativos por parte da ForSerra, entidade organizadora do festival, começaram cedo, face a uma tarefa que se adivinhava difícil, devido à actual conjuntura e que se traduziu na redução de apoios à realização do evento, evento que tem vindo a marcar o pulsar do associativismo. Das reuniões à noite, aos contactos com possíveis sponsors e entidades necessárias para realização e reestruturação do evento, todo um trabalho preparado com bastante antecedência por parte da ForSerra. Apesar da crise, este ano, o evento cresceu em tamanho, permitindo assim facilitar a melhor circulação de pessoas nas tendas gastronómica e animação. Este ano, ao invés das edições anteriores, o evento contou apenas com seis tasquinhas gastronómicas. Das tasquinhas habituais, não foi possível contar com a presença da Associação de Caçadores da Serra, mantendo-se a Associação de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria, a Associação de Desenvolvimento Social da Loureira, o Agrupamento de Escuteiros 1211, o Rancho Folclórico de S. Guilherme, a Associação Cultural e Recreativa de S. Miguel e a União Desportiva da Serra. Os bares ficaram da responsabilidade da Associação Cultural e Recreativa do Sobral e do Centro Cultural e Recreativo do Vale Tacão. Este ocupou o lugar ocupado, em anos anteriores, pela Associação da Casa do Povo. Pelo segundo ano consecutivo, o Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra esteve presente com um insuflável e apresentando uma novidade, o

Miguel Marques

A 6ª edição do Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra” foi transmitido em direto na RTP

O Clube de Automóveis Antigos expõem os seus automóveis aos visitantes. Este ano apresentou um automóvel da década de 50, cujo design foi inspirado em aviões.

A exposição de artesanato e empresas é um complemento do Festival. Este ano foi bastante concorrido pelos visitantes que puderam ver, provar e comprar o que de melhor se faz e produz na região.


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ForSerra

O Reconhecimento Público para as pessoas que iremos chamar a seguir mas é dirigido a todos aqueles que se revêem no espírito do tema deste ano e nesta freguesia e felizmente são muitos. Estamos mais habituados a ver reconhecidas pessoas por méritos de outra ordem mas hoje e aqui, queremos sublinhar um pilar de qualquer comunidade – Voluntariado e serviço à comunidade – e lembrar que há pessoas que quase sempre no anonimato e de forma simples e graciosa estão disponíveis para servir a comunidade.

Júlia Pereira Neto

Miguel Marques

No âmbito das comemorações do aniversário da freguesia de Santa Catarina da Serra que faz hoje 462 anos, a Junta de freguesia, mantendo a tradição iniciada em 2006 ano em que nasceu o festival “O chicharo da Serra” vem reconhecer publicamente algumas pessoas ou entidades este ano sob o tema: - Dedicação ao próximo e voluntariado - Serviço à comunidade (neste que é o ano Europeu do Voluntariado). Este reconhecimento público é mais do que justo

A Dª Júlia tem 84 Anos, é viúva e reside em Vale Tacão. Foi mãe de 5 filhos dois dos quais já faleceram e vive atualmente com e para os dois que tem em casa, a Fátima e o David. Estes dois filhos sofrem de uma doença rara, degenerativa de limitação motora e de locução e são totalmente dependentes. A dedicação da Dª Júlia, a mãe que com 84 anos os cuida com uma dignidade e um carinho que é comovente. É claramente um exemplo para todos nós. Esteve presente para receber o reconhecimento, a sua filha.

Mariana dos Santos Ribeiro

Júlio Vieira Constantino

Nasceu em 11/01/1952, tem 59 Anos e ficou órfã de pai ainda jovem. Reside na Loureira, casada com Mário Neves Santos e é mãe de 4 filhos, 3 Filhas e 1 Filho que faleceu com 10 anos. A Dª Mariana é catequista há mais de 30 anos, ministra comunhão há mais de 10, apoia os idosos e os mais necessitados quer no Centro Social quer no apoio domiciliário. É uma pessoa que está sempre pronta a ajudar a comunidade seja pela via do apoio de âmbito religioso, associativo e aos mais necessitados em geral.

Sociedade de S. V. Paulo de Santa Catarina da Serra Ajuda a 42 famílias da freguesia, com bens alimentares, que por norma são distribuídos mensalmente e apoia os idosos, em todas as suas necessidades. Em cada lugar existem um ou mais membros que estao responsáveis pelos problemas que possam surgir e em que é preciso apoio imediato.

Fotos e videos do evento disponíveis em www.santacatarinadaserra.com

Miguel Marques

popular, Zé Águas animou o serão. No último dia houve missa para os mais idosos do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina e de outros Centros convidados, que de seguida, foram degustar o chícharo no evento. Eram 16h quando, oficialmente, foi encerrado o evento pela Direcção da ForSerra, conjuntamente com o Sr. Presidente da Junta de Freguesia, Joaquim Pinheiro e o Sr. Vereador Lino Pereira em representação da Câmara Municipal de Leiria. No final, foi visível no rosto de todos, a satisfação pela concretização de mais um evento e pela freguesia ter sido, uma vez mais, durante alguns dias, o ponto de encontro para milhares de pessoas. A ForSerra agradece a todos os que contribuíram para a realização deste evento. Mostramos, uma vez mais, a todos os que nos visitaram e também aos que nos viram pela televisão, que em Santa Catarina da Serra somos genuínos e capazes de bem receber, realizando um grande evento que pode assemelharse a outros do distrito de Leiria. Agradecemos ainda, às empresas que apoiaram o evento, às associações, aos voluntários que alteraram a sua vida, pessoal e profissional, para estarem presentes no festival, a todos aqueles que disponibilizaram um pouco do seu tempo para ajudar na logística, a todos sem exceção. O festival representa um acontecimento que orgulha todos os Santacatarinenses. Esperamos, por isso, contar com a disponibilidade, presença e participação de todos, no próximo ano.

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Durante três horas, Santa Catarina da Serra foi o palco das atenções da estação pública, onde as associações e expositores puderam dar a conhecer o que de melhor há na nossa freguesia. O alinhamento do programa foi idealizado pela produção da RTP, tendo a mesma sido responsável pela selecção dos convidados e participantes no programa. A noite foi abrilhantada com a presença da, já habitual, banda “The Peorth”. A tenda da animação foi capaz de receber as mais de 5 mil pessoas que passaram por aquele espaço nessa noite. Seguiu-se a Antena 3 Party Zone, com o Dj The Foz e os Soul Playerz noite dentro. O Domingo raiou ainda com pessoas no recinto, fruto da grande noite e com a chegada dos ciclistas para realizar o habitual passeio de bicicleta pela Freguesia. Agradecemos ao grupo d’os Teimosos, assim como aos voluntários presentes, a ajuda que deram na limpeza do recinto. Pela primeira vez realizouse um workshop relacionado com o chícharo. Com o apoio da Escola de Hotelaria de Fátima, mais de uma dezena de participantes puderam experimentar cozinhar o chícharo de diferentes formas, confeccionando doces e pratos de chícharo. O festival continuou, apesar do cansaço visível no rosto da maioria dos voluntários. O almoço foi de grande azáfama para todas as tasquinhas, pois contou com uma enchente de pessoas. A tarde foi brindada com várias atuações de grupos da terra como o Coro Infantil e os acordeonistas da região. Seguindo-se a Banda Filarmónica - Sociedade Filarmónica Maceirense, , o Rancho Folclórico do Freixial, a Academia de dança "Arabesque", com os flashmobs em todos os espaços do evento, envolvendo pais e filhos. No final da noite, o artista, de música

