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BISPO ESTA DE VISITA

M E NSÁ R IO DE SA NTA CATA R INA DA S E R R A - M ARÇO 2 0 0 9 - 1 € P R EÇO D E C APA

CRISE…CRISE…CRISE…

CENTENAS PARTICIPAM NA 33ª VIA SACRA OLIVAIS - FÁTIMA

Fala-se de crise a torto e a direito… para baixo e para cima…para a direita e para a esquerda. Falam de crise sobretudo os polí cos e os grandes porque os pequenos, esses, não têm tempo de falar dela tão empenhados que estão em ultrapassa-la e em sobreviver. À mistura com “freepor- Pág. 8 tes”, falências fic cias, fuga ao fisco, desones dades e exploração, a crise de que alguns falam é apenas “bode expiatório”com que enchem as conferencias e as paginas dos jornais. Os sem emprego, os sem habitação, as famílias onde se vive honestamente, os jovens sem horizontes de realização nem humano nem profissional, esses sentem a crise tão real na sua vida que acabam desmoralizados e sem grandes razões para a esperança. Parece-me que esta crise começou já há muito tempo e começou no coração ferido e ultrajado dos homens e mulheres desta Europa que, consciente ou inconscientemente se vai afastando de Deus. A crise que vivemos começa com a crise dos valores que deixaram de iluminar tantos espíritos que andam perturbados e aba dos. Não havendo uma luz que nos ilumine, para onde é que caminhamos? Quase de certeza para o abismo ou para um beco sem saída. O fruto de uma sociedade sem valores, é o vazio das decisões que vai tomando. Decisões contra a pessoa humana na legalização do aborto e na falta de apoio às mães para a maternidade, decisões contra a contra o amor e contra a família no facili smo das relações e na promoção do prazer fortuito e sem... con nua na Pág. 3

As almas grandes têm muito em conta as coisas pequenas.

Loureira prepara caminho de manutenção Pág.7

Petroibérica ajuda Bombeiros Pág.10 Desporto

Incompa bilidades levam a demissão do presidente Pág.12

Ana Oliveira - Melhor marca Nacional do Ano Pág.12

GARANTIDA PERMANÊNCIA NA 2ª DIVISÃO NACIONAL Pág.13

Pensamento do mês

Associações

Formação

Joaquim Neves Vicente é Doutor Pág.4

Cursos de Formação Pág.5

Carnaval, Folia e Alegria pela Freguesia

Jovens reconhecem Lino Pereira em Jantar

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Família Paroquial

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No céu brilha uma estrela 15/2 – Duarte Rodrigues Marques, filho de Leonel dos Santos Marques e de Cecília Mendes Rodrigues Marques da Magueigia. Foram padrinhos: Valdo Rodrigues Marques e Cá a Filipa Sousa Marques 8/3 – Romeu Alexandre Neves Frazão, filho de Rui Jorge Carreira Frazão e de Tania Luísa Vieira Neves da Chainça. Foram padrinhos: Fernando Miguel Vieira Ba sta e Cláudia Marisa Vieira Neves

No passado dia 14 de Fevereiro, contraíram matrimónio, Gil Dinis de Jesus Gonçalves, filho de Aquilino Vieira Gonçalves e Maria Alcinda de Jesus Lopes, dos Sete Rios, e Sylvie Gonçalves, filha de João Alves Gonçalves e Glória Lopes Gonçalves. A celebração aconteceu na cidade de Pau em França.

13/3 – António Afonso dos Santos, casado com Laurinda de Jesus Vieira da Chainça, par u para o Pai no entardecer dos 84 anos de idade

SALUSTIANO d’ OLIVEIRA VIEIRA Chaínça N. 03-11-1934 F. 03-02-2009 Sua esposa: Mª Rosa da Conceição Rito, filhos: Mª Helena Rito Vieira, Mª da Conceição Rito Vieira Vicente, Isidro Manuel Rito Vieira e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm muito reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que es veram presentes no úl mo adeus ao seu ente querido, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem neste momento de profunda tristeza. A todos, muito obrigado.

Às famílias enlutadas, o Luz da Serra apresenta sen das condolências e oferece a oração da fé.

18/12 – Maria da Trindade, viúva de Manuel Rodrigues Gonçalves da Chainça, terminou o seu caminho neste mundo aos 89 anos de idade 24/12 – José Ma as Fernandes, casado com Júlia da Conceição, do Ulmeiro, par u para o céu com a bonita idade de 89 anos

Maria Trindade Chaínça N. 24/10/1919 F. 26/02/2009

Agradecimento A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que prestaram homenagem à sua úl ma morada, ou de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar, e que a acompanharam ao longo da sua doença.

E par u! Par u Mas nós sabemos Que está lá No céu a brilhar E a sorrir Para nós! De quem jamais se esquecerá de , Duarte. Amigos e professoras

Dia do Pai No dia 4 de Fevereiro celebraram os 50 anos de Matrimónio Hermínia Cris na Pereira Relha e José da Costa Pereira da Quinta da Sardinha. Após a celebração da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra, seguiu-se um jantar convívio em ambiente sereno e de franca amizade num restaurante da freguesia. Desejamos a con nuação de paz e alegria nesta família.

A família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todos aqueles que se incorporaram no seu funeral bem como a todos os que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar.

Olinda Ferreira da Silva Santa Catarina da Serra N.23/09/1932 F.01-02-2009

No céu brilha uma estrela Que todos nós conhecemos Desceu à Terra Esteve connosco Marcou as nossas vidas Com o sorriso Sua presença E suas palavras

Aqui lhe dedico estas palavras Com muito amor e com Fé Porque é Dia do Pai Dia de S. José Porque é dia de S. José Dia de lembrar os pais Eu o tenho presente hoje e sempre Todos os dias que eu viver, mais

Encarnação Silva Manso Chaínça Festejou o seu aniversário no dia 30 de Dezembro onde os seus 5 filhos, 15 netos e 13 bisnetos a acompanharam num jantar que ofereceu a todos. Cantados os parabéns apagou as velas dos seus 86 anos de idade. O Luz da Serra deseja-lhe muitas felicidades e muita saúde.

Todos os dias da minha vida Serão poucos ainda assim Para eu lhe agradecer Todos os sacri cios que fez por mim Tudo o que fez por mim A que hoje dou valor Eu lhe digo obrigada meu pai Com ternura e muito amor Neste Dia do Pai, O primeiro que está ausente Mas no meu coração O Pai estará sempre presente Saudades da filha, Augusta

Crianças recebem Pai Nosso Foi no passado dia 8 de Março que no dia 16 crianças do 2º ano de catequese receberam na Igreja de Santa Catarina o Pai Nosso. A oração que as crianças fizeram no ofertório, foi de invocação para que o Pai do Céu as ajude ao longo do caminho na vida. A todos ele(a)s parabéns. As catequistas Paula e Lúcia No passado dia 8 de Dezembro de 2008, a Irmã Maria do Céu Vieira Vicente na Congregação das Franciscanas da Imaculada Conceição, natural de Santa Catarina da Serra, filha de António Luís Vicente e de Maria Assunção Vieira ( já falecida), celebrou os 25 anos de vida Religiosa em Roma. Apesar da Distância, esta nossa Irmã regressa, sempre que a sua missão lhe permite, para visitar amigos e familiares, nomeadamente o seu pai. Felicitamos esta Religiosa pela sua doação total e fidelidade aos dons do amor de Deus e ao próximo. pub


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Editorial

Grande oportunidade!! Anos atrás veio procurarme o Sr. Filipe (nome fic cio). Era casado, dois filhos adolescentes e uma esposa maravilhosa: culta, delicada, profundamente cristã e muito comprome da com a Igreja. Filipe sen a-se muito infeliz. Não aguentava mais com a vida que levava, nem com a família que nha. Já havia acabado com os bens que possuia, levando uma vida degradada. Agora queria acabar com a vida. Escutei-o com muita paciência. Deixei-o desabafar à vontade. Dei-lhe uma palavra de ânimo e Filipe voltou para casa. Tempos depois procuroume outra vez. Ouvi-o o tempo que ele quis. Escuteio tranquilamente. Expliqueilhe que se não mudasse de vida acabaria por matar o casamento e a felicidade da família; que pensasse bem na vida que levava. Enquanto as coisas con nuavam a acontecer, a esposa agarrava-se com Deus: jejum, oração, sacri cios e prá ca da caridade. Dizia: eu hei de salvar o meu casaLomé (Togo), 13 de Fevereiro 2009 Caro amigo P. Mário, Chegaram os 10.000 euros oferecidos pela comunidade de Santa Catarina para a construção da escola de Kpové. Que alegria para os colegas responsáveis por esta missão! E especialmente para a população que estava longe de pensar em tal milagre! Que a desolação e a tristeza semeadas pelo furacão que lhes nha destruído e varrido completamente a escolinha (juntamente com as suas pobres casas e o telhado da linda igreja) seriam dissipadas por este tufão de caridade vindo de Santa Catarina, que lhes vai permi r erguer uma nova escola, desta vez uma escola a valer!... Se todos aqueles que contribuíram para este projecto de solidariedade vissem a alegria da gente de Kpové e sobretudo os gritos de júbilo e de entusiasmo das crianças ao receberem a no cia, já se sen ram recompensados pelo sacri cio feito! Em Junho irei de férias. Não sei se poderei já levar as fo-

mento, custe o que custar, pois o futuro dos nossos filhos está em jogo. Algum tempo mais tarde, o Filipe voltou e pediu para eu o ouvir em confissão. Acolhio de braços abertos. Deixeio falar à vontade, o tempo que ele quis. Falei-lhe do Deus que é PAI BONDOSO, MISERICORDIOSO, que NÃO QUER A MORTE DO PECADOR, mas que ele SE CONVERTA E VIVA. Um PAI que está sempre à espera que o filho volte para a SUA CASA. Dei-lhe a absolvição e o abraço da PAZ. Agora Filipe parecia outro. Via-se na fisionomia dele. Voltou para casa. Correu ao encontro da esposa e dos filhos. Alguns dias depois veio o casal falar comigo. Agora os dois são de missa e comunhão diária. Par ciparam de um re ro para casais. Um ano ou dois depois, Filipe tornou-se Ministro da Eucaris a, acompanhando a esposa que já o era. No dia do aniversário do filho, o Filipe quis dar-lhe um presente. O rapaz respondeu: pai o senhor já me deu o maior pre-

P. Serafim Marques sente da minha vida, quando voltou para a nossa família e mudou a maneira de nos tratar. Agora somos outra vez felizes. Obrigado meu pai. Não preciso, nem quero um presente maior do que este. “Feliz daquele que foi perdoado do seu pecado” (Sl 31). Actualmente a vida da Família vai muito bem. A Quaresma chegou. É a grande OPORTUNIDADE que Deus nos oferece para mudar o rumo da nossa vida. “…Este é o tempo favorável; este é o dia da salvação”. (2 Cor. 6,2). Dizia Sto Agos nho: “Tenho medo que Deus passe hoje à minha porta e bata e não passe outra vez”. Aproveita irmão. Tua família tem fome de AMOR e de PAZ. Deus te ama muito e está à tua espera faz muito tempo. Coragem!

