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Escolas A atualidade do ensino em Portugal
Unicef quer que alunos sejam ouvidos sobre o regresso às aulas
A opinião dos alunos deve ser tida em conta no planeamento do regresso às aulas. A opinião foi partilhada pela diretora executiva da Unicef Portugal, Beatriz Imperaroti, no âmbito do Dia Mundial da Criança, que defendeu ainda que os estudantes deverão partilhar a experiência que tiveram durante as aulas a distância.
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“Depois destes meses de confinamento é preciso refletir sobre que escola é esta e essa reflexão deve ser feita com as crianças” , disse Beatriz Imperatori à Lusa, sublinhando ainda a necessidade de “incluir as crianças nos processos de decisão política” e de aferir a eficácia da aprendizagem durante a pandemia. De acordo com a diretora executiva, a Unicef Portugal tem vindo já a desenvolver esse trabalho de auscultação, sendo que muitos alunos classificaram a modalidade de ensino a distância como menos eficaz e a maioria dos pais identificou dificuldades no apoio aos filhos. Por essa razão, a diretora da Unicef Portugal defende que as escolas possam acolher, durante o verão, as crianças com dificuldades de apren dizagem neste regime de ensino a distância, de forma a mitigar desigualdades, nomeadamente no acesso ou uso de meios informáticos.
Estudantes vão realizar exames nacionais de máscara
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Durante os exames nacionais, os estudantes terão de utilizar máscara durante toda
a duração da prova . Esta foi uma das grandes novidades reveladas pelo documento enviado pelo Júri Nacional de Exames às escolas. “Devido à situação epidemio lógica em Portugal causada pela doença COVID-19”, estabelece o JNE, as escolas devem assegurar “a utilização obrigatória, por todos, de equipamentos de proteção individual, designadamen
te máscaras, durante o período de permanência no estabelecimento de ensino, incluindo nos espaços onde se realizam os exames”.
A Norma 02/2020 estabelece as instruções para realização, classificação, reapreciação e reclamação das provas e exames do Ensino Básico e Secundário. De acordo com o documento, os critérios de distribuição dos alunos deverá contemplar “o cum primento das recomendações e normas técnicas emanadas pela Direção-Geral de Saú de, de forma “a garantir
o distanciamento físico
necessário” . Por essa razão, o JNE considera que a escola deverá, “sempre que possível e se justifique”, recorrer a
uso de espaços amplos como “pavilhões, auditórios, refeitórios, salas de convívio, etc.”.
Sabias que…?
De acordo com um inquérito realizado pela Federação Nacional dos Profes sores (Fenprof),
90%
dos estudantes do 11.º e 12.º ano regres saram às atividades presenciais.
Segundo um balanço da Asso ciação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), esse núme ro fixa-se nos 80%.
Ainda de acordo com a Fenprof, alguns alunos viram a sua carga letiva semanal prevista no currículo reduzida em 40% a 50%.
estudanteemisolamento.pt
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Porque estudar em isolamento não é estudar sozinho.
#SemanadoAmbienteABAE
Uma partilha de testemunhos, um desafio culinário e um quiz online serão algumas das atividades dinamizadas pela ABAE com o objetivo de ce lebrar o Dia Mundial do Ambiente, no dia 5 de junho. A associação responsável pelo programa Eco-Escolas desafia toda a comunidade escolar e parceiros a participar. Na vertente direcionada para a escolas, a organização criou três desafios distintos. O Concurso
“Se Eu Pudesse Mudar o
Mundo” desafia estudantes dos 5 aos 25 anos a criar um vídeo que comece com esta frase e que tenha um minuto de duração, partilhando este testemunho até 5 de junho com as hashtags #Semanado AmbienteABAE e #VouMu
daroMundo.
Outro dos desafios consiste na confeção de brigadeiros
nutritivos e saudáveis, seguindo a receita de Bár
bara Oliveira. Partilha os teus brigadeiros nas redes sociais com as hashtags: #Semanado AmbienteABAE e #Brigadei rosdaBarbara.
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Os sistemas educativos mundiais deverão preparar-se, a curto e longo prazo, para o contexto resultante da pandemia do novo coronavírus. Esta é a
OCDE publica relatório sobre o impacto da Covid-19 na Educação
premissa do relatório da OCDE Edição Especial Coronavírus: Regresso às Aulas. O relatório é o primeiro de uma série sobre tendências educativas cujo “público-alvo é alargado, incluindo decisores políticos, diretores de escolas, professores, investigadores, estudantes e encarregados de educação”. A curto-prazo, neste momento de regresso às aulas, a OCDE define como prioridades a garantia de segurança (através da constante desinfeção e ventilação), a avaliação do progresso dos alunos (com ajuste às necessidades da comunidade), a mitigação do impacto do eventual atraso na aprendizagem (com especial foco no abandono escolar) e a garantia do bem-estar de professores e alunos (acom panhamento psicológico, emocional, nutricional). Para consultar as conclusões detalhadas da OCDE, clica aqui.
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Por fim, ainda direcionada às escolas portuguesas, a iniciativa “Challenge ABAE 30 anos” consiste num quiz online acerca dos programas de educação ambiental para a sustentabilidade que a ABAE coordena em Portugal. O jogo tem inscrição obrigatória e gratuita, através deste link. Para mais informações, visi ta: https://abae.pt/our_news/
semana-do-ambiente-abae/
Estudar em casa Sabes como manter a postura correta?