LUZ DA SERRA

-- destaque --

Nasceu em 26/02/1939 e faleceu a 05/09/2011 (Tinha 72anos). Residia em Santa Catarina da Serra e pai de 5 filhos O Sr. Júlio Constantino, conhecido carinhosamente por Júlio Moleiro era um homem calmo, reservado mas atento á comunidade onde pertencia. Foi presidente da conferência São Vicente Paulo, membro do Conselho Pastoral da Paroquia, e Ministro da Comunhão durante largos anos. Dedicou muitos anos da sua vida aos mais pobres, foi ainda membro ativo da rede social da freguesia de Santa Catarina da Serra, em representação da Conferência S. Vicente Paulo. É por isso um voluntário de referência para a freguesia o que aqui queremos destacar. Para receber este reconhecimento público chamo a Sra. Conceição do Carmo Pereira Primitivo que foi a sua esposa durante 47 anos. pub

Pedimos desculpa aos nossos patrocinadores pela não publicação, na edição anterior, das suas publicidades.


LUZ DA SERRA

DEZEMBRO

-- autarquia - sociedade --

2011

Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra

Assembleia de Freguesia

Mensagem à população

Como é sabido, a assembleia de freguesia é o órgão deliberativo da freguesia, reúne obrigatoriamente 4 vezes por ano em sessões ordinárias e, sempre que se justifique, em sessões extraordinárias, é por onde passa toda a gestão e controlo da autarquia através da votação, pelos deputados eleitos, de propostas e esclarecimentos ao executivo, e da aprovação ou rejeição das orientações e das decisões da junta sobre as matérias macro para a freguesia e sobretudo o que se refere ao seu património. Tinha por isso particular importância a 4ª sessão, por incluir a proposta de orçamento e as grandes opções do plano para o ano de 2012 e o PPI (plano plurianual de investimento) apresentados pela junta da freguesia, sendo estes, os instrumentos para orientar toda a actividade do executivo e a vida da nossa comunidade no próximo ano, motivos mais que suficientes para uma troca de argumentos viva e construtiva, com todas as forças políticas presentes na assembleia com os votos do povo, a propor as melhores opções para a nossa freguesia, onde aplicar as magras verbas de que dispõe ou, simplesmente, criticando as ideias dos outros. Tudo isto na presença do público que nos elegeu, também representado na sala. No início da sessão, a junta de freguesia respondeu a algumas questões colocadas por deputados e foram apro-

Miguel Marques

Realizou-se no passado dia 18 de Novembro, a 4ª sessão de 2011 da nossa assembleia de freguesia.

vados, sem qualquer reparo, a ata da sessão anterior e a identificação de uma nova rua na Magueigia, passando de seguida aos pontos-chave desta sessão que eram o orçamento e o plano da freguesia e para o ano de 2012. A apresentação e defesa do documento estiveram a cargo do Sr. Presidente da junta que relevou a política de poupança seguida no orçamento, canalizando o máximo das verbas disponíveis para o investimento, muito limitado, pelos cortes nas verbas disponibilizadas pelo poder central e também pela “crise” que dificulta a realização de verbas, através da gestão do nosso próprio património da Fazarga, agora totalmente legalizado, recusando seguir uma política, eventualmente mais popular, com recurso ao endividamento da freguesia. Aberto o período de discussão, o presidente da mesa alertou todos os deputados

A televisão digital terrestre vêm aí, está preparado?

para a responsabilidade de cada um na defesa dos valores por que foram eleitos, tendo a obrigação e o dever, de contribuir com propostas para melhorar um documento tão importante para a vida da nossa terra, assumindo ele próprio, a primeira intervenção. Alertou para várias incoerências do documento, solicitou esclarecimentos sobre algumas rúbricas e congratulou-se pela opção cautelosa, mas muito realista, que foi seguida pela junta de freguesia na sua proposta, nomeadamente no reforço de meios destinados à candidatura de projectos para financiamento externo. Politicamente surpreendente e eticamente reprovável foi a postura passiva de toda a oposição que, numa descarada falta de respeito pelos que os elegeram e esperariam a marcação das diferenças em relação ao que está a ser feito na freguesia, não só não cri-

ticou as opções como não propôs nada para a sua melhoria. Porventura mais humilhante para o papel de uma oposição responsável, foi o inesperado e desnecessário aplauso ao trabalho da junta e o apoio incondicional ao único caminho proposto para 2012, ao aprovar por unanimidade, o orçamento e as grandes opções do plano, constantes na proposta do executivo. A sessão terminou com a habitual informação sobre a situação financeira da autarquia e a exposição das principais actividades da junta desde a última sessão e, por estarmos em vésperas do Dia da Freguesia e do festival do chícharo, o Sr. Presidente da Junta convidou os deputados a estarem presentes nas cerimónias oficiais e no jantar com as entidades convidadas.

A TDT – televisão digital terrestre – é uma nova tecnologia de teledifusão terrestre (através de antenas) em sinal digital que irá substituir a actual teledifusão analógica terrestre (televisão “tradicional de quatro canais”). O desligamento do sinal analógico de televisão a nível nacional começa no próximo dia 12 de janeiro, seguindo-

se os Açores e a Madeira a 22 de março, e a 26 de abril o resto do país. Se tem dúvidas e pretende obter apoio técnico, em Santa Catarina da Serra pode contar com o serviço personalizado de Joaquim Gonçalves Lopes ( Tien 21 ) através dos seguintes contactos: 244 744 490 ou 919 543 005.

António Rodrigues

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A Junta Freguesia de Santa Catarina da Serra vem desejar a toda a população da freguesia, sem esquecer os nossos conterrâneos que se encontram fora da freguesia, um Santo e Feliz Natal e um Bom Ano 2012. Estamos a chegar ao fim de um ano que ficará marcado como um dos mais difíceis de que temos memória, ainda assim, com o envolvimento, o bairrismo e espirito associativo que nos distingue conseguimos fazer coisas extraordinárias que jamais serão apagadas da nossa memória; a dimensão do 6º Festival Gastronómico e Cultural “O Chicharo da Serra” que este ano teve honras de transmissão televisiva via RTP e RTPI de, mais de

três horas, para todo o mundo é disso um bom exemplo e que, naturalmente, nos enche de orgulho. Enquanto comunidade unida, e briosa, onde a juventude tem vindo a assumir um papel de relevo, impõe-se um justo agradecimento a toda a população pelo que tem ajudado a realizar, na certeza de que podemos continuar a contar com todos para que, em conjunto, continuemos a trabalhar em prol do mesmo – Desenvolver e promover a nossa terra! Boas Festas e Bem haja a todos! O Executivo da Junta de Freguesia.

Imaculada Conceição O que é que se entende por Imaculada Conceição?

