Educação sexual como prevenção ao abuso
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Infância
Deficiente sonha em adquirir próteses
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Vaquinha virtual
Decisão Pág.06
Neste domingo, Palmeirinhas de Leonardo e Morro Velho de Somália decidem o título do Campeonato de Futebol Amador
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Abelhas
Importância da polinização para a vida
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Jornalista lançará seu primeiro livro
Talentos Nova-limenses
Dia do Professor
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A Banqueta Dia do Professor, data de celebração e luta
No dia 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor. Profissional que forma todos os profissionais. Entre as felicitações feitas na data cabe também a reflexão: há motivos para comemorar? No Brasil, a falta de investimentos na educação não é um fato novo, mas, ultimamente, tem sofrido mais ataques. Não bastasse a desvalorização dos docentes com salários inadequados, atrasados e as condições precárias de trabalho, os governantes ainda encontram outras formas de precarizar e sucatear ainda mais a educação.
A Câmara Municipal de Belo Horizonte, aprovou - em primeiro turno - nessa segunda-feira (14), o projeto Escola Sem Partido, sob a justificativa de que professores utilizam as aulas para induzir estudantes aderirem determinadas causas políticas e ideológicas. O projeto prevê que eles sejam privados de terem conhecimento sobre gênero, racismo, feminismo e diversidade sexual, por exemplo. Trazer esses debates para sala de aula é enriquecer as crianças e adolescentes com outras perspectivas, mostrar faces de outras realidades e de possíveis transformações do mundo. É desenvolver a alteridade dos alunos, bem como autonomia e criticidade nos pensamentos e opiniões.
Oportunidades de emprego
Garçom (Nova Lima). Necessário experiência na função. Contato: (31) 3581-7636.
Cozinheira (Nova Lima). Necessário experiência na função. Contato: (31) 3581-7636.
Carpinteiro (Nova Lima). Horário: seg. a qui., de 7h às 17h e sex., de 7h às 16h. Salário: R$ 1.698 + benefícios. Enviar currículo para: curriculos@seel.com.br.
Auxiliar de informática (Jardim Canadá). Formação técnica em informática ou graduação em TI, completa ou em curso. Horário: seg. a sex., de 7h às 17h. Salário: R$1.065 + benefícios. Enviar currículo: rh@refrh.com.br.
A escola reúne a diversidade e sua beleza está nisso. Por ali, as crianças fazem seus primeiros contatos com o que é diferente. Aprendem a lidar, respeitar e a se reconhecerem no outro. O papel da educação familiar é um, da escola é outro. A população precisa se unir para batalhar, lado a lado, com os educadores, pela garantia da pluralidade. Que possamos saudar Paulo Freire e evocá-lo nesse momento tão sombrio. Não é à toa que o filósofo e educador é tão criticado pelos que apoiam o Escola Sem Partido. “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionassem, às classes dominadas, perceber as injustiças de maneira crítica”. Massa de ar quente atua em todas as regiões. Frente fria está prevista para chegar, ao estado, no domingo. Ensolarado
Ensolarado Ensolarado
Possibilidades de pancadas de chuva à noite
Quinta Mín: 18º Máx: 31º
Sexta Mín: 18º Máx: 32º Sábado Mín: 10º Máx: 33º Domingo Mín: 18º Máx:32º
Jornal A Banqueta de Notícias - 497ª Edição
NNova Lima - Raposos - Rio Acima - 17 a 22 de outubro de 2019
Buraco
Direto da Comunidade
"Tem um buraco enorme na minha rua. Moro na Agenor Lopes, no Vale da Esperança. Cada dia que passa ele fica maior. Além do risco das pessoas caírem e se machucarem nele, conseguimos ver que, a partir dele, a rua está trincando e o pior é que temo pelo pilar da minha casa, porque está quase chegando nela."
Pablo Goulart Vale da Esperança
Resposta - A Prefeitura informou que técnicos realizaram vistoria no local e o serviço foi colocado na programação de manutenção urbana para ser executado.
BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 98569-2926 ou abanqueta@gmail.com Diretor: Frederico Sarti Mendes Jornalista responsável: Mariana Lacerda Redação: Júnia Rodrigues, Mariana Lacerda e Camila Madeira Estagiária Jornalismo: Maria Carolina de Freitas Diagramadoras: Sonia Souza, Jordana Matos e Tatiana Dias Comercial: Clauzy Barbosa: 99847-9631-Efigênia Veloso: 98848-4388 Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares
Contato: 31 3541-5701
“Achei muito interessante a matéria sobre compostagem, veiculada na semana passada, porque traz outra perspectiva sobre o lixo. Nos faz refletir em como precisamos ser agentes mais políticos para transformar não só nossos olhares, mas também nossos hábitos.”
Alô Banqueta
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Sônia Silva Cariocas
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Solidariedade
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Vaquinha on-line é a esperança de Gisele Beijamin para adquirir próteses e garantir independência
Uma vaquinha on-line pode ser a chance de Gisele Beijamin realizar o sonho de melhorar sua qualidade de vida. Ela teve parte das pernas amputadas depois de sofrer um grave acidente, quando ainda era bebê. Cresceu se adaptando às necessidades impostas pela deficiência e seus joelhos passaram a exercer a função dos pés, para que conseguisse andar sozinha. Hoje, aos 29 anos, com os músculos dos joelhos desgastados, ela precisa de duas próteses, que custam R$ 42 mil, para se locomover com mais facilidade e não perder sua independência. A campanha de arrecadação foi iniciada em outubro e qualquer quantia pode ser doada, pelo site, até 10 de dezembro.
Renascimento
No dia 15 de agosto de 1990, Gisele teve as duas pernas queimadas aos 11 meses de vida, quando ficou presa em um incêndio dentro da casa onde morava com a família, em sua cidade natal, Congonhas do Norte - MG. Quando todos pensaram que ela estava morta, seu pai chegou da lavoura e a salvou, com o local ainda em chamas. Tentaram socorrê-la em Diamantina, mas devido à falta de recursos, foi transferida para a Santa Casa, em Belo Horizonte, onde teve as pernas amputadas abaixo dos joelhos e ficou internada por dois anos. Com os olhos marejados, ela conta que durante esse período, o pai, que a acompanhara, passou por dificuldades na capital. “Passou fome, dormiu na porta do hospital, ficou sem roupas e teve a ajuda
de uma enfermeira, que o deixava tomar banho por lá”, conta.
Adaptação às necessidades
A família de Gisele, que havia perdido tudo no incêndio, recomeçou a vida em Nova Lima. Uma tia lhes ofereceu moradia, enquanto ela, ainda pequena, se tratava em Belo Horizonte. Aos quatro anos, um médico sugeriu que ela encaixasse os sapatos nos joelhos para que pudesse andar sozinha. E, assim, se desenvolveu. Durante anos, fez fisioterapia, reabilitação e segue a enfrentar dificuldades ocasionadas pela deficiência. Ao longo da vida lhe foram doados pares de próteses, mas ela não se adaptou. “No primeiro tombo que tive as duas pernas quebraram. O segundo par não tinha o joelho, então, não conseguia andar, porque elas não dobravam e, em Nova Lima, tem muitos morros”, relata.
Garantia da independência
A forma com que se locomove, apesar dos transtornos, é o que lhe proporciona independência. Hoje, o desgaste gerado nos joelhos, após tantos anos, pode fazer com que ela não ande mais. “O ortopedista falou que se eu não usar a prótese - que ajudará sustentar meu peso e evitar o desgaste em dois ou três anos, posso acabar na cama ou na cadeira de rodas. Sou muito independente para ser limitada dessa forma”, explica. Mãe de quatro filhas,
vive com o companheiro há sete anos e trabalha como auxiliar administrativo. Segundo Gisele, sua maior dificuldade é a locomoção. “A cidade não tem acessibilidade. Tenho dificuldade para subir em ônibus e andar nos passeios. Caio na rua frequentemente. Não consigo sentar nos bancos dos pontos de ônibus, porque são altos. Então, fico em pé, o que me causa dor”, diz.
