A Banqueta 491

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João Victor Moraes / Prefeitura de Nova Lima

Semáforos entrarão em funcionamento Trânsito do Bonfim

Concurso

público Pág.06

Prefeitura de Nova Lima protocola na Câmara de Vereadores Projeto de Lei que visa a contratação de 50 agentes para a Guarda Civil Municipal

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A vida por dentro de uma ocupação

Resistência

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Menino de 5 anos faz sucesso em rodeios

Cowboy da Mamadeira

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Suspeito de chefiar tráfico de drogas é preso

Matadouro

Vergonha de ponte

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Direto da Comunidade

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A Banqueta O feitor ainda vive

Um jovem negro foi pego furtando. Como punição, o deixaram nu. Amarraram, marcaram suas costas com chibatadas durante quarenta minutos - através de fios elétricos trançados e para abafar seus gritos, o amordaçaram. Durante a ação, risos e intimidações. Para finalizar, o ameaçaram de morte. Esse tipo de acontecimento parece do período escravocrata. Mas, aconteceu em agosto de 2019. Os acusados foram dois seguranças da rede de supermercados Ricoy, em Villa Joaniza, no extremo sul de São Paulo. A punição, até o momento afastamento do cargo. O açoite foi registrado em vídeo e o objeto furtado foi uma bagatela: um chocolate.

Em 2014, um adolescente foi preso a um poste, por meio de uma tranca de bicicleta, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Deixaram-no nu e espancaram seu corpo, literalmente, em praça pública. De acordo com seu depoimento, os autores foram dois rapazes, que estavam de moto. No mesmo ano, em São Luís, no Maranhão, Cleidenilson da Silva, de 29 anos, morreu de joelhos. Mais uma vez, amararam um corpo nu ao poste, pelo pescoço e abdômen. Foi espancado por um grupo de moradores, após um assalto frustrado em um bar da região.

Oportunidades de emprego

Fundação Hospitalar Nossa Senhora de Lourdes contrata coordenador geral de enfermagem. Necessário experiência em gestão de equipe de enfermagem. Desejável pósgraduação na área hospitalar. Enviar currículo para o e-mail: recrutamento@fundacaohospitalar.co m.br.

Agente de vendas (Belo Horizonte). Necessário ensino médio completo. Desejável experiência na área. Horário: 6h20/dia. Salário: R$933 + benefícios. Enviar currículo: rh@acaocontactcenter.com.br.

Operador de telemarketing (Belo Horizonte). Necessário ensino médio completo. Horário: 6h20/dia. Salário: R$933 + benefícios. Currículo: rh@acaocontactcenter.com.br. t Técnico em informática (Belo Horizonte). Necessário experiência na função e CNH A. Salário: R$ 1.650 + benefícios. Enviar currículo para: cleberleao@uaibyte.com.br.

O linchamento, no Brasil, acontece desde a escravidão e assombra a vida da população negra até os dias atuais. Nas décadas de 20 até 60, enquanto a Ku Kux Klan incendiava e linchava a população negra norte-americana, o Brasil vendia sua imagem de paraíso da miscigenação. O mito da democracia racial, advinda da mistura dos povos, foi afirmada por estudiosos e corroborada pelo jornalista Gilberto Freyre, em 1933. Enquanto isso, o Estado promovia um verdadeiro genocídio da população negra no país. A escravidão parece que acabou, mas os feitores continuam vivos. Não andam mais a cavalo pelas plantações de cana, café ou algodão, são cidadãos comuns. Frente fria que passa pelo litoral Sudeste deverá aumentar a nebulosidade na RMBH. Sol entre nuvens

Quinta Mín: 16º Máx: 29º

Sol entre nuvens

Sexta Mín: 15º Máx: 26º

Sol entre nuvens

Domingo Mín: 14º Máx: 28º

Sol entre nuvens

Sábado Mín: 14º Máx: 27º

Jornal A Banqueta de Notícias - 491ª Edição

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Vergonha de ponte

Direto da Comunidade

“A ponte que dá acesso aos bairros Mingu e Boa Vista está caindo aos pedaços. As madeiras estão soltas, cheias de buraco e cupim. Não tem iluminação pública, então à noite o risco de machucar é maior.” Marcos Vinícius Mingu

