A Banqueta 473

Cidade não foi atingida pela epidemia

Dengue em Nova Lima

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Medo do fantasma das demissões

Trabalhadores da Mineração

MG-030 Duplicação da Pág.14

Prefeitura duplicará parte da estrada entre o Trevo da Máquina e o viaduto localizado próximo ao bairro Chácara Bom Retiro

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Composição das Igrejas Católicas de Nova Lima

Religião

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Animal print é tendência outono e inverno

Moda

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Letras com críticas sociais

Trapper Delatorvi

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Trabalhador, a mercadoria mais barata

As pessoas, geralmente, ficam satisfeitas quando se deparam com feriados que não caem nos finais de semana. Talvez, essa sede por folga, possa ser um reflexo do tipo de rotina maçante. O trabalhador coleciona frustrações. Remuneração baixa, jornada dupla, falta de tempo.

Horas investidas no trânsito lento da cidade caótica, transporte coletivo lotado.

Estresse e ansiedade. Se falta dinheiro para o pão, quem dirá para o remédio.

Diante o cenário, opta-se por engolir sapos - à seco - já que o sindicato acumula burocracias e a Justiça, morosidade. Ao contrário do que o corpo clama, o dia 1º de maio não é para descanso, mas para lembrar que não se pode, nem por um minuto, abaixar a guarda.

Nesta data, em 1886, trabalhadores dos Estados Unidos foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho. A polícia agiu arbitrariamente e matou quatro operários. O slogan, na época, exigia jornada de trabalho de 8 horas, sem redução no pagamento. Atualmente, todo o caminho de luta e sangue, parece em vão. Em 2019, um marco: o Ministério do Trabalho foi extinguindo e suas atribuições divididas em três pastas. A Reforma da Previdência avança. O governo estima economizar R$ 1 trilhão à custa dos aposentados e assalariados.

Em contrapartida, em 2017, no Governo Temer (MDB), o Itaú teve R$ 25 bi de impostos perdoados. E Jair Bolsonaro (PSL) diz ter pretensão em recuperar o projeto 9.252/2017, que anistia R$ 17 bi de impostos sonegados dos ruralistas.

Oportunidades de emprego

Analista administrativo (Nova Lima). Necessário experiência na área administrativa. Superior em Ciências Contábeis ou Técnico em Contabilidade. Salário: R$ 1.800 + benefícios.

Currículo: rhbarreiro.somar@gmail.com.

administrativo Auxiliar Financeiro (Belo Horizonte).

Necessário experiência anterior na área. Horário: seg. a sex., de 09h às 18h. Salário: R$ 1.100 + benefícios.

Enviar currículo para o e- mail: rhbarreiro.somar@gmail.com.

Auxiliar de reservas (Belo Horizonte).

Superior completo.

Necessário experiência e inglês intermediário. Horário: Seg. a sex., de 08h às 17h48. Salário: R$ 1.500 + benefícios. Enviar currículo para o email: pessoal2@royalcenter.com.br.

(Belo Horizonte).

Secretária Necessário experiência comprovada.

Ensino médio completo ou graduação em curso. Horário: Seg. a sex., de 08h às 17h30. Salário: R$ 1.300 + VT. Enviar currículo para o e-mail: vagasgestaorh3@gmail.com.

Operador de call center (Belo Horizonte). Horário: Seg. a sex., 6h20min por dia, com sábados alternados. Salário: R$ 1.120 + benefícios.Enviar currículo para o email: rh@acaocontactcenter.com.br.

O futuro dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil é nebuloso, mas mesmo assim, as panelas estão silenciadas. Falta consciência de classe.

Espera-se que o dia 1º de maio sirva para a reflexão, para empregados, sobre a apatia em relação ao cenário atual e que tanto colabora para a manutenção de um sistema que visa à exploração e a insatisfação do trabalhador.

Uma frente fria passa pelo litoral da região Sudeste e aumenta a nebulosidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Pancadas de chuvas isoladas à tarde

Pancadas de chuvas isoladas à tarde

Pancadas de chuvas isoladas à tarde

Sexta Mín: 17º Máx: 26º

Sábado Mín: 17ºMáx: 25º

Domingo Mín: 17º Máx: 25º

tJornal A Banqueta de Notícias - 473ª Edição

Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 3 a 9 de maio de 2019

Ratos e pernilongos

Direto da Comunidade

“Há 8 anos, caiu uma construção enorme ao lado da minha casa e o entulho não foi retirado, assim as pessoas começaram a jogar lixo na região. Com a queda, o muro também foi ao chão, o que faz com que os resíduos atinjam meu terreno. Rato, barata e muito pernilongo, que transmitem doenças fatais, estão dominando aqui. O ex-dono diz que não pode fazer nada, porque não é dono mais e a prefeitura não faz nada porque o local tem dono.”

Janice Cruzeiro

Resposta - A Prefeitura de Nova Lima esclareceu que o imóvel é de propriedade particular e que fiscais do Departamento de Fiscalização de Atividades Urbanas Contato: 31 3541-5701

Alô Banqueta

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Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares

(Dfau) irão ao local para tomar as providências junto ao proprietário, de acordo com a legislação.

“O jornal é muito importante para a cidade, porque é através dele que nos informamos do que acontece no município. Achei importante a matéria sobre a potencialização da barreira, porque a população ficou receosa, sem entender o boato de que ela seria desativada.”

