REVISTA 17 JAN / FEV 2019

Edição JAN / FEV 2019

Nº 17

ENTREVISTA COM V A S C O I N G L E Z PORTOFOLIO DE I N Ê S C O R R E N T E Fotomanya Vip — JAN / FEV 2019

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©Carlos Carreto

BIOGRAFIA NESTE NÚMERO

Entrevista com VASCO INGLEZ #4

Paginação, Grafismo e Coordenação FERNANDA MAGALHÃES

Editorial ANA LUAR Jornalista FILIPE MORAIS ROQUE

Portefolio de INÊS CORRENTE #28

Galeria Fotomanya # 54

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Fotografia de Capa © Carlos Carreto

Editorial 2018 foi um ano com um grande leque de fotografias fabulosas, e tudo acontece porque o mundo da fotografia está recheado de profissionais com ideais e conteúdos incríveis que resultam em fotos únicas, que cap-

tam os momentos exactos e transmitem as emoções de quem fotografa.

Estilos diferenciados, técnicas únicas e fotos inspiradoras podem servir de inspiração para o trabalho de cada fotografo. Por isso dá imenso gosto ver profissionais talentosos expor os seus conhecimentos e trabalhos neste grupo e em outros onde a partilha é uma constante. Vários fotógrafos expõem os seus conhecimentos para que, de alguma forma, pos-

sam ajudar amigos ou entusiastas da fotografia. Não importa, se são profissionais ou não, visto que o conhecimento nunca é demais. E aqueles que iniciaram agora, que não tem ainda tanto conhecimento fotográfico,, não devem "encolher-se" perante os mais experientes, ninguém nasce ensinado e ser aprendiz não é desmérito para ninguém. Aproveitem o conhecimento dos experientes e sorvam todo o conhecimento que puderem. Não tem de fazer isso para competir com alguém, façamno por prazer. Estamos a iniciar um novo ano e quero acreditar que novos projectos virão para engrandecer ainda mais este mundo fabuloso da fotografia. A equipa Fotomanya Vip deseja um excelente Ano a todos vós Ana Luar

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VASCO

“Se deixar a fotografia vou t

será sinal de que est

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O INGLEZ

ter dores físicas insuportáveis e

tarei obviamente morto”

Vasco Inglez, tem 43 anos, é psicopedagogo e psicoterapeuta. Começou a fotografar em 2015 com uma Nikon D3200 e passados 3 meses passaria logo para a Nikon D750 pois, como diz, na máquina anterior “o ISO era muito fraco”. Inicialmente não imaginava que a fotografia fosse ter tanto impacto na sua vida, mas hoje em dia assume que “é um vicio, sobretudo editar” que é a parte que mais gosta. Conhecido por ser uma pessoa que gosta de fugir ao “standard”, ao lugar comum, aqui fica a entrevista ao “irreverente Dr. Vasco”: Fotomanya Vip — JAN / FEV 2019

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Como começaste e com que equipa-

se muito tempo, ou seja, aquilo que é aprendido

mento? Qual o equipamento que usas

é pouco para o tempo imenso que lá estamos.

hoje em dia?

Na fotografia aproveito o tempo para ver como

Comecei com uma Nikon 3200, que durou apenas 3 meses comigo porque rapidamente percebi que o ISO era muito fraco. Depois passei para a Nikon D750, que foi uma boa opção. Finalmen-

te mudei para a Nikon D850, a minha máquina

fazem os outros, ler livros e ver vídeos, mas sobretudo experimentar coisas novas. Descobri muita coisa fazendo, mas não me importava nada de aprender com alguém que fosse realmente fora-de-série, sobretudo edição.

atual, quando saiu e não estou arrependido visto

Como encaras este “boom” que a foto-

que posso fotografar de uma forma completa-

grafia tem tido e ao que é que o atri-

mente livre e depois fazer “crop” nas fotos

buis?

quando estou a editar. Em termos de lentes uso essencialmente as Tamron 15-30, 24-70 e 70-

Julgo que tem a ver com a importância das redes

200. Para estúdio tenho uma Nikon 50mm 1.8G.

sociais, que vivem essencialmente da imagem.

As pessoas não têm muita paciência para ler ou

Qual a ideia inicial que tinhas da foto-

para ver vídeos, a imagem marca mais. Acho

grafia e qual a que tens agora? É ape-

bom que assim seja, embora isso não signifique

nas um passatempo ou algo mais?

qualidade.

Inicialmente não imaginava o impacto que a fo-

Como descreverias o teu estilo? Se é

tografia ia ter na minha vida, assumo que é um

que existe um? É uma coisa do momen-

vicio, sobretudo editar que é a parte que mais

to/inspiração ou é algo pensado ao

gosto. Acho que se deixar a fotografia vou ter dores físicas insuportáveis, psicologicamente estarei obviamente morto.