Ainda o TOGO - Resposta tografias da nova escola. Espero que sim. Por agora só a podemos contemplar no olhar das crianças de Kpové!... Um sincero e comovido muito obrigado e que Deus os recompense, aos jovens que se mobilizaram duma maneira par cular e generosa para angariar esta soma. Imagino que nestes tempos de crise não terá sido coisa fácil. Estou certo, porém, que estas ofertas são tesouro armazenado no céu, ao seguro de qualquer oscilação da bolsa! Toda a gente de Kpové desejaria visitar Santa Catarina para manifestar a sua profunda gra dão. Infelizmente as distancias sicas não per-

mitem. Mando-vos uma foto simbólica que lá rei. Acho que foi o recorde que me foi dado ver até hoje de passageiros transportados por uma motorizada! Prodígios da África! Contem bem: quantos são? Cinco? Seis? Não! Reparem bem: sete pessoas! São os enviados de Kpové que desejariam vir até vós. A moto, porém, recusou-se a voar! Mas os corações voaram, sim, até Santa Catarina. Eles gritam alegres: Akpe loo, akpe loo! Com eles, também eu exclamo: Obrigado, mil vezes obrigado! Com amizade, P. Manuel Pereira Correia (comboniano filho adop vo de Santa Catarina)

con nuação da primeira página

...compromisso, decisões contra a pessoa humana na promoção de casas de diver mento nocturno, antros de droga, de álcool e de abandalhamento da vida e do coração. A crise já está aí nos pais que deixam crescer os filhos frente à televisão, sem tempo para o diálogo e para a oração, nos pais que “descarregam” os filhos à entrada da sala de catequese sem qualquer preocupação de par cipação na Eucaris a. A crise está já na nuvem de poeira que se começa a levantar para, em nome da liberdade, falar da eutanásia e de outras questões que merecem todo o nosso respeito mas que tem de ser reflec das com profundidade e seriedade. Esta crise afinal, já se podia antever quando a Europa negou consignar na cons -

tuição os valores que a orientaram para o progresso e para o bem-estar. A fé, o Evangelho e a Igreja ficaram de fora desta carta magna mas foi sem dúvida a Igreja que, com todos os limites de ser cons tuída e orientada por gente frágil e pecadora, foi comunicando a luz do Evangelho e do Espírito que es veram presentes na conquista das democracias e do respeito pela vida humana e do Amor. Negaramse tantas coisas boas que a Igreja católica trouxe com o evangelho que pregou. Negaram-se obras de caridade incontáveis porque a Igreja também teve os seus equívocos e os seus erros. Se recusamos Deus, a Palavra, a Igreja, não podemos viver sem arcar com as consequências deste acto. A crise já se instalou nos cora-

ções e na alma de tantos que vivem às cegas e vazios de tudo o que a alma precisa para viver a alegria, a esperança e a solidariedade. Jesus Cristo está de braços abertos para perdoar e reanimar na vida e no amor os homens e mulheres de boa vontade. Aos cristãos que ainda não perderam a luz Jesus deixa um convite à solidariedade espiritual e material. Como diz Paulo, o apóstolo das gentes, “Tudo posso naquele que me dá força”. P. Mário

Diálogo da água e do Vinho Vinho Mote: Tu és ré e eu sou o autor? Qual dos dois há-de de perder? Eu rendo muito dinheiro Que valor podes tu ter? Glossas: Nunca julguem a água Que tu soubesses a filosofia. Até a quem nada dizia Estavas muito calada. Tu vais ser uma advogada Escusas de procurador; Não tens medo nem temor Dessa maneira falar. Vê se te podes livrar:

Água Mote: Dizes que de rastos ando E tu estás arrecadado Que tens mais valor do que eu Já assim te tens expressado. Glossas: Pois de rasto ando a correr, A correr pelas veias da terra. Tudo o que o globo encerra, Por imenso poder, (tu não te envergonhas de dizer!) Por toda a parte girando, Todos os campos regando,

Tu es ré e eu o autor. Eu gostei de te ouvir. Tua retórica diz A tua causa advogar. Só para me fartar de rir Havemos hoje aqui diver r Mostras tanto poder: Que as plantas fazes crescer Com a tua fresquidão Nesta nossa opinião Qual dos dois há-de perder? Não sabes o meu intento Nem tão pouco o meu valor. Dou riquezas ao lavrador E os fracos alimento. Sem um instante parar, Sempre a beneficiar… E dizes que eu de rastos ando! Dou perfeita regalia Até aos próprios bichinhos. No ar, os passarinhos Vão cantando de alegria; Quem qualquer enfermaria O triste é consolado. Mil regalos tenho dado As criaturas humanas Nas pobres choupanas Tu és arrecadado… Eu tenho mais es mação Do que tu – estás arrecadado! Foi Cristo Bap zado Com água do Jordão.

É tão grande o meu talento. Sou dos líquidos o primeiro Em casa do taberneiro, À mesa ou ao balcão, Eu ando de mão em mão, Eu rendo muito dinheiro. Ando sempre arrecadado, Todos me guardam respeito. Estou nas adegas fechado Até dali ser mudado Para vidros ou cristais finos. Vou aos povos socorrer Quando me vão beber Em vidro ou cristal fino. Tu, de rastos, sem des no Que valor podes tu ter?

O Bap sta S. João O Bap smo recebeu. A cristandade cresceu, Ainda está a crescer… E tu não te envergonhas de dizer Que tens mais valor do que eu? Eu bap zo os rios e mares; Estou sempre na Igreja. Eu afasto Satanás – Coisa que tu não és capaz De te pores ao meu lado! Eu afugento o pecado, Entro também no cálix. Mais do que eu não vales! Assim te tens expressado. Con nua na próxima edição...


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AO DOUTOR JOAQUIM DAS NEVES VICENTE Se, outrora, a Paróquia de Santa Catarina da Serra se caracterizava, fundamentalmente, por uma socioeconomia que enformava quase toda a população da Freguesia, maioritariamente analfabeta, o abandono das ac vidades agro-pastorís foi acompanhado pelo desenvolvimento dos sectores secundário (indústria) e terciário (serviços). Deste modo, os Santacatarinenses foram-se dispersando, nas úl mas décadas, por diferentes profissões, incluindo as que exigiam uma formação superior. É neste contexto que surge Joaquim das Neves Vicente, nascido em 1951, filho de Joaquim Vicente e de Maria Ferreira.

afecta ao ensino, ao ensinar como ensinar, tendo leccionado, neste âmbito, na Faculdade de Letras de Coimbra, as cadeiras de Didác ca da Filosofia e de Filosofia da Educação. Para além de diversos trabalhos cien ficos, Joaquim das Neves Vicente destacou-se, sobretudo, na redacção de manuais escolares de Filosofia para o Ensino Secundário, tendo sido adoptados a nível nacional. As obras, publicadas pela Porto Editora, incidem sobre os tulos Do Vivido ao Pensado. Introdução à Filosofia, 10.º e 11.º anos, respec vamente em 1993 e 1994, e Razão e Diálogo, também para o 10.º e o 11.º anos, em 1997, 2003 e 2004.

Fig. 1 – Joaquim das Neves Vicente, na Sala dos Capelos, Universidade de Coimbra, defendendo a sua Dissertação de Doutoramento, 20.2.2009 - (cortesia do jornal “As Beiras”).

A infância / adolescência de Joaquim esteve sempre relacionada com a ac vidade da pastorícia e com os trabalhos agrícolas. Em simultâneo, fez os estudos primários na 1.ª Escola de Loureira. Apesar de tudo, foi na sua aldeia que aprendeu princípios fundamentais para a vida (trabalho, dedicação). Após alguns anos no Seminário de Leiria, o insigne Professor termina, com sucesso, o Curso de Filosofia, tendo optado pela carreira docente. Leccionou em diversas escolas, destacando-se, no entanto, a de Domingos Sequeira, em Leiria, até ter sido integrado no corpo docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e no Ins tuto de Estudos Filosóficos. A sua Dissertação de Mestrado, datada de 1990, texto policopiado, incidiu sobre a Educação, Diálogo e Filosofia na Acção e no Pensamento Pedagógico de Paulo Freire. De facto, a sua vida profissional esteve, desde sempre,

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº414 - Março de 2009 - Ano XXXV Propriedade: Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra

No passado dia 20.2.2009, o então Mestre Joaquim das Neves Vicente, pres giado docente, defendeu a sua Dissertação de Doutoramento, subordinada à especialidade didác ca “Educação, Retórica e Filosofia” de Olliver Reboull e ao tema Subsídios para uma Filosofia da Educação Escolar, na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra (fig.1), obtendo, assim, o grau de Doutor. Desta forma, o Autor deste ar go, a Luz da Serra e toda a pres giada Freguesia de Santa Catarina da Serra vêm prestar ao es mado Professor Doutor Joaquim das Neves Vicente a sua mais sincera homenagem, deixando, de igual modo, votos de felicidades e saúde para si, para Catarina de Oliveira Neves, esposa, Nuno e Sara, por ordem de nomes, seus filhos. O Autor, a Luz da Serra e o Povo da Freguesia

Quaresma - Reciclagem de Vida Quase tudo, em matéria de embalagens, pode ser reciclado: o plás co, o metal, o papel/cartão, o vidro e, também, a madeira. Na televisão, nos jornais e nas revistas assis mos a várias campanhas publicitárias, nas ruas vemos os ecopontos. Enfim, todo um conjunto de situações que nos alertam para este assunto e para que não fiquemos indiferentes. Reciclar materiais permite reu lizá-los como matériaprima no fabrico de novos produtos, diminuindo o uso de recursos naturais (muitos dos quais não renováveis). Além disso, fabricar novos produtos a par r de materiais usados consome menos energia do que a par r de matérias “novas”. Assim sendo, do velho faz-se novo e diferente! Já pensaste se é possível reciclar a vida? Seria fantás co! Imaginas a quan dade de coisas que podias transformar? Talvez a vida não se recicle. Nas várias etapas em que nos decidimos a mudar pormenores na nossa vida, no final seremos sempre nós! Mudados, mas sempre nós, com todas as marcas e cicatrizes de forma a que não nos esquecermos do que fomos. Enquanto na reciclagem os materiais usados vão dar origem a outros objectos, na vida não podemos pegar em “coisas vividas” e construir novas! As mantas de retalho são bonitas, mas não passam de mantas de retalhos. Remendam-se panos, cola-se o papel ou vidro, mas não se remendam vidas, não se colam momentos passados, coisas que deixamos para trás. E recomeçar? Sim, recomeçar

é possível, mesmo que diferentes, é sempre possível. Há certas derrotas que nos preparam para grandes vitórias; fracassos que, se soubermos, transformamos em experiências. Conta a história, que havia um rapazinho que nha um temperamento muito explosivo. Um dia, o pai deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira. Disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com alguém. No primeiro dia o rapaz pregou 36 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a ira, o número de pregos martelados foi diminuindo gradualmente. Ele foi descobrindo que dava menos trabalho controlar a sua ira do que ter de ir pregar vários pregos na tábua todos os dias… Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência uma vez que fosse. Falou com o pai sobre o sue sucesso e como se sen a melhor por não explodir com os outros. O pai sugeriu-lhe que re rasse todos os pregos da tábua e que lha trouxesse. O rapaz trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregoua ao pai. Este disse-lhe. -Estás de parabéns, filhos! Mas repara nos buracos que os pregos deixaram na tábua. Nunca mais ela será como antes. Quando falas, enquanto estás com raiva, as tuas palavras deixam marcas como essas. Podes enfiar uma faca em alguém e depois re rá-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz con nuará lá.

