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O SETOR DOS TÁXIS E A REDUÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Dos Transportes

O setor do táxi assume grande importância, quer como elemento do sistema de transportes, quer no tráfego urbano, em particular nas grandes cidades e áreas metropolitanas.

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Esta importância foi reforçada após a pandemia, que penalizou os transportes coletivos de grande capacidade de passageiros, quer rodoviários, quer ferroviários. Acresce que os táxis, ao contrário do automóvel privado, não precisam de dois lugares de estacionamento, um na origem da viagem e outro no destino dessa viagem.

Acentuando esta situação, constata-se que a maioria dos veículos automóveis está 90% a 95% da sua vida estacionado, sendo a sua taxa de utilização baixa, ao inverso dos táxis que, de um modo geral, têm uma utilização mais intensa, não exigindo lugares de estacionamento senão durante o período que estão fora de serviço. Claro que os tempos de espera de serviço exigirão a presença de “praças de táxi”.

O setor dos táxis pode vir a constituir-se como elemento preponderante na descarbonização dos transportes rodoviários de passageiros. Com efeito, o peso relativo deste veículo na composição do tráfego urbano, em particular nas zonas centrais, onde chegam a ter um peso de 30% ou mesmo mais no volume global de tráfego indicia que poderão ser obtidos ganhos signi cativos ao nível das emissões poluentes e do ruído se se proceder à conversão do atual parque de veículos com motores térmicos para veículos elétricos.

A tração elétrica poderá, para além das vantagens ao nível ambiental, com reduções signi cativas das emissões poluentes e do ruído, constituir-se como fator de redução de custos de operação. Com efeito, no nível dos custos de manutenção dos veículos poderá haver redução signi cativa, ao nível do custo da energia de tração poderá haver reduções signi cativas dependendo do contrato de fornecimento de energia que for celebrado. Claro que as baterias constituem o ponto fraco deste tipo de veículos, não só devido às limitações de autonomia de operação, mas também devido à sua vida total e custo de substituição. Acresce que os tempos de recarga das baterias podem constituir limitação importante à exploração dos veículos.

Outro dos aspetos a desenvolver é a digitalização do setor e dos serviços que prestam. Com efeito, as plataformas digitais atuais permitem a prestação de serviços através de reserva, podendo mesmo indicar tempos e custos estimados do serviço pretendido.

É neste aspeto que as chamadas centrais rádio táxis, tal como a Retális, poderão ter um papel-chave. Muitas delas já são hoje plataformas digitais, com gestão da oferta automatizada ou perto disso.

Nos aspetos relativos ao fornecimento de energia elétrica e de terminais de recarregamento de baterias, as centrais rádio táxis poderão assumir essa função, negociando diretamente com os fornecedores de energia elétrica as potências a instalar e a tabela tarifária correspondente.

As ligações, em rede, destes postos de carregamento poderão vir a assegurar a possibilidade de extensões das viagens a efetuar e a minimizar os tempos de carregamento de baterias.

O setor dos táxis pode vir a constituir-se como elemento preponderante na descarbonização dos transportes rodoviários de passageiros

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