Numa altura em que as horas à secretária se acumulam, mostramos-te como manter a postura correta, para um estudo mais produtivo e saudável.
Dores de cabeça, cansaço, dores lombares, perturbações da coluna.
Todos estes sintomas podem ser consequências nascidas da adoção de posturas incorretas durante períodos de tempo prolongados, destaca o
Gabinete de Fisioterapia Fisioduas
mãos. A inclinação do pescoço para baixo para olhar o ecrã de um computador, por exemplo, coloca uma tensão extra nos músculos posteriores do pescoço. “Esta sobrecarga, causar dor
no pescoço e ombros, podendo ser responsável pela presença de dores de
cabeça”, destacam as fisioterapeutas deste gabinete. Para além de uma sensação de cansaço (uma vez que uma postura incorreta implica um gasto energético maior), a adoção de certas posturas pode ainda implicar dores lombares e alterações no alinhamento da coluna vertebral.
“A aquisição de posturas assimétricas
Imagem ilustrativa da posição correta a adotar quando sentado
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[como cruzar a perna] favorece o aparecimento de desequilíbrios muscula
res e estruturais”, por exemplo, explicam as especialistas do Fisioduasmãos, destacando que, em muitos casos, este comportamento leva ao aparecimento “de dormência e irradiação da dor aos membros inferiores”.
O que fazer?
Perante este impacto, o que podem
os estudantes fazer para garantir um estudo saudável e produtivo, numa altura em que a maioria trocou a sala de aula pela cadeira do quarto, sala ou
escritório? De acordo com as fisiotera peutas do Fisioduasmãos, é importante, antes de mais, garantir “uma melhoria
da postura na posição sentado” (tal como retratado na imagem).
Por outro lado, destacam, é necessário
“adaptar o ambiente de estudo”, de forma a que este se torne “o mais
ergonómico possível”. Isto pode implicar a alteração da altura do ecrã do computador (com recurso a livros ou outros suportes). Tudo isto, sem esquecer a importância das pausas (de pelo menos 10 minutos), a cada 1h30 de trabalho.
No final, o resultado será palpável, garante a equipa do Fisioduasmãos:
“Estas pequenas modificações irão contribuir para uma melhoria substan cial da capacidade de concentração do estudante e menor grau de cansaço no final das suas atividades letivas, além de impactarem de forma positiva a sua saúde geral”.
OFERTA FORMATIVA 2020/2021
17 CTESP 16 LICENCIATURAS 15 MESTRADOS 2 PÓS-GRADUAÇÕES
ESCOLA SUPERIOR
AGRÁRIA ESCOLA SUPERIOR DE
EDUCAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR DE
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8 | Forum Estudante | jun’20 /Escolas A Educação durante a pandemia de Covid-19
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou um relatório sobre o impacto da pandemia de Covid-19 nos sistemas educativos mundiais. Documento deixa algumas prioridades para o futuro da Educação.
Os sistemas educativos mundiais deverão preparar-se, a curto e longo prazo, para o contexto resultante da pandemia do novo Coronavírus. Esta é a premissa do relatório da OCDE Edição Especial Coronavírus: Regresso às Aulas, publicado a 23 de maio. O re Tendo em conta o objetivo de garantir
latório é o primeiro de uma série sobre tendências educativas cujo “público -
-alvo é alargado, incluindo decisores políticos, diretores de escolas, pro fessores, investigadores, estudantes e encarregados de educação”. so às aulas presenciais, no imediato, bem como os próximos 12 a 24 meses.
Durante os próximos 12 a 24 meses, a OCDE sublinha a importância de considerar algumas “questões-chave”: aproveitar a inovação, re-imaginar o sistema e recordar o “poder do mundo físico”[…].
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“sistemas [educativos] estratégicos e inteligentes que se adaptem aos
desafios dinâmicos” resultantes da pandemia de Covid-19, a OCDE define, no documento, algumas das estratégias para dois períodos temporais: o regres
A curto-prazo, neste momento de regresso às aulas, a OCDE define como prioridades a garantia de segurança (através da constante desinfeção e ventilação), a avaliação do progresso dos alunos (com ajuste às necessida des da comunidade), a mitigação do
impacto do eventual atraso na aprendi
zagem (com especial foco no abandono escolar) e a garantia do bem-estar de professores e alunos (acompanhamento psicológico, emocional, nutricional).
O “novo normal”
De acordo com a OCDE, alterações sistémicas criadas pela pandemia serão “novo normal”, pelo menos “durante os próximos 18 meses”. Durante os próximos 12 a 24 meses, a Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Económi co sublinha a importância de considerar algumas “questões - -chave”: aproveitar a inovação (ferramentas digitais e outras soluções educativas), re-imaginar o sistema (em termos de avaliação, método ensino - -aprendizagem ou certificação, por exemplo) e recordar o “poder do mun do físico” (nomeadamente equilibrando os momentos a distância com ativida des que envolvam contacto social). A OCDE destaca ainda a importância de apoiar os mais vulneráveis (refor çando o poder da Educação enquanto ferramenta para a construção de igualdade), reforçar a resiliência do sistema (melhorando a capacidade de resposta e adaptação) e de preparar recursos (organizando uma resposta à recessão económica).
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