Ricardo Brites

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Que celebramos nós neste dia 8 de Dezembro? Em primeiro lugar, não confundir Imaculada Conceição com Conceição virginal de Jesus. A primeira expressão diznos que Maria, desde a sua Conceição, jamais teve pecado. A segunda diz-nos que Maria concebeu Jesus sem intervenção humana, por acção do Espírito Santo. Desde a Idade Média que os cristãos do Oriente se habituaram a celebrar a Conceição de Maria, saudando-a como a Toda Pura, isto é, nascida sem pecado original. Esta festa espalhou-se no Ocidente. Os teólogos discutiram este assunto. Foi um deles, o franciscano Duns Escoto, quem mais in-

sistiu no facto de que Maria, por estar destinada para ser mãe IMACULADA CONCEIÇÃO do Filho de Deus, foi preservada desde o nascimento de todo o pecado. Os papas apoiaram esta tese e a fé do povo confirmou-a. Foi então instituída a solenidade da Imaculada Conceição. Em 1854, Pio IX declarou esta verdade como dogma de fé. Celebrar a Imaculada é contemplar Maria em toda a sua beleza e pureza, sempre disponível para dizer «sim» à vontade de Deus. A noite da Imaculada Conceição na nossa Igreja foi o eco desta devoção. Centenas de pessoas passaram momentos de oração e de paz com Maria e Jesus Sacramentado.


DEZEMBRO

LUZ DA SERRA

-- desporto --

2011

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O comentário do treinador

Opinião

O Futsal na União Desportiva da Serra

Viva o Futsal

da estrutura. Outro facto relevante neste mês, foi a confirmação do valor dos nossos adeptos e da sua importância no desenrolar dos jogos no nosso pavilhão. Quero agradecerlhes o esforço, o exemplo e, acima de tudo, a forma como durante os jogos apoiam a equipa. São momentos, e não falo dos resultados desportivos, que nos fazem sentir um tremendo orgulho por vestir esta camisola. Seria interessante, e bastante animador sentir este apoio nos jogos realizados noutros pavilhões. Fica o convite. Venham connosco, venham “empurrar” a equipa quando joga fora. Vamos deixar bem claro por todo o distrito, a imagem do clube que somos. É nos pequenos gestos e ati-

Mais um mês passou, e o saldo de 2 vitorias, 1 empate e uma derrota, apesar de desejamos um melhor desempenho, mantêm-nos dentro dos nossos objectivos para esta época, e dão-nos ânimo para continuar o trabalho iniciado no principio de Setembro. Importa neste momento agradecer a todos aqueles que comigo têm trabalhado. A todos aqueles que permitem que, tanto nos treinos como nos jogos, nada nos falte, e são tantos que não vou nomeá-los, senão corro o risco de me esquecer de alguém. Mas há alguém que tenho que referir, trata-se do Pedro Silva, meu adjunto, incansável na satisfação das necessidades da equipa, tanto a nível técnico como logístico, garante o equilíbrio

João Pedro Alves Treinador da Equipa Futsal da UDS

tudes do nosso dia-a-dia que devemos proporcionar o mínimo de alegria e compreensão a todos os que nos cercam. Que o espírito natalício encha os nossos corações, durante o próximo ano. Boas Festas e Feliz Ano Novo a todas as famílias de Santa Catarina da Serra.

Santacatarinenses com boa classificação em 24 h de TT Decorreu a 14ª edição das 24 Horas Vila de Fronteira no fim-de-semana de 26 e 27 de Novembro com total de 92 equipas inscritas

estavam em equipas vizinhas, onde já praticavam esta modalidade e os restantes, vindos com o treinador e respectiva equipa técnica. Olhando agora para a globalidade dos resultados dos muitos jogos disputados, quer no Futsal, quer nos escalões de formação, realizados no último mês, sem dúvida que as vitórias são em maior número que as derrotas ou empates. Apesar da derrota para a taça do distrito no último sábado, decidi enaltecer o Futsal, não só pelos resultados até agora alcançados, pois exceptuando a goleada sofrida no pavilhão do primeiro classificado, os outros não deslustram. Existe grande empatia entre todos os intervenientes. Equipa, sócios e adeptos, dirigentes e todos aqueles que preferem algum conforto de um pavilhão, do que os campos de futebol de 11. Os júniores, curiosamente, continuam a ser a equipa

Virgílio Gordo

que tenho tido oportunidade de ver mais vezes em acção, embora tal como afirmei o mês passado, ainda não tenha visto qualquer jogo completo, tal como aconteceu com o Arcuda no último jogo. Uma goleada e o primeiro lugar da série, embora o Boavista tenha menos um jogo e a passagem à próxima fase garantida. Os Infantis, sub 13, a primeira equipa de futebol de 7, apenas com uma derrota nos últimos 4 jogos, fecharam esta fase com um excelente segundo lugar. Quanto aos outros escalões, fica uma mais profunda análise, para o próximo mês.

A palavra dos outros Comentários dos jogadores da equipa de futsal da União Desportiva da Serra “É um jogador da casa, logo conhece bem a realidade e princípios do clube. A sua experiência e liderança trará tranquilidade ao grupo.” V. Vieira Nome - Pedro Gonçalo Jorge Cordeiro (Cap) Data Nasc -14/11/81 Residência – Pinheiria, S. Catarina da Serra Profissão – Comerciante Clubes anteriores –UD Serra; CD Fatima

Pedro Gaspar

Foram mais de 92 equipas, perfazendo 361 pilotos, que se inscreveram para a 14ª edição das 24 horas TT Vodafone - Vila de Fronteira que, decorreu no último fimde-semana de Novembro. A festa de encerramento da temporada de todo o terreno voltou a ser marcada por uma intensa animação no Terródromo daquela vila alentejana, pois à quantidade das equipas presentes - 55 nacionais, 33 francesas, 2 italianas, 1 angolana e outra de Letónia, juntou-se a excelente qualidade dos pilotos, com os principais protagonistas das provas de resistência de TT a marcarem presença em Fronteira. Foi interessante assistir a novo duelo entre os melhores pilotos portugueses e os valores estrangeiros que já participaram na prova, já que depois de seis edições consecutivas dominadas pelos pilotos franceses, no ano passado foi uma formação lusa a levar a melhor e impor-se à geral. Estiveram em pista nomes nacionais como o campeão nacional de TT, Miguel Barbosa, Carlos Sousa, os irmãos Francisco e Nuno Inocêncio, Adélio Machado,

Depois de várias tentativas que por um ou outro motivo não me foi possível presenciar ao vivo um jogo da nossa UDS, finalmente consegui concretizar esse desejo na última jornada disputada no pavilhão unionista, tendo pela frente uma equipa da zona da Nazaré, mais concretamente a equipa de “Raposos”. Não podia ter escolhido melhor. Boa assistência, embora segundo muitos dos presentes, longe de algumas outras em jogos anteriores. Uma boa vitória alicerçada num bom jogo, apesar de algumas limitações bem visíveis no adversário. Foi assim uma boa estreia na primeira visibilidade ao vivo da jovem equipa da UDS. Para além da oportunidade de ver alguns dos futebolistas que transitaram da equipa sénior do futebol de 11, de alguns que estavam afastados da prática desportiva futebolisticamente falando e de outros que

José Pedro Fontes, Santinho Mendes, Paulo Marques, Edgar Condenso, Francisco Pita, João Ramos, Carlos Rolla, entre outros, face aos grandes especialistas franceses, em que pontificam os vencedores das 24 Horas de Paris deste ano e campeões gauleses de TT Resistência Stephane Barby e Nicolas Clerget, que fazem equipa com Alexandre Andrade no carro que venceu a prova portuguesa no ano passado para além de Mário Andrade e da vencedora do Challenge francês de duas rodas motrizes, Anne Perillous. De destacar que, nesta edição, Vila Fronteira foi palco de um dos melhores resultados alcançados por Santaca-

tarinenses, onde os condutores To Zé Costa, Armando Neto, Hélder Novo e Roberto Ferreira obtiveram o excelente14ª lugar da tabela geral, o 4º lugar na tabela das equipas portuguesas e a 6ª posição na categoria T1. A formação luso-francesa, composta por Carlos Sousa, Mário Andrade, Cédric Duplé e Francisco Pita venceu a 14ª edição das 24 Horas TT Vodafone-Vila de Fronteira depois de um intenso domínio na pista alentejana, bem expresso pelo facto de ter assumido o comando à 10ª hora da corrida, mantendo-o até final.