E quando à nossa fé, é preciso reciclar, recomeçar ou con nuar? Haverá preconceitos, crenças, fana smos e outras coisas tais que precisamos reciclar? A Fé cons tui para os cristãos uma necessidade vital. Ela pode ser considerada como algo pessoal, mas quando “vivida” em conjunto, na comunidade e na eucaris a, é sen da de uma forma mais firme e verdadeira. A transmissão da fé passa, necessariamente, através do testemunho e coerência de vida pessoal e comunitária. Cada cristão deve procurar ser semente na evangelização dos outros. A Fé vive-se, aprende-se, e é preciso ensinar-se a testemunhar a Fé, a viver e a crescer na Fé. E tu, jovem, embora, muitas vezes, a tua força de vontade esteja adormecida, não te esqueças que agora mesmo, podes recomeçar, pode agir na tua Igreja. Nunca te esqueças que os evangelizadores dos jovens acabam por ser os próprios jovens. O Papa João Paulo II, que conseguiu tocar no coração dos jovens, pediu. «Caríssimos jovens… olhai a Jesus com renovado impulso de fé. Segui-O! Ele não promete felicidades ilusórias; pelo contrário, a fim de poderdes alcançar a autên ca maturidade humana e espiritual, convida-vos a seguir o seu exemplo exigente, fazendo vossas as opções comprometedoras.» Que o Menino Jesus nos ajude a estarmos atentos e em cada recomeçar sintamos a sua protecção. Menino Jesus de Praga, sê jovem na nossa juventude.

FESTA DE SANTA CATARINA Convida-se a todos “Homens e Mulheres” do anos de 1959, nascidos residentes na freguesia e no estrangeiro a par cipar na festa em Honra de Santa Catarina, que se realizará nos dias 02 e 03 de Maio de 2009. Temos todo o gosto em poder contar com a co-

Administração e Edição: ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra Fundador: Pe. Joaquim Carreira Faria Director: Pe. Mário de Almeida Verdasca Contacto: 244 741 197 Redacção: Miguel Marques

Colaboradores: Fernando Valente, João Ferreira, Eva Domingos, Virgílio Gordo, Miguel Marques, Vasco Silva,Marco Santos, Hélio Alves, P. Serafim Marques e Prof. António Oliveira. Contactos: Telefone (00351) 244 741 314 Fax (00351 ) 244 741 534

laboração de todos os nossos conterrâneos. Domingos Neves 919 365 909 Fernando Santos 917 502 618 luzdaserra@sapo.pt Correio electrónico Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis Tiragem: 1700 Exemplares Periocidade: Mensal ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83


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CURSOS DE FORMAÇÃO EM SANTA CATARINA DA SERRA

Aulas de Yoga As aulas de Yoga irão voltar à Casa do Povo. As aulas serão todas as quintas feiras pelas 20h30 Pode inscrever-se pelo número 917 111 061.

RVCC Profissional Construção Civil O que é? É um processo que permite reconhecer, validar e cer ficar as competências que os adultos adquirem pela experiência ao longo da vida, através da atribuição de um Cer ficado de Qualificação Profissional.

Uma das vertentes da ForSerra é a formação, e para o efeito e em colaboração com a Escola Profissional de Sicó, vai receber inscrições para vários cursos nas mais vastas áreas.

Des natários

Como fazer a sua inscrição:

Des na-se a ac vos empregados e desempregados, com mais de 18 anos, que adquiriram saberes e competências através da experiência profissional ou noutros contextos e pretendam vêlas reconhecidas e validadas através de uma cer ficação formal.

Junto da ForSerra com sede (provisória) actualmente na Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, ou fazendo o download da ficha de inscrição na internet em h p://santacatarinadaserra.no.sapo.pt e enviar por fax para o numero: 244 741 534

Vantagens Facilita-lhe a progressão na carreira Permite a melhoria da sua situação profissional Aperfeiçoa as suas competências a nível profissional Confere-lhe uma cer ficação escolar e profissional, no caso de associar um processo escolar ao profissional. É-lhe atribuído um Cer ficado de Qualificação Profissional

Saídas Profissionais: Canalizador Pedreiro Técnico de Obra Operador de CAD/Construção Civil Condutor/Manobrador de Equipamentos de Movimentação de Terras

Nível II des nam-se a formandos que não tenham concluído o 9ºano de escolaridade. Nível III des nam-se a formandos que tenham do 9ºano ao 12ºano de escolaridade. Notas importantes: As formações terão lugar num local indicado pela ForSerra, após a aprovação da EP Sicó. As formações só se realizarão com um mínimo de 12 inscrições. As Formações modulares são garan das até Julho de 2009, já os RVCC não tem data de término. Estas formações são inteiramente financiadas e os formandos terão direito a subsídio de alimentação e de transporte.

...aprender compensa

NOTÍCIAS DA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA CATARINA DA SERRA (Secretaria aberta ao publico de segunda a sexta-feira das 9h00 ás 18h00 sem interrupção para almoço)

Subsídios do IFAP/2009

Programa de Férias da Páscoa

Sr(ª) Agricultor(ª) Pode fazer a candidatura aos subsídios (INGA)a par r de 16 de Fevereiro até 15 de Maio. Por favor dirija-se à Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra às segundas-feiras das 14h00 às 16h30. Documentos a apresentar: P1 Bilhete de iden dade Cartão de contribuinte Livro de registos de animais Candidatura feita em 2008

Informa-se de que a Associação “OSPCML”, em parceria com a CML, pretende organizar um Programa de Férias da Páscoa, des nado a crianças dos 5 aos 11 anos, na Ludoteca Afonso Lopes Vieira. Mais se informa de que o desenvolvimento deste programa está dependente do n.º de inscrições, pelo que apenas após o dia 13 de Março (prazo limite das inscrições) poderemos confirmar ou não a sua realização. Pode obter mais informações na Câmara de Leiria pelo telefone 244 839 640

Todos os idosos com pensões/rendimentos inferiores a 400€ deverão deslocar-se à Junta de Freguesia nos próximos dias 16 e 17 de Março. Encontrar-se-ão técnicas da Segurança Social a fim de avaliar cada situação e formalizar a compensação de rendimentos.

ForSerra apresentada na Câmara Municipal de Leiria Foi no passado dia 6 de Março que dois elementos, em conjunto com o actual execu vo da Junta de Freguesia, reuniu com a Presidente da Câmara de Leiria para a apresentação da ForSerra. Lino Pereira explicou qual o objec vo desta nova associação de Santa Catarina da Serra. Foi também apresentado o projecto do Centro Cívico à Presidente Isabel Damasceno. “Santa Catarina da Serra é bastante dinâmica e os meus parabéns pelas inicia vas” foram estas algumas das palavras da Presidente. Elogiou todo o trabalho que Santa Catarina da Serra e as suas gentes fazem a nível de associa vismo destacando o Fes val do Chícharo. pub

Ginás ca de manutenção São cerca de 15 elementos que todas as segundas feiras e quartafeira por volta das 21h se reúnem mas instalações da Casa do Povo para aulas de ginás ca. O professor, Armando Mar ns, dá as indicações e salienta durante as aulas a importância da ac vidade sica para o bem-estar pessoal e a saúde de cada um. Limpeza e manutenção de estradas Um pouco por toda a freguesia, os reclusos dos serviços prisionais de Leiria vão fazendo a manutenção e limpeza das estradas. São cerca de 15 reclusos que efectuam estes serviços cerca de duas vezes por mês. Estes serviços estão ao abrigo de um protocolo entre a Junta de Freguesia e os Serviços Prisionais. Lena Construções Solidária A empresa Lena Construções distribuiu alguns cabazes com roupa pelas famílias mais carenciadas da freguesia no passado dia 13 de Fevereiro. Es veram presentes no auditório cerca de 20 famílias às quais Luís Parreira, representante da Lena Construções, distribuiu os cabazes.”Esta inicia va foi dos próprios colaboradores da empresa para mostrarem a sua solidariedade” referiu o representante. Centro Social convida Formador em medicina Ricardo Sampaio, aceitou o convite do Centro Social para uma formação médica no passado dia 17 de Fevereiro realizada no Auditório. Es veram presentes enfermeiras do Centro Social, Centro de Saúde de Santa Catarina da Serra e dos centros vizinhos. A iden ficação de feridas e respec vos tratamentos foram os temas abordados. A sessão de cerca de 3 horas serviu para rar dúvidas e aconselhar os melhores tratamentos a cada caso.


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ASSOCIAÇÃO DE CAÇADORES DA SERRA Montaria aos Javalis Fernando Reis, Presidente da Associação de Caçadores da Serra aceitou o convite da Federação de Caçadores e par cipou na montaria de javalis representando a Associação. Esta montaria, realizada no concelho de Soure no dia 28 de Fevereiro, Fernando Reis juntou-se aos mais de 200 par cipantes. Com a ajuda de cerca três centenas de cães, foi possível abater 13 javalis. “Foi cinco estrelas” referiu Fernando Reis.

Ba da às raposas Cerca de meia centena de caçadores reuniram-se no passado dia 22 de Fevereiro para a anual ba da às raposas. Restritos à reserva de caça começaram pelas 7h30 com interrupção para hora de almoço. Com uma caça do ano passado de duas raposas, a expecta va para este ano era bastante grande. Após o almoço, delinearam-se novas estratégias e corrigiram-se alguns erros. Esta ba da veio-se a revelar infru fera, após o avistamento de algumas raposas, mas ao final do dia prevaleceu a animação e a alegria de mais um encontro entre caçadores.

CONVITE Festa do Agricultor A Associação de Caçadores de Santa Catarina da Serra ( Z.C.A.), vem convidar todos os Agricultores, proprietários, sócios e residentes desta freguesia a par cipar num lanche ajantarado ( porco no espeto ), a realizar no dia 29 de Março a par r das 15h no salão Paroquial de Santa Catarina da Serra.

Empresarial Servilena apresenta o novo Opel Insígnia A Servilena apresentou oficialmente, no passado dia 14 de Fevereiro, o novo automóvel da gama Opel. De portas abertas, foram algumas dezenas que puderam experimentar este novo modelo da marca. Eleito o carro do ano de 2009, o Opel Insignia é o novo topo de gama da marca e tem preços de entrada de 29.600 euros nas versões a gasolina e de 32.150 euros nas motoriza-

ções turbodiesel. Com foco na tecnologia e no design, apresenta caixa de seis velocidades e três níveis de equipamento: Edi on, Sport e Cosmo. Actualmente disponível na versão de 4 portas, a versão carrinha está prevista chegar ao mercado português no próximo mês de Abril. A Servilena possui instalações em Tomar, Pedrome e brevemente em Torres Novas.

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Obras avançam na Associação de S. Miguel

As novas instalações da Associação de S. Miguel estão a bom ritmo após mais uma empreitada. Desta vez, com a colaboração de cerca de oito pessoas, foi possível executar a construção das paredes exteriores em falta, a caixa de ar, divisão dos balneários e W.C. e cobertura do primeiro andar. Para a direcção desta Associação, as obras estão a bom ritmo mas relevam que ainda há muito para fazer. Quanto à construção dos W.C. de serviço para os peregrinos para o próximo mês de Maio. “Iremos fazer todos os possíveis, mas vai ser di cil devido a fraca adesão da população” refere um dos responsáveis da Associação.

OLHO ATENTO

Quem se dirige á lagoa do boi, na Loureira, depara-se com este cenário: um pouco por todos os caminhos encontramse peças de automóveis perdidas... jantes, pneus, tabliers, forras de portas e parachoques como se comprova na foto. Haja paciência para tanto desleixo das nossas gentes!

Ajude-nos a melhorar o nosso meio, denuncie aqui actos de abandono, vandalismos, abusos, insólitos.... pub

Grupo Lena entre as melhores empresas para trabalhar Numa eleição da revista Exame e consultora Heidrick & Struggles, o quinto lugar coube ao Grupo Lena numa eleição 2009. À frente ficaram as mul nacionais Microso , Remax, Accenture e banco BES. Tendo par cipado pela primeira vez, o Grupo Lena destaca-se na categoria de grande organização como a primeira empresa não financeira sediada

em Portugal. O estudo destaca a importância dada pelo aglomerado empresarial de Leiria à avaliação de desempenho. As 66 empresas que constam do ranking ( 19 na categoria de grande organização e 47 na categoria PME ) têm um índice de sa sfação global de pelo menos 60%. O Grupo Lena chegou aos 71,6%.