Meta
Diante da necessidade e de todas as dificuldades que enfrenta para se locomover diariamente, Gisele foi incentivada, por uma amiga, a decidir fazer a vaquinha on-line. As próteses que pretende adquirir serão feitas sob medida e custam R$ 42 mil. Somado ao valor das taxas do site Vakinha, a meta de arrecadação é R$ 45 mil. A campanha teve início no dia 3 de outubro e o valor arrecadado, até agora, se aproxima de 13% do total. Ela diz não acompanhar o site diariamente, para não alimentar a ansiedade. “Acaba que gera grande expectativa e eu evito isso. De vez em quando, dou uma olhada, mas estou esperançosa. Acho que vou conseguir sim”, afirma. Contribuições pelo site, até 10/12/19: vakinha.com.br/vaquinha/a-jornada-dagisele
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Capa
Palmeirinhas e Morro Velho decidem, neste domingo, o título do Campeonato de Futebol Amador
Neste domingo (20), a cidade de Nova Lima conhecerá o campeão do Campeonato de Futebol Amador da cidade, na categoria adulto. A maior competição do segmento, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), será decidida entre Palmeirinhas e Morro Velho, no campo do Villa Nova, a partir das 10h. Neste ano, o público tem superado as médias anteriores e esta final promete ter o maior número de torcedores dos últimos anos. Quem irá vencer: a equipe da região da Rua Nova, liderada pelo craque, ídolo nova-limense, Leonardo, ou o time do bairro dos Cristais, com seu artilheiro de fama nacional, Somália?
Organização
O campeonato é realizado pela Prefeitura de Nova Lima, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer e organizada pela Liga Municipal de Desportos. De acordo com Leandro Costa, presidente da Liga, neste ano, 40 equipes disputaram a competição, divididas em três divisões. “Na 2ª divisão, 14 equipes foram a campo, com o Aliados, que levou para Honório Bicalho, o caneco da segundona. Na 3ª divisão, nove times disputaram o troféu e o tradicionalíssimo Olaria sagrou-se campeão. Na 1ª, 17 clubes se enfrentaram e, neste domingo, será definido o campeão da divisão de elite do futebol amador da cidade”, orgulha-se. Contabilizada com a partida final, foram realizados, ao todo, 145 jogos, que envolveram campos e clubes de toda a cidade - de ponta a ponta, do Miguelão até Santa Rita.
Títulos
O Morro Velho entrará em campo com a oportunidade de diminuir a diferença com o Palmeirinhas, em números de títulos da 1ª divisão do Campeonato de Futebol Amador Nova-limense. O time do Cristais possui três, o último conquistado em 2015. Os outros dois canecos foram ainda na década de 60, em 1962 e 1963. Já o time da Rua
Nova possui sete canecos, o último em 2012. Os outros seis foram conquistados em 1994, 2004, 2005, 2006, 2009 e 2010. O maior vencedor de títulos da cidade é o Retiro com 19 canecos.
Paixão doentia
O atacante Somália, de 42 anos, principal estrela do Morro Velho, com passagens pelo América-MG, Fluminense, Grêmio, Goiás e diversos outros clubes do Brasil e do exterior, afirma que está admirado com o campeonato nova-limense. “A competição por aqui é muito organizada. Estou muito feliz, porque minha identificação com o torcedor do Morro Velho foi rápida, instantânea. Me sinto em casa quando estou no bairro Cristais. Tenho experiência no profissional, agora também no Amador, e posso garantir que a paixão do torcedor é diferente. No Amador é muito mais intensa, chega a ser doentia, no bom sentido”, salienta.
Respeito
O nova-limense Leonardo, de 37 anos, carinhosamente chamado de Nado, é a maior estrela do Palmeirinhas. O atacante surgiu no Leão do Bonfim. Em seguida, fez carreira profissional por diversos clubes brasileiros, como Flamengo, Atlético-MG, Vitória, Coritiba, dentre outros. Considerado um ídolo da cidade, Nado não teve receio que a disputa no Amador abalasse o carinho que o povo nova-limense tem por ele. “O Palmeirinhas foi o único clube a me fazer uma proposta oficial. Não tive nenhum receio em aceitar o convite, pois a minha conduta, tanto no futebol quanto fora dele, sempre foi de muito respeito e carinho com as pessoas. Sem rivalidade. Graças a Deus fui muito bem recebido no meio do Amador, tanto pelos dirigentes e atletas, como pelos torcedores dos times adversários”, salienta.