Evaldo Rios Retiro

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Dengue

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Saúde Pública

Nova Lima não foi atingida pela epidemia, mas está com incidência média da doença. Casos de chikungunya já foram registrados na cidade

O número de casos de dengue em Minas Gerais é alarmante e crescente. Segundo o boletim epidemiológico, divulgado no dia 29 de abril, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o estado contabiliza mais de 165 mil notificações (casos suspeitos + confirmados). O número de óbitos confirmados pela doença, de janeiro a abril de 2019, é maior que o número registrado em todo ano de 2018. Nova Lima é um dos poucos municípios mineiros que não foram atingidos pela epidemia. Os casos de dengue e chikungunya seguem em monitoramento. Entre as diversas ações de combate ao mosquito, realizadas pela prefeitura da cidade, está o Bota-fora do Aedes, que acontece na próxima semana, para que a população elimine de suas casas materiais que podem servir de criadouro do mosquito.

Minas Gerais

São 165.853 notificações de casos prováveis de dengue em todo o estado, de acordo com o Boletim Epidemiológico, divulgado pela SES-MG. O aumento disparado dos casos levou o governador de Minas Gerais a decretar, no dia 23 de abril, situação de emergência em saúde pública. Ao longo de 2019, 21 óbitos foram confirmados por dengue nos municípios de Arcos (1), Betim (7), Frutal (1), Ibirité (1), Paracatu (1), Uberlândia (8) e Unaí (2). O número supera os registros de 2018, quando foram contabilizados 12 óbitos por dengue em terras mineiras.

Incidência média

Nova Lima, Raposos, Brumadinho, Santa Luzia e Taquaraçu de Minas são as cinco cidades da região metropolitana que não foram atingidas pela epidemia que assola o estado. Raposos apresenta baixa incidência de casos, enquanto as demais

apresentam incidência média. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de dengue, zika, chikungunya e febre amarela de Nova Lima, 237 casos prováveis de dengue foram notificados. Destes, 20 foram confirmados, 19 foram descartados e 198 estão sob investigação.

Outras 8 notificações foram registradas para chikungunya. Destas, 4 foram confirmadas, 2 foram descartadas e 2 estão sendo investigadas. Até o momento, não há notificações de zika e febre amarela.

Casos por bairros

Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, a incidência de notificações de casos de dengue por sexo, em Nova Lima, difere pouco. O número de casos prováveis em mulheres é 121 e, em homens, 116. Não há concentração de casos em uma única região. Aqueles confirmados como sendo dengue estão distribuídos nos bairros: Cabeceiras (3), Retiro (2), Vila da Serra, Jardim das Américas, Veredas das Gerais, Cristais, Chácara Bom Retiro, Matadouro, Vila Castela, Vale da Esperança, Nossa Senhora de Fátima, Residencial Mirante da Mata, Barra do Céu, Honório Bicalho, Jardim Canadá, Centro e Mingú, com 1 caso em cada localidade. Os casos confirmados de chikungunya foram registrados nos bairros Retiro, Cristais, Mingú e Centro.

Bota-fora do Aedes

Com o objetivo de conscientizar a população e eliminar os possíveis focos de proliferação do mosquito, a prefeitura vai promover, de 6 a 11 de maio, o Bota-fora do Aedes. Na data determinada para cada bairro, os moradores deverão descartar materiais em desuso que serão recolhidos pelos agentes. Garrafas PET, tambores, latas de tinta, pneus e tudo que possa servir de criadouro deve

ser colocado em frente às casas. “Nós vamos estar com todas as equipes - mais de 100 pessoas envolvidas na retirada desses criadouros de dentro dos domicílios”, conta o chefe de divisão do Setor de Zoonoses, Marco Túlio Barbosa.

Trabalho em conjunto

Uma das principais formas de prevenção é a eliminação de água parada, só assim o mosquito não se prolifera. “As pessoas têm que se preocupar muito com caixa d’água, calha, vaso de planta, lona plástica, copinho de iogurte, tudo isso é um risco para a saúde”, complementa Marco Túlio. Ele também chama atenção para a colaboração da população com o trabalho constante realizado pelo Setor de Zoonoses. “Percebemos que há muitos imóveis fechados e pessoas que recusam o trabalho do agente. Ele foi treinado para exercer essa função. Tem olho clínico para descobrir focos em uma casquinha de ovo, caixa d’água mal tampada e em outras situações que a gente encontra dentro do domicílio e o próprio morador não percebe”, reitera.

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Setor vive o medo do fantasma das demissões, caso a produção de minério não volte à ativa, segundo Sindicato dos Mineiros de Nova Lima

mineração Trabalhadores da Dia do Trabalhador

O Dia do Trabalhador foi celebrado em 1º de maio.

Data que representa a importância da luta por direitos e melhores condições dos trabalhadores.

Uma batalha sem fim, que a cada ano passa por novos desafios. Em Nova Lima e região, por exemplo, a crise das barragens - devido ao rompimento de estruturas no estado e a elevação do nível de risco de muitas delas - fez com que os trabalhadores do setor ficassem em alerta. Segundo o presidente do Sindicato dos Mineiros de Nova Lima, Marcelino Edwirges, a dependência dos impostos da mineração é um quadro preocupante na cidade e enquanto as atividades minerárias não voltarem à normalidade, o fantasma da demissão dos funcionários diretos e dos consequentes prejuízos para a cidade continuará rondando o município.