Resposta - A AngloGold Ashanti informou que a ponte é de responsabilidade da Prefeitura de Nova Lima, mas que doará 30 pranchões de madeira. Já o órgão municipal afirmou que aguarda o repasse dos pranchões para realizar os serviços, inclusive, a instalação de barreiras físicas, para impedir a circulação de motocicletas e garantir melhores condições de acesso aos pedestres. Sobre a iluminação, aguarda o processo licitatório para Contato: 31 3541-5701

O jornal A Banqueta de Notícias se exime de qualquer responsabilidade BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 98569-2926 ou abanqueta@gmail.com sobre opiniões e pontos de vistas expressos em artigos, anúncios e Diretor: Frederico Sarti Mendes publicações assinadas que Jornalista responsável: Júnia Rodrigues exprimam conotações políticas, Redação: Júnia Rodrigues, Mariana Lacerda e Camila Madeira religiosas ou sociais, por não Diagramadora: Sônia Souza refletirem as convicções desta Diagramadores aux.: Jordana Matos e Tatiana Dias Comercial: Clauzy Barbosa: 99847-9631-Efigênia Veloso: 98848-4388 diretoria. Reservamo-nos o direito de erro gráfico. Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares

contratação da empresa responsável pela execução do serviço.

“Parabenizo a TV Banqueta por colocar em sua programação um programa esportivo que divulga o trabalho das pessoas de nossa cidade. A iniciativa é importante para facilitar que o atleta consiga angariar patrocínios e apoios para participar de competições.”

Alô Banqueta

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Cláudio Figueiredo Bonfim


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Concurso público Capa

Prefeitura de Nova Lima protocola na Câmara de Vereadores Projeto de Lei que visa a contratação de 50 agentes para a Guarda Civil Municipal

Desde 2004, a Prefeitura de Nova Lima não realiza concurso público para a contratação de novos agentes para a Guarda Civil Municipal (GCM). Atualmente, com o efetivo total de 92 guardas, sendo 15 mulheres e 77 homens, o objetivo da atual gestão é ampliar esse contingente. Para isso, o Poder Executivo protocolou na Câmara Municipal de Nova Lima, na última sexta-feira, 30 de agosto, um Projeto de Lei (PL) que visa a criação de 50 novas vagas para a GCM. Em conformidade com a lei, para que o concurso público seja realizado, é necessário que o Poder Legislativo aprove o PL, votação ainda sem data confirmada na Casa.

Segundo a prefeitura, a lei previa um efetivo de 60 guardas, mas apenas 36 vagas foram preenchidas. Ainda de acordo com o governo municipal, em 2002, um novo processo seletivo foi realizado, e 62 agentes selecionados, totalizando um número de 98 guardas no município. Já em 2004, a prefeitura foi obrigada a realizar um concurso público, onde foram efetivadas 110 vagas, ficando assim o efetivo da cidade. A prefeitura esclarece que nesse concurso todos os servidores que passaram nos processos seletivos de 2001 e 2002, tiveram que realizar o concurso, para aí sim terem seus cargos efetivados.

A Guarda Civil Municipal de Nova Lima foi criada por meio da Lei 1.680 de janeiro de 2001, no governo do atual prefeito Vitor Penido (DEM), que exercia seu 5º mandato no comando da prefeitura. “Quando criamos a Guarda Civil Municipal, sabíamos da importância que seu trabalho teria para Nova Lima. Desde então, ficou comprovado que estávamos certos, haja vista sua atuação na proteção do patrimônio público, no ordenamento do trânsito e até mesmo, na colaboração conjunta com outros órgãos de segurança pública”, afirma o prefeito.