“O Valter tem 4 grandes qualidades: bom companheiro; sempre disponível para ajudar; divertido e muito responsável. Um exemplo a seguir.” P .Cordeiro Nome - Valter José Neves Vieira (Sub-Cap) Data Nasc -13/07/86 Residência – Santa Catarina da Serra Profissão – Contabilista Clubes anteriores - U.D.Serra (1996 a 2008), Vilarense(2008-2009), U.D.Serra(2009-2010).

“Um grande jogador não é só aquele que ganha jogos sozinho, mas sim aquele que consegue aliar as qualidades técnicas às qualidades humanas e de um bom amigo, e o Beto é exemplo disso.” “Pato “ Nome – Roberto Filipe Rito Rodrigues (Beto Rito) Data Nasc - 14/11/85 Residência – Chainça Profissão – Técnico Radiologia Clubes anteriores – UD Serra; São Bento

“Para além de um jogador com todo o potencial para dar muitas alegrias aos adeptos da UDS e a todos os amantes do Futsal, é também um otimo companheiro, o que faz dele um elemento fundamental no nosso grupo actualmente.” Beto Rito Nome – Tomé Neves Gonçalves (Pato) Data Nasc -03/04/89 Residência – Magagia Profissão – Técnico de publicidade Clubes anteriores –UD Serra; CD Fátima


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DEZEMBRO

-- sociedade --

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Resultados e Classificações Futsal

2011

Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra

Festival da Nossa Terra

Campeonato Distrital da 2ª Divisão – Zona Sul 4ª Jornada: UDS, 3 – Condestável, 3. 5ª Jornada: Ribafria, 10 – UDS, 1. 6ª Jornada. UDS, 4 – Raposos,0. 2ª Eliminatória da taça: UDS, 3 – Maceirinha, 5.

Campeonato Distrital de Juniores da 1ª Divisão – Zona Sul 6ª Jornada: Ranha, 1 – UDS, 5. 7ª Jornada: UDS, 7 – Arcuda, 3. 8ª Jornada: UDS, 5 – Maceirinha, 4. Próximos jogos 9ª Jornada, dia 17: Bidoeirense – UDS (início da 2ª volta). 10ª Jornada, 07 Janeiro: Santo Amaro – UDS. Campeonato Distrital de Juvenis, 1ª Divisão – Série C 4ª Jornada: UDS, 0 – Portomosense, 2. 5ª Jornada: Batalha, 1 – UDS, 3. 6ª Jornada (início da 2ª volta): Marinhense B, 4 – UDS, 0. Próximos jogos 8ª Jornada, dia 14 Janeiro: UDS – Boavista. Campeonato distrital de Iniciados – Divisão de Honra 6ª Jornada: UDS, 0 – SL Marinha, 2. 7ª Jornada: UDS, 3 – Portomosense, 2. 8ª Jornada: GRAP, 2 – UDS, 1. Próximos jogos 10ª Jornada, dia 07 Janeiro: Peniche - UDS. Campeonato Distrital de Infantis, Sub 13 – Série D – Futebol de 7 6ª Jornada: UDS, 3 – Golpilheira, 0. 7ª Jornada: CD São Bento, 4 – UDS, 6. 8ª Jornada: UDS, 3 – Batalha, 1. 9ª Jornada: Portomosense, 4 – UDS, 1.

Campeonato Distrital de Benjamins A, Sub 11 – Série C – Futebol de 7 3ª Jornada: Milagres, 1 – UDS, 7 4ª Jornada: UDS, 0 – UD Leiria, 12. 5ª Jornada: UDS, folgou.

À semelhança do que vem acontecendo em anos anteriores, o Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra esteve uma vez mais presente no Festival “O Chícharo da Serra”, com o seu espaço dedicado ao entretenimento dos mais pequenos e à exposição e valorização dos trabalhos realizados pelos mais velhos. Este ano inovámos pela confeção e venda dos nossos Bolinhos Tradicionais de Chícharo, que fizeram muito sucesso entre os visitantes do Festival. De entre os cinco dias de muito trabalho e animação, tocou-nos particularmente o último dia do Festival (28 de Novembro), que contou com a participação em peso da comunidade sénior da nossa Freguesia e arredores. Cerca de 200 idosos tiveram a oportunidade de participar na celebração eucarística preparada para esta data, saborear o protagonista da

festa (o delicioso Chícharo acompanhado pelo bacalhau assado), visitar os expositores e despedir-se do Festival com uma entusiasmada tarde de confraternização. Agradecemos às instituições, colaboradores e idosos de Santa Catarina da Serra, Loureira, Caxarias, Olival, Seiça, Gondemaria, Atouguia, Cercal e Ourém pela adesão e participação activa na dinamização deste, que acabou por ser um dia de grande animação para toda a comunidade. Aproveitamos a oportunidade para agradecer também às entidades/privados que patrocinaram o sorteio de um cabaz alimentar (Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra), um cabaz escolar (Papelaria Bemposta), uma massagem (Auxiliar de Fisioterapia Cláudia Ferreira) e uma ida ao cabeleireiro (Cabeleireiro Júlia Neves), desejando aos quatro contemplados que façam

Tudo bailou em Santa Catarina da Serra O teatro esteve em Santa Catarina da Serra no passado dia 01 e 03 de Dezembro.

Acompanhe o desporto em: www.uniaodaserra.com

O palco foi trazido de Leiria para Santa Catarina da Serra pelo Leirena Teatro. Este grupo de teatro estreou no passado dia 01 de Outubro no Teatro Miguel Franco, em Leiria. Com o cenário montado no

Salão Paroquial, a peça esteve em cena no dia 01 de Dezembro e dia 03. O público, esse, ficou maravilhado com esta iniciativa cultural por parte de Fréderic Pires, natural da Loureira.

bom proveito dos respectivos prémios: 1.º Prémio - Victor Serralheiro (Pedrome) 2.º Prémio - Conceição Marques (Vale Tacão) 3.º Prémio - Jacinta Baptista (Urqueira) 4.º Prémio - Martinha Ferreira (Gondemaria) Em nome de todas as instituições que se associaram a este dia, o nosso muito obrigado à ForSerra (a todas as associações que a integram) e à Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, pela oportunidade proporcionada a estes idosos de viverem um dia diferente, com muita alegria e satisfação. O Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra

O Espaço da Dança, em funcionamento desde 2009 na Casa do Povo de Santa Catarina da Serra, irá lançar em Janeiro do próximo ano mais uma actividade, desta vez para adultos. As aulas de Danças Latinas, com a Prof. Valentine dos Santos, terão início logo no dia 3 de Janeiro pelas 21h. Um presente de Natal original, com preços especiais para quem trouxer par. O primeiro dia é aberto a todas as pessoas que queiram experimentar a modalidade. As aulas realizar-se-ão às terças-feiras, das 21:00 às 22:30. Também estão abertas as inscrições para as outras actividades, dirigidas para crianças a partir dos 3 anos de idade e ainda para adultos que queiram iniciar a Técnica de Dança Clássica (Ballet).”