Cidade do ouro

Para falar do presente e das perspectivas do futuro, é importante relembrar um pouco da história de Nova Lima, que a fez ser conhecida como a “cidade do ouro”. O presidente do sindicato recorda que, até meados da década de 90, a mineração desse metal nobre era a principal atividade do município e o mineiro, uma figura muito presente na cidade. “No passado, a antiga mineradora Morro Velho empregava aqui cerca de 7.500 trabalhadores diretos que produziam, gastavam e faziam a cidade girar. Sob administração da empresa Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), o minério de ferro também existia, em uma proporção menor, sendo a segunda fonte empregadora do município na época”, conta.

Redução da atividade

Segundo Marcelino, hoje, a mineração de ouro em Nova Lima e região, praticamente, não existe mais.

Ele conta que as dificuldades de produção - como o calor excessivo, que aumentava quanto mais profunda era a mina, e o encarecimento desse processo de extração - fizeram com que os mineiros fossem demitidos aos poucos e buscassem outras alternativas de sustento. “Hoje, temos somente a usina do Queiroz, pertencente à mineradora AngloGold Ashanti, que apenas beneficia o ouro vindo, principalmente, de Sabará. Quando a extração do recurso acabou no município foi um impacto muito negativo, pois a cidade não estava preparada para isso”, completa.

Minério e prestação de serviços

Com o passar do tempo, a figura do mineiro ficou apenas na memória, já a extração do minério deslanchou. De acordo com Marcelino, ao lado dessa atividade, os prestadores de serviço à comunidade, dentro e fora de Nova Lima, ganharam espaço em diversas áreas. O presidente do Sindicato dos Mineiros completa que o comércio, as construtoras e as conservadoras são exemplos dessa principal fonte econômica do município, hoje, juntamente com a extração do minério de ferro que permanece em alta.

Dependência da mineração

Segundo a Prefeitura de Nova Lima, atualmente, há uma dependência de mais de 50% da atividade minerária em relação a impostos. Na visão do presidente do sindicato, esse quadro é preocupante, sobretudo, diante do cenário das tragédias envolvendo o rompimento de barragens. “O mundo é dependente do minério de ferro e as cidades produtoras são muito mais. Nova Lima não se preparou no passado, quando acabou o ouro, como não se preparou para a escassez do minério de ferro. Ele não acabou ainda, mas as recentes

tragédias, que não deveriam ter ocorrido, paralisaram a mineração. A cidade depende do minério e a atividade não pode parar, por questão de sobrevivência”, reitera.

Demissões

Em relação aos trabalhadores da mineração, o presidente do Sindicato dos Mineiros e também diretor da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas do Estado de Minas Gerais conta que transferências estão sendo propostas no setor e, por enquanto, não estão ocorrendo demissões em grandes proporções na cidade e região. “Caso a mineração de minério de ferro não retome sua produção, essas demissões serão inevitáveis. Além disso, os trabalhadores, ainda estão recebendo salário, mas pelo receio de não ter o emprego amanhã, estão guardando dinheiro. Isso afeta a prestação de serviço e, consequentemente, a arrecadação dos impostos cai”, afirma.

Luz no fim do túnel

Marcelino reitera ainda que sem a extração do minério de ferro - que deve ser fortemente fiscalizada pelo município - a tendência é de que Nova Lima se torne uma cidade dormitório, onde seus moradores trabalham em outras localidades e retornam ao município somente para dormir. Para ele, o cenário é difícil de reverter, mas ainda há uma luz no fim do túnel. “Tem que investir na educação e aproveitar os bons projetos que estão parados.

Falta vontade política e coragem para os governantes pensarem Nova Lima, não somente para oito anos, mas a longo prazo, pois a cidade precisa continuar com serviços de qualidade à população, agora no presente, e para as próximas gerações”, conclui.

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MODELO RAYANNE RIBEIRO

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A fauna como inspiração

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Algumas pessoas, que adotam um visual retrô, como as pin-ups, podem utilizar como inspirações as divas da década de 50 e 60, que glamorizaram as estampas animais, como Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor. Antes disso, nos anos 30, o cinema apresentava o filme Tarzan, onde utilizaram vestuários com inspirações africanas. De tempos em tempos, este tipo de padronagem, também chamada de animal print, retorna às passarelas, com combinações mais modernas, e é a aposta deste outono e inverno.

Zebra

Demonstra toda uma singularidade, para se sentir única.

Do preto ao neon

A gama de figuras e cores que ficam harmonizadas com as impressões das feras é enorme, perpassa pelo visual mais clássico e atinge, inclusive, o esportivo. Por isso, até mesmo os menos ousados, também podem brincar com o visual e trazer muita elegância para o look. A tendência do verão passado abusou das cores neons e, segundo a consultora de imagem e estilo pessoal, Thaís Taveira, o animal print permite combinações que vão desde essas cores mais chamativas, até o preto.

“Mas, para não errar, o equilíbrio é tudo, então, na dúvida, prefira peças lisas e sóbrias”, aconselha.

Mix de estampas

Para quem é mais comedido, os acessórios, como sapatos, bolsas e cintos podem ser uma

Estilo

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opção mais discreta. Fazer contrapostos com peças brancas, pretas ou jeans é a dica de ouro para não carregar o visual. Já para quem é mais criativo, um mix de estampas também pode casar muito bem, como as listras e poá, que são as famosas bolinhas. A consultora conta que as estampas também ganharam coloração e, para acertar no restante da composição, é importante observar e seguir a paleta de cores da peça ou escolher tons neutros.