Ribeiclima investe 400 mil euros em novas instalações A RibeiClima, empresa de clima zações situada na Pinheiria, Santa Catarina da Serra, está a construir novas instalações, um inves mento na ordem dos 400 mil euros, que vai ser apoiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Em causa está a recuperação do armazém que há um ano foi a ngido

por um incêndio. Neste novo espaço, Aires Ribeiro, gerente da Ribeiclima, pretende alargar a comercialização de ar gos na área da clima zação. Actualmente em parceria com a Construções Vieira Alves e Viera Alves Metalomecânica permitem apresentar soluções nas mais variadas áreas.


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Apreciação Estamos a chegar ao período em que nos compete, a todos, apreciar o trabalho efectuado pelos órgãos autárquicos. Eu que integrei uma lista à Assembleia de Freguesia sinto-me par cularmente mo vado para essa apreciação. Apesar de não ter sido eleito, sinto-me responsável perante os que na minha lista votaram. Não obstaculizámos o trabalho efectuado e, cumprindo o papel a que nos remeteram, vimos agora fazer a nossa legí ma apreciação. E devo dizer que há por aqui situações que merecem que nos preocupemos. A persecução do bem público é um desígnio fundamental da administração, em par cular da de proximidade, numa junta de freguesia. Mas tal não pode, em circunstância alguma, sobrepor-se ao cumprimento da lei. Estranhamos por isso que a nossa

junta de freguesia – alavancada na opinião do presidente da Assembleia de freguesia – haja procedido a “delegações de competências”. Uma delas é grave pois procede à usurpação de poderes que são, de acordo com a lei autárquica, um exclusivo da Câmara Municipal. Outro porque define um determinado terreno como “baldio” abandonado. Como devíamos saber, todos, já não há baldios! Estes são hoje terrenos que têm dono. Pode ser, como parece ser neste caso, propriedade da junta de Freguesia. E nesse caso a JF pode fazer uma cedência de Direito de super cie a quem quiser, desde que mereça a aprovação da Assembleia. Pergunto por isso a quem pertence o parque de merendas do Vale Mourão? A todos? À associação? Se é a todos é da Junta e é abusivo pôr a Associação a fazer uma obra deste po. Pode parecer bem, mas… se amanhã ali ocorrer um acidente a responsabilidade será pe-

Publicite neste Jornal pub

dida a quem? Se for da Associação, onde sobra a delegação de competências, falta a cedência de direito de super cie. Imaginem que amanhã um outro execu vo cedia – e tem para isso legi midade, com a aprovação da Assembleia de Freguesia – o dito “baldio” a uma outra colec vidade, existente ou a criar… Ou decide fazer uma nova “Fazarga”? Como encararíamos todos este cenário? É por isso que existem leis que devem ser cumpridas. Para que as decisões tomadas não sejam impugnáveis, independentemente das boas intenções que lhe estavam na génese. E já que falamos na Urbanização da Fazarga, quero publicamente expressar, por um lado as maiores felicitações ao Sr. Arlindo Moniz. Que grande negócio! Nunca este amigo havia sonhado com um totoloto destes… Por outro lado a minha tristeza pela delapidação do erário publico… António Pinto

Acção de formação cívica e polí ca 4 de Abril de 2009 - EUROPA - Modelo Social Europeu, Flexisegurança e Alterna vas Liberais - CIÊNCIA POLITICA - Democracia-Cristã, Liberalismo e Conservadorismo: opostos ou complementares - POLITICAS PÚBLICAS - Fiscalidade: menos impostos, mais simples; evasão e direitos do contribuinte - COMUNICAÇÃO - Implantação na Sociedade Inscrições até 28 de Março. Custo 10 € com almoço LOCAL : Auditório de Sta. Catarina da Serra Inscrições: 912351333 - António Pinto

População recupera Caminho e prepara instalação de Circuito de Manutenção Como vem sendo habitual dos anos anteriores, a população da Loureira em conjunto com a sua Comissão do Património Rús co e Lazer da Loureira, tem vindo a proceder ao melhoramento e alargamento de caminhos rurais desta localidade. Tudo começa com o alargamento e arranjo dos caminhos do Casal da Cabeça e dos Casais Ferreiros numa extensão de 6km, no ano seguinte fizeram iguais trabalhos na estrada que liga o Barreirão ao Limite da Freguesia/Bom Samaritano numa extensão de 1.5km. Este ano os trabalhos es veram divididos entre as pequenas beneficiações aos caminhos anteriormente apresentados e o alargamento e beneficiação dos Caminhos que saem do Parque de Merendas do Vale Mourão em direcção ao Vale Covo e Lavadouros com a extensão de cerca 4km. Oportunidade também para beneficiação e recuperação da “Fon nha”, datada de 1929 e que muito representa para a memória das

gentes deste lugar, pois várias são as histórias que retratam os momentos passados junto desta. A beneficiação deste caminho vai também servir para a instalação do Circuito de Manutenção que anteriormente estava projectado

em corresponder ao apelo de colaboração lançado, permi ndo a concre zação de mais uma obra da qual a localidade se pode orgulhar, não só pela u lidade que irá ter mas também pela mobilização, entreajuda e bairrismo que caracteriza

para a dita Charneca, mas com a construção do Parque de Merendas do Vale Mourão foi optado que o mesmo deveria integrar e complementar a área de lazer deste parque. Assim, nos próximos meses este caminho será dotado de equipamentos que irão compor o circuito. Mais uma vez ficou patente a mobilização da população

sempre este po de trabalhos. A Comissão do Património Rús co e Lazer da Loureira agradece publicamente o apoio, o esforço e dedicação de todos aqueles que colaboraram, nomeadamente ao Execu vo da Junta de Freguesia e á População da Loureira. CPRL da Loureira

2.º RAID BTT “Rota dos Peregrinos” Já se encontram abertas as inscrições para o 2.º RAID BTT “Rota dos Peregrinos”, que se realiza no próximo dia 10 de Maio com início às 9h no Largo da Feira da Loureira. Aos par cipantes é dada a possibilidade da escolha de dois percursos com as distâncias de 20km e 40km, em que ambos apresentam um grau de dificuldade moderado. Os interessados devem consultar o blog h p://pmvalemourao.blogspot.com onde dispõe de toda informação necessária á par cipação no evento. Informações adicionais contactem b loureira@gmail.com ou 911 935 911

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CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL De acordo com o art. 30º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Ordinária para o dia 22 de Março de 2009, ás 13H30 na sede da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Apresentação das Contas 2009. Ponto 2 - Informações Diversas. A Assembleia Geral funcionará com qualquer número de presenças uma hora depois, conforme es pula o número um do ar go 31º dos Estatutos. Loureira, 05 de Março de 2009 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral


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O BISPO QUE NOS VISITA

33ª ViaSacra dos Olivais a Fá ma Há 33 anos, no primeiro domingo da Quaresma, e durante cerca de quatro horas, com chuva e vento ou com bom tempo, uma mul dão de cristãos leigos e religiosos par cipam, cantando e rezando, na caminhada da Via-Sacra dos Olivais para o Santuário de Fá ma. São de todas as idades os par cipantes que iniciam assim a preparação para a Grande Festa dos Cristãos que é a Páscoa. Ao longo destes anos, ve o privilégio de par cipar em todas como leitor. Recordo a par cipação do Sr. Pe Faria, pioneiro deste piedoso acto, o Sr. Pe Tiago da Freguesia de Sta Catarina das Caldas da Rainha que durante anos fez a meditação das Estações, ambos já falecidos. O Sr. Pe Mário, quando seminarista também par cipou nos quadros vivos. Tantas outras pessoas

Saudação à Diocese de Leiria – Fá ma

que vemos todos os anos com a mesma fé. Como leitores temos o amigo Joaquim Feitor que era presença indispensável com a sua voz peculiar suplicando ao Senhor as Suas graças, o Júlio Constan no e filhas e muitos outros que de momento não recordo os nomes e que por mo vos profissionais ou de saúde não puderam con nuar; o António Alves dos Olivais que orientava o andamento da Cruz etc. Quis Deus que fosse eu o único que desde a primeira via-sacra par cipasse sempre como leitor. Cada ano que passa verificamos a afluência crescente de fiéis e por tal realçamos a ajuda da GNR, dos Guardas do Santuário e dos escuteiros, na segurança de todos nós. Manuel Silva “Neca”

D. António Augusto dos Santos Marto entrou para a Diocese a 25 de Junho de 2006 O Santo Padre Bento XVI escolheu este vosso irmão, "simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor", para bispo da diocese de Leiria-Fá ma. Foi com total surpresa que recebi a nomeação, tendo-me sido comunicado directamente do Va cano que tal era a vontade do Santo Padre. Estava completamente fora de toda a minha previsão, uma vez que apenas há dois anos fui nomeado bispo de Viseu. Agradeço ao Santo Padre a prova de confiança na minha pessoa e testemunho-lhe o meu afecto filial. Como Abraão vou para onde Deus me chama, para vos amar com todo o coração, com a inteligência e o afecto, com a fé e a caridade. Vou pois para junto de vós com muita serenidade, com humildade e alegria, na consciência dos meus limites e na confiança incondicional em Deus, para associar a minha vida à vossa e convosco caminhar na fé ao serviço da alegria do Evangelho, segundo o lema do meu ministério episcopal: "Servidores da vossa alegria" (2 Cor 1, 24). Quero con nuar a realizar este ministério como sempre "com alegria e não gemendo" (Heb 13, 17). 2 -Uma saudação para todos Hoje quero dirigir-vos uma primeira palavra de saudação: Salvé, querida diocese de Leiria-Fá ma! Eu te saúdo com todo o afecto e no amor de Jesus Cristo! Saúdo-vos a todos com as palavras do Apóstolo Paulo aos Romanos: "Desejo ardentemente ver-vos para

vos comunicar algum dom espiritual a fim de que sejais reconfortados, ou melhor, para me reconfortar convosco e entre vós, mediante a fé que temos em comum, vós e eu"(Rom. 1,11). A minha saudação quer entrar em cada casa das aldeias, vilas e cidades da nossa Diocese e chegar a todos aqueles que o Senhor me confiou. Ela quer chegar a cada família, em especial àquelas que vivem qualquer po de dificuldade; exprime-se num simples "olá, amiguito(a)" dirigido a cada criança; manifesta-se como disponibilidade para a escuta e companhia para todos os jovens; toma-se encorajamento e par lha de responsabilidade para os adultos; faz-se veneração afectuosa para os idosos, proximidade a cada doente, amor preferencial a cada pessoa pobre, humilhada ou portadora de deficiência; ressoa como convite respeitoso, discreto e dialogante a todos os homens e mulheres de boa vontade que não par lham a mesma fé. Ninguém é estranho a esta saudação. Ninguém se sinta excluído do amor e do afecto que ela exprime e comunica. Gostaria que todos soubessem que, no amor do Senhor Jesus, amo e procurarei amar até ao fim esta Igreja que Ele me confiou, todos aqueles que a cons tuem e toda a pessoa que vive no seu território. Ninguém estranhará que o bispo reserve uma palavra especial para os seus padres, os seus mais próximos colaboradores, com quem forma um só Presbitério. A todos e a cada um de

vós, pois, meus caríssimos irmãos no único sacerdócio de Cristo, quero manifestar a minha especial es ma e o meu profundo reconhecimento pela fadiga apostólica com que exerceis o vosso ministério. A vós dirijo uma palavra de encorajamento e de confiança no meio dos inevitáveis cansaços e dificuldades. Saúdo também cordialmente, e com toda a deferência, as excelen ssimas autoridades civis, militares, académicas e administra vas, que representam todos os cidadãos do território da Diocese, com o voto de uma leal e generosa colaboração. 3 -Sob a protecção de Nossa Senhora Asseguro-vos que, desde já, estais todos na minha oração. Peço também a todos vós a ajuda da oração e o acolhimento profundo da fé e do coração. Convosco confio a Diocese e a minha missão pastoral à protecção da Virgem Maria e ao seu amor materno, de quem sou profunda e ternamente devoto, tão venerada sob a invocação de Nossa Senhora de Fá ma, Padroeira da Diocese. "A Senhora mais brilhante do que o sol", com a sua mensagem de com-paixão, de consolação e de esperança, convida-nos e convoca-nos à contemplação da Beleza do Amor entranhado e misericordioso de Deus pela humanidade "que anseia por erguer-se do abismo". Por sua intercessão, o Senhor nos conceda uma verdadeira comunhão de pensamento, de olhar, de intenções e de metas. "De resto, irmãos, vivei na alegria, tendei à perfeição, animai-vos mutuamente, tende os mesmos sen mentos, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco" (2Cor. 13,11). A todos abençoo no Senhor com imenso afecto! O vosso irmão bispo, + António Marto

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Jovens Reconhecem Lino Pereira Sr Presidente Esperamos que compreenda Somos Jovens e tesos Só trazemos uma prenda.

