Tecnologia Estudantes criam aplicação para controlar

Estudantes do secundário criam app que analisa a lotação de praias

Aplicação “SandSpace” foi desenvolvida por estudantes da Escola Secundária Serafim Leite, em São João da Madeira, e analisa a ocupação do areal de 580 praias.

Demorou apenas quatro dias o desenvolvimento da aplicação “SandSpace”. A aplicação criada por quatro estu dantes da Escola Secundária Serafim Leite tem como o objetivo “facilitar as

decisões do utilizador”, indicando os

níveis de ocupação do areal. As 580 praias incluídas são praias oceâ nicas e fluviais de Portugal continental, Madeira e Açores, sendo que serão os contributos dos utilizadores da aplica ção que indicarão à app a ocupação do areal. Como tal, os estudantes finalistas do curso profissional de Programação Bruno Dylan, Diogo Resende, Jorge Correia e Nuno Castro trabalharam os parâmetros de 580 praias nacionais.

“Na base de tudo está o trabalho de pesquisa e georreferenciação de todas as praias marítimas e fluviais do país, com nome, localização por concelho e distrito, indicação de latitude e longitude, temperatura e velocidade

do vento”, explicou à Agência Lusa a professora Fátima Pais, coordenadora deste trabalho.

O semáforo balnear

O Governo já avançou que o acesso às praias estará sujeito à indicação de um semáforo. A aplicação “SandSpa ce” pretende recorrer a uma solução semelhante: o verde é sinónimo de

pouca densidade, o amarelo indica um número considerável de banhistas, enquanto o vermelho informa que foi atingida a lotação limite.

Será a média da ocupação dos últimos 120 minutos que será transmitida na “SandSpace”, sendo também exibido o número de utilizadores que contribuiu para essa mesma média. Por outro

lado, será disponibilizada a infor mação sobre a evolução da própria ocupação, para uma leitura mais aprofundada dos dados.

Durante a apresentação da aplicação, um dos estudantes envolvidos, Tomás Toscano, explica o funcionamento da tecnologia-base, deixando uma garantia: “Com a SandSpace poderás

ter férias mais seguras e tranquilas. E poderás contribuir para que outros também o possam fazer”.

Podes sacar a aplicação “SandSpace” aqui.

De acordo com a Lusa, a “SandSpace” foi avaliada pela Google que, durante a pandemia de Covid-19, requer a validação de todas as apps para garantir que não são violados direitos individuais, nomeadamente no que diz respeito à proteção de dados pes soais. A aplicação já está, entretanto,

disponível na Google Play.

Onde podes “ousar saber”

“Eu Vou Mudar o Mundo” é o slogan do ISPA – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida. Esta instituição de ensino, situada em pleno coração histórico de Lisboa, num dos seus bairros mais caraterísticos, proporciona um ambiente singular, onde a história se concilia com a modernidade e a tradição com a inovação.

No ISPA, os estudantes encontram investigação de ponta e um ensino reconhecido nas áreas das ciências do comportamento e da vida, os melhores recursos e laboratórios de suporte ao processo ensino-aprendizagem e às atividades de I&D, um centro de doc umentação de referência nacional, um corpo docente residente e qualificado, e uma rede de parcerias nacionais e internacionais com relevantes institu ições universitárias e da sociedade civil dos mais diversos espaços geográficos. Estudar no ISPA é uma experiência singular e marcante que dá sentido ao conceito ISPIANO frequentemente utilizado, com orgulho, por muitos membros da sua vasta comunidade de diplomados (alumni).