José Guedes, Vitor Penido, Leandro Costa e Roberto Rabello
Leonardo Atacante Palmeirinhas
Somália Atacante Morro Velho
Seleção do Campeonato
A TV Banqueta, pelo quinto ano consecutivo, transmite os jogos do Campeonato de Futebol Amador da 1ª divisão. Este ano, a emissora comunitária nova-limense transmitiu jogos, ao vivo, dos campos do Internacional, Cruzeiro, Retiro e Villa Nova. Para domingo, a TV Banqueta promete uma cobertura especial, pré, durante e pós-jogo. E ainda, a emissora irá realizar, pelo terceiro ano consecutivo, a escolha da seleção do campeonato. Será divulgada na segunda-feira (21), durante o programa Banqueta Esporte, a partir das 21h, direto do campo do Villa Nova, com a presença dos selecionados.
Limite de atletas
O prefeito Vitor Penido, ao lado do secretário de esporte e lazer, Roberto Rabello, comemora a maior participação dos clubes, depois que a Liga atendeu ao pedido do vereador José Guedes, em limitar em nove atletas o número de jogadores que moram fora de Nova Lima. “É nítido a maior participação da comunidade, depois do limite de jogadores de fora. Basta ir aos campos para ver o público bem maior do que em anos anteriores. A minha ideia é diminuir, ainda mais, para o próximo ano. Mas, os clubes me pediram para não reduzir. Apesar disso, em 2020 sentarei com os dirigentes para decidir sobre uma nova redução. É bom salientar que, neste ano, optamos por reformar as quadras e ginásios da cidade. Ano que vem, vamos reformar todos os campos amadores”, promete.
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Dona de uma escrita sensível, a nova-limense Marcela Martins, de 28 anos, concretizou seu amor pela literatura em seu primeiro livro, que será lançado este ano. Desde muito nova cultiva o gosto pela leitura e escrita. Há cinco anos é repórter e apresentadora na Rede Minas de Televisão. Segundo a jornalista, o livro foi escrito de forma espontânea e lançá-lo será a realização de um sonho de criança, apesar dos desejos e vontades terem se modificado ao longo do seu crescimento.
A obra
Intitulada “O nome do lobo”, a obra de Marcela é um romance, com uma carga de suspense e drama. Segundo a autora, a história se passa em torno do desaparecimento de Maya, personagem principal, na cidade de Sertaneja. “Trata também de questões individuais e familiares. Toca em algumas questões sociais, sempre dentro dessa narrativa principal, que é de suspense”, adianta. A jornalista não sabe precisar a duração do processo de escrita, entretanto, demorou alguns anos. A partir da ideia principal, escrevia espontaneamente, quando tinha inspiração, mas sempre com o propósito daquele conteúdo se transformar em um livro. “Mudei o enredo e o desenrolar dele várias vezes. Escrevi bem aos poucos. Parava, voltava... Um processo feito nas brechas dos meus horários de trabalho”, relata.
“O nome do lobo”
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Literatura
Hipótese de um lobisomem ser responsável pelo desaparecimento de uma moça é o cerne do primeiro livro de Marcela Martins
Necessidade de expressão
A jornalista conta que a escrita é uma paixão que sempre esteve presente em sua vida. Como um sentimento genuíno, uma necessidade, até mesmo, física. “Minha expressão vem através da escrita. Às vezes sinto um frio na barriga, uma cócega ou uma ansiedade. Algo físico, mesmo, e percebo que preciso transferir para o papel. É uma relação de muito amor”, afirma. Ela acredita que escrever é exercitar a arte e que todas as pessoas, em algum momento da vida, se deparam com esse exercício. “A arte é uma coisa que nos liberta, nos leva para outras dimensões, outros níveis de existência. Quando você recebe alguma coisa artística e se sente despertado, tocado, se permite entrar nesse outro estado”, analisa.