Miguel Marques

Futebol Juvenil / Escalões de Formação

DR

Próximos jogos 7ª Jornada, dia 17: Telheiro X UDS. 8ª Jornada, dia 07 Janeiro: UDS – Casal Pardo.

Casa do Povo continua com aulas de dança

A história remete-nos para os tempos difíceis e de tradições dos anos da região de Leiria. Esta é uma história, um faz-de-conta, onde no palco baralham-se histórias de uma memória e poemas de uma região que pelo jogo

e brincadeira das personagens tudo se volta a dar e a bailar em seu redor. Pode acompanhar a peça em www.leirenateatro.pt ou em www.facebook.com/leirenateatro pub


DEZEMBRO 2011

Aos vinte e três dias do mês de Setembro, do ano dois mil e onze, pelas vinte e uma horas, reuniu a Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, em sessão ordinária, no auditório da Freguesia, em Santa Catarina da Serra, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Discussão e votação da acta nº 2/2011 referente à última sessão. 2. Apreciação e votação da proposta da Junta de Freguesia para aceitar a doação de uma parcela de terreno na Loureira destinada a zona de impasse público. 3. Discussão e votação da proposta da Junta de Freguesia para atribuição de nomes a ruas nos lugares da Loureira e do Ulmeiro. 4. Apreciação e votação do contrato de comodato a firmar pela Junta de Freguesia com o Centro Cultural e Recreativo do Vale Tacão relativo à sua Sede Social. 5. Apreciação e votação da proposta de regulamento para a realização do passeio sénior da Freguesia. 6. Apreciação da comunicação da Junta de Freguesia sobre o acompanhamento das obras do IC9 e informações gerais sobre as diligências efectuadas para minorar os respectivos impactos negativos para a Freguesia. 7. Apreciação do relatório de actividades da Junta de Freguesia desde a última sessão da assembleia e do resumo financeiro na presente data. Verificando-se a ausência do presidente da Assembleia, procedeu-se em conformidade com a legislação aplicável e com o regimento da Assembleia, em vigor, passando a 1ª secretária a presidir à mesa desta sessão e a 2ª secretária assumiu o lugar de 1ª secretária. Para completar a mesa, foi convidado o Sr. Augusto Rodrigues Oliveira que ocupou o lugar de 2º secretário. A Presidente iniciou a sessão com os cumprimentos de boasvindas aos deputados e ao público presente e informou que, para além da ausência do Sr. António Rodrigues, substituído pelo Sr. Nelson Santos, apresentaram também justificação de falta o deputado António Manuel Lebre que foi substituído pelo Sr. José Augusto Braz, e a Deputada Isabel Gameiro que indicou o Sr. Virgolino Leal para ocupar o seu lugar, o que não veio a acontecer. Assim, compareceram à sessão: Catarina Oliveira Neves Nelson Santos Marlene Gonçalves Oliveira Augusto Rodrigues Oliveira Nuno Manuel Santos Pereira Maria de Fátima Vendeirinho Teixeira das Neves José Paulo Rodrigues Moreira

LUZ DA SERRA

-- assembleia de freguesia --

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Acta Nº3 da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra José Augusto Braz Estiveram também presentes Joaquim Pinheiro, Armando Reis e Irene Costa, Presidente, Secretário e Tesoureira, respectivamente, da Junta de Freguesia. PERIODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA O Sr. Deputado Nuno Pereira, no uso da palavra, começou por felicitar a Sr.ª Presidente por ser a primeira mulher a presidir a uma sessão da Assembleia da Freguesia de Santa Catarina da Serra, a quem desejou felicidades no desempenho dessa função. De seguida, questionou a Junta sobre o ponto de situação em que se encontra o processo do Centro de Saúde e propôs, em nome da bancada do PS, a votação de um Voto de Louvor e reconhecimento ao jovem futebolista Nuno Reis, nosso conterrâneo, pelo bom desempenho ao serviço da Selecção Nacional de sub-20, no Campeonato do Mundo de 2011, e pela consequente atribuição da condecoração por Sua Exa. o Sr. Presidente da República, com o grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique. Não havendo mais intervenções sobre este assunto, a presidente submeteu de imediato o VOTO à votação, tendo sido aprovado por unanimidade. De seguida, pediu a palavra o Sr. Presidente da Junta Joaquim Pinheiro para apresentar os assuntos que desejaria incluir na ordem de trabalhos da presente sessão. Em primeiro lugar, referiu uma revisão orçamental da receita e da despesa para o ano de 2011, com o objectivo de incluir uma rubrica específica para o parque do Jardim das Oliveiras, cuja candidatura foi aprovada e, para ser executada, precisa de ter cabimento inequívoco no orçamento. O segundo ponto, a incluir para apreciação e votação em minuta pela assembleia, é a aceitação da proposta apresentada pelo Sr. Manuel Maria da Costa, proprietário de um lote na urbanização da Fazarga, no sentido de reduzir o valor da comparticipação nas infra-estruturas que lhe foi atribuído por deliberação da Assembleia. Foram ainda referidos os argumentos que justificaram o pedido. Os assuntos apresentados foram aceites, submetidos a apreciação sem quaisquer pedidos de esclarecimento, tendo sido votados e aprovados por unanimidade. A sessão prosseguiu com outras intervenções. Sr. Deputado Nelson Santos –

Referiu-se ao aparecimento do nemátodo do pinheiro na nossa região e que está a preocupar os proprietários, para questionar o executivo acerca do que está a ser feito para travar a propagação da peste. Sr. Presidente da Junta – Joaquim Pinheiro - Tomou a palavra para responder às questões atrás formuladas, nomeadamente, acerca do Centro de Saúde que disse manter-se o protocolo assinado pelo anterior governo, estando a aguardar o devido desenvolvimento pelo novo governo. Sobre o nemátodo do pinheiro, disse que a nossa Freguesia está incluída na zona de protecção para erradicação da bactéria, mas que até ao momento não está muito afectada e, por isso, a Junta tem-se limitado a acompanhar o assunto e a publicar os editais de informação enviados pelos serviços competentes. PERIODO DA ORDEM DO DIA 1-Discussão e votação da acta nº 2/2011 referente à última sessão. Não tendo havido qualquer pedido de esclarecimento, foi submetida à votação a Acta n.º 2/2011, relativa à sessão ordinária de 27 de Junho de 2011, tendo sido aprovada por maioria com 7 votos a favor e uma abstenção do Sr. Nelson Santos por não ter estado nessa sessão. 2- Apreciação e votação da proposta da Junta de Freguesia para aceitar a doação de uma parcela de terreno na Loureira destinada a zona de impasse público. Sr. Presidente da Junta – Joaquim Pinheiro, convidado a apresentar o tema, referiu tratarse de uma iniciativa de 4 proprietários que têm terrenos contíguos e todos confrontam com a estrada municipal Loureira/Fátima na Fazarga. Propõem-se recuar os limites dos respectivos terrenos, passando cada proprietário a ceder uma pequena área, que passa para o domínio público. A área que resulta desta alteração separa os referidos terrenos da Estrada Municipal, conforme consta do documento anexo. Este espaço irá ser utilizado pelos mesmos proprietários, agora confinantes, no acesso às suas propriedades mas também para outros fins de utilidade pública. Submetida à votação, a proposta foi aprovada por unanimidade. 3- Discussão e votação da proposta da Junta de Freguesia para atribuição de nomes a ruas nos lugares da Loureira e do Ulmeiro.