Referência nacional e internacional

A formação em Psicologia do ISPA é uma referência a nível nacional e internacional. Com mais de meio século de experiência no ensino das ciências psicológicas – foi a primeira universi dade em Portugal a lecionar este curso – o instituto oferece cinco vias distintas dentro da Psicologia, a tal ciência que estuda os fenómenos mentais e comportamentais, tendo em vista a compreensão da natureza humana e a implementação de estratégias que levem a melhores níveis de desenvolvi mento e bem-estar psicológico. Psicologia Clínica, Psicologia Social e das Organizações, Psicologia Educacional, Psicologia da Saúde e Psicologia Comunitária são os ramos de especialização ao dispor de quem se propõe ingressar no ISPA. Nas áreas da Psicologia, o modelo implementado é o de ciclo de estudos integrado condu cente ao grau de mestre (mestrado integrado), com uma duração de dez semestres, 300 Créditos ECTS. O ISPA tem em funcionamento 4 primeiros ciclos (licenciaturas), 1 mestrado integrado (com três espe cializações: nas áreas de Psicologia Clínica, Educacional e Social e das Organizações), 4 segundos ciclos (me strados) e 2 terceiros ciclos (programas doutorais). Oferece ainda um vasto conjunto de cursos de especialização e de estudos avançados, bem como diversos outros cursos na área da Educação Contínua, constantes de um catálogo próprio, bem como cursos de verão. Desenvolvimento Comunitário, Psicologia-Ciências Psicológicas, Educação Básica e Biologia são as licenciaturas propostas.

Vertente de Biologia

Em 2009, o ISPA alargou a sua oferta formativa a outras áreas do conheci mento para além da Psicologia, com particular destaque das ciências da

vida. Foi nesse contexto que surgiram o Centro de Biociências do ISPA e, em 2010, a Licenciatura em Biologia. Em 2013, começou a funcionar o Mestrado em Biologia Marinha e Conservação e, dois anos depois, a primeira licenciatu

www.ispa.pt

Para mais informações: candidaturas@ispa.pt | t: 808 10 17 17

ra em Bioinformática em Portugal. Sendo a influência da Biologia nas sociedades contemporâneas cada vez mais presente em múltiplas vertentes, a aquisição de conhecimentos teóricos sólidos antes de uma eventual espe cialização é central para a formação dos biólogos. O plano de estudos do curso de Biologia do ISPA reflete essa preocupação fornecendo um vasto enquadramento teórico nas principais áreas da Biologia. Porém, dá igualmente ênfase à importância da aplicação desses conhecimentos, apresentando desde o primeiro ano unidades curriculares de Iniciação à Investigação Científica. A recente avaliação externa, realizada em 2016, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) à licenciatura em Biologia do ISPA reconheceu a qualidade deste ciclo de estudos destacando, em particular, que o corpo docente inclui investigadores de reconhecido mérito nacional e internacional, a licenciatura é apoiada por um grande centro de investigação (MARE), avaliado como Excelente pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e as metodologias de ensino utilizadas facilitam a participação dos estudantes em atividades científicas. No ISPA, os alunos da área da Biologia acompanham com frequência os pro fessores e investigadores em saídas de campo, algo diferenciador da restante oferta formativa homóloga existente no mercado. Outra mais-valia é a possibilidade de integrar projetos de investigação/ intervenção desde os primeiros anos da licenciatura, através de protocolos com universidades, empresas, ONGs e organismos públicos, e a promoção regular de conferências, congressos e workshops na área da Biologia. Não é, portanto, à toa que a insígnia do ISPA leva a divisa “Sapere Aude” (Ousar saber).

O impacto do Politécnico de Setúbal em

A sustentabilidade ambiental e social é vista como uma prioridade pelo Politécnico de Setúbal. Descobre 5 das formas como o IPS está a fazer a diferença.

#1 Comunidade para uma Vida Saudável

Com o objetivo de promover, simultaneamente, a atividade física e a coesão social, um grupo de estudantes da licenciatura em Desporto do IPS criou o “Comunidade para uma Vida Saudável”. Este projeto de voluntariado combate o isolamento social de idosos em bairros carenciados, através da realização de ações desportivas como caminhadas.

“Recorremos à promoção da atividade física para alterar comportamentos e reduzir o isolamento social que afeta

a qualidade de vida”, explicam os fundadores do projeto que recebeu, em 2019, o Prémio de Voluntariado Universitário, atribuído pelo Santander Universidades.

#2 Atribuição de Bandeira-Verde Eco-Escolas

Durante o ano letivo 2018/2019, o Politécnico de Setúbal inscreveu as suas cinco escolas superiores no programa Eco-Escolas. Em outubro de 2019, as cinco unidades de ensino do IPS seriam distinguidas com galardões Bandeira - -Verde como forma de reconhecimento

“das práticas sustentáveis envolvendo

a comunidade académica e local”, destaca o programa, no seu site. A atri buição desta distinção pressupõe, por exemplo, a realização de uma auditoria ambiental, a construção de um plano de ação, a integração de atividades Eco-Escolas nos planos curriculares e o envolvimento da comunidade académi ca e local.