Escrita marcante
Muitos autores inspiram a jovem escritora. Ela conta que todos a marcaram de alguma forma, desde os primeiros livros que leu, ainda na infância, mas cita os mineiros, Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa, como especiais. “As poesias de Drummond são muito marcadas, territoriais, falam da alma humana e eu me identifico. Ele é natural de Itabira, que também é a terra do meu avô, então me traz a lembrança dele. Já Guimarães Rosa fala do sertão, com a escrita mais linda que já vi. Muito regional, muito nossa”, analisa. A partir da própria
experiência com a leitura, Marcela reflete sobre como sua escrita vai chegar aos leitores. “Uma frase ou parágrafo que alguém escreveu um dia já mudou e sempre será capaz de mudar minha vida. Fico pensando que o escritor não tem a menor noção disso. Percebo que vou escrever e soltar no mundo e nunca saberei de que forma aquilo atingiu alguém”, pondera.
Lançamento
A oportunidade de publicar seu primeiro livro surgiu quando a nova-limense soube de um edital de novos autores, na editora Letramento. “Recebiam originais para lerem e publicarem o que gostassem”, lembra. Ela ainda não tinha terminado, mas diante da oportunidade de publicação e do prazo final do edital, tratou de concluí-lo. A obra esteve em prévenda no mês de setembro. Segundo Marcela, o lançamento ocorrerá, provavelmente, em novembro. “Ainda não foram definidos data e local, mas com certeza será em Nova Lima”, garante. Ela diz que pretende escrever outros livros, inclusive, tem um pronto. “É um livro infanto-juvenil, que devo publicar após “O nome do lobo”. Espero que mais coisas venham, que sejam interessantes e toquem as pessoas de alguma forma”, finaliza.
O livro pode ser adquirido pelo site editoraletramento.com.br/produto/o-nome-dolobo-356
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sexualidade infantil
Polêmica
Psicóloga enfatiza importância dos diálogos dentro de casa e da educação sexual nas escolas como forma de prevenção ao abuso Casos de abusos sexuais infantis são antigos na civilização e alguns, vez ou outra, tomam proporções midiáticas maiores, o que pode deixar os pais e responsáveis em alerta. A sexualidade infantil ainda é um tabu na sociedade. Talvez, por isso, seja ainda tão incompreendida pela população. Para a psicóloga, Fernanda Leite, trazer o assunto à tona, é importante para que ele seja discutido de uma forma ampla e transparente, além de evidenciar a importância da educação sexual no contexto escolar e também familiar.
Educação sexual
De acordo com a psicóloga, é primordial ter conhecimento do que é a sexualidade, para então entender a relevância do assunto. “Ela é muito ampla, envolve aspectos sociais, cognitivos, emocionais e físicos. É a relação da criança com o corpo, com o universo; é ensinar quem pode tocála e as diferenças de um toque de afeto e de abuso, entre outras coisas. Mas, quando você fala em sexualidade, as pessoas ainda tendem a pensar em erotização e sexo”, explica. Ela afirma que ter contato com o tema não estimula ou antecipa a atividade sexual, muito menos incentiva a gravidez ou aborto, mas pelo contrário. Para ela, a educação sexual é, além de tudo, um modo de prevenção de diversas situações indesejadas.
Descobrindo o corpo
A criança inicia o processo de descobrimento do corpo desde o nascimento. Começa a experimentar o mundo através da fase oral, ali ela tem alimento, proteção, toque. O descobrimento das partes íntimas acontece, na maioria das vezes, com o desfralde. “Porque quando a criança usa fralda o tempo todo, ainda não tem muito acesso à parte íntima. Quando retiramos, ela descobre um novo universo. O menino, por ter um órgão externo, pode querer tocar várias vezes, e a menina também pode sentir mais sensibilidade", explica Fernanda Leite. Tudo isso são comportamento normais, mas - os olhos erotizados dos adultos - podem ter a perspectiva de que a criança se toca com intenção sexual. “Mas, ela está se descobrindo. Por isso, é importante explicar as diferenças anatômicas, como cuidar da higiene, a importância de não se mostrar em qualquer lugar, ou para qualquer pessoa, já que o corpo é especial e só as pessoas de confiança podem ter acesso. Assim, a educação sexual auxilia também como medida preventiva de abuso”, conta.