Conforme consta do verbete, estão em causa a Rua da Fontinha no Ulmeiro e a Travessa da Valada, na Loureira. Joaquim Pinheiro lembrou que a gestão da toponímia se inicia com a aprovação na Assembleia de Freguesia e posteriormente é analisada e vistoriada pelos serviços competentes da Câmara Municipal que fará o registo definitivo nos mapas oficiais. Apresentou os mapas de enquadramento com as propostas apresentadas pelos moradores interessados e justificou a necessidade de aprovação tendo em vista o licenciamento de obras em curso nas respectivas ruas. Não havendo qualquer intervenção sobre o assunto, a proposta foi colocada a votação e aprovada por unanimidade. 4- Apreciação e votação do contrato de comodato a firmar pela Junta de Freguesia com o Centro Cultural e Recreativo do Vale Tacão relativo à sua Sede Social. Joaquim Pinheiro referiu que, com este acordo, a Junta pretende dar resposta às solicitações que há alguns anos vêm sendo feitas pela população do lugar, através das várias direcções da Associação, ao executivo da Freguesia, proprietária do imóvel e terrenos anexos, no sentido de poderem, eles próprios, efectuar as obras e benfeitorias necessárias ao seu funcionamento, uma vez que nem a Junta nem a Câmara Municipal têm condições para realizá-las. Feitos os esclarecimentos entretanto solicitados, a proposta foi colocada à votação e foi aprovada por unanimidade. 5- Apreciação e votação da proposta de regulamento para a realização do passeio sénior da Freguesia. Nuno Pereira – Disse concordar com a generalidade da proposta, no entanto, propôs que os pontos 3 e 4, por tratarem o mesmo tema, fossem transformados num só e com nova redacção. Alertou ainda para a necessidade de salvaguardar eventuais acidentes; o texto apresentado é omisso. Joaquim Pinheiro – Justificou a apresentação desta proposta com a dimensão que o passeio sénior de Santa Catarina da Serra já tem, envolvendo cerca de 400 pessoas em 2011, e a necessidade de remeter para um documento público a disciplina e o rigor indispensáveis no evento. Diz-se receptivo à inclusão de um artigo destinado à segurança, embora entenda que

ela está implícita nos seguros dos autocarros e no facto de se tratar de pessoas adultas responsáveis pelos seus actos, viajando por sua conta e risco. Não havendo mais intervenções, a proposta foi votada e aprovada por unanimidade. 6- Apreciação da comunicação da Junta de Freguesia sobre o acompanhamento das obras do IC9 e informações gerais sobre as diligências efectuadas para minorar os respectivos impactos negativos para a Freguesia. Sr. Presidente da Junta – Joaquim Pinheiro, na sua comunicação, começou por sublinhar a mais-valia que representa para a Freguesia esta nova acessibilidade que por estar projectada há muitos anos, sofre de desajustamentos que exigiram especial atenção da Junta de Freguesia. É com o respeito pela Assembleia que a Junta decidiu partilhar nesta sessão, agora que se aproxima o fim da obra, as situações concretas onde a Junta se empenhou em exigir soluções na defesa dos interesses da nossa terra e que, de forma sucinta, a seguir se dá conta. - A ligação da estrada do Vale Maior à EM 357, não estava prevista, e que pela insistência da Junta com o apoio da população que recolheu um abaixo-assinado, foi construída sem as condições mínimas e por isso vai ser alargada. - A ponte na estrada romana que liga o Pedrome ao parque desportivo e à escola não estava prevista. A Junta, atendendo às necessidades actuais da Freguesia, concordou com a alteração, em detrimento da ponte agrícola prevista para o Pavaqueiro. - A ligação da Estrada do Vale Maior à EM1249 (Loureira/Chainça) no Outeiro Alto, foi cortada pelo IC9 e não está previsto o seu restabelecimento, o que levou a Junta a exigir uma solução que assenta na criação de um caminho alternativo que liga o Outeiro Alto à Chainça. - A ligação do Ulmeiro ao Vale Silvado pela Cumieira foi cortado e, apesar de todas as diligências da Junta, não foi possível salvaguardar a construção de uma ponte nesse local. - A ligação do Casal da Fonte da Pedra ao Vale das Sobreiras, através do pinhal, sofreu correcção do traçado por proposta de um particular, com benefício para a circulação no local. - Na ligação do Outeiro Alto aos

Fornos, foram cortados alguns caminhos rurais ou florestais. A Junta propôs algumas correcções que vêm minorar o impacto negativo para aquela zona. - A ponte na EN357 na Bemposta não tem passeios com a dimensão suficiente para uma cadeira de rodas, o que levou a Junta a exigir a sua correcção. Está prometido fazer o alargamento em um dos lados. - A Junta tem exigido a colocação de barreiras sonoras nas zonas habitacionais não tendo até ao momento qualquer dado concreto sobre o que vai ser aplicado. - Em consonância com a Câmara Municipal, está a ser exigido uma intervenção profunda na EN357 que liga a Fátima, tendo em atenção o acréscimo do fluxo de trânsito debitado pelo nó do Pedrome mas também pelos danos causados pelas obras. - Muitas ruas e estradas da Freguesia sofreram danos profundos com a movimentação das obras porque não estavam preparadas para tanto movimento e tão pesado, estando a ser exigida a sua reposição com suporte nos registos fotográficos recolhidos pela Câmara Municipal que também acompanha o processo de perto. (...) De seguida, Irene Vieira tomou a palavra para apresentar o resumo financeiro na presente data, constante de verbete próprio. Assim, informou que o total de verbas depositadas nas instituições bancárias é de 12.058,58€ Fluxos de caixa em 31/05/2011: Receitas cobradas – 143.057,23€ Despesas liquidadas – 125.933,49€ (...) Chegados ao seu terminus, e nada mais havendo a tratar, a Sr.ª Presidente propôs e foi aceite que a próxima sessão da Assembleia realizar-se-á no dia 18 de Novembro e deu por encerrada a sessão, da qual se lavrou a presente Acta que, depois de lida, posta à discussão e aprovada, vai ser assinada pela 1ª secretária Marlene Oliveira que a redigiu e pela Sr.ª Presidente da Mesa da Assembleia que presidiu. Santa Catarina da Serra, 23 de Setembro de 2011 A 1ª Secretária (Marlene Gonçalves Oliveira) A Presidente da Mesa da Assembleia (Catarina Oliveira Neves)