Há cerca de cinco anos, houve a tentativa para a realização de um novo concurso público em Nova Lima para a GCM. A Prefeitura da cidade - na gestão do ex-prefeito Cassinho Magnani (MDB) - lançou, em março de 2014, o edital para concurso destinado ao preenchimento de 100 vagas. Na época, o governo municipal informou que a medida foi baseada na previsão orçamentária, cuja expectativa era de crescimento da arrecadação municipal. Foram 4.487 inscritos (sendo 1.378 mulheres e 3.109 homens) e 500 pessoas foram classificadas para a terceira e última etapa do processo.

Em 2001, foi realizado o primeiro processo seletivo para a contratação da Guarda Civil Municipal.

Mas, em 27 de novembro de 2014, a notícia do cancelamento do concurso da GCM foi divulgada

Criação da GCM

Processos seletivos, depois concurso público

Concurso cancelado em 2014

Decepção dos concurseiros

pela prefeitura, o que decepcionou os novalimenses, principalmente, aqueles que sonhavam com a possibilidade de se tornarem agentes municipais. Na época, a justificativa do poder público para interromper o processo seletivo foi a necessidade de o município adequar-se a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois em agosto de 2014, os números indicavam o comprometimento de mais de 59% da receita líquida municipal com a folha de pagamento, sendo o teto de 54%. A queda da arrecadação pública, devido à crise do minério, foi a explicação da prefeitura para o desnível entre a receita do município e o limite de gastos com funcionários.

Expectativa

Segundo Vitor Penido, ao retornar ao governo, no final de 2016, ele encontrou um efetivo menor do que o deixado em 2004; como aponta o prefeito, dada a irresponsabilidade das gestões passadas ao tratar o assunto, a ponto de cancelar um concurso que tinha sido realizado. Para ele, a expectativa, agora, é de que o Projeto de Lei seja aprovado pelos vereadores para a realização de um novo concurso. “Nova Lima cresceu muito, as demandas também aumentaram e, embora nosso governo tenha investido na melhoria das condições de trabalho dos agentes, o aumento do efetivo é absolutamente necessário”, conclui.


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A ocupação Canto do Rio não existe mais. Ficava localizada atrás do Campo do Olaria, próximo à UPA José Adelson, no bairro Chácara Bom Retiro, em Nova Lima. A prefeitura da cidade retirou todas as famílias do local, que hoje moram por meio do aluguel social em uma moradia digna. Um dos antigos moradores, Gilberto Borges, conta que morou por ali, aproximadamente, seis anos, com sua esposa e filha. Durante este tempo, cerca de 21 famílias também partilhavam daquela terra. Mas, agora, no local, restaram apenas os escombros das paredes que, um dia, já foram morada. Uma roupa de criança ainda pode ser encontrada no terreno, como também o suporte para alguns cabos de energia que os moradores puxavam da própria rede elétrica para conseguirem luz. Encontrar com os restolhos, traz uma reflexão: como será viver numa ocupação?

Resistir para sobreviver

Há cerca de dois meses, as famílias do Canto do Rio foram remanejadas para aluguéis sociais, em residências localizadas no próprio bairro Chácara Bom Retiro, próximo à antiga ocupação. Agora, aguardam os trâmites da Justiça para retornarem ao local e morarem legalmente. “As coisas, em uma ocupação, só acontecem por meio de muita luta. Por isso, algumas pessoas nos chamam de baderneiros, porque só somos ouvidos quando gritamos”, indigna. Gilberto conta que quando chegou, já existiam famílias que resistiam há cerca de 20 anos no terreno. Ele lembra que, até hoje, apesar de ter melhorado, os olhares da população ainda são preconceituosos. “Tudo que a gente quer é trazer a sociedade para dentro, principalmente, aqueles que acreditam que por aqui só existem bandidos, para eles verem que somos trabalhadores”, afirma.

Comer ou pagar aluguel?

Existem relatos que algumas pessoas vendem as

ocupação Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 5 a 11 de setembro de 2019

Por dentro de uma Perseverança

A luta diária, os sonhos e as conquistas dos moradores que resistem

terras que ocupam. Para Gilberto, esse é um dos principais argumentos para justificar a posição contrária, de algumas pessoas, em relação às ocupações. “Nós defendemos quem precisa de moradia. Uma vez uma autoridade me mostrou fotos de uma venda. Se eles sabem quem são, por que não os prendem?”, questiona Gilberto.