Cerca de uma centena de jovens da Freguesia reuniram-se no passado dia 7 de Março no restaurante situado no parque despor vo da União Despor va da Serra. “ Foi uma ideia que surgiu depois do FesGostamos do seu trabalho val do Chícharo” conta um dos organizaPor isso organizamos este jantar dores do jantar. Os Não pense que se vai despedir jovens que organizaEstá na hora de renovar. ram tudo para que fosse surpresa ao Notou-se a diferença convidado de honra. A Terra está a evoluir Lino Pereira, não O que é que você pensa? ficou indiferente e Os Jovens não estão a dormir. agradeceu a todos os presentes um pouco E os chicharos da serra emocionado ao ser Meteram a malta a trabalhar presenteado com tal Depois do famoso torneio evento. Bar Magalhães a bombar. “Temos que valorizar quem trabalha” “Os jovens são o futuro, é neles que devemos Passaram 3 anos apostar” - foram algumas das frases ditas Parece que foram 2 dias por Lino Pereira, aquando dos discursos Venha quem vier após o jantar. O Presidente é o Lino Dias. Os jovens, que lhe ofereceram um símbolo

de reconhecimento pelo que fez na freguesia e todo o dinamismo que envolveu, ques onaram-no com a possível recandidatura a Presidente de Junta, respondeu “Não, não me recandidato”, assumindo projectos pessoais e profissionais como uma prioridade. Lino Pereira, apresentou ainda, Joaquim Pinheiro como o possível candidato à Junta de Freguesia, actual tesoureiro. Joaquim Pinheiro, no exercício da palavra, agradeceu e declinou tal “convite” de Lino Pereira. O jantar terminou em conversas entre Lino Pereira e a maioria dos jovens presentes que aproveitaram a oportunidade para agradecer e trocarem algumas palavras pessoalmente com o presidente.


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CARNAVAL, FOLIA E ALEGRIA PELA Dados e mais dados…. FREGUESIA Retomando a habitual reu-

Tal como em anos anteriores a direcção actual da ASSUL - Ulmeiro, para lá dos festejos propriamente ditos, decidiu realizar um jantar de angariação de fundos, para ajudar na gestão da associação. Sendo o convívio, a camaradagem e a ida das pessoas ao seu salão, outro dos objec vos propostos. Quer na minha opinião, quer na opinião de algumas das pessoas responsáveis pelo evento, foi muito boa esta inicia va. De facto, quer a aderência das pessoas ao jantar, até de ou-

tros lugares da freguesia, quer o número de figurantes, a ngiram números muito significa vos, superiores aos do ano passado. Cerca de 250 comensais e cerca de cinco dezenas de figurantes. Mais uma demonstração do que as pessoas da nossa terra são capazes, quando existe união e amizade pelo que é nosso. Virgílio Gordo

Centro Social Par. Santa Catarina da Serra BRINCAR AO CARNAVAL A 19 Fevereiro, no Salão Paroquial, juntaram-se vários Centros: Santa Catarina, Loureira, Olival, Espite , Matas e Urqueira, Gondemaria, Caxarias, para brincarem ao carnaval. Com os seus idosos mascarados, as ins tuições combinaram trazer lanche, de acordo com o número de utentes que trazia, para par lhar. Com muitos mascarados, imaginação e muita alegria, foi mais um dia diferente e bem passado para todos quantos par ciparam. O Júri atribuiu o 1º, a Santa Catarina e Loureira, pela cria vidade e variedade, o 2.ºfoi entregue ao Olival, pela organização e colorido das

máscaras, o 3.º Prémio foi atribuído a Caxarias pela organização e colorido dos fatos e 4.º lugar, ao Centro da Gondemaria pela apresentação de um peça de teatro com personagens mascaradas. Todos os outros idosos mascarados levaram uma simples recordação. O Centro agradece a par cipação de todos os outros Centros, idosos e funcionários. Só com a boa vontade e entre ajuda é possível par cipar na felicidade dos outros. Como disse, Charles Darwin, O que une uma equipa é quando cada elemento dessa mesma equipa cobre as fraquezas dos outros.

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Associação de Pais da Escola EB Foi com grande entusiasmo que cerca de uma centena de pais e alunos do Agrupamento de Escola para uma desfile de carnaval. Realizado no Pavilhão do Complexo Despor vo da União Despor va da Serra dia 20 de Fevereiro pelas 21h a animação fez-se ao som dos “Os Granizés”.

nião anual nesta altura para dar resposta á pergunta: “De que é que nos vamos mascarar este ano?” A resposta não tardou e a decisão foi unânime, de DADOS. Após o sucesso do passado conseguirem reunir cerca de 150 jovens alusivos aos doces M&M’s , este ano o grupo formou-se com cerca de 120 elementos. Rapidamente colocaram mãos à obra, tecido, esponja, cola e autocolantes

foram as matérias-primas para que se desse forma á ideia. E porque todo o cuidado é pouco, este grupo alugou um autocarro para se deslocarem nas suas saídas para se diver rem e assim puderem estar à vontade no regresso a casa. O primeiro des no foi a discoteca na Marinha Grande, Império Romano, onde conseguiram arrecadar o primeiro prémio no valor de 1000 euros. Após a recuperação de alguns dias, o úl mo des no do grupo foi a discoteca Kayene na Gondemaria. A alegria e a rápida “invasão”

daquele espaço com dados foram notórias, vencendo também na categoria de maior grupo com um prémio de 750 euros.

Ao que este jornal apurou, os jovens estão a ponderar em oferecer parte do valor ganho para uma associação da Freguesia.

Olha, olha, aquele ali O Carnaval da Creche da Loureira ves do de Escuteiro! Quem andou pelas ruas nesta época do Carnaval, cruzou-se provavelmente com alguém mascarado de escuteiro. Pois bem, se fazem de nós brincadeira de carnaval, entramos no espírito e desfilamos também! Assim, no passado dia 21 de Fevereiro, todo o agrupamento desfilou exibindo as suas máscaras. Os mais pequenitos lançaram a ideia e todos a receberam com grande entusiasmo! Este momento de convívio implicou trabalho da parte de todas as secções que se empenharam em conquistar a vitoria, naquele que foi o primeiro concurso de máscaras do 1211. Os lobitos representaram os animais do Livro da Selva - história pela qual é orientada a sua vivência escu sta e as suas ac vidades; os exploradores encarnaram na pele dos seus totens – os animais que escolheram para representar as suas patrulhas; os pioneiros seguiram o exemplo dos explorados - mas como as suas equipas têm nome de gente, vemos o prazer de estar na presença de grandes personalidades como o Papa João Paulo II ou Bob Marley; e os caminheiros, inspirados pela sua mís ca, presentearam o agrupamento com personagens que permi ram uma nova visão sobre os ideias do Homem Novo, das bem-aventuranças e das viagens de São Paulo. Mas qual era afinal o grande prémio atribuído aos vencedores do desfile? Às máscaras vencedoras de cada secção deuse-lhes a oportunidade extraordinária de exibirem a sua cria vidade e originalidade, no grande desfile de máscaras incluído nos festejos carnavalescos de Santa Catarina da Serra. E não fizeram má figura! Uma escuteira atenta

Neste Carnaval decidimos ser amigos do ambiente! De uns sacos de papel da farinha fizemos uns fatos de índios que os pequeninos se orgulharam de pintar. Aprendemos o canto dos índios, pintámo-nos a rigor e lá fomos passear. A visita aos nossos queridos idosos não podia faltar e estávamos tão coloridos, mesmo engraçados…. Depois saímos à rua e juntámo-nos a outros meninos mascarados na Escola EB1 da Loureira. A música convidou-nos a dançar, pulámos e brincámos até fartar. Fica o agradecimento aos donos da Padaria Marques, que nos forneceram o material para os fatos de Carnaval, à Coordenadora da Escola Eb1 da Loureira que nos permi u par cipar na sua festa e aos nossos idosos que tanto nos elogiaram. A Educadora de Infância Eva Domingos

Casa do Povo Como é habitual, organizado por esta associação, o Carnaval realizou-se no salão paroquial no dia de Entrudo. Foram várias dezenas que compareceram e par ciparam no concurso de máscaras com prémios em estabelecimentos comerciais da freguesia. Reinou a alegria e a animação ao som de Isidro Alves.

Associação do Sobral Várias dezenas de populares desta localidade reuniram-se para festejar o Entrudo. Para combater o frio que se fazia sen r, estava a fogueira acesa no exterior. Para os mais pequenos, a alegria de um dia diferente era visível nas suas brincadeiras. Houve concurso de máscaras com prémios para os melhores mascarados.


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Vale Sumo aposta nas novas tecnologias Após o sucesso do primeiro curso de informá ca com o seu término no final do ano de 2008, deu-se inicio ao curso de aperfeiçoamento em competências em tecnologias informá cas. Este curso, ministrado por um formador qualificado por uma en dade formadora, explica que devido ao sucesso do primeiro curso houve bastante interesse em realizar este segundo. O primeiro curso, num total de 100 horas, ensinava a dar

os primeiros passos na informá ca Para o segundo curso de formação, que teve inicio a 12 de Janeiro, foram 12 os formandos que todas as semanas se deslocaram ao Vale Sumo, às instalações da capela adquirir conhecimentos. No programa de formação consta já um próximo curso de cozinha irá começar no próximo dia 12 de Março, já com todas as vagas preenchidas.

Apresentação do Quartel da 6ª Companhia do Sul do Concelho de Leiria Decorreu no passado dia 12 de Fevereiro, a apresentação pública do projecto aos empreiteiros convidados das 4 freguesias intervenientes. Apresentado pelo arquitecto João Neto, o quartel será construído por fases sendo a primeira a construção do quartel e parque de viaturas deixando para depois a construção da torre e o asfaltamento do parque de viaturas. “até á compar cipação do estado nesta obra, ainda há uma batalha burocrá ca

pela frente” disse o comandante Almeida Lopes referindo-se a possíveis apoios financeiros. Trata-se de uma obra específica “num quartel de bombeiros, a sua construção é diferente de qualquer outro edi cio” referindo o arquitecto quanto à complexidade de construção. Este quartel irá servir directamente cerca de 24 mil pessoas. Dos empreiteiros presentes, estes deverão fazer chegar o respec vo orçamento de construção em

carta fechada até 13 de Março e a sua abertura, em reunião aberta, marcada para dia 15 de Março. A adjudicação da obra será preferencialmente a empresas das 4 freguesias.

