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IEFP A experiência de quem passou pelo EuroSkills
«Ganhei recordações felizes que vão ficar comigo»
Rodrigo Costa
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Desde cedo, o meu objetivo em participar no Campeonatos Nacional das Profissões foi ganhar conhecimento. Pensei que seria uma forma de complementar o que aprendia nas aulas, com uma abordagem prática que me daria uma noção mais clara do que é a indústria e também o mercado dentro da área que escolhi. Acabou por ser isso que encontrei, mas o que mais marcou foi mesmo a camaradagem, tanto a nível nacional como internacional. Independentemente das nossas origens, acabámos por nos tornar uma família. Penso que, para além do gosto que temos pelas nossas áreas profissionais, une-nos o facto de termos estado juntos neste desafio. Recomendo esta experiência a qualquer jovem. Para além dos conhecimentos, sinto que me diverti muito, fazendo aquilo que mais gosto. Temos de fazer isto por nós mesmos, contudo, por gosto e vocação, e não para agradar a outras pessoas. A experiência envolve muito treino e trabalho de preparação, pelo que a motivação é fundamental. Esta experiência ajudou-me a ter mais autoconfiança, algo que considero muito importante – se não acreditarmos em nós próprios, quem é que vai acreditar? Através da minha participação conheci também novos métodos de trabalho, nomeadamente de outros países, que me ajudam hoje em dia a resolver problemas no dia a dia do trabalho. Gostaria de agradecer ao CENFIM o facto de me ter possibilitado obter esta experiência, bem como deixar um agradecimento aos meus treinadores Pedro Sardinha e Pedro Simões. Também é importante para mim agradecer ao meu colega de equipa João Pedro Ferreira, uma vez que, sem ele, nada disto teria sido possível. Levo comigo todas as experiências que obtive, sobretudo a nível europeu – recordações felizes que vão ficar comigo para o futuro.
«Levo desta experiência mais do que uma medalha»
João Pedro Ferreira
Tudo começou em 2016, quando o CENFIM de Torres Vedras fez uma pequena competição interna para selecionar alguns participantes para a fase distrital. Vi que era uma oportunidade de crescimento pessoal e decidi participar. O meu intuito foi sempre ganhar conhecimento e foi isso que aconteceu – aprendi muito na área da programação industrial, por exemplo. Durante os campeonatos, tanto a nível nacional e europeu, conheci novas formas de trabalhar ou novos equipamentos, por exemplo, que me fizeram evoluir e me ajudam no dia-a-dia. Outra das mais-valias foi conhecer novas pessoas, inclusivamente de outros países. A nível internacional, por exemplo, tentámos colocar um pouco de lado a ideia de competição pura, tentando colaborar e ganhar conhecimento mútuo. Acabámos por criar boas relações e discutir formas diferentes de resolver problemas comuns. Isso foi muito bom. Entretanto, entrei no ensino superior, na licenciatura em Engenharia de Eletrónica e de Computadores, no Politécnico de Leiria. A experiência nos campeonatos nacionais das profissões ajudou-me bastante na vertente mais prática, senti-me mais à vontade na adaptação, como se tivesse começado com um pé um pouco mais à frente esta caminhada. Toda esta experiência, para mim, foi muito gratificante, do distrital ao europeu. Conseguir cumprir os objetivos, saber que fui capaz, e poder contar com um grupo grande de pessoas que me auxiliaram. Levo desta experiência mais do que uma medalha – levo novas relações, novos conhecimentos e alegria de fazermos aquilo que gostamos. Não tenho espaço para deixar agradecimentos a todas as pessoas que me ajudaram, mas aproveito para agradecer a Susana Martins, Pedro Sardinha, Pedro Simões e Manuel Armindo todo o apoio que me deram e também ao CENFIM pela oportunidade.