Seu companheiro de luta, Anderson Oliveira, conhecido como “DVD”, responde. “Porque é mais fácil criminalizar. Assim, eles generalizam aqueles que estão em ocupações como aproveitadores e então justificam a falta de interesse em resolver o assunto”. De acordo com ele, a maioria dos moradores são faxineiras, cozinheiras, pedreiros, motoristas e mototáxis. Gilberto trabalha com construção civil. Morava em uma casa no bairro Cruzeiro, mas sua renda não conseguia suprir as necessidades básicas de um cidadão: ou comia ou pagava aluguel - os dois, ao mesmo tempo, não dava. Por isso, ocupou.

Canto do Rio

Na ocupação do Canto do Rio existia a parte alta e a baixa, onde Gilberto morava. Neste trecho seis casas: duas de madeirite e quatro de tijolos. A água, retirada do campo de futebol do Olaria, muitas vezes era cortada, até conseguirem uma quantidade específica disponibilizada. Já a luz, até mesmo foi motivo de prisão. “Crime não é ligar um ‘gato’. Crime é deixar alguém sem moradia, energia e água”, desabafa Anderson. No terreno havia pequenas hortas espalhadas, até mesmo um bananal, que serviam para auxiliar na subsistência daquela população.

Comprovante de endereço

Para chegar a antiga casa de Gilberto, era preciso descer uma ribanceira. “Em dia de chuva, escorrega igual quiabo e é tudo muito escuro. Imagina sair para trabalhar de manhãzinha? Para as crianças

irem para escola, tínhamos que amarrar sacolas nos pés, por causa do barro”, lembra. Outra dificuldade é em relação aos atendimentos que necessitam de cadastro domiciliar. A falta de endereço faz a manutenção do sistema de exclusão. “Se você precisar de atendimento médico, é tratado diferente. Para fazer um cadastro de uma criança em uma escola pública, temos dificuldades e até mesmo quando, finalmente, conseguimos um emprego, um dos documentos que solicitam é o comprovante de residência”, conta.

Ausência de políticas habitacionais

Anderson cita as ocupações Fênix, localizada atrás do campo do Bela Fama, Canaã, entre os fundos dos bairros Alto do Gaia e Nova Suiça, e a Vila da Mata. A última é tão grande, que foi dividida em I, II e III. Segundo Gilberto, por ali vivem em torno de 650 famílias. Ao subir a rua, na entrada da II, uma criança molha algumas mudas de plantas. “O que nós, de ocupações, queremos é isso. Uma casinha para morar e plantarmos uma horta”, diz. Enquanto o carro tem dificuldade para subir as ruas, uma poeira avermelhada se levanta, invade o veículo, olhos, boca e nariz. O gosto de terra é inevitável. “Uma ocupação só existe quando não há programas e políticas habitacionais. Se não fosse isso, para onde iriam tantas pessoas?”, questiona Anderson.

Ocupar não é invadir

Ele aproveita para explicar a diferença entre invasão e ocupação. “Imagina você dentro da sua casa e, de repente, uma pessoa entra ali. Isso é errado, isso é invadir. Agora, imagina alguém entrando numa terra que não é utilizada por absolutamente ninguém, que não está cumprindo sua função social. Isso é ocupar”, exemplifica. O militante também esclarece que existem diferenças entre as ocupações. Para ele, em Nova Lima, a maioria foi espontânea. “Uma ocupação organizada é quando um movimento social estuda os terrenos e reúnem as famílias necessitadas para ocupar. Esse processo


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é demorado. Já a espontânea, uma família chega e se instala. Logo depois, vem outra e, assim, vai crescendo”, conta.