Contradições
Fantasias?
A contradição também permeia o debate. Fernanda avalia que, apesar de uma parcela da população não concordar com a educação sexual - por terem um conceito equivocado sobre ela - as crianças e adolescentes possuem acesso fácil à pornografia, através de um único clique. “Se não dialogamos sobre o tema, elas tenderão a serem seduzidas pelo mundo paralelo da erotização, pelo o que é escondido - disponível na internet - e não saberão distinguir o que é saudável do que não é”, pontua. A psicóloga ainda considera que os pais precisam estar mais atentos aos filhos: tanto em relação aos conteúdos que eles acessam e com quem conversam virtualmente, quanto com o desenvolvimento da sexualidade deles.
Ela avalia que, ao levar em consideração a complexidade do ser humano, nada pode ser descartado. Entretanto, ela acredita que as crianças não tendem a fantasiar acontecimentos tão específicos. “A não ser que ela esteja tendo acesso a filmes, séries, vídeos com esse teor. O que já percebi em alguns comportamentos de crianças abusadas, é que elas podem deslocar o acontecimento para outros contextos, mas não vejo isso como uma mentira. Vejo como um recurso que ela encontra para amenizar a pressão interna ou externa que sofre. Mas, criar, inventar o fato, realmente acho difícil. Porém, se tratando de pessoas, tudo pode acontecer, por isso, é preciso muita cautela”, reflete.
Diferente do que muitos pensam, 70% dos crimes de abuso sexual são cometidos dentro da própria família, informa a psicóloga. Ela também explica que os pequeninos não têm condições de avaliarem o que é abuso, mas sentem desconforto com as situações. “Quando a criança cresce, entende que foi abusada, às vezes, expõe para a família. Mas, para não causar rompimento no núcleo familiar, ao denunciar parente, a tendência é de duvidar ou abafar o caso, o que piora tudo”, afirma. Fernanda explica que, a partir disso, a criança sente um desamparo e até mesmo culpa por ter sido abusada, o que pode desencadear sofrimentos psicológicos e emocionais. “O abuso é velado, por isso muito difícil detectar. Então, é preciso ficar atento às mudanças bruscas de comportamento das crianças”, afirma.
Fernanda evidencia a conversa entre pais e filhos como o ponto crucial para estar próximo do que acontece no dia a dia. “Mas não devemos usar tom de xingamentos e cobranças, senão a criança não ficará à vontade para contar, por medo da reação”, evidencia. “Se ela está na fase em que toca o órgão genital com frequência, não devemos bater na mão e repreender. Precisamos explicar que aquilo ali é muito especial e, assim como o banho, podemos tocar apenas quando estivermos sozinhos e que só ela pode mexer”, exemplifica. Ela lembra para observar os órgãos na hora do banho. Vermelhidão, inchaços, machucados não são sinais de abusos, mas de que algo está errado e, por isso, devem ser considerados.
Perigo dentro de casa
Comportamentos
A psicóloga enfatiza que para avaliar o que é um comportamento normal ou anormal, é preciso levar em consideração a cultura familiar. “Por exemplo, tem casas que é comum o filho tomar banho com a mãe ou com o pai, ou se cumprimentarem com selinho, tem outras casas que não”, compara. Mas, de acordo com ela, se o filho, de repente, tem alterações alimentares, fica quieto ou raivoso demais, não conversa mais com as pessoas, não quer que ninguém encoste em seu corpo, está mais arredio, erotizado, falando e reproduzindo coisas fora da cultura familiar, podem ser sinais. “Essas alterações não indicam somente abusos sexuais, mas sim que algo não vai bem. Pode ser um bullying, por exemplo. E, independente do motivo, os pais precisam estar atentos”, reitera.