Onça

Demonstra determinação, força e agilidade para resolver os problemas do dia a dia.

Glam rock

Apesar da glamorização ter vindo com as divas dos anos 50 e 60, a tendência perdurou também nos anos 70, e o glam rock abusava das estampas e dos pigmentos. E engana-se quem acredita que o animal print pode ser utilizado apenas por mulheres. Quem se lembra das roupas justas de oncinha ou das botas imitando pele de cobra que artistas como Vince Neil, do Mötley Crüe, Steven Tyler, do Aerosmith, ou Axl Rose, do Guns n’ Roses usavam em suas performances? O camaleão do rock, David Bowie, também marcou o estilo ao combinar listras, bolinhas, cores variadas e sua androginia. A versatilidade da estamparia permite que você componha looks diversos, que irão se reinventar de acordo com a sua personalidade.

Ecologicamente correto

Thaís Taveira conta que as peles de animais foram utilizadas para confecção de vestuário desde a antiguidade.

Nos tempos medievais, elas foram empregadas não só para proteção do frio rigoroso, mas também como status de poder.

Quando inserida na moda e na lógica mercadológica, os animais continuaram a serem explorados, tendo o couro retirado para o consumo humano. Atualmente, a discussão envolta do lucro por meio do couro dos bichanos incita discussões acaloradas sobre a ética das empresas que optam por tais materiais e, por isso, é encontrado, com mais facilidade, na forma impressa. No Brasil, o artigo 3º, da Lei nº 5.197 proíbe “o comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos e objetos que impliquem na sua caça, perseguição, destruição ou apanha”.

Roupa x personalidade

Parte da população pode considerar que, adotar

peças

com padrões animais, é ultrapassado e, até mesmo, brega. Mas, cada pessoa possui sua individualidade e originalidade. Assim, cada escolha é influenciada por tais características. Em relação às roupas, não é diferente. Vestir-se é, também, uma forma de expressão. Para Thaís, cada estampa está relacionada a um tipo de sentimento e expressa diferentes atributos, por isso, para absorver e evocar, no dia-a-dia, estas particularidades, observar qual estampa está mais alinhada ao que deseja transmitir é essencial.

Cobra

Remete à sensualidade e demonstra transformação.

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Fé fortalecida

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Igreja Católica

A ampliação e fortalecimento das comunidades católicas, muitas vezes, resultam na criação de uma nova paróquia, o que engrandece a forania e contribui para a caminhada religiosa do povo junto à Igreja. Em Nova Lima, uma nova paróquia foi instaurada, no mês de março, no bairro Vila São José. Agora, ao todo, são seis na cidade. Cada uma delas é composta por comunidades, que estão alinhadas com a ação pastoral de cada paróquia.

Forania

A Igreja Católica Apostólica Romana é estruturada por subdivisões que possuem determinadas funções, para sua melhor organização administrativa e pastoral. Entre elas está a arquidiocese, uma diocese que é referência eclesial de uma determinada região. A Arquidiocese de Belo Horizonte se divide em regiões episcopais formadas por foranias. As cidades de Nova Lima, Raposos e Rio Acima integram a Forania Nossa Senhora do Pilar, que tem como Vigário Forâneo, o padre Eribaldo Santos. Segundo ele, as foranias “são conjuntos de paróquias que buscam partilhar sua caminhada comum”. Natural de Sergipe, ele é o administrador paroquial da Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Raposos, há três anos, e, há dois, é vigário forâneo.

Nova paróquia

A Paróquia São José, Esposo de Maria foi instaurada, no dia 19 de março, no bairro Vila São José, a partir do seu desmembramento da Paróquia de Santo Antônio, localizada no bairro Retiro.

“Geralmente, uma paróquia nasce quando as comunidades crescem e, então, ela é desmembrada de outra paróquia. A motivação é para que seja melhor assistida pastoralmente”, afirma. O processo para que a Paróquia São José, Esposo de Maria fosse elevada canonicamente durou mais de dois anos. Padre Maicon de Paula é o pároco responsável por ela desde novembro do ano passado. O local, recém instaurado, foi reformado e teve sua capacidade ampliada para 350 pessoas.

Nova comunidade

Uma nova comunidade também está em fase de criação. Segundo padre Maicon, o bairro Jardim Montanhês sediará a comunidade de Nossa Senhora Aparecida, que irá integrar a Paróquia de São José, Esposo de Maria. Assim como as paróquias, as comunidades nascem pela demanda observada em cada região, pela necessidade do povo. Celebrações nas casas do bairro já estão sendo realizadas, com a participação das famílias. De acordo com o padre,

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Nossa Senhora Aparecida foi eleita pela devoção do próprio povo e pela necessidade de a paróquia ter uma comunidade dedicada a Nossa Senhora.

“Futuramente, a comunidade vingando, tendo toda uma estrutura, a gente começará a pensar na ideia de uma nova igreja. E, então, trabalharemos na arrecadação para a compra de um lote, para a elevação dela”, explica.

Organização das paróquias de Nova Lima Paróquia Nossa Senhora do Pilar

As comunidades que integram a paróquia, matriz da cidade, são divididas em três setores.

Setor São José: Nossa Senhora do Rosário (Rosário), Sagrado Coração de Jesus (Mingu), Imaculado Coração de Maria (Mina D’água) e Pequena Comunidade de Vida e Oração Santa Cruz (Areião do Rosário).