Medo que assombra

Anderson explica que, geralmente, as famílias ficam por ali até que seja expedida a ordem de reintegração de posse. Diante disso, procuram um advogado. Mas, já é tarde demais. “Se a ordem já saiu é porque já passou pela Justiça e a família já perdeu o direito a terra”, afirma. Dessa forma, buscam ajuda dos movimentos sociais. “Todo mundo aqui nessa ocupação está com ordem de despejo. Sem tirar nem por”, conta. Gilberto complementa: “Imagina você sair para trabalhar com o medo de voltar e não ter sua casa em pé? Família nenhuma se estrutura dessa forma. Isso é muito dolorido”, desabafa. Ele conta que nem todas as casas, da ocupação II, tem acesso à água. Assim, para resistir, a coletividade precisa

prevalecer.

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Sonhos e saudade

A estrada de terra dificulta ainda mais o deslocamento daquela população para o centro da cidade. “Uma vez caiu um raio em um menino aqui dentro, a ambulância não subiu. Se tiver um companheiro que tem carro, então conseguimos levar para o médico, senão tiver... coloca no carrinho de mão, nas costas”, conta Gilberto. Logo à vista, uma criança brinca sorridente, descalça no chão batido, vestido de super-herói. Mas, sua mãe, preocupada, pensa no futuro dos dois. Deseja ir embora, para mais perto do restante da família. Naquela casa, tão distante, são só os dois. Nos despedimos. Fomos para a ocupação III. Subindo os morros, paramos num terreno enorme. Então, Gilberto conta sobre os sonhos da comunidade: “Aqui vamos fazer uma creche ou então, um posto de saúde, para conseguirmos atender o nosso

pessoal”.

É preciso avançar mais

Na beira da MG-030, outra família. Rodrigo, sua esposa e filha moram ali há quatro anos. O vento por lá, é tão forte, que parece conversar. No início, moravam numa casa de madeirite. Com o tempo, conseguiram juntar dinheiro para subir as paredes de tijolos. Nessa casa tem água, mas já não vem há quatro dias. “Existe uma lei que as empresas podem não ligar luz e água em terrenos que possuem conflitos fundiários”, explica Anderson. Para eles, o maior desafio de morar em uma ocupação é conseguir o título de posse. “Já avançamos, mas precisamos avançar bem mais. A prova de que vale a pena lutar e organizar as famílias é a conquista do terreno da ocupação Canto do Rio. Não foi da noite para o dia, mas é uma grande vitória para as ocupações de Nova Lima”, finaliza.


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Flagrante A Banqueta

Deu Polícia

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Suspeito de chefiar tráfico de drogas no bairro Matadouro, em Nova Lima, é preso em Ribeirão das Neves

A Polícia Civil de Nova Lima prendeu, na última sexta-feira (30), o nova-limense R. J. A. A., de 40 anos, em Ribeirão das Neves. Segundo o delegado responsável pela operação, Dr. Daniel Balthazar, ele é suspeito de comandar, há anos, o tráfico de drogas no bairro Matadouro, em Nova Lima. Durante a operação foram apreendidos 9 kg de maconha, porções de cocaína, uma arma de fogo calibre 9mm, munições de calibre 357 e documento falso. O delegado afirma ainda que o suspeito foi autuado pelo crime de tráfico de drogas, porte ilegal de arma e falsa identidade.

Foragido

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito estava foragido da Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, desde maio de 2019, após benefício de saída temporária. “Iniciamos uma

investigação para tentar localizá-lo e, na última sextafeira, obtivemos êxito na operação. Ele estava escondido em uma residência em Ribeirão das Neves”, explica. Segundo Dr. Daniel Balthazar, o indivíduo é conhecido no meio policial. “Possui uma extensa ficha criminal pela prática de crimes de tráfico de drogas, homicídio e porte ilegal de arma”, informa. Após a prisão em flagrante, ele foi encaminhado para o Presídio Antônio Dutra Ladeira, localizado na cidade onde o suspeito foi preso.