NOTÍCIAS DOS BOMBEIROS DO SUL DO CONCELHO DE LEIRIA O primeiro Almoço de angariação de fundos de 2009 Decorreu no domingo dia 25 do passado mês de Janeiro no salão da ASSUL no Ulmeiro, o primeiro evento que consta do mapa de ac vidades para este ano. Tal como todos aqueles que se têm realizado anteriormente, os lucros reverterão inteiramente para a tesouraria. A resposta ao pedido feito, para a maior compreensão e ajuda por parte das gentes não só do Ulmeiro, como sobretudo do Ramo de S. Guipub

lherme, não poderia deixar de ter sido a melhor, já que o objec vo inicial dos elementos da direcção do Ramo de S. Guilherme, contemplava a presença de 250, 300 par cipantes. Tendo ficado aquém das 300 pessoas presentes, também é verdade de que, se ultrapassou em cerca de duas dezenas, o número inicial. Assim, agradeço em meu nome e dos meus dedicados companheiros, a todos aqueles que par ciparam e

ajudaram gratuitamente nesta inicia va, que está para além do que ficou delineado aquando da junção das quatro freguesias, dois almoços por ano em cada uma. È evidente de que se houver no futuro, algum dos ramos da nossa freguesia que queira ter semelhante demonstração de solidariedade, será bem-vinda, pois as obras do quartel iniciarse - ão em breve.

reverterão para a asPetroibérica ajuda Bombeiros mos sociação. Foi também feito na semana que antecedeu o almoço no Ulmeiro, um protocolo de cooperação entre a associação e a empresa de combus veis Petroibérica, com vários postos de combus veis na nossa região, par cularmente no Pedrome. A direcção da associação ficou extremamente sensibilizada, não só com a forma como foi recebida pela administração da empresa,

como com o resultado final da reunião, o de alcançar uma ajuda generosa. Não poderia ter sido melhor na nossa opinião. Assim todos os sócios dos bombeiros irão receber, um cartão pessoal da Petroibérica com o qual, quando forem abastecer combus vel aos postos da empresa, terão quatro cên mos de desconto no preço do referido combus vel, onde dois cên-

Mexer com a Idade

O Centro de Dia da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira iniciou em Janeiro de 2009 as Classes de Mobilidade, com o apoio do Município de Leiria. Esta ac vidade, direccionada para esta etapa da vida, é dinamizada por uma fisioterapeuta cuja actuação se

Este protocolo entrará em vigor quando forem distribuídos os respec vos cartões. Tudo está a ser feito para que em breve se faça a distribuição dos cartões respec vos cartões. Dois mil cartões demoram a executar, tendo a direcção optado por fazer a distribuição só quando os cartões estejam todos feitos.

centra na área da geriatria, abrangendo a componente de fisioterapia individual e de classes. As Classes de Mobilidade têm como objec vo melhorar a qualidade de vida dos nossos idosos proporcionando-lhes, ainda, uma forma diferente de convívio, também alcançado

“Gostávamos de concluir a obra até ao final do mandato” Virgílio Gordo

“É uma obra de João Neto afectos”

Terreno dos Cardosos / Construção do Quartel Finalmente depois de alguns meses em que foi preciso esperar mais do que seria desejável para a direcção da associação, foi realizada nos dias 14 e 28 do passado mês de Janeiro a escritura de compra do referido terreno. Está também a decorrer o período de orçamentação de duas fases da obra, cujas propostas terão que ser entregues até ao próximo dia 13. Sendo a sua abertura no Domingo dia 15, em sessão solene, pelas quinze horas no Auditório da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, conforme o es pulado aquando da apresentação do projecto

Almoço a nível da freguesia Ao contrário do que estava es pulado, o primeiro almoço na nossa freguesia vai se realizar no dia 19 do próximo mês de Abril e não no dia 22 deste mês. através do desenvolvimento de outras ac vidades, destacando-se aquela que se relaciona com a costura, pelo facto de obter um reconhecimento de qualidade entre a população. Os Técnicos Superiores de Serviço Social João Margarido e Marta Soares


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SEMANA DA LEITURA

Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra

Rui Matos e Heitor Lourenço na EBI de Santa Catarina da Serra A escola dinamizou entre 2 a 6 de Março mais uma Semana da Leitura, des nada a celebrar e incen var o prazer de ler entre crianças e jovens, em par cular, e entre toda a comunidade educa va, em geral. Os alunos do 2.º e 3.º ciclo realizaram leituras, drama zações, declamação de poesia nas aulas de Língua Portuguesa, no âmbito do projecto A ler é que a gente se entende. Os pais/encarregados de educação foram convidados a assis r e a par cipar com os seus educandos nestas ac vidades, tendo alguns colaborado nesta inicia va, durante o dia. Nas turmas do 7.º ano estas ac vidades realizaram-se à noite, possibilitando, assim a par cipação da maioria dos pais/encarregados de educação. Nesta semana, as crianças do pré-escolar do agrupamento es veram na escola sede tendo visitado a biblioteca e a sala TIC. Realizaram ac vidades sicas e plás cas, sendo recebidos pelas crianças do 1.º e 2.º anos, nas suas salas de aulas, onde ouviram histórias e realizaram jogos. Houve também tempo para uma visita à feira do livro.

Escola desceu à rua para festejar o Carnaval de cada turma. Ao longo da semana, a livraria Americana promoveu a feira do livro, que funcionou no ginásio das 9.00h às 17.00h, sendo visitada por todos os alunos do agrupamento, acompanhados pelos respec vos professores de Língua Portuguesa e educadoras. O ginásio foi também decorado com trabalhos dos alunos do agrupamento no âmbito do PNL. A biblioteca promoveu para os alunos do 2.º e 3.º ciclos o concurso de escrita “O prazer de escrever”, tendo atribuído livros aos alunos Carolina Ba sta, do 8ºA e Jéssica, do 9ºA. Dinamizou também o concurso de desenho e escrita “O retrato do meu avô ou avó”, para os alunos do 1º ciclo, tendo premiado um trabalho por ano, turma de todas as escolas do agrupamento e atribuído diplomas a todos os par cipantes. Foi objec vo desta semana criar na escola um ambiente par cularmente fes vo à volta dos livros, o que foi, de facto, uma inicia va agradável para os alunos, e proporcionou a sua adesão e o desejo de ler mais. A Biblioteca, em parceria com os departamentos/conselhos de docentes e com os pais/encarregados de educação, irá con nuar a promover a leitura, assumindo-a como factor de desenvolvimento individual e de progresso colec vo, procurando criar um ambiente social favorável à sua prá ca.

Foi no dia 20 de Fevereiro que os alunos, educadores e professores dos jardins-de-infância e das escolas do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra festejaram o Carnaval. A alegria transbordante das crianças saiu à rua para dar visibilidade, junto da comunidade alargada, a um trabalho que se desenvolve no quo diano dos estabelecimentos de ensino. Foi uma oportunidade de viver a magia deste festejo, ves ndo a pele de quem não é de todo estranho a quem lhe dá corpo, dando primazia à fantasia, deixando escapar o que não tem tempo de existência durante o resto do ano. Oportunidade também para o convívio e para a par lha porque isto do diver mento não faz sen do sem os outros e a brincadeira é coisa muito séria. Este ano o Carnaval teve como tema os heróis e personagens dos contos para crianças, com a intenção de dar con nuidade e aplicação prá ca ao trabalho de incen vo à leitura e de formação de bons leitores, desenvolvido no âmbito do Plano Nacional de Leitura. Na verdade, a competência da leitura das nossas crianças e o gosto pela leitura tem-se aprofundado e com ela tem-se desenvolvido o reconhecimento e o respeito de traços culturais na nossa sociedade; a abertura, o conhecimento e o respeito pela diversidade cultural com a qual contactamos diariamente, os sen dos crí co e esté co; o gosto pelo maravilhoso num jogo simbólico onde o sonho é possível e o limite não existe. Tudo isto significa que é possível e desejável que se aprenda com trabalho, persistência, empenhamento e esforço, mas também com muita alegria e entusiasmo: alegria pelo trabalho realizado, alegria pelo fruir das tarefas, alegria por termos alguma coisa de importante a revelar aos outros. Duas faces de uma mesma moeda pela formação plena e harmoniosa dos cidadãos que têm o futuro nas mãos. Nazaré Sousa, professora do 1ºCiclo

Rita Agrela, coordenadora da BE/CRE

EBI de Santa Catarina da Serra apadrinhou 5 meninas de S. Tomé O escritor Rui Matos, no dia 3 de Março, durante a manhã, visitou a escola e promoveu duas sessões com alunos do 2.º e 3.º ciclos, apresentando as suas obras, as suas vivências, experiências e emoções rela vas ao acto da escrita. Os alunos puderam também interagir com o nosso convidado, colocando-lhe questões. A sessão terminou com um jogo de adivinhas, proposto pelo escritor, seguida da entrega de prémios do concurso de escrita “Mais aventuras de Rafa”, promovido nas aulas de Língua Portuguesa de 7.ºano. Rui Matos entregou livros autografados aos alunos premiados: Ana Filipa Vieira, do 7.ºB, e João Dias, do 7.ºA. Para os mais pequenos, foi convidado o escritor e ar sta de televisão Heitor Lourenço, que fez as delícias dos alunos do 1º ciclo de todo o agrupamento, pois conseguiu criar um ambiente mágico à volta da história “Pincel Mágico”. Os alunos colocaram questões ao escritor e no final a representante da Plátano Editora deixou um desafio aos alunos: um concurso de desenho subordinado ao tema “Se eu vesse um pincel”. Serão premiados os três melhores desenhos

A EBI de Santa Catarina da Serra foi a primeira ins tuição portuguesa a aderir ao projecto “Uma Ponte de Esperança – Padrinhos de S. Tomé”. Até ao momento apenas eram padrinhos destas crianças pessoas individuais. São apadrinhadas 5 crianças, da 5.ª Classe, que estudam no Centro Teresiano de Angolares, um internato de meninas ao cuidado das Irmãs Teresianas. Estas religiosas católicas são professoras na escola da vila de S. João de Angolares e promovem e acompanham a formação das crianças originárias de roças (grandes propriedades agrícolas) distantes dos locais onde podem estudar. As crianças ficam em Angolares até à 8.ª Classe, transitando, em seguida, para o Lar

Fábia - 10 anos 5 irmãos

Flora - 12 anos 4 irmãos

que as Irmãs têm na capital de S. Tomé, se quiserem prosseguir os estudos. Perdem a oportunidade de con nuarem a ser apadrinhadas se reprovarem 2 vezes na mesma classe, para incen var um maior inves mento na sua própria formação, único meio de combater o subdesenvolvimento e a pobreza. As turmas de cada ano lec vo da Escola Sede, da EBI de Santa Catarina da Serra, apoiarão uma criança, contribuindo com 10 euros mensais para a sua educação. Os alunos e suas famílias apoiarão com pequeníssimas contribuições voluntárias, mas que para quem as receberá terão um valor muito significa vo. A cada aluno caberão apenas cerca de 20 cên mos mensais, se todos colaborarem. O dinheiro é gerido

Jéssica - 10 anos Ilsa - 14 anos Virgínia - 12 anos Família desconh. 4 irmãos 5 irmãos

pelas Irmãs do Centro Teresiano de Angolares, o que garante que será bem usado na ajuda à formação das meninas. As crianças apadrinhadas pertencem a famílias pobres e numerosas, cujos pais estão geralmente desempregados. Além do apoio económico, os alunos do 5.º ao 9.º anos farão intercâmbio de correspondência com estas meninas santomenses. Mas as comunicações serão di ceis. As, as Irmãs, para recolher a correspondência, têm de se deslocar à capital por estrada, que está em muito mau estado. O dinheiro chegará a S. Tomé através da Caritas Diocesana, de Setúbal, que coordena o projecto em colaboração com o Bispo de S. Tomé e Príncipe, D. Manuel António dos Santos. Na EBI, este projecto é coordenado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas e dinamizado pelos professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica: o Pe. Mário Verdasca e o Dr. Nuno Oliveira.