Consulte a acta na íntegra em: www.santacatarinadaserra.com pub


LUZ DA SERRA

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-- histórias da História --

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Breve História de Chainça: 1527-1758 No dia 07.09.1527, o escrivão Jorge Fernandes registou, no 1.º Recenseamento Geral do Reino de Portugal, que as aldeias de «Mouta Longa e Chayça» (com um til sobre o upsilon, y) tinham 11 "vizinhos", fogos, ou seja, entre 33 e 44 habitantes. [Ver: Archivo Historico Portuguez, Lisboa, Oficina Tipográfica – Calçada do Cabra, 1908, vol. VI, p. 246]. Esta é, indubitavelmente, uma das mais senectas referências à supracitada aldeia. Em 1657, um manuscrito, Memórias do Bispado de Leiria, faz menção aos edifícios religiosos existentes na então paróquia de Santa Catarina da Serra. Assim, além da Igreja Matriz existiam três ermidas: uma na aldeia de Pedrome, outra em Loureira e, por fim, uma em Vale do Sumo. «Ha nesta freguezia, no logar do Pedrome, uma ermida, da invocação de São Guilherme; é de muita romagem, particularmente advogado para maleitas (malária), imagem de vulto; não tem retabulo, tem vigilia com festa; vigilia é meia confraria; já teve ermitão. / Outra no logar do Valle do Summo, da invocação de São Miguel, feita no anno de 1610. / Outra no lugar da Loureira, da invocação de Santa Martha; imagem de vulto; feita no mesmo anno, ambas por visitação, para administração dos sacramentos, como tambem a de São Guilherme, e por isso os moradores são obrigados à fabrica dellas». [Consultar: Memórias do Bispado de Leiria, Braga, Typographia Lusitana, 1868, p. 181]. Tal informação permite comprovar a inexistência de qualquer templo na localidade de Chainça, na primeira metade de Seiscentos. Na realidade, em 1712, uma obra intitulada Chorographia Portugueza e Descripçam Topografica do famoso Reyno de Portugal, editada por António Carvalho da Costa, refere que a paróquia de «Santa Catherina da Serra tem duzentos e trinta vizinhos (fogos), quinhentos e oytenta pessoas maiores, oytenta e tres menores, e estas ermidas, São Miguel de Val de Sumo, São Guilherme de Pedrome, e Santa Martha da Loureira». [Lisboa, Officina Deslandesiana, MDCCXII, tomo III, p. 99]. Assim, uma vez que o trabalho foi publicado nos inícios da centúria de Setecentos, é admissível que, na segunda metade do século transacto, a aldeia de Chainça permanecesse sem qualquer edifício eclesiástico. Anos mais tarde, em

1721, Brás Raposo da Fonseca, provedor da comarca de Leiria, remete à Academia Real da História um texto intitulado Notícias de algumas vilas e freguesias do distrito de Leiria, através do qual descreve, entre outras, a então vintena de Pinheiria, que englobava a aldeia de Chainça. «Vintena da Pinheiria. / Está este logar, ao Nascente, e tem 12

fogos, 9, ou seja, 27 a 36 moradores, como refere, de forma clara, a existência de uma ermida com o orago de Santa Teresa. Deste modo, se as informações de António Carvalho da Costa e de Brás Raposo da Fonseca estiverem correctas, o eremitério da localidade em abordagem foi erigido entre 1712 e 1721. Contudo, é também de ad-

Fig. 1 – Parte da fachada da capela de Santa Quitéria, em Chainça. Em epígrafe, no arco de volta perfeita, constituído por impostas, aduelas e uma pedra-chave, «RECONSTRUIDA E AMPLIADA PELO POVO E BEMFEITORES EM 1939». A padroeira encontrase na parte superior da pedra-chave. [Coordenadas: Norte 39º 39' 58,30'', latitude, Oeste 8º 42' 36,10'', longitude, e 402 metros de altitude. Fotografia obtida pelo Autor, no dia 18.03.2009, às 14:54 horas, quarta-feira, com uma máquina Leica C-Lux 2, alemã].

vizinhos e uma freguesia com o orago de Santa Catarina da Serra e tem as irmandades de Nossa Senhora do Rosário, da Purificação, de Santo António, de Santa Catarina e das Almas. Logar de Cabeças com 5 vizinhos, Arrabal com 20 vizinhos, Lagoa com 21 vizinhos, Casal do Malhão com 2, Vale Maior com 2, Chainça com 9 vizinhos, tem uma ermida de Santa Tereza, Loureira, com 13 vizinhos e uma ermida de Santo António. Todas estas ao Poente. Pedromem, ao Nascente, com 4 vizinhos. Cova Alta com 7 vizinhos, Gondemaria com 5 vizinhos, Barreiria com 8 vizinhos, Donairia com 4 vizinhos. Estes ficam ao Nascente». [Consultar: Braz Raposo da Fonseca, Noticias remetidas à Academia Real debaixo da Real proteção do muito alto, e muito poderoso Rei Nosso Senhor D. João o 5.º, fotocópia do livro existente no Arquivo da Universidade de Coimbra, com a cota, no Arquivo Distrital de Leiria, ADL, Dep. II, 117-C-12, fls. 50-50v]. A informação dada pelo provedor leiriense é de subida importância na análise histórica da aldeia de Chainça, na medida em que não só indica o número de

mitir que possa estar incorrecta a não referência ao templo na obra do primeiro daqueles autores, uma vez que os dados editados em 1712, a nível nacional, poderiam estar, casualmente, desactualizados. [Por fim, ao contrário do que referem alguns historiadores, uma vintena não corresponde, de forma alguma, a uma freguesia, sendo antes uma organização de nível judicial, a qual incluía lugares, aldeias e casais com mais de 20 fogos e sempre que a distância à justiça da vila ou da cidade fosse superior a uma légua, isto é, a cerca de cinco mil metros. Como explicitámos no trabalho Valle do Summo: 1610-2010 [Torres Novas, Gráfica Almondina, Lda., p. 18], cada vintena tinha um juiz-de-vintena, que, subordinado ao juiz-defora, era eleito pela vereação camarária. Tinha como função a resolução de litígios entre os moradores. A partir de Oitocentos, cada freguesia terá um regedor. Prova de que uma vintena não corresponde a uma paróquia é o facto de o texto mencionar aldeias de Arrabal, de Santa Catarina da Serra e de Oli-

val, todas freguesias em 1721]. Na Memória Paroquial de Santa Catarina da Serra, datada de 07.04.1758, Chainça tinha já 15 "moradores", fogos, ou seja, 45-60 habitantes. Além disso, a serrana paróquia tinha seis templos, pelo que se pode deduzir que entre os anos de 1712 e 1758 foram erigidos mais três edifícios religiosos. Ou seja, a acrescentar às ermidas de Loureira, Pedrome e Vale do Sumo, estão os templos de Barreiria, Chainça e Quinta do Salgueiro. «Tem esta freguezia seis ermidas a primeira he de Santa Thereza, esta dentro do lugar da Chainça, a qual pertence ao povo do dito lugar, a segunda he de Santa Martha, esta dentro do lugar da Loureira, e pertence ao povo do mesmo lugar; a terceira he de Sam Guilherme, está fora da povoaçam,, entre os lugares de Pedromem, Ulmeiro, e Sirois, e juncto ao Cazal da Magueiccia, e pertence, aos mesmos lugares e tambem aos lugares de Val Taquam, e do Sobral; a quarta ermida he de Sam Miguel, esta dentro do lugar do Val do Sumo, e pertence aos moradores do dito lugar, e tambem, aos povos dos lugares do Sercal, Gordaria, e Cazal da Estortiga e tambem aos moradores do Cazal da Fontinha (Olivais); a quinta he da Virgem Santissima do Rozario, e está junto a Quinta do Salgueiro, e pertence ao Reverendo Padre Jorge Pereira senhor da dita quinta; a sexta he do Senhor Santo Antonio, esta dentro do lugar da Barreiria, pertence ao Reverendo Padre Antonio Pereira, morador no dito lugar». [Ver: DGARQ – Luís Cardoso, Dicionário Geográfico (Santa Catarina da Serra), vol. 34, n.º 143, pp. 1055-1065]. Por último, é de salientar que fontes anteriores ao ano de 1527 para a localidade de Chainça ou não existem ou ainda não foram detectadas, pelo que a informação transmitida de forma oral, isto é, de geração em geração, é acientífica. Na realidade, o mais senecto povoado da freguesia da Serra, mencionado em fonte histórica coeva, é o de Barreiria, referido em diploma de 05.02.1392, numa carta de emprazamento feita pelo Prior D. Vasco, do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a Afonso Martins, prior no termo conimbricense. No documento verifica-se que se emprazou um «casal que he hermo em que dizem que nom mora nenhuum homem que esta no logo que chamam Perre-

cheira com todas suas herdades que jazem en logo que chamam Vallongo e aa fonte do Salgueiro e a par da Barreirrya» [Ver: Arrabal: Terra de Santa Margarida. Quatro séculos de história, Arrabal, Junta de Freguesia, 1992, p. 175].