Novas operações previstas

Segundo Dr. Daniel, ações de combate ao tráfico de drogas são realizadas constantemente pela Polícia

Civil. Em 2019, foram deflagradas operações em Nova Lima, Raposos e Rio Acima e todas foram concluídas com êxito, como aponta o delegado. “Continuamos a realizar novas investigações no combate ao tráfico de drogas e a tendência é que, até o final do ano, tenhamos novas operações na cidade”, conta.

Crimes correlatos

Ele salienta quanto à importância do combate ao tráfico de drogas, ao passo que influi na ocorrência de outros crimes. “Existem vários outros crimes decorrentes do tráfico, por exemplo, homicídio por disputa de venda de drogas, furto e roubo para alimentar o uso ou a utilização de um carro para transporte de drogas. Quando você suprime o tráfico, a tendência é também diminuir esses outros crimes correlatos”, finaliza.


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Semáforos em funcionamento

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Novas Regras

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Previsão é de que os novos equipamentos comecem a operar a partir da próxima semana no bairro Bonfim

Para promover a fluidez no tráfego de veículos e garantir a maior segurança de pedestres e motoristas que circulam pelo entorno da Avenida José Bernardo de Barros, a Prefeitura de Nova Lima, desde o final de julho, realiza uma série de intervenções no trânsito do bairro Bonfim. As principais delas, a instalação e a ativação de novos semáforos, serão realizadas neste final de semana. Dessa forma, os equipamentos instalados em dois pontos no entorno da Avenida piscarão de forma intermitente para chamar a atenção de todos. A previsão é de que, nesta segunda-feira (9), eles já estejam em pleno funcionamento. Os motoristas e pedestres devem ficar atentos, pois ocorrerão outras mudanças nas regras do entorno da via.

Veículos rebocados

A Avenida José Bernardo de Barros foi projetada para ter fila dupla de veículos nos dois sentidos. Mas, devido à falta de fiscalização e as infrações dos motoristas, vários trechos da via acabam por não funcionar em conformidade com as normas, ao passo que veículos ficam parados e estacionados ao longo da Avenida. Atitude que acaba por deixar o

local apenas com uma via de cada lado, mas que está com os dias contados. A partir de segundafeira, os veículos que pararem ao longo da via serão multados, e os estacionados, além de levar multa, serão rebocados.

Fim das intervenções

Além dos novos semáforos, foi projetado, entre outras mudanças, o prolongamento de canteiro central, alargamento de passeio, alteração e regulamentação de estacionamentos. Muitas obras já foram finalizadas, mas outras ainda serão concluídas. De acordo com informações obtidas pela equipe do A Banqueta, a prefeitura acredita que até o dia 15 de setembro tudo esteja finalizado.

Novos semáforos

O Jornal A Banqueta de Notícias, na sua edição nº 485, em 25 de julho, produziu uma matéria especial, divulgando as alterações no trânsito do Bonfim, após o funcionamento dos semáforos. Para reafirmar o compromisso de esclarecer o leitor, o semanário divulga, novamente, as informações.

Interseção com Matadouro

A partir de segunda-feira, quem vem do Matadouro pela Rua Diniz Barbosa, ao chegar ao semáforo da Av. José Bernardo de Barros, perto do Campo do Villa, terá que virar à direita, em direção a Praça da Bíblia, para voltar pela Avenida, assim, o motorista não poderá atravessá-la. Diferente de quem vem da região do SENAI, pela Rua Resende, pois o condutor poderá cruzar a via direto, em direção ao Matadouro e virar à direita da Avenida José Bernardo de Barros, sentido Espaço Cultural. Não será mais permitida a conversão à esquerda na avenida, sentido Hospital.

Interseção com Benedito Valadares

Já no semáforo da Benedito Valadares, quem está subindo a Avenida não poderá virar a esquerda para o lado de cima dos bairros Bonfim e Cruzeiro. Quem vem do Centro, pela Benedito Valadares, pode seguir direto ao bairro Bonfim ou convergir para à direita ou à esquerda da Av. José Bernardo de Barros.