Setor São Thiago Maior: Santa Cruz (Cruzeiro), Pequena Comunidade de Vida e Oração Nossa Senhora da Piedade (Cruzeiro), Santa Terezinha (Montevidiu) e São Sebastião (Galo).

Setor Nossa Senhora do Pilar: Nossa Senhora do Pilar (Centro), Nosso Senhor do Bonfim (Bonfim), São Sebastião (Cascalho), Santa Bárbara (Vila Operária), Pequena Comunidade de Vida e Oração Divino Espírito Santo (Rua Nova).

O pároco, Padre Célio Xavier, está na paróquia, há quatro anos, e diz ter construído relações significativas nesse período. Contribuiu com a formação da identidade da paróquia, por meio das atividades pastorais, junto de outros padres e das comunidades. “A experiência significativa tem mais a ver com a experiência do serviço, de você não vir para ser servido. Eu vim para servir, como Jesus fez. Nós padres devemos ser um tapete para que as pessoas passem por nós e encontrem o sentido da vida, encontrem Deus”, afirma.

Paróquia Santa Efigênia

Comunidades que integram a paróquia:

Santa Efigênia (Cristais), São Geraldo (Chácara Bom Retiro), Santa Luzia (Monte Castelo), São Luiz Gonzaga (Vila São Luis), Nossa Senhora da Conceição (Campo do Pires), Nossa Senhora Aparecida (BNH), Divino Espírito Santo (Vale da

Esperança), São Francisco (Condomínio Vila do Ouro), Santa Clara (Condomínio Veredas das Geraes), Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Oswaldo Barbosa Pena) e Sagrada Família (Alvorada).

O pároco Fernando da Silva completa, nesse mês, 14 anos de ordenação. Nascido e criado em Nova Lima, passou por várias paróquias fora da cidade.

Esteve também na Paróquia de Honório Bicalho e, em novembro, assumiu a Paróquia de Santa Efigênia. Ele diz estar muito feliz, por ter se identificado com a paróquia e ter sido muito bem recebido. “Acredito que o povo tenha se identificado comigo também, por estar correspondendo ao trabalho que é feito dentro do que pede a Arquidiocese. É um povo que quer crescer na sua espiritualidade e o que eu tenho feito é tentado ajudar a alinhar esse desejo com o desejo da igreja”, diz.

Paróquia Santo Antônio

Comunidades que integram a paróquia: Santo Antônio (Retiro) e Santa Terezinha (Boa Vista).

Com quase 23 anos de vida ministerial, o padre Danil dos Santos é natural de Caeté e está à frente da paróquia de Santo Antônio há sete meses.

Depois de atuar doze anos no Santuário de Santa Luzia, na cidade de Santa Luzia, o pároco conta que a experiência em Nova Lima tem sido diferente do que viveu e que está se adaptando tranquilamente.

“Estou satisfeito e muito feliz em estar aqui. O povo é muito acolhedor”, acrescenta.

Paróquia São José, Esposo de Maria

Comunidades que integram a paróquia:

São José, Esposo de Maria (Vila São José), Santo Agostinho (Vale dos Cristais), São Vicente (Dois Coqueiros), Divino Espírito Santo (Cariocas), Sagrada Família (José de Almeida) e Divino Pai Eterno (Jardim de Petrópolis).

O pároco da mais nova paróquia da cidade é o padre Maicon de Paula. Filho de Nova Lima, logo depois de sua ordenação, atuou por cinco anos na paróquia São Judas Tadeu, no Jardim Canadá. No ano passado, foi transferido e ajudou a finalizar o processo de instauração. Ele diz ser grato a Arquidiocese por permitir que ele trabalhe na cidade

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natal. Além disso, se sente realizado e desafiado com sua missão pastoral. “Começar uma nova paróquia é um trabalho muito bonito, mas é desafiador porque precisamos organizar toda a parte estrutural. O trabalho que foi feito até a elevação, precisa agora ter continuidade”.

Paróquia São José Operário

Comunidades que integram a paróquia:

São José Operário (Honório Bicalho), Nossa Senhora Aparecida (Honório Bicalho), Santa Rita (Santa Rita), São Francisco (Nova Suíça), São Judas Tadeu (Alto do Gaia), Nossa Senhora de Fátima (Bela Fama), Nossa Senhora de Lourdes (Rio de Peixe), Nossa Senhora Auxiliadora (Rio de Peixe) e Santuário Bom Jesus do Matozinhos (Honório Bicalho).

Padre Alisson de Oliveira é da cidade de Contagem. Ordenou-se em novembro do ano passado e iniciou seu ministério como administrador paroquial na Paróquia São José

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Operário.

Ele se mostra empolgado com sua atuação.

Reformulou a programação da Semana Santa na paróquia e está admirado com a devoção do povo. “Na Semana Santa, tivemos a procissão de depósito de Nossa Senhora das Dores e foi tão bonito ver a presença das mães! Não era um grupo grande, cerca de vinte mulheres, mas que mesmo debaixo de chuva fizeram a caminhada com Nossa Senhora”, relata.

Paróquia São Judas Tadeu

Comunidades que integram a paróquia e a área pastoral Nossa Senhora Rainha dos Anjos:

São Judas Tadeu (Jardim Canadá), São Judas Tadeu (Retiro das Pedras), São Francisco de Assis (Jardim Canadá), São Francisco (Morro do Chapéu), Nossa Senhora Aparecida (Jardim Canadá), Nossa Senhora Aparecida (Capela Velha), São Sebastião (São Sebastião das Águas Claras), Nossa Senhora de Fátima (Vale do Sol), Nossa Senhora das Graças

(Condomínio Miguelão), Nossa Senhora Boa Mãe (Alphaville), Nossa Senhora Aparecida (Estoril), São José (Água Limpa) e Santa Terezinha (Água Limpa).