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O impacto do Politécnico de Setúbal em 5 projetos

#3 Remoção de Lixo do Sado

Todos os anos, o Politécnico de Setúbal inclui uma ação de limpeza das margens do Estuário do Sado no programa de integração dos novos estudantes. A operação é vista como “uma praxe diferente” pelo IPS e pela sua associação académica, estimulando o trabalho cooperativo e o conheci mento mútuo de todos os estudantes, enquanto é oferecida a oportunidade de fazer a diferença. Em setembro de

2019, a ação recolheu, ao longo de um dia, perto de duas toneladas e meia de

lixo, contando com a participação de um total de 600 estudantes. Esta ação conta com a parceria da cooperativa Ocean Alive e com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal e da Junta de Freguesia do Sado.

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#4 Apoio a banhistas com mobilidade reduzida

Desde 2018, os estudantes do IPS apoiam pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida a aceder às praias, no âmbito do projeto “All and One”. As tarefas dos estudantes vão da disponibi lização de equipamentos (como cadeiras anfíbias que facilitam o acesso à água e sinalética) ao apoio assistido durante o banho de mar, passando pela realização de atividades de lazer. Em 2019, foi

duplicado o número de estudantes do IPS que participaram, sendo estes alunos das licenciaturas em Desporto, Fisioterapia e Animação e Intervenção

Sociocultural. Este projeto conta com a parceria da Câmara Municipal de Sesimbra. Em 2020, alarga-se a parceria à Câmara Municipal de Setúbal.

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#5 Combate à pandemia de Covid-19

O combate do IPS às consequências da pandemia do novo coronavírus fez-se em várias frentes. Desde cedo, foi criada uma equipa multidisciplinar para apoiar a comunidade, com a produção de milhares de litros de álcool gel e viseiras de proteção, com recurso a impressoras 3D contando com a parceria da Casa Ermelinda Freitas e da Lauak. Por outro lado, procurando apoiar os estudan tes afetados economicamente pela Covid-19, o IPS criou o “Unidos@IPS” – um programa de auxílio de emergên cia suportado por receitas próprias e donativos de empresas. Destaque

ainda para a Associação Académica do IPS que viu o seu projeto “Estudar

Sem Barreiras” (que garantiu acesso à Internet a 25 estudantes) receber o Prémio Santander Uni Covid-19.

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Entrevista a Carlos Mata, pró-presidente do IPS para a Responsabilidade Social

«Temos uma comunidade atenta e preocupada com a sustentabilidade»

O pró-presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) para a Responsabilidade Social, Carlos Mata, explica a visão do IPS para a criação de um campus sustentável, detalhando alguns dos projetos realizados pela comunidade académica.

Quais são algumas das parcerias do IPS com maior impacto na área da responsabilidade social e sustentabilidade?

Começo por destacar o projeto All and One, que está a decorrer nas praias de Sesimbra, desde 2018, durante a época balnear. Este projeto apoia utentes portadores de defi ciência ou com mobilidade reduzida no acesso às praias, contando com a participação dos estudantes das áreas de Desporto, Fisioterapia, En fermagem e Animação e Intervenção Sociocultural. Por outro lado, dina mizamos várias atividades de âmbito ambiental, nomeadamente a recolha de resíduos ou concursos de fotogra fia. Destaco ainda as ações com as juntas de freguesia e as escolas do 1.º ciclo da região, na área do teatro, bem como os projetos dirigidos a crianças e jovens de comunidades socialmente vulneráveis, como é o caso do TASSE.

Referiu o envolvimento dos estudantes do IPS nestas atividades. O que pode ganhar um estudante com esta participação?

Estas ações levam, desde logo, ao desenvolvimento de muitas soft skills.