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Cowboy da mamadeira

Camila Madeira

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Segura Peão

Nova-limense, de apenas cinco anos, é sensação de rodeios em carneiros

Arthur Moura ficou conhecido como cowboy da mamadeira depois de ser filmado tomando mamadeira no brete (compartimento para reter animais), enquanto esperava o pai montar durante um rodeio em Morada Nova de Minas. Desde os três anos, ele compete em rodeios em carneiros e, em 2019, foi vencedor de todos que participou. A paixão pela montaria vem de berço e ele demonstra a vontade de seguir os passos do pai e do avô. Destemido, não vê a hora de poder montar em bois nos rodeios profissionais.

Herança

Tudo começou com uma apresentação em um cavalinho de plástico na Festa do Cavalo em Nova Lima. O que podia parecer brincadeira foi o despertar da paixão do pequeno aventureiro. Segundo a mãe de Arthur, Nayara Moura, o menino teve a quem puxar. “Ele vem de uma família tradicional no rodeio. O meu pai, já falecido, conhecido como Mosquitinho, há trinta anos,

organizava a Festa do Cavalo de Nova Lima e foi um dos criadores do Clube do Cavalo na cidade. O pai de Arthur, Agnaldo Moura, é competidor em rodeio cutiano e o meu irmão também, então, desde pequenininho ele tem essa influência”, conta. Desde então, o pequeno nova-limense começou a competir em carneiros e não parou mais.

Primeiro lugar

O cowboy mirim aprendeu a montar com o pai. Seu desempenho chama a atenção de quem o assiste e tem lhe rendido o primeiro lugar nas competições. Ao longo desse ano, ele já ganhou duas bicicletas, medalhas, prêmios em dinheiro e troféus. O frio na barriga é inevitável no momento da montaria, principalmente, se tratando de uma criança, mas Arthur gosta do desafio. “Sinto um pouquinho de medo, mas está bom, eu enfrento”, afirma. Questionado sobre se tornar um peão profissional no futuro, ele sonha até em montar em Barretos, município do estado de São Paulo onde acontece a tradicional Festa do Peão de Boiadeiro. “Quero virar peão! Para ir para os rodeios sozinho, de

caminhonete, escutando música e montar em Barretos”, idealiza.

Incentivo

O que não falta para Arthur é o incentivo da família. Segundo Nayara, quando Agnaldo se inscreve para participar de um rodeio, também inscreve o filho no rodeio em carneiros, que acontece antes da competição profissional. A mãe confessa que fica apreensiva em algumas situações, mas não deixa de apoiar o filho. “Quando eu estou no rodeio acompanhando ele, fico mais tranquila. Mas, quando não estou, o coração fica na mão”, conta. Ela admira a determinação do garoto que, diferente dos peões da família que montam em cavalos, quer ser peão de boi. “É muito gratificante ver um filho de cinco anos tão empenhado no que faz. E melhor ainda, que gosta do que faz! É uma emoção sem explicação. Acredito que ele será um grande peão em touros”, relata.


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Villa Nova

A equipe Sub-20 do Villa Nova deu adeus ao Campeonato Mineiro da 1ª Divisão da categoria. Após perder em casa, por 3 a 1, para o Uberlândia, o time de Nova Lima foi até o Triângulo Mineiro, no último final de semana, e não saiu do empate em 0 a 0. É bom ressaltar que os meninos do Leão estão de parabéns, pois honraram a camisa do clube e chegaram até as quartas de final da competição. Parabenizo ainda, a comissão técnica formada por Charles Guerreiro, Ernani Nunes, Jhonatan Mendes e Alan. Já as categorias Sub-15 e 17, enfrentaram o Tupynambás, no Alçapão do Bonfim. O Sub-15 ganhou de 1 a 0 e está na liderança da sua categoria. Já o Sub-17 perdeu por 1 a 0 e está na vice-liderança. Mas, somando a pontuação das duas categorias, o Leão do Bonfim está na liderança isolada. Com isso, o acesso à 1ª Divisão está bem encaminhado, uma vez que, faltam apenas três rodadas para o término do campeonato. Este final de semana não tem