Tens algum tipo de formação especifi-

detalhe?

O meu estilo é não ter estilo nenhum. Já li que isso é errado, que devemos criar uma imagem de marca fazendo sempre o mesmo estilo de

ca ou és só autodidata? Achas a for-

fotos, mas isso não dá para mim. Apesar do ele-

mação pratica e teórica importante?

mento humano estar quase sempre presente.

Porquê?

Se tiver de procurar algo que me define acho

Na minha área profissional tive muita formação,

que é mesmo a intensidade, procuro emoções e

sempre valorizei isso. Mas com o passar do tem-

impacto. Julgo que quase todas as minhas fotos

po fui percebendo que nas universidades perde-

têm uma espécie de mistério, algo que vai acontecer - a imagem para o tempo e deixa no ar um

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©Vasco Inglez Fotomanya Vip — JAN / FEV 2019

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um seguimento que nos cabe a nós criar na fan-

Quanto tempo demoras em média pa-

tasia.

ra chegar ao resultado final de cada

Em termos de inspiração tenho a expressão ar-

foto? E quais os passos seguidos?

tística em geral, cinema, música, literatura, escultura, menos os ídolos da fotografia. Mais um a imitar os mestres não obrigado.

Dificilmente menos de uma hora, máximo três.

Basicamente as minhas fotos andam aos saltos entre o “Lightroom”, “Photoshop” e “Portrait

O que é que achas fundamental num

Pro”. Fartam-se de saltar de um lado para o ou-

bom fotografo? E o que distingue um

tro, mas como saltam em “Tiff” não se espa-

bom de um mau fotografo?

lham muito ao comprido.

Sentido estético, técnica, perseverança, traba-

Quais os teus autores e sites que mais

lho e muita paixão.

segues nesta área e porque? Que te

Costumas editar muito as fotos?

Qual a tua opinião acerca disso e que

tenham servido ou sirvam de inspiração?

editor usas habitualmente? Serão as

Gosto muito dos polacos da atualidade, evito

fotos excessivamente tratadas ou

muito ter referências dentro da fotografia, pre-

não?

Sim gosto muito de editar, julgo que já editei excessivamente e fiz muita coisa mal, coisas que agora vejo outras pessoas fazerem e penso

firo outras formas de arte para me influenciarem. Caso contrário ainda caio na doença dos tributos e dizem que não tem cura…

Tens alguma área especifica da foto-

que na altura não percebia o que estava a fazer

grafia que gostes mais? Porquê?

mal. Acredito que daqui a um ano ache a mes-

Por agora ando mais no retrato, talvez daqui a

ma coisa do que ando a fazer agora. Se for as-

uns anos, se ainda por cá andar, me meta na

sim é bom sinal!

paisagem que também adoro.

Uso o “Lightroom” e o “Photoshop” essencial-

Algum tipo de projeto para o presen-

mente, também uso o amaldiçoado “Portrait Pro”, que tem vindo a melhorar muito e assusta

os alquimistas da verdade do “Photoshop” - é

te/futuro nesta área? Fala-nos, entre outros, de como começou e quais os

uma espécie de Igreja Universal dos fotógrafos

objetivos do livro Quimera e outros

ultraprofissionais e muito bons.

projetos em que estejam, individuais ou coletivos.

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©Vasco Inglez

Projetos tenho sempre muitos, quase todos são realizados. Gosto muito de passar do plano das ideias para a prática. Vou organizando as minhas sessões e eventos da Vida Através da Lente AVAL, já me dá muito que fazer.

O objetivo do “Quimera” é poder divulgar o trabalho dos meus colegas e amigos da fotografia, sobretudo afirmar a qualidade do trabalho de pessoas que muitas vezes são menosprezadas por quem tem muita formação profissional e pouca formação ética e que não consegue perceber que a cooperação é melhor escolha que a competição.

A “Quimera” vai voar para uma exposição, esse é o meu objetivo principal, o livro é só uma forma de dar vida a essa exposição que não me fazia sentido ser só minha, gosto de estar bem acompanhado.

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Gostaria que escolhesses 3 fotos que consideres mais marcantes e explicasses porque?

Sem dúvida que tenho que escolher a “Última Ceia do Metal”, porque ainda hoje vou a concertos e vem gente ter comigo a perguntar se fui eu que fiz a foto. Deu bastante trabalho domar aquelas “leoas”, mas foi possível.

Claro que agora acho que fazia tecnicamente melhor,

mas a paixão está lá toda.

Outras duas, bem “As Zebras” porque acho que foi a minha primeira foto com alguma qualidade.