«Participar no EuroSkills foi uma experiência extraordinária»
Seomara Cabrita
20 anos, formanda do CEFP Barlavento, vencedora da medalha de excelência na competição de Beauty Therapy
A história de como cheguei ao EuroSkills é engraçada. Estava numa aula do meu curso de aprendizagem de Estética e a nossa cordenadora perguntou se alguém estava interessado em participar na fase distrital do Campeonato Nacional das Profissões. Como ninguém se estava a voluntariar, decidi avançar e participar. O primeiro impacto foi interessante. Acabei por me qualificar para o Campeonato Nacional e isso trouxe-me uma motivação diferente. Para mais, sendo na área que escolhi para ser o meu futuro. Outro dos pontos interessantes dessa primeira experiência foi conhecer outras profissões. Fiquei a saber o que é soldadura ou controlo industrial, por exemplo. Penso que estas competições são também uma forma de valorizar profissões – há ofícios que conhecemos melhor e a que damos outra importância. Aos poucos, fui percebendo as regras e critérios que existem nas provas. A vitória no Campeonato Nacional foi algo surpreendente, mas trouxe-me a possibilidade de participar no EuroSkills, em Graz, na Áustria. Essa foi uma experiência completamente diferente e extraordinária. Envolveu muitos treinos, o que foi um desafio, em tempos de confinamento, e exigiu muita preparação psicológica e concentração para trabalhar sobre pressão e com público. Fiquei bastante contente com o meu resultado – um quarto lugar com medalha de excelência. Foi gratificante perante todo o trabalho envolvido. Quero agradecer à minha família, ao CEFP Barlavento e à Lurdes Lopes e Dina Santos por todo o apoio. Já estou a preparar a minha participação no Campeonato do Mundo das Profissões, em Xangai, em 2022. É um orgulho para mim representar esta profissão.
eduroam. 20 anos ao lado dos estudantes
Em 2002, tudo começou com um projeto de seis países, onde se incluía Portugal. Sabe tudo sobre esta rede que, em Portugal, é gerida pela Unidade FCCN da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
É uma das poucas certezas da vida académica. Qualquer estudante, independentemente da idade ou área de estudos, já disse as seguintes palavras: “Estou ligado à eduroam”. Em Portugal, esta possibilidade chegou há 20 anos, ao integrar o lote de seis países “pioneiros” desta iniciativa, jun-
tamente com Holanda, Finlândia, Por-
tugal, Croácia e Reino Unido. Desde então, este número cresceu. E muito.
Hoje, a rede eduroam chega a mais
de 100 países, cumprindo aquele que foi o seu objetivo inicial, avança a FCT: “disponibilizar à comunidade académica um serviço de mobilidade”, garantindo o acesso à internet a instituições de ensino superior e investigação. No
total, existem mais de 10.000 hotspots
eduroam. Em Portugal, de acordo com os números oficiais, existem 71 instituições aderentes, num total de 163
pontos de acesso em solo nacional.
Desta forma, todos os dias, milhares de estudantes, docentes e outros profissionais da área do ensino superior e investigação científica utilizam esta rede. Contudo, a ligação eduroam não se fica pelas instituições de ensino superior. Para além de 4000 edifícios públicos, esta rede marca também presença em cerca de 40 aeroportos internacionais.
Quem faz a gestão da eduroam?
Em Portugal, a gestão e acompanhamento da eduroam está a cabo da
Unidade FCCN da Fundação para a
Ciência e Tecnologia. Esta é a entidade fundadora da Rede Ciência, Tencnologia e Sociedade – a rede nacional de ensino e investigação (internacionalmente conhecidas como NRENs). Nesse sentido, esta unidade da FCT é
responsável por responder às necessidades da comunidade de estudantes,
de ensino e de investigação, nomeadamente nas áreas de computação, segurança e conetividade. Atua ainda nas áreas da colaboração e do conhecimento, prestando outros serviços que poderás conhecer como a b-on (a Biblioteca do Conhecimento Online), o Educast (o portal de gravação, edição e publicação de aulas ou outros conteúdos educativos) ou o Arquivo.pt (o website que permite pesquisar e aceder a páginas web preservadas desde 1996). Para saber mais sobre estes e outro serviços, visita fccn.pt
Descarrega a aplicação Eduroam Companion
Foi lançada em 2018 uma versão renovada da aplicação da eduroam, que ajuda os utilizadores a encontrar hotspots eduroam e a acompanhar o crescimento da rede. A aplica-
ção está disponível gratuitamente na App Store e na Google Play.
O que é o LinkedIn? Qual a sua importância?
A Futurália está a chegar e traz consigo o Forum Emprego e Empregabilidade. Porque nunca é cedo demais para pensares no mundo do trabalho, a Forum e a Futurália trazem-te alguma informação relevante para que penses a tua presença no LinkedIn.