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rodada devido às festividades de 7 de Setembro. Salários atrasados: Na semana passada, o clube estava com quatro meses de salários atrasados. Com um pagamento realizado, caiu para três, mas com a virada de mês, o clube voltou a ter quatro meses de atraso. É bom salientar que a situação é referente aos funcionários e comissão técnica que estão trabalhando. Referente aos atletas e comissão técnica, que disputaram o Mineiro, no primeiro semestre deste ano, ainda tem salários atrasados. A informação é de que o clube conseguiu pagar as guias de impostos que estavam atrasadas e, com isso, o clube poderá conseguir as certidões negativas necessárias para a prefeitura transferir a subvenção a qual o clube tem direito. Verba para times amadores: Nesta terça-feira (3), o prefeito Vitor Penido, ao lado dos meus amigos João Marcelo, vice-prefeito, Roberto Rabello, secretário de Esportes, vereador José Guedes e Leandro Costa, presidente da Liga Municipal de Desportos, distribuiu aos 40 clubes amadores da cidade, em disputa do Campeonato Amador, na categoria Adulto, o auxílio financeiro de R$ 2 mil para cada agremiação. Na oportunidade, foi divulgado também, os troféus para os campeões e vice-

campeões da competição deste ano. O prefeito Vitor Penido, atendendo a uma solicitação do vereador José Guedes, assumiu o compromisso de passar mais R$ 1 mil para cada equipe que disputar as competições das categorias de base Sub-13 e Sub15, que serão realizadas a partir do mês de outubro. Os dirigentes aproveitaram o encontro com o prefeito e cobraram melhorias a serem realizadas nos campos amadores, alguns sem as mínimas condições de jogo. Seleção brasileira: Após o título da Copa América, a seleção brasileira volta a campo, nos dias 6 e 11 de setembro, para enfrentar Colômbia e Peru, respectivamente. Tite convocou muitos jogadores, com pouca, ou ainda nenhuma experiência na seleção. São eles: Ivan, goleiro da Ponte Preta - Jorge, lateral do Santos - Samir, zagueiro da Udinese (ITA) - Lucas Paquetá, meia do Milan (ITA) - Vinicius Jr., atacante do Real Madrid (ESP) e Bruno Henrique, atacante do Flamengo. Essa é, depois de algum tempo sendo muito cobrado, a convocação com maior número de novidades do técnico Tite. Uma renovação era necessária. A continuidade de uma seleção brasileira de qualidade, brigando por título mundial depende muito disso.

No Fundo do Baú

Esta semana, vamos relembrar do time dos funcionários da antiga Mineração Morro Velho, do ano de 1975. A equipe era formada por funcionários que trabalhavam em diferentes setores da mineradora. Durante a década de 70 e 80, o grupo, liderado por Paulinho Zarú, se reunia nos finais de semana para jogar aquela tradicional pelada. Em pé: João, Bordini, Ubiratã, Paulinho Zarú, Roberto, Hélio Peixoto, Djalma do Bar, Bidão e Eli do Táxi. Agachados: Altomar, Costa, Airton, Tininho, Roberto e Cassinho Magnani.

Morro Velho

Enquete - Quais foram os melhores jogadores do time dos funcionários da antiga Mineração Morro Velho, do ano de 1975? Envie sua resposta para:enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!

Resposta da enquete anterior - os melhores jogadores do infantil do Villa Nova, dos anos 60, foram: em 1º lugar, com 60% dos votos, Paulinho Rinso. Em 2º lugar, com 40%, Careca.


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A Banqueta

Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 5 a 11 de setembro de 2019


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Boteco da Renata

Para comemorar seu aniversário em grande estilo, Renata Santos reuniu a família e os amigos no espaço de festas “Comemorando”, no dia 15 de agosto. Com o tema “boteco”, a festa foi regada a muito chope e todos dançaram ao som da Banda do Marcão. Adriana Soares e outros amigos da aniversariante preparam uma homenagem com camisas personalizadas, varal de fotos e mensagens carinhosas. Fotos: João Victor/Contando Histórias Fotografia


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