LUZ DA SERRA

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Informação Despor va

Incompa bilidades levam à demissão do Presidente do G.D.R.S. Guilherme Incompa bilidades com a actual direcção e membros do clube levaram Aníbal Roque a demi r-se do cargo de Presidente. Exercendo este cargo desde Agosto de 2008, Aníbal Roque afirma não ter condições para con nuar no clube. Em causa, alguns atrasos no financiamento de verbas, a falta de consenso entre a direcção e a falta de comparência para

as reuniões são mo vos para que Aníbal Roque abandone a direcção e toda a ligação que mantém com o clube. Recorde-se que actualmente este clube conta com uma equipa no campeonato distrital de juniores 1ª divisão.

Miguel Marques

Por Marco Santos

O tempo passa, as gerações mudam e os clubes adaptam-se. O UDS não é excepção e nos úl mos anos, em especial nos úl mos três (3), tem desenvolvido um trabalho progressivo visando maior rigor, consistência e qualidade na sua metodologia, com um espírito a que chamo de “profissionalismo amador”. Inicialmente o Clube era visto, pela maioria das pessoas, como uma ac vidade para ocupar os tempos livres (OTL); A actualidade não nos permite con nuar com esta visão. Se queremos ter uma equipa compe va no escalão sénior, com produto da formação (é essa a mo vação, o grande objec vo por parte das equipas técnicas da formação) teremos de trabalhar no sen do de fortalecer os nossos atletas e transmi r uma maior qualidade e compe vidade às equipas mais jovens, nomeadamente infan s sub-13, iniciados, juvenis e juniores, interligado com a formação académica e a educação. Contudo, e por várias razões, geralmente só um máximo de três (3) jogadores tem condições para transitar dos juniores para os seniores.

Neste úl mo mês terminaram as primeiras fases de compe ção dos escalões mais jovens e iniciaram-se os respec vos segundos campeonatos/torneios. Não sendo o resultado, para os escalões mais baixos, o mais importante, o certo é que têm vindo a apresentar efeitos posi vos, o trabalho desenvolvido com os atletas. Sem especificar a performance de cada escalão, gostaria de mencionar, par cularmente, o desempenho dos Escolinhas que tem vindo a efectuar uma campanha magnífica procurando assimilar as bases da modalidade de forma eficaz e os Infan s Sub-13 que, apesar de não terem passado à 2ª fase do Campeonato Distrital, ocupam o 1º lugar no torneio de encerramento mostrando o forte potencial que apresentam os seus jogadores, assim como demonstram todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos anteriores. Gostaria de terminar com uma nota de agradecimento aos pais, familiares e amigos que têm “perdido” o seu tempo acompanhando os nossos jovens jogadores durante os seus jogos. Certamente ficaram a ganhar…

ANA OLIVEIRA COM MELHOR MARCA NACIONAL DO ANO COM 1,60 NO SALTO EM ALTURA E RECORDE DISTRITAL DE SANTARÉM Ana Oliveira, natural da Loureira e inscrita no GAF – Grupo de Atle smo de Fá ma, iniciada de 1ª época, passou 1,60 metros no salto em altura e bateu o seu recorde pessoal, sendo também a melhor marca nacional do ano num Torneio disputado em Pombal no dia 6 de Fevereiro de 2009. Esta marca passa a ser recorde distrital de Iniciadas e Juvenis. Esta atleta venceu também os 60 barreiras iniciadas com 10.54.


LUZ DA SERRA

MARÇO

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2009

Seniores da União da Serra, garantem permanência na 2ª Divisão Nacional

Seis jovens santacatarinenses, ex. União da Serra, brilham no Vilarense Por ordem de entrada no popular clube de Vilar dos Prazeres, Humberto Gordo (Paxila), 25 anos; Jason Vieira, 19; Ricardo Delgado, 23; Valter Vieira, 22 e Fábio Ribeiro, 22; acompanhados por Emanuel, 24; também ele passando pelas camadas jovens unionistas, estão a elevar bem alto o nome da UDS e de Sta. Catarina da Serra. De salientar ainda o jovem treinador Bruno Neto, 32 anos, também ele um dos grandes jogadores que ves u a camisola serrana durante várias épocas, depois de também ter passado pelo Despor vo de Fá ma, a realizar excelente trabalho em Vilar dos Prazeres. Já na época passada, eram três, os Santacatarinenses, Humberto, Dércio Ribeiro e Márcio Neto Santos e ainda Nuno (Tordo), que também passou por uma das melhores equipas de juniores da Serra, tendo o Márcio abandonado o futebol e Dércio e Nuno, trocado o Vilarense pelo Ouriense esta época. Despor vamente, se a época passada ficou algo distante rela vamente às expecta vas cridas no início do campeonato, esta época tudo se alterou para melhor. Com o handicap de ter realizado um primeira volta, algo irregular, tendo a equipa caído para um lugar abaixo do objec vo principal, ficar nos seis primeiros e discu r se possível, uma hipoté ca subida de divisão, a segunda volta foi espectacular. Em 11

Depois de uma primeira fase de um campeonato a todos os tulos notável e merecedor dos maiores elogios e simpa as, o objec vo principal foi alcançado: Ficar nos seis primeiros lugares, permi ndo assim a permanência na mesma divisão na próxima época. E agora? Perguntamos todos nós, desde directores, técnicos, jogadores, sócios, adeptos e simples simpa zantes. Na minha opinião, baseada nos comentários que fiz ao longo da época rela vamente aos jogos em casa, já que apenas me desloquei a Oliveira do Bairro nos jogos fora. Tendo visto pra camente todos os adversários desta fase final com excepção do Operário dos Açores, vai ser uma 2ª fase de se lhe rar o chapéu. Segundo alguns ar gos de opinião que vão surgindo na imprensa nacional e regional, poucas são as equipas que

jornadas, 10 vitórias e apenas um empate, curiosamente em casa e frente a uma das equipas pior classificadas. Acabando por ficar em segundo lugar a sete pontos do Ou-

riquense. E os jovens santacatarinenses brilham porquê? Porque na segunda volta, formaram parte da espinha dorsal da equipa. O jovem Jason na baliza, valor suficiente para vir a ser um guarda-redes melhor do que já é. A defesa direito, Delgado, que todos conhecemos desde o S. Guilherme passando pela UDS, como campeão de juniores do distrito, o primeiro da história do clube nas camadas jovens e também campeão na divisão de honra. No meio do terreno, Humberto tularíssimo até à lesão na penúl ma jornada, também ele campeão na divisão de honra, tendo feito parte de uma das melhores equipas de juniores, primeiro na série e subindo de divisão no mesmo escalão. Também como médio, Valter embora na maior parte da época, não tendo sido tular, acabou o campeonato em grande,

deliberadamente vão lutar por um primeiro lugar que dá acesso a uma hipoté ca subida de divisão, pois haverá ainda uma terceira fase em que estarão envolvidos vencedores doutras séries. O nosso clube do coração, jamais jogou para perder deliberadamente qualquer jogo disputado nestes quase 33 anos de existência. Para além do valor de uma estrutura sólida e bem organizada, desde da equipa técnica, médica e plantel de valorosos jogadores sem excepção, embora num grupo de 20, 22 ou mais jogadores, existe a convicção de que a UDS honrará o seu nome e a nossa freguesia, na segunda fase, que se iniciou já no passado Domingo diante da Pampilhosa. Curiosamente o úl mo adversário da derradeira jornada da 1ª fase.

Força UDS! tendo inclusive marcado golos decisivos e que valeram pontos. Pode inclusive jogar no centro da defesa, como o fazia na tal equipa júnior campeã. Foi ainda campeão da divisão de honra. Fábio um ponta de lança jovem com grande poder de elevação e ao es lo de Liedson por exemplo, pois fez pelo menos um ou dois golos, roubando a bola aos defesas. Finalmente Emanuel. Infelizmente fez a maior parte da época lesionado, pois o seu pé esquerdo faz dele um potencial tular. O treinador também ele jovem, optando por deixar de jogar aos 30 anos, com muito para dar como jogador, a inexperiência como técnico quase o traía. Por sorte, que também se procura, os dirigentes do clube foram exemplares na forma como se deve defender um treinador, pois ele nem sempre é o maior culpado quando os resultados teimam a não acontecer. A prova real aí está com uma segunda volta a todos os tulos notável.


LUZ DA SERRA

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2009

BREVE HISTÓRIA DE VALE MAIOR A localidade de Vale Maior, integrada, hoje, na Freguesia de Santa Catarina da Serra, remonta, historicamente, ao período medieval português, embora, à época, não es vesse povoada. Na realidade, em 1513, no reinado de D. Manuel I (1495-1521), num diploma datado de 26 de Outubro, o Vale Maior, que não nha, ainda, qualquer população, era cons tuído, sobretudo, por matos maninhos, terrenos incultos. O sí o, enquadrado na Paróquia de São Mar nho, de Leiria, sob jurisdição do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, estava repar do, em parte, pela Loureira, através da pessoa de João Fernandes, que aí nha uma propriedade, e pelo Freixial, uma vez que Francisco Anes, filho de Diogo Gil, pretendia aproveitar uns matos maninhos, situados no «Vall Mayor», como, então, se escrevia. O Freixial nha, desde 1399-1431, como refere Saul António Gomes, Historiador, as Ermidas de São Bento e de São Bartolomeu. Em 1592, a aldeia de Freixial foi incorporada na Paróquia de Santa Margarida, Arrabal. No 1.º CensoGeral da População do Reino de Portugal, elaborado em 1527, 7 de Setembro, quando governava D. João III (1521-57), o Vale Maior é referido como sendo um casal. Tinha, à época, com a aldeia de Arrabal, 9 vizinhos, fogos, ou seja, cerca de 27-36 moradores. Com a erecção da Paróquia de Santa Catarina da Serra, em 1549, 22 de Novembro, por D. Brás de Barros, 1.º Prelado de Leiria (1545-53), o Arrabal não foi incluído na nova Freguesia. Contudo, para as centúrias de Quinhentos e Seiscentos, as informações coevas não são abundantes, embora, a par dos edi cios religiosos, ou seja, da Ermida de Santa Teresa, na Chainça, de Santa Marta, na Loureira, de Santa Catarina da Serra, Igreja Matriz, de São Guilherme, Pedrome, e de São Miguel, em Vale do Sumo, desenvolvese uma acentuada componente agro-pastoril, nomeadamente através da cultura do milho e do trigo, que a Paróquia produz ao

longo dos séculos XVII-XVIII e XIX. De destacar que a aldeia de Vale Maior, em 2009, ainda produz milho. Em 1721, durante o reinado de D. João V (1706-50), Brás Raposo da Fonseca, Padre, envia para a Academia Real [da História], a informação de que o Vale Maior, pertencendo à Vintena de Pinheiria, nha, tão-somente, 2 pessoas, facto que parece um número reduzido, pelo que o sacerdote deve estar a referir-se a fogos, ou seja, a uma média de 6-8 habitantes, conferindo à povoação o estatuto de casal. Posteriormente, em 1751, Luís Cardoso, Padre, faz referência às inúmeras fontes existentes na Paróquia, embora nenhuma es vesse provida de propriedades medicinais, pelo que a de Vale Maior, sob pelo nome de Fonte do Peixe, seria, indubitavelmente, uma delas.