O LinkedIn é a maior rede social corporativa que existe, criada com o objetivo de conectar profissionais do mundo inteiro. Atualmente é vista como a mais famosa e maior rede social profissional, sobretudo focada em gerar conexões e relacionamentos. Nesta plataforma, os profissionais podem criar os seus currículos, procurar empregos e estabelecer contactos com pessoas do mundo inteiro. As empresas conseguem procurar candidatos ideais para as suas vagas e perfis de potenciais clientes. Com mais de 3 milhões de utilizadores em Portugal, o LinkedIn tem-se assumido como uma plataforma crucial nos momentos de procura de emprego e de gestão de carreira. Este dado fica também claro na presença de cerca de 120 mil empresas nesta rede. Como tal, é importante que saibas tirar o melhor proveito das suas potencialidades. Deves pensar no LinkedIn como uma rede profissional e não uma rede social. A grande diferença, em termos da utilização que fazes desta plataforma será entre “passar tempo” ou “investir tempo”. As redes profissionais como o LinkedIn devem ser vistas como formas de manter uma identidade profissional, fazer contactos úteis, procurar oportunidades e manteres-te atualizado em relação a tendências recentes, por exemplo. Desta forma, o LinkedIn pode ser utilizado para quatro objetivos estratégicos: assegurar uma presença profissional, encontrar as pessoas certas, interagir adicionando valor e criar relações. Em cada um destes pilares, poderás estar a trabalhar para um melhor posicionamento profissional, garantindo que poderás encontrar e conquistar as melhores oportunidades.
+ 774 Milhões de Membros em 200 países e territórios Em Portugal: +3 milhões de membros, 120 mil empresas, 100 universidades e 11 milhões de vagas
Futurália 2022
A tua feira está de volta!
De 30 de março a 2 de abril, vem tirar todas as tuas dúvidas sobre cursos superiores nacionais e no estrangeiro, cursos profissionais e de especialização tecnológica, cursos de línguas, programas de intercâmbio e muito mais. A Futurália é também um lugar onde te podes divertir, encontrando música, multimédia, fotografia e desporto!
Study Abroad
Já pensaste em estudar no EUA, em Inglaterra ou noutro país da Europa? A Futurália é o sitio certo para encontrares todo o apoio e orientação para fazer a escolha certa. Que país escolher? Como conseguir uma bolsa? Como procurar alojamento? Vem tirar as tuas dúvidas na Futurália!
«Estou a viver um sonho, aquilo que sempre quis» «Estou a viver um sonho, aquilo que sempre quis»
Angie Costa
Com projetos em televisão e no digital, Angie Costa diz somar já vários sonhos e desafios concretizados, sendo o maior aquele que está a viver no momento: ser mãe. Depois do salto de Coimbra até Lisboa, a atriz e influencer conta como é feliz a fazer aquilo de que tanto gosta: «Se trabalharmos numa coisa de que gostamos, parece que não estamos a trabalhar».
Com quase 900 mil seguidores no Instagram, como separas a vida pessoal da profissional, no âmbito dos conteúdos que produzes?
Eu não gosto de postar muito, não gosto de expor tudo o que faço, para as pessoas não saberem demasiado. Acho que é isso que faz com que tenham mais interesse no que eu ando ou não ando a fazer. Também não gosto de partilhar demasiado porque sinto que a cada coisa que coloco estou sempre a influenciar alguém. É necessário fazer um exercício daquilo que metemos e não metemos [online]. Eu sei, felizmente, fazer esse controlo e seleção, de forma muito natural.
Chegaste a um momento em que sentiste que a tua vida pessoal estava a ser invadida pelos seguidores e pelas partilhas?
Isso acontece diariamente e muito mais quando dás a tua opinião, que pode ser ingénua, mas que acaba por influenciar imensa gente, imensas coisas. Acho que isso é mesmo o pior: dares a tua opinião e não seres 100% real em alguns casos, porque sabes que vão cair sempre em cima de ti ou que vais mudar a ideia de alguém.
És uma das maiores influenciadoras do país. Quem é que te influencia nas redes sociais?
Há um conjunto de várias coisas e de várias pessoas que me influenciam. Comecei a seguir uma influenciadora espanhola de que tenho gostado imenso – a Maria Pombo. Ela tem-me influenciado através dos conteúdos que faz e da forma como comunica. É uma pessoa que estou a gostar de seguir.
Qual foi o maior desafio que tiveste até agora?
O maior desafio é o que estou a passar agora: ter um filho. Acho que isso supera todos os desafios de sempre.
Ser mãe do Martim é…
Um orgulho. É um orgulhinho que eu sinto pelo Martim, tão pequenino e já tão encantador.
E como descreves estes mais de quatro meses com o Martim?