Se tiver de escolher outra já é mais complicado, mas vou escolher aquela que quero ter na exposição representa o renascimento. Fotografia tirada depois do triste cenário dos fogos que continuam a assolar Portugal ano após ano ©Vasco Inglez

porque continua a não haver interesse político em resolver esta calamidade.

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Dos vários eventos que o Fotomanya fez, sobretudo dos que participaste, se é que participaste, qual o que gostaste mais e porque?

Isso é muito complicado porque eu vou a quase todos e já são tantos. Mas vou escolher os “Filhos da Guerra” porque acho que fiz fotografias que me marcaram muito, precisamente pela carga emocional que faz parte da minha essência.

Qual a importância e a mais valia desses eventos?

Os eventos são a minha escola de fotografia, sem eles não sabia nada, nem sei se ainda andava nisto.

Devo tudo o que consegui aos eventos e quem não experimenta está a perder muito. Mas compreendo que para certas pessoas conviver e ter amigos não é fácil e nos eventos isso acaba sempre por acontecer.

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©Vasco Inglez

Já ganhaste algum prémio na fotografia? Se sim qual? E até que ponto acha isso importante?

Em 2017 venci o Ranking editorial do site Olhares. Não foi fácil porque aquilo requer uma enorme produtividade, mantendo um nível de qualidade constante. Embora não goste de todas as fotos premiadas.

Foi importante porque simbolizou um ano de trabalho, mais de 600 fotos feitas e cerca de 150 premiadas. No fim deu para sorrir e pensava eu que depois ia descansar…

Tens algum site próprio? Qual é? E até que ponto é importante?

Tenho o “Behance”, é bom porque as fotos ficam com boa qualidade e sem censura.

Mas confesso que quase não tenho metido lá nada, ou melhor dado ao David Sineiro que é ele que me faz o favor de tratar disso.

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Qual o “segredo” para uma boa foto-

Gostarias de acrescentar algo nesta

grafia?

entrevista que aches importante e

Equipamento?

Técnica?

Olhar? Paixão?

não te tenha sido perguntado?

Paixão é o motor, técnica é a forma, equipa-

Gostaria de agradecer por se terem lembrado

mento é essencial e depois é olhar para isso tu-

de mim, sendo eu ainda tão “novo” nestas an-

do…e ter sorte.

danças, apesar de já chatear muita gente.

Para além disso queria desejar paz no mundo, Que mensagem deixarias a quem se pretende iniciar nesta arte?

que sejam todos amigos e em breve prometo concorrer para miss universo da fotografia.

Obrigado.

Venham aos eventos experimentar, têm os da Fotomanya e os da Vida Através da Lente, qualquer um terá certamente boa organização e

Entrevista por Filipe Morais Roque

produção. Se se apaixonarem como eu, bemvindos ao clube!

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©Vasco Inglez

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INÊS CORRENTE O meu nome é Inês Ribeirinho Corrente, tenho 19 anos, sou de Lisboa e estudante na área de Ciências.

Em 2016 depois de muita insistência da parte de uma amiga, também modelo, participei com algum receio num evento da Ana Luar e desde então nunca mais consegui sair deste mundo maravilhoso que é a Fotografia! Não tenho qualquer curso nesta área, tudo o que aprendi foi sozinha vendo outras modelos e com a ajuda de excelentes fotógrafos.

Não vejo isto necessariamente como um trabalho, mas sim como um hobbie que me ajuda a sair um pouco da minha rotina normal, principalmente em projetos que exigem a interpretação de personagens menos “reais”, até hoje as fotos que mais gostei de fazer foram as do Evento Palhaçadas da Ana Luar, onde me diverti imenso!

Se em 2016 tinha receio hoje em dia agradeço muito por ter tido oportunidade de fazer parte desta família! Ganhei amigos maravilhosos e tive a possibilidade de participar em certos projetos que de outra maneira nunca teria sido possível. É Importante dizer também que o apoio da minha família também pesa muito para que tudo isto e muito mais possa acontecer, pois graças a eles sou quem sou hoje e tenho força para lutar por todos os meus sonhos e objetivos. A família é sem dúvida uma das coisas mais importantes para mim.

Para além da Fotografia tenho também uma paixão enorme por leitura, quando não é possível escapar da rotina pelas fotos os livros são o meu grande refugio!

Agradeço imenso pelo convite em fazer parte desta revista, escrever uma biografia minha foi mais um estreia, espero ter conseguido fazer algo de jeito (risos) .

Que esta família linda dure muito mais tempo e que eu possa estar presente sempre que possível .

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©Filipe Morais Roque Fotomanya Vip — JAN / FEV 2019

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GALERIA FOTOMANYA VIP O espaço de destaque do que melhor se publica no Grupo Fotomanya Vip Partilhe connosco as suas fotos e veja-as publicadas no próximo número

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