1758, as fontes voltam a referir-se Casal de Vale Maior, deduzindo-se, assim, que seria, ainda, um diminuto povoado, na medida em que uma aldeia é sempre maior que um casal. As fontes para o estudo de Vale Maior passam a ser mais frequentes na centúria de Oitocentos, através dos designados Registos Paroquiais, mas cuja an guidade não vai além de 1825, porque os livros não existem. Todavia, como ocorreu com os restantes povoados da Freguesia, o crescimento populacional tornou-se mais rápido a par r da segunda metade da centúria. Este facto exigiu, logicamente, a edificação de novas habitações, cujos ves gios ainda se observam na localidade, assim como o aumento das áreas cul vadas, construindo-se, de igual modo, poços e muros, de forma a

Fig. 1 – Casa histórica localizada na Rua do Casal de Cima, Vale Maior, na posição Norte 39º 40' 57,84'', la tude, Oeste 8º 42' 33,75'', longitude, e 266 metros de al tude. Do lado oposto, encontram-se ves gios arqueológicos do lagar de galgas, azeite. O mesmo religioso salienta, ainda, a existência de três lagoas para o ano citado. De facto, as mesmas estão referidas em documento de 1716, 16 de Janeiro, e são a do Pedrome, a da Loureira e a do Boi, também na Loureira. A que existe no limite de Vale Maior, junto da actual Rua do Casal de Cima, posição Norte 39º 40' 44,67'', la tude, Oeste 8º 42' 29,37'', longitude, e 328 metros de al tude, foi edificada, portanto, numa época posterior, eventualmente no século XIX, quando se detecta, ao nível de toda a Paróquia, um rápido aumento populacional. Ainda na centúria de Setecentos, em

delimitar, com exac dão, o que era património de cada família. Em 1902, exis am, no Vale Maior, 7 homens, de 23-68 anos, 5 carros-de-bois e 1 cavalo. Em 1903, Joaquim de Oliveira Machado, Faus no José Ferreira, Joaquim da Costa, José António, António Francisco Gordo e José dos Santos eram os chefes-de-família da aldeia. No ano de 1922, quando é feita a distribuição das glebas, terrenos publicos, pelo Estado Republicano, através da Junta de Freguesia, as actas não referem atribuição de baldios aos habitantes de Vale Maior, que nham terrenos até ao limite da Pinheiria, no

Bolsa de Emprego Comercial / Marke ng (M/F) Ref:03/09

Vasco Jorge Rosa da Silva Bolseiro da FCT sí o do Castelo, nomeadamente Joaquim e Manuel Francisco Gordo, filhos de António Francisco Gordo, falecido, portanto, antes de 1922. De facto, foi no sí o do Castelo e no de Vale da Pousada, limites da Pinheiria, que os chefes-defamília de Santa Catarina da Serra, da Pinheiria, Pinheiria da Costa e até da Barreiria, ob veram as referidas propriedades públicas. Em 1940, residiam 43 pessoas na aldeia. Durante a centúria de Novecentos, a localidade englobava quatro sí os, Casal de Cima, Casal de Baixo, Vale do Galinha e ainda o Valinho da Barosa. As ac vidades mais significa vas permaneciam, como no passado, arreigadas ao sector agro-pastoril. Em termos de património arqueológico, Vale Maior, que, apesar de pequeno, honra a Freguesia com inúmeros sábios, possui diversas casas edificadas nos anos 30-60 do século XX, cisternas e poços, muros de rocha sobreposta, calcária, a Fonte do Peixe, Norte 39º 40' 48,48'', la tude, Oeste 8º 42' 50,43'', longitude, e 307 metros de al tude, tendo servido as populações de Chainça e de Vale Maior, e a própria lagoa. No sí o do Casal de Cima, onde existe uma habitação histórica, pica (fig.1), encontram-se indícios de um lagar de galgas, movimentadas, à época, por animais. Ficou registado, a 27.8.2008, tal como a alminha dedicada a São Francisco de Assis, de 3.7.1999, na Base Cartográfica GeoReferenciada do Património Histórico-Cultural de Santa Catarina da Serra. Cita-se, ainda, a existência de um parque de merendas, assim como de uma «F(onte) PUBLICA / INAUGURADA / A / 09-06-2002».

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LUZ DA SERRA

MARÇO

15

2009

Sopa de Letras

Encontre todas as seguintes palavras em todas as direcções no quadro abaixo.

PAULA CARLA ANA

PATRICIA CLAUDIO PEDRO

ANTONIO

ilustrações: HFA

FRANCISCA GUILHERME JOANA

Dois velhinhos conversam num asilo: - António, eu tenho 83 anos e estou cheio de dores e problemas. Você deve ter mais ou menos a minha idade. Como é que você se sente? - Como um recém-nascido. - Como um recém-nascido?! - É. Sem cabelo, sem dentes e acho que acabei de mijar nas calças. ***

Março 14 - Ruizinho de Penacova actua no complexo despor vo da UDS ás 21h 15 – Rancho Folclórico de S. Guilherme – Almoço no Salão da Magueigia, 12h30 - Inscrições junto dos elementos do Rancho. Ementa: Sopa, Carneiro/carne estufada, sobremesa e bebidas. 19 - EBI - Dia do Pai - Vinda dos Pais à Escola

29 - Associação de Caçadores da Serra - Festa do Agricultor no

O marido chega a cas embriagado e a mulher diz-lhe: -Eu aqui doente e tu a beber desalmadamente! -Ó mulher! Es ve a beber à tua saúde!... ***

Salão Paroquial pelas 15h 29 - Casa do povo - Passeio Pedestre na Serra de Aire e Candeeiros Inscrições: 916083714; 938352577 ou em www.vivavoz.eu

-Sabes do João? -Sei. Está internado no hospital. -Então, mas ainda ontem à noite o vi a dançar com uma rapariga!... -Pois! Mas a mulher também o viu...

Abril 4 - Ass. Caçadores da Serra - Abertura do Campo de Tiro 7 – Cube Aut. An gos de Santa Cat. Serra - Jantar de aniversário

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MARÇO

LUZ DA SERRA

úl ma Este mês fomos ao encontro da Maria João, actualmente a residir na Gândara dos Olivais, Leiria. Casada, mãe e que a conhece, conhecia das ac vidades ligadas à Casa do Povo e à música.

cantava. Mesmo assim ve rasgados elogios, era pequena e deram-me o desconto. Fui a mais nova durante alguns anitos. Em quase toda a minha vida convivi com pessoas mais velhas que eu, e não me arrependo. Depois seguiram se outros mais novos. Com meia dúzia de explicações comecei a tocar órgão. Ficámos sem organista e alguém nha de aprender ….. ia para a Igreja aos Sábados e Domingos à tarde treinar … não havia órgão em casa. Só anos mais tarde é que fui estudar música. Depois disso andei 12 anos no Rancho Folclórico da nossa terra, fundei o coro infan l da Associação Casa do Povo que anos mais tarde deu origem a outro: o coro juvenil ( o actual “Viva Voz”). Foi uma experiência fantás ca que jamais esquecerei. Marcou-me Luz da Serra ( LS ) - Como foi a tua infância profundamente, e aquando a doença e morte da minha filha, o coro estava no seu e juventude em Santa Catarina da Serra? Maria João ( MJ ) - Nasci em Leiria, vivi até auge. Foi o coro que fez que não perdesse a até aos 27 setes anos em Santa Catarina da minha sanidade mental, porque foi tudo Serra, mais propriamente na Pinheiria da muito complicado. Desinteressei-me um Costa, depois voltei para Leiria …. Até hoje. pouco da vida e do trabalho … mas a música e aquelas crianças e jovens man veramLS - Conte-nos um pouco do seu percurso me viva. Mais tarde fundei o PIM (Projecto escolar desde a infância até à úl ma etapa de Intervenção Musical) e que ainda hoje existe, está bem de saúde e recomenda-se. dos teus estudos. MJ - Como calcula, no meu tempo não havia Comecei sozinha, passei depois a trazer propré. Entrei para a escola primária e fui sem- fessores, colegas com quem estudei música pre boa aluna. Ainda me lembro das minhas e o PIM desenvolveu bastante. Tudo isto fez professoras e recordo o dia dos seus aniver- de mim uma pessoa nova, não digo melhor, mas pelo menos deixei de sários. Adorava-as. Não ser a menina mida e en nha muitos amigos na es“Foi o coro que fez vergonhada e passei e movicola (não sei bem porquê), mentar-me melhor e sem que não perdesse a então as professoras eram complexos. Se não vesse os meus ídolos. Mais tarde minha sanidade do este percurso talvez frequentei a par r do 5º ano mental” ainda fosse um “bicho do inclusive, o Colégio Sagrado mato”. Coração de Maria, em Fá ma. Gostei do ensino, fiz amigos novos e adorei aquele ambiente. Quando entrei LS - O que a fez ter que residir fora da frepara o 10º ano fui para o CEF… outra vez guesia e o que faz actualmente? MJ - Deixei de viver em Santa Catarina novos amigos e novos ritmos de vida. Concluído o 12º ano, regressei ao Colégio quando casei em 1995. Profissionalmente onde estudei para trabalhar um ano e meio, sou funcionária dos Registos e do Notamas abriram-se outros caminhos profissio- riado. Entrei em 1989, mas para a idade da nais e fui estudar música e simultaneamente reforma ainda falta uma eternidade. Será trabalhar para Leiria. Actualmente vou a Fá- que chego lá? ma meia dúzia de vezes por ano. LS - Na sua vida profissional há algum moLS - Considera que toda a sua par cipação mento especial de que recorde? nos eventos culturais foi constru va para a MJ - Na minha vida profissional, já se passou um pouco de tudo, muito embora o si o sua vida profissional e pessoal? MJ - Aos 10 anos de idade comecei a cantar não dá para grandes peripécias,. Lembrono coro da Igreja e ainda me lembro do meu me de que logo no inicio da minha vida proprimeiro solo ….. faltou-me o ar enquanto fissional, atendi um jovem utente que um

belo dia deixou debaixo da porta da repar ção um envelope com um bilhete onde dizia que queria conhecer pessoalmente a menina de olhos escuros, cabelo preto, canhota e que usava um anel com uma pedra vermelha na mão direita, mas não sabia o meu nome. Os colegas olharam todos para mim. O convite era para mim, mas eu teria que deixar um sinal junto da janela. Esse sinal iria significar que estaria interessada no encontro. Não deixei o sinal! Se calhar deixei escapar um bom par do (risos). Mais uma vez ve medo e midez. Miguel Marques

Nome: Maria João Ferreira Carvalho e Oliveira Idade: 40 Naturalidade Pinheiria

Rápidas

Ao encontro de... Maria João

2009

Um País... Já es ve em Espanha, França, Mónaco e na Itália ….. países fantás cos, mas o meu país de eleição é mesmo Portugal. Ainda existem sí os em Portugal que me surpreendem. Não sou muito dada ao “desconhecido”. Gosto de entender as pessoas. Há sí os que ainda não conheço e quando vou a algum onde já es ve, acabo sempre por ter uma sensação nova. Gosto de andar por cá! pub

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