É um sonho. Estou a viver um sonho, aquilo que sempre quis. O Martim é um anjinho e tem-se comportado lindamente. Estou mesmo muito grata. O início não foi fácil e, ainda hoje, às vezes, não sabes o que fazer. No início, com os Baby Blues [conjunto de alterações do humor, que se relacionam com o reequilíbrio hormonal que ocorre após o parto] fui-me um bocado abaixo, porque a tua vida muda completamente e as primeiras semanas foram essa montanha-russa de emoções. Mas estou a viver um sonho, tem sido uma aventura e o Miguel tem sido o meu braço direito.
Ser mãe é um sonho antigo para ti?
É. Desde pequenina, desde que me lembro de entender estas coisas, que tenho o sonho de ser mãe jovem. Ninguém na minha família foi mãe cedo, nem amigas minhas. Sempre adorei crianças e o conceito de família. Desde cedo que acho que esse é o meu propósito de vida.
Outro sonho antigo é o de ser atriz, certo?
É, desde que me lembro que andava sempre a cantar, a representar… Era
um sonho que já andava aqui há muito tempo, e quando tive oportunidade…
E como foi o momento da estreia, na novela “Bem me Quer”?
Foi uma mistura de sentimentos. Quando vi na televisão, foi super awkward, porque pensava que estava a fazer tudo mal (risos). Mas foi um orgulho, e foi bom ver toda a minha família a ver-me na televisão. Eles gostam muito de novelas e, para eles, foi um orgulho ver a Angelita ali. Quando eu era criança, estava muito longe de acontecer, e agora olho para trás e realmente tudo é possível.
Fizeste muitas formações ao longo dos últimos anos?
Sim, já fiz vários cursos de teatro. A última formação que fiz foi antes de começar a novela, na ACT - Escola de Actores, que também me deu imensa força e coragem.
De que forma achas que é importante ter formação para conseguir chegar a um objetivo?
Penso que estarmos sempre a aprender é importante, vai-nos mantendo muito mais despertos. Quando é uma coisa de que gostamos, aprender não custa. Se trabalharmos numa coisa de que gostamos, parece que não estamos a trabalhar. Penso que é esse o mindset que as pessoas devem ter. Eu trabalho como influencer, como atriz, e parece que não estou a trabalhar. É mesmo um conselho: ama aquilo que fazes.
Participar em videoclipes foi um dos teus primeiros trabalhos enquanto atriz, nomeadamente numa das músicas do Paulo Sousa…
É verdade, e eu aceitei mesmo por isso. Como já estava nessas formações de teatro, a minha mãe até me disse que era uma maneira de meter à prova tudo aquilo que aprendia. Adorava o Paulo Sousa e quase todos os dias fingia ao espelho que estava num videoclipe. Quando me convidaram, pensei: bora lá aceitar. A partir daí, o Paulo falou comigo e ficámos amigos para sempre.
Como foi sair de Coimbra para vir para a capital e seguir os teus sonhos?
Eu já fazia muito a viagem Coimbra-
-Lisboa, porque tinha muitos trabalhinhos aqui. Não foi um impacto gigante. Em Coimbra, parece que toda a gente se conhece. Lisboa já é muito maior, vim para um mundo diferente. Eu já não me imagino [a viver] em Coimbra, porque aqui estão os sonhos, aqui está tudo a acontecer no que toca ao meu trabalho. Eu queria tanto, tanto, tanto vir para Lisboa, que vir para cá foi mesmo… (suspiro) Senti já posso fazer isto, já não tenho de fazer horas de viagem para um trabalho que tenha aqui. O maior problema foi mesmo deixar a minha Aidita [mãe].
Participaste no “Dança com as Estrelas”, que peso teve esse programa para ti?
Foi espetacular. Eu via sempre todas as galas e só pensava: “imagina eu ali”. E realmente eu ali estava passados uns tempos. Foi mesmo bonito. Mas é exigente, todos os dias vais treinar. Para apresentar uma coreografia impecável, por trás existe muito trabalho. Dançar faz bem à cabeça e ao corpo, eu saía do ensaio a sentir-me saudável. E é uma maneira de te expressares, de te sentires de todas as formas.
O que sentes que te falta fazer?
Eu acho que vou experimentar tudo e mais alguma coisa (risos). Tudo o que tenha a ver com televisão e com artes eu adoro e parece que quero sempre experimentar algo novo. Gostava muito de experimentar fazer apresentação, por exemplo. É uma coisa que me vejo a fazer, acho que sou tão extrovertida que resultaria bem – gosto muito de falar, de falar com as pessoas, sinto que tenho muita ligação com o público. É uma coisa que me vejo a fazer e hei de experimentar.
O que podemos esperar para os próximos tempos?