Vasco Jorge Rosa da Silva Investigador em História Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém

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DEZEMBRO 2011

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

Foto Memórias

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Associação dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da Freguesia de Santa Catarina da Serra.

Visita do papa Bento VI em 1967 Arquivo Histórico Tem fotos ou videos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original. Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.com - (00351) 917 480 995 - forserra@santacatarinadaserra.com Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas. O Papa Paulo VI empreendeu a primeira visita de um Papa a Portugal, em Maio de 1967, no cinquentenário das aparições de Nossa Senhora aos videntes Lúcia, Francisco e Jacinta. Dois anos antes, a 13 de Maio de 1965, este Papa havia enviado como legado Pontifício a Fátima o Cardeal Fernando Cento para este entregar ao Santuário a Rosa de Ouro, expressão de particular reconhecimento por serviços prestados à Igreja. A foto acima foi tirada aquando da passagem do Papa Paulo VI, no cruzamento da Quinta da Sardinha, Santa Catarina da Serra. Cortesia de: Alfredo Damião.

A ForSerra e todas as associações da Freguesia de Santa Catarina da Serra desejam um Santo e Feliz Natal a todos os Santacatarinenses. Votos de um óptimo ano de 2012

CONVOCATÓRIA Nos termos legais e estatuários, convocam-se os Srs Sócios da Associação dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria para reunirem em Assembleia geral ordinária, no dia 19 de Dezembro de 2011, pelas 20h nas novas instalações da Associação, Quartel dos Bombeiros sito no lugar de Cardosos, Leiria, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º Apresentação da proposta do orçamento e mapa de actividades para o ano de 2012. Apreciação, discussão e votação. 2º Balanço da actividade e financeiro relativo a 2011. Apreciação 3º Outros assuntos de interesse para a associação Caso à hora marcada para a reunião da assembleia-geral, não estejam presentes ou representados todos os sócios, a mesma iniciar-se-á meia hora depois, com qualquer número de sócios. Santa Catarina da Serra, 02 de Dezembro de 2011 Paulo Jorge oliveira Pereira dos Reis

Rancho Folclórico de S. Guilherme No final de 2011 podemos fazer um balanço bastante positivo das actividades realizadas ao longo de todo o ano. Como ponto alto elegemos o lançamento do primeiro CD - que inclui várias músicas do vasto reportório do nosso Rancho. Mas não podemos deixar de realçar as actuações que se efectuaram um pouco por todo o País - não esquecendo a realização do XXVI Festival Nacional de Folclore onde recebemos grupos que representam o folclore de ou-

tras regiões do nosso belo Portugal. Em Novembro o destaque vai para a participação no VI Festival Gastronómico “O chícharo da Serra” que este ano teve honras de transmissão em direto pelo canal público RTP1 com o programa “A Festa é Nossa” e onde o Rancho Folclórico de S. Guilherme esteve em destaque. A RTP visitou e mostrou a todo o mundo o Núcleo Museológico que o Rancho criou em Magueigia - transmitiu em direto uma das danças e uma das músicas que fazem

parte do CD – e esta equipa da RTP liderada pelo “veterano” Júlio Isidro permitiu que os espectadores um pouco por todo o mundo assistissem a uma bela coreografia na demonstração do “Jogo do Pau” executado por elementos do Rancho.

Redacção com novos horários Informamos os nossos assinantes e amigos, que a redacção do jornal se encontra disponível para atendimento todas as terças e quintas feiras. No entanto, os contactos telefónicos estão sempre disponíveis para que nos

possa contactar facilmente. Para lhe prestarmos um melhor serviço, agradecemos que nos contacte nos dias acima indicados. Email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com

Telemóvel: 917 480 995 Redacção (ForSerra) todas as Terças e Quintas Feiras das 10h ás 19h30.

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LUZ DA SERRA

DEZEMBRO

-- entrevista --

última

2011

Por uma cultura diferente

Em 10 anos de serviço à Universidade Católica de Moçambique, Conceição Marques descobre os enormes desafios da era pós-moderna A missionária da Consolata de Santa Catarina da Serra, Leiria, cruza-se com uma variedade de culturas, “onde as pessoas, na maior parte dos casos, não convivem, não se conhecem, nem se sentem irmãos”. Quis Deus que eu vivesse num contexto que me foi despertando, progressivamente, para novas realidades, levando-me a procurar respostas credíveis para responder às situações actuais da nova evangelização. Até a África enfrenta a imposição de uma cultura sem Deus ou habitada por deuses estranhos. Permeada de hedonismo e consumismo, ela oferece uma mensagem cativante para os

tempos de hoje. A preocupação de compreender o nosso tempo levou-me, durante as minhas férias, a frequentar um curso sobre diálogo inter-religioso, em Roma, na Universidade Pontifícia Gregoriana. Nos últimos dez anos, trabalhei na Universidade Católica de Moçambique, uma escola aberta a todas as crenças. Cada um na sua realidade, os estudantes revelam um grande desejo de saber mais e querem confrontar-se com a doutrina católica. São receptivos e, ao mesmo tempo, contestadores e participativos nos debates. Admiram e apreciam a doutrina social da Igreja católica. Dizia-me

um estudante, de formação protestante, quando soube da minha partida: “Agora, que a irmã vai deixar a universidade, já pensou em quem vai ocupar o seu lugar?”. Como evangelizadora, devo ser capaz de estar integrada com o povo, saber escutá-lo, dialogar e estar preparada para iluminar as suas preocupações e anseios com a proposta libertadora de Jesus Cristo. O missionário não pode ficar à espera que o povo venha à Igreja para lhe fazer as suas catequeses. Serão sempre menos os que vêm ter connosco e cada vez mais os que se aproximam da realidade humana para

lhe oferecer outras mensagens. A maioria das pessoas é analfabeta de Deus. Terá uma imagem de Deus vaga e, por vezes, distorcida. Muitas pessoas têm alguma informação sobre as mais variadas propostas religiosas, mas sentem-se confusas e sem certezas. Assim a situação religiosa actual constitui um desafio para o missionário quanto ao vocabulário a usar, à metodologia a seguir ou ao modo de estar. Trata-se de testemunhar através da vida, com um coração de discípulo que experimenta a necessidade do encontro com Deus para se fortificar. O discípulo pro-

cura o que fazer – quando e como – tal como um bom samaritano que se aproxima da realidade e dá o seu contributo para poder amar e consolar nas situações mais impensáveis. Com a sabedoria divino-humana procura ser oportuno e eficaz, munido da paciência do DeusAmor.

Urge uma nova cultura que seja fruto de um trabalho desenvolvido e participado pelas diferentes culturas, resultante do melhor que cada uma pode oferecer para o bem comum. Uma cultura que leve cada um a sentir-se em casa, porque aceite e respeitado nas suas diferenças, com a consciência de que todos somos irmãos e irmãs, porque filhos do mesmo Pai. pub. sob autorização de: Fátima Missionária

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