Nascido e criado em Belo Horizonte, o padre Ronaldo Brito tem um ano e cinco meses de ordenação. O administrador paroquial conta que a realidade do bairro Jardim Canadá, onde se localiza a paróquia, é diferente e um tanto desafiadora pelo grande número de imigrantes, que acabam formando famílias sem orientação. Além da situação precária que pessoas de algumas regiões vivem. “Em um levantamento que estamos fazendo descobrimos algumas realidades. O motivo de a juventude daqui estar sendo pais e mães com pouca experiência de vida, é a migração. Descobrimos que algumas pessoas moram em cortiços, barracas de lona, então é uma realidade difícil”, relata. Mas, os desafios só fortalecem sua caminhada. “Estou muito feliz com meu ministério, com aquilo que Deus me confiou e com o que eu estou realizando aqui”, conta.

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Prefeitura duplicará parte da estrada entre o Trevo da Máquina e o viaduto localizado próximo ao bairro Chácara Bom Retiro

Duplicação da MG-030 Capa

A MG-030 é a rodovia que liga as cidades de Nova Lima, Raposos e Rio Acima a Belo Horizonte. Entre os anos de 1997 e 2003, a parte da estrada que liga Nova Lima à capital mineira - entre o Trevo da Máquina e o Vila da Serra - foi totalmente duplicada, sob o comando do então prefeito da cidade, Vitor Penido (DEM). Passaram-se 16 anos e, novamente, na administração dele, a duplicação da rodovia será estendida. Agora, entre o trecho do Trevo da Máquina e o viaduto próximo ao bairro Chácara Bom Retiro - correspondente aos quilômetros 18,9 e 24,78 da rodovia.

Conclusão em 2020

O prefeito afirma que a obra está prevista para acabar no meio do ano que vem. “O projeto para a duplicação já está pronto e a licitação iniciará dentro de 15 dias. Garanto que a obra será concluída entre junho e agosto de 2020. O custo total da duplicação gira em torno de R$ 15 milhões e será todo bancado com recursos do município”, explica o gestor municipal.

Fim do congestionamento

Recuperação da máquina pública

De acordo com o prefeito, a duplicação dará fim aos constantes congestionamentos cujo trecho da rodovia passa, diariamente, seja dentro ou fora do período de pico, além de modernizar a via e dar mais segurança aos usuários. “Somos uma cidade minerária, assim, o fluxo de caminhões é intenso.

Com isso, nessa parte da rodovia não duplicada, basta um caminhão passar, para o congestionamento se formar entre o Trevo dos Cristais até o Trevo da Máquina. Mas, graças a Deus e à nossa equipe, vamos dar fim a esse incômodo pelo qual passa a nossa população”, comemora Vitor Penido.

O prefeito de Nova Lima comemora a situação econômica vivida pelo município. “Ao retornar à prefeitura, encontramos a cidade totalmente quebrada, com salários de servidores públicos atrasados, pagos de forma parcelada, e fornecedores sem receber. Além disso, serviços de prestação básica à população estavam paralisados”, recorda. Segundo o gestor municipal, a partir do zelo em gastar o dinheiro público, em menos de dois anos, foi possível acertar a cidade e recolocála nos trilhos.

“Cidade no caminho certo”

100% de via dupla

O projeto de duplicação evitará extensos arrimos e grandes cortes de rochas. A terraplanagem seguirá os locais de cortes mais fáceis. No Trevo das Quintas, existirá uma interseção em dois níveis, aonde para entrar no bairro, será construída uma via que passará por baixo da estrada. “Elaboramos um projeto, o mais em conta possível, mas mesmo assim, todo o trecho que será duplicado, terá 100% de duas vias, dos dois lados da estrada”.

dá acesso à Avenida José Bernardo de Barros, próximo ao Supermercados BH. Desde o início deste ano, a prefeitura também é responsável pelo trecho da MG-030, localizado entre o Vila da Serra e o Vale dos Cristais. “Apenas seis trechos de rodovias estaduais foram municipalizados e Nova Lima é a responsável por dois deles. Em um estado onde 99% das cidades estão com graves problemas e desejam se livrar de financeiros responsabilidades, nós damos exemplo de gestão e faremos as obras, reparos e a manutenção desses trechos”, salienta.

Municipalização da MG-030

A duplicação foi possível, após o estado, por meio do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de MG (DEER), transferir ao município a responsabilidade pelo trecho da MG-030, compreendido entre os trevos da Máquina e ao que

Vitor mostra-se entusiasta com o futuro da cidade e se diz orgulhoso do trabalho que desenvolveu.

“Voltamos a ser a melhor cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com o empenho da minha equipe, temos, hoje, uma cidade limpa, a melhor saúde, a melhor educação e muito mais. E, não paramos aqui! Após todo esse empenho de reorganizar a casa, partimos agora para 50 obras de melhorias da cidade, que iremos realizar até o final do mandato”, finaliza Vitor Penido.

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Dicas

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Na foto, ele tinha 6 anos, hoje tem 51.

Cresceu no bairro Vila Passos, atualmente mora no Cascalho.

Ama estar com os filhos.

Atleticano doente, gosta de jogar bola aos fins de semana.