Há coisas planeadas, que não posso dizer, mas está na altura de começar novos projetos. Este ano, queria muito aproveitar com o Martim o primeiro ano dele e a televisão é uma coisa que exige muito. Mas, a nível digital, quiçá existam novos desafios e uma coisa gira no futuro. Agora vão esperar para ver o que é (risos).
«[...] Em Lisboa, estão os sonhos, está tudo a acontecer aqui no que toca ao meu trabalho»
O que é um crime?
O projeto Justiça para Tod@s é uma iniciativa da Forum Estudante e da Abreu Advogados que te desafia a conhecer o funcionamento da Justiça, simulando um julgamento, em conjunto com os teus colegas (ver caixa). Para que saibas mais sobre este tema, deixamos-te algumas perguntas e respostas sobre uma palavra fundamental neste âmbito: “Crime”.
Qual o significado da palavra crime?
Um crime é (1) um comportamento, ação ou omissão humana, (2) legalmente previsto como ilícito criminal (isto é, «típico»), (3) ilícito, porque contrário ao Direito e por violar um bem jurídico com dignidade penal, (4) culposo, porque censurável ou cometido com dolo ou negligência (não há crime sem culpa), e (5) punível, porque o agente pode ser punido com sanções criminais que, no limite, podem ir até à pena de prisão. Portanto, crimes são os comportamentos danosos ou perigosos, contrários à lei penal, que violam um bem jurídico com dignidade penal, e a que podem corresponder uma pena. As penas podem ser, por exemplo, de prisão efetiva, prisão domiciliária, uma multa, ou até horas de trabalho a favor da comunidade, sem excluir outras sanções acessórias, como a proibição do exercício de funções ou de profissão. Os menores de 16 anos não são penalmente responsáveis, mas podem ser-lhe aplicadas medidas tutelares educativas, que podem ir da admoestação ao internamento em centro educativo. Estas medidas são aplicadas a menores entre os 12 e os 16 anos.
Pode um crime ser mais grave que outro?
uma cópia ilegal de um filme. Ou que um abuso sexual de crianças é muito mais grave que um abuso de liberdade de imprensa. Ou que uma fraude fiscal é mais grave que uma injúria. Mas, mesmo dentro do mesmo tipo de crime, por exemplo se pensarmos no crime de dano, pode haver crimes mais graves e crimes menos graves. Basta pensar que será mais grave fazer um graffiti numa parede do Mosteiro dos Jerónimos do que fazer o mesmo graffiti na parede da Escola. Por isso é que existem juízes, procuradores e advogados, para verificar as diferentes circunstâncias do crime e acusar, defender e decidir com a máxima justiça possível, porque cada caso é
Justiça para Tod@s
um caso. E nem sempre o que parece é, e o que é não parece.
Pode um “crime” não ser crime?
Às vezes, aquilo que aparenta ser um crime não o é. Um dos exemplos mais comuns diz respeito à legítima defesa, ou seja, quando se chega ao ponto de ter de agredir para não ser agredido Assim, há circunstâncias especiais que podem afastar a tipicidade, a ilicitude, a culpa ou, até, a punibilidade da conduta (caducidade ou desistência da queixa, amnistia, prescrição, legítima defesa, estado de necessidade, etc.). Vejamos alguns exemplos. Se dois lutadores de boxe treinam num ginásio, cumprem as regras do desporto e, ainda assim, partem, acidentalmente, um ao outro a cana do nariz ou os maxilares, nenhum deles comete o crime de ofensa à integridade física. Se se verifica que uma criança raptada está numa garagem privada e fechada e no interior de um veículo automóvel nela estacionado, pode-se forçar o portão, entrar na garagem e partir o vidro para libertar a criança, não se praticando os crimes de introdução em lugar vedado ao público e de dano. Se se arromba a porta do vizinho, que foi de férias, para entrar na sua residência, fechar a torneira da água ou apagar o foco do incêndio, evitando a inundação ou a destruição total do prédio, não se está a praticar o crime de violação de domicílio. Para saber mais, visita
justicaparatodos.net
Leva a tua turma a tribunal
Milhares de estudantes já participaram no Justiça Para Tod@s, uma iniciativa da Forum Estudante em parceria com a Abreu Advogados que tem com o objetivo promover os valores democráticos através da educação para a Justiça e para os Direitos Humanos. Este projeto está de volta em 2021/2022 desafiando alunos a participar numa simulação de um julgamento, em que vários elementos da turma representam papéis diferentes. Tudo isto, com o auxílio de um juiz verdadeiro, para conhecer por dentro a forma de funcionamento da Justiça. Para saber mais, visita justicaparatodos.net.