Aliança ODS Portugal

O pró-presidente do IPS Carlos Mata é Embaixador da Aliança ODS Portugal, uma iniciativa das Nações Unidas que pretende apoiar e organizar o contributo do setor empresarial para a realização dos 17 Objetivos de Desen volvimento Sustentável (ODS). Estas metas procuram acabar com a pobreza, combater a desigualdade e a injustiça e proteger o planeta, até 2030. Há casos de ações, como a participa ção na recolha de alimentos do Banco Alimentar, que desenvolvem compe tências de relacionamento interpessoal, por exemplo. Já no caso do programa Praia Acessível, a necessidade de

Rede RSO PT

O Politécnico de Setúbal faz parte da Rede Portuguesa de Responsabilidade Social das Organizações (RSO PT), uma estrutura que agrupa instituições de referência no mundo empresarial e sociedade civil portuguesa, com o objetivo de promover a responsabilida de social dentro das organizações.

lidar com as especificidades de cada caso levam ao desenvolvimento da flexibilidade cognitiva. Por outro lado, são desenvolvidas também compe tências técnicas, ao serem realizadas atividades características de cada área

No IPS orgulhamo-nos com o facto de todas as nossas Escolas possuirem a bandeira verde Eco- -Escolas.

de formação. Tudo isto terá um efeito positivo no mercado de trabalho, uma vez que os empregadores valorizam muito as experiências de voluntariado.

O IPS define como missão essencial o desenvolvimento de um “campus sustentável”. O que é que isto significa?

É uma ambição grande. Queremos reduzir a pegada ambiental da comu nidade IPS. Recentemente, realizámos uma auditoria e as respostas que obti vemos – de docentes, não docentes e estudantes – demonstram que temos uma comunidade atenta e preocupada com a sustentabilidade. Nesse trabalho, integrado no processo de candidatura ao programa Eco-Escolas, foram apon tados aspetos a melhorar nos campi que levaram à implementação de várias medidas como, por exemplo, a aqui sição de mais ecopontos e dispensadores de água, a criação de espaços para estacionamento de bicicletas e a plantação de mais árvores nos vários campus IPS.

Carta para a Diversidade

O IPS é uma das organizações que assinou a Carta Portuguesa para a Diversidade. Esta é uma iniciativa da União Europeia que procura, desde 2017, encorajar os empregadores a implementar e desenvolver políticas e práticas internas de promoção de diversidade.

Que outras medidas são prioritárias para o IPS?

Boa parte da comunidade que respondeu ao inquérito sugeriu a criação de uma plataforma de boleias, para reduzir o fluxo de carros a circular no campus e, consequentemente, o impacto das emissões de carbono. Essa é uma das medidas a ser desenvolvida por estudantes e docentes, juntamente com uma empresa associada. Por outro lado, a criação de uma plataforma de voluntariado e, em paralelo, a oferta de formação nesta área, será outra das áreas a desenvolver. Por fim, vamos criar uma comissão de sustentabilida de, composta por representantes das várias escolas superiores do IPS, da administração dos Serviços de Ação Social e da Associação Académica (AAIPS).

A candidatura que referiu resultou na atribuição da bandeira verde Eco-Escolas às cinco escolas superiores do IPS. O que é este galardão significa?

São poucas as instituições de ensino superior cuja totalidade das escolas já possui a bandeira verde Eco-Escolas. Por isso, é um grande orgulho para nós. Até ao final de 2020, queremos ser um “EcoCampus”. De certa forma, fomos pioneiros, ao integrar no acolhimento de novos estudantes atividades como a limpeza das margens do estuário do Sado, em parceria com o projeto Ocean Alive. Tendo em conta o eco que teve na comunicação social, em 2018, esta ação abriu um caminho e a prova disso é que, na abertura deste ano letivo, várias instituições de ensino superior promoveram iniciativas semelhantes.

Vejo um politécnico que, daqui a uma década, orienta toda a sua atividade em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Como projeta o IPS daqui a uma década, em matéria de sustentabilidade?

Vejo um politécnico que orienta toda a sua atividade em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ver caixa). Ou seja, um politécnico a diminuir o número de resíduos, com progressiva eliminação do plástico, com menos veículos individuais a circular nos seus campi, e que faz uso de bicicletas, transportes públicos e de uma plataforma de boleias. Vejo também um politécnico com melhor desempenho ao nível da eficiência energética e que realiza a monitoriza ção de todo o impacto ambiental da sua comunidade académica. Necessa riamente, projeto ainda um politécnico com diversos projetos de voluntariado em curso, dinamizados e geridos por estudantes.