Possui uma loja de consertos de eletrodomésticos.

Já sabe quem sou? Descubra na próxima edição!

Os misteriosos da última edição são os irmãos Altair (Tail) e Carlos Almeida (Pepêta).

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Delatorvi, artista nova-limense em ascensão, evidencia importância de questões étnicoraciais serem pautadas dentro das instituições

Jovem Prince Talento

O Trap é considerado um subgênero do RAP. Com batidas mais aceleradas e agressivas, faz diferentes abordagens em relação às melodias do gênero no qual se originou. Mixagens com músicas eletrônicas, efeitos metálicos e sintetizadores fazem parte do estilo. O artista nova-limense, Delatorvi, também conhecido como Jovem Prince, é um adepto. Em ascensão, já conquistou reconhecimento de artistas importantes do cenário musical. A convite do Jornal A Banqueta de Notícias, contou sobre a temática de suas composições, que, em muitas das vezes, retratam o cotidiano de um jovem negro na sociedade.

“Homem negro, mundo branco”

A sua primeira mixtape foi o famoso “pé na porta”, intitulada como Homem Negro, Mundo Branco, lançada em 2016. Na capa, uma criança acorrentada. Era ele mesmo, na infância, quando participou de uma encenação para comemorar os 500 anos do Brasil. “Eu interpretei um escravo. A música era da Xuxa, que colocava a princesa Isabel como heroína. Na minha sala não tinham muitos negros e para completar o elenco dos escravizados, colocaram até uma maquiagem mais escura em uma aluna. Só depois de anos é que você reflete e percebe que tudo isso soa bizarro. Comemorar o quê?”, questiona.

Desdobramentos do racismo

Ele estudou em um colégio particular e católico e conta que sempre desenhou Jesus Cristo com lápis cor de pele. Na época, o único disponível remetia ao tom dos caucasianos. Para o nova-limense, o cotidiano de uma criança negra, em espaços predominantemente ocupados por pessoas brancas, como as escolas particulares do Brasil, causa um choque cultural. “Eu tenho quatro irmãos negros, mas na minha escola não tinha ninguém igual a eles”, revela. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2006, evidencia que apenas um terço dos alunos matriculados em escola particulares se autodeclararam negros, já nas escolas públicas, o

índice sobe para 56%. Para ele, essas condições interferem na construção de identidade da população negra. “Quando falo sobre essas coisas, algumas pessoas conseguem compreender, mas outras preferem achar que não tem nada demais”, conta.

Estado genocida

Os noticiários escancaram, diariamente, nas telas das televisões e nas páginas dos jornais, a violência em que a periferia lida. Nas entrelinhas, acaba por registrar a violência policial e o racismo estrutural da sociedade. De acordo com o Atlas da Violência de 2018, a taxa de homicídio de pessoas não negras, diminuiu 6,8%, já a de negros, aumentou 23,1%. No Brasil, 71,5% das pessoas assassinadas são negras. Algumas histórias tomam mais proporções do que outras, como foi o caso do músico, carioca, Evaldo Rosa, que morreu pelas mãos de uma instituição feita para servir e proteger.

“Não foram só 80 tiros. Teve outro caso também, dos meninos que saíram para comemorar o primeiro salário, levaram 111 disparos. É todo dia, é toda hora. O Estado é abertamente genocida conosco e as pessoas conseguem encontrar justificativas para esses atos. Confundir uma família com bandidos e dar 80 tiros de prévia?”, indigna.

Questões étnico-raciais

Para Delatorvi, o afro-brasileiro ainda não entende o motivo de ser o principal alvo das vítimas fatais no país. “As pessoas que têm conhecimentos étnico-raciais, devem informar as outras, para que possamos estar cientes do que pode acontecer com a gente. Não é nem para nos fortalecermos, mas entendermos porque estamos morrendo”, reitera.

Segundo o músico, essa falta de entendimento acontece, dado que as discussões sobre raça ainda são superficiais nas instituições. A exemplo disso, sua participação, como escravo, na encenação para celebrar os 500 anos de Brasil, que colocou uma princesa branca como o símbolo máximo de resistência da população negra. “E, em paralelo, Dandara e Zumbi, que são heróis negros, são

tratados de forma folclórica”, afirma.

Pretos no topo

Sua música, Para sempre 21, que já atingiu mais de 100 mil plays, denuncia o dia-a-dia das abordagens policiais e humilhações sofridas por causa da cor da pele. Ele conta que, todas as vezes que entrou em uma conhecida loja de roupas de marca, em Belo Horizonte, a sensação é de que estava em uma cidade europeia. Os poucos negros, presentes ali dentro, exerciam funções na área da limpeza ou segurança. O atendimento - para ele e seu pai - era demorado. “Eu gosto do estilo das roupas vendidas por eles, mas os atendentes desacreditavam que eu estava ali para consumir. Por isso, resolvi fazer essa música”, explica. Na letra, ele conta sobre os produtos de marca e as barras de ouro, não com o intuito de ostentar, mas para afirmar que pessoas negras também estão, e podem estar, no topo.

“Uma semente plantada”

Fã do Prince, ele conta que o artista chama sua atenção porque não exercia o papel típico do homem alfa, sem perder a autoconfiança. Ainda, apesar de utilizar cores e adereços caracterizados como femininos, o cantor era visto como sexy, pelas mulheres. “Da mesma forma, eu uso esmaltes e roupas femininas. Isso desmistifica o papel do homem preto agressivo. E ainda, também acaba por quebrar estereótipos dentro do Trap, que é muito machista e, por vezes, até misógino”, conta.

