M E N S Á R IO DE S A N TA C ATA R IN A DA S E R R A - SE TE MBRO 2015 - 1€ PRE Ç O DE C APA
A dor de perder uma Mãe
Miguel Marques
Eu sabia que esse dia tremendo e glorioso ia chegar e quase o adivinhava, pois sentia que o conteúdo da candeia da vida estava a esgotar-se. Dia tremendo de dor para quem perde um pouco de si na mãe que toda a vida não fez mais que Amar aqueles que gerou para a vida e para a fé. Dia glorioso pois o pavio da vida apaga-se para que Deus cumpra a promessa de oferecer a coroa de justiça àqueles que o amam. A cruz da mãe terminou, tudo está agora em paz, não fosse a saudade tremenda que enche a alma de dor. Agora quem vai olhar com esses olhos, já sem visão mas com aquela ternura, profunda de quem tudo penetra e entende. Há mães que partem ainda novas, outras que nem sequer receberam o filho em seus braços, e outras, que de tão vividas, se tornam nossas filhas, necessitando de nosso tão merecido amparo. Eu tive a graça de poder sentir o seu calor por toda a vida e ainda não entendi bem como é não ter mãe, porque sinto que continuo a ter mãe, mais longe dos olhos, mais perto da alma, no Céu, no coração. Não entendo este mistério de orfandade não fosse os olhos cheios de lágrimas junto à cadeira dos seus 89 anos ou ao leito da sua entrega total às mãos do Pai. Coração de mãe não devia parar nunca. Isto diz-me a mente onde sinto ainda o tiritar da sua voz amada, nas palavras de conforto. Se o coração da mãe parou, então há palavras e gestos de ternura que são eternos na alma que assim foi e é amada incondicionalmente por ela. continua na pág. 3
Agosto, foi um mês para celebrar a fé e viver a partilha
Festas na Freguesia Pág.09
Jogos com fronteiras Pág. 10
UDS: Entrevistas Pág. 13
“Amar não é apoderar-se do outro para completar-se, mas sim dar-se ao outro para completá-lo” (J.Lima)
DR
Pensamento do mês
25ºAniversário da Associação da Loureira Pág. 08
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