Conversas e observações
Pais e escola, juntos!
Além das conversas francas com os filhos, é preciso também estar presente dentro da escola e dos lugares em que eles frequentam. “Como é o processo de troca de fralda na escola? Quando ele vai ao banheiro, vai acompanhante?”, pergunta. É preciso também fazer combinados de quem pode ou não tocá-la, ao necessitar ir ao banheiro, por exemplo. Ela enfatiza que o pai que pergunta, precisa estar preparado para ouvir a resposta. Em caso de haver sinais, é preciso investigar os lugares frequentados pelos filhos para buscar esclarecimentos e denunciar. “Para tentarmos mudar essa realidade, precisamos atuar de forma conjunta. A educação sexual é uma causa que temos que batalhar, para que as escolas trabalhem e as famílias também”, finaliza.
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SOS Abelhas
O dia 3 de outubro reforça a importância da polinização animal, para garantir o equilíbrio dos ecossistemas, a produção de alimentos e o combate à fome no mundo. A data foi criada, em 2018, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como forma de trazer à tona a importância desses insetos. Um dos principais responsáveis pelo processo são as abelhas, que sofrem uma alta taxa de mortandade. Assim como outros países, o Brasil enfrenta o grave risco do declínio de seus polinizadores, por isso a importância em evidenciar o papel delas para humanidade e os motivos dessas mortes.
Apicultura sustentável
Gustavo Passos é apicultor e trabalha com abelhas há 15 anos. Em sua propriedade, ele cria abelhas nativas da espécie Jataí, que se diferenciam desses outros insetos, originários, pela sua adaptação nos espaços urbanos e rurais. “Elas ficam distribuídas em cinco colmeias e em caixas próprias. Utilizo o mel apenas para consumo próprio, porque evito colhê-lo”, conta. No final do ano passado, Gustavo iniciou um trabalho com abelhas da espécie
Dia Nacional da Abelha Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 17 a 22 de outubro de 2019
Inseto de extrema importância econômica e ecológica corre perigo
Apis Mellífera, em seu sítio, em São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto. “A produção que buscamos respeita o processo natural das abelhas, não como agronegócio. Extraio o mel com respeito e deixo sempre uma grande quantidade para o enxame” relata. Ele busca, por meio de um projeto, a criação sustentável de abelhas: confecção de colmeias com arquitetura natural, manutenção e plantio de plantas poliníferas e nectaríferas.
Alimentação do mundo
A importância das abelhas vai muito além da produção de mel. São responsáveis pela polinização de 75% de todas as plantas com flores disponíveis no planeta. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), cerca de 70% das plantas de importância para a alimentação humana dependem de polinização. O cenário é tão grave, que organizações como a ONU alertam para os riscos de escassez de alimentos, por conta da mortandade de insetos polinizadores. O uso indiscriminado de agrotóxico nas plantações no Brasil, vai na contramão da Europa, que já proíbe a utilização desses químicos. Apesar da data para evidenciar a importância desses polinizadores, em 2019 mais de 239 agrotóxicos já foram liberados no país. De acordo com o Greenpeace, um dos
responsáveis pela morte de colônias de abelhas, são os pesticidas.
Mel e própolis
A apicultura tem ganhado espaço. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), as áreas mineiras responsáveis por são aproximadamente 12% da produção do mel e quase 90% da produção de própolis verde no país. As regiões de Nova Lima, Raposos e Rio Acima são beneficiadas pelo clima, fauna e flora favoráveis, que permitem a produção dessas substâncias em alta qualidade. Mas, outro fator que colabora para a mortandade desses animais é o intenso desmatamento e queimadas. Jorge Briguelo é apicultor, em Raposos, há três anos. Em sua propriedade possui cerca de 80 colmeias. “Tenho, em torno, de 100 mil abelhas. No final de setembro perdi 10 colméias por causa de queimadas. Isso é preocupante para os pequenos apicultores” avalia.