Delatorvi já reúne mais de 40 músicas, 16 videoclipes, três mixtapes, além de colaborações com grandes nomes, como Raffa Moreira, Djonga, Makalister e Lay. Inclusive, foi citado pelo rapper Emicida, como “o encanto de uma semente plantada no lugar certo”.

Conheça o artista

Facebook: /delatorvimc Instagram: @delatorvi Twitter: @delatorviSVG Spotify, Deezer e Youtube: Delatorvi

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Villa reverte punição

Na última terça-feira, o Pleno do TJD-MG confirmou os obtidos nos resultados gramados e com isso, o Villa Nova permanece na Primeira Divisão do Campeonato Mineiro. Por 6 votos a 2, os auditores do TJD-MG reconheceram a prescrição da reclamação feita pela equipe do Guarani, acatando assim, o recurso do Leão do Bonfim, que havia sido punido com a perda de 16 pontos, e o consequente rebaixamento ao Módulo II, pela escalação irregular do Pinguim em quatro jogos no Mineiro. É bom salientar que o Guarani deve entrar com recurso a ser julgado em segunda e última instância no STJD no Rio de Janeiro. O julgamento final deve ocorrer em 60 dias. Categorias de base: No último sábado, o Sub-20 do Villa perdeu, por 3 a 0 para o Cruzeiro, em Nova Lima. Neste domingo (05), os

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garotos do Leão enfrentam o Boston City, às 10h, em Manhuaçu. Já as equipes do Sub-15 e Sub-17 estreiam no Campeonato Mineiro, na próxima quarta-feira (08), em Ouro Branco, onde encaram o Bétis, às 13h e 15h. O treinador do Sub-17 é Eduardo Bernardes Fontes, professor de educação física e treinador licenciado pela CBF. No Sub-15, Everton e Carlinhos, ex-atletas do Leão e moradores de Nova Lima, dividem o comando do time.

Lançamento do álbum: Neste sábado (04), às 10h, no campo do Villa Nova, haverá o lançamento do álbum de figurinhas do Leão do Bonfim, com uma partida de futebol entre os ex-craques do time nova-limense. Em seguida, haverá um almoço de confraternização, fechado para os ex-atletas. No campo, os primeiros exemplares estarão à venda pelo preço de R$ 50. Posteriormente, estarão à venda no Luis Fotógrafo, na Villa dos Esportes e na Banca Nossa Senhora do Pilar. Cruzeiro: Na última quarta-feira (01), o Cruzeiro enfrentou o Ceará, vencendo a partida por 1 a 0. Uma partida marcada pelo primeiro gol de Thiago Neves, no ano, com a camisa celeste. O jogador terá grande importância

para a equipe no decorrer desta temporada. Outro que se destacou, foi Dodô. O lateral, que vem brigando com Egídio pela vaga de titular na equipe cruzeirense, fez uma partida muito segura. A Raposa recebe o Goiás, neste domingo, às 16h, no Mineirão. Galo: com a vitória do Atlético em cima do Vasco, em pleno Estádio de São Januário, o Galo quebrou um tabu que durava mais de 15 anos no campo do cruz-maltino. Destaque para Elias, que fez uma partida segura, além de um belíssimo gol.

A dupla de zaga titular voltou ao time e tanto Réver, quanto Igor Rabello, conseguiram ser firmes e ganhar praticamente todos os lances, sobressaindo muito no jogo. Outro que fez uma boa partida, foi Yimmi Chará, que além do golaço que marcou, com um chute no ângulo, se doou muito na partida, mesmo quando precisou atuar na parte central do campo. Destaque negativo do jogo, ficou com Fábio Santos, que além de errar muitos passes, falhou no lance do Gol de Maxi López, quando deu condição para o atacante marcar. No próximo sábado, (04) o Galo volta a campo para enfrentar o Ceará, em Fortaleza, às 21h.

No Fundo do Baú

Esta semana, vamos homenagear o Resplendor Futebol Clube, do ano de 1974. Na época, a equipe comandada por Teca, era destaque na região e considerada, por muitos, como uma das melhores formadas pelo time do Bonfim.

Em pé: Teca, Binha, Marcondes, Délcio, Silico, Rui e Careca.

Agachados: Wilsinho, Marquinhos, Rony, Onofrinho e Mário “Serralheiro”.

Resplendor Futebol Clube

Enquete - Quais foram os melhores jogadores do Resplendor Futebol Clube, do ano de 1974? Envie sua resposta para o e-mail: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!

Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores do Resplendor F. C., do início da década de 80, foram: em 1º lugar, com 60% dos votos, Mirinho. Em 2º lugar, com 30%, Marcinho. E, em 3º lugar, com 10% dos votos, Marquinho.

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Festa do Trabalhador

Tradição em Nova Lima, a Festa do Trabalhador, promovida pelo Sindicato dos Mineiros, aconteceu na última quarta-feira (1). O evento foi gratuito e contou com diversas atrações: Banda do Marcão, Simples Assim, Trad+ e a dupla Bruno & Clayton, que reuniu diversos artistas no palco para fazer um encontrão sertanejo. Mas, não foram só os adultos que puderam aproveitar a festa. O local também contou com o Espaço Kids, que fez a alegria da criançada, com variados brinquedos, além de show musical destinado ao público infantil.

Fotos: André Solano

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