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A comitiva do Leão do Bonfim, que foi até o Rio de Janeiro na semana passada para um encontro com a diretoria de futebol do Flamengo, não divulgou como foi a reunião. Esperamos que uma parceria seja concretizada, mas até o momento não temos informações. Já sobre as finanças do clube, parece que as coisas estão melhorando. O vice-presidente de futebol, o empresário Fabiano Cazeca, proprietário da Multimarcas Consórcios, acertou o patrocínio master da camisa do Villa para 2020, que gira em
torno de R$ 600 mil. O empresário antecipará parte desse valor ainda neste ano. Além disso, a tão esperada última certidão negativa de débito que faltava ao clube, foi liberada esta semana e, com isso, nos próximos dias a prefeitura irá liberar a subvenção que o clube tem direito. O presidente, Dr. Márcio Botelho, nesta semana, pagará um mês de salário atrasado dos atuais funcionários e, na próxima semana, quitará todos os salários atrasados desses funcionários, além de acertar também a dívida com os profissionais que disputaram o Campeonato Mineiro de 2019 e que ainda não receberam seus vencimentos. Além disso, Cazeca e Dr. Márcio, juntamente com Luisinho, diretor de futebol do clube, já estão se reunindo para iniciarem a montagem do elenco e a contratação do treinador
Aliados Campeão!
Fileira de trás: Geraldo, Ernani, Peterson, Marquinhos, Juninho, Zenon, Brunão, Igor, Bocão, Danilo, Polei e Guilherme.
Fileira da frente: Max, Berruga, Cazares, Kenedy, Dudu, Marcelo, Manel, Bruno, Vitor, Nandinho, João Paulo, Marcos, Wallace e Bruno.
para o Mineiro do ano que vem. Já era tempo. Vamos torcer para que a maré volte a remar a favor do nosso glorioso Leão do Bonfim.
Seleção: A Seleção Brasileira masculina de futebol fez, na última semana, dois amistosos no Estádio Nacional de Singapura. O primeiro deles, diante de Senegal e o segundo jogo, contra a Nigéria. Ambas as partidas terminaram com o 1 x 1 no placar. A verdade é que já são 4 partidas sem vitória pelo lado verde e amarelo. O técnico Tite já começa a ter seu trabalho indagado por alguns torcedores. Um time que não vence e não convence. Algumas peças que continuam a aparecer nas escalações não respondem em campo. O treinador precisa rever alguns conceitos, para que seu trabalho volte a fluir.
No Fundo do Baú
Esta semana, vamos homenagear o Aliados Futebol Clube que, no último domingo, sagrou-se campeão invicto do Campeonato de Futebol Amador Nova-limense da 2ª Divisão. A comissão técnica é formada por Wallace, treinador, Naninho, auxiliar técnico e Geraldo, massagista. A diretoria é formada por Bruno, presidente, e os diretores Piba, Celso, Peterson e Morefi. O presidente, conhecido como Kalil da várzea, promete o título da primeirona em 2020.
Enquete - Quais são os melhores jogadores do Aliados F. C., campeão do Campeonato de Futebol Amador da 2ª Divisão, de 2019? Envie a resposta para o e-mail: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!
Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores da equipe de futsal, Sub-7, do Villa Nova Atlético Clube, de 2019, foram: em 1º lugar, Lucas Vimieiro, com 70% dos votos. Em 2º, com 30%, Bernardo Santana.
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Trilha Lounge & Bar
Nos dias 11, 12 e 13 de outubro, Nova Lima foi movimentada pela inauguração do novo espaço do antigo Trilha dos Espetos, que agora também tem novo nome: Trilha Lounge & Bar. Agora está localizado na Rod. Januário Carneiro, 644, no Ouro Velho Mansões, onde existia a antiga Bella Vista. Os dias do final de semana foram marcados com atrações de diferentes gêneros musicais, que agradaram todo tipo de público. Na sexta-feira, puderam curtir os shows de Breno Marques, Luís Agenor e da banda Trad+. No sábado, foi a vez da Dozee e Bicho Grilo Rock. Para encerrar, o som no domingo ficou por conta da Banda do Marcão e de Serginho e banda. Fotos: Guilherme Silva
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